SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 33
Andreza Freitas, Daniele Cristina da
Silva,Marília Fonseca, Suelza Suzany
      Campelo e Tamires Alves.
   Final do século XX

   Linguagem como objeto AUTÔNOMO

   Análise da língua DESCONTEXTUALIZADA
   A utilização dos fenômenos psicológicos e sociológicos
    nos estudos da linguagem, fere o princípio da
    autonomia da linguística.

   Língua como bem inato,transmitido geneticamente,
    comum a espécie humana.

   Primeira concepção da linguagem – função principal é
    a de expressão de pensamento.

   Gramática para definir a língua, pela utilização de
    regras sintáticas.
   Estruturalismo

   Bloomfield e Saussure

   Gerativismo

   Chomsky
   Função Referencial
   Função Fática
   Função Poética
   Função Emotiva
   Função Conativa
   Função Metalingüística
   A linguagem como um instrumento
    de comunicação e interação social

   A língua baseada em seu uso real
    como objeto de estudo.
Funcionalismo Europeu

Círculo   Lingüístico de Praga (Origens das
             análises funcionais)
               Vilém Mathesius
            Nikolay Trubetzkoy
              Roman Jakobson




               Mais
                  recentes:
 Michael Halliday (Escola de Londres)
    Simon Dik (Grupo Holandês)
 Jacobson foi o responsável pelo conceito de marcação na morfologia.
Ex: “meninos”(+ plural) marcada
     “menino” (- plural) não marcada


     Vilém Mathesius antecipou a teoria Perspectiva Funcional da Sentença.

Ex:      Eu já li esse livro.
        Esse livro eu já li.

     Modelo da Estrutural Informacional da Sentença.
    Informação dada =tema
    Informação nova = rema

Ex:      O que Maria comprou?
         Maria Comprou uma bolsa preta.
   Função ideacional: é aquela que transitivamente
    exprime as experiências do mundo exterior e interior,
    dando ênfase ao que vai ser contado.
   Função interpessoal: é aquela que estabelece relações
    de modo entre membros da sociedade, nela o que
    importa é o modo que se fala, como se fala,
    determinando, por exemplo, através da entonação, se
    uma frase é interrogativa, declarativa, exclamativa e
    etc.
   Função textual: é aquela que organiza a situação dentro
    de um discurso; relação dentro e entre enunciados que
    codifica uma informação a ser transmitida.
   O grande terremoto
    Participante 01
    (que realiza a ação)
    destruirá
    Processo Material
    a Califórnia
    Participante 02
    (afetado pela ação)
    a qualquer momento
    Circunstância
    (quando o fato pode ocorrer)
Bolinger

Texto   pioneiro – The Origins of Syntax in Discourse (Gillian
                  Sankoff e Penelope Brown).
                     Sandra Thompson.




                 Funcionalismo no Brasil
 Rodolfo Ilari – perspectiva funcional da frase portuguesa.

 Projeto Norma Urbana Culta – Várias capitais do país

   Projeto de Estudo do Uso da Língua - (PEUL/UFRJ)

 Grupo de Pesquisa Discurso & Gramática – sediado em
                   várias universidades.
Referi-se à forma de compartilhar
   determinado conhecimento
        linguisticamente.
•   Dado
•   Novo
•   Disponível
•   Inferível
   Referente anteriormente dado (ou velho)
 a) aí o mecânico falou que... Ø não sabia qual
o homem que tinha apertado aquilo ((risos))
 Referente situacionalmente dado (ou velho

 b) E: e:: agora eu queria que você me… me…
dissesse… alguma coisa que você sabe fazer…
ou que você… goste de fazer… e como é que
se faz isso…
   Referente novo
 c) aí quando chegou... Ali na:: decida/
porque é Barra... Tijuca... né? quando
estava quase chegando a... Tijuca...
Vinha... um ônibus na:: direção deles... E
tinha um caminhão... parado aqui...
 Referente disponível

