2. Ela é transmitida e adquirida pelo
ar que respiramos ( vias aéreas
superiores ).
3. Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro
Indicadores Epidemiológicos
Total de casos em 2001 17.354
Casos novos 14.470
Taxa de incidência em 2001 104 / 100.000 hab
Mortalidade em 2001 6,7 / 100.000 hab
Co – infecção HIV em 1998 1071 casos / 1600 est.
Extrapulmonar sem anti 68 %
HIV
Abandono = 25 %
SES RJ
4. Como podemos reconhecer a doença?
Observando estes sintomas:
UTosse crônica (o grande marcador da doença é a tosse durante mais de
21 dias = 3 semanas);
UFebre; / Suor noturno (que chega a molhar o lençol)
UDor no tórax (barriga);
UPerda de peso lenta e progressiva (emagrecimento);
UQuem tem tuberculose não sente fome, fica anoréxico (sem apetite) e com
adinamia (sem disposição para nada).
Tuberculose A pessoa que entra em contato pela primeira vez com o
Pulmonar... bacilo de Koch não tem, ainda, resistência natural, mas
adquire. Se o organismo não estiver debilitado, consegue
matar o microorganismo antes que este se instale como
doença. É, também, estabelecida a proteção contra futuras
infecções pelo bacilo.
A propagação da tuberculose está intimamente ligada às
condições de vida da população.
Sua prevalência é maior nas periferias das grandes cidades.
5. Nem todos adoecem...
Infecção não é sinônimo de doença
V 10% das pessoas infectadas adoecem, metade durante os 2
primeiros anos após a infecção e a outra metade ao longo da vida.
V O risco de progressão da infecção para a doença aumenta na
presença de situações que debilitem o sistema imunológico da
pessoa, como, por exemplo:
V Diabetes Mellitus (DM);
V Infecção pelo HIV;
V Tratamento prolongado com corticosteroídes;
V Terapia imunossupressora;
V Doenças renais crônicas, entre outras.
Quando infectada, a pessoa pode desenvolver tuberculose doença em
qualquer fase da vida.
Isto acontece quando o sistema imune não pode mais manter os
bacilos “sob controle” e eles se multiplicam rapidamente.
6. Desenvolvimento da Doença
Quando as gotículas inaladas, contendo os bacilos de
Koch atingem os alvéolos, a infecção pode se iniciar. Os
bacilos multiplicam-se nos alvéolos e um pequeno número
entra na circulação sangüínea disseminando-se por todo o
corpo. Dentro de 2 a 10 semanas, no entanto, o sistema
imune usualmente intervém, impedindo que os bacilos
continuem a se multiplicar e prevenindo disseminação
posterior
Órgãos mais acometidos pela doença
Grupos de risco com maior probabilidade de
apresentar tuberculose:
0Os sintomáticos respiratórios;
0Contatos de casos de tuberculose;
0Residentes em comunidades fechadas;
0Etilistas, usuários de drogas e mendigos
0Imunodeprimidos
0Profissionais da área de Saúde em situações
especiais.
0Suspeitos radiológicos
7. Transmissão da Tuberculose
1 º passo 2 º passo 3 º passo
Apesar de A disseminação Os bacilos de
também atingir acontece pelo ar. O tuberculose
vários órgãos espirro de uma jogados no ar
do corpo, a pessoa infectada permanecem em
doença só é joga no ar cerca de suspensão
transmitida 2 milhões de durante horas.
por quem bacilos. Pela tosse, Quem respira
estiver cerca de 3,5 mil em um ambiente
infectado com partículas são por onde passou
o bacilo nos liberadas. um tuberculoso
pulmões. pode se infectar.
8. Tuberculose Primária ...
Granuloma tuberculoso
(reação do organismo em deter o bacilo quando a imunidade está normal)
Após um período de 15 dias, os bacilos passam a se multiplicar
facilmente nos pulmões, pois ainda não há proteção natural do
organismo contra a doença.
Se o sistema de defesa não conseguir “segurar” o bacilo, instala-se a
tuberculose primária, caracterizada por pequenas lesões (nódulos)
nos pulmões. Como o bacilo de koch se reproduz e desenvolve
rapidamente em áreas do corpo com muito oxigênio, o pulmão é o
principal órgão atingido pela tuberculose.
Diagnóstico
O diagnóstico da tuberculose deverá ser fundamentado nos
seguintes métodos: exame específico ( baciloscopia e cultura);
radiografia e prova tuberculínica entre outros mais especializados.
