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A HISTÓRIA DO ÁTOMO Professora Danielle Mendes – a linda!
Demócrito afirmava na sua teoria que o universo tem uma constituição elementar única que é o átomo, partícula  invisível ,  indivisível , impenetrável e animada, de movimento próprio.  Além disso, as partículas constituintes da natureza tinham que ser eternas, pois nada pode surgir do nada. Demócrito achava que existia na natureza uma infinidade de átomos diferentes, que só não podiam ser iguais, pois se todos os átomos fossem iguais não haveria explicação para o fato de eles se combinarem para formar, por exemplo, rochas ou mesmo seres. A  idéia de átomo  começou a ser edificada por volta do quinto século antes de Cristo pelos filósofo grego  Demócrito   e  Leucipo .  ATOMISMO GREGO
O quimico inglês  John Dalton , estudando resultados de experiências não somente suas, mas também de outros colegas, teve a feliz idéia de resgatar os conceitos de Leucipo e Demócrito, e propôs a idéia de que as propriedades da matéria podem ser explicadas em termos de comportamento de partículas finitas, unitárias. Dalton acreditou que o átomo seria a partícula elementar, a menor unidade de matéria.  SÉCULO XIX
Em 1897, o inglês Joseph  John Thomson , usando uma ampola de raios catódios, realizou uma experiência que lhe permitiu concluir que as cargas elétricas atraídas pelo pólo positivo estão concentradas em pequenas partículas, que ficaram depois conhecidas por  elétrons .
Mais do que isso, Thomson foi o primeiro a propor um modelo atômico que levava em consideração as cargas (positivas e negativas). De acordo com sua concepção, o átomo seria constituído por uma quantidades de cargas positivas homogeneamente distribuídas numa esfera, com elétrons (negativos) recheando seu interior. Para maior clareza, comparou sua idéia a um pudim que estivesse recheado de passas. É por isso que o modelo atômico de Thomson é conhecido como o modelo do  pudim de passas .
Em 1908,  Ernest Rutherford  realizou uma famosa experiência, na qual bombardeou com partículas alfa uma folha de ouro delgadíssima. Verificou que a grande maioria das partículas atravessava a folha sem se desviar. Concluiu, com base nessas observações e em cálculos, que os átomos de ouro - e, por extensão, quaisquer átomos - eram estruturas praticamente vazias, e não esferas maciças. Numa minúscula região de seu interior estaria concentrada toda a carga positiva, responsável pelo desvio de um pequeno número de partículas alfa. Distante dessa região, chamada núcleo, circulariam os elétrons. Isso convenceu Rutherford de que o átomo deveria ser um sistema semelhante ao solar: um núcleo central grande, rodeado de partículas móveis. Esse é o famoso modelo atômico de Rutherford.
O modelo de Rutherford fez com que a humanidade iniciasse o século XX com uma idéia bastante realista da estrutura atômica. A exemplo do que acontece com os planetas ao redor do Sol, Rutherford imaginou que os elétrons gravitassem em torno do núcleo em órbitas circulares. Só que essa hipótese contrariava uma lei clássica da física: para o eletromagnetismo, se o elétron se movimentasse em torno do núcleo, ele estaria constantemente irradiando luz, o que o levaria a perder sua energia e colidir com o núcleo.
Em 1913, o fisico dinamarquês  Niels Bohr  resolveu o impasse, propondo uma reformulação no modelo de Ruthertord. A partir de experiências realizadas com hidrogênio, Bohr supôs que os elétrons giram em torno do núcleo em órbitas definidas. Propôs ainda que os elétrons se distribuem em camadas, batizadas por letras (K, L, M, N, O, P, Q ), que podem abrigar números limitados de elétrons e que um átomo irradia energia quando um elétron salta de uma órbita de maior energia para uma de menor energia.
Em 1932,  James Chadwick  provou que, no núcleo não existiam somente cargas elétricas positivas, mas também, partículas com carga neutra que de certa forma isolam os prótons, evitando repulsões, e por isso foram denominados de nêutrons. Protons e neutrons  são feitos de  quarks.   Em 1994, uma equipe internacional do Laboratório Fermilab, nos Estados Unidos (EUA), confirmou a existência da mais pesada das subpartículas fundamentais da matéria, o quark top (topo). Com a confirmação, os físicos completaram a lista de subpartículas que compõem toda a matéria existente na natureza. Up (para cima)  – É o mais leve dos quarks. Cada próton possui dois up em seu interior. Cada nêutron, um. Down (para baixo)  – Faz dupla com o up na constituição da matéria. Cada próton tem um down e cada nêutron, dois. MODELO ATUAL
ELÉTRONS (-) ELETROSFERA NÚCLEO Prótons (+) e Nêutrons

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O átomo

  • 1. A HISTÓRIA DO ÁTOMO Professora Danielle Mendes – a linda!