 d) o Pelé jogou muita bola...
e) ... mas... eu a Petrópolis com uma amiga... que
    nunca tinha subido a serra.
  Referente inferível:
 e) ... Quando ela viu o ônibus passar...
Mas o ônibus já estava indo... e ela
começou a gritar pro motorista... Mas ela
estava um pouco longe...
Correlação motivada entre o código
     linguístico (expressão) e o seu
         significado (conteúdo).
 Subprincípio da quantidade: Quanto
maior quantidade de informação, maior
          quantidade de forma.
   Ex: Belo > Beleza > Embelezar >
             Embelezamento
Este princípio também acontece quanto
            à sintaxe da frase.
   Repetição: Estruturas verbais que o falante
    usa para causar maior intensidade.
   Ex: ... Ele fugiu com a moça ... daí
    fugiram... começaram a correr e o homem
    atrás deles... correram... correram ... correram
    ... enquanto isso .... o homem correndo ...
    correndo atrás deles ...
 Subprincipío da integração: O que está
  mentalmente junto coloca-se
  sintaticamente junto.
Ex: a) Maria ordenou: fique aqui.
    b) Maria fez a filha ficar.
     c) A filha não queria ficar.
   Subprincípio da ordenação linear: A ordenação das
    orações no discurso tende a refletir a sequência
    temporal em que os eventos aconteceram.
     Ex: Vim,vi e venci.
    Subprincípio da relação sequencial e topicalidade:Há
    um tipo de relação entre a informação vinculada por
    uma cláusula e a ordenação que ela assume.
    Ex: Tenho várias amigas, mas minha preferida é
    Maria. Maria está sempre comigo nas horas difíceis.
a) Felipe comprou uma moto.

 b) Foi Felipe que comprou uma moto.

 c) Foi uma moto que Felipe comprou.

   Tendência de antepor determinadas
cláusulas para dá um efeito de contraste.
    Diz respeito à presença versus ausência
     de uma propriedade nos membros de um
     par contrastante de categorias linguística.
     Ex: “Meninas” [+ plural] é marcada em
     oposição a “menina”[- plural].
     Ex: Vou à padaria comprar pão.
     Ex:Vamos ao mercado comprar batata.
1.    Maior frequência de ocorrências.
2.    Forma mais simples.
3.    Aquisição mais precoce pelas crianças.
o   a) Eu uso esta roupa.
o   b) Esta roupa eu uso.
o   Maior expressividade.
Processo de mudança linguística que se
 caracteriza pela trajetória de um item
    lexical para um item gramatical.
       Necessidade de se refazer.
 a) Trajetória de substantivos e verbos
             para conjunções:
 1. “Querer” para “ Quer chova quer
             faça sol, estarei lá”.
   b) Trajetória de nomes e verbos para
                  morfemas :
        1. “Mente” (intelecto) >
               tranquilamente.
   Locução “amar hei”, forma do verbo
    “haver” (“hei”) se incorpora ao verbo:
    “amarei.”
Principais Diferenças e Semelhanças
  entre Formalismo e Funcionalismo

 •No Formalismo a Linguagem é vista como objeto
      autônomo. /Expressão de pensamento.
 •No Funcionalismo a Linguagem é vista como uma
entidade não suficiente em si mesma. / Instrumento
                 de comunicação.
PARADIGMA                  PARADIGMA
                                FORMAL                      FUNCIONAL

                              Conjunto de orações       Instrumento de interação
Como definir a língua                                          social



                                 Expressão dos               Comunicação
Principal função da língua       pensamentos



                                  Competência:         Competência comunicativa:
        Correlato            capacidade de produzir,     habilidade de interagir
        psicológico            interpretar e julgar    socialmente com a língua
                                     orações

                                   O estudo da         O estudo do sistema deve
O sistema e seu uso             competência tem        fazer-se dentro do quadro
                              prioridade sobre o da             do uso
As orações da língua devem     A descrição das expressões
   Língua e contexto/              descrever-se            deve fornecer dados para a
       situação               independentemente do              descrição de seu
                                contexto / situação        funcionamento num dado
                                                               contexto


                               Faz-se com o uso das         Faz-se com a ajuda de um
Aquisição da linguagem       propriedades inatas, com      input extenso e estruturado
                            base em um input restrito e     de dados apresentado no
                            não estruturado de dados             contexto natural


                                                            Explicados em função de
Universais linguísticos       Propriedades inatas do       restrições; comunicativas;
                            organismo humano               biológicas ou psicológicas;
                                                               contextuais


