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11.º ANO
ENSINO SECUNDÁRIO
ELSA MACHADO FREITAS
ISABEL GOMES FERREIRA
PORTUGUÊS
4
ÍNDICE
LEITURA
Saber o essencial
Antesdecomeçar 8
Estudar,hoje,PadreAntónioVieira 9
Contextualizaçãohistórico-literária 10
OSermão:artedapalavranoBarroco 12
Objetivosdaeloquência(docere,
delectare,movere)/Intenção
persuasivaeexemplaridade 13
Críticasocialealegoria 13
Linguagem,estiloeestrutura 14
Orientaçõesparaaleituradeexcertos
doSermãodeSantoAntónioaosPeixes 15
Praticar 23
Saber o essencial
Técnicasdeescrita 30
Marcadoresdiscursivos 31
Exposiçãosobreumtema 32
Praticar 32
Saber o essencial
Apreciaçãocrítica 37
Praticar 38
Saber o essencial
Leitura|Artigodeopinião 41
Praticar 42
Para não esquecer 47
Teste 1 50
Teste 2 55
Saber o essencial
Antesdecomeçar 62
Estudar,hoje,FreiLuísdeSousa 63
Contextualizaçãohistórico-literária 64
Praticar 66
Saber o essencial
FreiLuísdeSousa 67
Linguagem,estiloeestrutura 68
Recortedaspersonagensprincipais 76
Oespaço 77
Otempo 81
Odramaromântico:características 82
Característicasromânticasem
FreiLuísdeSousa 84
Osebastianismo:históriaeficção 86
Oestiloealinguagem/Aartedo
diálogo 87
Praticar 88
Para não esquecer 88
Saber o essencial
Discursopolítico 90
Praticar 91
Saber o essencial
Artigodedivulgaçãocientífica 93
Praticar 94
Teste 1 98
Teste 2 103
Saber o essencial
Antesdecomeçar 110
Estudar, hoje, ViagensnaMinha
Terra 111
Deambulação geográfica e
sentimento nacional 113
A representação da Natureza 113
Dimensão reflexiva e crítica 114
Personagens românticas (narrador,
Carlos e Joaninha) 114
Linguagem, estilo e estrutura 116
Praticar 117
Para não esquecer 120
Teste 121
Saber o essencial
Antesdecomeçar 130
Estudar,hoje,CamiloCasteloBranco 131
Sugestão biográfica (Simão e narrador)
e construção do herói romântico 133
A obra como crónica da mudança
social 133
Relações entre personagens 134
O amor-paixão 135
Linguagem, estilo e estrutura 135
Para não esquecer 137
Praticar 138
Teste 140
SEQUÊNCIA SEQUÊNCIA
PADREANTÓNIOVIEIRA,
SERMÃO DE SANTO
ANTÓNIO AOS PEIXES
ALMEIDA GARRETT
FREI LUÍS DE SOUSA
SEQUÊNCIA
ALMEIDA GARRETT
VIAGENS NA MINHA
TERRA
A
SEQUÊNCIA
CAMILO CASTELO
BRANCO
AMOR DE PREDIÇÃO
B
5
PORTUGUÊS|11.ºANO
Saber o essencial
Antesdecomeçar 146
Estudar, hoje, Eça de Queirós 147
Contextualização histórico-literária 148
O romance: pluralidade de ações;
complexidade do tempo, do espaço
e dos protagonistas; extensão 153
Visão global e estruturação: título e
subtítulo 155
Estrutura da obra 155
OsMaiascapítulo a capítulo 157
Espaços e o seu valor simbólico
e emotivo 170
A representação de espaços sociais
e a crítica de costumes 172
Personagens:característicastrágicas 176
Ostipossociais/Acrónicadecostumes 177
Linguagem e estilo 182
Praticar 183
Para não esquecer 190
Teste 1 191
Teste 2 197
Saber o essencial
AIlustreCasadeRamires 204
Estruturação da obra: ação
principal e novela 205
Caracterização das personagens e
complexidade do protagonista 205
O microcosmos da aldeia como
representação de uma sociedade
em mutação 207
O espaço e o seu valor simbólico 207
História e ficção: reescrita do
passado e construção do presente 208
AIlustreCasadeRamirescapítulo
a capítulo 209
Para não esquecer 219
Teste 220
Saber o essencial
Antesdecomeçar 224
Estudar, hoje, Antero de Quental 225
A angustia existêncial 225
Configurações do Ideal 226
Linguagem, estilo e estrutura 227
Praticar / Analisar 228
