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1
CURSO DE
PSICOLOGIA
A EDUCAÇÃO E A DIVESIDADE SEXUAL E DE GÊNERO:
A ACADEMIA E O SENSO COMUM.
Elaborado por:
Cristiane Ribeiro
Daniel Tavares
Francisca Amorim
Neusa Moraes
Tiago Xavier
Rio de Janeiro
Junho de 2015
2
Cristiane Ribeiro
Daniel Tavares
Francisca Amorim
Neusa Moraes
Tiago Xavier
A EDUCAÇÃO E A DIVESIDADE SEXUAL E DE GÊNERO:
A ACADEMIA E O SENSO COMUM.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado como exigência da disciplina
TCC do Curso de Psicologia do Centro
Universitário Celso Lisboa, orientado pelo
Prof. Drº Thiago Melicio.
Rio de Janeiro
Junho 2015
3
FOLHA DE APROVAÇÃO
CENTRO UNIVERSITÁRIO CELSO LISBOA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
Elaborado por
Cristiane Ribeiro
Daniel Tavares
Francisca Amorim
Neusa Moraes
Tiago Xavier
A EDUCAÇÃO E A DIVESIDADE SEXUAL E DE GÊNERO:
A ACADEMIA E O SENSO COMUM.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado como exigência da disciplina
TCC do Curso de Psicologia do Centro
Universitário Celso Lisboa.
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APROVADO EM ____/____/2015
___________________________________________
Profº. Doutor Thiago Melicio (Orientador)
____________________________________________
Profª. Mestre Maria Eunice Duarte
____________________________________________
Profº. Doutor Nei Calvano
4
FICHA CATALOGRÁFICA
A educação e a diversidade sexual e de gênero: a academia e
o senso comum. Cristiane Ribeiro, Daniel Tavares, Francisca
Amorim, Neusa Moraes, Tiago Xavier. Rio de Janeiro: UCL,
2015. 36 páginas
Orientador: Prof. Dr. Thiago Benedito L. Melicio.
Trabalho de Conclusão de Curso de Psicologia do
Centro Universitário Celso Lisboa.
1. Diversidade sexual. 2. Professores. 3. Psicologia.
4. Educação. I. Ribeiro, Cristiane. II. Tavares, Daniel. III.
Amorim, Francisca. IV. Moraes, Neusa. V. Xavier, Tiago.
5
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus por nos permitir chegar até aqui.
Aos nossos familiares pelo apoio e compreensão durante a construção deste
trabalho.
Ao nosso querido orientador, Thiago Melicio, pelo apoio, incentivo e orientação. Aos
professores do Centro Universitário Celso Lisboa, pela contribuição em nossa
formação acadêmica.
Ao nosso coordenador Nei Calvano pelo apoio em nossa formação.
Aos funcionários do Centro Universitário Celso Lisboa, em especial a Joelma Torres
e Vinicius Layó pelo incentivo e apoio.
A professora Flaviany Ribeiro, que nos ajudou a dar o ponta pé inicial deste trabalho.
Aos amigos que direta e indiretamente nos ajudaram na conclusão desse artigo.
6
“ Só a experiência própria é capaz de tornar sábio o ser humano”.
(Sigmund Freud)
7
RESUMO
RIBEIRO, Cristiane; TAVARES, Daniel; AMORIM, Francisca; MORAES, Neusa;
XAVIER, Tiago. A EDUCAÇÃO E A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO: a
academia e o senso comum. Trabalho de graduação do Curso de Psicologia do
Centro Universitário Celso Lisboa, Rio de Janeiro, junho de 2015.
Pensar em educação é refletir sobre o social e seus atravessamentos, o encontro
com a diversidade cultural num enorme espaço chamado de sociedade, povoado de
pequenos mundos, que se encontram e se cruzam nos corredores das instituições
de ensino. É um processo de construção de si e também do outro, um desafio para
os educadores da atualidade que se deparam com questões que outrora eram
consideradas tabus como a diversidade sexual que eventualmente vem ganhando
espaço dentro e fora das instituições educacionais, seja pela aceitação, através dos
processos de inclusão, ou pela recusa discriminatória das identidades de gênero.
Nesse sentido, o presente artigo realiza uma revisão bibliográfica sobre a história do
sexo, suas construções sociais e articulações com a esfera de ensino, tendo como
campo de produção de dados pesquisa realizada junto aos professores do Centro
Universitário Celso Lisboa (UCL) sobre, por um lado, como o tema da Sexualidade
apareceu em sua formação e, por outro, como ele aparece na graduação em
psicologia do UCL. Com relação a essa temática o presente artigo pretende
contribuir para eventuais pesquisas acerca deste campo e despertar também a
atenção de professores e alunos para o assunto nas universidades, em especial na
graduação em psicologia do UCL.
PALAVRAS-CHAVE: Diversidade sexual - Professores - Psicologia - Educação.
8
ABSTRACT
RIBEIRO, Cristiane; TAVARES, Daniel; AMORIM, Francisca; MORAES, Neusa;
XAVIER, James. EDUCATION AND SEXUAL DIVERSITY AND GENDER: The gym
and common sense. Graduate Work Psychology Course of the University Center
Celso Lisbon, Rio de Janeiro, and June 2015.
Think of education is to reflect on the social and its crossings, the meeting with
cultural diversity in a huge space called society, populated by small worlds that meet
and intersect in the halls of educational institutions. It is a process of building each
one with the other, a challenge for today's educators that face these issues,
previously considered taboo such as sexual diversity coming eventually gaining
ground inside and outside educational institutions, since the acceptance, by the
inclusion processes, or the discriminatory denial of gender identities. In this sense,
the article presents a literature review of the history of sex, their social constructions
and joints with the educational sphere, having as field the productions of survey data
Conducted with professors of the University Center Celso Lisboa (UCL) on the one
hand, as the theme of sexuality appeared in their training and, on the other, as it
appears in undergraduate UCL psychology. Regarding this subject, the article
intends to contribute to any research on this field and attract the attention of teachers
and students to the subject at universities, especially in undergraduate UCL
psychology.
KEYWORDS: Sexual Diversity - Teachers - Psychology - Education.
9
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 10
2. A HISTÓRIA DO SEXO E AS RELAÇÕES DE PODER.............................. 11
3. SUBJETIVIDADE NA CONSTRUÇÃO DO INDIVÍDUO.............................. 14
3.1 Igualdade de Gênero............................................................................. 15
4. A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO E SUAS RELAÇÕES COM A
EDUCAÇÃO............................................................................................. 17
5. PESQUISA DE CAMPO............................................................................. 20
5.1 Discussão de Dados................................................................................ 22
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 28
7. REFERÊNCIAS........................................................................................ 30
8. ANEXOS.................................................................................................. 32
10
1. INTRODUÇÃO
Atualmente se observa que a sociedade moderna, em geral, vem tentando
compreender as questões subjetivas e comportamentais que envolvem cada sujeito,
uma vez que os indivíduos estão implicados por crenças, valores e práticas sociais,
que de certa forma influencia a constituição dos mais variados grupos dentro de uma
macrocoletividade. Com relação à diversidade cultural, Foucault, em 1995, já
abordava em suas obras assuntos como as relações de poder, produção de
verdades/ redes discursivas e sexualidade. Nessa perspectiva, o homem não é
apenas corpo e psiquê, mas também um ser que possui subjetividade, gênero e
identidade, atravessado por inúmeras questões sociais.
Baseando-se nessas conjecturas, Cesar (2009) menciona que na década
de 1960, por exemplo, surgiram movimentos que questionavam a sexualidade e os
papéis sociais de gênero em diversas partes do mundo. Paralelo a isso, emergem
outros movimento minoritários, como os movimentos feministas, os movimentos de
gays e lésbicas, as reivindicações étnicos raciais, bem como movimentos contra os
regimes ditatoriais, pela luta dos direitos civis, representando um marco para as
mudanças sociais e educacionais.
Abre-se, assim, espaço para uma maior visibilidade e diálogo sobre a
sexualidade e suas diversas orientações, em especial a homossexualidade, tema
inicialmente proposto para este artigo, e suas relações com a educação acadêmica.
Na realidade, muitos discursos têm surgido ao longo do tempo, na tentativa
de explicar a homossexualidade, mas o que se vê são discursos que na maioria das
vezes encontram-se distorcidos, por uma falta de coesão do entendimento dos
processos psíquicos, biológicos e sociais que constituem esses sujeitos.
Facco (2009) destaca a importância do surgimento dos Estudos Culturais nas
universidades, desenvolvidos principalmente a partir dos movimentos sociais já
citados, possibilitando diálogos entre esses grupos e a sociedade. Os educadores
exercem um papel importante na construção destas possibilidades, através das suas
práticas pedagógicas, no sentido de atenuar os inúmeros problemas de socialização
enfrentados por todos aqueles que carregam consigo alguma marca ou estigma que
os categorize.
Nesse sentido, como alunos do curso de psicologia, ao longo da formação
acadêmica, pouco sabemos acerca da história da sexualidade humana e suas
11
diversas ramificações e relações com a educação, haja vista que o mínimo que
tivemos acesso foi pautado majoritariamente pela Psicanálise.
Nessa perspectiva, se observa também a escassez e a carência em se
abordar essa temática em sala de aula. Devido a essa complexidade de
indefinições, e por conta da diversidade sexual e de gênero, propôs-se redefinir a
temática vigente, questionando, por exemplo, se haveria ou não a necessidade de
uma disciplina específica no currículo da graduação de Psicologia que contemple
essa temática, ou se seria viável uma expansão da discussão nas disciplinas já
existentes, visto que é de grande importância para a formação.
No intuito de promover essa análise, utilizamos em nosso artigo revisão
bibliográfica e pesquisa de campo, buscando levantar as principais dificuldades
enfrentadas pelos professores universitários, do curso de Psiologia do Centro
Universitário Celso Lisboa (UCL), sobre a forma de se abordar as questões da
sexualidade e diversidade sexual em sala de aula, tendo em vista que esses
profissionais, por vezes, agregam essa temática em conjunto com a sua disciplina
em curto período de tempo.
O intuito do trabalho é o de contribuir para eventuais pesquisas acerca deste
campo e despertar também a atenção de professores e alunos para o assunto nas
universidades, em especial na graduação em psicologia.
2. A HISTÓRIA DO SEXO E AS RELAÇÕES DE PODER
A Homossexualidade, homoerotismo ou homoafetividade, seja qual for a
nomenclatura, são denominações utilizadas para expressar o relacionamento entre
“iguais”, ou seja, entre pessoas do mesmo sexo, portanto, estas palavras vem se
adequando e/ou transmutando com o passar do tempo para desenvolver uma
melhor visibilidade às diversas formas de amor e vinculações sociais.
Como não é um tema restrito à sociedade brasileira, mas sim de caráter
mundial e comumente relatado durante a história da humanidade, faz-se necessário
a compreensão dessa forma afetiva (homoafetividade) e sua evolução durante a
descoberta humana sobre a sexualidade.
De acordo com Blanc (2010), o ser humano não apenas faz uso do sexo para
fins reprodutivos, mas também para estabelecer e manter relações sociais entre a
espécie, suscitando num instrumento de dominação social. Para tanto, a história do
12
sexo pode ser compreendida em quatro etapas da humanidade: Antiguidade, Idade
Média, Modernidade e a Contemporaneidade.
O sexo, tanto na antiguidade como na pré-história, tinha uma grande
importância nos cultos místicos onde deuses(as) eram representações da
subjetividade humana. Nesse sentido, as mulheres da antiguidade representavam a
ambiguidade entre sagrado e o profano, utilizando a relação sexual como uma
ferramenta de acesso às camadas superiores, ou seja, um acesso ao divino. Essas
representações se davam através da personificação pelo poder do sacerdócio e da
prostituição do corpo feminino em nome de um “bem maior” (BLANC, 2010).
Quanto à homossexualidade, Blanc (2010) esclarece que tal prática há muito
existira na humanidade, mas, no entanto, teve uma maior ênfase na cultura grega,
considerada a primeira sociedade reconhecidamente com práticas homossexuais no
mundo. Esta se utilizava da “proteção” (uma forma de apadrinhamento), no intuito
(educacional/militar), onde um adulto tinha que cuidar de um jovem e ensiná-lo a se
tornar um homem.
Tais ensinamentos, que também se davam através das práticas sexuais (o
que hoje compreende-se como pedofilia), tinham como um dos pressupostos a
fortificação do poderio das tropas, visto que estas eram a única forma de se
resguardar uma sociedade. Esses dados não foram exclusivos da Grécia Antiga,
mas também compartilhados pelos romanos e vislumbrados pelos celtas (BLANC,
2010).
Diante das diversas formas de valorização das características masculinas na
antiguidade, estas tiveram como ponto principal o amor conferido pelo “poder
homossexual masculino” e as ramificações de culto ao corpo não somente pelas
formas de arte, mas pela própria divinização deste homem vigoroso e guerreiro
(BLANC, 2010).
Já na Idade Média, havia uma problemática acerca da carne, sendo esta a
origem de todo o pecado e desejo que atingia o homem. Surge, nesta época, a
polícia da carne, com a incumbência de combater a disseminação dos prazeres
considerados pecaminosos (ASSIS, OLIVEIRA 2015).
Com relação à Idade Média, Foucault (1984, apud GAZOLA, MACHADO
2012), afirmam que os indivíduos praticantes de atos homossexuais eram
considerados pela igreja como desviantes. Desse modo, conforme observado em
outra obra sua, a profanação do corpo era considerada um ato pecaminoso onde a
13
purificação e a abnegação dos prazeres carnais era o único caminho para a
salvação. Tais repressões fizeram do sexo algo velado e proibido entregando a
sociedade nas mãos das instituições que determinavam o que se deveria saber ou
não a respeito do assunto (FOUCAULT, 2014).