  • 2. Demócrito afirmava na sua teoria que o universo tem uma constituição elementar única que é o átomo, partícula invisível , indivisível , impenetrável e animada, de movimento próprio. Além disso, as partículas constituintes da natureza tinham que ser eternas, pois nada pode surgir do nada. Demócrito achava que existia na natureza uma infinidade de átomos diferentes, que só não podiam ser iguais, pois se todos os átomos fossem iguais não haveria explicação para o fato de eles se combinarem para formar, por exemplo, rochas ou mesmo seres. A idéia de átomo começou a ser edificada por volta do quinto século antes de Cristo pelos filósofo grego Demócrito e Leucipo . ATOMISMO GREGO
  • 3. O quimico inglês John Dalton , estudando resultados de experiências não somente suas, mas também de outros colegas, teve a feliz idéia de resgatar os conceitos de Leucipo e Demócrito, e propôs a idéia de que as propriedades da matéria podem ser explicadas em termos de comportamento de partículas finitas, unitárias. Dalton acreditou que o átomo seria a partícula elementar, a menor unidade de matéria. SÉCULO XIX
  • 4. Em 1897, o inglês Joseph John Thomson , usando uma ampola de raios catódios, realizou uma experiência que lhe permitiu concluir que as cargas elétricas atraídas pelo pólo positivo estão concentradas em pequenas partículas, que ficaram depois conhecidas por elétrons .
  • 5. Mais do que isso, Thomson foi o primeiro a propor um modelo atômico que levava em consideração as cargas (positivas e negativas). De acordo com sua concepção, o átomo seria constituído por uma quantidades de cargas positivas homogeneamente distribuídas numa esfera, com elétrons (negativos) recheando seu interior. Para maior clareza, comparou sua idéia a um pudim que estivesse recheado de passas. É por isso que o modelo atômico de Thomson é conhecido como o modelo do pudim de passas .
  • 6. Em 1908, Ernest Rutherford realizou uma famosa experiência, na qual bombardeou com partículas alfa uma folha de ouro delgadíssima. Verificou que a grande maioria das partículas atravessava a folha sem se desviar. Concluiu, com base nessas observações e em cálculos, que os átomos de ouro - e, por extensão, quaisquer átomos - eram estruturas praticamente vazias, e não esferas maciças. Numa minúscula região de seu interior estaria concentrada toda a carga positiva, responsável pelo desvio de um pequeno número de partículas alfa. Distante dessa região, chamada núcleo, circulariam os elétrons. Isso convenceu Rutherford de que o átomo deveria ser um sistema semelhante ao solar: um núcleo central grande, rodeado de partículas móveis. Esse é o famoso modelo atômico de Rutherford.
  • 7. O modelo de Rutherford fez com que a humanidade iniciasse o século XX com uma idéia bastante realista da estrutura atômica. A exemplo do que acontece com os planetas ao redor do Sol, Rutherford imaginou que os elétrons gravitassem em torno do núcleo em órbitas circulares. Só que essa hipótese contrariava uma lei clássica da física: para o eletromagnetismo, se o elétron se movimentasse em torno do núcleo, ele estaria constantemente irradiando luz, o que o levaria a perder sua energia e colidir com o núcleo.
  • 8. Em 1913, o fisico dinamarquês Niels Bohr resolveu o impasse, propondo uma reformulação no modelo de Ruthertord. A partir de experiências realizadas com hidrogênio, Bohr supôs que os elétrons giram em torno do núcleo em órbitas definidas. Propôs ainda que os elétrons se distribuem em camadas, batizadas por letras (K, L, M, N, O, P, Q ), que podem abrigar números limitados de elétrons e que um átomo irradia energia quando um elétron salta de uma órbita de maior energia para uma de menor energia.
  • 9. Em 1932, James Chadwick provou que, no núcleo não existiam somente cargas elétricas positivas, mas também, partículas com carga neutra que de certa forma isolam os prótons, evitando repulsões, e por isso foram denominados de nêutrons. Protons e neutrons são feitos de quarks. Em 1994, uma equipe internacional do Laboratório Fermilab, nos Estados Unidos (EUA), confirmou a existência da mais pesada das subpartículas fundamentais da matéria, o quark top (topo). Com a confirmação, os físicos completaram a lista de subpartículas que compõem toda a matéria existente na natureza. Up (para cima) – É o mais leve dos quarks. Cada próton possui dois up em seu interior. Cada nêutron, um. Down (para baixo) – Faz dupla com o up na constituição da matéria. Cada próton tem um down e cada nêutron, dois. MODELO ATUAL
  • 10. ELÉTRONS (-) ELETROSFERA NÚCLEO Prótons (+) e Nêutrons