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o valor das coisas




     anotações sobre economia
      (claudio manoel duarte)
#conceitos


•   do grego, oikonomía (oikos - casa, moradia; e nomos -
    administração, organização, distribuição). do latim, oeconomìa
    (disposição, ordem, arranjo).

•   estudo do processo de produção, distribuição, circulação e
    consumo dos bens e serviços (riqueza) (Adam Smith, David
    Ricardo e John Stuart Mill).
•   a ciência das trocas ou das escolhas - a economia lidaria
    com o comportamento humano enquanto condicionado
    pela escassez dos recursos: a economia trata da relação
    entre fins e meios (escassos) disponíveis para atingi-los.
    (Lionel Robbins)

•   a economia seria a ciência da ação humana proposital para
    a obtenção de certos fins em um mundo condicionado pela
    escassez. (Mises)
#do nomadismo ao
        cultivo fixo
•   o ser humano nômade  coletava (insumos) em diferentes
    lugares para sobreviver

•   estabelecimento em locais fixos: cultivo do solo, as
    colheitas, criação de animais, atividades artesanais…

•   o ser humano começa acumular (produz mais do que
    precisa) - surgindo as primeiras formas de organização
    economica (produção/circulação dará em consumo, a partir
    da troca)
•   A mercadoria surge quando um produto é destinado ao
    consumo, não mais do produtor.

•   O produtor produz mais do que sua necessidade. A
    mercadoria é a necessidade do outro – e isso gera o
    comércio (a troca de valores)
#o que forma a
            economia
•   Necessidades Humanas. Bens e Serviços. Recursos
    Produtivos ou Fatores de Produção. Agentes Econômicos.
    Mercado. Preços. Renda e Riqueza.

•   A Nova Economia foca em sustentabilidade e em tecnologia
    – não mais usar os recursos atuais da melhor forma, mas
    buscar saídas, via tecnologias, para a manutenção desses
    recursos de forma auto sustentável – o consumo pagando
    o investimento
#indicadores
       econômicos
•   medidas de desempenho do desenvolvimento de uma 
    ecomia: crescimento  da  produção;  (des)valorização 
    da  moeda  e  aumento/declínio  de  preços;  taxas de 
    conversão  de moedas;  taxas de remuneração. 

•   PIB (produto interno bruto)  - PIB  de  uma 
    economia  é igual ao  valor  dos  bens  e  serviços 
    produzidos  num  país  (num período  de  tempo
    específico).
•   Há elementos de natureza formativa e cultural (subjetivos)
    que, associados ao desenvolvimento econômico, denota o
    progresso de uma região.

•   Educação e distribuição de bens/riquezas (acesso aos
    produtos) - elementos chaves hoje para indicar o
    progresso.
#mão de obra
            qualificada


•   progressão intelectual=qualidade processual=produção
    mais competitiva
#organização
              econômica

•   Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista)

•   Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista)
•   Na Economia de Mercado (onde o próprio Mercado tem
    força de reação e organização), há sistemas de
    concorrências: 1- Sistema de concorrência pura (sem
    interferências do governo); e 2 - Sistema de concorrência
    mista (com interferência governamental, acordos)
#a demanda compra


•   O preço é uma lei do Mercado - ao comprador é
    reservado apenas o direito de comprar ou não; comprar
    muito ou pouco – ser a demanda
#campos da economia

•   Microeconomia (agronomias familiares, microempresas),
    Macroeconomia (sistema financeito, economia
    açucareira…), Economia Industrial (automobilística,
    eletrodomesticos…), Economia do Setor Público (saude,
    educação, habitação, cultura…), Economia Empresarial
    (todas as áreas, baseadas em empresas)
#outras aplicações


•   Economia do Meio Ambiente, Economia da Cultura,
    Economia da Educação, …
#o bem


•   um bem, material ou não, tem demanda porque tem
    utilidade e a utilidade é a capacidade desse bem em
    satisfazer uma necessidade
#bens podem ser

•   livres - existem em quantidade ilimitada e sua utilização
    depende de pouco esforço (ou nenhum) e não tem ordem
    econômica (o ar, o mar, a luz solar…). Preço zero

•   econômicos - são os bens fruto do esforço humano para
    sua apropriação ou produção. Preço maior que zero
#bens econômicos têm
     2 naturezas

•   Bens Materiais – tangíveis, com peso, altura, cor, volume,
    qualidade técnica.