Diante disso, Master e Johnsons’s (1979, apud GAZOLA, MACHADO, 2012,
s/n) afirmam que no decorrer da história humana, “a sexualidade ficou a cargo do
Estado, da Igreja e da família”. O sexo funcionava como uma arma social de domínio
dos poderes instituintes, que se utilizavam deste dispositivo para controle e geração
de indivíduos para o trabalho.
No contexto europeu, a formalização do casamento se deu na era vitoriana
para quem possuía terras, pois os pais casavam seus filhos com o objetivo
de unir as terras e aumentar o patrimônio. Dessa forma, surgem os valores
burgueses valorizando a produção de trabalho e lucro. Devido a isso, a
igreja passa a estimular o sexo para procriação, pois o capitalismo
necessitava de filhos. (FOUCAULT, 1984 apud GAZOLA, MACHADO, 2012,
s/n).
No entanto, para os Reis “tudo” era permitido. Estes impeliam a população a
não busca ao prazer, enquanto isto, a exemplo do rei da Inglaterra Ricardo I ou
Coração de Leão (1157-1199), o herói da Terceira Cruzada, tornava-se famoso por
seu homossexualismo. Se o mesmo ato fosse praticado por um cidadão comum,
este sofreria a sentença capital (BLANC, 2010).
Desse modo, pode-se observar como culturas são regidas invisivelmente por
essas forças disciplinares, controladoras e denominadas de relações de poder sobre
os corpos dóceis. A docilidade dos corpos é uma forma de vigilância e punição por
meio de mecanismos repressivos, como forma de controlar e manipular os gestos e
comportamentos dos indivíduos (FOUCAULT, 2003, apud DANNER, 2009).
Com o final da Idade Média e o início da Renascença no século XVI, as ideias
acerca da sexualidade que outrora eram fortemente influenciadas pelas concepções
religiosas começaram a se abrir para novas visões, o que culminou para
significativas mudanças no comportamento social da época, fazendo também um
retorno a antigas práticas como o homossexualismo hierárquico, anteriormente
observado na Grécia Antiga (BLANC, 2010).
No século XVII, a burguesia estava em ascensão e o mundo ocidental
experimentava grandes descobertas socioculturais. Nesse sentido, sob o regimento
da perspectiva burguesa, as relações de prazer estavam submetidas ao crivo do
dispositivo da sexualidade, que passou agregar o saber e poder, fortificando a
14
instituição familiar e estabelecendo novos padrões repressivos de comportamento
(FOUCAULT, 2003 apud ASSIS, OLIVEIRA, 2015).
Segundo Foucault (2014), a história da sexualidade passa então por duas
rupturas. A primeira se dá a partir do século XVII, em que a expressão da
sexualidade do ser humano se encontrava reprimida, cercada de tabus e proibições.
Já havia imperativos de ordem e o sexo funcionava como peça chave no exercício
de poder da sociedade, com respeito à verdade e o saber acerca das coisas. A
segunda se dá entre os séculos XIX e XX, quando aconteceram diversas mudanças,
como a disseminação de diferentes práticas sexuais, dentre estas a
homossexualidade, que passa a ser analisada pelas ciências médicas como uma
patologia da conduta humana. Nessa quadro, tais sujeitos que se ‘‘encaixavam’’
dentro destes aspectos eram considerados como anormais e desviantes
(FOUCAULT, 2014; ASSIS, OLIVEIRA, 2015).
Diante disso, Assis e Oliveira (2015) afirmam que na Modernidade as ideias
de corpo e sexualidade assumem outro viés. Seus conceitos passam a ser mais
definidos, afirmando sua distinção e hegemonia no século XIX. Em meio a tantas
transformações, o paradoxo ainda permanece entre uma profunda repressão quanto
à sexualidade e a forte obstinação de se falar do sexo.
Salienta-se ainda que no século XX algumas disciplinas emergiram como
terreno fértil para a procriação destes discursos. A exemplo disto, Gazola e Machado
(2012) destacam o surgimento da Psicanálise e de várias obras freudianas. Dentre
elas, Os Três Ensaios sobre a Sexualidade, que incialmente impactaram o mundo
das luzes do século XIX, trazendo importantes contribuições para os estudos na
contemporaneidade acerca do gênero e da diversidade sexual.
Depois de Sigmund Freud e sua teoria psicanalítica, Michel Foucault, na
contemporaneidade, foi um dos estudiosos que mais contribuiu para sinalizar e
subscrever as práticas referidas à sexualidade e suas respectivas relações de poder.
A partir destas concepções, pode-se conceber que, tanto as contribuições de
Foucault, como as de Freud, permitem delinear possíveis saídas para o
enfrentamento das problemáticas construídas acerca da sexualidade humana.
3. A SUBJETIVIDADE NA CONSTRUÇÃO DO INDIVÍDUO.
Ao longo da história nota-se que as concepções de subjetividade e sujeito vão
15
se construindo em diversos campos de saber, a partir disso Foucault na
contemporaneidade ocupou-se em estudar a sexualidade e suas ligações com a
subjetividade, que é um processo inerente na formação da identidade e do gênero
do indivíduo.
Desse modo subtende-se que todo indivíduo possui subjetividade, mesmo que
viva em uma macrocoletividade, ele tem um modo de viver e estar próprio, na
sociedade. Esse processo se dá a partir da construção de valores, crenças e modos
de vida, que vão se tecendo a partir das experiências singulares de cada ser
humano e de sua interação com o outro.
Nesse sentido, González-Rey (2003, apud SILVA E GARCIA, 2011), destaca
que a produção de subjetividade é um acontecimento histórico e complexo inerente
ao sujeito que se constrói a partir do outro, ou seja, dentro de movimentos que
acontecem tanto nas relações sociais quanto culturais.
Foucault (1984, apud CARDOSO, 2005), afirma que toda subjetividade
expressa algo impessoal, que vai se construindo nos processos e experiências de
individuação. É algo pragmático, que vai muito além da teoria, pois envolve um
modo de vida, de ser e estar no mundo. Em suas últimas obras, o filósofo volta sua
atenção não mais para o poder e o saber, mas para a sexualidade como parte
importante da construção do indivíduo em suas relações sociais.
Em sua obra acerca da sexualidade, Foucault (1984 p.23, apud CARDOSO,
2005) aponta quatro importantes aspectos, a saber: a natureza do ato sexual,
fidelidade monogâmica, relações homossexuais e castidade. Questões que
promoveram historicamente grandes oposições entre as seguintes filosofias: pagã,
cristã, ética e a moral das sociedades europeias. Tais dispositivos fomentaram na
contemporaneidade questionamentos, quanto à diversidade sexual e os papéis de
gênero em várias partes do mundo, difundidos em movimentos de grupos
minoritários por direitos civis.
3.1 IGUALDADE DE GÊNERO
Na gênese da humanidade, como observado na história do sexo, não existia
uma concepção bem estruturada de gênero. Com o passar da evolução da espécie
humana e o próprio desenvolvimento social e cultural, transformações sociais se
16
fizeram necessárias para a própria estruturação e a manutenção dos poderes
instituintes, como o da família e do próprio Estado.
Diante disso, Perucchi (2009) aponta que a antropologia foi uma importante
fonte de discussão inicial sobre gênero, devido sua função nos estudos sobre
parentesco e seu papel na constituição das diferentes sociedades humanas, bem
como pela problematização crítica das noções essenciais e universais sobre
masculino e feminino.
Segundo Butler (2003, apud BARRETO, 2014), o gênero seria culturalmente
construído, podendo variar de forma independente ao sexo do indivíduo, indo além
da divisão binária homem/mulher. As características de gênero possuem sua
multiplicidade, sendo diferenciadas de acordo com as inserções sociais e culturais.
A década de 1960 fora um período de grande questionamento da
sexualidade, em que mulheres que participavam das lutas libertárias como o do
movimento hippie, perceberam que apesar de militarem em pé de igualdade com os
homens, tinham um papel secundário nestes movimentos (GROSSI, 1998). Mas foi
no final da década de 80 que surgiram os estudos de gênero, graças a esse levante
feminista, sendo consolidados na década seguinte (PERUCCHI, 2009).
Os questionamentos da mulher acerca de sua posição social se deram em
função de alguns acontecimentos, entre os quais as proposições sobre a relação de
independência entre a identidade de gênero e o sexo, discutidos pelo psicólogo
Robert Stoller, em 1968, que foram um dos primeiros marcos teóricos da psicologia
na construção do gênero (PERUCCHI, 2009).
A psicologia, a partir do final da década de 70, passa a contar com novos
construtos que deixam de considerar as questões de gênero pelas perspectivas
biológicas, passando a entender que os papéis sociais atuavam sobre o
comportamento das pessoas, originando diferenças afetivas entre elas (PERUCCHI,
2009). Na segunda metade da década de 70 e nos anos 80, o debate sobre a
igualdade-versus-diferença de gênero começou a ser mais discutido (ARAÚJO,
2005).
Louro (2001) aponta que no final dos anos 70, o movimento homossexual
ganha mais força no Brasil, mediante aos questionamentos das minorias, enquanto
que, por outro lado, internacionalmente aumenta números de homossexuais que
passam a se assumir publicamente. Alguns grupos de diversidade sexual nos anos
80 permaneceram buscando sua inclusão, em termos igualitários, ao conjunto da
17
sociedade, enquanto outros tinham como foco desafiar as fronteiras tradicionais de
gênero e sexualidade.
Nos anos 90, com a crise das políticas de identidade que orientavam o
movimento feminista e o movimento LGBT, foi instaurado proposições
teóricas pós-identitárias nesse âmbito, sendo a teoria queer um de seus
principais expoentes: A teoria queer demonstra que o sexo, o corpo e o
gênero são construções culturais, linguísticas e institucionais geradas no
interior das relações de saber-poder-prazer, determinadas pelo limite do
pensamento moderno (CÉSAR, 2009, p.49).
Facchini (2005 apud CARRARA, SIMÕES, 2007) comenta que o movimento
homossexual que emergiu nos anos 1990 apresenta uma configuração polimorfa,
que abrange grupos de orientação mais comunitarista, setores de partidos políticos,
ONGs, associações estudantis e grupos religiosos.
Diante disso, o Brasil vem tentando criar reformulações legais que busquem
priorizar os direitos de todos(as), como, por exemplo, o projeto de Lei da Câmara n.º
122, de 2006, que tem como pauta a proteção dos direitos “dos negros, idosos,
pessoas com deficiência, grupos religiosos, além de punir a discriminação por
gênero, identidade de gênero e por orientação sexual, não beneficiando somente um
grupo, mas a todos” (PAIM, 2013, s/n). Tal disposto legal ainda está em discussão
em busca de sua implementação visto que a compreensão sob a temática se
encontra atravessada por questões políticas, sociais e religiosas.
4. A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO E SUAS RELAÇÕES COM A
EDUCAÇÃO.
A educação deveria ser um espaço de cidadania e de respeito aos seres
humanos, portanto a academia em virtude de seus princípios de ética, deveria ter o
compromisso de incluir em sua formação a discussão sobre os grupos de gênero
representados geralmente por gays, feministas, lésbicas, Trans. etc...
Tornou-se comum no Brasil pesquisas e estudos que abarcam a exclusão da
mulher, no entanto, há um número menor no que se refere aos estudos
educacionais voltados para a temática da diversidade sexual. Tal ausência pode ter
sua raiz e causalidade na preeminência de pressupostos essencialistas e
excludentes para se refletir as identidades sexuais e de gênero.
Antes de abranger tais questões, se faz necessário expor esclarecimentos
acerca dos termos de identidades sexuais e de gênero aqui utilizados. Estes
preceitos não estão apoiados na ideia de que a sexualidade é algo que mulheres ou
18
homens possuem naturalmente, mas na ideia de que as identidades dos sujeitos se
constituem como referências dos processos discursivos, que não apenas
circunscrevem o sexo, mas também o nomeiam (MACIEL, 2012). Por esta razão,
utilizou-se o termo no plural, por se tratar de multiversos (e não de universos, ou
seja, não se trata da versão de um e sim dos múltiplos) que se apresentam como
diversidades sexuais, efêmeras, instáveis, divergentes e por vezes contraditórias.
A sexualidade é uma construção histórica, cultural e plural, na qual o sexo e
os corpos ganham sentido socialmente: ''as identidades de gênero e sexuais são,
portanto, compostas e definidas por relações sociais, elas são moldadas pelas redes
de poder de uma sociedade” (LOURO, 2001, p.11). Uma vez tendo esclarecido a
colocação conceitual, julgou-se ser oportuno a problematização do tema proposto.
Há muito tempo o Homem é privado de expressar livremente um de seus
elementos de maior evidência: sua sexualidade. Neste sentido, é preciso indagar-se
sobre o porquê disto: por que se criou todo um discurso acerca da sexualidade e ao
mesmo tempo a silenciaram? Quais mecanismos ou enunciados prescritivos
encobertam o bojo de suas articulações? Do que o sexo fala ou se omite? O que ele
revela ou desvenda? Segundo Foucault (1988), o sexo faz dizer a verdade de si e
dos outros num jogo em que o prazer se mistura ao involuntário e ao consentimento
à inquisição. Trata-se de saber do prazer, prazer de saber o prazer, prazer-saber;
poder-sexualidade; poder esse que exerce sobre os indivíduos uma normatividade
Hetero-Ascendente, a qual indiscriminadamente limita as possibilidades de
subjetividade dos sujeitos.
Tendo isto apresentado, aponta-se que estratagemas de resistência não se
conjecturam apenas em equalizar o número de estudos referentes à exclusão da
homossexualidade na educação à mesma quantidade de estudos referentes às
mulheres, mas, todavia, fazer com que a categoria de gênero também faça parte em
prática na discussão destas problemáticas. De sorte que, neste sentido, pesquisas
culturais contribuem fortemente, pois o debate não estaria na oposição rudimentar
de categorias binárias: masculino-feminino, homem-mulher, e sim na construção
industrializada de identidades, encarregada pela educação referendada em práticas
naturalizantes e privativas.
