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Construção Sustentável

                  1                      2
             Sustentabilidade da Reabilitação:
                              Criação de valor
                                 3               4




                               Anibal de FREITAS LOPES (Eng)
                                                         APAE
                                     Associação Portuguesa dos
                                      Avaliadores de Engenharia
2011-09-29                                                    1
Edifício
                                                        Bairro
                                                        Cidade
                 Sustentabilidade de X                  Empresa
                                                        Método/Processo
                                                        Reabilitação
                                                        Investimento
                    Sustentabilidade                    Política, etc.
                           =
Contributo de X para o Desenvolvimento Sustentável (DS)
                                                     Holística
                           DS = {Opt (S, E, A)}
    87 89 91        06                               (s1, t1), (s2, t2), ...

          URSS   BRICs
     Muro
                         Planet = Ambiental A= f(a1, a2, …) G1, G2, G3
 Brundtland
                         Profit = Económica E= f(e1, e2, …)
    ONU
                           People = Social S= f(s1, s2, …)

  2011-09-29                                                             2
Criar Valor – uma visão




     1º CICLO Licenciaturas   2º CICLO Mestrados
        Economia                Gestão Financeira
        Gestão                  Gestão Pública
        Marketing               Gestão de Transportes e Logística
                                Gestão de Potencial Humano
                                Marketing
                                Gestão Fiscal
                                Gestão de Energia
                                Contabilidade
                                Estratégia de Investim. e Internac.


2011-09-29                                                            3
Tangível     €
    Criação/Destruição de VALOR                                        &
                                                                             ?
                                                                    Intangível
Vendedor & Comprador & Mercados & LEI, Perito Avaliador, Banqueiro:         ?→€
                                     Holística
         DS = {Opt (S, E, A)}
                                     (s1, t1), (s2, t2), ...
                                                                        Positivas
                                                       Externalidades
                                                                        Negativas

        Criação de Valor:   DS > 0        Prevenir ou Mitigar      DS < 0
                                                                      Leis
    Destruição de Valor:    DS < 0        Negligenciar     DS > 0     Mercados
                                          Crises & Bolhas & Riscos Externalid
                                          Terror ou Catástrofes       Litígios
    Riscos & Oportunidades                                            Território,...
                                          Vícios & Não-qualidades
         Σ=0                              Patologias. “Edifícios doentes”
         W, W                             Mau projecto      Tecnológica
         W, L                             Obsolescência Funcional
                                          Mau uso/Cond. Social
                                          Fim da vida útil
2011-09-29                                                                       4
DS →                     QdV (Qualidade de Vida)
1.    O Hipercluster da Construção (HC) é grande propiciador de activos
      produtivos em que assenta o aumento de qualidade de vida per capita
      das gerações actuais e futuras.
2.    Tipos de capitais produtivos com que o HC contribui para QdV:
     a. Capital produzido pelo Homem: edifícios, infra-estruturas, máquinas e
             equipamentos usados pela Construção ou no ciclo de vida dos seus produtos
             e serviços;
     b.      Capital Humano: saberes, conhecimentos e investigação aplicados na
             Construção, bem como na concepção e uso ao longo do ciclo de vida dos
             seus produtos e serviços;
     c.      Capital Tecnológico crescente do Sector, da sociedade e da Humanidade
     d.      Capital Social: formação de comunidades saudáveis, seguras, justas,
             éticas, solidárias, progressivas, competitivas, cultas, desenvolvidas, não
             poluidoras, respeitadoras dos direitos dos humanos e de outras espécies;
     e.      Capital Ambiental: eficiência e justiça no ordenamento do Território, no
             uso de recursos escassos da Terra, na gestão de poluições e resíduos, na
             usufruição de patrimónios naturais e edificados.
3.    a sustentabilidade do HC é o seu contributo para o Desenvolvimento
      Sustentável, por si próprio e pelos seus produtos e serviços:

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Relatividade da Sustentabilidade
         Bilionários, classe média, pobres (PT=1,8M)
                                                      €    Qualidade
                                                           Qa

                                                               Qm


                                                                    Q
                                             Cacém




 Dubai       Pitanguy: ilha + casa = 12 M€   Sernancelhe

2011-09-29                                                              6
Rating de sustentabilidade de automóveis (EUA) 0-100
  350000
$ 325000
  300000
  275000
  250000
  225000
  200000
  175000
  150000
  125000
  100000
   75000
   50000
   25000
        0
                                                            AFL
            10   20   30   40   50   60   70   80       90
  Preços Nov 2009                                   Rating
   ~ 400 modelos

  2011-09-29                                            7
Modelo AC-DC: Estado Exíguo
                 AC          ? U V W L        DC
        PT                     Juros+Dívidas (Famílias+Banca+Estado)    ?
         Business as usual          GeoPolítica (ED+Emerg+Submerg)
                                     GeoTerrorismo+GeoNuclear
            Políticas                 3º Choque Petróleo+Rússia+OPEP
            & Ideol.                   Mat. Primas + Alimentos + Água
                                      Risco climático+(In)SegurançaS
               $                       Colapso Financeiro
                                         Apagão do Crédito
             Imobil.                      Bolha imob.+Turism+Desloc.+Migr.
                                          Recessão & Falências
    $                  Fisco               Desemprego+Despejos
                      +
                       Buroc=               Dívidas+sua herança
                   Lic=f(M1,…,M10)          Pobreza+Desigualdade
                   Desordenamento            Bancarrota?+Troika+Recessão
         Valor                                            IMI+VP+IVA
                t
                                       “Crise”
                             Riscos + ΣOportunid (Urg, Mud, Inov, Políticas)
        Ciclos de Vida dos Imóveis =< Século(s)
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Insustentabilidade - Sichuan
                12Mai08 (1)
                                              BBC
                                             News




                         Prevenir é melhor
                         do que mitigar.
2011-09-29                                    9
Insustentabilidade - Sichuan (3)




   Um dos 30 “lagos” resultantes do bloqueio do curso do rio pela avalanche
   de terras originada pelo sismo submergiu parte da cidade de Beichuan.


