1. 3º MÓDULO - 1ª PARTE da TAREFA
Tarefa 2
1 – Faça uma análise à realidade da escola e à capacidade de resposta ao processo e
identifique os factores que considere inovadores do mesmo.
2 – Delineie um plano de acção que contemple o conjunto de medidas necessárias à
alteração e sua consecução com sucesso.
Introdução
A BE/CRE está hoje envolvida num processo de mudança global, o que faz com
que ela surja cada vez mais em integração com a Escola e sobretudo com uma
ligação profunda e directa ao Ensino - Aprendizagem.
Ponto 1
A BE/CRE da minha Escola é em minha opinião um espaço dinâmico embora,
eu, só no final da aplicação deste Modelo de Auto-Avaliação, como agora nos surge,
possa aferir do que está menos bem ou até mal.
Constatarei nesta reflexão que a BE/CRE, da minha Escola, não tem processos
inibidores na ordem de estrutura interna, condições físicas e até de enriquecimento ou
recursos de informação (sendo que os recursos nunca são em excesso)!
Temos tentado assentar o sucesso do trabalho desenvolvido na BE/CRE e
sempre após, a sua avaliação fazendo-o depender essencialmente de três factores,
como aliás é referido num dos documentos apresentados para base de trabalho:
1 – Apoio dos órgãos Directivos.
2 – A cultura que foi desenvolvido na Escola.
3 – Os estilos aplicados no ensino -aprendizagem
Eu estou em acordo absoluto, quando se fala da importância do envolvimento do
órgão de Gestão, na BE/CRE sendo o seu apoio e reconhecimento uma mais valia
para o sucesso dos trabalhos e motivação dos recursos humanos que aí trabalham.
Isto faz-se sentir na BE da nossa Escola de uma forma extraordinária.
2. No meu caso a importância da relação da Escola/BE tem-se mostrado aberta,
com o desenvolvimento de trabalho comum e colectivo em que, a cultura da Escola é
de grande abertura à inovação e à mudança.
Sinto, porém, que os currículos e a forma como estão estruturados, são muitas
vezes inibidores de um trabalho mais profícuo e de sucesso no que respeita ao ensino
-aprendizagem e as práticas de transmissão do conhecimento condicionam a BE,
como aliás confirmam, teoricamente, os textos apresentados.
Como coordenadora, tenho tentado e, sem falsas modéstias, impor-me pela
capacidade que me é reconhecida de liderança e visão de uma Biblioteca actuante e
moderna em que os caminhos da tecnologia e digital têm sido uma preocupação da
equipa de forma a que o apoio à produção e comunicação da informação se adapte a
um espaço virado para estas novas realidades.
O ensino -aprendizagem está sempre presente no nosso plano de Acção.
Exemplo:
Nas sessões para as “Conversas Com Escritores” a preparação é feita em
consonância com os objectivos da disciplina de Português interagindo com todos os
professores e, a participação dos alunos é efectiva, quer na participação in loco das
mesmas, quer no debate, quer na avaliação final da actividade e trabalhos escritos
que os alunos elaboram para espólio da BE, incluindo opiniões pessoais.
A BE está presente na planificação de actividades, pesquisa de materiais,
organização, espaço e meios digitais e informáticos sempre em colaboração com
todos os intervenientes, alunos e professores das diferentes disciplinas.
Na BE/CRE, da minha Escola, as prioridades de acesso à documentação e a
facilidade com que é permitida pela Internet e o uso das TIC faz com que na BE, o
coordenador e a equipa estejam sempre em preparação para os novos desafios com
que nos vamos deparando. Temos a nítida visão de que neste campo nunca se está
verdadeiramente preparado o que, inibe um pouco o trabalho e o acompanhamento
dos alunos. Muitas vezes, a partilha entre os alunos, neste domínio, os mais bem
informados são cruciais para o desenvolvimento das TICs na BE/CRE. Ena ajuda que
prestam aos mais frágeis nesta área.
Neste momento na BE/CRE a noção é clara de que o sucesso dos alunos e a
ligação ao currículo implica:
3. 1 – O Professor Bibliotecário deve ser activo e actuante com vista aos resultados de
sucesso dos alunos e da Escola.