9. Exames Específicos I
Baciloscopia (BAAR): Exame feito diretamente do escarro, é o método
prioritário, porque permite descobrir a fonte de infecção, que é o doente
bacilífero. Por ser um método simples e seguro, deve ser praticado em
todos os serviços de saúde que disponham de laboratório. A baciloscopia
direta deverá ser indicada para todos os sintomáticos respiratórios
( indivíduos com tosse e expectoração por 4 semanas ou mais).
Também é utilizada para acompanhar mensalmente a evolução
bacteriológica do cliente durante o tratamento.
Recomenda-se para diagnóstico, a coleta de 2 amostras, sendo a 1 ª colhida
no ato da consulta e outra no dia seguinte em jejum logo pela manhã.
Cultura do bacilo : É indicado para suspeitos de tuberculose pulmonar
persistentemente negativo ao exame direto, e para diagnósticos das formas
extrapulmonares, como a meníngea, renal, pleural e ganglionar. Também
está indicada para a suspeita de resistência bacteriana às drogas, deve ser
acompanhadade teste de sensibilidade. Nos casos de outras microbactérias
que não da tuberculose, além da cultura, deverá ser feita a tipificação do
bacilo.
10. Raio X
Radiografia de tórax
Está indicado nas seguintes situações:
Sintomáticos respiratórios negativos à baciloscopia direta,
Comunicantes ( contatos ) de todas as idades sem sintomatologia
respiratória,
Suspeitos de tuberculose extrapulmonar e
Portadores de HIV ou clientes com AIDS
Vantagens do Raio X
O exame radiológico desses grupos, permite a seleção de portadores de imagens
suspeitas de tuberculose, sendo indispensável o exame bacteriológico para
diagnóstico correto.
Tem importante papel na
diferenciação das formas de tuberculose de apresentação atípica e no diagnóstico
de outras pneumopatias entre os pacientes com AIDS.
A abreugrafia indiscriminada em pessoas aparentemente sadias, não está
indicada por ter baixo rendimento, inclusive por expor a população à radiação
desnecessária.
11. Prova Tuberculínica - tabela
É indicada como método auxiliar no diagnóstico da TB em pessoas
não vacinadas com a BCG.
A prova tuberculínica positiva isoladamente, indica apenas a
infecção e não necessariamente a instalação da doença.
A prova tuberculínica mais usada no Brasil é a vacina PPD-Rt23 que
deve ser administrada intradérmica na dose de 0,1 ml na parte
anterior do ante-braço esquerdo e a avaliação em milímetros ( leitura
após 72 hs ) deve seguir a tabela abaixo:
⇒0-4 mm = não reator ( infectados ou analérgicos )
⇒5-9 mm = reator fraco ( infectados pelo BK, por microbactérias
atípicas ou vacinados com BCG,
⇒10 mm ou mais = reator forte ( infectados pelo BK, doentes ou não,
ou vacinados recentemente com BCG.
⇒Todos os indivíduos infectados pelo HIV devem ser submetidos à
prova tuberculínica, nesses casos, considera-se reator aquele que
apresentar enduração maior ou igual a 5 mm e , não reator os que
apresentarem enduração inferior a 4 mm.
12. Investigação de casos ...
Investigação e acompanhamento dos contatos
Vacinação com BCG (nos primeiros 30 dias de vida)
Teste PPD
QUIMIOPROFILAXIA
Quanto maior o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de
equipes do PSF desenvolvendo as ações de controle da tuberculose:
maior abrangência da procura de sintomáticos respiratórios
mais rápido o início do tratamento
mais adequada a supervisão direta do tratamento
maior a garantia de cura do doente
mais rápida e eficaz a interrupção da transmissão da doença.
Os casos positivos devem ser NOTIFICADOS com a ficha do
SINAN a Vigilância Epidemiológica do município e
encaminhado a Secretaria Estadual de Saúde.
13. Prevenção
As equipes do PSF, os agentes comunitários de saúde e os
profissionais de saúde da vigilância epidemiológica devem mobilizar
a comunidade para identificar os “tossidores crônicos” em:
Y Famílias
Y Clubes e associações
Y Igrejas
Y Comunidades fechadas (presídios, manicômios, asilos, etc.)
Encaminhá-los para fazer exame de escarro (BAAR) ou colher
em local arejado.