•   Bens Imateriais (incluindo serviços) são intangíveis, não
    materiais
#destinos dos bens


•   O Bem material tem ainda dois destinos: bens de consumo
    (alimentos, roupas, móveis, cigarro) e bens de capital (bens
    que viabilizam outros produtos: computadores, máquinas)
#os bens são
produzidos pelas forças
  produtivas (marx)

•   os fatores de produção são: recursos naturais; mão de
    obra, equipamentos/máquinas

•   há, hoje, outras forças - mais subjetivas - que são também
    bases da produção: know-how/conhecimento, capital social,
    capital cultural
#entre a renda e a
           riqueza

•   Um proprietário de um fator de produção recebe
    remuneração por sua utilização no processo produtivo

•   O valor integral dos bens que constituem o patrimônio é a
    riqueza
 #se as necessidades do
ser humano são
ilimitadas, há escassez de
bens e serviços

•   o consumidor só consumirá até o limite de sua renda ou
    até o limite da oferta
#o mercado é a tríade
 produção/circulação/
      consumo
•   O comércio está entre a circulação e o consumo, quando
    está

•   Nem todo produto é consumido via comércio (troca de
    valores), mas todo produto circula em mercado para ser
    consumido
#a palavra valor

•   é a utilidade do objeto – água

•   é o poder de compra – pedra preciosa

•   nem todo objeto de grande utilidade tem valor de compra;
    nem todo objeto com valor altissimo de compra tem
    utilidade fundamental
#quando possui
             utilidade

•   “as mercadorias recebem seu valor de troca de duas
    fontes: a escassez (para o caso da não reprodução livre,
    quadros e vinhos raros, p.ex.) e da quantidade de trabalho
    necessária para a sua reprodução” David Ricardo (1823)
#sobre a escassez


•   aquilo que tem demanda e a demanda pode implicar em sua
    ausência (falta). Quanto mais demandado o produto
    material, mais escasso, portanto mais “útil”, mais caro.
#há escassez no
            imaterial?

•   Os bens simbólicos não são regulados pela escassez, no
    mercado; os bens materiais, sim.

•   As empresas controlam a escassez (material) e seu lucro.
•   A cópia do bem material custa caro – a cada cópia, gasta-se
    os mesmos insumos (investimento)

•   Mas a cópia do bem material gera lucros porque sua
    circulação é controlada.
•   A indústria pode gerar escassez (falsa): do telefone celular
    ao último modelo de smartphone

•   A publicidade (convencimento, sedução) é a arma da falsa
    escassez
•   A cópia do bem imaterial tem custo (quase) zero,
    digitalmente, e o lucro de 100% não chega às empresas
    (quando elas perdem o controle da circulação)

•   Os bens imateriais, com custo zero na reprodução digital,
    interessam às empresas que perderam o controle da
    circulação desses produtos em rede digitais.

•   As empresas criminalizam os “livres circuladores”, mas não
    deixam de fabricar as máquinas que replicam, que copiam
    (gravadores de DVD etc).
#a cópia do imaterial
          em bits

•   O imaterial copiado não gera mais-valia (lucro acumulado,
    além dos investimentos) quando a circulação é
    descontrolada, quando a demanda não está sob controle
    dos produtores
#delimitando o valor


•   preço X quantidade

•   preço X quantidade = oferta

•   preço X quantidade = oferta X demanda
#a reprodução seriada

•   As indústrias respondem às demandas com mais ofertas. Eis
    a produção em série que a revolução industrial
    proporcionou.

•   A cópia material – reprodutibilidade industrial – responde à
    demanda

•   Os produtores mantem o controle das ofertas
#tipos de mercadorias
•   as elásicas aos preços – a indústria determina produzir mais
    ou não (sapatos, roupas, informática). Quantidade pode ser
    alterada, se há demanda.

•   as inelásticas aos preços – a indústria tem menos poder de
    decisão, - os fatores ambientais determinam a produção
    (agricultura, pesca…). Quantidade não pode ser facilmente
    alterada/aumentada, mesmo havendo demanda.

•   Uma tempestade fora de época pode gerar escassez dos
    produtos (inelásticos), elevando seu preço, pois a demanda
    continuaria a mesma para pouca oferta!
#os preços

•   os produtos elásticos tem preços calculados pelo 1 - custo
    de produção e 2 – margem de lucro: custo mais 5 a 10%,
    pelo menos.

•   esse acréscimo chamamos de mark-up, que gerará a mais-
    valia das empresas. O comprador tem pouco poder de
    decidir, como demanda, principalmente em cenários de
    monopólio
•   Os preços dos inelásticos (agricultura) é determinado pela
    oferta (mais produtos à época ou não) - o consumidor tem
    mais poder de escolha.