2011-09-29                                                                    10
Insustentabilidade - Tsunami 1755




                            Casa Havaneza

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Insustentabilidade – Cheias 1967(1)




  As cheias atingiram Lisboa, Loures, Odivelas, VF de Xira e Alenquer.
         Construções em leitos de cheia. Centenas de Mortos.
 Casas, estradas, pontes e condutas destruídas. (fotos Século Ilustrado).
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Insustentabilidade - Cheias (2)
                           Algumas recentes cheias graves
                   • 1979 - Maior cheia no Tejo (séc XX). 9 dias, 2 mortos,
                   115 feridos, 1190 evacuados
                   • 1981 - Zona Lisboa, 30 mortos, 900 desalojados
                   • 1983 - Lisboa, Loures e Cascais. 10 mortos, 9
                   desaparecidos, 1800 famílias desalojadas, 610 habitações
                   destruídas
                   • 1989 - Tejo e Douro. 1 morto e 1600 desalojados
                   • 1997 - Monchique. Habitações, viaturas e equipamentos
                   • 1997 - Baixo Alentejo. 11 mortos, 200 desalojados
                   • 2000/01 - Muitas bacias hidrográficas. Uma dezena de
                   pessoas mortas na cheias. Deslizamentos de terras
                   causaram mortos e desalojados. Diques do Mondego com
Zonas ocorrência   13 rupturas. Ponte de Entre-os-Rios colapsou arrastando
de cheias (INAG)   um autocarro e 2 automóveis:60 mortos.

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Insustentabilidade - Cheias (3)




2011-09-29                          14
Insustentabilidade - Cheias (4)




2011-09-29                          15
Insustentabilidade - Cheias (5)




2011-09-29                          16
Insustentabilidade - Deslizamento
                                    Lisboa
                                      2010




2011-09-29                                   17
Insustentabilidade – Derrocada (1)




                             Expresso
                            03Jan2009

2011-09-29                              18
Insustentabilidade – Derrocada (2)




                     in: TV Braga – 21Mai2009

2011-09-29                                      19
Insustentabilidade – Chiado



                                                                    Chiado
                                                                     1988
                                                                 foto Gab.
                                                                Comunic e
                                                                  Imagem
                                                                      CML


      Dezoito edifícios do Séc XVIII desapareceram. 2000 pessoas perderam
         os empregos. 2 mortos e 78 feridos (grande maioria bombeiros).

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Insustentabilidade – Floresta, etc




 foto (esq): blog de Bombeiro de Abergaria dos Doze             Prevenção
 imagem (dir): blog António João Lopes - post: Como evitar   melhor do que
 incêndios florestais e produzir energia                         mitigação
2011-09-29                                                              21
Insustentabilidade: (des)ordenamento&transportes




                                         S. Paulo

2011-09-29                                          22
Parâmetros explicativos do valor

                               Envolventes dos Mercados
                                                Mercados



             Clássicos DC       Energia
               “Location,          QAI    Sustent.+CV
               Location,
               Location”       Impactos
                m2, Tn, etc.




2011-09-29                                                 23
Habitats dos humanos 7mM→9mM
                      PIB 2%/ano
       Materiais 60%      dos recursos mundiais são destinados à construção
                          (edificações, vias, etc.)

         Energia ~50% da energia gerada são usados para climatizar, iluminar e
                          ventilar as edificações e mais 4% na sua construção

             Água 50%     da água usada no mundo são para uso nas IS e outros
                          usos nas edificações
             Solo 80%     do melhor solo cultivável são utilizados na construção
                          civil e não na agricultura
        Madeira 60%       dos produtos madeireiros mundiais são usados na
                          construção das edificações
        Madeira 90%       das madeiras rijas mundiais são usadas na construção de   Brian
           rija           edificações
                                                                                    Edwards

Reduzir & Reutilizar & Reciclar & Reabilitar & Repensar

2011-09-29                                                                             24
Ciclo de vida dos Humanos e dos Edifícios
                G1         G2        G3        G4        G5    G6
        1935         60         85        2010 20   35   50 60    2085



                                                         Obsolescência

                                                          Tecnol. Construtiva
                                                         1755 – Pombalino


                                              ?
 lata cerveja    vídeo disc     telemóvel                1935 – RBA
     radar         BASIC          WWW                    1951 – RGEU
 motor jacto       Pílula        Web TV                  1968 – REBA
 microondas       ethernet       Fuel-cell    Tecnol.    1975 – Cong. Rend.
   bomba A           PC         torre solar   Energia    1983 – REBAP
  microchip      CD-ROM         carro híbr.   G20 G2     1987 – Rel
                 Windows          Prozac      Crises     Brundtland
                                                         1990 – RCCTE(1)
      Recessões mundiais
                                                         2006 – RCCTE(2)
      Guerras
                                                         2006 – RSECE
      Queda muro Berlim                                  2010 – Rev. Regul.
2011-09-29                                                                 25
Portugal – Parque Residencial
                        Conservação (m Fogos)
                                                         2%
                                                4%
                                     9%
                          23%




                                     Vago 11%
                                     Vago
                                     18%

                                                      Residência
                                                                           ADENE
                                                        71%
                                                                           Efic Energ
               Bom       Repar.    Repar.    Repar.     Muito     Total    2015
              estado    Menores    Médias   Grandes   degradado 5 456 mF
             3 360 mF   1 231 mF   511 mF   229 mF     124 mF

    1% do Parque = [5,5 x 10^6 x (10^5) x 10^-6] M€ x (10^-2) ~ 5 500 M€

2011-09-29                                                                      26
Reabilitação, economia e emprego
    A “Produção dos
    Construtores” é
    a tradicional
    Indústria da
    Construção
    (tutelada pela
    SOP e ora
    incluída no MEE).
    O “Cluster” é a
    totalidade da
    figura.
    O “Hipercluster”
    inclui e excede,
    em muito, o
    “Cluster”.


