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CURSO BACHAREL EM DIREITO
DISC.:METODOLOGIA DO ESTUDO
JURÍDICO
PROF. ME. CLAUDINEI FRUTUOSO
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA
– IESUR
FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES -
FAAr
Objetivo da aula
 Classificar a ciência e sua divisão;
METODOLOGIA CIENTÍFICA
 Universidade = Academia de Ciência
 O que isso quer dizer?
 Que resposta aos problemas de
aquisição de conhecimento deveriam
ser buscadas através do rigor científico;
 Apresentadas através das normas
acadêmicas vigentes;
METODOLOGIA CIENTÍFICA
 Pois elas visam fornecer aos estudantes
um instrumental indispensável para
que sejam capazes de atingir os
objetivos da Academia;
 E quais são esses objetivos senão:
a) o estudo e a pesquisa em qualquer
área do conhecimento.
Metodologia Científica
 A metodologia é:
a disciplina que "estuda os caminhos
do saber“;
Isso se entendermos que "método" quer
dizer caminho, "logia" quer dizer estudo
e "ciência" quer dizer saber.
O que é conhecer?
Conhecer é incorporar um conceito
novo, ou original, sobre um fato ou
fenômeno qualquer.
Como surge o conhecimento?
 O conhecimento não nasce do vazio;
 Ele é produto das experiências que
acumulamos em nossa vida cotidiana;
 Assim ele surge, através:
a) De experiências;
b) Dos relacionamentos interpessoais;
c) Das leituras de livros e artigos científicos
e de outros meios diversos;
Entre todos os animais, nós, os
seres humanos, somos os únicos
capazes de criar e transformar o
conhecimento;
Então o que nos difere dos demais
animais?
Conhecimento
TIPOS DE CONHECIMENTO
 Evolução humana
 Gerou diversos tipos de conhecimentos
 Na explicação dos fenômenos do dia-a-
dia.
Os Quatro Tipos de Conhecimento
1) O conhecimento científico diferencia-se do
popular muito mais pelo contexto metodológico
do que propriamente pelo conteúdo.
2) Lakatos ao citar Trujillo diz que esse
sistematiza o conhecimento em quatro tipos:
a)Popular;
b)Filosófico;
c)Religioso; e
d)Científico
Conhecimento Popular
Características do Conhecimento
Popular
 Segundo Lakatos & Marconi (2007) para
Ander-Egg (1978:13-4), o conhecimento
popular se caracteriza por ser:
a) Superficial;
b) Sensitivo;
c) Subjetivo;
d) Assistemático;
e) Acrítico;
Conhecimento Popular
1)Como já destacado anteriormente tem
características específicas como:
a) Valorativo;
b) Reflexivo;
c) Assistemático;
d) Verificável; e
e) Falível e inexato
Conhecimento filosófico
Conhecimento Filosófico
1)O conhecimento filosófico tem como
características próprias, emergindo da
experiência e não da experimentação. Neste
sentido, esse conhecimento é:
a) Valorativo, porém;
b) Não verificável;
c) Racional;
d) Sistemático; e
e) Infalível e exato.
Conhecimento Religioso
Conhecimento Religioso
1)O conhecimento religioso, isto é, teológico,
apoia-se em doutrinas que tem proposições:
a) Valorativas;
b) Inspiracional;
c) Infalíveis;
d) Exatas;
e) Sistemático;
f) Não verificáveis.
Conhecimento Científico
1)O conhecimento científico é real porque lida
com fatos e com toda a forma de existência
desse modo esse se constitui num
conhecimento:
a) Contingente;
b) Sistemático;
c) Que possui verificabilidade;
d) Que é falível; e
e) Aproximadamente exato.
CURSO BACHAREL EM DIREITO
DISC.:METODOLOGIA DO ESTUDO
JURÍDICO
PROF. ME. CLAUDINEI FRUTUOSO
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA
– IESUR
FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES -
FAAr
Objetivo da aula
 Conceituar ciências formais e factuais, enfatizando a
Metodologia;
Ciência e
Método Científico
 Do Lat. scientia (conhecimento);
 Forma ou conjunto de procedimentos utilizados
para adquirir conhecimentos baseada em
observações e experimentos passíveis de serem
repetidos e que acabam por originar teorias.
 É caracterizada por ter um objeto de estudo
próprio e um método (preciso e válido) próprio.
O que é ciência?
