Paper A ritualização nas repúblicas federais de ouro preto mg - dos hinos à...
Plano de metas UPE-Garanhuns
1. PLANO DE METAS
DA CANDIDATURA
DO PROF. MANOEL PEREIRA
BARROS
À DIREÇÃO DA UPE-FACETEG.
2. Elenco de Propostas:
1. Criação do Hospital Universitário (HU) para o Curso de
Medicina;
2. Criação do Restaurante Universitário;
3. Criação do Prédio de Alojamento para Estudantes,
Professores e Visitantes;
4. Criação da Livraria da Universidade;
5. Reestruturação e reforma de Laboratórios;
6. Incentivo à Pesquisa Docente e Discente;
7. Reestruturação da Pós-graduação;
8. Reestruturação do Site da UPE-Garanhuns;
9. Reestruturação do serviço de ônibus e condução da
Universidade – gratuidade nas viagens pela UPE;
10. Política de descentralização e autonomia dos diferentes
campi;
11. Ampliação e Setorização da Biblioteca;
12. Luta pela criação do curso de graduação em Engenharia
Ambiental;
13. Criação do Museu de História;
14. Construção do prédio próprio da escola de aplicação e
gratuidade da escola de aplicação;
15. Promoção de Minicursos e valorização da extensão;
16. Colocação de data-show e multimídia em todas as salas
da graduação e da pós-graduação;
17. Casa da Vegetação;
18. Construção da Clínica de Psicologia;
19. Criação de cursos de Mestrado Acadêmico;
20. Implantação do Núcleo de Gestão Ambiental (NGA) da
UPE-Garanhuns
2
3. SUMÁRIO:
1. A Situação Atual da UPE-Garanhuns: Suas Carências;
2. Análise das Nossas Propostas;
3. Histórico do Prof. Manoel Pereira Barros: Lutas e
Experiência
4. Compromisso.
3
4. 1. A Situação Atual da UPE-Garanhuns, a FACETEG:
Suas Carências
A antiga FFPG – Faculdade de Formação de
Professores de Garanhuns, acompanhando a conjuntura
nacional de crescimento das instituições de ensino superior do
Brasil, e objetivando as exigências de crescimento
determinadas pelo MEC, pela CAPES e pelo CNPq, bem como
pela SECTMA e pelo governo do estado de Pernambuco, estas
em consonância com as exigências nacionais, cresceu, assim
como toda a UPE, tornando-se posteriormente a FACETEG –
Faculdade de Ciências, Educação e Tecnologia de Garanhuns e
atualmente a UPE-campus Garanhuns. O aumento das
instalações, de prédios e da infra-estrutura são compatíveis
com esta conjuntura. No entanto, a contemporaneidade do
século XXI exige das instituições de ensino superior públicas
ensino de qualidade, pesquisa com qualidade e extensão
integralizadora com a sociedade.
Neste sentido podemos notar que pontos importantes
das necessidades da UPE-Garanhuns não têm se desenvolvido
com a qualidade, a quantidade e urgência com que se
determinam.
Podemos citar o caso das avaliações feitas pelo MEC
acerca da qualidade dos cursos de graduação. Com constância
os cursos de graduação da UPE têm lutado para se manter num
patamar de nível mínimo de qualidade e, em alguns casos, nem
isto tem sido conseguido. Neste sentido é importante o
surgimento de uma política que objetive a melhoria da
qualidade dos cursos de graduação, não mais buscando o
mínimo aceitável de qualidade, mas objetivando efetivamente a
excelência.
Para melhoria da qualidade dos cursos é preciso mais
do que boas intenções e formação de grupos de análise que
pouco ou nada podem decidir na questão. Nem tampouco
4
5. colocar nossos professores para assistir palestras de pessoas
convidadas de fora que no mais das vezes pouco ou nada tem
acrescentado, trazendo muitas vezes, notícias velhas e
novidades caducas. A própria escolha dessas pessoas deve se
pautar em um programa articulado e explícito acerca das
necessidades contextuais de nossa instituição.
A infra-estrutura deve se colocar no sentido de criação
de espaços coletivos, úteis e que dêem respostas às
necessidades da coletividade para que esta possa ter condições
de desenvolver e criar qualidade de trabalho.