•   Os preços políticos são determinados pela pressão entre
    mercados estatais (governos), que definem regras/acordos
    internacionais ou regionais, entre compradores e
    vendedores. O petróleo, por exemplo.

•   Os preços de produtos padronizados dependem da
    qualidade da material-prima, olhado sob a ótica das
    especificações técnicas (o aço, o vidro, o mármore, por
    exemplo).
•   Os preços de produtos não padronizados incorpora
    elementos subjetivos agregados pelo marketing. A calça
    jeans comum tem preço mais baixo do que uma outra de
    grife. A função é a mesma, mas a agregação dá um novo
    valor
o tênis conga vale
menos que o puma ?
#lei do mercado

•   as formas de organização empresarial determinam normas,
    através dos monopólios (ausência de competição),
    oligopólios (2, 3 competidores) e concorrências (vários)

•   quanto mais concentração, menos disputa pela demanda;
    menos ofertas
#outras leis

•   monopsônico é quando há um único comprador no
    Mercado - uma única fábrica de charutos que compra o
    tabaco de vários pequenos produtores.

•   no mercado oligopsônico há muitos vendedores e poucos
    compradores. Vários pequenos vendedores de materias-
    primas brigam pelos poucos compradores.

•   Nesses casos, os compradores determinam os preços.
#valor e
 preço

  •   Valor é o preço relativo. O preço é a expressão do valor.

  •   A teoria do valor diz que um carro X de luxo custa Xs
      números de carros populares.

  •   Se o preço do carro X de luxo estiver alto, é porque ele
      não tem esse valor.

  •   A moeda é a unidade de medida dos preços.

  •   Esse carro vale tantos reais; vale tantas libras; vale tantos
      pesos argentinos
#a teoria do valor

•   a teoria do valor-trabalho se aplica às mercadorias elásticas
    – essas que podem ter sua quantidade de produção
    alterada, as industriais – e significa calcular o valor das
    coisas pelo tempo de trabalho para produzi-las.

•   Custo de produção + mark-up.
•   a teoria valor-utilidade elege o comprador como o aquele
    que vai definir o valor das coisas.

•   Ele compra se achar útil. E pagará o preço se achar justo
    para sua utilidade.

•   Um alicate tem sua utilidade e vale tal preço e o
    comprador – necessitando - compraria. Mas não compraria
    um segundo alicate igual, pois ele não teria mais função,
    portanto sua utilidade não existe para esse mesmo
    comprador.
#mudanças crescentes
que afetam a cadeia da
produção

•   desindustrialização da economia – busca-se ninchos e não
    grandes mercados; produz-se conteúdos líquidos e não só
    os sólidos
•   perda da importância de serviços e produtos padronizados
    – busca-se o diferente para nichos.

•   A diferença é quase, em si, o produto (surge o valor
    agregado como o foco dos bens)
•   novos fluxos financeiros e de rede – busca-se as formas de
    transferências mais rápidas, confiáveis e fáceis: novas
    moedas, consumer-to-consumer (Mercado livre, Mercado
    Pago, E-bay, Compras Coletivas)
•   o glocal, como expressão do local globalizado por seus
    interesses universais – busca-se tecnologias de
    acessibilidade global aos produtos locais
#criatividade


•   (com inovação, tecnologia e diferença) é hoje o demarcador
    dos novos campos da economia de serviços, produtos
    líquidos e de bens materiais
•   "O homem é um animal que consegue fabricar ferramentas,
    falar e criar símbolos. Só ele ri; só ele sabe que um dia morrerá;
    só ele tem aversão a copular com a sua mãe ou a sua irmã.; só
    ele consegue imaginar outros mundos em que habitar,
    chamados religiões por Santayana, ou fabricar peças de barro
    mentais a que Cyril Connolly chamou arte. Considera-se que o
    homem possui, não só inteligência, como também consciência;
    não só tem necessidades, como também valores, não só receios,
    como também consciência moral; não só passado, como
    também história. Só ele — concluindo à maneira de grande
    sumário — possui cultura." Geertz, Clifford em A Transição
    para a Humanidade.
ler +?
•   Conceitos basicos da ciencia economica . http://
    www.fontedosaber.com/administracao/conceitos-basicos-
    da-ciencia-economica.html

•   Lolila, Paul. Cultura e economia : problemas, hipóteses ;
    tradução Celso M. Pacionik. — São Paulo : Iluminuras : Itaú
    Cultural, 2007.