PESQUISA
MÉTODO
CIÊNCIA
INVESTIGAÇÃO
CAMINHO, VIA,
MEIOS
CONJUNTO DE
CONHECIMENTOS
 Europa - Século XVI;
 Conseguiu articular o método de observação e
experimentação com o uso de instrumentos
técnicos;
 Seu nascimento é tido por muito historiadores
como uma revolução.
Ciência Moderna
Nicolau Copernicus
(1473-1543)
Galileu Galilei
(1564-1642)
Isaac Newton
(1643-1727)
 A primeira classificação sistemática das ciências de que
temos notícia foi a de Aristóteles. O filósofo grego
empregou três critérios:
 critério da ausência ou presença da ação humana nos
seres investigados, levando à distinção entre as ciências
teoréticas e ciências práticas;
 critério da imutabilidade ou permanência e da
mutabilidade ou movimento dos seres investigados;
 critério da modalidade prática, levando à distinção entre
ciências que estudam a práxis e as técnicas.
Classificação das ciências
 Essa classificação foi mantida até o século XVII,
quando, então, os conhecimentos se separaram
em filosóficos, científicos e técnicos
 As classificações mais conhecidas e utilizadas
foram feitas por filósofos franceses e alemães do
século XIX, baseando-se em três critérios: tipo
de objeto estudado, tipo de método
empregado, tipo de resultado obtido.
Classificação das ciências
 A primeira e a mais fundamental diferença que se
apresenta entre as ciências diz respeito às ciências,
formais, estudo das ideias, e às ciências factuais, estudo
dos fatos.
 Por outro lado, a física e a sociologia, sendo ciências
factuais, referem-se a fatos que supostamente ocorrem
no mundo e, em consequência, recorrem à observação e
à experimentação para comprovar (ou refutar) suas
fórmulas (hipóteses).
Ciências Formais e Ciências Factuais
Ciências
Formais
Lógica
Matemática
Factuais
Naturais
Física
Química
Biologia etc.
Humanas
Psicologia
Sociologia
Ciências
Sociais etc.
Aplicadas
Direito
Medicina
Engenharia
etc.
 É responsável pela eficácia da observação;
 Dá credibilidade aos resultados da investigação;
 É um dos critérios que permite distinguir o
conhecimentos verdadeiramente científicos dos
que o não são.
Importância do método
Charles Darwin
(1809-1822)
Albert Einsten
(1879-1925)
 Caracterização - Quantificações, observações e medidas.
 Hipóteses - Explicações hipotéticas das observações e
medidas.
 Previsões - Deduções lógicas das hipóteses.
 Experimentos - Testes dos três elementos acima.
Elementos do método científico
 Lei
Depois de constatado um fenômeno você poderá descrevê-lo
em forma de enunciado, mas uma lei só pode ser formulada
após certa quantidade de observações semelhantes.
 Teoria
Depois que a hipótese é testada por vários experimentos, ela
pode dar origem a uma teoria ou modelo. Ex: Modelo atômico
de Dalton, Teoria de Lavoisier.
Faculdades Associadas
de Ariquemes - FAAR
O Método Hipotético-
Dedutivo
Prof. Me. Claudinei Frutuoso
O Método Hipotético-Dedutivo
1) Considerações Gerais:
 Os aspectos relevantes dos métodos indutivos e
dedutivos são divergentes: o primeiro parte da
observação de alguns fenômenos de determinada
classe para “todos” daquela mesma classe, ao passo
que o segundo parte de generalizações aceitas, do
todo, de leis abrangentes, para casos concretos,
partes da classe que já se encontram na
generalização.
 A teoria do conhecimento, desde Aristóteles,
assentava-se no senso comum.
 Popper a substituiu pela teoria objetiva do
conhecimento essencialmente conjetural. “A ciência
consiste em doxai (opiniões, conjeturas) controladas
peia discussão critica, assim como pela techne
experimentai” (1975b:85). A ciência e hipotética e
provisória, não episteme ou conhecimento
definitivo, como quer o empirismo, o indutivismo.
 Segundo Rudolff Flesch, “o cientista vive num
mundo onde a verdade e inatingível, mas onde
sempre e possível encontrar erros no que foi
penosamente estabelecido ou no obvio” (1951:160).
 É mais fácil demonstrar que um automóvel e ruim do
que demonstrar que é bom. É mais fácil negar,
falsear hipóteses do que confirmá-las, aliás,
impossível, como quer a indução.
