O documento discute a reaprendizagem na área da saúde diante das novas tecnologias disruptivas. Aborda como a relação médico-paciente, o engajamento do paciente e o cuidado com idosos precisam ser repensados. Também menciona desafios da telemedicina e do uso de wearables e inteligência artificial no setor.
5. Relação médico-paciente
Sempre foi o alicerce da Medicina, onde repousa a
confiança no médico e a esperança na cura.
Com as tecnologias atuais a expectativa continua
sendo a mesma.
Esta relação tem um diálogo assimétrico que não
mudou através dos séculos desde os tempos de
Hipócrates.
COMPORTAMENTO
Então, o que há de novo, onde está a reaprendizagem?
6. A mudança é fundamental na postura
do médico diante de questionamentos
em função das novas tecnologias.
O médico deve aceitar esse novo
diálogo e orientar o paciente na
procura de sites, redes de comunidades
efetivamente úteis, na utilização de
aplicativos e outros recursos.
COMPORTAMENTO
Relação médico-paciente
8. Engajamento do paciente
COMPORTAMENTO
Dissociação entre o que os pacientes querem e o que eles
recebem:
I. “Vejam-me e apoiem-me como pessoa e não como
uma doença ou um local de intervenção”.
II. Os pacientes querem ser parceiros informados sobre
os cuidados.
III. O cuidado fragmentado é prejudicial e desperdiçador.
Os pacientes podem se sentir abandonados,
especialmente após a alta.
IV. Os pacientes querem ser parceiros capacitados no
atendimento.
V. Em alguns países, garantir um acesso receptivo aos
cuidados é uma prioridade fundamental.
Em busca do sistema de saúde perfeito, Mark Britnell.
9. Engajamento do paciente
Questão fundamental para a saúde sustentável
e uma sociedade consciente.
Pacientes engajados consomem entre 8 e 21%
menos cuidados, sentem-se mais satisfeitos e
têm melhores resultados.
Coaching de saúde, cuidados com utilização de
Internet e grupos de apoio ao paciente geram
grandes taxas de retorno, especialmente em
relação a doenças crônicas de grande
incidência.
COMPORTAMENTO
10. Envelhecimento
A população de idosos no Brasil será de 20%
em 2030, dobro da porcentagem atual.
Quanto a Atenção à Saúde contribuiu para o
aumento da longevidade?
Quanto a tecnologia poderá contribuir para
proporcionar cuidados adequados à crescente
população idosa?
COMPORTAMENTO
No Brasil as políticas públicas ainda são insuficientes para atender as
necessidades dessa população. O Estatuto do Idoso é uma das
principais conquistas.
11. Envelhecimento
Tendências
▪ Impulsionar o cuidado informal.
▪ Comunidades como cuidadoras.
▪ Sistemas de monitoramento
remoto e tecnologia assistiva.
▪ Prevenção e Autogestão.
▪ Hospitais conectados.
COMPORTAMENTO
12. Judicialização
❑ As operadoras de saúde são regulamentadas por
uma legislação em constante mudança, o que
dificulta sua operação. São comuns situações
onde o paciente já sai do consultório médico com
a receita e o cartão do advogado que vai “aviá-la”
no judiciário.
❑ O sistema de saúde brasileiro é extremamente
fragmentado e subfinanciado, o que acarreta
grandes problemas estruturais e limitações
financeiras para atender a demanda da
população.
COMPORTAMENTO
❑ Debates quanto à legitimidade do Poder Judiciário em interferir nas políticas
públicas de saúde e obrigar o poder público a arcar com tratamentos ou
medicamentos, mesmo que estejam fora dos protocolos do SUS.
15. TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
Mais de 200 anos após o
nascimento do estetoscópio
surgiu uma ferramenta
muito mais moderna para
investigar o interior do
corpo humano além de
ouvir sons. Eric Topol
18. TELEMEDICINA
SEGUNDA OPINIÃO
CONSULTAS
REMOTAS E
MONITORAMENTO
DE CUIDADOS
CRÍTICOS
VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA E
ACOMPANHAMENTO
DE PROGRAMAS
EDUCAÇÃO MÉDICA
CONTINUADA
GERENCIAMENTO DE
DESASTRES
ESCLARECIMENTOS
À POPULAÇÃO
HOME CARE E
MONITORAMENTO
AMBULATORIAL
PROCEDIMENTOS DE
TELEMENTORIA E
CIRURGIAS
ROBÓTICAS
TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
20. TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
SAMU
Projeto de Tele Eletrocardiograma Digital
Aparelhos de eletrocardiograma com tecnologia
desenvolvida pelo Hcor em parceria com o
Ministério da Saúde.