Para não esquecer 238
Teste 239
Saber o essencial
Antesdecomeçar 246
Estudar, hoje, Cesário Verde 247
Contextualização histórico-literária 248
Praticar 251
Saber o essencial
A representação da cidade e dos
tipos sociais 252
Deambulação e imaginação:
o observador acidental 253
Perceção sensorial e transfiguração
poética do real 253
Linguagem, estilo e estrutura 256
Praticar / Analisar 257
Para não esquecer 288
Teste 290
FICHAS INFORMATIVAS
Discurso, pragmática e linguística
textual 298
Dêixis: pessoal, temporal e espacial 307
Reprodução do discurso no discurso 309
PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO 314
SEQUÊNCIA SEQUÊNCIA
EÇA DE QUEIRÓS
OS MAIAS
CESÁRIO VERDE
CÂNTICOS DO
REALISMO
A
SEQUÊNCIA
EÇA DE QUEIRÓS
A ILUSTRE CASA
DE RAMIRES
B
SEQUÊNCIA
ANTERO DE QUENTAL
SONETOS COMPLETOS
PORTUGUÊS|11.ºANO
SABEROESSENCIAL
148
©
AREAL
EDITORES
Contextualização histórico-literária
José Maria Eça de Queirós nasce em 1845, na Póvoa de Varzim, e
morre em 1900, em Paris. Em Coimbra, estudante de Direito, conhece
Teófilo Braga e Antero de Quental, com quem priva e partilha as novas
ideias filosóficas vindas da Europa, o que influenciou a sua formação
como homem e cidadão.
Em 1871, participa nas Conferências Democráticas do Casino Lisbo-
nense, que pretendiam abalar o marasmo da sociedade portuguesa,
marcada pelo Ultrarromantismo.
Em 1888, publica Os Maias.
Pintura de Rafael
Bordalo Pinheiro.
Sob o ponto de vista cultural, a segunda metade do século XIX estava, ainda, dominada
pelo Ultrarromantismo e o seu apego ao passado, à ideação sentimentalista, ao misticismo
e a temáticas como a morte e a solidão. Contudo, uma vaga de grandes alterações começa
a surgir na Europa, que vê a política, a ciência, a religião e, logicamente, as teorias sociais a
mudar: a expansão do Liberalismo, as novas teorias sobre a evolução das espécies e a here-
ditariedade e uma postura anticlerical transformam a sociedade, permitindo uma nova
mundividência.
Autores como Darwin e Lamarck, Comte, Proudhon e Hegel exerceram influência deci-
siva para a criação da nova mentalidade. Todas as áreas do saber procuravam alicerçar os
seus conhecimentos, as suas teorias na certeza comprovada e, assim, a própria arte encetou
o seu caminho na procura da verdadeira realidade, transportando-a para as suas obras – a
verdade e a objetividade eram, por isso, a sua preocupação, tendo deixado ficar para trás o
sentimentalismo doentio, a idealização do mundo e a expressão exacerbada do amor.
Portugal, por esta altura, estava já ligado à Europa pelas novas vias de comunicação – de
salientar o papel desempenhado pelos caminhos de ferro – e, como tal, todas as novas
ideologias chegavam aos jovens estudantes de Coimbra, que as absorviam com avidez e os
motivavam, desenvolvendo neles o desejo de liderar a transformação da sociedade portu-
guesa que vivia o chamado período da Regeneração.
Uma certa estabilidade política aliada a uma situação de desenvolvimento da banca e a
um progresso social evidenciado pelo aparecimento do caminho de ferro, de novas estradas
e mesmo de uma rede escolar marcou a vida do país de 1850 a 1870, aproximadamente, até
porque havia a consciência de que era urgente modernizar Portugal, para que este benefi-
ciasse dos melhoramentos de que grande parte da Europa já então usufruía.
• 
Mudanças cultu-
rais e sociais na
Europa na
segunda metade
do séc. XIX.