Etapas do Método Hipotético-Dedutivo
Expectativas
ou
Conhecimen
to Prévio
Problema
Conjectura
s
Falseamento
Popper defende estes momentos
1) Portanto, Popper defende estes momentos no
processo investigatório:
a) problema, que surge, em geral, de conflitos frente
a expectativas e teorias já existentes;
b) solução proposta consistindo numa conjectura
(nova teoria); dedução de consequências na forma
de proposições passíveis de teste;
c) testes de falseamento: tentativas de refutação,
entre outros meios, pela observação e
experimentação.
Problema
 Toda investigação nasce de algum problema
teórico/prático sentido. Este dirá o que é relevante
ou irrelevante observar, os dados que devem ser
selecionados. Esta seleção exige uma hipótese,
conjectura e/ou suposição de guia ao pesquisador.
Conjecturas
 A conjectura é lançada para explicar ou prever aquilo
que despertou nossa curiosidade intelectual ou
dificuldade teórica e/ou prática. No oceano dos fatos,
só aquele que lança a rede das conjecturas poderá
pescar alguma coisa.
 As duas condições essenciais do enunciado-
conjectura (hipóteses) são a “compatibilidade"’ com
o conhecimento existente e a “falseabilidade”.
Falseamento
 Quanto mais falseável for uma conjectura, mais
cientifica será, e será mais falseável quanto mais
informativa, maior conteúdo empírico tiver.
Exemplo: “amanha chovera” e uma conjectura que
informa muito pouco (quando, como, onde etc. ...) e,
por conseguinte, difícil de falsear, mas também sem
maior importância.
Críticas ao Método Hipotético-Dedutivo
 E claro que todos os autores que emitem este tipo de
critica não postulam o conhecimento científico como
“pronto e acabado” em dado momento, pois isso
contrariaria a característica da ciência, de contínuo
aperfeiçoamento por meio de modificações e
alterações no campo teórico e na área dos métodos e
técnicas de investigação da natureza e da sociedade.
Método Dialético
1) Principais Leis:
 a) ação recíproca, unidade polar ou “tudo se
relaciona”;
 b) mudança dialética, negação da negação ou “tudo
se transforma”;
 c) passagem da quantidade a qualidade ou mudança
qualitativa;
 d) interpenetração dos contrários, contradição ou
luta dos contrários.
Método Dialético: contradição
1) Estudando-se a contradição, como princípio do
desenvolvimento, é possível destacar seus
principais caracteres:
a) a contradição é interna - toda realidade e
movimento e não há movimento que não seja
consequência de uma luta de contrários, de sua
contradição interna, isto é, essência do movimento
considerado e não exterior a ele.
Método Dialético: contradição
b) a contradição é inovadora - não basta constatar
o caráter interno da contradição. E necessário, ainda,
frisar que essa contradição é a luta entre o velho e o
novo, entre o que morre e o que nasce, entre o que
perece e o que se desenvolve.
 c) unidade dos contrários - a contradição encerra
dois termos que se opõem: para isso, é preciso que
seja uma unidade, a unidade dos contrários.
Métodos Específicos das Ciências Sociais
1) Métodos de Abordagem:
a) Indutivo;
b) Dedutivo;
c) Hipotético-dedutivo;
d) Dialético;
Métodos Específicos das Ciências Sociais
2) Métodos de Procedimentos:
a) Histórico;
b) Comparativo;
c) Monográfico;
d) Estatístico;
e) Tipológico;
f) Funcionalista;
g) Estruturalista;
Método Histórico
 O método histórico consiste em investigar
acontecimentos, processos e instituições do passado
para verificar a sua influência na sociedade de hoje,
pois as instituições alcançaram sua forma atual
através de alterações de suas partes componentes, ao
longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural
particular de cada época. Seu estudo, para uma
melhor compreensão do papel que atualmente
desempenham na sociedade, deve remontar aos
períodos de sua formação e de suas modificações.
Método Comparativo
 Este método realiza comparações com a finalidade
de verificar similitudes e explicar divergências, O
método comparativo e usado tanto para
comparações de grupos no presente, no passado, ou
entre os existentes e os do passado, quanto entre
sociedades de iguais ou de diferentes estágios de
desenvolvimento.
Método Monográfico
 Em seu inicio, o método consistia no exame de
aspectos particulares, como, por exemplo, o
orçamento familiar, as características de profissões
ou de industrias domiciliares, o custo de vida etc.