•   Singer, Paul. Aprender Economia. SP: Ed. Brasiliense, 1983

•   Sociologia Marxista. http://www.airtonjo.com/
    socio_antropologico05.htm
• claudiomanoelufrb@gmail.com

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O valor das coisas: anotações sobre economia

  • 1. o valor das coisas anotações sobre economia (claudio manoel duarte)
  • 2. #conceitos • do grego, oikonomía (oikos - casa, moradia; e nomos - administração, organização, distribuição). do latim, oeconomìa (disposição, ordem, arranjo). • estudo do processo de produção, distribuição, circulação e consumo dos bens e serviços (riqueza) (Adam Smith, David Ricardo e John Stuart Mill).
  • 3. a ciência das trocas ou das escolhas - a economia lidaria com o comportamento humano enquanto condicionado pela escassez dos recursos: a economia trata da relação entre fins e meios (escassos) disponíveis para atingi-los. (Lionel Robbins) • a economia seria a ciência da ação humana proposital para a obtenção de certos fins em um mundo condicionado pela escassez. (Mises)
  • 4. #do nomadismo ao cultivo fixo • o ser humano nômade  coletava (insumos) em diferentes lugares para sobreviver • estabelecimento em locais fixos: cultivo do solo, as colheitas, criação de animais, atividades artesanais… • o ser humano começa acumular (produz mais do que precisa) - surgindo as primeiras formas de organização economica (produção/circulação dará em consumo, a partir da troca)
  • 5. A mercadoria surge quando um produto é destinado ao consumo, não mais do produtor. • O produtor produz mais do que sua necessidade. A mercadoria é a necessidade do outro – e isso gera o comércio (a troca de valores)
  • 6. #o que forma a economia • Necessidades Humanas. Bens e Serviços. Recursos Produtivos ou Fatores de Produção. Agentes Econômicos. Mercado. Preços. Renda e Riqueza. • A Nova Economia foca em sustentabilidade e em tecnologia – não mais usar os recursos atuais da melhor forma, mas buscar saídas, via tecnologias, para a manutenção desses recursos de forma auto sustentável – o consumo pagando o investimento
  • 7. #indicadores econômicos • medidas de desempenho do desenvolvimento de uma  ecomia: crescimento  da  produção;  (des)valorização  da  moeda  e  aumento/declínio  de  preços;  taxas de  conversão  de moedas;  taxas de remuneração.  • PIB (produto interno bruto)  - PIB  de  uma  economia  é igual ao  valor  dos  bens  e  serviços  produzidos  num  país  (num período  de  tempo específico).
  • 8. Há elementos de natureza formativa e cultural (subjetivos) que, associados ao desenvolvimento econômico, denota o progresso de uma região. • Educação e distribuição de bens/riquezas (acesso aos produtos) - elementos chaves hoje para indicar o progresso.
  • 9. #mão de obra qualificada • progressão intelectual=qualidade processual=produção mais competitiva
  • 10. #organização econômica • Economia de Mercado (ou descentralizada, tipo capitalista) • Economia Planificada (ou centralizada, tipo socialista)
  • 11. Na Economia de Mercado (onde o próprio Mercado tem força de reação e organização), há sistemas de concorrências: 1- Sistema de concorrência pura (sem interferências do governo); e 2 - Sistema de concorrência mista (com interferência governamental, acordos)
  • 12. #a demanda compra • O preço é uma lei do Mercado - ao comprador é reservado apenas o direito de comprar ou não; comprar muito ou pouco – ser a demanda
  • 13. #campos da economia • Microeconomia (agronomias familiares, microempresas), Macroeconomia (sistema financeito, economia açucareira…), Economia Industrial (automobilística, eletrodomesticos…), Economia do Setor Público (saude, educação, habitação, cultura…), Economia Empresarial (todas as áreas, baseadas em empresas)
  • 14. #outras aplicações • Economia do Meio Ambiente, Economia da Cultura, Economia da Educação, …
  • 15. #o bem • um bem, material ou não, tem demanda porque tem utilidade e a utilidade é a capacidade desse bem em satisfazer uma necessidade
  • 16. #bens podem ser • livres - existem em quantidade ilimitada e sua utilização depende de pouco esforço (ou nenhum) e não tem ordem econômica (o ar, o mar, a luz solar…). Preço zero • econômicos - são os bens fruto do esforço humano para sua apropriação ou produção. Preço maior que zero
  • 17. #bens econômicos têm 2 naturezas • Bens Materiais – tangíveis, com peso, altura, cor, volume, qualidade técnica. • Bens Imateriais (incluindo serviços) são intangíveis, não materiais
