3. Arquitectura
• A arquitectura romana
– Cinco condições essenciais, segundo Vitrúvio (séc. I a.C.):
•
•
•
•
•
firmitas — a resistência, solidez ;
utilitas — utilidade, funcionalidade;
venustas — beleza;
euritmia — justa proporção, entre as partes de um todo;
decorum — decoro, dignidade.
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4. Arquitectura
• Tipologias de Arquitectura
–
–
–
–
Religiosa;
Pública e utilitária;
Privada;
Comemorativa.
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6. Arquitectura religiosa
• Funções
– simultaneamente religiosas, politicas e sociais
– os edifícios religiosos assinalavam, pelo seu valor sagrado
e simbólico, os lugares mais importantes das cidades.
• Tipologia
• Templos;
• Santuários;
• simples altares.
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11. Arquitectura religiosa
• Características
– erguiam-se sobre um podium;
– carácter frontal:
• fachada assinalada pelo pórtico e pelas escadarias de acesso ao
templo;
– eram, geralmente, de planta rectangular e tinham uma só cella
fechada;
– encontravam-se orientados no terreno, seguindo o eixo axial da
cella;
– pseudoperípetros;
– as colunas e entablamento eram a maneira grega:
• Seguiam as ordens;
• função meramente decorativa.
– este modelo de templos espalhou-as também pelas províncias.
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17. Arquitectura religiosa
• Ara Pacis
– Representa a pax romana
– segue o modelo helenístico do Altar de Zeus e Atena, em
Pérgamo.
– nasce da necessidade de edificar uma obra que
consagrasse o estado e a prosperidade do império.
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18. Arquitectura religiosa
• Ara Pacis
– Planta
• paralelepipédico, com uma decoração distribuída em
dois níveis:
– o interior, uma decoração com motivos vegetais;
– o exterior, um alto relevo de uma procissão protocolar
do império, com Augusto como protagonista — e com
um altar no centro do seu interior.
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24. Arquitectura Pública e Utilitária
• Características
– tipo de arquitectura em que os Romanos melhor
expressaram o seu engenho técnico e originalidade
estrutural;
– Abundantes no período da Republica são essenciais
durante o Império;
– Todos os imperadores quiseram deixar o seu nome
associado a um grande melhoramento publico.
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25. Arquitectura Pública e Utilitária
• República
– salientam-se principalmente as grandes obras de
engenharia civil, com carácter pratico e utilitário:
• as estradas, as pontes e sobretudo os aquedutos, indispensáveis
para o abastecimento de agua as cidades e as termas.
• exemplo: a Ponte do Gard, França.
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27. Arquitectura Pública e Utilitária
• Aquedutos
Pont du Gard, França
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fonte (galeria de infiltração);
rampas íngremes (dropshafts);
Decantador;
túneis e poços;
túnel;
aqueduto ponte;
aqueduto Invertida (sifão),
Substrução;
Arcada;
Bacia de distribuição / divisorium castellum;
distribuição de água para a cidade - tubos em chumbo.
29. Arquitectura Pública e Utilitária
• Período Imperial
– construções mais grandiosas e imponentes destinadas a
vida publica.
– Salientam-se:
• As Basílicas;
• Os Anfiteatros;
• Os Teatros;
• As Termas.
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30. Arquitectura Pública e Utilitária
– Basílicas:
• edifícios tipicamente romanos;
• Características:
– coberturas em abóbadas de arestas e com cúpulas e
semicúpulas sobre as absides laterais;
• edifícios multifuncionais:
– tribunais, cúrias e outras repartições publicas, como para
termas, mercados, bolsas de mercadores e palácios imperiais;
• Exemplos:
– basílica Iulia e a Emilia, ambas do período republicano e a
Ulpia.
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34. Arquitectura Pública e Utilitária
• Anfiteatros
– construções mais populares da arquitectura romana do
lazer;
– Planta circular ou elíptica, sem cobertura, e erguiam-se a
altura de vários andares (3/4);
– Tinham complexos sistemas de abóbadas radiais e
concêntricas que sustentavam as galerias sob as bancadas
e a própria arena.
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46. Arquitectura Pública e Utilitária
• Teatros
– semelhantes aos anfiteatros na forma e na decoração
exteriores;
– inspirados pelos teatros gregos
– Características
•
•
•
•
Não necessitam de encostas ou vertentes
Utilizam o sistema construtivo dos romanos;
Erguiam-se em qualquer parte, no meio das cidades;
embora fossem ao ar livre, eram fechados em torno de si
mesmos, porque as paredes da cavea, em anfiteatro, uniam-se a
cena.
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50. Arquitectura Pública e Utilitária
• Termas.
– eram importantes locais de encontro e convívio social.