• 
A nova mentali-
dade:
– Darwin
– Lamarck
– Comte
– Proudhon
– Hegel
• 
Papel da geração
dos estudantes
de Coimbra na
transformação
da sociedade
portuguesa.
• 
Consciência da
necessidade de
mudar o país, na
tentativa de
acompanhar a
Europa.
PORTUGUÊS|11.ºANO
SABEROESSENCIAL
149
©
AREAL
EDITORES
A–EÇADEQUEIRÓS,OSMAIAS
A transformação social portuguesa fez-se sentir de múltiplas formas e para isso muito
contribuiu a chamada “revolução do comboio”. Portugal, país essencialmente agrícola, pro-
duzia vinho, azeite e cereais que eram, à época, consumidos, na sua maioria, localmente,
sendo comercializado o excedente da produção por via dos almocreves. Ora, com o avanço
das estradas e da linha férrea, foi possível um transporte mais rápido e seguro das mercado-
rias. Aumenta o dinheiro nas aldeias, tendo a sua distribuição sido alterada: os pequenos
proprietários passam a ter um rendimento que lhes permite mandar os filhos à escola, com-
prar vestuário, mobilar melhor a sua casa.
Na cidade, a instalação dos serviços administrativos aumenta o número de postos de
trabalho, o comércio prolifera, sendo numerosos os indícios do crescimento e prosperidade
de uma vasta e emergente classe média. A popula-
ção de Lisboa mais do que duplica, sendo necessá-
rio criar novas soluções de alojamento. A constru-
ção civil é uma atividade que se torna atrativa e
desencadeia o desenvolvimento fabril a ela asso-
ciada (cerâmica, vidro, serrações). No entanto, Por-
tugal não deixa de estar dependente de importa-
ções, até porque o desenvolvimento nacional não
acompanha o ritmo do desenvolvimento das
nações industrializadas.
As grandes cidades, Porto e Lisboa, não são aglomerados industriais, são antes locais de
serviços e de consumo, situação, aliás, que se irá manter até ao final do século XIX.
A migração para as grandes cidades torna-se significativa, mas nem todos aí encontram
o posto de trabalho que procuram, tornando-se difícil a integração urbana daqueles que
saíram do campo. Camponeses e burgueses continuam a ser as duas classes sociais estrutu-
rantes da sociedade portuguesa, não tendo o proletariado expressividade, o que se reflete
na ausência de peso político das movimentações socialistas no século XIX português.
Surge a emigração, que é orientada para o Brasil, sobretudo do Norte e das Beiras. As
transferências de divisas que se operam na altura contribuíram, de certa forma, para ate-
nuar o desequilíbrio económico. Contudo, nem todos os emigrantes tiveram sucesso e, na
época, falou-se mesmo de “escravatura branca”. O fluxo migratório provocou o despovoa-
mento de aldeias inteiras e consequente agravamento da falta de mão de obra para a
agricultura.
A prosperidade da economia portuguesa era, então, aparente, e a dependência quase
total em relação ao estrangeiro não ajudou à viabilização da independência económica
relativamente aos países europeus mais desenvolvidos.
É, assim, neste panorama que surge o grupo de jovens que configura a nova intelectua-
lidade do país, grupo esse que visa a transformação social, moral e política de Portugal, no
intuito de lhe conferir, novamente, um papel de relevo na Europa.
• 
O papel do cami-
nho de ferro na
transformação
da sociedade
portuguesa.
• 
As mudanças na
sociedade
portuguesa.
• 
Porto e Lisboa:
polos de
desenvolvi-
mento.
• 
A sedução pelo
espaço hurbano.
• 
Emigração para
o Brasil.
• Dependência
económica relati-
vamente ao
estrangeiro.
• 
Aparecimento da
Geração de 70.
PORTUGUÊS|11.ºANO
TESTE
Grupo I
Apresenta as tuas respostas de forma bem estruturada.
A
DESLUMBRAMENTOS
Milady, é perigoso contemplá-la
Quando passa aromática e normal,
Com seu tipo tão nobre e tão de sala,
Com seus gestos de neve e de metal.