Postular conceitos como Heterossexualidade e Homossexualidade como sendo
produzidos historicamente fundamenta-se em uma medida estratégica de resistência
19
às investidas de fronteiras inflexíveis entre as práxis sexuais, concedendo a
produção de uma diversidade temática deveras muito ampla. Neste direcionamento,
ao se delinear a construção histórico-cultural das identidades sexuais e de gênero, o
(a) professor(a) seria capaz de ajudar o então educando(a) a desvendar os limites e
possibilidades pré-determinadas a cada sujeito, quando este se resigna às
rotulações previstas pelas identidades sexuais e de gênero. Vale aqui salientar que,
isto vem na contramão de certa abordagem da problemática homossexual,
executada pelos mecanismos midiáticos na produção em série de uma suspeita
''naturalização do indivíduo homossexual'' (COSTA, 1994, p. 121).
No esforço de se esquivar dos enunciados moralistas, os quais enxergam a
homossexualidade como desviante, patologia de cunho hormonal ou mesmo a falha
na educação familiar, reforça-se gradativamente que o indivíduo nasce
Heterossexual ou Homossexual, absolvendo-o, uma vez que, a conduta não se
apresentaria como escolha e sim como uma orientação.
Porém, este discurso pode denunciar um perigo: o risco desta
naturalização das orientações sexuais é que a relação com a
diversidade fique apenas no âmbito das políticas e práticas de
tolerância, ou seja, no respeito aos direitos do outro, uma vez que
este outro perdure em seu perpétuo lugar de si mesmo, assegurando
assim os territórios estabelecidos de formas normativas de se viver as
condutas sexuais. (FOUCAULT, 1995, p. 239).
Sendo a conceituação de gênero fundamentalmente relacional, o mesmo nos
coloca em contato constante com o outro, possibilitando diversas formas de
percebê-lo. Segundo Rolnik(1994), dentre de uma visão tradicional, o outro é tudo
aquilo que é exterior a um eu. Com esta conjectura estabelece-se que, no plano
visível, captado pela percepção, o outro seria tudo aquilo que está fora do invólucro
que protege o eu em si; é uma unidade divisível na qual se pode estabelecer uma
relação. Doravante, como a percepção da realidade não se limita ao que se vê, a
Subjetividade também não se restringe a um eu.
(...) A subjetividade coloca a exigência de criarmos um novo corpo (um novo
modo de sentir, pensar e agir) que venha encarnar este estado inédito que
se fez em nós. E a cada vez que respondemos à exigência imposta por um
destes estados- ou seja, a cada vez que encarnamos uma diferença- nos
tornamos outros. (ROLNIK, 1994, p.161)
Podemos subentender que este outro não é apenas um outro eu
(heterossexual, homossexual, homem, mulher...) com o qual se deve desenvolver
20
toda uma práxis solidárias baseadas na ''política de boa vizinhança''. Em suma, o
outro é tudo (humano, não humano, visível, não visível) que nos despe da suposta
estabilidade de uma referência identitária imutável, que nos instiga com ininterruptos
convites para diferentes formas de ser-estar no mundo (Devires-outro).
Este processo constituiu-se como um entrave para a alteridade, nos
conduzindo a posturas opostas mesmo às políticas de tolerância. É preciso salientar
que discutir a questão da diversidade sexual e de gênero não se resume tão
somente a uma exclusividade pertinente a grupos minoritários e, portanto, algo que
seria ignorado por um contingente que visa atender a maioria heterossexual que
frequenta o espaço educacional.
Esta seria uma das principais barreiras a serem transpostas pelos educadores.
Antes mesmo de educar sobre a sexualidade, talvez os próprios pudessem ser
educados.
Se os/as educadores/as quiserem ser eficazes em seu trabalho com
todos/as os/as jovens, eles/elas devem começar a adotar uma visão mais
universalizante da sexualidade em geral e da homossexualidade em
particular. Assim, em vez de ver a questão da homossexualidade como
sendo de interesse apenas para aquelas pessoas que são homossexuais,
devemos considerar as formas como os discursos dominantes da
heterossexualidade produzem seu próprio conjunto de ignorâncias tanto
sobre a homossexualidade quanto sobre a heterossexualidade.
(BRITZMAN, 1996, p. 92 apud DINIS, 2008).
É de suma importância considerar também que tais práticas de resistência
serão ainda mais efetivas quando se exigir maneiras outras de experimentar-se,
pronunciar-se, a partir de novas formas, ver-se de outros modos, rejeitar todas as
produções de miragens identitárias que engessam e limitam, desconfiar da imagem
refletida no espelho que despotencializa múltiplas possibilidades. É experimentar
outros conteúdos curriculares, que possam convocar à produção de novas formas
de subjetividade, de novas estéticas da existência, para que se possa então,
desterritorializar as demarcações sexuais e de gênero.
5. PESQUISA DE CAMPO: FORMAÇÃO E REPRESENTAÇÕES DE
PROFESSORES DO UCL SOBRE A SEXUALIDADE.
21
Para compor o presente artigo, utilizamos a pesquisa bibliográfica e de campo
realizada no Centro Universitário Celso Lisboa com professores do curso de
Psicologia do ano de 2015.1, com os objetivos de compreender a relevância da
sexualidade humana com foco na homossexualidade e suas discussões em sala de
aula, bem como verificar as possíveis dificuldades desses profissionais em abordar
essa temática no contexto acadêmico.
Inicialmente foi realizada buscas em livros, artigos e sites como Scielo e
Google acadêmico, tendo como principais palavras-chave a sexualidade,
homossexualidade, educação e o senso comum, focalizando a importância destes
na formação de psicólogos.
Posteriormente, complementamos com a construção de um questionário que
inicialmente seria aplicado aos professores psicólogos (as) do UCL. Ao percebermos
a importância de todos profissionais dentro da construção do saber do estudante,
entendemos que esta pesquisa poderia avançar com a participação destes.
Diante disso a participação destes professores(as) não psicólogos foram
demonstrados na tabela desta pesquisa, através do seu quantitativo em cada
resposta, a partir dos símbolos parênteses, explicitando o sinal de soma. A exemplo
desse fato temos: (+).
Portanto, esse questionário fora construído contendo doze (12) perguntas
(abertas e fechadas) que foram classificadas em dois segmentos: o primeiro quanto
à formação dos professores e o segundo quanto à relação do assunto com sua
competência de ensino. Visto ser este um tema atemporal e importante para a
formação acadêmica dos mais diversos campos do saber, que ainda se configura
em tabus sociais difundidos na atualidade, Neto, et al (2014, p.1) ao discutir autores
que versam sobre o tema, aponta:
O tabu tende a ser ainda intensificado quanto faz referência aos
homossexuais, mesmo a homossexualidade tendo ganho espaço público na
sociedade e se tornado mais frequente nos estudos organizacionais, o
cotidiano e a vivência dessas pessoas no âmbito organizacional ainda
envolve práticas discriminatórias, desiguais e homofóbicas. Logo, sendo
essa temática relevante e recente por envolver aspectos como equidade,
políticas de respeito à diversidade ou diferença, liberdade de
comportamento, satisfação, bem-estar no trabalho, homofobia, violência
moral, assédio moral e violência simbólica.
O questionário fora aplicado do final do mês de abril ao início do mês de maio
de 2015, aos professores da instituição acadêmica já citada. O quadro de docentes
22
contou, no período citado, com vinte e três (23) profissionais, sendo que dezesseis
(16) destes aderiram à pesquisa, enquanto os outros profissionais recusaram
participar ou estavam de licença.
Na descrição dos dados utilizamos a teoria de análise de conteúdo de Laurence
Bardin (2004), tendo em vista que essa teoria possibilita um maior entendimento
sobre a análise do conteúdo em relação aos modos eventuais de análise de
resultados em pesquisas, principalmente na prática das ciências humanas. Assim,
de acordo com a teoria de Bardin, agrupamos as respostas obtidas por meio de sua
distribuição em categorias, classificando-as por semelhança, considerando as
questões mais relevantes da pesquisa. Salientamos que o questionário fora
colocado em anexo, para possibilitar ao respectivo leitor um vislumbre acerca dos
temas discutidos.
5.1 DISCUSSÃO DE DADOS.
Na questão 2.1– Na sua formação em psicologia, considera que os temas da
sexualidade e da diversidade sexual e de gênero foram abordados e
articulados com outras temáticas de maneira significativa? ( ) Sim ( ) Não.
Respostas Tempo de atuação (por anos)
2 a 5 nos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total
Sim 2 1(+2) 0 5
Não 5 2 4 11
Tabela 3 - A significância da formação
Dos dezesseis (16) participantes, onze (11) responderam que consideram que
os temas da sexualidade e da diversidade sexual e de gênero não foram abordados
e nem articulados de maneira significativa durante a sua formação acadêmica.
Apenas cinco (5) consideraram que tais temas foram abordados em suas
graduações.
Através da observação dos dados dessa questão, é possível perceber que
mesmo profissionais que trabalham há pouco tempo como professores, entendem
que a sua formação não os privilegiou a respeito dessas discussões. Este dado é de
suma importância já que demonstra que tanto profissionais recém-formados, quanto
23
os com formação dentre dez (10) e vinte (20) anos, não tiveram uma graduação que
ainda fosse capaz de articular de maneira ampla e satisfatória esse assunto.
Na questão 2.2– Acredita que essas articulações são relevantes para a
formação em psicologia? Por quê?
Respostas Tempo de atuação (por anos)
2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total
Sim 7 3 (+2) 4 16
Não 0 0 0 0
Tabela 4 - Quanto a relevância
Dos dezesseis (16) respondentes, todos afirmaram que essas articulações
são importantes para a formação acadêmica em psicologia.
Para tanto agrupamos nos seguintes aspectos:
Grupos Tempo de atuação (por anos)
2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total
Senso C. 2 2 2 6
Prática P. 2 1 2 5
Subjetividade 2 (1) 3
S. resposta (1) 1
T. Polêmicos 1 1
Tabela 5 – Agrupamento de respostas sobre a relevância
Quanto à academia e o senso comum, observamos que seis (6) professores
responderam que tais articulações são importantes pois circulam na vida cotidiana e
no próprio espaço acadêmico, sendo necessário uma reflexão e capacitação sobre o
assunto para ficar restrito à influência do senso comum. Tendo como exemplo uma
das respostas: “Fazem parte da sociedade e nos ajudam a superar preconceitos”.
Quanto ás práticas profissionais, cinco (5) respondentes disseram que o
psicólogo tem um papel importante nas reflexões e discussões com respeito a essa
e outras temáticas pertinentes à sociedade, como por exemplo: “Porque são
demandas constantes na prática profissional”. Quanto à subjetividade, três (3)
profissionais responderam que tais temas atravessam à subjetividade humana no
24
contemporâneo, como vemos no seguinte discurso: “Porque faz parte da construção
da identidade”.
Do último grupo denominado de “Temas polêmicos”, um professor(a)
respondeu que esta temática é sempre relevante, citando: “São questões trazidas
pelas pessoas que atendemos e os alunos não se permitem relativizar e refletir
sobre esses temas, a universidade é um espaço de (de)formação acadêmica!!!”.
Considerando a universidade como um espaço de formação acadêmica, além de
produzir reflexão, torna-se necessário instrumentalizar os psicólogos tanto
internamente, para que possam superar preconceitos e tabus, como, também,
externamente na sala de aula, para que possam assumir práticas concretas que
valorizem a inclusão da diversidade.
Na questão 4 – Considerando seu campo de atuação profissional, sente-se
preparado (a) para trabalhar com pessoas de diferentes orientações sexuais e
de gênero? ( ) Sim ( ) Não. Por quê?
Respostas Tempo de atuação (por anos)
2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total
Sim 6 3(+1) 3 13
Não 1 (1) 1 3
Tabela 8 – Auto conhecimento
Dos participantes, treze (13) responderam sentir-se preparado diante da
diversidade sexual. Já os que afirmaram positivamente, possuem falas em que a
orientação sexual não interfere nas práticas profissionais, considerando que lidar
com as diferentes orientações traz aprendizagem, conhecimento acerca do outro e
ajuda a superar os preconceitos. Ilustrando uma das falas: “Sinto-me preparada para
lidar com o humano, seja ele qual for”.
Apenas três (3) responderam não se sentir preparados para atuar
profissionalmente: “Por ser um tema que desperta angústia e evoca sentimento de
preconceito. Creio ser uma temática delicada quando se trata de grupos”.
25
Na Questão 6 – Como professor em psicologia, considera que a discussão da
diversidade sexual e de gênero pode ser abordada em suas disciplinas? ( ) Sim
( ) Não. Justifique:
Respostas Tempo de atuação (por anos)
2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total
Sim 6 3 (+2) 4 15
Não 1 1
Tabela 10 – Abertura disciplinar
Dos respondentes, quinze (15) afirmaram que a discussão da diversidade
sexual e de gênero é abordada em sua disciplina na graduação, por meio de temas
transversais, por se tratar de aspectos da personalidade e do comportamento
humano, além de estar presente no cotidiano.
Diante disso, destaca-se a seguinte fala de um desses profissionais: “É uma
questão política que diz respeito a todos”. Sendo que um profissional respondeu
“não”, citando que: “(as disciplinas) não oferece espaço. Diante de tais observações,
percebe-se que a maioria dos professores, inclusive aqueles (as) que não possuem
formação em psicologia, entendem que é possível abordar as temáticas pertinentes
a questões de diversidade sexual e de gênero humano.
Desse modo, entende-se que na maioria das disciplinas do curso de
psicologia do UCL existe um espaço para discussão dessa problemática, tendo em
vista que abordar esse tema dentro de sala de aula perpassa por diversos fatores
como: aderência da disciplina, disponibilidade e preparo do profissional, e a própria
disponibilidade dos estudantes.