2011-09-29                      27
Tecnologia e Projecto (1)




                                     Áustria 2009
                                     UEPC
                                     Walter Hüttler
2011-09-29                                     28
Tecnologia e Projecto (2)




                                     Áustria 2009
                                     UEPC
                                     Walter Hüttler
2011-09-29                                     29
Tecnologia (3)




                              Norma Alemã
                               UEPC 2009
                              Walter Hüttler




2011-09-29                              30
Casa + Carro + Energia “Positiva” (EUA)                        $ 350 000
                                                                Tax $ 75 000
                                                                ~ Milwaukee
      Aquecimento         FV Casa                  FV Carro
      Arrefecimento       +Venda                   Chevy Volt
                                      Isolamento
                           Equip.
                          eficiente



                          AQS




             Geotérmico



2011-09-29                                                              31
Impacto no Valor: custo/resultado
     Começar pelo estudo da sustentabilidade

                   Loteamento/Edifício novo
                          Reabilitação profunda
                                                  Reabilitação

                                                            Custo maior
                                                            Benef. menor




         Projecto do loteam./ edifício     Obra    Edifício em uso


         WBCSD
    Making a difference

2011-09-29                                                           32
Escalas da Reabilitação
                                                                     País/UE
                                                           -Políticas, Estratégias
                                                           - Normas, Fundos, ...
Edifício/Fracção
-Reabiltação funcional
  - Alteração de usos
                                                     Cidade/Região
  - Segurança (sismos,                                             -PDM/POT
    incêndio, cheias,                                   -Património, Solos
    patologias,                                    -Equipamentos sociais
    terror, roubo, ...)
                                                     -Redes/Interfaces, ...
  - Saúde e prevenção
  - Redes. Cogeração.
  - Equipamentos
                                           Zona/Bairro
  - Manuais                              - Reabilitar espaços
-Reabilitação do envelope             - Reabilitar p/ funções
  - Energia, térmica, acúst.            - Reabilitar p/ riscos
  - Envidraçados                            - Reabilitar redes
  - Estética, arquitectura            - Reab. Energ. Renováv
  - Impermeabilizações, ...             - Alterar/Criar PP, ....
 2011-09-29                                                                33
Reabilitação & Ciclo de Vida




     Estrutura/Fundações Envelope/Condomínio      Redes/Sistemas
                                               Vida útil média (anos)
                                              Acabamentos          10
                                              Impermeabilizações 10     AFL
                                              Instalações          20
                                              Edificações         +50
                                              Infraestruturas +100
      Interior/Seg./Prev.   Entorno/Poluições Cidades            +500   LIDERA
                                                                        Sustentab.
2011-09-29                                                                    34
Impacto no Valor: vencer as 3 barreiras
                                                        1. Falta de consciência e de
                                                           informação: muitas vezes as
                                                           pessoas não têm consciência de
                                                           que estão a desperdiçar energia;
                                                        2. Hábitos: deixar as luzes acesas, não
                                                           ajustar o aquecimento e utilização
                                                           dos fornos, deixar portas de
                                                           frigoríficos abertas, tomar
                                                           demorados banhos, etc.;
                                                        3. Efeito ricochete: gastar mais
                                                           energia ou usar por mais tempo,
                                                           porque se investiu em soluções
                                                           mais eficientes.
                                                           Aquecimento: 10-30%
                                                           Arrefecimento: 0-50%
             Informação ► Conhecimento ► Acção             Iluminação: 5-20%
    PQs e Avaliadores têm papel importante ► Melhorar      Água quente: 10-40%
                                                           Carros: 10-30%
                                                                                 WBCSD
                                                                            Making a difference

2011-09-29                                                                                 35
Avaliação DC, Valor e Preço(s)
             Método comparativo

                                             Competente?
                                               Honesto?
                                              Imparcial?
                                            Independente?             Y
                                          Isento de Conflitos
                                            de Interesses?
                                                                CE
                                                NÃO   SIM                 CS
X1                                                              QAI
                                       X1
                                                 Avaliação
                              Y
                                       X2                        BDs
                                      Mercado
                 X2                              Relatório
                                       BDc       credível?
                             Lisboa
                                                NÃO   SIM

                                         Vs Vp Vb Vm Vt Vo
                                                                 €
                                         Vd      Valor Preço
2011-09-29                                                                36
Valor médio: mercados normais e retraídos



             150 000                              30 000




             20 000
                                                  5 000
                                                     5 000
                  06         07         08   09      06      07      08     09

                                                                   5%
                       Média nacional




                                                              2%

                                                             Madrid
                                                                   Murcia
                                                                                 CincoDias
                                                                                 27-01-2010


2011-09-29                                                                                    37
Sustentabilidade da Reabilitação:
                    Criação de Valor


                             FIM

             Anibal de Freitas   Lopes (eng, Perito Avaliador)

                    Debate: afl@idsa.pt


2011-09-29                                                       38
Valor: mercados normais e exuberantes




              Fonte: Stadim, INE, Insee, Banco de Espanha, Halifax, The Economic and Social
                                       Research Institute (Irlanda)