A UPE-Garanhuns não pode ficar à margem na busca
por qualidade e por excelência, nem ficar sendo comparada
como segunda opção diante de outras instituições públicas
existentes na região. A história de mais de quarenta anos da
UPE-Garanhuns, desde a FFPG, se solidifica diante de
propostas de recuperação, de expansão e de melhoria de suas
condições concretas e de sua infra-estrutura, envolvendo os três
pontos que definem –segundo o próprio MEC- uma
universidade: ensino, pesquisa e extensão.
As conquistas objetivadas não podem se transformar em
propaganda de palanque de uma só pessoa, mas sempre
resultado de uma ação coletiva e unificadora. As coisas
conquistadas são da universidade e para a universidade. Dos
professores, estudantes e funcionários para os professores,
estudantes e universitários.
5
6. 2. Análise de Nossas Propostas:
As propostas apresentadas são aqui comentadas para
que o leitor-eleitor possa ter a visão mais contextual e
abrangente do plano de metas de nossa campanha.
a) Criação do Hospital Universitário (HU) para o curso de
Medicina da UPE-Garanhuns:
Hospital universitário, hospital-
escola ou hospital de ensino é um centro
de atendimento hospitalar mantido ou que
colabora com universidades, com os
objetivos de participar nas atividades de
formação e de investigação no domínio do
ensino dos profissionais de saúde
(Medicina, Enfermagem, Fisioterapia,
Nutrição e Odontologia).
É concedida a denominação de
hospital universitário aos hospitais com ensino universitário
que, em cada um dos departamentos, serviços e unidades
funcionais que participam nas atividades de ensino, satisfaçam
determinados requisitos, nomeadamente a existência de um
número significativo de médicos habilitados com o grau de
doutor e uma capacidade assistencial de referência, evidenciada
em termos de desempenho, técnicas e tecnologias de
vanguarda, bem como capacidade de investigação instalada.
Os Hospitais Universitários (HU) permitem a
integração da residência médica à pesquisa e à extensão,
servindo tanto no sentido do aperfeiçoamento profissional do
médico quanto na prestação de serviços de saúde à comunidade
em que está atuando.
6
7. Para Aloizio Mercadante a residência médica é uma
necessidade acerca da qualidade do ensino de medicina e os
HUs permitem o pleno desenvolvimento da residência “Nós
queremos faculdades sempre associadas à residência-médica,
especialmente nas áreas de mais carências do Brasil. Se isso
for possível nas regiões onde temos uma baixa oferta de cursos
de medicina, melhor”.
Segundo lei 8.080, de 19/09/1990 e decreto federal
7.082, de 27/01/2010, no que se refere aos HUs das
Universidades Federais, eles devem atender às seguintes
funções:
“O REHUF1
tem como objetivo criar condições materiais e
institucionais para que os hospitais universitários federais
possam desempenhar plenamente suas funções em relação às
dimensões de ensino, pesquisa e extensão e à dimensão da
assistência à saúde.
§ 1o
No campo do ensino, pesquisa e extensão, os
hospitais universitários desempenham as funções de local de
ensino-aprendizagem e treinamento em serviço, formação de
pessoas, inovação tecnológica e desenvolvimento de novas
abordagens que aproximem as áreas acadêmica e de serviço no
campo da saúde, tendo como objetivos específicos:
I - atender às necessidades do ensino de graduação na área
da saúde, em especial em relação à oferta de internato nos
cursos de Medicina e estágios curriculares supervisionados
para os demais cursos, conforme previsão nas diretrizes
curriculares nacionais e no projeto pedagógico de cada curso;
II - desenvolver programas de pós-graduação stricto sensu
e lato sensu, voltados à formação de docentes e pesquisadores
em saúde familiarizados com a ótica dos serviços de atenção
especializada ofertados e a gestão em saúde;
1
Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários
Federais – REHUF.