Casos para encaminhar para unidade de saúde
Antecedentes, ou evidências clínicas, de hepatopatia aguda
(hepatite) ou crônica (cirrose, hepatopatia alcoólica).
O paciente é doente de AIDS ou soro positivo para o HIV.
Antecedentes ou evidências clínicas de nefropatias (insuficiência
renal crônica, pacientes em regime de diálise).
14. Avaliação dos Contatos Domiciliares de Casos de
Tuberculose Pulmonar Baciloscopia Positiva (Adultos)
A d u lt o
A s s in t o m á t ic o ( I) S in t o m á t ic o
O r ie n t a ç ã o E x a m e d e E s c a rro
P o s it iv o N e g a t iv o
T ra ta m e n to O r ie n t a ç ã o
15. Avaliação dos Contatos Domiciliares de Casos de
Tuberculose Pulmonar Baciloscopia Positiva (Crianças)
C r ia n ç a s a té 1 5 a n o s
N ã o v a c in a d a s V a c in a d a s
PPD A s s in t o m á t ic o S in t o m á t ic o ( II)
N ã o R e a to r R e a to r O r ie n ta ç ã o R X d e T ó ra x
BCG R X d e T ó ra x S u g e s t iv o d e T b + N o rm a l
S in t o m a s C lín ic o s
S u g e s t iv o d e T b + N o rm a l e s e m
S in t o m a s C lín ic o s S in t o m a s C lín ic o s T ra ta m e n to O r ie n t a ç ã o
M e d ic a ç ã o S in t o m á t ic a
A c o m p a n h a m e n to
T ra ta m e n to Q u im io p r o f ila x ia
16. Quimioprofilaxia uma ação preventiva
A quimioprofilaxia deve ser administrada a pessoas infectadas pelo M.
tuberculosis, com a isoniazida na dosagem de 10 mg/kg de peso, com
total máximo de 300 mg diariamente, durante seis meses. Existe
consenso de que a quimioprofilaxia deve ser dirigida aos grupos de alto
risco de tuberculose, entre estes, especialmente os co-infectados pelo
HIV e pelo M. tuberculosis.
Indicações da quimiprofilaxia EM CRIANÇAS
Recém-nascidos co-habitantes de foco tuberculoso ativo. A isoniazida é
administrada por três meses e, após esse período, faz-se a prova
tuberculinica. Se a criança for reatora, a quimioprofilaxia deve ser
mantida por mais três meses; senão, interrompe-se o uso da isoniazida e
vacina-se com BCG.
Crianças menores de 15 anos, sem sinais compatíveis com tuberculose
ativa, contato de tuberculoses bacilíferos, não vacinadas com BCG e
reatores à tuberculina de 10 e mais mm; crianças vacinadas com BCG,
mas com resposta à tuberculina igual ou superior a 15 mm.
17. Quimioprofilaxia preventiva em adultos
Indicações da quimiprofilaxia EM ADULTOS
Indivíduos com viragem tuberculínica recente (até doze meses), isto é, que tiveram um aumento
na resposta tuberculínica de, no mínimo, 10 mm.
População indígena. Neste grupo, a quimioprofilaxia está indicada em todo o contato de
tuberculose bacilífero, reator forte ao PPD, independente da idade e do estado vacinal, após
avaliação clínica e afastada a possibilidade de tuberculose-doença, através de baciloscopia e do
exame radiológico.
lmunodeprimidos por uso de drogas ou por doenças imunodepressoras e contatos intra-
domiciliares de tuberculosos, sob criteriosa decisão médica.
Indicações da quimioprofilaxia
Reatores fortes à tuberculina, sem sinais de tuberculose ativa, mas com condições clínicas
associadas a alto risco de desenvolvê-la, como:
Alcoolismo. Diabetes Melitus insulinodependente.
Silicose e Nefropatias graves .
Sarcoidose e Linfomas.
Pacientes com uso prolongado de corticoesteróides em dose de imunodepressão.
Pacientes submetidos à quimioterapia antineoplásica.
PPortadores de imagens radiográficas compatível com tuberculose inativa sem história de
quimioterapia prévia.
18. Quimioprofilaxia em HIV +
Indivíduos sem sinais e sintomas sugestivos de
tuberculose.