Na questão 7 – Acredita ser relevante haver uma disciplina específica para
abordagem das transformações históricas da sexualidade e da diversidade
sexual e de gênero?( ) Sim ( ) Não. Justifique:
Respostas Tempo de atuação (por anos)
2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total
Sim 4 1 (+1) 3 9
Não 3 2(+1) 1 7
Tabela 11 – Relevância disciplinar
26
Dos participantes, nove (9) respondentes, afirmaram ser relevante ter uma
disciplina especifica a respeito da sexualidade, pois facilitaria a aquisição de novos
conhecimentos, bem como na diminuição da falta de informação sobre o assunto,
além de aprofundar e sistematizar tais conceitos: “Uma disciplina não garante a
discussão, mas pode ajudar a levantar algumas questões”.
Já na perspectiva dos sete (7) participantes que responderam que não, há a
crença de que sua disciplina é capaz de lidar com tal temática, sendo esta uma
questão transversal nos diversos campos do saber psicológico. A exemplo disso
temos a seguinte fala de um desses docentes: “Isso deve ser trabalhado em todas
as disciplinas do curso”.
Na comparação desses dados percebe-se uma aproximação entre as
divergências de opiniões. Isto é de suma importância, pois estes profissionais,
principalmente os com mais de 20 anos de atuação, quase que de forma unânime
entendem que é importante a construção de uma disciplina, que contemple de forma
sistematizada os dados históricos e a discussão sobre os mesmos. Segundo um dos
entrevistados: “(...) para que haja reflexão e mudança com sua aprendizagem”.
Na questão 8 – No seu entender os estudantes da Celso Lisboa são
respectivos às discussões sobre essa temática? ( ) Sim ( ) Não. Por quê?
Respostas Tempo de atuação (por anos)
2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total
Sim 5 3 (+2) 2 12
Não 2 2 4
Tabela 12 – Receptividade diante a temática
Dos dezesseis (16) respondentes, doze (12) profissionais afirmaram que os
alunos são receptivos, sendo que apenas quatro (4) responderam não. Dos que
responderam sim, as suas justificativas tiveram como exemplo a seguinte fala:
“Dentro dos limites da normalidade percebo constrangimento apenas além de tabus
a serem vencidos pelo conhecimento do assunto”. Já os respondentes que
marcaram não, têm como exemplo a seguinte justificativa: “Não são maduros para
discutir esses temas sem preconceitos e a priores”.
27
Na questão 9 – Percebe algum tipo de discriminação com relação a pessoas
homossexuais na Celso Lisboa? ( ) Sim ( ) Não. Poderia fornecer algum
exemplo de situação que presenciou?
Respostas Tempo de atuação (por anos)
2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total
Sim 1 (1) 3 5
Não 6 3(+1) 1 11
Tabela 13 – Discriminação na academia
Dos participantes, onze (11), responderam que nunca presenciaram qualquer
tipo de discriminação. Dentre eles, cinco (5) disseram já haver presenciado algum
fato discriminatório dentro das salas do UCL. Estes que afirmaram ter observado tal
ato citaram algum tipo de exemplo que vão desde discussões entre alunos em sala
de aula por um deles ser homossexual, até comentários maldosos produzidos nesta
instituição, que questionam a sexualidade de um determinado professor, a exemplo
disso fora destacado a seguinte resposta: “Percebo eu poucos professores da
instituição comentários por exemplo [aquele professor é gay né]?!(risos)”.
Na questão 11 – Enquanto profissional (psicólogo e professor) como você
equalizaria a ética profissional, as diferentes inserções religiosas e a liberdade
cultural?
Grupos Tempo de atuação (por anos)
2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total
Ciência 1(+1) 2 4
Discussão 3 (1) 4
Respeito 4 2 2 8
Tabela 15 – Equalização profissional
Para uma melhor compreensão dos dados coletados a partir das repostas
desses profissionais, estas foram divididas em três (03) grupos, sendo estes
denominados de: Ciência, Discussões e Respeito. Os oito (8) participantes que se
enquadraram no grupo “respeito” tiveram como ponto principal argumento de sua
28
resposta o respeito à diversidade, por exemplo: “Respeitando a todos
indistintamente”; assim como o respeito à ética e à diversidade sexual.
Dos quatro (4) respondentes que se encaixaram no grupo de “discussões”, a
maioria entende que promover discussão sobre o tema seria a maneira mais
razoável de se trabalhar com essa problematização; a exemplo disso temos o
seguinte discurso: “Utilizando o dispositivo mais potente, que é a sala de aula, para
trazer estas discussões, na formação acadêmica”. Por ultimo o grupo “Ciência”, que
obteve quatro (4) respostas desses profissionais, as quais tiveram como elemento
primordial “O tratamento da psicologia ciência”, o que levaria a um estudo mais
qualificado sobre o desenvolvimento da sexualidade humana por esses estudantes.
Na questão 12 - Na sua opinião o que falta na educação universitária brasileira,
de maneira geral que ajude a melhorar o entendimento sobre as formas de
homossexualidade?
Tempo de atuação (por anos)
2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total
Participantes 7 3 (+2) 4 16
Tabela 16 – A relação entre educação e a homossexualidade
Nesta questão, todos os dezesseis (16) respondentes contribuíram com a sua
opinião. Alguns profissionais relacionaram a falta de conhecimento a poucos
debates e palestras sobre o assunto e/ou conhecimento teórico mais abrangente
sobre a diversidade sexual, tanto por parte dos docentes quanto dos discentes.
Tais conhecimentos baseados nas repostas destes profissionais deveriam vir
desde o ensino fundamental, o que ofereceria a estes jovens informações sobre
essa diversidade sexual, promovendo assim uma melhor capacidade crítica. A
exemplo disso foi destacado a seguinte resposta: “Divulgar sobre a importância
desse aspecto e seu impacto social. Há uma necessidade de se consideram tal
condição, si é que se deve se chamar dessa forma, como HUMANA. Não se trata de
um transtorno ou doença. É necessário maior MATURALIDADE”.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
29
A diversidade sexual ainda é um tabu frente à contemporaneidade, onde a
sua expressão está imersa a questões culturalmente veladas. Desde as Eras
primevas percebemos que o ser humano estava imerso na própria descoberta do
seu corpo. Através dessa exploração de si, a humanidade veio se construindo
socialmente, gerando culturas que tinham como base o próprio sexo como forma de
controle nas relações de poder, o que, por vezes, levou o sexo a ocupar lugar de
destaque na formação dos discursos emergentes deste dispositivo, fomentando em
grande parte, uma divisão entre classes que hoje nós conhecemos como gênero.
As divisões ocasionadas pelos conceitos de macho e fêmea, homem ou
mulher, em conjunto com algumas instituições tais como família, igreja, política e o
Estado, geraram uma padronização do ser humano, onde todos os que não se
encaixavam nessa formatação eram vistos como sujeitos desviantes, passivos de
diversas punições.
Diante de todas as formas de repressão social historicamente criadas pela
humanidade, estas fomentaram o surgimento de diversos grupos minoritários que
eram desconsiderados e marginalizados pelas forças instituintes. Nesse sentido,
essas classes minoritárias começaram a se organizar e a lutar pelos seus direitos e
por uma legitimidade social.
Com o surgimento de diversos grupos políticos como o feminista, o LGBT, os
Panteras Negra, dentre outros, surgem questionamentos que despertaram estudos
acerca da existência destes, baseando-se na construção subjetiva de cada
indivíduo, assim como a existência dessa pluralidade de corpos sujeitos a um
antagonismo social, fomentada por uma educação “exclusiva”, que demonstra ter
dificuldades em adentrar perante a esses discursos, haja vista que até hoje são
focos de discussões de diversos saberes.
Neste intuito, este trabalho buscou entender através da perspectiva dos
professores (as) do UCL o quanto que a educação universitária está contribuindo ou
não para a manutenção do senso comum acerca do assunto.
Concluímos que diante do discurso de muitos professores(as) existe um
distanciamento entre a fala e a prática dentro de sala de aula, já que estes docentes
ao mesmo tempo dizem estar preparados. Paradoxalmente observe-se que alguns
desses não conseguem inserir estas discussões sobre a sexualidade e o gênero
dentro de suas disciplinas. Tais deficiências poderiam ser hipoteticamente
resultados da própria falta de discussão ocorrida em maior escala sobre o tema no
30
âmbito acadêmico. Diante do exposto percebe-se que a temática, não foi abordada
de forma significativa dentro da respectiva formação destes educadores. Com
relação a tais questões compreende-se que, nem todos estudantes do UCL são
receptivos a essas discussões. O que pode ser um possível fator inibidor para estes
profissionais.
Mediante ao curto tempo de produção deste trabalho, esta pesquisa não pôde
aprofundar mais a temática por diversos fatores, como: a dificuldade em si de ter
acesso a todos os docentes do curso de psicologia no período em questão; a não
adesão de alguns profissionais na participação do processo de produção desses
dados; a própria investigação sobre os conhecimentos teóricos dos profissionais
acerca do assunto; além de uma impossibilidade temporal para investigação
documental da grade curricular do curso de Psicologia, visto que a nossa percepção
sobre essa temática dentro do UCL eclodiu através das experiências que tivemos
enquanto estudantes desta graduação. Portanto, estas estão sujeitas a uma
reavaliação decorrente das mudanças que ocorreram desde 2010.2 a 2015.1.
Desse modo, esperamos contribuir para eventuais pesquisas sobre o assunto.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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debate. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v.17, n.2, 2005.
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10/06/2015.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3 ed. Lisboa: Edição 70. 2004.
BARRETO, R. A homossexualidade em foco: discutindo o padrão masculino
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BRASIL, RIO GRANDE DO SUL. Projeto de lei da Câmara, n. 122, 2006. Publicada
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31
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32
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Grande do Sul, n.35, dezembro de 2011.
ANEXO
HOMOSSEXUALIDADE E EDUCAÇÃO: A UNIVERSIDADE E O SENSO COMUM
QUESTIONÁRIO
Universidade e a Formação do Respondente
Formação: __________________________________________________________
33
Tempo de atuação como professor(a) universitário: __________________________
1 - A Universidade em que se formou possui orientação religiosa?
( ) Sim ( ) Não. Se sim, qual?_________________________________________
2.1 - Na sua formação em psicologia, considera que os temas da sexualidade e da
diversidade sexual e de gênero foram abordados e articulados com outras temáticas
de maneira significativa? ( ) Sim ( ) Não.
2.2 – Acredita que essas articulações são relevantes para a formação em
psicologia? Por quê?___________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3.1 - Conhece algumas das diversas ramificações da sexualidade para além da
classificação heterossexual e homossexual? ( ) Sim ( ) Não.
3.2 – Se sim, a formação em psicologia contribuiu para este conhecimento?
( ) Sim ( ) Não.
4 – Considerando seu campo de atuação profissional, sente-se preparado(a) para
trabalhar com pessoas de diferentes orientações sexuais e de gênero?
( ) Sim ( ) Não. Por quê?______________________________________________
___________________________________________________________________
5 - Fez algum curso ou participou de algum evento que contribuiu para eventual
trabalho com pessoas de orientação sexual e de gênero diversas?
( ) Sim ( ) Não. Se sim, qual?__________________________________________
___________________________________________________________________
Atuação como professor e problematização da formação em Psicologia
6 - Como professor em psicologia, considera que a discussão da diversidade sexual
e de gênero pode ser abordada em suas disciplinas? ( ) Sim ( ) Não.
Justifique____________________________________________________________
34
___________________________________________________________________
7 – Acredita ser relevante haver uma disciplina específica para abordagem das
transformações históricas da sexualidade e da diversidade sexual e de gênero?
( ) Sim ( ) Não. Por quê?______________________________________________
___________________________________________________________________
8 - No seu entender os estudantes da Celso Lisboa são receptivos as discussões
sobre essa temática? ( ) Sim ( ) Não. Por quê?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
9 - Percebe algum tipo de discriminação com relação a pessoas homossexuais na
Celso Lisboa? ( ) Sim ( ) Não. Poderia fornecer algum exemplo de situação que
presenciou? _________________________________________________________
___________________________________________________________________
10 - Acredita que as ideologias religiosas interferem na compreensão da
homossexualidade? ( ) Sim ( ) Não. Como?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
11 - Enquanto profissional (psicólogo e professor) como você equalizaria a ética
profissional, as diferentes inserções religiosas e a liberdade cultural?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
12 - Na sua opinião o que falta na educação universitária brasileira que ajude a
melhorar o entendimento sobre as formas de homossexualidade?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

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Educação e diversidade de gênero

  • 1. 1 CURSO DE PSICOLOGIA A EDUCAÇÃO E A DIVESIDADE SEXUAL E DE GÊNERO: A ACADEMIA E O SENSO COMUM. Elaborado por: Cristiane Ribeiro Daniel Tavares Francisca Amorim Neusa Moraes Tiago Xavier Rio de Janeiro Junho de 2015
  • 2. 2 Cristiane Ribeiro Daniel Tavares Francisca Amorim Neusa Moraes Tiago Xavier A EDUCAÇÃO E A DIVESIDADE SEXUAL E DE GÊNERO: A ACADEMIA E O SENSO COMUM. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência da disciplina TCC do Curso de Psicologia do Centro Universitário Celso Lisboa, orientado pelo Prof. Drº Thiago Melicio. Rio de Janeiro Junho 2015
  • 3. 3 FOLHA DE APROVAÇÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO CELSO LISBOA CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA Elaborado por Cristiane Ribeiro Daniel Tavares Francisca Amorim Neusa Moraes Tiago Xavier A EDUCAÇÃO E A DIVESIDADE SEXUAL E DE GÊNERO: A ACADEMIA E O SENSO COMUM. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência da disciplina TCC do Curso de Psicologia do Centro Universitário Celso Lisboa. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APROVADO EM ____/____/2015 ___________________________________________ Profº. Doutor Thiago Melicio (Orientador) ____________________________________________ Profª. Mestre Maria Eunice Duarte ____________________________________________ Profº. Doutor Nei Calvano
  • 4. 4 FICHA CATALOGRÁFICA A educação e a diversidade sexual e de gênero: a academia e o senso comum. Cristiane Ribeiro, Daniel Tavares, Francisca Amorim, Neusa Moraes, Tiago Xavier. Rio de Janeiro: UCL, 2015. 36 páginas Orientador: Prof. Dr. Thiago Benedito L. Melicio. Trabalho de Conclusão de Curso de Psicologia do Centro Universitário Celso Lisboa. 1. Diversidade sexual. 2. Professores. 3. Psicologia. 4. Educação. I. Ribeiro, Cristiane. II. Tavares, Daniel. III. Amorim, Francisca. IV. Moraes, Neusa. V. Xavier, Tiago.