Entretanto, o estudo monográfico pode, também, em
vez de se concentrar em um aspecto, abranger o
conjunto das atividades de um grupo social
particular, como no exemplo das cooperativas e do
grupo indígena.
Método Estatístico
 Os processos estatísticos permitem obter, de
conjuntos complexos, representações simples e
constatar se essas verificações simplificadas tem
relações entre si. Assim, o método estatístico
significa redução de fenômenos sociológicos,
políticos, econômicos etc. a termos quantitativos e a
manipulação estatística, que permite comprovar as
relações dos fenômenos entre si, e obter
generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou
significado.
Método Tipológico
 Apresenta certas semelhanças com o método
comparativo. Ao comparar fenômenos sociais
complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos
ideais, construídos a partir da analise de aspectos
essenciais do fenômeno. A característica principal do
tipo ideal e não existir na realidade, mas servir de
modelo para a analise e compreensão de casos
concretos, realmente existentes.
Método Funcionalista
 E, a rigor, mais um método de interpretação do que
de investigação. Levando-se em consideração que a
sociedade e formada por partes componentes,
diferenciadas, inter-relacionadas e interdependentes,
satisfazendo cada uma das funções essenciais da vida
social, e que as partes são mais bem entendidas
compreendendo- se as funções que desempenham no
todo, o método funcionalista estuda a sociedade do
ponto de vista da função de suas unidades, isto e,
como um sistema organizado de atividades.
Método Estruturalista
 O método parte da investigação de um fenômeno
concreto, eleva-se, a seguir, ao nível abstrato, por
intermédio da constituição de um modelo que represente
o objeto de estudo, retornando por fim ao concreto, dessa
vez como uma realidade estruturada e relacionada com a
experiência do sujeito social.
 Considera que uma linguagem abstrata deve ser
indispensável para assegurar a possibilidade de
comparar experiências a primeira vista irredutíveis que,
se assim permanecessem, nada poderiam ensinar; em
outras palavras, não poderiam ser estudadas.
Referência
 POPPER, Karl S. A logica da pesquisa cinetifica. 2. ed.
Sao Paulo: Cultrix, 1975a. Primeira Parte, Capitulos 1 e
2, Segunda Parte, Capitulos 3, 4, 5 e 6.
 --------- . Conhecimento objetivo: uma abordagem
evolucionaria. Sao Paulo: itatiaia/EDUSP, 1975b.
Capitulo 1.
 THALHEIMER, August. Introducao ao materialismo
dialetico. Sao Paulo: Ciencias Humanas, 1979. Capitulo
10.
 TRUJILLO FERRARI, Alfonso. Metodologia da ciencia
2. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974. Capitulo 2. 88

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Aula 01 e 02

  • 1. CURSO BACHAREL EM DIREITO DISC.:METODOLOGIA DO ESTUDO JURÍDICO PROF. ME. CLAUDINEI FRUTUOSO INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA – IESUR FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES - FAAr
  • 2. Objetivo da aula  Classificar a ciência e sua divisão;
  • 3.
  • 4. METODOLOGIA CIENTÍFICA  Universidade = Academia de Ciência  O que isso quer dizer?  Que resposta aos problemas de aquisição de conhecimento deveriam ser buscadas através do rigor científico;  Apresentadas através das normas acadêmicas vigentes;
  • 5. METODOLOGIA CIENTÍFICA  Pois elas visam fornecer aos estudantes um instrumental indispensável para que sejam capazes de atingir os objetivos da Academia;  E quais são esses objetivos senão: a) o estudo e a pesquisa em qualquer área do conhecimento.
  • 6. Metodologia Científica  A metodologia é: a disciplina que "estuda os caminhos do saber“; Isso se entendermos que "método" quer dizer caminho, "logia" quer dizer estudo e "ciência" quer dizer saber.
  • 7. O que é conhecer? Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer.
  • 8. Como surge o conhecimento?  O conhecimento não nasce do vazio;  Ele é produto das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana;  Assim ele surge, através: a) De experiências; b) Dos relacionamentos interpessoais; c) Das leituras de livros e artigos científicos e de outros meios diversos;
  • 9. Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e transformar o conhecimento; Então o que nos difere dos demais animais?