A . Com radiografia de tórax normal e :
1) Reação ao PPD maior ou igual a 5 mm,
2) Contatos intra-domiciliares ou institucionais de tuberculose
Indicações
bacilífera, ou
3) PPD não reator com enduração entre 0-4 mm com registro
documental de ter sido reator ao teste tuberculínico e não ter
sido submetido à tratamento ou quimioprofilaxia anteriormente.
B . com radiografia de tórax normal: presença de cicatriz
radiológica de TB, sem tratamento anterior ( afastada a
possibilidade de TB doença) através de exame de escarro e
radiografias anteriores, independentemente do resultado do
teste tuberculínico (PPD).
Esquema Isoniazida VO, 5-10 mg/kg/dia (dose máxima de 300 mg/dia por
6 meses consecutivos.
19. Tratamento - Indicação dos esquemas
O Tratamento deve ser feito preferencialmente nas unidades de saúde e é uma
doença que exige notificação compulsória. O tratamento básico é feito com 3
drogas por um período de 6 meses utilizando esquemas do Ministério da Saúde
de acordo com a necessidade do cliente, não havendo diferença entre gestantes,
adultos e crianças .
O tratamento
O esquema I pode ser usado, sem problemas, pelas gestantes em qualquer
período da gestação e em dose plena. As gestantes com indicação de
retratamento podem usar o esquema IR.
O esquema III deve ser realizado em unidades mais complexas. Sempre
que possível, deve-se realizar o teste de sensibilidade às drogas no início
do tratamento para definir claramente a possibilidade de sucesso deste
esquema ou sua modificação.
Casos de falência do esquema III devem ser considerados como
portadores de tuberculose multirresistente (TBMR) e encaminhados
para unidades de referência capacitadas para o acompanhamento deste
tipo de pacientes.
20. Tuberculose em crianças e adolescentes
As manifestações clínicas sugestivas de
tuberculose na criança e adolescente podem ser
variadas:
Febre moderada, freqüentemente vespertina,
por mais de 15 dias, irritabilidade, tosse, perda
de peso e sudorese noturna;
pneumonia de evolução lenta sem melhora com o
uso de antibióticos;
Linfadenopatia cervical ou axilar, após excluir
adenite infecciosa aguda com evidentes sinais
flogísticos.
Os casos suspeitos de tuberculose em crianças e adolescentes devem ser
encaminhados para a unidade de referência para investigação e
confirmação do diagnóstico.
Após definição do diagnóstico e estabelecido o tratamento a criança deverá
voltar para acompanhamento e tratamento na UBS.
Em crianças menores de 5 anos, que apresentem dificuldade para ingerir
os comprimidos, recomenda-se o uso das drogas em forma de xarope ou
suspensão.
21. Esquema I ( Básico )
Dose (mg/kg/dia) por Peso (kg)
Fases do
Drogas Até 20 kg Entre 20 e Entre 35e Mais de 45 kg
Tratamento
35 kg 45 kg
1a fase R 10 300 450 600
H 10 200 300 400
(2 meses)
Z 35 1000 1500 2000
2a fase R 10 300 450 600
(4 meses) H 10 200 300 400
R = Rifampicina H = Isoniazida
Z = Pirazimida
22. Esquema IR (para abandono ou
falência do esquema I)
Dose (mg/kg/dia) por Peso (kg)
Fases do
Drogas Até 20 kg Entre 20 e Entre 35 e Mais de 45 kg
Tratamento
35 kg 45 kg
1a fase R 10 300 450 600
H 10 200 300 400
(2 meses)
Z 35 1000 1500 2000
E 25 600 800 1200
2a fase R 10 300 450 600
(4 meses) H 10 200 300 400
E 25 600 800 1200
R = Rifampicina H = Isoniazida
Z = Pirazimida E = Etambutol
23. Esquema III (reforçado - para
falência dos esquemas I / IR e
multiresistentes) por Peso (kg)
Dose (mg/kg/dia)
Fases do
Drogas Até 20 kg Entre 20 e Entre 35 e Mais de 45 kg
Tratamento
35 kg 45 kg
1a fase S 20 500 1000 1000
Z 35 1000 1500 2000
(3 meses)
E 25 600 800 1200
Et 12 250 500 750
2a fase
E 25 600 800 1200
(9 meses)
Et 12 250 500 750
S = Estreptomicina injetável Z = Pirazimida
E = Etambutol Et = Etionamida
24. Tratamento I
Como pudemos observar, o tratamento
mais rápido e menos agressivo é o
Esquema I composto por 3 medicamentos
e no prazo de 6 meses para se alcançar a
cura.