7
8. III - definir a oferta anual de vagas dos programas de
residência médica, de modo a favorecer a formação de médicos
especialistas nas áreas prioritárias para o SUS, segundo
indicadores estabelecidos pelos Ministérios da Educação e da
Saúde;
IV - implementar a residência multiprofissional nas áreas
estratégicas para o SUS, estimulando o trabalho em equipe
multiprofissional e contribuindo para a qualificação dos
recursos humanos especializados, de forma a garantir
assistência integral à saúde; e
V - estimular o desenvolvimento de linhas de pesquisa de
interesse do SUS, em conformidade com o perfil
epidemiológico local e regional e as diretrizes nacionais para
pesquisa em saúde, com foco na busca de novas tecnologias
para o cuidado e a gestão em saúde.”
Podemos evidentemente tomar como parâmetro essas
especificidades atribuídas aos HUs federais para a
concretização das funções do HU da UPE-Garanhuns.
Como proposta do nosso plano de metas, buscaremos junto
ao governo do estado, às secretarias de saúde e de educação,
bem como aos órgãos federais competentes canais para a
viabilização e financiamento para o Hospital Universitário de
Garanhuns, atendendo não só às exigências da comunidade
universitária, mas, também à melhoria do sistema de saúde
público em uma região ainda carente desses serviços, tornando
Garanhuns um pólo de pesquisas e de atendimento hospitalar.
b) Criação do Restaurante Universitário:
Acerca da necessidade de um restaurante universitário,
tomemos como exemplo a fala do pesquisador da UFPE,
Otávio Luiz Machado, comentando acerca da recente
reinauguração do R.U. naquela instituição:
8
9. “O Restaurante Universitário (R.U.) da UFPE sempre teve
uma importância crucial para os
estudantes oriundos das camadas
desprivilegiadas que conseguiam superar
a barreira do vestibular e entrar numa
universidade pública, em especial dos
residentes das casas de estudantes, o seu
público-alvo durante todo o período que
existiu.
A refundação do R.U. no dia 28 de
fevereiro, além de representar um
momento especial para a instituição, que é o da reparação
histórica, também é o retrato de novos tempos na instituição,
pois desde 1995 (16 anos atrás) a comunidade não conta com
um dos mais fortes instrumentos para a permanência de um
estudante numa instituição universitária.”
Não foi por outro motivo, que em setembro passado,
estudantes do Paraná, da Unioeste, campus de Toledo, fizeram
manifestação pela implantação de um R.U. na sua instituição:
“Queremos que este projeto seja prioritário dentro da
administração da nossa universidade”, disse uma das
estudantes2
.
Portanto, nossa comunidade que conta com alunos
vindos de várias cidades do agreste e do sertão, com
professores e funcionários também vindo de cidades vizinhas,
ao oferecer um restaurante universitário, com alimentação
determinada por nutricionista formada, pode contribuir para a
melhoria das condições de estudo da UPE-Garanhuns.
c) Criação do Prédio de Alojamento para Estudantes,
Professores e Visitantes:
2
Fonte: http://www.jornaldooeste.com.br/cidade/academicos-pedem-a-
construcao-de-restaurante-universitario-33594/
9
10. Distando de Recife 219 Km e a 98 quilômetros de
Caruaru, assim como distando menos de 200 quilômetros de
cidades como Paulo Afonso, Palmeira dos Índios, Arapiraca e a
capital de Alagoas, Maceió, a cidade de Garanhuns encontra-se
num cruzamento de caminhos para importantes cidades da
região. Hoje, se destacando como “cidade universitária”,
Garanhuns se apresenta como pólo articulador de pesquisa e
ensino.
Neste sentido, costumeiramente temos recebido na
UPE-Faceteg a visita de estudantes de outras instituições, bem
como de nossos estudantes que com dificuldade têm muitas
vezes que passar dias distante de casa, se moram em outras
cidades circunvizinhas. Também, na realização de eventos,
professores visitantes, muitas vezes têm que enfrentar
problemas e gastos de hospedagem nos hotéis ligados ao
atendimento dos serviços turísticos da cidade. Dessa forma,
parece-nos importante a construção de um prédio de
alojamentos de qualidade para que se possa sanar a carência de
hospedagens que se declara por ocasião de eventos
acadêmicos, bem como do cotidiano do ano letivo.