  • 5. 5 AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus por nos permitir chegar até aqui. Aos nossos familiares pelo apoio e compreensão durante a construção deste trabalho. Ao nosso querido orientador, Thiago Melicio, pelo apoio, incentivo e orientação. Aos professores do Centro Universitário Celso Lisboa, pela contribuição em nossa formação acadêmica. Ao nosso coordenador Nei Calvano pelo apoio em nossa formação. Aos funcionários do Centro Universitário Celso Lisboa, em especial a Joelma Torres e Vinicius Layó pelo incentivo e apoio. A professora Flaviany Ribeiro, que nos ajudou a dar o ponta pé inicial deste trabalho. Aos amigos que direta e indiretamente nos ajudaram na conclusão desse artigo.
  • 6. 6 “ Só a experiência própria é capaz de tornar sábio o ser humano”. (Sigmund Freud)
  • 7. 7 RESUMO RIBEIRO, Cristiane; TAVARES, Daniel; AMORIM, Francisca; MORAES, Neusa; XAVIER, Tiago. A EDUCAÇÃO E A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO: a academia e o senso comum. Trabalho de graduação do Curso de Psicologia do Centro Universitário Celso Lisboa, Rio de Janeiro, junho de 2015. Pensar em educação é refletir sobre o social e seus atravessamentos, o encontro com a diversidade cultural num enorme espaço chamado de sociedade, povoado de pequenos mundos, que se encontram e se cruzam nos corredores das instituições de ensino. É um processo de construção de si e também do outro, um desafio para os educadores da atualidade que se deparam com questões que outrora eram consideradas tabus como a diversidade sexual que eventualmente vem ganhando espaço dentro e fora das instituições educacionais, seja pela aceitação, através dos processos de inclusão, ou pela recusa discriminatória das identidades de gênero. Nesse sentido, o presente artigo realiza uma revisão bibliográfica sobre a história do sexo, suas construções sociais e articulações com a esfera de ensino, tendo como campo de produção de dados pesquisa realizada junto aos professores do Centro Universitário Celso Lisboa (UCL) sobre, por um lado, como o tema da Sexualidade apareceu em sua formação e, por outro, como ele aparece na graduação em psicologia do UCL. Com relação a essa temática o presente artigo pretende contribuir para eventuais pesquisas acerca deste campo e despertar também a atenção de professores e alunos para o assunto nas universidades, em especial na graduação em psicologia do UCL. PALAVRAS-CHAVE: Diversidade sexual - Professores - Psicologia - Educação.
  • 8. 8 ABSTRACT RIBEIRO, Cristiane; TAVARES, Daniel; AMORIM, Francisca; MORAES, Neusa; XAVIER, James. EDUCATION AND SEXUAL DIVERSITY AND GENDER: The gym and common sense. Graduate Work Psychology Course of the University Center Celso Lisbon, Rio de Janeiro, and June 2015. Think of education is to reflect on the social and its crossings, the meeting with cultural diversity in a huge space called society, populated by small worlds that meet and intersect in the halls of educational institutions. It is a process of building each one with the other, a challenge for today's educators that face these issues, previously considered taboo such as sexual diversity coming eventually gaining ground inside and outside educational institutions, since the acceptance, by the inclusion processes, or the discriminatory denial of gender identities. In this sense, the article presents a literature review of the history of sex, their social constructions and joints with the educational sphere, having as field the productions of survey data Conducted with professors of the University Center Celso Lisboa (UCL) on the one hand, as the theme of sexuality appeared in their training and, on the other, as it appears in undergraduate UCL psychology. Regarding this subject, the article intends to contribute to any research on this field and attract the attention of teachers and students to the subject at universities, especially in undergraduate UCL psychology. KEYWORDS: Sexual Diversity - Teachers - Psychology - Education.
  • 9. 9 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 10 2. A HISTÓRIA DO SEXO E AS RELAÇÕES DE PODER.............................. 11 3. SUBJETIVIDADE NA CONSTRUÇÃO DO INDIVÍDUO.............................. 14 3.1 Igualdade de Gênero............................................................................. 15 4. A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO E SUAS RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO............................................................................................. 17 5. PESQUISA DE CAMPO............................................................................. 20 5.1 Discussão de Dados................................................................................ 22 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 28 7. REFERÊNCIAS........................................................................................ 30 8. ANEXOS.................................................................................................. 32
  • 10. 10 1. INTRODUÇÃO Atualmente se observa que a sociedade moderna, em geral, vem tentando compreender as questões subjetivas e comportamentais que envolvem cada sujeito, uma vez que os indivíduos estão implicados por crenças, valores e práticas sociais, que de certa forma influencia a constituição dos mais variados grupos dentro de uma macrocoletividade. Com relação à diversidade cultural, Foucault, em 1995, já abordava em suas obras assuntos como as relações de poder, produção de verdades/ redes discursivas e sexualidade. Nessa perspectiva, o homem não é apenas corpo e psiquê, mas também um ser que possui subjetividade, gênero e identidade, atravessado por inúmeras questões sociais. Baseando-se nessas conjecturas, Cesar (2009) menciona que na década de 1960, por exemplo, surgiram movimentos que questionavam a sexualidade e os papéis sociais de gênero em diversas partes do mundo. Paralelo a isso, emergem outros movimento minoritários, como os movimentos feministas, os movimentos de gays e lésbicas, as reivindicações étnicos raciais, bem como movimentos contra os regimes ditatoriais, pela luta dos direitos civis, representando um marco para as mudanças sociais e educacionais. Abre-se, assim, espaço para uma maior visibilidade e diálogo sobre a sexualidade e suas diversas orientações, em especial a homossexualidade, tema inicialmente proposto para este artigo, e suas relações com a educação acadêmica. Na realidade, muitos discursos têm surgido ao longo do tempo, na tentativa de explicar a homossexualidade, mas o que se vê são discursos que na maioria das vezes encontram-se distorcidos, por uma falta de coesão do entendimento dos processos psíquicos, biológicos e sociais que constituem esses sujeitos. Facco (2009) destaca a importância do surgimento dos Estudos Culturais nas universidades, desenvolvidos principalmente a partir dos movimentos sociais já citados, possibilitando diálogos entre esses grupos e a sociedade. Os educadores exercem um papel importante na construção destas possibilidades, através das suas práticas pedagógicas, no sentido de atenuar os inúmeros problemas de socialização enfrentados por todos aqueles que carregam consigo alguma marca ou estigma que os categorize. Nesse sentido, como alunos do curso de psicologia, ao longo da formação acadêmica, pouco sabemos acerca da história da sexualidade humana e suas
  • 11. 11 diversas ramificações e relações com a educação, haja vista que o mínimo que tivemos acesso foi pautado majoritariamente pela Psicanálise. Nessa perspectiva, se observa também a escassez e a carência em se abordar essa temática em sala de aula. Devido a essa complexidade de indefinições, e por conta da diversidade sexual e de gênero, propôs-se redefinir a temática vigente, questionando, por exemplo, se haveria ou não a necessidade de uma disciplina específica no currículo da graduação de Psicologia que contemple essa temática, ou se seria viável uma expansão da discussão nas disciplinas já existentes, visto que é de grande importância para a formação. No intuito de promover essa análise, utilizamos em nosso artigo revisão bibliográfica e pesquisa de campo, buscando levantar as principais dificuldades enfrentadas pelos professores universitários, do curso de Psiologia do Centro Universitário Celso Lisboa (UCL), sobre a forma de se abordar as questões da sexualidade e diversidade sexual em sala de aula, tendo em vista que esses profissionais, por vezes, agregam essa temática em conjunto com a sua disciplina em curto período de tempo. O intuito do trabalho é o de contribuir para eventuais pesquisas acerca deste campo e despertar também a atenção de professores e alunos para o assunto nas universidades, em especial na graduação em psicologia. 2. A HISTÓRIA DO SEXO E AS RELAÇÕES DE PODER A Homossexualidade, homoerotismo ou homoafetividade, seja qual for a nomenclatura, são denominações utilizadas para expressar o relacionamento entre “iguais”, ou seja, entre pessoas do mesmo sexo, portanto, estas palavras vem se adequando e/ou transmutando com o passar do tempo para desenvolver uma melhor visibilidade às diversas formas de amor e vinculações sociais. Como não é um tema restrito à sociedade brasileira, mas sim de caráter mundial e comumente relatado durante a história da humanidade, faz-se necessário a compreensão dessa forma afetiva (homoafetividade) e sua evolução durante a descoberta humana sobre a sexualidade. De acordo com Blanc (2010), o ser humano não apenas faz uso do sexo para fins reprodutivos, mas também para estabelecer e manter relações sociais entre a espécie, suscitando num instrumento de dominação social. Para tanto, a história do
  • 12. 12 sexo pode ser compreendida em quatro etapas da humanidade: Antiguidade, Idade Média, Modernidade e a Contemporaneidade. O sexo, tanto na antiguidade como na pré-história, tinha uma grande importância nos cultos místicos onde deuses(as) eram representações da subjetividade humana. Nesse sentido, as mulheres da antiguidade representavam a ambiguidade entre sagrado e o profano, utilizando a relação sexual como uma ferramenta de acesso às camadas superiores, ou seja, um acesso ao divino. Essas representações se davam através da personificação pelo poder do sacerdócio e da prostituição do corpo feminino em nome de um “bem maior” (BLANC, 2010). Quanto à homossexualidade, Blanc (2010) esclarece que tal prática há muito existira na humanidade, mas, no entanto, teve uma maior ênfase na cultura grega, considerada a primeira sociedade reconhecidamente com práticas homossexuais no mundo. Esta se utilizava da “proteção” (uma forma de apadrinhamento), no intuito (educacional/militar), onde um adulto tinha que cuidar de um jovem e ensiná-lo a se tornar um homem. Tais ensinamentos, que também se davam através das práticas sexuais (o que hoje compreende-se como pedofilia), tinham como um dos pressupostos a fortificação do poderio das tropas, visto que estas eram a única forma de se resguardar uma sociedade. Esses dados não foram exclusivos da Grécia Antiga, mas também compartilhados pelos romanos e vislumbrados pelos celtas (BLANC, 2010). Diante das diversas formas de valorização das características masculinas na antiguidade, estas tiveram como ponto principal o amor conferido pelo “poder homossexual masculino” e as ramificações de culto ao corpo não somente pelas formas de arte, mas pela própria divinização deste homem vigoroso e guerreiro (BLANC, 2010). Já na Idade Média, havia uma problemática acerca da carne, sendo esta a origem de todo o pecado e desejo que atingia o homem. Surge, nesta época, a polícia da carne, com a incumbência de combater a disseminação dos prazeres considerados pecaminosos (ASSIS, OLIVEIRA 2015). Com relação à Idade Média, Foucault (1984, apud GAZOLA, MACHADO 2012), afirmam que os indivíduos praticantes de atos homossexuais eram considerados pela igreja como desviantes. Desse modo, conforme observado em outra obra sua, a profanação do corpo era considerada um ato pecaminoso onde a
  • 13. 13 purificação e a abnegação dos prazeres carnais era o único caminho para a salvação. Tais repressões fizeram do sexo algo velado e proibido entregando a sociedade nas mãos das instituições que determinavam o que se deveria saber ou não a respeito do assunto (FOUCAULT, 2014). Diante disso, Master e Johnsons’s (1979, apud GAZOLA, MACHADO, 2012, s/n) afirmam que no decorrer da história humana, “a sexualidade ficou a cargo do Estado, da Igreja e da família”. O sexo funcionava como uma arma social de domínio dos poderes instituintes, que se utilizavam deste dispositivo para controle e geração de indivíduos para o trabalho. No contexto europeu, a formalização do casamento se deu na era vitoriana para quem possuía terras, pois os pais casavam seus filhos com o objetivo de unir as terras e aumentar o patrimônio. Dessa forma, surgem os valores burgueses valorizando a produção de trabalho e lucro. Devido a isso, a igreja passa a estimular o sexo para procriação, pois o capitalismo necessitava de filhos. (FOUCAULT, 1984 apud GAZOLA, MACHADO, 2012, s/n). No entanto, para os Reis “tudo” era permitido. Estes impeliam a população a não busca ao prazer, enquanto isto, a exemplo do rei da Inglaterra Ricardo I ou Coração de Leão (1157-1199), o herói da Terceira Cruzada, tornava-se famoso por seu homossexualismo. Se o mesmo ato fosse praticado por um cidadão comum, este sofreria a sentença capital (BLANC, 2010). Desse modo, pode-se observar como culturas são regidas invisivelmente por essas forças disciplinares, controladoras e denominadas de relações de poder sobre os corpos dóceis. A docilidade dos corpos é uma forma de vigilância e punição por meio de mecanismos repressivos, como forma de controlar e manipular os gestos e comportamentos dos indivíduos (FOUCAULT, 2003, apud DANNER, 2009). Com o final da Idade Média e o início da Renascença no século XVI, as ideias acerca da sexualidade que outrora eram fortemente influenciadas pelas concepções religiosas começaram a se abrir para novas visões, o que culminou para significativas mudanças no comportamento social da época, fazendo também um retorno a antigas práticas como o homossexualismo hierárquico, anteriormente observado na Grécia Antiga (BLANC, 2010). No século XVII, a burguesia estava em ascensão e o mundo ocidental experimentava grandes descobertas socioculturais. Nesse sentido, sob o regimento da perspectiva burguesa, as relações de prazer estavam submetidas ao crivo do dispositivo da sexualidade, que passou agregar o saber e poder, fortificando a