  • 18. #destinos dos bens • O Bem material tem ainda dois destinos: bens de consumo (alimentos, roupas, móveis, cigarro) e bens de capital (bens que viabilizam outros produtos: computadores, máquinas)
  • 19. #os bens são produzidos pelas forças produtivas (marx) • os fatores de produção são: recursos naturais; mão de obra, equipamentos/máquinas • há, hoje, outras forças - mais subjetivas - que são também bases da produção: know-how/conhecimento, capital social, capital cultural
  • 20. #entre a renda e a riqueza • Um proprietário de um fator de produção recebe remuneração por sua utilização no processo produtivo • O valor integral dos bens que constituem o patrimônio é a riqueza
  • 21.  #se as necessidades do ser humano são ilimitadas, há escassez de bens e serviços • o consumidor só consumirá até o limite de sua renda ou até o limite da oferta
  • 22. #o mercado é a tríade produção/circulação/ consumo • O comércio está entre a circulação e o consumo, quando está • Nem todo produto é consumido via comércio (troca de valores), mas todo produto circula em mercado para ser consumido
  • 23. #a palavra valor • é a utilidade do objeto – água • é o poder de compra – pedra preciosa • nem todo objeto de grande utilidade tem valor de compra; nem todo objeto com valor altissimo de compra tem utilidade fundamental
  • 24. #quando possui utilidade • “as mercadorias recebem seu valor de troca de duas fontes: a escassez (para o caso da não reprodução livre, quadros e vinhos raros, p.ex.) e da quantidade de trabalho necessária para a sua reprodução” David Ricardo (1823)
  • 25. #sobre a escassez • aquilo que tem demanda e a demanda pode implicar em sua ausência (falta). Quanto mais demandado o produto material, mais escasso, portanto mais “útil”, mais caro.
  • 26. #há escassez no imaterial? • Os bens simbólicos não são regulados pela escassez, no mercado; os bens materiais, sim. • As empresas controlam a escassez (material) e seu lucro.
  • 27. A cópia do bem material custa caro – a cada cópia, gasta-se os mesmos insumos (investimento) • Mas a cópia do bem material gera lucros porque sua circulação é controlada.
  • 28. A indústria pode gerar escassez (falsa): do telefone celular ao último modelo de smartphone • A publicidade (convencimento, sedução) é a arma da falsa escassez
  • 29. A cópia do bem imaterial tem custo (quase) zero, digitalmente, e o lucro de 100% não chega às empresas (quando elas perdem o controle da circulação) • Os bens imateriais, com custo zero na reprodução digital, interessam às empresas que perderam o controle da circulação desses produtos em rede digitais. • As empresas criminalizam os “livres circuladores”, mas não deixam de fabricar as máquinas que replicam, que copiam (gravadores de DVD etc).
  • 30. #a cópia do imaterial em bits • O imaterial copiado não gera mais-valia (lucro acumulado, além dos investimentos) quando a circulação é descontrolada, quando a demanda não está sob controle dos produtores
  • 31. #delimitando o valor • preço X quantidade • preço X quantidade = oferta • preço X quantidade = oferta X demanda
  • 32. #a reprodução seriada • As indústrias respondem às demandas com mais ofertas. Eis a produção em série que a revolução industrial proporcionou. • A cópia material – reprodutibilidade industrial – responde à demanda • Os produtores mantem o controle das ofertas
  • 33. #tipos de mercadorias • as elásicas aos preços – a indústria determina produzir mais ou não (sapatos, roupas, informática). Quantidade pode ser alterada, se há demanda. • as inelásticas aos preços – a indústria tem menos poder de decisão, - os fatores ambientais determinam a produção (agricultura, pesca…). Quantidade não pode ser facilmente alterada/aumentada, mesmo havendo demanda. • Uma tempestade fora de época pode gerar escassez dos produtos (inelásticos), elevando seu preço, pois a demanda continuaria a mesma para pouca oferta!
  • 34. #os preços • os produtos elásticos tem preços calculados pelo 1 - custo de produção e 2 – margem de lucro: custo mais 5 a 10%, pelo menos. • esse acréscimo chamamos de mark-up, que gerará a mais- valia das empresas. O comprador tem pouco poder de decidir, como demanda, principalmente em cenários de monopólio