                             A sintaxe é autônoma em        A pragmática é o quadro
 Relação entre sintaxe, a   relação à semântica; as duas   dentro do qual a semântica
semântica e a pragmática    são autônomas em relação à        e a sintaxe devem ser
                             pragmática; as prioridades     estudadas; as prioridades
                            vão da sintaxe à pragmática    vão da pragmática à sintaxe
                                   via semântica
ABORDAGEM FORMAL                        ABORDAGEM FUNCIONAL




Linguagem como fenômeno mental            Linguagem como fenômeno
                                             primariamente social
  Universais linguísticos: herança   Universais linguísticos: derivação da
  linguística genética comum da          universalidade dos usos da
    espécie humana                   linguagem nas sociedades humanas
Aquisição da linguagem pela criança: Aquisição da linguagem pela criança:
  capacidade inata humana para       desenvolvimento das necessidades e
    aprender a língua                    habilidades comunicativas
 Estudo da linguagem como sistema    Estudo da linguagem em relação com
         autônomo                         sua função social
   Analise Funcionalista:
    “O maratonista corria muito”
      ( estrutura semântica)

   Analise Formalista:
    “Pedro Comeu um doce de goiaba”
      ( relação entre os termos/função)
Dilliger 1991 e Nascimento,1989:
       

Formalismo e o Funcionalismo não são teorias
                  excludentes

   A distinção básica entre o Funcionalismo e o
    Formalismo é que o funcionalismo incorpora
      elementos extralinguísticos nas análises
      enquanto o formalismo limita a analisar
     somente o que está transparente na forma.
Formalismo x funcionalismo

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Slide introdução à literatura
Slide introdução à literaturaSlide introdução à literatura
Slide introdução à literaturafabrinnem
 
Gêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaisGêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaismarlospg
 
Concepções de linguagem
Concepções de linguagemConcepções de linguagem
Concepções de linguagemKelly Moraes
 
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtinianaAnálise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtinianaAmábile Piacentine
 
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04Lygia Souza
 
Lingüística aplicada
Lingüística aplicadaLingüística aplicada
Lingüística aplicadaADRIANA BECKER
 
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguísticaIntrodução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguísticaMaria Glalcy Fequetia Dalcim
 
Parte 2 linguística geral saussure - apresentação
Parte 2   linguística geral saussure - apresentaçãoParte 2   linguística geral saussure - apresentação
Parte 2 linguística geral saussure - apresentaçãoMariana Correia
 
Linguagem, língua, escrita e oralidade
Linguagem, língua, escrita e oralidadeLinguagem, língua, escrita e oralidade
Linguagem, língua, escrita e oralidadeKaren Olivan
 
Ensino de Língua portuguesa: Reflexões críticas e práticas escolares
Ensino de Língua portuguesa: Reflexões críticas e práticas escolaresEnsino de Língua portuguesa: Reflexões críticas e práticas escolares
Ensino de Língua portuguesa: Reflexões críticas e práticas escolaresJohnJeffersonAlves1
 

Mais procurados (20)

Slide introdução à literatura
Slide introdução à literaturaSlide introdução à literatura
Slide introdução à literatura
 
Gêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuaisGêneros e tipos textuais
Gêneros e tipos textuais
 
Linguagem e língua
Linguagem e línguaLinguagem e língua
Linguagem e língua
 
Concepções de linguagem
Concepções de linguagemConcepções de linguagem
Concepções de linguagem
 
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtinianaAnálise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
Análise de gêneros do discurso na teoria bakhtiniana
 
Análise de (do) discurso
Análise de (do) discursoAnálise de (do) discurso
Análise de (do) discurso
 
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
O ensino da língua portuguesa 1ª aula 04
 
Gerativismo
GerativismoGerativismo
Gerativismo
 
Teoria estruturalista
Teoria estruturalistaTeoria estruturalista
Teoria estruturalista
 
Resenha crítica
Resenha crítica Resenha crítica
Resenha crítica
 
Estruturalismo - Introdução à Linguística
Estruturalismo - Introdução à LinguísticaEstruturalismo - Introdução à Linguística
Estruturalismo - Introdução à Linguística
 
Lingüística aplicada
Lingüística aplicadaLingüística aplicada
Lingüística aplicada
 
Concepões de língua, linguagem, norma e fala
Concepões de língua, linguagem, norma e falaConcepões de língua, linguagem, norma e fala
Concepões de língua, linguagem, norma e fala
 