Sem que nisso a desgoste ou desenfade,
Quantas vezes, seguindo-lhe as passadas,
Eu vejo-a, com real solenidade,
Ir impondo toilettes complicadas!…
Em si tudo me atrai como um tesoiro:
O seu ar pensativo e senhoril,
A sua voz que tem um timbre de oiro
E o seu nevado e lúcido perfil!
Ah! Como me estonteia e me fascina…
E é, na graça distinta do seu porte,
Como a Moda supérflua e feminina,
E tão alta e serena como a Morte!…
Eu ontem encontrei-a, quando vinha,
Britânica, e fazendo-me assombrar;
Grande dama fatal, sempre sozinha,
E com firmeza e música no andar!
O seu olhar possui, num jogo ardente,
Um arcanjo e um demónio a iluminá-lo;
Como um florete, fere agudamente,
E afaga como o pelo dum regalo!
Pois bem. Conserve o gelo por esposo,
E mostre, se eu beijar-lhe as brancas mãos,
O modo diplomático e orgulhoso
Que Ana d’Áustria mostrava aos cortesãos.
290
©
AREAL
EDITORES
PORTUGUÊS|11.ºANO
CESÁRIOVERDE.CÂNTICOSDOREALISMO,OLIVRODECESÁRIOVERDE
TESTE
E enfim prossiga altiva como a Fama,
Sem sorrisos, dramática, cortante;
Que eu procuro fundir na minha chama
Seu ermo coração, como um brilhante.
Mas cuidado, milady, não se afoite,
Que hão de acabar os bárbaros reais;
E os povos humilhados, pela noite,
Para a vingança aguçam os punhais.
E um dia, ó flor do Luxo, nas estradas,
Sob o cetim do azul e as andorinhas,
Eu hei de ver errar, alucinadas,
E arrastando farrapos – as rainhas!
1. Atente no retrato feminino apresentado.
1.1. Faça a sua caracterização, apresentando cinco traços de caráter.
2. Explicite a relação existente entre o sujeito poético e esta personagem feminina.
3. Clarifique a atitude assumida pelo sujeito poético nas últimas quatro estrofes.
B
Poeta do imediato, Cesário é também um poeta da memória. […]
Jacinto do Prado Coelho
Considerando o estudo realizado sobre Cesário Verde, comente a afirmação transcrita
num texto de oitenta a cento e trinta palavras, que revele um bom domínio dos mecanis-
mos de coesão textual, tendo em conta os seguintes tópicos:
– o quotidiano na poesia de Cesário Verde;
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291
©
AREAL
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  • 1. 11.º ANO ENSINO SECUNDÁRIO ELSA MACHADO FREITAS ISABEL GOMES FERREIRA PORTUGUÊS
  • 2. 4 ÍNDICE LEITURA Saber o essencial Antesdecomeçar 8 Estudar,hoje,PadreAntónioVieira 9 Contextualizaçãohistórico-literária 10 OSermão:artedapalavranoBarroco 12 Objetivosdaeloquência(docere, delectare,movere)/Intenção persuasivaeexemplaridade 13 Críticasocialealegoria 13 Linguagem,estiloeestrutura 14 Orientaçõesparaaleituradeexcertos doSermãodeSantoAntónioaosPeixes 15 Praticar 23 Saber o essencial Técnicasdeescrita 30 Marcadoresdiscursivos 31 Exposiçãosobreumtema 32 Praticar 32 Saber o essencial Apreciaçãocrítica 37 Praticar 38 Saber o essencial Leitura|Artigodeopinião 41 Praticar 42 Para não esquecer 47 Teste 1 50 Teste 2 55 Saber o essencial Antesdecomeçar 62 Estudar,hoje,FreiLuísdeSousa 63 Contextualizaçãohistórico-literária 64 Praticar 66 Saber o essencial FreiLuísdeSousa 67 Linguagem,estiloeestrutura 68 Recortedaspersonagensprincipais 76 Oespaço 77 Otempo 81 Odramaromântico:características 82 Característicasromânticasem FreiLuísdeSousa 84 Osebastianismo:históriaeficção 86 Oestiloealinguagem/Aartedo diálogo 87 Praticar 88 Para não esquecer 88 Saber o essencial Discursopolítico 90 Praticar 91 Saber o essencial Artigodedivulgaçãocientífica 93 Praticar 94 Teste 1 98 Teste 2 103 Saber o essencial Antesdecomeçar 110 Estudar, hoje, ViagensnaMinha Terra 111 Deambulação geográfica e sentimento nacional 113 A representação da Natureza 113 Dimensão reflexiva e crítica 114 Personagens românticas (narrador, Carlos e