13 mil eletrocardiogramas em mais
de 100 municípios até março de 2013.
Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência.
• Principais ocorrências:
✓ Infarto.
✓ Fibrilação atrial.
✓ Arritmias cardíacas.
✓ Taquicardias.
✓ Bradicardias.
21. TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
Integrado
Constituído
Telessaúde
Brasil Redes
- Gestores da saúde.
- Instituições
formadoras de
profissionais de saúde.
- Serviços de saúde do
SUS.
Núcleo de Telessaúde
Técnico-Científico:
instituições formadoras e de
gestão e/ou serviços de
saúde responsáveis pela
formulação e gestão das
Teleconsultorias,
Telediagnósticos e Segunda
Opinião Formativa.
Ponto de Telessaúde: serviços
de saúde através dos quais os
trabalhadores e profissionais
do SUS demandam
Teleconsultorias e
Telediagnósticos.
SERVIÇOS
▪ Teleconsultoria
▪ Telediagnóstico.
▪ Tele-educação.
▪ Segunda Opinião
Formativa.
Telessaúde Brasil Redes
22. Orçamento PróprioFundos Públicos Fundos Públicos
2001
Desenvolvimento
de um modelo de
telessaúde para
atenção primária.
2004
Projeto Piloto de
Teleconsulta para
dar suporte aos
profissionais do
Programa Saúde
da Família.
2005
Projeto de
Pesquisa
Telecardio.
Criação da Rede
e Telessaúde de
MG.
2009
Projeto Telecardio
transforma-se em
serviço regular de
telessaúde para
apoio a profissionais
do Serviço Público
Estadual.
2012
Mais de um milhão
de ECGs,
48.000
teleconsultas,
660 municípios e
821 sites.
Projeto
Piloto de
Telessaúde
Projeto de
Pesquisa de
Telessaúde
Serviço
Regular de
Telessaúde
TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
Projeto Tele Minas Saúde
Serviço de Telessaúde de MG
26. TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
Inteligência Artificial
❑ Hipóteses diagnósticas cada vez mais precisas.
❑ Processamento de um grande volume de informações em saúde.
❑ Impacto na escolha das especialidades médicas.
❑ O papel do médico como agente terapêutico fortalecido.
27. TECNOLOGIAS DISRUPTIVAS
Genômica e Medicina Personalizada
O custo do sequenciamento do primeiro genoma
humano foi de 1 bilhão de dólares e levou 10 anos.
Atualmente é feito em um dia, ao custo de menos de
2 mil dólares com preços cada vez menores.
Mudança no paradigma de tratamento: de doenças,
para o bem estar preditivo e preventivo e no
gerenciamento do estilo de vida.
Mudança de tratamento coletivo para individual.
30. FEE FOR
SERVICE
Forma de remuneração que
considera o somatório de cada
procedimento, independentemente
do avanço no tratamento do
paciente.
Procedimentos
ou itens como
honorários,
diárias
hospitalares,
materiais,
medicamentos.
SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA
31. P4P - Pagamentos por Performance
Modelos exploratórios utilizados em países como EUA.
Considera o resultado final do tratamento, redução de custos e não
somente a remuneração.
Os principais modelos são DRG, Capitação e Bundled Payments (Pacotes).
SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA
33. Classificações
agrupadas de
maneira
específica.
É estabelecida uma
relação dos
tratamentos com os
respectivos custos.
Os valores são
determinados de
acordo com as
características
clínicas e
demográficas do
paciente.
Oferece base
precisa para a
remuneração dos
cuidados da
saúde.
Sistema de
classificação de
pacientes de acordo
com o diagnóstico.
DRG
Grupo de
Diagnósticos
Relacionados
SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA
35. Capitação
É uma forma de remuneração
que envolve um valor fixo em
dinheiro por paciente e por
unidade de tempo pago
adiantado ao médico pela
realização de serviços.
Nessa modalidade o médico
compartilha os riscos.
SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA
38. A constante aprendizagem
Cecília Meireles
Hoje desaprendo o que tinha aprendido até ontem
e que amanhã recomeçarei a aprender.
Todos os dias desfaleço e desfaço-me em cinza efêmera:
todos os dias reconstruo minhas edificações, em sonho eternas.
Esta frágil escola que somos, levanto-a com paciência
dos alicerces às torres, sabendo que é trabalho sem termo.
E do alto avisto os que folgam e assaltam, donos de riso e pedras.
Cada um de nós tem sua verdade, pela qual deve morrer.
De um lugar que não se alcança, e que é, no entanto, claro,
minha verdade, sem troca, sem equivalência nem desengano
permanece constante, obrigatória, livre:
enquanto aprendo, desaprendo e torno a reaprender.