Funções da linguagem
Funções da linguagemFunções da linguagem
Funções da linguagem
 
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguísticaIntrodução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
 
Sociolinguística
SociolinguísticaSociolinguística
Sociolinguística
 
Parte 2 linguística geral saussure - apresentação
Parte 2   linguística geral saussure - apresentaçãoParte 2   linguística geral saussure - apresentação
Parte 2 linguística geral saussure - apresentação
 
Literatura brasileira
Literatura brasileiraLiteratura brasileira
Literatura brasileira
 
Linguagem, língua, escrita e oralidade
Linguagem, língua, escrita e oralidadeLinguagem, língua, escrita e oralidade
Linguagem, língua, escrita e oralidade
 
Ensino de Língua portuguesa: Reflexões críticas e práticas escolares
Ensino de Língua portuguesa: Reflexões críticas e práticas escolaresEnsino de Língua portuguesa: Reflexões críticas e práticas escolares
Ensino de Língua portuguesa: Reflexões críticas e práticas escolares
 

Semelhante a Formalismo x funcionalismo

Semelhante a Formalismo x funcionalismo (20)

Resumo estudo
Resumo estudoResumo estudo
Resumo estudo
 
Resumo
Resumo Resumo
Resumo
 
TP5- Unidades 17 e 18
TP5- Unidades 17  e  18TP5- Unidades 17  e  18
TP5- Unidades 17 e 18
 
O que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandãoO que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandão
 
Tp5
Tp5Tp5
Tp5
 
A comunicação humana - Introdução à Linguística
A comunicação humana - Introdução à LinguísticaA comunicação humana - Introdução à Linguística
A comunicação humana - Introdução à Linguística
 
Tecnicas de comunicaca
Tecnicas de comunicacaTecnicas de comunicaca
Tecnicas de comunicaca
 
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
 
Comunicação
ComunicaçãoComunicação
Comunicação
 
Gêneros Textuais - Fala e Escrita
Gêneros Textuais - Fala e EscritaGêneros Textuais - Fala e Escrita
Gêneros Textuais - Fala e Escrita
 
Teorias do uso da língua - Pragmática
Teorias do uso da língua - PragmáticaTeorias do uso da língua - Pragmática
Teorias do uso da língua - Pragmática
 
Gerativismo
GerativismoGerativismo
Gerativismo
 
PPT Linguagem DialóGica Instrucional
PPT Linguagem DialóGica InstrucionalPPT Linguagem DialóGica Instrucional
PPT Linguagem DialóGica Instrucional
 
Linguagem, Adequação da linguagem, língua e código
Linguagem, Adequação da linguagem, língua e códigoLinguagem, Adequação da linguagem, língua e código
Linguagem, Adequação da linguagem, língua e código
 
Trabalho LPL
Trabalho LPLTrabalho LPL
Trabalho LPL
 
Capitulo 1
Capitulo 1Capitulo 1
Capitulo 1
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semântica
 
04.PALESTRA_I_SIC_URCA________UNILAB.ppt
04.PALESTRA_I_SIC_URCA________UNILAB.ppt04.PALESTRA_I_SIC_URCA________UNILAB.ppt
04.PALESTRA_I_SIC_URCA________UNILAB.ppt
 
Metafóra Na Lsb
Metafóra Na LsbMetafóra Na Lsb
Metafóra Na Lsb
 
Comunicação Aplicada B1
Comunicação Aplicada B1Comunicação Aplicada B1
Comunicação Aplicada B1
 