Joaninha) 114 Linguagem, estilo e estrutura 116 Praticar 117 Para não esquecer 120 Teste 121 Saber o essencial Antesdecomeçar 130 Estudar,hoje,CamiloCasteloBranco 131 Sugestão biográfica (Simão e narrador) e construção do herói romântico 133 A obra como crónica da mudança social 133 Relações entre personagens 134 O amor-paixão 135 Linguagem, estilo e estrutura 135 Para não esquecer 137 Praticar 138 Teste 140 SEQUÊNCIA SEQUÊNCIA PADREANTÓNIOVIEIRA, SERMÃO DE SANTO ANTÓNIO AOS PEIXES ALMEIDA GARRETT FREI LUÍS DE SOUSA SEQUÊNCIA ALMEIDA GARRETT VIAGENS NA MINHA TERRA A SEQUÊNCIA CAMILO CASTELO BRANCO AMOR DE PREDIÇÃO B
  • 3. 5 PORTUGUÊS|11.ºANO Saber o essencial Antesdecomeçar 146 Estudar, hoje, Eça de Queirós 147 Contextualização histórico-literária 148 O romance: pluralidade de ações; complexidade do tempo, do espaço e dos protagonistas; extensão 153 Visão global e estruturação: título e subtítulo 155 Estrutura da obra 155 OsMaiascapítulo a capítulo 157 Espaços e o seu valor simbólico e emotivo 170 A representação de espaços sociais e a crítica de costumes 172 Personagens:característicastrágicas 176 Ostipossociais/Acrónicadecostumes 177 Linguagem e estilo 182 Praticar 183 Para não esquecer 190 Teste 1 191 Teste 2 197 Saber o essencial AIlustreCasadeRamires 204 Estruturação da obra: ação principal e novela 205 Caracterização das personagens e complexidade do protagonista 205 O microcosmos da aldeia como representação de uma sociedade em mutação 207 O espaço e o seu valor simbólico 207 História e ficção: reescrita do passado e construção do presente 208 AIlustreCasadeRamirescapítulo a capítulo 209 Para não esquecer 219 Teste 220 Saber o essencial Antesdecomeçar 224 Estudar, hoje, Antero de Quental 225 A angustia existêncial 225 Configurações do Ideal 226 Linguagem, estilo e estrutura 227 Praticar / Analisar 228 Para não esquecer 238 Teste 239 Saber o essencial Antesdecomeçar 246 Estudar, hoje, Cesário Verde 247 Contextualização histórico-literária 248 Praticar 251 Saber o essencial A representação da cidade e dos tipos sociais 252 Deambulação e imaginação: o observador acidental 253 Perceção sensorial e transfiguração poética do real 253 Linguagem, estilo e estrutura 256 Praticar / Analisar 257 Para não esquecer 288 Teste 290 FICHAS INFORMATIVAS Discurso, pragmática e linguística textual 298 Dêixis: pessoal, temporal e espacial 307 Reprodução do discurso no discurso 309 PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO 314 SEQUÊNCIA SEQUÊNCIA EÇA DE QUEIRÓS OS MAIAS CESÁRIO VERDE CÂNTICOS DO REALISMO A SEQUÊNCIA EÇA DE QUEIRÓS A ILUSTRE CASA DE RAMIRES B SEQUÊNCIA ANTERO DE QUENTAL SONETOS COMPLETOS
  • 4. PORTUGUÊS|11.ºANO SABEROESSENCIAL 148 © AREAL EDITORES Contextualização histórico-literária José Maria Eça de Queirós nasce em 1845, na Póvoa de Varzim, e morre em 1900, em Paris. Em Coimbra, estudante de Direito, conhece Teófilo Braga e Antero de Quental, com quem priva e partilha as novas ideias filosóficas vindas da Europa, o que influenciou a sua formação como homem e cidadão. Em 1871, participa nas Conferências Democráticas do Casino Lisbo- nense, que pretendiam abalar o marasmo da sociedade portuguesa, marcada pelo Ultrarromantismo. Em 1888, publica Os Maias. Pintura de Rafael Bordalo Pinheiro. Sob o ponto de vista cultural, a segunda metade do século XIX estava, ainda, dominada pelo Ultrarromantismo e o seu apego ao passado, à ideação sentimentalista, ao misticismo e a temáticas como a morte e a solidão. Contudo, uma vaga de grandes alterações começa a surgir na Europa, que vê a política, a ciência, a religião e, logicamente, as teorias sociais a mudar: a expansão do Liberalismo, as novas teorias sobre a