2011-09-29                                                                                    39
Nota curricular
             Anibal de Freitas Lopes (eng)
•   Engenheiro civil e militar (FCL, IST, Acad. Militar). Ex-docente de Estratégia e Guerra
    Ideológica, na Academia Militar. Co-autor do Código de Deontologia da APAE -
    Associação Portuguesa dos Avaliadores de Engenharia e formador de Deontologia
    para peritos Judiciais no Centro de Estudos Judiciários. Tem intervindo nos media,
    como autor de artigos, debates na rádio e TV e director de revistas especializadas.
•   Director técnico e CEO de empresas de construção/promoção, de empresa, em
    parceria com o Montepio Geral, dedicada à Consultoria Financeira para as relações
    entre Fornecedores de produtos para a Construção e os Construtores. Fundador e
    Presidente da Direcção da AICE - Associação dos Industriais de Construção de
    Edifícios. Ex-Presidente e actual presidente honorário da UEPC - European Union of
    Developers and House Builders (Bruxelas) e membro dos seus comités de Ambiente,
    Legislação, Política e Estratégia e Sustentabilidade. Integrou a equipa redactora da
    sua Carta de Sustentabilidade da Construção.
•   Presidente da APAE – Associação Portuguesa dos Avaliadores de Engenharia, que,
    em parceria com a Agência para a Energia, está a investigar um modelo de
    avaliação da repercussão da eficiência energética e da qualidade do ar interior dos
    edifícios, no seu valor de mercado. Membro fundador do IDSA - Instituto de
    Desenvolvimento Sustentável Aplicado. Membro do CEN CT350 – Sustainability of
    Construction Works, assente na tripla vertente social, económica e ambiental.



2011-09-29                                                                              40
Insustentabilidade - Sichuan (4)
• milhares de pessoas mortas, milhares feridas
• cerca de 10 000 pessoas foram abrigadas no estádio
  de uma cidade próxima
• mais de 1 000 alunos e professores de uma escola
  morreram na cidade de Dujiangyang
• pelo menos seis escolas desmoronaram-se na cidade
  de Deyang
• em Hanwang (70 000 hab) a maior parte dos principais
  edifícios (incluindo escolas e três hospitais)
  desmoronaram-se
• na cidade de Beichuan, desmoronaram-se 80% dos
  edifícios da parte velha e 60% da cidade nova
• em Schifang, 2 fábricas químicas desmoronaram-se,
  libertando uma intensa nuvem tóxica
2011-09-29                                           41
UE (1) EPBD – revisão
EPBD = Energy Performance of Buildings Directive

• reforçar o papel e a qualidade das inspecções
• estimular entrada no mercado de edifícios zero/baixo
  Carbono e Energia.
• incentivar o sector público a dar o (bom) exemplo
• penalizar por não cumprimento
• metas:
• transposição: 31/12/2010
     – implementação: 31/12/2010 e 31/01/2012
   50% do orçamento de I&D do 7º Programa           PT = 5º lugar (Maio09)
   Quadro da CE é para energias renováveis          na Certificação Energética

              Para a estratégia da UE, a segurança energética é vital

2011-09-29                                                                42
UE (2) – Política 20-20-20
1. Em Dez08, UE adoptou a Directiva das
   Renováveis
2. Metas da Política da UE para 2020:
     a) 20% aumento na eficiência energética
     b) 20% redução de emissões de GEE
     c) 20% do total de consumo de energia será
        de origem renovável
3. UE quer manter liderança global em
   áreas cruciais para a sua segurança
   energética.
2011-09-29                                        43
UE (3) – Estratégia, Directivas, etc.
1. Directiva Serviços entra em vigor Dez09. Supressão de obstáculos
    ao estabelecimento de prestatários de serviços e à livre circulação
    do serviços (segurança, ambiente).
2. Revisão m 2008 da Directiva-quadro sobre resíduos.
3. Revisão do IVA em Maio09, IVA reduzido sobre trabalhos de
    reabilitação de habitações. (? Crise)
4. Plano de relançamento europeu (4 mil milhões de €, em particular
    para apoiar as redes de energia).
5. Construção sustentável: considerada pela UE como um dos seis
    sectores promotores de crescimento e de emprego.
6. ESCOs;
7. Continuação da revisão da directiva dos produtos da construção.
8. Reforço da regulamentação da eficiência energética dos edifícios.
9. NORMA da Sustentabilidade dos Trabalhos de Construção
10. TROIKA UE, BCE, FMI (Irlanda, Grécia, PT) (ES, IT, BE = ?)

2011-09-29                                                            44
Dinamização das ESCOs
                    Sustentabilidade da Reabilitação

                                       Incentivos à           Contrato         Crédito
                                    criação de ESCOs          Eficiência      Eficiência

                  Concursos p/
                  efic. - Estado

      Estado




                      PPEC

        Parti-                                                                             ADENE
       culares
                                                                                           Efic Energ
                                                                                           2015
     PPEC – Plano para a Promoção da Eficiência no Consumo de Electricidade
     ESCO – Energy Service COmpanies (Empresas de Serviços de Energia


2011-09-29                                                                                      45
Programas PT Eficiência 2015
             Sustentabilidade da Reabilitação




                                                ADENE
                                                Efic Energ
                                                2015


2011-09-29                                           46
Impacto no Valor: energia e ciclo de vida (tipo)
                                             UE CEN TC-350 Sustainability of Construction Works




               Mais de 4/5 da energia é consumida na fase de utilização do edifício.
                 A energia de utilização varia com o sector, a região, o clima, a
                        qualidade da construção e dos equipamentos e
                                       da própria utilização.

              A proporção de energia incorporada nos materiais, equipamentos e na
                                   construção aumenta com:
              1) aumento da EfEn; 2) diminuição da duração económica do edifício

          WBCSD
     Making a difference

2011-09-29                                                                                   47
Impacto no Valor: eficiência nominal e real
                          • O comportamento dos ocupantes do edifício
                                             pode ter
                              tanto impacto no consumo de energia
                                como a eficiência do equipamento.

                          • O comportamento é influenciado por factores
                              económicos, sociais e psicológicos
                                       que influenciam a
                          compra dos equipamentos e o uso da energia.

                           • O uso da energia é determinado pelo
                     grau de informação e custos da energia e pelos
                        factores sociais, educacionais e culturais.