Formalismo x funcionalismo

  • 1. Andreza Freitas, Daniele Cristina da Silva,Marília Fonseca, Suelza Suzany Campelo e Tamires Alves.
  • 2. Final do século XX  Linguagem como objeto AUTÔNOMO  Análise da língua DESCONTEXTUALIZADA
  • 3. A utilização dos fenômenos psicológicos e sociológicos nos estudos da linguagem, fere o princípio da autonomia da linguística.  Língua como bem inato,transmitido geneticamente, comum a espécie humana.  Primeira concepção da linguagem – função principal é a de expressão de pensamento.  Gramática para definir a língua, pela utilização de regras sintáticas.
  • 4. Estruturalismo  Bloomfield e Saussure  Gerativismo  Chomsky
  • 5.
  • 6. Função Referencial  Função Fática  Função Poética  Função Emotiva  Função Conativa  Função Metalingüística
  • 7. A linguagem como um instrumento de comunicação e interação social  A língua baseada em seu uso real como objeto de estudo.
  • 8. Funcionalismo Europeu Círculo Lingüístico de Praga (Origens das análises funcionais)  Vilém Mathesius Nikolay Trubetzkoy Roman Jakobson Mais recentes: Michael Halliday (Escola de Londres)  Simon Dik (Grupo Holandês)
  • 9.  Jacobson foi o responsável pelo conceito de marcação na morfologia. Ex: “meninos”(+ plural) marcada “menino” (- plural) não marcada  Vilém Mathesius antecipou a teoria Perspectiva Funcional da Sentença. Ex: Eu já li esse livro. Esse livro eu já li.  Modelo da Estrutural Informacional da Sentença. Informação dada =tema Informação nova = rema Ex: O que Maria comprou? Maria Comprou uma bolsa preta.
  • 10. Função ideacional: é aquela que transitivamente exprime as experiências do mundo exterior e interior, dando ênfase ao que vai ser contado.  Função interpessoal: é aquela que estabelece relações de modo entre membros da sociedade, nela o que importa é o modo que se fala, como se fala, determinando, por exemplo, através da entonação, se uma frase é interrogativa, declarativa, exclamativa e etc.  Função textual: é aquela que organiza a situação dentro de um discurso; relação dentro e entre enunciados que codifica uma informação a ser transmitida.
  • 11. O grande terremoto Participante 01 (que realiza a ação) destruirá Processo Material a Califórnia Participante 02 (afetado pela ação) a qualquer momento Circunstância (quando o fato pode ocorrer)
  • 12. Bolinger Texto pioneiro – The Origins of Syntax in Discourse (Gillian Sankoff e Penelope Brown). Sandra Thompson. Funcionalismo no Brasil Rodolfo Ilari – perspectiva funcional da frase portuguesa. Projeto Norma Urbana Culta – Várias capitais do país  Projeto de Estudo do Uso da Língua - (PEUL/UFRJ)  Grupo de Pesquisa Discurso & Gramática – sediado em várias universidades.
  • 13. Referi-se à forma de compartilhar determinado conhecimento linguisticamente.
  • 14. Dado • Novo • Disponível • Inferível
  • 15. Referente anteriormente dado (ou velho) a) aí o mecânico falou que... Ø não sabia qual o homem que tinha apertado aquilo ((risos))  Referente situacionalmente dado (ou velho b) E: e:: agora eu queria que você me… me… dissesse… alguma coisa que você sabe fazer… ou que você… goste de fazer… e como é que se faz isso…
  • 16. Referente novo c) aí quando chegou... Ali na:: decida/ porque é Barra... Tijuca... né? quando estava quase chegando a... Tijuca... Vinha... um ônibus na:: direção deles... E tinha um caminhão... parado aqui...  Referente disponível d) o Pelé jogou muita bola... e) ... mas... eu a Petrópolis com uma amiga... que nunca tinha subido a serra.
  • 17.  Referente inferível: e) ... Quando ela viu o ônibus passar... Mas o ônibus já estava indo... e ela começou a gritar pro motorista... Mas ela estava um pouco longe...
  • 18. Correlação motivada entre o código linguístico (expressão) e o seu significado (conteúdo). Subprincípio da quantidade: Quanto maior quantidade de informação, maior quantidade de forma. Ex: Belo > Beleza > Embelezar > Embelezamento Este princípio também acontece quanto à sintaxe da frase.
  • 19. Repetição: Estruturas verbais que o falante usa para causar maior intensidade.  Ex: ... Ele fugiu com a moça ... daí fugiram... começaram a correr e o homem atrás deles... correram... correram ... correram ... enquanto isso .... o homem correndo ... correndo atrás deles ...
