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Crônicas para jovens: de
amor e amizade
Clarice Lispector
Clarice Lispector
1920 - 1977
Uma das grandes escritoras do Modernismo Brasileiro, da
terceira fase, estreou com o premiado romance Perto do coração
selvagem (1943). Desde o início, causou incômodo em parte da
crítica literária.
Como romancista, dois grandes sucessos foram A paixão
segundo G.H. (1964) e A hora da estrela (1977), além de
romances, escreveu livros de contos como Laços de
família (1960) e A legião estrangeira (1964). Sua produção inclui
também obras para o público infanto-juvenil e um vasto número
de crônicas.
Seus livros são amplamente traduzidos e divulgados, e a
escritora é frequentemente comparada a grandes nomes da
Literatura Universal, como Virginia Woolf, James Joyce e
Katherine Mansfield.
Clarice por Clarice
“Fui preparada para ser dada à luz de um modo tão
bonito. Minha mãe já estava doente e, por uma
superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um
filho curava uma mulher de uma doença”.
(“Pertencer”, em A descoberta do mundo, p.151).
Org. Pedro Vasquez,
ROCCO 2010
As crônicas selecionadas são do
período em que a escritora colaborou
com o Jornal do Brasil, entre agosto
de 1967 e dezembro de 1974. Tempo
em que esteve mais próxima do seu
público, pôde responder cartas que os
leitores lhe enviavam e a escrever
textos baseados em sugestões ou
questionamentos que estes fizeram.
Crônica
A crônica é um gênero textual típico dos séculos XIX, XX e XXI. Pode-se
dizer que o “berço da crônica” é o jornal. A crônica é uma narrativa
curta, normalmente baseada em fatos cotidianos.
Na Crônica, Clarice Lispector tem uma linguagem mais fluida – não tão
complexa – como nos romances, que são mais densos, mais
introspectivos.
Ser Cronista
Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente no assunto. Na verdade eu
deveria conversar a respeito com Rubem Braga, que foi o inventor da crônica. Mas
quero ver se consigo tatear sozinha no assunto e ver se chego a entender.
Crônica é um relato? É uma conversa? é o resumo de um estado de espírito?
Não sei, pois antes de começar a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha
escrito romances e contos. Quando combinei com o jornal escrever aqui aos
sábados, logo em seguida morri de medo. Um amigo que tem voz forte,
convincente e carinhosa, praticamente intimou-me a não ter medo. Disse: escreva
qualquer coisa que lhe passe pela cabeça, mesmo tolice, porque as coisas sérias
você já escreveu, e todos os seus leitores hão de entender que sua crônica semanal
é um modo honesto de ganhar dinheiro. No entanto, por uma questão de
honestidade para com o jornal, que é bom, eu não quis escrever tolices. As que
escrevi, e imagino quantas, foi sem perceber. [...]
Clarice Lispector, em Jornal do Brasil de 22 de junho de 1968 (fragmento).
O livro apresenta, além de crônicas, contos,
pensamentos, frases... Ao todo são 43 textos.
1. O amor imorredouro.
2. A favor do medo.
3. Uma revolta.
4. A descoberta do mundo.
5. Ao que leva o amor.
6. Quem escreveu isto.
7. Vida ao Natural.
8. Um homem.
9. Homem se ajoelhar.
10. Por não estarem distraídos.
11. O primeiro beijo.
12. Viagem de trem.
13. Desencontro.
14. A comunicação muda.
15. O presente.
16. Mas há a vida.
17. Dar-se enfim.
18. Por causa de um bule de bico.
19. Por quê?
20. Sem aviso.
21. Uma história de tanto amor.
22. Nossa truculência.
23. Amor.
24. Amor, quati, cão, feminino e masculino.
25. As grandes punições.
26. Lúcio Cardoso.
27. As dores da sobrevivência: Sérgio Porto.
28. San Tiago.
29. Tanto esforço.
30. Prece por um padre.
31. Um pedido.
32. O grito.
33. O suéter.
34. Olhava longe, sem rancor.
35. Liberdade.
36. Amor a ele.
37. Três encontros que são quatro.
38. Dies irae.
39. O grupo.
40. Supondo o certo.
41. Os grandes amigos.
42. Uma experiência.
43. Saudade.
Exemplos de
Algumas
crônicas
AO QUE LEVA O AMOR
- (Eu te amo)
- (É isso então o que sou?)