                             • O efeito ricochete limita os potenciais
                                        ganhos de energia
                              mediante novos consumos justificados
                                      pela energia poupada.
         WBCSD
    Making a difference


2011-09-29                                                                48
Glossário mínimo
AC              Antes da Crise                  K/P               Kilómetros/ano por pessoa
                                                                  (CO2 dos transportes e
BRIC            Brasil, Rússia, Índia e China
                                                                  desordenamento território)
CEN             Comité Européen de              Lic=f(M1,…M13)    Licenças e regulamentos
                Normalisation                                     podem implicar mais de 10
                                                                  Ministérios
Copenhagen      Convenção UN pós Quioto         Migr              Migrações transfronteiriças
DC              Durante e depois da Crise       Mud               Mudanças, novos paradigmas
Desloc          Deslocalizações (empresas)      OH                Obrigações Hipotecárias
DS=opt(S,A,E)   Desenvolvim. Sustentável =        QdV >0          Aumento da Qualidade de Vida
                optimização das 3                                 geral (nível do globo, país,
                dimensões: Social, Ambiental                      região, etc., intra e
                e Económ.                                         intergeracional)
ED              Economias Desenvolvidas
EPBD            Energy Performance of           Submerg           Economias submergentes, em
                Buildings Directive                               declínio, divergentes
GEE             Gases com Efeito de Estufa      Lot, Edif, Infr   Loteam., Edifícios, Infra-estrut.
HC              Hipercluster da Construção      CC, OP, PP        Constr Civil, OP, Parcerias PP
IPG             Genuine Progress Indicator      U,V,L,W, Z        Símbolos de tipos de Crises
J/P             Jobless per capita (desempr.)   UEPC              Union Européenne de
R/F             Resid. primár. por Família                        Promoteurs Constructeurs
2011-09-29                                                                                       49

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Construção sustentável e prevenção de riscos