  • 11. TIPOS DE CONHECIMENTO  Evolução humana  Gerou diversos tipos de conhecimentos  Na explicação dos fenômenos do dia-a- dia.
  • 12. Os Quatro Tipos de Conhecimento 1) O conhecimento científico diferencia-se do popular muito mais pelo contexto metodológico do que propriamente pelo conteúdo. 2) Lakatos ao citar Trujillo diz que esse sistematiza o conhecimento em quatro tipos: a)Popular; b)Filosófico; c)Religioso; e d)Científico
  • 14. Características do Conhecimento Popular  Segundo Lakatos & Marconi (2007) para Ander-Egg (1978:13-4), o conhecimento popular se caracteriza por ser: a) Superficial; b) Sensitivo; c) Subjetivo; d) Assistemático; e) Acrítico;
  • 15. Conhecimento Popular 1)Como já destacado anteriormente tem características específicas como: a) Valorativo; b) Reflexivo; c) Assistemático; d) Verificável; e e) Falível e inexato
  • 17. Conhecimento Filosófico 1)O conhecimento filosófico tem como características próprias, emergindo da experiência e não da experimentação. Neste sentido, esse conhecimento é: a) Valorativo, porém; b) Não verificável; c) Racional; d) Sistemático; e e) Infalível e exato.
  • 19. Conhecimento Religioso 1)O conhecimento religioso, isto é, teológico, apoia-se em doutrinas que tem proposições: a) Valorativas; b) Inspiracional; c) Infalíveis; d) Exatas; e) Sistemático; f) Não verificáveis.
  • 20. Conhecimento Científico 1)O conhecimento científico é real porque lida com fatos e com toda a forma de existência desse modo esse se constitui num conhecimento: a) Contingente; b) Sistemático; c) Que possui verificabilidade; d) Que é falível; e e) Aproximadamente exato.
  • 21. CURSO BACHAREL EM DIREITO DISC.:METODOLOGIA DO ESTUDO JURÍDICO PROF. ME. CLAUDINEI FRUTUOSO INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE RONDÔNIA – IESUR FACULDADES ASSOCIADAS DE ARIQUEMES - FAAr
  • 22. Objetivo da aula  Conceituar ciências formais e factuais, enfatizando a Metodologia;
  • 24.  Do Lat. scientia (conhecimento);  Forma ou conjunto de procedimentos utilizados para adquirir conhecimentos baseada em observações e experimentos passíveis de serem repetidos e que acabam por originar teorias.  É caracterizada por ter um objeto de estudo próprio e um método (preciso e válido) próprio. O que é ciência?
  • 26.  Europa - Século XVI;  Conseguiu articular o método de observação e experimentação com o uso de instrumentos técnicos;  Seu nascimento é tido por muito historiadores como uma revolução. Ciência Moderna Nicolau Copernicus (1473-1543) Galileu Galilei (1564-1642) Isaac Newton (1643-1727)
  • 27.  A primeira classificação sistemática das ciências de que temos notícia foi a de Aristóteles. O filósofo grego empregou três critérios:  critério da ausência ou presença da ação humana nos seres investigados, levando à distinção entre as ciências teoréticas e ciências práticas;  critério da imutabilidade ou permanência e da mutabilidade ou movimento dos seres investigados;  critério da modalidade prática, levando à distinção entre ciências que estudam a práxis e as técnicas. Classificação das ciências
  • 28.  Essa classificação foi mantida até o século XVII, quando, então, os conhecimentos se separaram em filosóficos, científicos e técnicos  As classificações mais conhecidas e utilizadas foram feitas por filósofos franceses e alemães do século XIX, baseando-se em três critérios: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado, tipo de resultado obtido. Classificação das ciências
  • 29.  A primeira e a mais fundamental diferença que se apresenta entre as ciências diz respeito às ciências, formais, estudo das ideias, e às ciências factuais, estudo dos fatos.  Por outro lado, a física e a sociologia, sendo ciências factuais, referem-se a fatos que supostamente ocorrem no mundo e, em consequência, recorrem à observação e à experimentação para comprovar (ou refutar) suas fórmulas (hipóteses). Ciências Formais e Ciências Factuais
  • 31.  É responsável pela eficácia da observação;  Dá credibilidade aos resultados da investigação;  É um dos critérios que permite distinguir o conhecimentos verdadeiramente científicos dos que o não são. Importância do método Charles Darwin (1809-1822) Albert Einsten (1879-1925)
  • 32.  Caracterização - Quantificações, observações e medidas.  Hipóteses - Explicações hipotéticas das observações e medidas.  Previsões - Deduções lógicas das hipóteses.  Experimentos - Testes dos três elementos acima. Elementos do método científico
  • 33.