- (Você é o amor que tenho por você)
- (Sinto que vou me reconhecer...estou quase vendo... falta tão pouco)
- (Eu te amo)
- (Ah, agora sim. Estou me vendo. Esta sou eu, então. Que retrato de corpo inteiro.)
(CLARICE LISPECTOR – A Descoberta do Mundo-Rio de Janeiro. Editora
Novafronteira-1984-Página:709)
A favor do Medo
Estou certa de que através da idade da pedra fui
exatamente maltratada pelo amor de algum homem.
Data desse tempo um certo pavor que é secreto.
Ora, em noite cálida, estava eu sentada a
conversar polidamente com um homem cavalheiro que
era civilizado, de terno escuro e unhas corretas. Estava
eu, como diria Sérgio Porto, posta em sossego e
comendo umas goiabinhas. Eis senão quando diz o
Homem: “Vamos dar um passeio?” Não. Vou dizer a
verdade crua. O que ele disse foi: “Vamos dar um
passeíto?” Por que passeíto jamais tive tempo de saber.
Pois que imediatamente, da altura de milhares de
séculos, rolou em fragor a primeira pedra de uma
avalancha: meu coração. Quem? Quem já me levou na
idade da pedra para um passeíto do qual nunca mais
voltei porque lá morando fiquei? Não sei que elemento
de terror existirá na delicadeza monstruosa da palavra
passeíto.
[...] Mas bem queria saber o que eu outrora
diria, na idade da pedra, quando me sacudiam, quase
macaca, da minha frondosa árvore. Que nostalgia,
preciso passar uns tempos no campo. Engolia, pois, a
minha goiabinha, empalideci sem que a cor
civilizadamente me abandonasse o rosto: o medo era
vertical demais no tempo para deixar vestígios na
superfície. Aliás não era o medo. Aliás era o terror.
Aliás era a queda de todo o meu futuro. O homem,
este meu igual que me tem assassinado por amor, e a
isto se chama de amar, e é.
Passeíto? Assim também diziam para o
chapeuzinho vermelho, que esta só mais tarde cuidou
de se cuidar. “Vou é me acautelar, por via das dúvidas
debaixo das folhas hei de morar” – de onde me vinha
essa toada? Não sei, mas boca de povo em
Pernambuco não erra.
[...]
https://singrandohorizontes.blogspot.com/2016/12/claric
e-lispector-favor-do-medo.html
Um homem
Sua inteligência absolutamente fora do comum de tão grande, a princípio me deixou embaraçada.
Tive que me habituar ao jargão da grande inteligência. É normalmente sério, mas tem um sorriso
– não, não vou dizer que o seu sorriso lhe ilumina o rosto todo. Mas, enfim, é a verdade. Ele não
tem medo do lugar-comum, o tal não-engajamento o leva à atmosfera de sua inteligência. Esta
muitas vezes usa sofismas, que são a astúcia de quem pode. Entendo-o não com a cabeça, que
não alcançaria a sua, mas com minha pessoa inteira. Aliás ele é uma pessoa inteira. Seus olhos
muito negros não se desviam: ele não tem medo de olhar os homens no profundo dos olhos. Dá
vontade de sorrir com ele. Se eu soubesse. Aliás, preciso me habituar a sorrir mais, senão
pensam que estou com problemas e não com o rosto apenas sério ou concentrado. Voltando ao
homem: quando ele diz “até amanhã”, sabe-se que o amanhã virá. Ele tem um ligeiro mau gosto
na escolha dos objetos de adorno que compra. Isso me dá ternura. Ele é inconsciente que eu o
vejo tanto, não tantas vezes, mas tanto.