Segundo Adalberto José Vilela Jr., pesquisador da
UNB, a construção de alojamentos universitários deve se ater à
necessidade de promover o “convívio social” favorecendo a
integração de seus moradores, por meio de seus espaços3
.
d) Criação da Livraria da Universidade:
Sabemos que o livro no Brasil tem como características
principais a escassez e o preço, notadamente o livro
universitário, com edições pequenas e de pouca distribuição no
país. As livrarias universitárias, quando existem, e tomamos
3
Fonte: http://www.docomomo.org.br/seminario%205%20pdfs/003R.pdf
10
11. como exemplo as livrarias universitárias das principais
universidades do Brasil,
fornecem amplo catálogo de
obras ajustadas às necessidades
curriculares das disciplinas dos
diferentes cursos a preços
inferiores aos das livrarias
comuns.
Garanhuns não tem
efetivamente uma livraria de
porte para atender às necessidades de uma instituição de ensino
superior. Neste sentido, uma das metas de nosso plano de
administração é a instalação de uma livraria universitária – seja
terceirizada ou em regime de administração pública – para
oferecimento de livros com catálogo condizente com os
programas dos cursos e com preços e facilidades de
pagamentos à prazo.
Concomitante, entendemos que os serviços de
alfarrábio, isto é, dos chamados “sebos” com livros
considerados raros ou fora de catálogo se ajusta também como
parte dos serviços prestados pela livraria universitária que
imaginamos.
e) Reestruturação e Reforma dos Laboratórios:
Os laboratórios dos
diferentes cursos devem atender
não somente às necessidades
práticas do ensino, mas também ter
condições do desenvolvimento de
projetos de pesquisa, para tanto, é
necessário a constante atualização
de equipamentos técnicos e de
material de utilização bem como
11
12. contarem com serviços técnicos de operação destes
equipamentos e de manutenção dos mesmos. Entre nossas
metas, considera-se importante a reestruturação e reforma de
nossos laboratórios, bem como a criação de novos, como por
exemplo, o Laboratório de Zoologia, para atender às
necessidades de pesquisa e de ensino.
f) Incentivo à Pesquisa Docente e Discente:
A pesquisa é um dos tópicos fundamentais da existência
das universidades. Não é por acaso que existem instituições
estaduais e federais de incentivo à pesquisa universitária
oferecendo por meio de bolsas e auxílios a pesquisa em níveis
de graduação, pós-graduação e extensão. Desse modo,
entendemos que se deve ter uma política clara e que objetive o
apoio às iniciativas de pesquisa na UPE-Garanhuns, buscando,
seja com recursos próprios, ou com apoio dos órgãos
financiadores a contemplação dessas necessidades.
Assim, a ida de professores e alunos aos eventos
(congressos, simpósios, reuniões), a definição de horários e
espaços para a realização de pesquisa de campo, bem como
apoio logístico para as mesmas; a criação de grupos de
pesquisa que efetivamente tenham condições de realização das
propostas que os definem, são ao nosso ver, elementos
basilares e fundamentais.
g) Reestruturação da Pós-graduação:
Hoje, a UPE-Garanhuns oferece vários cursos de pós-
graduação lato sensu presenciais e alguns à distância, tanto no
próprio campus, quanto em outras localidades consideradas
pólos. Porém, tais cursos, em sua totalidade, pagos, apresentam
uma estrutura de currículo e de avaliação de suas pesquisas
produzidas – as monografias – com qualidade discutível,
12
13. atendendo no mais das vezes a interesses imediatistas.
Consideramos que se deva abrir uma discussão com a
comunidade universitária em todos os seus níveis de
representação no sentido de objetivarmos galgar novos
patamares de qualidade e excelência no que concerne aos
nossos cursos de pós-graduação, bem como intensificar os
esforços para o desenvolvimento de projetos de pós-graduação
stricto sensu, profissionalizantes e acadêmicos que se
fundamentem em corpo docente produtivo, com publicações de
qualidade.
Para tanto, é corolário a criação também de canais de
publicação e divulgação de trabalhos de nossos pesquisadores
(professores e estudantes) e a correta articulação entre o
trabalho de pesquisa individual, o trabalho dos grupos de
pesquisa e de estudos e a existência de cursos de pós-graduação
– tanto stricto quanto lato sensu – de forma harmoniosa e
constante, para a validação e a expansão da qualidade dos
mesmos.