O abandono ou a resistência aos
medicamentos levam ao Esquema IR,
porém devemos fazer todos os esforços
para que não seja necessário entrar no
Esquema III, pois nesse esquema é
imprescindível o uso de Estreptomicina
injetável diário o que é mais doloroso e
difícil de conscientizar o cliente.
25. DOTS = Tratamento Observado de Curta Duração
É uma estratégia de âmbito nacional, usada para tentar fazer com que os
clientes bacilíferos possam tratarem-se até a cura, diminuindo assim os
riscos da transmissão em massa dos bacilos, o que causaria uma epidemia
avassaladora e para isso conta-se com a supervisão das doses.
A primeira coisa a ser feita é a orientação do cliente da necessidade do
tratamento até a alta por cura e o fato de que ele deixará de contaminar seus
familiares e amigos logo após o início do tratamento.
Qualquer pessoa poderá se responsabilizar (desde que seja capacitado em
casos especiais) pela medicação que será levada ao cliente todo dia pela
manhã e deverá assistir ao cliente tomá-la na sua frente para que a
estratégia alcance sua eficácia que é fazer com que o doente siga seu
tratamento até a cura total..
O local (residência, unidade de saúde, local de trabalho etc ) e a freqüência
da supervisão (diária ou três vezes na semana), deve ser definida pela equipe
de profissionais de saúde em conjunto com o doente e sua família., mediante
a avaliação de cada caso.
26. Estratégia do DOTS para os casos especiais
Atenção especial para os casos bacilíferos nas
situações
Etilistas ( alcoólatras )
Casos de re-infecção ou
retratamento
Mendigos e população
fechada ( abrigos, manicômios e
presídios )
Usuários de drogas
HIV + (AIDS)
27. Como conseguir a adesão ao DOTS
Estabelecer uma relação de confiança com o paciente
e a família, atender com respeito no acolhimento.
Explicar ao paciente a natureza da sua doença, a
duração do tratamento, a importância da
regularidade no uso das drogas e as graves
conseqüências advindas da interrupção ou do
abandono do tratamento, inclusive ao uso de injetável
no Esquema III para que o cliente aceite melhor o
tratamento.
Realização mensal da baciloscopia de controle, sendo
indispensáveis as do 2º, 4º e 6º meses de tratamento,
nos esquemas básico (esquema I) e esquema básico +
etambutol (esquema IR) e no 3º, 6º, 9º e 12º meses, nos
casos do esquema III e esquemas especiais.
O paciente deve sempre ser orientado sobre como
obter a amostra de escarro corretamente.
28. Acompanhamento dos casos
O Agente Comunitário de Saúde deverá fazer visitas domiciliares
freqüentes para orientar e observar o cliente.
O acompanhamento clínico visando à identificação de queixas e de
sintomas que possam avaliar a evolução da doença após a introdução dos
medicamentos e a detecção de manifestações adversas com seu uso.
Nas Unidades com recursos de exame radiológico, este pode ser utilizado
periodicamente para acompanhar a regressão ou o agravamento das
lesões na forma pulmonar da doença, em especial na ausência de
expectoração.
Reações Adversas
A maioria dos pacientes completa o tratamento sem sentir qualquer efeito
adverso das drogas.
Os principais fatores relacionados às reações adversas são:
0Dosagem inadequada;
0Horário da tomada dos medicamentos;
0Idade e estado nutricional do doente;
0Etilismo, disfunção hepática e/ou renal e à co-infecção pelo HIV.
29. Efeitos colaterais e ações educativas
Efeitos menores
Efeito Droga Conduta
Irritação gástrica Rifampicina Reformular os
(náuseas e vômito) Isoniazida horários para tomar
Epigastralgia e dor Pirazinamida os medicamentos e
abdominal avaliar se há melhora
do quadro
Artralgia ou artrite Pirazinamida Tomar AAS ( ácido
Isoniazida acetil salicílico )
Neuropatia periférica Isoniazida Tomar com
( queimação das Etambutol piridoxina (Vitamina
extremidades ) B6)
Cefaléias e mudança de Isoniazida Orientar
comportamento
(euforia, insônia,
ansiedade e sonolência )
Suor e urina cor de Rifampicina Orientar que é
laranja normal por causa do
efeito e da cor do
medicamento
Prurido cutâneo ( Isoniazida Medicar com anti-
coceira ) Rifampicina histamínico
Hiperuricemia ( com ou Pirazinamida Orientação dietética (
sem sintomas ) Etambutol dieta hipopurínica )
Febre Rifampicina Orientar
Isoniazida
30. Indicações de hospitalização
Meningoencefalite.