Sugestão de leitura
de uma crônica que
não está no livro:
O Mineirinho
O Mineirinho (José Miranda
Rosa) - um dos bandidos
mais procurados pela
polícia carioca na década de
60. Foi morto com 13 tiros
pela polícia.

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  • 1. Crônicas para jovens: de amor e amizade Clarice Lispector
  • 2. Clarice Lispector 1920 - 1977 Uma das grandes escritoras do Modernismo Brasileiro, da terceira fase, estreou com o premiado romance Perto do coração selvagem (1943). Desde o início, causou incômodo em parte da crítica literária. Como romancista, dois grandes sucessos foram A paixão segundo G.H. (1964) e A hora da estrela (1977), além de romances, escreveu livros de contos como Laços de família (1960) e A legião estrangeira (1964). Sua produção inclui também obras para o público infanto-juvenil e um vasto número de crônicas. Seus livros são amplamente traduzidos e divulgados, e a escritora é frequentemente comparada a grandes nomes da Literatura Universal, como Virginia Woolf, James Joyce e Katherine Mansfield.
  • 3. Clarice por Clarice “Fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença”. (“Pertencer”, em A descoberta do mundo, p.151).
  • 4. Org. Pedro Vasquez, ROCCO 2010 As crônicas selecionadas são do período em que a escritora colaborou com o Jornal do Brasil, entre agosto de 1967 e dezembro de 1974. Tempo em que esteve mais próxima do seu público, pôde responder cartas que os leitores lhe enviavam e a escrever textos baseados em sugestões ou questionamentos que estes fizeram.
  • 5. Crônica A crônica é um gênero textual típico dos séculos XIX, XX e XXI. Pode-se dizer que o “berço da crônica” é o jornal. A crônica é uma narrativa curta, normalmente baseada em fatos cotidianos. Na Crônica, Clarice Lispector tem uma linguagem mais fluida – não tão complexa – como nos romances, que são mais densos, mais introspectivos.
  • 6. Ser Cronista Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente no assunto. Na verdade eu deveria conversar a respeito com Rubem Braga, que foi o inventor da crônica. Mas quero ver se consigo tatear sozinha no assunto e ver se chego a entender. Crônica é um relato? É uma conversa? é o resumo de um estado de espírito? Não sei, pois antes de começar a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito romances e contos. Quando combinei com o jornal escrever aqui aos sábados, logo em seguida morri de medo. Um amigo que tem voz forte, convincente e carinhosa, praticamente intimou-me a não ter medo. Disse: escreva qualquer coisa que lhe passe pela cabeça, mesmo tolice, porque as coisas sérias você já escreveu, e todos os seus leitores hão de entender que sua crônica semanal é um modo honesto de ganhar dinheiro. No entanto, por uma questão de honestidade para com o jornal, que é bom, eu não quis escrever tolices. As que escrevi, e imagino quantas, foi sem perceber. [...] Clarice Lispector, em Jornal do Brasil de 22 de junho de 1968 (fragmento).
  • 7. O livro apresenta, além de crônicas, contos, pensamentos, frases... Ao todo são 43 textos. 1. O amor imorredouro. 2. A favor do medo. 3. Uma revolta. 4. A descoberta do mundo. 5. Ao que leva o amor. 6. Quem escreveu isto. 7. Vida ao Natural. 8. Um homem. 9. Homem se ajoelhar. 10. Por não estarem distraídos. 11. O primeiro beijo. 12. Viagem de trem. 13. Desencontro. 14. A comunicação muda. 15. O presente. 16. Mas há a vida. 17. Dar-se enfim. 18. Por causa de um bule de bico. 19. Por quê? 20. Sem aviso. 21. Uma história de tanto amor. 22. Nossa truculência. 23. Amor. 24. Amor, quati, cão, feminino e masculino. 25. As grandes punições. 26. Lúcio Cardoso. 27. As dores da sobrevivência: Sérgio Porto. 28. San Tiago. 29. Tanto esforço. 30. Prece por um padre.