  • 1. Construção Sustentável 1 2 Sustentabilidade da Reabilitação: Criação de valor 3 4 Anibal de FREITAS LOPES (Eng) APAE Associação Portuguesa dos Avaliadores de Engenharia 2011-09-29 1
  • 2. Edifício Bairro Cidade Sustentabilidade de X Empresa Método/Processo Reabilitação Investimento Sustentabilidade Política, etc. = Contributo de X para o Desenvolvimento Sustentável (DS) Holística DS = {Opt (S, E, A)} 87 89 91 06 (s1, t1), (s2, t2), ... URSS BRICs Muro Planet = Ambiental A= f(a1, a2, …) G1, G2, G3 Brundtland Profit = Económica E= f(e1, e2, …) ONU People = Social S= f(s1, s2, …) 2011-09-29 2
  • 3. Criar Valor – uma visão 1º CICLO Licenciaturas 2º CICLO Mestrados Economia Gestão Financeira Gestão Gestão Pública Marketing Gestão de Transportes e Logística Gestão de Potencial Humano Marketing Gestão Fiscal Gestão de Energia Contabilidade Estratégia de Investim. e Internac. 2011-09-29 3
  • 4. Tangível € Criação/Destruição de VALOR & ? Intangível Vendedor & Comprador & Mercados & LEI, Perito Avaliador, Banqueiro: ?→€ Holística DS = {Opt (S, E, A)} (s1, t1), (s2, t2), ... Positivas Externalidades Negativas Criação de Valor: DS > 0 Prevenir ou Mitigar DS < 0 Leis Destruição de Valor: DS < 0 Negligenciar DS > 0 Mercados Crises & Bolhas & Riscos Externalid Terror ou Catástrofes Litígios Riscos & Oportunidades Território,... Vícios & Não-qualidades Σ=0 Patologias. “Edifícios doentes” W, W Mau projecto Tecnológica W, L Obsolescência Funcional Mau uso/Cond. Social Fim da vida útil 2011-09-29 4
  • 5. DS → QdV (Qualidade de Vida) 1. O Hipercluster da Construção (HC) é grande propiciador de activos produtivos em que assenta o aumento de qualidade de vida per capita das gerações actuais e futuras. 2. Tipos de capitais produtivos com que o HC contribui para QdV: a. Capital produzido pelo Homem: edifícios, infra-estruturas, máquinas e equipamentos usados pela Construção ou no ciclo de vida dos seus produtos e serviços; b. Capital Humano: saberes, conhecimentos e investigação aplicados na Construção, bem como na concepção e uso ao longo do ciclo de vida dos seus produtos e serviços; c. Capital Tecnológico crescente do Sector, da sociedade e da Humanidade d. Capital Social: formação de comunidades saudáveis, seguras, justas, éticas, solidárias, progressivas, competitivas, cultas, desenvolvidas, não poluidoras, respeitadoras dos direitos dos humanos e de outras espécies; e. Capital Ambiental: eficiência e justiça no ordenamento do Território, no uso de recursos escassos da Terra, na gestão de poluições e resíduos, na usufruição de patrimónios naturais e edificados. 3. a sustentabilidade do HC é o seu contributo para o Desenvolvimento Sustentável, por si próprio e pelos seus produtos e serviços: 2011-09-29 5
  • 6. Relatividade da Sustentabilidade Bilionários, classe média, pobres (PT=1,8M) € Qualidade Qa Qm Q Cacém Dubai Pitanguy: ilha + casa = 12 M€ Sernancelhe 2011-09-29 6
  • 7. Rating de sustentabilidade de automóveis (EUA) 0-100 350000 $ 325000 300000 275000 250000 225000 200000 175000 150000 125000 100000 75000 50000 25000 0 AFL 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Preços Nov 2009 Rating ~ 400 modelos 2011-09-29 7
  • 8. Modelo AC-DC: Estado Exíguo AC ? U V W L DC PT Juros+Dívidas (Famílias+Banca+Estado) ? Business as usual GeoPolítica (ED+Emerg+Submerg) GeoTerrorismo+GeoNuclear Políticas 3º Choque Petróleo+Rússia+OPEP & Ideol. Mat. Primas + Alimentos + Água Risco climático+(In)SegurançaS $ Colapso Financeiro Apagão do Crédito Imobil. Bolha imob.+Turism+Desloc.+Migr. Recessão & Falências $ Fisco Desemprego+Despejos + Buroc= Dívidas+sua herança Lic=f(M1,…,M10) Pobreza+Desigualdade Desordenamento Bancarrota?+Troika+Recessão Valor IMI+VP+IVA t “Crise” Riscos + ΣOportunid (Urg, Mud, Inov, Políticas) Ciclos de Vida dos Imóveis =< Século(s) 2011-09-29 8
  • 9. Insustentabilidade - Sichuan 12Mai08 (1) BBC News Prevenir é melhor do que mitigar. 2011-09-29 9
  • 10. Insustentabilidade - Sichuan (3) Um dos 30 “lagos” resultantes do bloqueio do curso do rio pela avalanche de terras originada pelo sismo submergiu parte da cidade de Beichuan. 2011-09-29 10
  • 11. Insustentabilidade - Tsunami 1755 Casa Havaneza 2011-09-29 11
  • 12. Insustentabilidade – Cheias 1967(1) As cheias atingiram Lisboa, Loures, Odivelas, VF de Xira e Alenquer. Construções em leitos de cheia. Centenas de Mortos. Casas, estradas, pontes e condutas destruídas. (fotos Século Ilustrado). 2011-09-29 12
  • 13. Insustentabilidade - Cheias (2) Algumas recentes cheias graves • 1979 - Maior cheia no Tejo (séc XX). 9 dias, 2 mortos, 115 feridos, 1190 evacuados • 1981 - Zona Lisboa, 30 mortos, 900 desalojados • 1983 - Lisboa, Loures e Cascais. 10 mortos, 9 desaparecidos, 1800 famílias desalojadas, 610 habitações destruídas • 1989 - Tejo e Douro. 1 morto e 1600 desalojados • 1997 - Monchique. Habitações, viaturas e equipamentos • 1997 - Baixo Alentejo. 11 mortos, 200 desalojados • 2000/01 - Muitas bacias hidrográficas. Uma dezena de pessoas mortas na cheias. Deslizamentos de terras causaram mortos e desalojados. Diques do Mondego com Zonas ocorrência 13 rupturas. Ponte de Entre-os-Rios colapsou arrastando de cheias (INAG) um autocarro e 2 automóveis:60 mortos. 2011-09-29 13
  • 14. Insustentabilidade - Cheias (3) 2011-09-29 14
  • 15. Insustentabilidade - Cheias (4) 2011-09-29 15
  • 16. Insustentabilidade - Cheias (5) 2011-09-29 16
  • 17. Insustentabilidade - Deslizamento Lisboa 2010 2011-09-29 17
  • 18. Insustentabilidade – Derrocada (1) Expresso 03Jan2009 2011-09-29 18
  • 19. Insustentabilidade – Derrocada (2) in: TV Braga – 21Mai2009 2011-09-29 19
  • 20. Insustentabilidade – Chiado Chiado 1988 foto Gab. Comunic e Imagem CML Dezoito edifícios do Séc XVIII desapareceram. 2000 pessoas perderam os empregos. 2 mortos e 78 feridos (grande maioria bombeiros). 2011-09-29 20