Consideramos ainda a necessidade da criação de cursos
de pós-graduação lato sensu gratuitos, que ao lado dos que
devam ser pagos, formem um conjunto de possibilidades em
termos de horários e currículos.
h) Reestruturação do Site da UPE-Garanhuns:
Hoje o site da UPE-Garanhuns é um subdomínio do
portal da UPE, fundamentado na utilização do software
organizador de templates Joomla. Porém, toda a manutenção e
designer das páginas é determinada pelo núcleo de informática
de Recife.
Acreditamos que seja necessário um processo de
criação de um site próprio, em domínio próprio, embora
linkado ao portal da UPE, mas que com autonomia suficiente
para que com rapidez possa colocar no ar suas notícias
13
14. acadêmicas, bem como fornecer serviços on-line de consultas à
situação acadêmica do discente, do funcionário e do docente.
Além disso, possibilitar a apresentação de seu conteúdo em
designer próprio, articulado com as necessidades do contexto
da comunidade acadêmica de Garanhuns, a exemplo de outras
unidades da UPE com qualidade reconhecidamente destacada,
como a POLI e a FENSG.
i) Gratuidade e Reestruturação da condução e do serviço
de ônibus da Universidade.
A UPE-Garanhuns conta hoje com ônibus próprio e
com carros com motoristas que servem às necessidades de
viagens entre docentes, funcionários e discentes às outras
cidades com campi da UPE, com destaque para Recife, onde se
encontra a reitoria.
Porém, por prática, adotou-se na UPE-Garanhuns a
cobrança de despesas de viagem de ônibus quando se trata da
participação em eventos acadêmicos quando se trata dos
alunos. Entendemos que tal prática deva ser abolida, colocando
como norma a gratuidade e que as viagens justificadas com
documentação comprobatória aos eventos acadêmicos
pertinentes às atividades dos currículos dos cursos devam ser
custeadas pela Universidade por meio de orçamento adequado
e previsto nas normas de utilização dos ônibus e demais
veículos do serviço público.
Deve-se adotar também como política neste âmbito a
constante preocupação com a conservação e manutenção dos
veículos, além de promover ações e/ou cursos de
aperfeiçoamento dos motoristas para melhor prestação de
serviços, como direção defensiva e mecânica.
j) Política de descentralização e autonomia dos diferentes
campi.
14
15. No nosso plano de metas definimos a data de
25/06/2013 como a data de emancipação para os outros campi
atualmente sob direção de Garanhuns: Caruaru, Arcoverde e
Salgueiro.
O processo de instalação desses campi e de
funcionamento de seus cursos pode se dar por concluído no que
tange às possibilidades gerenciais de Garanhuns. Agora, a
continuidade da centralização da administração em Garanhuns
traz mais dificuldades que vantagens, inclusive para a própria
UPE-Garanhuns. Não raras vezes, problemas locais que
exigem rapidez de solução tem que passar por Garanhuns e
ainda, algumas vezes, Garanhuns tem que servir de mediador
às solicitações encaminhadas à reitoria em Recife, o que
demanda tempo e custos. Já é hora da descentralização para
que as comunidades acadêmicas locais possam articular a
própria gestão, conhecedora cada uma de suas especificidades,
problemas e soluções.
k) Ampliação e Setorização da Biblioteca:
Uma universidade deve contar com uma boa biblioteca
ou boas bibliotecas, haja vista a existência de especificidades
de áreas tão distintas quanto, por exemplo, Medicina e Letras,
ou História e Informática ou ainda, só para mais um exemplo,
Psicologia e Geografia.