  • 20.  Subprincipío da integração: O que está mentalmente junto coloca-se sintaticamente junto. Ex: a) Maria ordenou: fique aqui. b) Maria fez a filha ficar. c) A filha não queria ficar.
  • 21. Subprincípio da ordenação linear: A ordenação das orações no discurso tende a refletir a sequência temporal em que os eventos aconteceram. Ex: Vim,vi e venci. Subprincípio da relação sequencial e topicalidade:Há um tipo de relação entre a informação vinculada por uma cláusula e a ordenação que ela assume. Ex: Tenho várias amigas, mas minha preferida é Maria. Maria está sempre comigo nas horas difíceis.
  • 22. a) Felipe comprou uma moto. b) Foi Felipe que comprou uma moto. c) Foi uma moto que Felipe comprou. Tendência de antepor determinadas cláusulas para dá um efeito de contraste.
  • 23. Diz respeito à presença versus ausência de uma propriedade nos membros de um par contrastante de categorias linguística. Ex: “Meninas” [+ plural] é marcada em oposição a “menina”[- plural]. Ex: Vou à padaria comprar pão. Ex:Vamos ao mercado comprar batata. 1. Maior frequência de ocorrências. 2. Forma mais simples. 3. Aquisição mais precoce pelas crianças.
  • 24. o a) Eu uso esta roupa. o b) Esta roupa eu uso. o Maior expressividade.
  • 25. Processo de mudança linguística que se caracteriza pela trajetória de um item lexical para um item gramatical. Necessidade de se refazer. a) Trajetória de substantivos e verbos para conjunções: 1. “Querer” para “ Quer chova quer faça sol, estarei lá”. b) Trajetória de nomes e verbos para morfemas : 1. “Mente” (intelecto) > tranquilamente.
  • 26. Locução “amar hei”, forma do verbo “haver” (“hei”) se incorpora ao verbo: “amarei.”
  • 27. Principais Diferenças e Semelhanças entre Formalismo e Funcionalismo •No Formalismo a Linguagem é vista como objeto autônomo. /Expressão de pensamento. •No Funcionalismo a Linguagem é vista como uma entidade não suficiente em si mesma. / Instrumento de comunicação.
  • 28. PARADIGMA PARADIGMA FORMAL FUNCIONAL Conjunto de orações Instrumento de interação Como definir a língua social Expressão dos Comunicação Principal função da língua pensamentos Competência: Competência comunicativa: Correlato capacidade de produzir, habilidade de interagir psicológico interpretar e julgar socialmente com a língua orações O estudo da O estudo do sistema deve O sistema e seu uso competência tem fazer-se dentro do quadro prioridade sobre o da do uso
  • 29. As orações da língua devem A descrição das expressões Língua e contexto/ descrever-se deve fornecer dados para a situação independentemente do descrição de seu contexto / situação funcionamento num dado contexto Faz-se com o uso das Faz-se com a ajuda de um Aquisição da linguagem propriedades inatas, com input extenso e estruturado base em um input restrito e de dados apresentado no não estruturado de dados contexto natural Explicados em função de Universais linguísticos Propriedades inatas do restrições; comunicativas; organismo humano biológicas ou psicológicas; contextuais A sintaxe é autônoma em A pragmática é o quadro Relação entre sintaxe, a relação à semântica; as duas dentro do qual a semântica semântica e a pragmática são autônomas em relação à e a sintaxe devem ser pragmática; as prioridades estudadas; as prioridades vão da sintaxe à pragmática vão da pragmática à sintaxe via semântica
  • 30. ABORDAGEM FORMAL ABORDAGEM FUNCIONAL Linguagem como fenômeno mental Linguagem como fenômeno primariamente social Universais linguísticos: herança Universais linguísticos: derivação da linguística genética comum da universalidade dos usos da espécie humana linguagem nas sociedades humanas Aquisição da linguagem pela criança: Aquisição da linguagem pela criança: capacidade inata humana para desenvolvimento das necessidades e aprender a língua habilidades comunicativas Estudo da linguagem como sistema Estudo da linguagem em relação com autônomo sua função social
  • 31. Analise Funcionalista: “O maratonista corria muito” ( estrutura semântica)  Analise Formalista: “Pedro Comeu um doce de goiaba” ( relação entre os termos/função)
  • 32. Dilliger 1991 e Nascimento,1989:  Formalismo e o Funcionalismo não são teorias excludentes  A distinção básica entre o Funcionalismo e o Formalismo é que o funcionalismo incorpora elementos extralinguísticos nas análises enquanto o formalismo limita a analisar somente o que está transparente na forma.