  • 21. Insustentabilidade – Floresta, etc foto (esq): blog de Bombeiro de Abergaria dos Doze Prevenção imagem (dir): blog António João Lopes - post: Como evitar melhor do que incêndios florestais e produzir energia mitigação 2011-09-29 21
  • 23. Parâmetros explicativos do valor Envolventes dos Mercados Mercados Clássicos DC Energia “Location, QAI Sustent.+CV Location, Location” Impactos m2, Tn, etc. 2011-09-29 23
  • 24. Habitats dos humanos 7mM→9mM PIB 2%/ano Materiais 60% dos recursos mundiais são destinados à construção (edificações, vias, etc.) Energia ~50% da energia gerada são usados para climatizar, iluminar e ventilar as edificações e mais 4% na sua construção Água 50% da água usada no mundo são para uso nas IS e outros usos nas edificações Solo 80% do melhor solo cultivável são utilizados na construção civil e não na agricultura Madeira 60% dos produtos madeireiros mundiais são usados na construção das edificações Madeira 90% das madeiras rijas mundiais são usadas na construção de Brian rija edificações Edwards Reduzir & Reutilizar & Reciclar & Reabilitar & Repensar 2011-09-29 24
  • 25. Ciclo de vida dos Humanos e dos Edifícios G1 G2 G3 G4 G5 G6 1935 60 85 2010 20 35 50 60 2085 Obsolescência Tecnol. Construtiva 1755 – Pombalino ? lata cerveja vídeo disc telemóvel 1935 – RBA radar BASIC WWW 1951 – RGEU motor jacto Pílula Web TV 1968 – REBA microondas ethernet Fuel-cell Tecnol. 1975 – Cong. Rend. bomba A PC torre solar Energia 1983 – REBAP microchip CD-ROM carro híbr. G20 G2 1987 – Rel Windows Prozac Crises Brundtland 1990 – RCCTE(1) Recessões mundiais 2006 – RCCTE(2) Guerras 2006 – RSECE Queda muro Berlim 2010 – Rev. Regul. 2011-09-29 25
  • 26. Portugal – Parque Residencial Conservação (m Fogos) 2% 4% 9% 23% Vago 11% Vago 18% Residência ADENE 71% Efic Energ Bom Repar. Repar. Repar. Muito Total 2015 estado Menores Médias Grandes degradado 5 456 mF 3 360 mF 1 231 mF 511 mF 229 mF 124 mF 1% do Parque = [5,5 x 10^6 x (10^5) x 10^-6] M€ x (10^-2) ~ 5 500 M€ 2011-09-29 26
  • 27. Reabilitação, economia e emprego A “Produção dos Construtores” é a tradicional Indústria da Construção (tutelada pela SOP e ora incluída no MEE). O “Cluster” é a totalidade da figura. O “Hipercluster” inclui e excede, em muito, o “Cluster”. 2011-09-29 27
  • 28. Tecnologia e Projecto (1) Áustria 2009 UEPC Walter Hüttler 2011-09-29 28
  • 29. Tecnologia e Projecto (2) Áustria 2009 UEPC Walter Hüttler 2011-09-29 29
  • 30. Tecnologia (3) Norma Alemã UEPC 2009 Walter Hüttler 2011-09-29 30
  • 31. Casa + Carro + Energia “Positiva” (EUA) $ 350 000 Tax $ 75 000 ~ Milwaukee Aquecimento FV Casa FV Carro Arrefecimento +Venda Chevy Volt Isolamento Equip. eficiente AQS Geotérmico 2011-09-29 31
  • 32. Impacto no Valor: custo/resultado Começar pelo estudo da sustentabilidade Loteamento/Edifício novo Reabilitação profunda Reabilitação Custo maior Benef. menor Projecto do loteam./ edifício Obra Edifício em uso WBCSD Making a difference 2011-09-29 32
  • 33. Escalas da Reabilitação País/UE -Políticas, Estratégias - Normas, Fundos, ... Edifício/Fracção -Reabiltação funcional - Alteração de usos Cidade/Região - Segurança (sismos, -PDM/POT incêndio, cheias, -Património, Solos patologias, -Equipamentos sociais terror, roubo, ...) -Redes/Interfaces, ... - Saúde e prevenção - Redes. Cogeração. - Equipamentos Zona/Bairro - Manuais - Reabilitar espaços -Reabilitação do envelope - Reabilitar p/ funções - Energia, térmica, acúst. - Reabilitar p/ riscos - Envidraçados - Reabilitar redes - Estética, arquitectura - Reab. Energ. Renováv - Impermeabilizações, ... - Alterar/Criar PP, .... 2011-09-29 33
  • 34. Reabilitação & Ciclo de Vida Estrutura/Fundações Envelope/Condomínio Redes/Sistemas Vida útil média (anos) Acabamentos 10 Impermeabilizações 10 AFL Instalações 20 Edificações +50 Infraestruturas +100 Interior/Seg./Prev. Entorno/Poluições Cidades +500 LIDERA Sustentab. 2011-09-29 34
  • 35. Impacto no Valor: vencer as 3 barreiras 1. Falta de consciência e de informação: muitas vezes as pessoas não têm consciência de que estão a desperdiçar energia; 2. Hábitos: deixar as luzes acesas, não ajustar o aquecimento e utilização dos fornos, deixar portas de frigoríficos abertas, tomar demorados banhos, etc.; 3. Efeito ricochete: gastar mais energia ou usar por mais tempo, porque se investiu em soluções mais eficientes. Aquecimento: 10-30% Arrefecimento: 0-50% Informação ► Conhecimento ► Acção Iluminação: 5-20% PQs e Avaliadores têm papel importante ► Melhorar Água quente: 10-40% Carros: 10-30% WBCSD Making a difference 2011-09-29 35
  • 36. Avaliação DC, Valor e Preço(s) Método comparativo Competente? Honesto? Imparcial? Independente? Y Isento de Conflitos de Interesses? CE NÃO SIM CS X1 QAI X1 Avaliação Y X2 BDs Mercado X2 Relatório BDc credível? Lisboa NÃO SIM Vs Vp Vb Vm Vt Vo € Vd Valor Preço 2011-09-29 36
  • 37. Valor médio: mercados normais e retraídos 150 000 30 000 20 000 5 000 5 000 06 07 08 09 06 07 08 09 5% Média nacional 2% Madrid Murcia CincoDias 27-01-2010 2011-09-29 37
  • 38. Sustentabilidade da Reabilitação: Criação de Valor FIM Anibal de Freitas Lopes (eng, Perito Avaliador) Debate: afl@idsa.pt 2011-09-29 38
  • 39. Valor: mercados normais e exuberantes Fonte: Stadim, INE, Insee, Banco de Espanha, Halifax, The Economic and Social Research Institute (Irlanda) 2011-09-29 39