2 – Deve haver um trabalho de interacção entre o Professor Bibliotecário e os
Professores das diferentes disciplinas, através dos Coordenadores ou individualmente.
3 – O Professor Bibliotecário deve ser líder e deve conseguir “impor” a BE através da
comunicação com os diferentes intervenientes no processo educativo.
4 – O programa da BE deve assentar na ligação estreita ao Plano Educativo da Escola
e aos objectivos gerais da mesma.
5 – As diferentes literacias devem sempre estar no horizonte do Professor Bibliotecário
para que o apoio curricular possa ser feito mais sustentadamente
Ora a título de resumo direi que a liderança e visão estratégica são determinantes
para se fazer uma auto-avaliação do trabalho desenvolvido. E, na BE da minha Escola
tentamos sempre conseguir corresponder às implicações atrás referidas.
Estes cinco pontos referidos devem conduzir a uma avaliação de qualidade e “Todd
reforça o trabalho e a liderança interventiva e actuante do professor coordenador na
formação para as literacias e para a construção do conhecimento. A liderança
transformativa deve, segundo Todd, ser orientada pela recolha de evidências -
evidence based practice, já por nós referida”.
Estão também reunidas na BE/CRE da minha Escola as seguintes condições em
relação ao processo de auto-avaliação:
1 – O Director está envolvido e presta uma preciosa ajuda no aglutinar de vontades e
Acções.
2 – Os Professores, na generalidade, interagem comigo e com a equipa em geral ,no
processo ensino -aprendizagem.
3 – Os alunos para além das actividades programadas pelos professores e que
põem em prática o currículo, usam em grande maioria a BE/CRE e os seus recursos
de uma forma individual e por prazer.
4 – Os pais são convidados a interagir em várias actividades ao longe do ano e
procuram a BE e as actividades colaborando (sendo os horários de trabalho
inibidores, problema que nos ultrapassa). A Associação de pais tem sido um parceiro
activo e colaborante.
Ponto 2
4. Existem nestes clusters com os quais interajo além da dificuldade de horários que
já referi, um outro ponto inibidor que é o facto deste ano ter havido uma alteração
muito significativa do corpo docente por inerência de concurso e reforma o que vai
exigir um trabalho de base com os professores que vão iniciar o processo na Escola
e por vezes até a sua vida profissional activa.
Já iniciámos na BE/CRE um processo estruturado e interacção, com estes
profissionais, estando presente nas reuniões do Pré-escolar e 1º Ciclo, para conhecer
os docentes e apresentar o plano de Acção e o Plano Anual de Actividades e aceitar
propostas de trabalho de forma a levá-los a acreditar na utilidade do trabalho conjunto
para o sucesso do ensino - aprendizagem e criar laços de empatia que os levem a
valorizar as práticas propostas pela BE/CRE, utilizando o seu espaço e recursos.
No 2º e 3ºciclo é passada a mensagem da Be/CRE, através dos Coordenadores
com assento no Conselho pedagógico e já habituados e integrados no processo,
reunindo e programando com eles algumas actividades e interagindo no processo de
ensino - aprendizagem.
O Modelo de Auto-Avaliação actual será com certeza um processo difícil mas
ajudará as BEs a identificarem mais facilmente os seus pontos fortes e fracos e aplicar
medidas para de mudança para melhorar..
Nos textos propostos para leitura refere-se o seguinte: “Os indicadores da
avaliação são objectivos e não subjectivos, isto é, não poderei dizer:”eu penso” mas a
“evidência mostra” o que nos «empurra» para o novo Modelo.
Estas evidências devem ser recolhidas em diferentes horas e com diferentes
grupos frequentadores da BE/CRE, o que servirá de ajuda à reflexão.
Refere, ainda, um dos textos que devemos recolher evidências em três domínios:
1 – As capacidades desenvolvidas
2- Motivação
3- Qualidade de trabalho
A implementação deste Modelo deve ser levado muito a sério envolvendo neste
processo toda a Escola.
Será com certeza um processo lento, mas esperemos que dê resultado!