  • 34.  Lei Depois de constatado um fenômeno você poderá descrevê-lo em forma de enunciado, mas uma lei só pode ser formulada após certa quantidade de observações semelhantes.  Teoria Depois que a hipótese é testada por vários experimentos, ela pode dar origem a uma teoria ou modelo. Ex: Modelo atômico de Dalton, Teoria de Lavoisier.
  • 35. Faculdades Associadas de Ariquemes - FAAR O Método Hipotético- Dedutivo Prof. Me. Claudinei Frutuoso
  • 36. O Método Hipotético-Dedutivo 1) Considerações Gerais:  Os aspectos relevantes dos métodos indutivos e dedutivos são divergentes: o primeiro parte da observação de alguns fenômenos de determinada classe para “todos” daquela mesma classe, ao passo que o segundo parte de generalizações aceitas, do todo, de leis abrangentes, para casos concretos, partes da classe que já se encontram na generalização.
  • 37.  A teoria do conhecimento, desde Aristóteles, assentava-se no senso comum.  Popper a substituiu pela teoria objetiva do conhecimento essencialmente conjetural. “A ciência consiste em doxai (opiniões, conjeturas) controladas peia discussão critica, assim como pela techne experimentai” (1975b:85). A ciência e hipotética e provisória, não episteme ou conhecimento definitivo, como quer o empirismo, o indutivismo.
  • 38.  Segundo Rudolff Flesch, “o cientista vive num mundo onde a verdade e inatingível, mas onde sempre e possível encontrar erros no que foi penosamente estabelecido ou no obvio” (1951:160).  É mais fácil demonstrar que um automóvel e ruim do que demonstrar que é bom. É mais fácil negar, falsear hipóteses do que confirmá-las, aliás, impossível, como quer a indução.
  • 39. Etapas do Método Hipotético-Dedutivo Expectativas ou Conhecimen to Prévio Problema Conjectura s Falseamento
  • 40. Popper defende estes momentos 1) Portanto, Popper defende estes momentos no processo investigatório: a) problema, que surge, em geral, de conflitos frente a expectativas e teorias já existentes; b) solução proposta consistindo numa conjectura (nova teoria); dedução de consequências na forma de proposições passíveis de teste; c) testes de falseamento: tentativas de refutação, entre outros meios, pela observação e experimentação.
  • 41. Problema  Toda investigação nasce de algum problema teórico/prático sentido. Este dirá o que é relevante ou irrelevante observar, os dados que devem ser selecionados. Esta seleção exige uma hipótese, conjectura e/ou suposição de guia ao pesquisador.
  • 42. Conjecturas  A conjectura é lançada para explicar ou prever aquilo que despertou nossa curiosidade intelectual ou dificuldade teórica e/ou prática. No oceano dos fatos, só aquele que lança a rede das conjecturas poderá pescar alguma coisa.  As duas condições essenciais do enunciado- conjectura (hipóteses) são a “compatibilidade"’ com o conhecimento existente e a “falseabilidade”.
  • 43. Falseamento  Quanto mais falseável for uma conjectura, mais cientifica será, e será mais falseável quanto mais informativa, maior conteúdo empírico tiver. Exemplo: “amanha chovera” e uma conjectura que informa muito pouco (quando, como, onde etc. ...) e, por conseguinte, difícil de falsear, mas também sem maior importância.
  • 44. Críticas ao Método Hipotético-Dedutivo  E claro que todos os autores que emitem este tipo de critica não postulam o conhecimento científico como “pronto e acabado” em dado momento, pois isso contrariaria a característica da ciência, de contínuo aperfeiçoamento por meio de modificações e alterações no campo teórico e na área dos métodos e técnicas de investigação da natureza e da sociedade.
  • 45. Método Dialético 1) Principais Leis:  a) ação recíproca, unidade polar ou “tudo se relaciona”;  b) mudança dialética, negação da negação ou “tudo se transforma”;  c) passagem da quantidade a qualidade ou mudança qualitativa;  d) interpenetração dos contrários, contradição ou luta dos contrários.