No Brasil, as universidades têm investido em melhoria
dos serviços de suas bibliotecas e dos seus respectivos acervos,
no entanto, apesar das reformas feitas na biblioteca da UPE-
Garanhuns é notória sua defasagem em relação às necessidades
de estudo e de pesquisa. Como observa Antônio Miranda,
pesquisador acerca das bibliotecas universitárias no Brasil:
15
16. “Não temos, e é reconhecida a nossa falha, uma
tradição bibliotecária no Brasil, assim como a nossa tradição
universitária é bem recente. Não podemos esquecer o fato de
que as universidades são fenômenos novíssimos em nossa
cultura por causa do nosso tipo de colonização. Verdadeiras
bibliotecas universitárias - entendidas não apenas como
grandes coleções em majestosos edifícios mas julgadas,
sobretudo, pela excelência de seus serviços à comunidade
acadêmica só aparecem neste século e só agora começa m a
afirmar-se e a impor-se.”4
Outro aspecto a se destacar refere-se a utilização de
recursos modernos de tecnologia nas bibliotecas, notadamente
o acesso às bases de dados e aos acervos digitais de outros
centros de pesquisa. Importante também é a possibilidade de
colocação de acervo virtual ou ainda de possibilidade de
pesquisa na biblioteca por Internet, podendo o usuário
consultar o acervo e reservar a obra de seu interesse via
Internet. Algumas bibliotecas universitárias americanas e
européias já dispõem não apenas dos seus catálogos via on-
line, mas mesmo a totalidade seu acervo em consulta on-line
para usuários registrados.
Esta ação em nosso plano de metas se articula com a
necessidade de um site da UPE-Garanhuns próprio, para
viabilizar a colocação do catálogo e de obras do acervo na
Internet.
l) Criação de Novos Cursos de Graduação
Luta pela criação de novos cursos de graduação, como,
por exemplo, em Engenharia Ambiental, em Antropologia,
este tendo como pano de fundo e objetivos, o desenvolvimento
4
fonte:
http://www.antoniomiranda.com.br/ciencia_informacao/BIBLIOTECA_UN
IVERSITARIA_.pdf
16
17. de pesquisas referentes à riqueza e variedade de ocupação
humana na região do agreste, como se percebe pelas
comunidades quilombolas e indígenas, bem como pelas
histórias de formação das cidades da região. Soma-se ainda a
possibilidade de um curso de especialização em Arqueologia,
tendo em vista a riqueza de sítios do homem pré-histórico no
Agreste, como se pode ver em Paranatama, em Buíque, na
reserva do Catimbau, no sítio de Alcobaça. Lembremos que no
vale do cariri, sul do Ceará, a URCA – Universidade Regional
do Cariri, instituição estadual, vem consolidando tradição
nacional e internacional no curso de Arqueologia, tomando por
base o estudo do sítio arqueológico da Chapada do Araripe e,
que não muito longe dali, em São Raimundo Nonato, já no
Piauí, desenvolve-se trabalho internacionalmente reconhecido
nesta área.
Não devemos esquecer que a implantação de um novo
curso de graduação deve vir acompanhada, a par e passo, pela
criação de vagas em concursos de professores com habilitação
adequada e pesquisadores das referidas áreas, além da
construção de espaços necessários e próprios a cada curso. O
que demanda um planejamento profundo e estudado acerca de
todas as possibilidades de concretização das propostas, o que
só pode ser conseguido pela união de esforços dos grupos
especificamente interessados.
m) Criação do Museu de História:
A proposta de criação do Museu de História se coaduna
com a proposta anterior, uma vez que as áreas de História
Natural, Antropologia e Arqueologia, contam com material e
espécimes característicos e ricos nessa região. Por outro lado, a
documentação histórica de Garanhuns e de cidades
circunvizinhas aguarda também um espaço como o que seria o
de um Museu de História na Universidade de Pernambuco, não
17
18. apenas para guarda desse material histórico, mas também, para
a abertura de pesquisas e levantamento de elementos críticos
acerca da interpretação da história relativa à ocupação do
homem no Agreste.
n) Construção de Prédio Próprio para a Escola de
Aplicação:
Um dos problemas mais elementares dos cursos de
graduação no período da manhã é o funcionamento, também,
concomitante da escola de aplicação nas dependências do
prédio de sala de aulas. As crianças das séries do fundamental e
médio possuem uma dinâmica diferente dos alunos e
professores do ensino superior, ocasionando cotidianamente
perturbações referentes ao uso de um espaço comum, como o
excesso de barulho e a correria das crianças no pátio,
dificultando a concentração dos universitários. Por outro lado,
a escola de aplicação também, por várias vezes, sente que não
tem um espaço próprio e adequado às atividades didático-
pedagógicas que poderia desenvolver como ocorre numa escola
equivalente com prédio próprio. É, pois, como parte de nosso
plano de metas a busca junto ao governo estadual e às
secretarias competentes a concretização do plano para um
prédio próprio da escola de aplicação.