evolução das espécies e a here- ditariedade e uma postura anticlerical transformam a sociedade, permitindo uma nova mundividência. Autores como Darwin e Lamarck, Comte, Proudhon e Hegel exerceram influência deci- siva para a criação da nova mentalidade. Todas as áreas do saber procuravam alicerçar os seus conhecimentos, as suas teorias na certeza comprovada e, assim, a própria arte encetou o seu caminho na procura da verdadeira realidade, transportando-a para as suas obras – a verdade e a objetividade eram, por isso, a sua preocupação, tendo deixado ficar para trás o sentimentalismo doentio, a idealização do mundo e a expressão exacerbada do amor. Portugal, por esta altura, estava já ligado à Europa pelas novas vias de comunicação – de salientar o papel desempenhado pelos caminhos de ferro – e, como tal, todas as novas ideologias chegavam aos jovens estudantes de Coimbra, que as absorviam com avidez e os motivavam, desenvolvendo neles o desejo de liderar a transformação da sociedade portu- guesa que vivia o chamado período da Regeneração. Uma certa estabilidade política aliada a uma situação de desenvolvimento da banca e a um progresso social evidenciado pelo aparecimento do caminho de ferro, de novas estradas e mesmo de uma rede escolar marcou a vida do país de 1850 a 1870, aproximadamente, até porque havia a consciência de que era urgente modernizar Portugal, para que este benefi- ciasse dos melhoramentos de que grande parte da Europa já então usufruía. • Mudanças cultu- rais e sociais na Europa na segunda metade do séc. XIX. • A nova mentali- dade: – Darwin – Lamarck – Comte – Proudhon – Hegel • Papel da geração dos estudantes de Coimbra na transformação da sociedade portuguesa. • Consciência da necessidade de mudar o país, na tentativa de acompanhar a Europa.
  • 5. PORTUGUÊS|11.ºANO SABEROESSENCIAL 149 © AREAL EDITORES A–EÇADEQUEIRÓS,OSMAIAS A transformação social portuguesa fez-se sentir de múltiplas formas e para isso muito contribuiu a chamada “revolução do comboio”. Portugal, país essencialmente agrícola, pro- duzia vinho, azeite e cereais que eram, à época, consumidos, na sua maioria, localmente, sendo comercializado o excedente da produção por via dos almocreves. Ora, com o avanço das estradas e da linha férrea, foi possível um transporte mais rápido e seguro das mercado- rias. Aumenta o dinheiro nas aldeias, tendo a sua distribuição sido alterada: os pequenos proprietários passam a ter um rendimento que lhes permite mandar os filhos à escola, com- prar vestuário, mobilar melhor a sua casa. Na cidade, a instalação dos serviços administrativos aumenta o número de postos de trabalho, o comércio prolifera, sendo numerosos os indícios do crescimento e prosperidade de uma vasta e emergente classe média. A popula- ção de Lisboa mais do que duplica, sendo necessá- rio criar novas soluções de alojamento. A constru- ção civil é uma atividade que se torna atrativa e desencadeia o desenvolvimento fabril a ela asso- ciada (cerâmica, vidro, serrações). No entanto, Por- tugal não deixa de estar dependente de importa- ções, até porque o desenvolvimento nacional não acompanha o ritmo do desenvolvimento das nações industrializadas. As grandes cidades, Porto e Lisboa, não são aglomerados industriais, são antes locais de serviços e de consumo, situação, aliás, que se irá manter até ao final do século XIX. A migração para as grandes cidades torna-se significativa, mas nem todos aí encontram o posto de trabalho que procuram, tornando-se difícil a integração urbana daqueles que saíram do campo. Camponeses e burgueses continuam a ser as duas classes sociais estrutu- rantes da sociedade portuguesa, não tendo o proletariado