  • 14. 14 instituição familiar e estabelecendo novos padrões repressivos de comportamento (FOUCAULT, 2003 apud ASSIS, OLIVEIRA, 2015). Segundo Foucault (2014), a história da sexualidade passa então por duas rupturas. A primeira se dá a partir do século XVII, em que a expressão da sexualidade do ser humano se encontrava reprimida, cercada de tabus e proibições. Já havia imperativos de ordem e o sexo funcionava como peça chave no exercício de poder da sociedade, com respeito à verdade e o saber acerca das coisas. A segunda se dá entre os séculos XIX e XX, quando aconteceram diversas mudanças, como a disseminação de diferentes práticas sexuais, dentre estas a homossexualidade, que passa a ser analisada pelas ciências médicas como uma patologia da conduta humana. Nessa quadro, tais sujeitos que se ‘‘encaixavam’’ dentro destes aspectos eram considerados como anormais e desviantes (FOUCAULT, 2014; ASSIS, OLIVEIRA, 2015). Diante disso, Assis e Oliveira (2015) afirmam que na Modernidade as ideias de corpo e sexualidade assumem outro viés. Seus conceitos passam a ser mais definidos, afirmando sua distinção e hegemonia no século XIX. Em meio a tantas transformações, o paradoxo ainda permanece entre uma profunda repressão quanto à sexualidade e a forte obstinação de se falar do sexo. Salienta-se ainda que no século XX algumas disciplinas emergiram como terreno fértil para a procriação destes discursos. A exemplo disto, Gazola e Machado (2012) destacam o surgimento da Psicanálise e de várias obras freudianas. Dentre elas, Os Três Ensaios sobre a Sexualidade, que incialmente impactaram o mundo das luzes do século XIX, trazendo importantes contribuições para os estudos na contemporaneidade acerca do gênero e da diversidade sexual. Depois de Sigmund Freud e sua teoria psicanalítica, Michel Foucault, na contemporaneidade, foi um dos estudiosos que mais contribuiu para sinalizar e subscrever as práticas referidas à sexualidade e suas respectivas relações de poder. A partir destas concepções, pode-se conceber que, tanto as contribuições de Foucault, como as de Freud, permitem delinear possíveis saídas para o enfrentamento das problemáticas construídas acerca da sexualidade humana. 3. A SUBJETIVIDADE NA CONSTRUÇÃO DO INDIVÍDUO. Ao longo da história nota-se que as concepções de subjetividade e sujeito vão
  • 15. 15 se construindo em diversos campos de saber, a partir disso Foucault na contemporaneidade ocupou-se em estudar a sexualidade e suas ligações com a subjetividade, que é um processo inerente na formação da identidade e do gênero do indivíduo. Desse modo subtende-se que todo indivíduo possui subjetividade, mesmo que viva em uma macrocoletividade, ele tem um modo de viver e estar próprio, na sociedade. Esse processo se dá a partir da construção de valores, crenças e modos de vida, que vão se tecendo a partir das experiências singulares de cada ser humano e de sua interação com o outro. Nesse sentido, González-Rey (2003, apud SILVA E GARCIA, 2011), destaca que a produção de subjetividade é um acontecimento histórico e complexo inerente ao sujeito que se constrói a partir do outro, ou seja, dentro de movimentos que acontecem tanto nas relações sociais quanto culturais. Foucault (1984, apud CARDOSO, 2005), afirma que toda subjetividade expressa algo impessoal, que vai se construindo nos processos e experiências de individuação. É algo pragmático, que vai muito além da teoria, pois envolve um modo de vida, de ser e estar no mundo. Em suas últimas obras, o filósofo volta sua atenção não mais para o poder e o saber, mas para a sexualidade como parte importante da construção do indivíduo em suas relações sociais. Em sua obra acerca da sexualidade, Foucault (1984 p.23, apud CARDOSO, 2005) aponta quatro importantes aspectos, a saber: a natureza do ato sexual, fidelidade monogâmica, relações homossexuais e castidade. Questões que promoveram historicamente grandes oposições entre as seguintes filosofias: pagã, cristã, ética e a moral das sociedades europeias. Tais dispositivos fomentaram na contemporaneidade questionamentos, quanto à diversidade sexual e os papéis de gênero em várias partes do mundo, difundidos em movimentos de grupos minoritários por direitos civis. 3.1 IGUALDADE DE GÊNERO Na gênese da humanidade, como observado na história do sexo, não existia uma concepção bem estruturada de gênero. Com o passar da evolução da espécie humana e o próprio desenvolvimento social e cultural, transformações sociais se
  • 16. 16 fizeram necessárias para a própria estruturação e a manutenção dos poderes instituintes, como o da família e do próprio Estado. Diante disso, Perucchi (2009) aponta que a antropologia foi uma importante fonte de discussão inicial sobre gênero, devido sua função nos estudos sobre parentesco e seu papel na constituição das diferentes sociedades humanas, bem como pela problematização crítica das noções essenciais e universais sobre masculino e feminino. Segundo Butler (2003, apud BARRETO, 2014), o gênero seria culturalmente construído, podendo variar de forma independente ao sexo do indivíduo, indo além da divisão binária homem/mulher. As características de gênero possuem sua multiplicidade, sendo diferenciadas de acordo com as inserções sociais e culturais. A década de 1960 fora um período de grande questionamento da sexualidade, em que mulheres que participavam das lutas libertárias como o do movimento hippie, perceberam que apesar de militarem em pé de igualdade com os homens, tinham um papel secundário nestes movimentos (GROSSI, 1998). Mas foi no final da década de 80 que surgiram os estudos de gênero, graças a esse levante feminista, sendo consolidados na década seguinte (PERUCCHI, 2009). Os questionamentos da mulher acerca de sua posição social se deram em função de alguns acontecimentos, entre os quais as proposições sobre a relação de independência entre a identidade de gênero e o sexo, discutidos pelo psicólogo Robert Stoller, em 1968, que foram um dos primeiros marcos teóricos da psicologia na construção do gênero (PERUCCHI, 2009). A psicologia, a partir do final da década de 70, passa a contar com novos construtos que deixam de considerar as questões de gênero pelas perspectivas biológicas, passando a entender que os papéis sociais atuavam sobre o comportamento das pessoas, originando diferenças afetivas entre elas (PERUCCHI, 2009). Na segunda metade da década de 70 e nos anos 80, o debate sobre a igualdade-versus-diferença de gênero começou a ser mais discutido (ARAÚJO, 2005). Louro (2001) aponta que no final dos anos 70, o movimento homossexual ganha mais força no Brasil, mediante aos questionamentos das minorias, enquanto que, por outro lado, internacionalmente aumenta números de homossexuais que passam a se assumir publicamente. Alguns grupos de diversidade sexual nos anos 80 permaneceram buscando sua inclusão, em termos igualitários, ao conjunto da
  • 17. 17 sociedade, enquanto outros tinham como foco desafiar as fronteiras tradicionais de gênero e sexualidade. Nos anos 90, com a crise das políticas de identidade que orientavam o movimento feminista e o movimento LGBT, foi instaurado proposições teóricas pós-identitárias nesse âmbito, sendo a teoria queer um de seus principais expoentes: A teoria queer demonstra que o sexo, o corpo e o gênero são construções culturais, linguísticas e institucionais geradas no interior das relações de saber-poder-prazer, determinadas pelo limite do pensamento moderno (CÉSAR, 2009, p.49). Facchini (2005 apud CARRARA, SIMÕES, 2007) comenta que o movimento homossexual que emergiu nos anos 1990 apresenta uma configuração polimorfa, que abrange grupos de orientação mais comunitarista, setores de partidos políticos, ONGs, associações estudantis e grupos religiosos. Diante disso, o Brasil vem tentando criar reformulações legais que busquem priorizar os direitos de todos(as), como, por exemplo, o projeto de Lei da Câmara n.º 122, de 2006, que tem como pauta a proteção dos direitos “dos negros, idosos, pessoas com deficiência, grupos religiosos, além de punir a discriminação por gênero, identidade de gênero e por orientação sexual, não beneficiando somente um grupo, mas a todos” (PAIM, 2013, s/n). Tal disposto legal ainda está em discussão em busca de sua implementação visto que a compreensão sob a temática se encontra atravessada por questões políticas, sociais e religiosas. 4. A DIVERSIDADE SEXUAL E DE GÊNERO E SUAS RELAÇÕES COM A EDUCAÇÃO. A educação deveria ser um espaço de cidadania e de respeito aos seres humanos, portanto a academia em virtude de seus princípios de ética, deveria ter o compromisso de incluir em sua formação a discussão sobre os grupos de gênero representados geralmente por gays, feministas, lésbicas, Trans. etc... Tornou-se comum no Brasil pesquisas e estudos que abarcam a exclusão da mulher, no entanto, há um número menor no que se refere aos estudos educacionais voltados para a temática da diversidade sexual. Tal ausência pode ter sua raiz e causalidade na preeminência de pressupostos essencialistas e excludentes para se refletir as identidades sexuais e de gênero. Antes de abranger tais questões, se faz necessário expor esclarecimentos acerca dos termos de identidades sexuais e de gênero aqui utilizados. Estes preceitos não estão apoiados na ideia de que a sexualidade é algo que mulheres ou
  • 18. 18 homens possuem naturalmente, mas na ideia de que as identidades dos sujeitos se constituem como referências dos processos discursivos, que não apenas circunscrevem o sexo, mas também o nomeiam (MACIEL, 2012). Por esta razão, utilizou-se o termo no plural, por se tratar de multiversos (e não de universos, ou seja, não se trata da versão de um e sim dos múltiplos) que se apresentam como diversidades sexuais, efêmeras, instáveis, divergentes e por vezes contraditórias. A sexualidade é uma construção histórica, cultural e plural, na qual o sexo e os corpos ganham sentido socialmente: ''as identidades de gênero e sexuais são, portanto, compostas e definidas por relações sociais, elas são moldadas pelas redes de poder de uma sociedade” (LOURO, 2001, p.11). Uma vez tendo esclarecido a colocação conceitual, julgou-se ser oportuno a problematização do tema proposto. Há muito tempo o Homem é privado de expressar livremente um de seus elementos de maior evidência: sua sexualidade. Neste sentido, é preciso indagar-se sobre o porquê disto: por que se criou todo um discurso acerca da sexualidade e ao mesmo tempo a silenciaram? Quais mecanismos ou enunciados prescritivos encobertam o bojo de suas articulações? Do que o sexo fala ou se omite? O que ele revela ou desvenda? Segundo Foucault (1988), o sexo faz dizer a verdade de si e dos outros num jogo em que o prazer se mistura ao involuntário e ao consentimento à inquisição. Trata-se de saber do prazer, prazer de saber o prazer, prazer-saber; poder-sexualidade; poder esse que exerce sobre os indivíduos uma normatividade Hetero-Ascendente, a qual indiscriminadamente limita as possibilidades de subjetividade dos sujeitos. Tendo isto apresentado, aponta-se que estratagemas de resistência não se conjecturam apenas em equalizar o número de estudos referentes à exclusão da homossexualidade na educação à mesma quantidade de estudos referentes às mulheres, mas, todavia, fazer com que a categoria de gênero também faça parte em prática na discussão destas problemáticas. De sorte que, neste sentido, pesquisas culturais contribuem fortemente, pois o debate não estaria na oposição rudimentar de categorias binárias: masculino-feminino, homem-mulher, e sim na construção industrializada de identidades, encarregada pela educação referendada em práticas naturalizantes e privativas. Postular conceitos como Heterossexualidade e Homossexualidade como sendo produzidos historicamente fundamenta-se em uma medida estratégica de resistência
  • 19. 19 às investidas de fronteiras inflexíveis entre as práxis sexuais, concedendo a produção de uma diversidade temática deveras muito ampla. Neste direcionamento, ao se delinear a construção histórico-cultural das identidades sexuais e de gênero, o (a) professor(a) seria capaz de ajudar o então educando(a) a desvendar os limites e possibilidades pré-determinadas a cada sujeito, quando este se resigna às rotulações previstas pelas identidades sexuais e de gênero. Vale aqui salientar que, isto vem na contramão de certa abordagem da problemática homossexual, executada pelos mecanismos midiáticos na produção em série de uma suspeita ''naturalização do indivíduo homossexual'' (COSTA, 1994, p. 121). No esforço de se esquivar dos enunciados moralistas, os quais enxergam a homossexualidade como desviante, patologia de cunho hormonal ou mesmo a falha na educação familiar, reforça-se gradativamente que o indivíduo nasce Heterossexual ou Homossexual, absolvendo-o, uma vez que, a conduta não se apresentaria como escolha e sim como uma orientação. Porém, este discurso pode denunciar um perigo: o risco desta naturalização das orientações sexuais é que a relação com a diversidade fique apenas no âmbito das políticas e práticas de tolerância, ou seja, no respeito aos direitos do outro, uma vez que este outro perdure em seu perpétuo lugar de si mesmo, assegurando assim os territórios estabelecidos de formas normativas de se viver as condutas sexuais. (FOUCAULT, 1995, p. 239). Sendo a conceituação de gênero fundamentalmente relacional, o mesmo nos coloca em contato constante com o outro, possibilitando diversas formas de percebê-lo. Segundo Rolnik(1994), dentre de uma visão tradicional, o outro é tudo aquilo que é exterior a um eu. Com esta conjectura estabelece-se que, no plano visível, captado pela percepção, o outro seria tudo aquilo que está fora do invólucro que protege o eu em si; é uma unidade divisível na qual se pode estabelecer uma relação. Doravante, como a percepção da realidade não se limita ao que se vê, a Subjetividade também não se restringe a um eu. (...) A subjetividade coloca a exigência de criarmos um novo corpo (um novo modo de sentir, pensar e agir) que venha encarnar este estado inédito que se fez em nós. E a cada vez que respondemos à exigência imposta por um destes estados- ou seja, a cada vez que encarnamos uma diferença- nos tornamos outros. (ROLNIK, 1994, p.161) Podemos subentender que este outro não é apenas um outro eu (heterossexual, homossexual, homem, mulher...) com o qual se deve desenvolver
  • 20. 20 toda uma práxis solidárias baseadas na ''política de boa vizinhança''. Em suma, o outro é tudo (humano, não humano, visível, não visível) que nos despe da suposta estabilidade de uma referência identitária imutável, que nos instiga com ininterruptos convites para diferentes formas de ser-estar no mundo (Devires-outro). Este processo constituiu-se como um entrave para a alteridade, nos conduzindo a posturas opostas mesmo às políticas de tolerância. É preciso salientar que discutir a questão da diversidade sexual e de gênero não se resume tão somente a uma exclusividade pertinente a grupos minoritários e, portanto, algo que seria ignorado por um contingente que visa atender a maioria heterossexual que frequenta o espaço educacional. Esta seria uma das principais barreiras a serem transpostas pelos educadores. Antes mesmo de educar sobre a sexualidade, talvez os próprios pudessem ser educados. Se os/as educadores/as quiserem ser eficazes em seu trabalho com todos/as os/as jovens, eles/elas devem começar a adotar uma visão mais universalizante da sexualidade em geral e da homossexualidade em particular. Assim, em vez de ver a questão da homossexualidade como sendo de interesse apenas para aquelas pessoas que são homossexuais, devemos considerar as formas como os discursos dominantes da heterossexualidade produzem seu próprio conjunto de ignorâncias tanto sobre a homossexualidade quanto sobre a heterossexualidade. (BRITZMAN, 1996, p. 92 apud DINIS, 2008). É de suma importância considerar também que tais práticas de resistência serão ainda mais efetivas quando se exigir maneiras outras de experimentar-se, pronunciar-se, a partir de novas formas, ver-se de outros modos, rejeitar todas as produções de miragens identitárias que engessam e limitam, desconfiar da imagem refletida no espelho que despotencializa múltiplas possibilidades. É experimentar outros conteúdos curriculares, que possam convocar à produção de novas formas de subjetividade, de novas estéticas da existência, para que se possa então, desterritorializar as demarcações sexuais e de gênero. 5. PESQUISA DE CAMPO: FORMAÇÃO E REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES DO UCL SOBRE A SEXUALIDADE.