  • 40. Nota curricular Anibal de Freitas Lopes (eng) • Engenheiro civil e militar (FCL, IST, Acad. Militar). Ex-docente de Estratégia e Guerra Ideológica, na Academia Militar. Co-autor do Código de Deontologia da APAE - Associação Portuguesa dos Avaliadores de Engenharia e formador de Deontologia para peritos Judiciais no Centro de Estudos Judiciários. Tem intervindo nos media, como autor de artigos, debates na rádio e TV e director de revistas especializadas. • Director técnico e CEO de empresas de construção/promoção, de empresa, em parceria com o Montepio Geral, dedicada à Consultoria Financeira para as relações entre Fornecedores de produtos para a Construção e os Construtores. Fundador e Presidente da Direcção da AICE - Associação dos Industriais de Construção de Edifícios. Ex-Presidente e actual presidente honorário da UEPC - European Union of Developers and House Builders (Bruxelas) e membro dos seus comités de Ambiente, Legislação, Política e Estratégia e Sustentabilidade. Integrou a equipa redactora da sua Carta de Sustentabilidade da Construção. • Presidente da APAE – Associação Portuguesa dos Avaliadores de Engenharia, que, em parceria com a Agência para a Energia, está a investigar um modelo de avaliação da repercussão da eficiência energética e da qualidade do ar interior dos edifícios, no seu valor de mercado. Membro fundador do IDSA - Instituto de Desenvolvimento Sustentável Aplicado. Membro do CEN CT350 – Sustainability of Construction Works, assente na tripla vertente social, económica e ambiental. 2011-09-29 40
  • 41. Insustentabilidade - Sichuan (4) • milhares de pessoas mortas, milhares feridas • cerca de 10 000 pessoas foram abrigadas no estádio de uma cidade próxima • mais de 1 000 alunos e professores de uma escola morreram na cidade de Dujiangyang • pelo menos seis escolas desmoronaram-se na cidade de Deyang • em Hanwang (70 000 hab) a maior parte dos principais edifícios (incluindo escolas e três hospitais) desmoronaram-se • na cidade de Beichuan, desmoronaram-se 80% dos edifícios da parte velha e 60% da cidade nova • em Schifang, 2 fábricas químicas desmoronaram-se, libertando uma intensa nuvem tóxica 2011-09-29 41
  • 42. UE (1) EPBD – revisão EPBD = Energy Performance of Buildings Directive • reforçar o papel e a qualidade das inspecções • estimular entrada no mercado de edifícios zero/baixo Carbono e Energia. • incentivar o sector público a dar o (bom) exemplo • penalizar por não cumprimento • metas: • transposição: 31/12/2010 – implementação: 31/12/2010 e 31/01/2012 50% do orçamento de I&D do 7º Programa PT = 5º lugar (Maio09) Quadro da CE é para energias renováveis na Certificação Energética Para a estratégia da UE, a segurança energética é vital 2011-09-29 42
  • 43. UE (2) – Política 20-20-20 1. Em Dez08, UE adoptou a Directiva das Renováveis 2. Metas da Política da UE para 2020: a) 20% aumento na eficiência energética b) 20% redução de emissões de GEE c) 20% do total de consumo de energia será de origem renovável 3. UE quer manter liderança global em áreas cruciais para a sua segurança energética. 2011-09-29 43
  • 44. UE (3) – Estratégia, Directivas, etc. 1. Directiva Serviços entra em vigor Dez09. Supressão de obstáculos ao estabelecimento de prestatários de serviços e à livre circulação do serviços (segurança, ambiente). 2. Revisão m 2008 da Directiva-quadro sobre resíduos. 3. Revisão do IVA em Maio09, IVA reduzido sobre trabalhos de reabilitação de habitações. (? Crise) 4. Plano de relançamento europeu (4 mil milhões de €, em particular para apoiar as redes de energia). 5. Construção sustentável: considerada pela UE como um dos seis sectores promotores de crescimento e de emprego. 6. ESCOs; 7. Continuação da revisão da directiva dos produtos da construção. 8. Reforço da regulamentação da eficiência energética dos edifícios. 9. NORMA da Sustentabilidade dos Trabalhos de Construção 10. TROIKA UE, BCE, FMI (Irlanda, Grécia, PT) (ES, IT, BE = ?) 2011-09-29 44
  • 45. Dinamização das ESCOs Sustentabilidade da Reabilitação Incentivos à Contrato Crédito criação de ESCOs Eficiência Eficiência Concursos p/ efic. - Estado Estado PPEC Parti- ADENE culares Efic Energ 2015 PPEC – Plano para a Promoção da Eficiência no Consumo de Electricidade ESCO – Energy Service COmpanies (Empresas de Serviços de Energia 2011-09-29 45
  • 46. Programas PT Eficiência 2015 Sustentabilidade da Reabilitação ADENE Efic Energ 2015 2011-09-29 46
  • 47. Impacto no Valor: energia e ciclo de vida (tipo) UE CEN TC-350 Sustainability of Construction Works Mais de 4/5 da energia é consumida na fase de utilização do edifício. A energia de utilização varia com o sector, a região, o clima, a qualidade da construção e dos equipamentos e da própria utilização. A proporção de energia incorporada nos materiais, equipamentos e na construção aumenta com: 1) aumento da EfEn; 2) diminuição da duração económica do edifício WBCSD Making a difference 2011-09-29 47
  • 48. Impacto no Valor: eficiência nominal e real • O comportamento dos ocupantes do edifício pode ter tanto impacto no consumo de energia como a eficiência do equipamento. • O comportamento é influenciado por factores económicos, sociais e psicológicos que influenciam a compra dos equipamentos e o uso da energia. • O uso da energia é determinado pelo grau de informação e custos da energia e pelos factores sociais, educacionais e culturais. • O efeito ricochete limita os potenciais ganhos de energia mediante novos consumos justificados pela energia poupada. WBCSD Making a difference 2011-09-29 48
  • 49. Glossário mínimo AC Antes da Crise K/P Kilómetros/ano por pessoa (CO2 dos transportes e BRIC Brasil, Rússia, Índia e China desordenamento território) CEN Comité Européen de Lic=f(M1,…M13) Licenças e regulamentos Normalisation podem implicar mais de 10 Ministérios Copenhagen Convenção UN pós Quioto Migr Migrações transfronteiriças DC Durante e depois da Crise Mud Mudanças, novos paradigmas Desloc Deslocalizações (empresas) OH Obrigações Hipotecárias DS=opt(S,A,E) Desenvolvim. Sustentável = QdV >0 Aumento da Qualidade de Vida optimização das 3 geral (nível do globo, país, dimensões: Social, Ambiental região, etc., intra e e Económ. intergeracional) ED Economias Desenvolvidas EPBD Energy Performance of Submerg Economias submergentes, em Buildings Directive declínio, divergentes GEE Gases com Efeito de Estufa Lot, Edif, Infr Loteam., Edifícios, Infra-estrut. HC Hipercluster da Construção CC, OP, PP Constr Civil, OP, Parcerias PP IPG Genuine Progress Indicator U,V,L,W, Z Símbolos de tipos de Crises J/P Jobless per capita (desempr.) UEPC Union Européenne de R/F Resid. primár. por Família Promoteurs Constructeurs 2011-09-29 49