  • 35. Os preços dos inelásticos (agricultura) é determinado pela oferta (mais produtos à época ou não) - o consumidor tem mais poder de escolha. • Os preços políticos são determinados pela pressão entre mercados estatais (governos), que definem regras/acordos internacionais ou regionais, entre compradores e vendedores. O petróleo, por exemplo. • Os preços de produtos padronizados dependem da qualidade da material-prima, olhado sob a ótica das especificações técnicas (o aço, o vidro, o mármore, por exemplo).
  • 36. Os preços de produtos não padronizados incorpora elementos subjetivos agregados pelo marketing. A calça jeans comum tem preço mais baixo do que uma outra de grife. A função é a mesma, mas a agregação dá um novo valor
  • 37. o tênis conga vale menos que o puma ?
  • 38. #lei do mercado • as formas de organização empresarial determinam normas, através dos monopólios (ausência de competição), oligopólios (2, 3 competidores) e concorrências (vários) • quanto mais concentração, menos disputa pela demanda; menos ofertas
  • 39. #outras leis • monopsônico é quando há um único comprador no Mercado - uma única fábrica de charutos que compra o tabaco de vários pequenos produtores. • no mercado oligopsônico há muitos vendedores e poucos compradores. Vários pequenos vendedores de materias- primas brigam pelos poucos compradores. • Nesses casos, os compradores determinam os preços.
  • 40. #valor e preço • Valor é o preço relativo. O preço é a expressão do valor. • A teoria do valor diz que um carro X de luxo custa Xs números de carros populares. • Se o preço do carro X de luxo estiver alto, é porque ele não tem esse valor. • A moeda é a unidade de medida dos preços. • Esse carro vale tantos reais; vale tantas libras; vale tantos pesos argentinos
  • 41. #a teoria do valor • a teoria do valor-trabalho se aplica às mercadorias elásticas – essas que podem ter sua quantidade de produção alterada, as industriais – e significa calcular o valor das coisas pelo tempo de trabalho para produzi-las. • Custo de produção + mark-up.
  • 42. a teoria valor-utilidade elege o comprador como o aquele que vai definir o valor das coisas. • Ele compra se achar útil. E pagará o preço se achar justo para sua utilidade. • Um alicate tem sua utilidade e vale tal preço e o comprador – necessitando - compraria. Mas não compraria um segundo alicate igual, pois ele não teria mais função, portanto sua utilidade não existe para esse mesmo comprador.
  • 43. #mudanças crescentes que afetam a cadeia da produção • desindustrialização da economia – busca-se ninchos e não grandes mercados; produz-se conteúdos líquidos e não só os sólidos
  • 44. perda da importância de serviços e produtos padronizados – busca-se o diferente para nichos. • A diferença é quase, em si, o produto (surge o valor agregado como o foco dos bens)
  • 45. novos fluxos financeiros e de rede – busca-se as formas de transferências mais rápidas, confiáveis e fáceis: novas moedas, consumer-to-consumer (Mercado livre, Mercado Pago, E-bay, Compras Coletivas)
  • 46. o glocal, como expressão do local globalizado por seus interesses universais – busca-se tecnologias de acessibilidade global aos produtos locais
  • 47. #criatividade • (com inovação, tecnologia e diferença) é hoje o demarcador dos novos campos da economia de serviços, produtos líquidos e de bens materiais
  • 48. "O homem é um animal que consegue fabricar ferramentas, falar e criar símbolos. Só ele ri; só ele sabe que um dia morrerá; só ele tem aversão a copular com a sua mãe ou a sua irmã.; só ele consegue imaginar outros mundos em que habitar, chamados religiões por Santayana, ou fabricar peças de barro mentais a que Cyril Connolly chamou arte. Considera-se que o homem possui, não só inteligência, como também consciência; não só tem necessidades, como também valores, não só receios, como também consciência moral; não só passado, como também história. Só ele — concluindo à maneira de grande sumário — possui cultura." Geertz, Clifford em A Transição para a Humanidade.
  • 49. ler +? • Conceitos basicos da ciencia economica . http:// www.fontedosaber.com/administracao/conceitos-basicos- da-ciencia-economica.html • Lolila, Paul. Cultura e economia : problemas, hipóteses ; tradução Celso M. Pacionik. — São Paulo : Iluminuras : Itaú Cultural, 2007. • Singer, Paul. Aprender Economia. SP: Ed. Brasiliense, 1983 • Sociologia Marxista. http://www.airtonjo.com/ socio_antropologico05.htm