o) Construção da Clínica de Psicologia:
Os serviços de uma Clínica de Psicologia na Universidade são
oferecidos por alunos estagiários – sempre acompanhados por
professores capacitados – bem como consultas, para crianças e
adultos, e testes vocacionais. Uma quantidade suficiente de
consultórios deve estar disponíveis na Clínica. Os pacientes
tanto podem ser encaminhados pelo Sistema Único de Saúde
18
19. (SUS), como podem procurar diretamente a Clínica Escola,
preenchendo cadastro na Secretaria do setor. Os horários das
consultas podem ser combinados com cada cliente, após a
inscrição, e os testes vocacionais, que servem de orientação
para aqueles que necessitam de orientação acerca do
desenvolvimento de suas habilidades latentes. E, ainda, o
espaço da clínica de psicologia pode ser um excelente lugar
para o desenvolvimento de pesquisas de graduação e de pós-
graduação no que tange às necessidades de pesquisa de campo.
p) Criação de Cursos de Mestrado Acadêmico:
Algumas propostas de criação de cursos de mestrado
acadêmico têm sido tentadas pela UPE-Garanhuns, como as de
Letras e da Meio-Ambiente. Porém, ainda não se conseguiu a
aprovação das mesmas em virtude de carências nos tópicos
referentes à produção dos professores envolvidos, pois muitos
são jovens doutores, assim como uma certa inconsistência entre
as linhas de pesquisa, os grupos de pesquisa e as pesquisas
efetivamente desenvolvidas na gradução e na pós-graduação
lato-sensu. Neste sentido, é um compromisso de nossa gestão,
assessorar prontamente no sentido de incentivar a produção
docente, tanto no âmbito da manutenção e expansão da Revista
Diálogos – veículo para divulgação de artigos e trabalhos –
bem como no incentivo à participação dos professores
envolvidos nestes projetos em congressos e eventos que sirvam
de caminho para a divulgação e publicação dos trabalhos. Por
outro lado, estaremos envolvidos de forma decisiva no ajuste
entre as pesquisas propostas no âmbito da graduação e da pós-
graduação lato sensu ao conteúdo das linhas de pesquisa nos
projetos de mestrado. Acreditamos que além das reelaborações
dos projetos de mestrado acadêmico em Letras e em Meio-
ambiente, existam condições para se pensar na criação de
propostas de mestrado e doutorado insterinstitucional (Minter e
19
20. Dinter) no âmbito de cursos como Psicologia, História,
Biologia, Geografia, Matemática. Assim, buscando a
excelência na titulação dos professores da UPE, tanto no
âmbito de sua produção em pesquisa, quanto no que concerne a
sua titulação, lograremos alcançar o nível desejado pelo MEC
para a implantação de mestrados acadêmicos tão desejados pela
comunidade universitária de nossa região.
q) Implantação do Núcleo de Gestão Ambiental (NGA) da
UPE-Garanhuns
Um Núcleo de Gestão Ambiental (NGA) tem por
objetivo o incentivo, a discussão e a proposição de pesquisas
no âmbito da educação ambiental e da ecologia. Lembremos
que já existe uma base para tal núcleo uma vez que o professor
Manoel Barros é atualmente o coordenador do projeto
Projovem-Saberes da Terra da UPE. A região do Agreste
Meridional tem sofrido com as intempéries de secas
prolongadas, assim como todo o interior de Pernambuco e o
sertão nordestino. Um NGA pode divulgar e incentivar o uso
de tecnologias modernas e baratas para a superação dos
problemas causados pela seca, como técnicas de construção de
cisternas para captação das águas pluviais, técnicas de
barramento de cursos d’água, uso da energia solar e da energia
eólica, técnicas de observação e controle da evaporação de
água do solo, técnicas de construção de poços, técnicas de uso
industrial dos recursos de granito e rochas, levantamento e
estudo das potencialidades econômicas da vegetação da
caatinga, tudo isto desenvolvido por meio de assessoramento
aos programas municipais, estaduais e federais desenvolvidos
ou a ser implantados na região.