  • 46. Método Dialético: contradição 1) Estudando-se a contradição, como princípio do desenvolvimento, é possível destacar seus principais caracteres: a) a contradição é interna - toda realidade e movimento e não há movimento que não seja consequência de uma luta de contrários, de sua contradição interna, isto é, essência do movimento considerado e não exterior a ele.
  • 47. Método Dialético: contradição b) a contradição é inovadora - não basta constatar o caráter interno da contradição. E necessário, ainda, frisar que essa contradição é a luta entre o velho e o novo, entre o que morre e o que nasce, entre o que perece e o que se desenvolve.  c) unidade dos contrários - a contradição encerra dois termos que se opõem: para isso, é preciso que seja uma unidade, a unidade dos contrários.
  • 48. Métodos Específicos das Ciências Sociais 1) Métodos de Abordagem: a) Indutivo; b) Dedutivo; c) Hipotético-dedutivo; d) Dialético;
  • 49. Métodos Específicos das Ciências Sociais 2) Métodos de Procedimentos: a) Histórico; b) Comparativo; c) Monográfico; d) Estatístico; e) Tipológico; f) Funcionalista; g) Estruturalista;
  • 50. Método Histórico  O método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje, pois as instituições alcançaram sua forma atual através de alterações de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada época. Seu estudo, para uma melhor compreensão do papel que atualmente desempenham na sociedade, deve remontar aos períodos de sua formação e de suas modificações.
  • 51. Método Comparativo  Este método realiza comparações com a finalidade de verificar similitudes e explicar divergências, O método comparativo e usado tanto para comparações de grupos no presente, no passado, ou entre os existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento.
  • 52. Método Monográfico  Em seu inicio, o método consistia no exame de aspectos particulares, como, por exemplo, o orçamento familiar, as características de profissões ou de industrias domiciliares, o custo de vida etc. Entretanto, o estudo monográfico pode, também, em vez de se concentrar em um aspecto, abranger o conjunto das atividades de um grupo social particular, como no exemplo das cooperativas e do grupo indígena.
  • 53. Método Estatístico  Os processos estatísticos permitem obter, de conjuntos complexos, representações simples e constatar se essas verificações simplificadas tem relações entre si. Assim, o método estatístico significa redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos etc. a termos quantitativos e a manipulação estatística, que permite comprovar as relações dos fenômenos entre si, e obter generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado.
  • 54. Método Tipológico  Apresenta certas semelhanças com o método comparativo. Ao comparar fenômenos sociais complexos, o pesquisador cria tipos ou modelos ideais, construídos a partir da analise de aspectos essenciais do fenômeno. A característica principal do tipo ideal e não existir na realidade, mas servir de modelo para a analise e compreensão de casos concretos, realmente existentes.
  • 55. Método Funcionalista  E, a rigor, mais um método de interpretação do que de investigação. Levando-se em consideração que a sociedade e formada por partes componentes, diferenciadas, inter-relacionadas e interdependentes, satisfazendo cada uma das funções essenciais da vida social, e que as partes são mais bem entendidas compreendendo- se as funções que desempenham no todo, o método funcionalista estuda a sociedade do ponto de vista da função de suas unidades, isto e, como um sistema organizado de atividades.
  • 56. Método Estruturalista  O método parte da investigação de um fenômeno concreto, eleva-se, a seguir, ao nível abstrato, por intermédio da constituição de um modelo que represente o objeto de estudo, retornando por fim ao concreto, dessa vez como uma realidade estruturada e relacionada com a experiência do sujeito social.  Considera que uma linguagem abstrata deve ser indispensável para assegurar a possibilidade de comparar experiências a primeira vista irredutíveis que, se assim permanecessem, nada poderiam ensinar; em outras palavras, não poderiam ser estudadas.
  • 57. Referência  POPPER, Karl S. A logica da pesquisa cinetifica. 2. ed. Sao Paulo: Cultrix, 1975a. Primeira Parte, Capitulos 1 e 2, Segunda Parte, Capitulos 3, 4, 5 e 6.  --------- . Conhecimento objetivo: uma abordagem evolucionaria. Sao Paulo: itatiaia/EDUSP, 1975b. Capitulo 1.  THALHEIMER, August. Introducao ao materialismo dialetico. Sao Paulo: Ciencias Humanas, 1979. Capitulo 10.  TRUJILLO FERRARI, Alfonso. Metodologia da ciencia 2. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974. Capitulo 2. 88