Indicações cirúrgicas em decorrência da tuberculose.
Complicações graves da tuberculose.
Intolerância medicamentosa incontrolável em ambulatório.
Intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas graves.
Estado geral que não permita tratamento em ambulatório.
Em casos sociais, como ausência de residência fixa ou
grupos com maior possibilidade de abandono, especialmente se
for um caso de retratamento ou falência.
O tempo de internação deve ser reduzido ao mínimo possível.
31. Condições de alta
Alta por Cura
Pulmonares inicialmente positivos. A alta por cura será dada quando, ao completar o
tratamento o paciente apresentar duas baciloscopias negativas: uma na fase de
acompanhamento e outra no final do tratamento (cura bacteriológica comprovada).
Alta por completar o tratamento
A alta será dada com base em critérios clínicos e radiológicos, quando:
O paciente não tiver realizado o exame de escarro por ausência de expectoração, e tiver
alta com base em dados clínicos e exames complementares (cura clínica não comprovada
bacteriologicamente);
Casos de TB pulmonar inicialmente negativos;
Casos de TB extra pulmonar
Alta por abandono de tratamento
Será dada ao doente que deixou de comparecer à Unidade por mais de 30 dias
consecutivos, após a data prevista para seu retorno; nos casos de tratamento
supervisionado, o prazo de 30 dias conta a partir da última tomada da droga.
TENTAR EVITAR O ABANDONO EFETUANDO VISITA DOMICILIAR!
32. Outras condições de alta
Alta por mudança de diagnóstico
Será dada quando for constatado erro no diagnóstico.
Alta por óbito
Será dada por ocasião do conhecimento da morte do paciente, durante o
tratamento e independentemente da causa.
Alta por falência
Quando houver persistência da positividade do escarro ao final do 4º ou 5º mês de
tratamento. Os doentes que no início do tratamento são fortemente positivos (+ + ou
+ + +) e mantêm essa situação até o 4º mês, ou os que apresentam positividade
inicial seguida de negativação e nova positividade por 2 meses consecutivos, a partir
do 4º mês de tratamento, são classificados como caso de falência.
Observação: Quando o caso for encerrado por falência e o paciente iniciar novo
tratamento, deverá ser registrado como caso de retratamento no Livro de Registro.
Alta por transferência
Será dada quando o doente for transferido para outro Serviço de Saúde.
A transferência deve ser processada através de documento que informará sobre o
diagnóstico e o tratamento realizado até aquele momento.
Deve-se buscar a confirmação de que o paciente compareceu à Unidade para a qual
foi transferido e o resultado do tratamento, no momento da avaliação da equipe..
33. Resumo
A Tuberculose é uma doença grave, mas tem cura.
Devemos observar os sintomas e encaminhar os
sintomáticos ao posto mais próximo ou colher a amostra
no local e após o diagnóstico correto, iniciar o tratamento.
A responsabilidade do tratamento é do cliente, da família,
amigos e dos profissionais de saúde em conjunto.
Quando o cliente pára o tratamento por qualquer motivo,
ele não só cria resistência aos medicamentos, mas expõe
os familiares e a população em geral aos bacilos e a
infecção da tuberculose.
34. Conclusão
Devemos fazer todo possível para que o cliente infectado
sintomático compareça a uma Unidade de Saúde para exame
e posterior tratamento até a alta por cura, também ser capaz
de identificar os sintomas secundários como possíveis
sintomas da TB e conscientizar os familiares e os
profissionais de saúde para que o tratamento tenha êxito e
diminua a contaminação da população com o bacilo que se
transmite facilmente pelo ar.
35. PACS de MANGUARIBA
Supervisoras
Enf ª Clarice Salazar Enf ª Naimara Cal e Enf ª Inácia
ACS
Alzira Maria Andréa dos Santos
Aparecida de Paula Átila Fernandes
Cláudia Braga Edinalva de Castro
Eleonora Mallek Fabiana Domingues
Kátia Bittencourt Márcia Freitas
Maria das Graças Nancy das Dores
Rita de Cássia Rosangela dos Santos
Viviane Aparecida