expressividade, o que se reflete na ausência de peso político das movimentações socialistas no século XIX português. Surge a emigração, que é orientada para o Brasil, sobretudo do Norte e das Beiras. As transferências de divisas que se operam na altura contribuíram, de certa forma, para ate- nuar o desequilíbrio económico. Contudo, nem todos os emigrantes tiveram sucesso e, na época, falou-se mesmo de “escravatura branca”. O fluxo migratório provocou o despovoa- mento de aldeias inteiras e consequente agravamento da falta de mão de obra para a agricultura. A prosperidade da economia portuguesa era, então, aparente, e a dependência quase total em relação ao estrangeiro não ajudou à viabilização da independência económica relativamente aos países europeus mais desenvolvidos. É, assim, neste panorama que surge o grupo de jovens que configura a nova intelectua- lidade do país, grupo esse que visa a transformação social, moral e política de Portugal, no intuito de lhe conferir, novamente, um papel de relevo na Europa. • O papel do cami- nho de ferro na transformação da sociedade portuguesa. • As mudanças na sociedade portuguesa. • Porto e Lisboa: polos de desenvolvi- mento. • A sedução pelo espaço hurbano. • Emigração para o Brasil. • Dependência económica relati- vamente ao estrangeiro. • Aparecimento da Geração de 70.
  • 6. PORTUGUÊS|11.ºANO TESTE Grupo I Apresenta as tuas respostas de forma bem estruturada. A DESLUMBRAMENTOS Milady, é perigoso contemplá-la Quando passa aromática e normal, Com seu tipo tão nobre e tão de sala, Com seus gestos de neve e de metal. Sem que nisso a desgoste ou desenfade, Quantas vezes, seguindo-lhe as passadas, Eu vejo-a, com real solenidade, Ir impondo toilettes complicadas!… Em si tudo me atrai como um tesoiro: O seu ar pensativo e senhoril, A sua voz que tem um timbre de oiro E o seu nevado e lúcido perfil! Ah! Como me estonteia e me fascina… E é, na graça distinta do seu porte, Como a Moda supérflua e feminina, E tão alta e serena como a Morte!… Eu ontem encontrei-a, quando vinha, Britânica, e fazendo-me assombrar; Grande dama fatal, sempre sozinha, E com firmeza e música no andar! O seu olhar possui, num jogo ardente, Um arcanjo e um demónio a iluminá-lo; Como um florete, fere agudamente, E afaga como o pelo dum regalo! Pois bem. Conserve o gelo por esposo, E mostre, se eu beijar-lhe as brancas mãos, O modo diplomático e orgulhoso Que Ana d’Áustria mostrava aos cortesãos. 290 © AREAL EDITORES
  • 7. PORTUGUÊS|11.ºANO CESÁRIOVERDE.CÂNTICOSDOREALISMO,OLIVRODECESÁRIOVERDE TESTE E enfim prossiga altiva como a Fama, Sem sorrisos, dramática, cortante; Que eu procuro fundir na minha chama Seu ermo coração, como um brilhante. Mas cuidado, milady, não se afoite, Que hão de acabar os bárbaros reais; E os povos humilhados, pela noite, Para a vingança aguçam os punhais. E um dia, ó flor do Luxo, nas estradas, Sob o cetim do azul e as andorinhas, Eu hei de ver errar, alucinadas, E arrastando farrapos – as rainhas! 1. Atente no retrato feminino apresentado. 1.1. Faça a sua caracterização, apresentando cinco traços de caráter. 2. Explicite a relação existente entre o sujeito poético e esta personagem feminina. 3. Clarifique a atitude assumida pelo sujeito poético nas últimas quatro estrofes. B Poeta do imediato, Cesário é também um poeta da memória. […] Jacinto do Prado Coelho Considerando o estudo realizado sobre Cesário Verde, comente a afirmação transcrita num texto de oitenta a cento e trinta palavras, que revele um bom domínio dos mecanis- mos de coesão textual, tendo em conta os seguintes tópicos: – o quotidiano na poesia de Cesário Verde; – o jogo objetividade/subjetividade. 291 © AREAL EDITORES