  • 8. 31. Um pedido. 32. O grito. 33. O suéter. 34. Olhava longe, sem rancor. 35. Liberdade. 36. Amor a ele. 37. Três encontros que são quatro. 38. Dies irae. 39. O grupo. 40. Supondo o certo. 41. Os grandes amigos. 42. Uma experiência. 43. Saudade.
  • 10. AO QUE LEVA O AMOR - (Eu te amo) - (É isso então o que sou?) - (Você é o amor que tenho por você) - (Sinto que vou me reconhecer...estou quase vendo... falta tão pouco) - (Eu te amo) - (Ah, agora sim. Estou me vendo. Esta sou eu, então. Que retrato de corpo inteiro.) (CLARICE LISPECTOR – A Descoberta do Mundo-Rio de Janeiro. Editora Novafronteira-1984-Página:709)
  • 11. A favor do Medo Estou certa de que através da idade da pedra fui exatamente maltratada pelo amor de algum homem. Data desse tempo um certo pavor que é secreto. Ora, em noite cálida, estava eu sentada a conversar polidamente com um homem cavalheiro que era civilizado, de terno escuro e unhas corretas. Estava eu, como diria Sérgio Porto, posta em sossego e comendo umas goiabinhas. Eis senão quando diz o Homem: “Vamos dar um passeio?” Não. Vou dizer a verdade crua. O que ele disse foi: “Vamos dar um passeíto?” Por que passeíto jamais tive tempo de saber. Pois que imediatamente, da altura de milhares de séculos, rolou em fragor a primeira pedra de uma avalancha: meu coração. Quem? Quem já me levou na idade da pedra para um passeíto do qual nunca mais voltei porque lá morando fiquei? Não sei que elemento de terror existirá na delicadeza monstruosa da palavra passeíto. [...] Mas bem queria saber o que eu outrora diria, na idade da pedra, quando me sacudiam, quase macaca, da minha frondosa árvore. Que nostalgia, preciso passar uns tempos no campo. Engolia, pois, a minha goiabinha, empalideci sem que a cor civilizadamente me abandonasse o rosto: o medo era vertical demais no tempo para deixar vestígios na superfície. Aliás não era o medo. Aliás era o terror. Aliás era a queda de todo o meu futuro. O homem, este meu igual que me tem assassinado por amor, e a isto se chama de amar, e é. Passeíto? Assim também diziam para o chapeuzinho vermelho, que esta só mais tarde cuidou de se cuidar. “Vou é me acautelar, por via das dúvidas debaixo das folhas hei de morar” – de onde me vinha essa toada? Não sei, mas boca de povo em Pernambuco não erra. [...] https://singrandohorizontes.blogspot.com/2016/12/claric e-lispector-favor-do-medo.html
  • 12. Um homem Sua inteligência absolutamente fora do comum de tão grande, a princípio me deixou embaraçada. Tive que me habituar ao jargão da grande inteligência. É normalmente sério, mas tem um sorriso – não, não vou dizer que o seu sorriso lhe ilumina o rosto todo. Mas, enfim, é a verdade. Ele não tem medo do lugar-comum, o tal não-engajamento o leva à atmosfera de sua inteligência. Esta muitas vezes usa sofismas, que são a astúcia de quem pode. Entendo-o não com a cabeça, que não alcançaria a sua, mas com minha pessoa inteira. Aliás ele é uma pessoa inteira. Seus olhos muito negros não se desviam: ele não tem medo de olhar os homens no profundo dos olhos. Dá vontade de sorrir com ele. Se eu soubesse. Aliás, preciso me habituar a sorrir mais, senão pensam que estou com problemas e não com o rosto apenas sério ou concentrado. Voltando ao homem: quando ele diz “até amanhã”, sabe-se que o amanhã virá. Ele tem um ligeiro mau gosto na escolha dos objetos de adorno que compra. Isso me dá ternura. Ele é inconsciente que eu o vejo tanto, não tantas vezes, mas tanto.
  • 13. Sugestão de leitura de uma crônica que não está no livro: O Mineirinho O Mineirinho (José Miranda Rosa) - um dos bandidos mais procurados pela polícia carioca na década de 60. Foi morto com 13 tiros pela polícia.