  • 21. 21 Para compor o presente artigo, utilizamos a pesquisa bibliográfica e de campo realizada no Centro Universitário Celso Lisboa com professores do curso de Psicologia do ano de 2015.1, com os objetivos de compreender a relevância da sexualidade humana com foco na homossexualidade e suas discussões em sala de aula, bem como verificar as possíveis dificuldades desses profissionais em abordar essa temática no contexto acadêmico. Inicialmente foi realizada buscas em livros, artigos e sites como Scielo e Google acadêmico, tendo como principais palavras-chave a sexualidade, homossexualidade, educação e o senso comum, focalizando a importância destes na formação de psicólogos. Posteriormente, complementamos com a construção de um questionário que inicialmente seria aplicado aos professores psicólogos (as) do UCL. Ao percebermos a importância de todos profissionais dentro da construção do saber do estudante, entendemos que esta pesquisa poderia avançar com a participação destes. Diante disso a participação destes professores(as) não psicólogos foram demonstrados na tabela desta pesquisa, através do seu quantitativo em cada resposta, a partir dos símbolos parênteses, explicitando o sinal de soma. A exemplo desse fato temos: (+). Portanto, esse questionário fora construído contendo doze (12) perguntas (abertas e fechadas) que foram classificadas em dois segmentos: o primeiro quanto à formação dos professores e o segundo quanto à relação do assunto com sua competência de ensino. Visto ser este um tema atemporal e importante para a formação acadêmica dos mais diversos campos do saber, que ainda se configura em tabus sociais difundidos na atualidade, Neto, et al (2014, p.1) ao discutir autores que versam sobre o tema, aponta: O tabu tende a ser ainda intensificado quanto faz referência aos homossexuais, mesmo a homossexualidade tendo ganho espaço público na sociedade e se tornado mais frequente nos estudos organizacionais, o cotidiano e a vivência dessas pessoas no âmbito organizacional ainda envolve práticas discriminatórias, desiguais e homofóbicas. Logo, sendo essa temática relevante e recente por envolver aspectos como equidade, políticas de respeito à diversidade ou diferença, liberdade de comportamento, satisfação, bem-estar no trabalho, homofobia, violência moral, assédio moral e violência simbólica. O questionário fora aplicado do final do mês de abril ao início do mês de maio de 2015, aos professores da instituição acadêmica já citada. O quadro de docentes
  • 22. 22 contou, no período citado, com vinte e três (23) profissionais, sendo que dezesseis (16) destes aderiram à pesquisa, enquanto os outros profissionais recusaram participar ou estavam de licença. Na descrição dos dados utilizamos a teoria de análise de conteúdo de Laurence Bardin (2004), tendo em vista que essa teoria possibilita um maior entendimento sobre a análise do conteúdo em relação aos modos eventuais de análise de resultados em pesquisas, principalmente na prática das ciências humanas. Assim, de acordo com a teoria de Bardin, agrupamos as respostas obtidas por meio de sua distribuição em categorias, classificando-as por semelhança, considerando as questões mais relevantes da pesquisa. Salientamos que o questionário fora colocado em anexo, para possibilitar ao respectivo leitor um vislumbre acerca dos temas discutidos. 5.1 DISCUSSÃO DE DADOS. Na questão 2.1– Na sua formação em psicologia, considera que os temas da sexualidade e da diversidade sexual e de gênero foram abordados e articulados com outras temáticas de maneira significativa? ( ) Sim ( ) Não. Respostas Tempo de atuação (por anos) 2 a 5 nos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total Sim 2 1(+2) 0 5 Não 5 2 4 11 Tabela 3 - A significância da formação Dos dezesseis (16) participantes, onze (11) responderam que consideram que os temas da sexualidade e da diversidade sexual e de gênero não foram abordados e nem articulados de maneira significativa durante a sua formação acadêmica. Apenas cinco (5) consideraram que tais temas foram abordados em suas graduações. Através da observação dos dados dessa questão, é possível perceber que mesmo profissionais que trabalham há pouco tempo como professores, entendem que a sua formação não os privilegiou a respeito dessas discussões. Este dado é de suma importância já que demonstra que tanto profissionais recém-formados, quanto
  • 23. 23 os com formação dentre dez (10) e vinte (20) anos, não tiveram uma graduação que ainda fosse capaz de articular de maneira ampla e satisfatória esse assunto. Na questão 2.2– Acredita que essas articulações são relevantes para a formação em psicologia? Por quê? Respostas Tempo de atuação (por anos) 2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total Sim 7 3 (+2) 4 16 Não 0 0 0 0 Tabela 4 - Quanto a relevância Dos dezesseis (16) respondentes, todos afirmaram que essas articulações são importantes para a formação acadêmica em psicologia. Para tanto agrupamos nos seguintes aspectos: Grupos Tempo de atuação (por anos) 2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total Senso C. 2 2 2 6 Prática P. 2 1 2 5 Subjetividade 2 (1) 3 S. resposta (1) 1 T. Polêmicos 1 1 Tabela 5 – Agrupamento de respostas sobre a relevância Quanto à academia e o senso comum, observamos que seis (6) professores responderam que tais articulações são importantes pois circulam na vida cotidiana e no próprio espaço acadêmico, sendo necessário uma reflexão e capacitação sobre o assunto para ficar restrito à influência do senso comum. Tendo como exemplo uma das respostas: “Fazem parte da sociedade e nos ajudam a superar preconceitos”. Quanto ás práticas profissionais, cinco (5) respondentes disseram que o psicólogo tem um papel importante nas reflexões e discussões com respeito a essa e outras temáticas pertinentes à sociedade, como por exemplo: “Porque são demandas constantes na prática profissional”. Quanto à subjetividade, três (3) profissionais responderam que tais temas atravessam à subjetividade humana no
  • 24. 24 contemporâneo, como vemos no seguinte discurso: “Porque faz parte da construção da identidade”. Do último grupo denominado de “Temas polêmicos”, um professor(a) respondeu que esta temática é sempre relevante, citando: “São questões trazidas pelas pessoas que atendemos e os alunos não se permitem relativizar e refletir sobre esses temas, a universidade é um espaço de (de)formação acadêmica!!!”. Considerando a universidade como um espaço de formação acadêmica, além de produzir reflexão, torna-se necessário instrumentalizar os psicólogos tanto internamente, para que possam superar preconceitos e tabus, como, também, externamente na sala de aula, para que possam assumir práticas concretas que valorizem a inclusão da diversidade. Na questão 4 – Considerando seu campo de atuação profissional, sente-se preparado (a) para trabalhar com pessoas de diferentes orientações sexuais e de gênero? ( ) Sim ( ) Não. Por quê? Respostas Tempo de atuação (por anos) 2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total Sim 6 3(+1) 3 13 Não 1 (1) 1 3 Tabela 8 – Auto conhecimento Dos participantes, treze (13) responderam sentir-se preparado diante da diversidade sexual. Já os que afirmaram positivamente, possuem falas em que a orientação sexual não interfere nas práticas profissionais, considerando que lidar com as diferentes orientações traz aprendizagem, conhecimento acerca do outro e ajuda a superar os preconceitos. Ilustrando uma das falas: “Sinto-me preparada para lidar com o humano, seja ele qual for”. Apenas três (3) responderam não se sentir preparados para atuar profissionalmente: “Por ser um tema que desperta angústia e evoca sentimento de preconceito. Creio ser uma temática delicada quando se trata de grupos”.
  • 25. 25 Na Questão 6 – Como professor em psicologia, considera que a discussão da diversidade sexual e de gênero pode ser abordada em suas disciplinas? ( ) Sim ( ) Não. Justifique: Respostas Tempo de atuação (por anos) 2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total Sim 6 3 (+2) 4 15 Não 1 1 Tabela 10 – Abertura disciplinar Dos respondentes, quinze (15) afirmaram que a discussão da diversidade sexual e de gênero é abordada em sua disciplina na graduação, por meio de temas transversais, por se tratar de aspectos da personalidade e do comportamento humano, além de estar presente no cotidiano. Diante disso, destaca-se a seguinte fala de um desses profissionais: “É uma questão política que diz respeito a todos”. Sendo que um profissional respondeu “não”, citando que: “(as disciplinas) não oferece espaço. Diante de tais observações, percebe-se que a maioria dos professores, inclusive aqueles (as) que não possuem formação em psicologia, entendem que é possível abordar as temáticas pertinentes a questões de diversidade sexual e de gênero humano. Desse modo, entende-se que na maioria das disciplinas do curso de psicologia do UCL existe um espaço para discussão dessa problemática, tendo em vista que abordar esse tema dentro de sala de aula perpassa por diversos fatores como: aderência da disciplina, disponibilidade e preparo do profissional, e a própria disponibilidade dos estudantes. Na questão 7 – Acredita ser relevante haver uma disciplina específica para abordagem das transformações históricas da sexualidade e da diversidade sexual e de gênero?( ) Sim ( ) Não. Justifique: Respostas Tempo de atuação (por anos) 2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total Sim 4 1 (+1) 3 9 Não 3 2(+1) 1 7 Tabela 11 – Relevância disciplinar
  • 26. 26 Dos participantes, nove (9) respondentes, afirmaram ser relevante ter uma disciplina especifica a respeito da sexualidade, pois facilitaria a aquisição de novos conhecimentos, bem como na diminuição da falta de informação sobre o assunto, além de aprofundar e sistematizar tais conceitos: “Uma disciplina não garante a discussão, mas pode ajudar a levantar algumas questões”. Já na perspectiva dos sete (7) participantes que responderam que não, há a crença de que sua disciplina é capaz de lidar com tal temática, sendo esta uma questão transversal nos diversos campos do saber psicológico. A exemplo disso temos a seguinte fala de um desses docentes: “Isso deve ser trabalhado em todas as disciplinas do curso”. Na comparação desses dados percebe-se uma aproximação entre as divergências de opiniões. Isto é de suma importância, pois estes profissionais, principalmente os com mais de 20 anos de atuação, quase que de forma unânime entendem que é importante a construção de uma disciplina, que contemple de forma sistematizada os dados históricos e a discussão sobre os mesmos. Segundo um dos entrevistados: “(...) para que haja reflexão e mudança com sua aprendizagem”. Na questão 8 – No seu entender os estudantes da Celso Lisboa são respectivos às discussões sobre essa temática? ( ) Sim ( ) Não. Por quê? Respostas Tempo de atuação (por anos) 2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total Sim 5 3 (+2) 2 12 Não 2 2 4 Tabela 12 – Receptividade diante a temática Dos dezesseis (16) respondentes, doze (12) profissionais afirmaram que os alunos são receptivos, sendo que apenas quatro (4) responderam não. Dos que responderam sim, as suas justificativas tiveram como exemplo a seguinte fala: “Dentro dos limites da normalidade percebo constrangimento apenas além de tabus a serem vencidos pelo conhecimento do assunto”. Já os respondentes que marcaram não, têm como exemplo a seguinte justificativa: “Não são maduros para discutir esses temas sem preconceitos e a priores”.