– frequentados por ambos os sexos;
– Tinham:
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•
•
•
•
piscinas de agua quente e fria;
Saunas;
Ginásios;
Estádios;
Hipódromos;
Salas de reunião;
Bibliotecas;
Teatros;
Lojas
Espaços verdes, ao ar livre.
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51. Arquitectura Pública e Utilitária
• Termas.
– Planta
• construção de escala monumental;
• apurado sentido de ordem e simetria nas plantas, pela
estruturação dinâmica e funcional dos seus interiores;
• Em Roma, as mais famosas foram as de Agripa e de Trajano,
já desaparecidas, e as de Caracalla e de Diocleciano.
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58. Arquitectura Privada
• Casa senhorial
– Villa de Adriano
• Funciona como
uma pequena
cidade. Possui
fontes, termas,
bibliotecas, teatros
e templo
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59. Arquitectura Privada
• Os edifícios mais importantes são:
• O vale do Canopo
• O Canopo é um plano de água de 119 metros de
comprimento por 18 metros de largura
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63. Arquitectura Privada
• Os edifícios mais importantes são:
• As termas – existiam duas:
• Uma para as mulheres e outra para os homens
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64. Arquitectura Privada
• Os edifícios mais importantes são:
• O complexo do Poikile
– O Poikile é o maior dos edifícios da Villa Adriana: 235 m de
comprimento por 110 m de largura, com um tanque de 110 m
por 25 m.
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65. Arquitectura Privada
• “Villa” Rústica
– uma casa de campo cujo fim primordial é a exploração
agro-pecuária.
– As divisões mais importantes:
•
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•
•
A culina (cozinha),
os balnea (balneários),
a apotheca (adega),
os bubilia (estábulos de bois),
os equilia (estábulos de cavalos),
o galinarium (galinheiro)
os horrea (celeiros).
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69. Arquitectura Privada
• Insula (ae)
–
–
–
–
–
Bloco de apartamentos.
Eram baratos, de madeira e tijolos.
Ruíam e incendiavam-se com facilidade.
Houve leis para regular a sua altura.
Tinham lojas no rés-do-chão e quanto mais baixo o andar,
mais caro era.
– Em 64, no Incêndio de Roma, arderam muitas insulas
devido à fraca construção. Passaram então, por lei, a ser
construídas em betão.
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70. Arquitectura Privada
• “Domus”
– Planta rectangular, com aspecto rigoroso e linear seguindo
o traçado das ruas;
– Eram grandes e espaçosas, eram arejadas, tinham banhos
e latrinas;
– O chão era decorado com mosaicos; tinham estátuas para
decoração interior
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71. Arquitectura Privada
• Domus
– Duas zonas
• Zona de Acesso
– “Atrium”
– “Impluvium” – ilumina, areja e recolhe a água das chuvas.
• Zona Reservada à família
– “Peristilum” – de planta rectangular ou quadrada, com
uma colunata em torno de um jardim interior
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79. Arquitectura Comemorativa
• Função
– Assinalar as façanhas militares ou politicas dos grandes
oficiais e dos imperadores.
– Exemplos
• colunas comemorativas;
• arcos de triunfo.
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80. Arquitectura Comemorativa
• Colunas comemorativas
– Estrutura
• eram feitas com grandes tambores de pedra;
• ocos ao centro, sobrepostos uns nos outros.
• Interior -> uma escada em pedra permitia ascender ate ao topo.
– Decoração
• relevos historiados.
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81. Arquitectura Comemorativa
• Coluna de Trajano
– construída pelo arquitecto Apolodoro de
Damasco;
– comemoração às vitórias das campanhas
militares contra os Dácios;
– 30 metros de altura + 8 do pedestal;
– Formada por 20 blocos de mármore.
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84. Arquitectura Comemorativa
• Arcos de triunfo
– varias formas e tamanhos;
– decorados com baixo e altos-relevos;
– têm colunas adossadas ou adiantadas que serviam de
pedestal para estátuas alegóricas ou honorificas.
– a parte superior servia, muitas vezes, como suporte de
outros grupos escultóricos, de sentido apoteótico.
– Eram colocados a meio das vias importantes, ou nas
entradas e saídas dos foros.
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85. Arquitectura Comemorativa
• Arco de Tito
– erigido em
comemoração à
conquista de Jerusalém
no ano 67;
– Foi construído no ano
70.
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86. Arquitectura Comemorativa
• Arco de Septímio Severo
– Dedicado em 203 d.C. pelo
Senado ao imperador
Septímio Severo e aos seus
dois filhos, Caracala e Geta;
– celebra a vitória sobre os
Partas.
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87. Arquitectura Comemorativa
• Arco de Constantino
– Erigido para
comemorar a vitória
de Constantino sobre
Maxêncio na Batalha
da Ponte Mílvio, em
312.
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