Por outro lado, a formação de profissionais com
especialização em gestão ambiental, educação ambiental e
20
21. ecologia servirá de efeito multiplicador na divulgação desse
conhecimento tecnológico e estratégico.
3. Histórico do Professor Manoel Pereira Barros.
O Professor Manoel possui mestrado em Educação pela
Universidade Federal de Pernambuco (2004). Tem experiência
na área de ensino de Genética, com ênfase em citogenética e
genética molecular. Atuando, principalmente, na pesquisa
ensino/aprendizagem de genética através do lúdico: jogos e
brincadeiras, na construção do conhecimento.
Professor preocupado em resolver dificuldades de
aprendizagem dos alunos no que se refere à complexidade de
determinadas informações, como por exemplo, o domínio das
características do código genético, criou um jogo de dominó
que permite por analogias da disposição das suas peças
aprender o funcionamento do código genético. Em matéria
publicada no Diário de Pernambuco de 17 de março de 2009,
lê-se acerca da originalidade e da funcionalidade didático-
pedagógica do invento. O professor Manoel tem divulgado seu
dominó genético em congressos e em periódicos acadêmicos.
Recentemente, coordena a aplicação do Projeto Projovem –
Saberes da Terra, que com financiamento do MEC pretende
formar 1.200 professores da rede pública estadual com
especialização no ensino rural, com domínio de assuntos como
Educação Ambiental, Agricultura Familiar, Agrotóxicos e
Ecologia.
O professor Manoel sempre pautou sua carreira pela
abertura ao diálogo e pelo incentivo à participação colegiada e
democrática. Tendo feito curso de capacitação para gestores e
especialização em Metodologia do Ensino Superior apresenta-
se capacitado a enfrentar os desafios para a direção da UPE-
Garanhuns, entre os quais, a articulação de forças, pessoas e
21
22. grupos, no sentido de somar esforços para a realização de
tarefas que tenham como objetivo principal o crescimento da
UPE enquanto comunidade universitária a serviço da
sociedade.
3.1. Histórico da Professora Maria Inez
A Professora Maria Inez
tem especialização em
Metodologia da Educação
(UPE), atualmente é
doutoranda em Educação
(Argentina) e foi por oito anos
diretora da escola de aplicação
da UPE-Garanhuns, período em
que a escola de aplicação
atingiu seus mais altos índices
de aproveitamento nas
avaliações dentre as
instituições estaduais de ensino fundamental I e II de
Pernambuco.
Tendo pautado sua carreira pela pesquisa dos problemas
da educação no Brasil e, especificamente, do Agreste, a
professora Maria Inez é uma profissional altamente capacitada
a compreender não apenas os problemas que existem na nossa
região, mas também está apta a apresentar soluções, assim
como, pelo seu espírito combativo e de diálogo, busca motivar
as pessoas a sua volta para a busca de soluções práticas e
exeqüíveis.
Formando com o professor Manoel Barros uma dupla
natural tendo em vista a compatibilidade ambos para as
questões democráticas e da comunidade universitária da UPE-
Garanhuns.
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23. 4. Compromisso
As propostas constantes no presente plano de metas
formam um compromisso indissolúvel entre a candidatura
do professor Manoel Pereira Barros e a comunidade da
UPE-Garanhuns.
“Antes que me perguntem como
pretendo realizar as propostas
apresentadas neste programa, digo que
o que proponho é o que qualquer boa
instituição de ensino superior deva ter,
de modo que se não temos ou é porque
até agora nos conformamos diante da
falsa-realidade de que não podemos ter
ou é porque nos acostumamos a se desfazer de sonhos e
nos sujeitarmos à pequenez. Por isso, estou aqui, para
juntar esforços no sentido de crescermos até o tamanho
que merecemos em razão de nossos esforços.” Manoel P.
Barros
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