  • 27. 27 Na questão 9 – Percebe algum tipo de discriminação com relação a pessoas homossexuais na Celso Lisboa? ( ) Sim ( ) Não. Poderia fornecer algum exemplo de situação que presenciou? Respostas Tempo de atuação (por anos) 2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total Sim 1 (1) 3 5 Não 6 3(+1) 1 11 Tabela 13 – Discriminação na academia Dos participantes, onze (11), responderam que nunca presenciaram qualquer tipo de discriminação. Dentre eles, cinco (5) disseram já haver presenciado algum fato discriminatório dentro das salas do UCL. Estes que afirmaram ter observado tal ato citaram algum tipo de exemplo que vão desde discussões entre alunos em sala de aula por um deles ser homossexual, até comentários maldosos produzidos nesta instituição, que questionam a sexualidade de um determinado professor, a exemplo disso fora destacado a seguinte resposta: “Percebo eu poucos professores da instituição comentários por exemplo [aquele professor é gay né]?!(risos)”. Na questão 11 – Enquanto profissional (psicólogo e professor) como você equalizaria a ética profissional, as diferentes inserções religiosas e a liberdade cultural? Grupos Tempo de atuação (por anos) 2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total Ciência 1(+1) 2 4 Discussão 3 (1) 4 Respeito 4 2 2 8 Tabela 15 – Equalização profissional Para uma melhor compreensão dos dados coletados a partir das repostas desses profissionais, estas foram divididas em três (03) grupos, sendo estes denominados de: Ciência, Discussões e Respeito. Os oito (8) participantes que se enquadraram no grupo “respeito” tiveram como ponto principal argumento de sua
  • 28. 28 resposta o respeito à diversidade, por exemplo: “Respeitando a todos indistintamente”; assim como o respeito à ética e à diversidade sexual. Dos quatro (4) respondentes que se encaixaram no grupo de “discussões”, a maioria entende que promover discussão sobre o tema seria a maneira mais razoável de se trabalhar com essa problematização; a exemplo disso temos o seguinte discurso: “Utilizando o dispositivo mais potente, que é a sala de aula, para trazer estas discussões, na formação acadêmica”. Por ultimo o grupo “Ciência”, que obteve quatro (4) respostas desses profissionais, as quais tiveram como elemento primordial “O tratamento da psicologia ciência”, o que levaria a um estudo mais qualificado sobre o desenvolvimento da sexualidade humana por esses estudantes. Na questão 12 - Na sua opinião o que falta na educação universitária brasileira, de maneira geral que ajude a melhorar o entendimento sobre as formas de homossexualidade? Tempo de atuação (por anos) 2 a 5 anos 6 a 20 anos Mais de 20 anos Total Participantes 7 3 (+2) 4 16 Tabela 16 – A relação entre educação e a homossexualidade Nesta questão, todos os dezesseis (16) respondentes contribuíram com a sua opinião. Alguns profissionais relacionaram a falta de conhecimento a poucos debates e palestras sobre o assunto e/ou conhecimento teórico mais abrangente sobre a diversidade sexual, tanto por parte dos docentes quanto dos discentes. Tais conhecimentos baseados nas repostas destes profissionais deveriam vir desde o ensino fundamental, o que ofereceria a estes jovens informações sobre essa diversidade sexual, promovendo assim uma melhor capacidade crítica. A exemplo disso foi destacado a seguinte resposta: “Divulgar sobre a importância desse aspecto e seu impacto social. Há uma necessidade de se consideram tal condição, si é que se deve se chamar dessa forma, como HUMANA. Não se trata de um transtorno ou doença. É necessário maior MATURALIDADE”. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • 29. 29 A diversidade sexual ainda é um tabu frente à contemporaneidade, onde a sua expressão está imersa a questões culturalmente veladas. Desde as Eras primevas percebemos que o ser humano estava imerso na própria descoberta do seu corpo. Através dessa exploração de si, a humanidade veio se construindo socialmente, gerando culturas que tinham como base o próprio sexo como forma de controle nas relações de poder, o que, por vezes, levou o sexo a ocupar lugar de destaque na formação dos discursos emergentes deste dispositivo, fomentando em grande parte, uma divisão entre classes que hoje nós conhecemos como gênero. As divisões ocasionadas pelos conceitos de macho e fêmea, homem ou mulher, em conjunto com algumas instituições tais como família, igreja, política e o Estado, geraram uma padronização do ser humano, onde todos os que não se encaixavam nessa formatação eram vistos como sujeitos desviantes, passivos de diversas punições. Diante de todas as formas de repressão social historicamente criadas pela humanidade, estas fomentaram o surgimento de diversos grupos minoritários que eram desconsiderados e marginalizados pelas forças instituintes. Nesse sentido, essas classes minoritárias começaram a se organizar e a lutar pelos seus direitos e por uma legitimidade social. Com o surgimento de diversos grupos políticos como o feminista, o LGBT, os Panteras Negra, dentre outros, surgem questionamentos que despertaram estudos acerca da existência destes, baseando-se na construção subjetiva de cada indivíduo, assim como a existência dessa pluralidade de corpos sujeitos a um antagonismo social, fomentada por uma educação “exclusiva”, que demonstra ter dificuldades em adentrar perante a esses discursos, haja vista que até hoje são focos de discussões de diversos saberes. Neste intuito, este trabalho buscou entender através da perspectiva dos professores (as) do UCL o quanto que a educação universitária está contribuindo ou não para a manutenção do senso comum acerca do assunto. Concluímos que diante do discurso de muitos professores(as) existe um distanciamento entre a fala e a prática dentro de sala de aula, já que estes docentes ao mesmo tempo dizem estar preparados. Paradoxalmente observe-se que alguns desses não conseguem inserir estas discussões sobre a sexualidade e o gênero dentro de suas disciplinas. Tais deficiências poderiam ser hipoteticamente resultados da própria falta de discussão ocorrida em maior escala sobre o tema no
  • 30. 30 âmbito acadêmico. Diante do exposto percebe-se que a temática, não foi abordada de forma significativa dentro da respectiva formação destes educadores. Com relação a tais questões compreende-se que, nem todos estudantes do UCL são receptivos a essas discussões. O que pode ser um possível fator inibidor para estes profissionais. Mediante ao curto tempo de produção deste trabalho, esta pesquisa não pôde aprofundar mais a temática por diversos fatores, como: a dificuldade em si de ter acesso a todos os docentes do curso de psicologia no período em questão; a não adesão de alguns profissionais na participação do processo de produção desses dados; a própria investigação sobre os conhecimentos teóricos dos profissionais acerca do assunto; além de uma impossibilidade temporal para investigação documental da grade curricular do curso de Psicologia, visto que a nossa percepção sobre essa temática dentro do UCL eclodiu através das experiências que tivemos enquanto estudantes desta graduação. Portanto, estas estão sujeitas a uma reavaliação decorrente das mudanças que ocorreram desde 2010.2 a 2015.1. Desse modo, esperamos contribuir para eventuais pesquisas sobre o assunto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, M. Diferença e igualdade nas relações de gênero: revisando o debate. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v.17, n.2, 2005. ASSIS, M.; OLIVEIRA, M. Por uma história da sexualidade entre Freud e Foucault: costuras e alinhavos. São Paulo, v.4, n.3, 2009. Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/2761>. Acesso em: 10/06/2015. BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3 ed. Lisboa: Edição 70. 2004. BARRETO, R. A homossexualidade em foco: discutindo o padrão masculino dominante. Rio Grande do Sul, 2014. BLANC, C. A uma breve história do sexo: fatos e curiosidades sobre o sexo, sexualidade mais interessantes de todas as eras. São Paulo: Gaia, 2010. BRASIL, RIO GRANDE DO SUL. Projeto de lei da Câmara, n. 122, 2006. Publicada em 18 de novembro de 2013. Disponível em: <http://www.plc122.com.br/plc122- paim/#axzz3ch7IGMtT>. Acesso em: 10/06/2015.
  • 31. 31 CARDOSO, H. Para que serve uma subjetividade; Foucault, Tempo e Corpo. Psicologia: Reflexão e crítica. São Paulo, 2005. CARRARA, S.; SIMÕES, J. Sexualidade, cultura e política: a trajetória da identidade homossexual masculina na antropologia brasileira. Campinas: Núcleo de Estudo de Gênero – Pagu/Unicamp, v.28, n.28, p.65-90, Jan./Jun. 2007. CÉSAR, M. Gênero, sexualidade e educação: notas para uma “Epistemologia”. Educar em Revista. Curitiba, n.35, p.37-51, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 0602009000300004&script=sci_arttext>. Acesso em: 10/06/2015. COSTA, J. F. A ética e o espelho da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994. DANNER, F. A genealogia do poder em Michel Foucault. Rio grande do sul. IV mostra de pesquisa da pós graduação PUCRS, 2009. Disponível em: <http://www.pucrs.br/edipucrs/IVmostra/IV_MOSTRA_PDF/Filosofia/71464- FERNANDO_DANNER.pdf> Acesso em: 10/06/2015. DINIS, N. A educação, relações de gênero e diversidade sexual. Educ.Soc, Campinas, v.29, n.103, mai./ago., 2008. FACCO, L. Diversidade Sexual na Educação: Problematizações sobre a Homofobia nas escolas Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, alfabetização e Diversidade, UNESCO, 2009. FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988. FOUCAULT, M. História da sexualidade 1: A vontade de saber. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz & Terra, 2014. FOUCAULT, M. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, H.; RABINOW, P. Michel Foucault, uma trajetória filosófica:para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, p. 231-249, 1995. GAZOLA, E; MACHADO, F. Um estudo sobre sexualidade: História e contribuição Freudiana e plasticidade do objeto das pulsões sexuais. Revista Verde. 9 ed., 2012. GROSSI, M. P. Identidade de Gênero e Sexualidade. Antropologia em Primeira Mão, Florianópolis, p.1-14, 1998.
  • 32. 32 LOURO, G. Teoria queer – uma política pós-identitária para a educação. Revista Estudos Feministas. Florianópolis, v.9, n.2, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-6X2001000200012&script=sci_arttext>. Acesso em: 10/06/2015. MACIEL, P. Um estudo da produção acadêmica brasileira sobre homossexualidade na docência nas pesquisas em educação. IX ANPED Seminário de pesquisa em educação da região sul, 2012. Disponível em: <http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/13 2/805> Acesso em: 10/06/2015. NETO, L, H; BRETAS, F, P; SARAIVA, A, L; SILVA, A. Desenhando a Vivência: Um Estudo sobre a Sexualidade, Tabu e o Trabalho de Homens Gays. Trabalho apresentado no encontro da ANPAD, Rio de Janeiro. 2014. PERUCCHI, J. Dos estudos de gênero às teorias queer: desdobramentos do feminismo e do movimento LGBT na Psicologia Social. Maceió: XV Encontro Nacional da Associação Brasileira de Psicologia Social, p. 1-5, 2009. Disponível em: <http://abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_XVENABRAPSO/627.%20dos%20 estudos%20de%20g%CAnero%20%C0s%20teorias%20queer.pdf.>.Acesso em: 10/06/2015. ROLNIK, S. Cidadania e alteridade: o psicólogo, o homem da ética e a reinvenção da democracia. In: SPINK, M.J.P. (Org.). A cidadania em construção: uma reflexão transdisciplinar. São Paulo: Cortez, p. 157-176, 1994. SILVA, J., GARCIA, E. Produção de subjetividade e construção do sujeito. Rio Grande do Sul, n.35, dezembro de 2011. ANEXO HOMOSSEXUALIDADE E EDUCAÇÃO: A UNIVERSIDADE E O SENSO COMUM QUESTIONÁRIO Universidade e a Formação do Respondente Formação: __________________________________________________________
  • 33. 33 Tempo de atuação como professor(a) universitário: __________________________ 1 - A Universidade em que se formou possui orientação religiosa? ( ) Sim ( ) Não. Se sim, qual?_________________________________________ 2.1 - Na sua formação em psicologia, considera que os temas da sexualidade e da diversidade sexual e de gênero foram abordados e articulados com outras temáticas de maneira significativa? ( ) Sim ( ) Não. 2.2 – Acredita que essas articulações são relevantes para a formação em psicologia? Por quê?___________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 3.1 - Conhece algumas das diversas ramificações da sexualidade para além da classificação heterossexual e homossexual? ( ) Sim ( ) Não. 3.2 – Se sim, a formação em psicologia contribuiu para este conhecimento? ( ) Sim ( ) Não. 4 – Considerando seu campo de atuação profissional, sente-se preparado(a) para trabalhar com pessoas de diferentes orientações sexuais e de gênero? ( ) Sim ( ) Não. Por quê?______________________________________________ ___________________________________________________________________ 5 - Fez algum curso ou participou de algum evento que contribuiu para eventual trabalho com pessoas de orientação sexual e de gênero diversas? ( ) Sim ( ) Não. Se sim, qual?__________________________________________ ___________________________________________________________________ Atuação como professor e problematização da formação em Psicologia 6 - Como professor em psicologia, considera que a discussão da diversidade sexual e de gênero pode ser abordada em suas disciplinas? ( ) Sim ( ) Não. Justifique____________________________________________________________
  • 34. 34 ___________________________________________________________________ 7 – Acredita ser relevante haver uma disciplina específica para abordagem das transformações históricas da sexualidade e da diversidade sexual e de gênero? ( ) Sim ( ) Não. Por quê?______________________________________________ ___________________________________________________________________ 8 - No seu entender os estudantes da Celso Lisboa são receptivos as discussões sobre essa temática? ( ) Sim ( ) Não. Por quê? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 9 - Percebe algum tipo de discriminação com relação a pessoas homossexuais na Celso Lisboa? ( ) Sim ( ) Não. Poderia fornecer algum exemplo de situação que presenciou? _________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 10 - Acredita que as ideologias religiosas interferem na compreensão da homossexualidade? ( ) Sim ( ) Não. Como? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ 11 - Enquanto profissional (psicólogo e professor) como você equalizaria a ética profissional, as diferentes inserções religiosas e a liberdade cultural? __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ 12 - Na sua opinião o que falta na educação universitária brasileira que ajude a melhorar o entendimento sobre as formas de homossexualidade? ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________