O documento discute dentes inclusos e impactados, incluindo suas causas, classificações, indicações e contraindicações para remoção, exames radiográficos, técnicas cirúrgicas e pós-operatório.
2. DENTES INCLUSOS E IMPACTADOS
“ O crescimento da caixa craniana em detrimento dos
maxilares e uma dieta cada vez menos exigente do sistema
estomatognático são causas da não erupção dos dentes. “
“ Geralmente, a impactação é o resultado de uma obstrução
mecânica, que impede a formação e a migração de um dente
ao seu estado normal ou posição fisiológica na arcada dental. “
3. Prevenção de doença periodontal
Prevenção de cárie
Prevenção de pericoronarite
Prevenção de reabsorção radicular
Dentes impactados sob prótese dentária
Prevenção de cistos e tumores odontogênicos
Facilitação do tratamento ortodôntico
Processos patológicos associado ao elemento.
Tratamento de dores em origem aparente
INDICAÇÕES
(PETERSON, 1998)
4. CONTRA-INDICAÇÕES
Má condição sistêmica do paciente
Proximidade com acidentes anatômicos
importantes
Pacientes idosos
Pacientes muito jovens
Processos infecciosos agudos
(PETERSON, 1998)
6. Classificação dos dentes inclusos
Natureza do tecido de recobrimento
- Avalia o tecido que recobre o elemento dental
Classificação de Winter
- Avalia o posicionamento do terceiro molar em relação ao longo
eixo fisiológico do segundo molar inferior.
Classificação de Pell & Gregory
- Avalia posicionamento do elemento no sentido ocluso-apical e
entre a distal do segundo molar e o ramo mandibular.
Classificação segundo o tipo de inclusão
- As inclusões podem ser ósseas, sub-mucosos e semi-inclusões.
Existem basicamente quatro classificações:
(PETERSON,1998)
7. Natureza do tecido de recobrimento
Intra-ósseo
Quando o dente perfura a
cortical óssea, permanece
incluso e coberto com mucosa
Totalmente circundado por
tecido ósseo
SubmucosoSemi-incluso
Comunicação com a
cavidade bucal
Não atinge a erupção
completa
(PETERSON, 1998)
8. Classificação de Winter
Avalia o posicionamento do terceiro molar em relação
ao longo eixo fisiológico do segundo molar inferior.
IMPACTADO VERTICALMESIOANGULAR
O molar incluso está paralelo
ao longo eixo do segundo molar.
De forma geral, são essas
inclusões as mais fáceis de
serem executadas.
Quando o terceiro
molar está voltado
para a mesial
DISTOANGULAR
O dente está voltado para a
distal em relação ao eixo do
segundo molar
Inclusão mais complicada de
ser resolvida
O dente está totalmente
“deitado”, com a face
oclusal voltada para o
segundo molar
HORIZONTAL
O dente está totalmente
deitado, com a face oclusal
voltada para vestibular ou
lingual.
HORIZONTAL
VESTIBULAR ou LINGUALINVERTIDO
O dente incluso está de
“cabeça para baixo”
(PETERSON, 1998)
9. Classificação de Pell & Gregory
Posicionamento do elemento em
relação ao ramo mandibular.
CLASSE I
A coroa, em seu diâmetro mesio
distal, está completamente à frente da
borda anterior do ramo ascendente.
CLASSE II
Quando o dente estiver
parcialmente dentro do ramo.
CLASSE III
Quando o dente estiver localizado
completamente dentro do ramo
ascendente da mandíbula.
Posicionamento do elemento em
relação profundidade relativa do
3º mol. incluso no osso
POSIÇÃO A
Acima do plano oclusal ou na
mesma linha do segundo molar.
POSIÇÃO B
A posição mais alta do dente
incluso encontra-se abaixo do plano
oclusal e acima da linha cervical do
2 mol.
POSIÇÃO C
A posição mais alta do dente incluso
encontra-se abaixo da linha cervical
do segundo molar.
(PETERSON, 1998)
10. Sistemas de classificação de dentes
inclusos Superiores
Natureza do tecido de recobrimento
Quanto à angulação
Posição A, B e C de Pell & Gregory
QUANTO À ANGULAÇÃO MESIO-DISTAL
VERTICAL MESIOANGULARDISTOANGULAR
QUANTO À ANGULAÇÃO VESTIBULO-PALATINO
Vestibular
Palatino
QUANTO À POSIÇÃO Pell & Gregory
POSIÇÃO A
Plano oclusal do 3º Molar no
mesmo nível que o do 2º Molar
POSIÇÃO B
Plano oclusal do 3º Molar entre o
plano oclusal e a cervical do 2º
Molar
POSIÇÃO C
Plano oclusal do 3º Molar abaixo
do plano oclusal e a cervical do
2º Molar
(PETERSON,1998)
11. Dificuldade de remoção de outros
dentes inclusos
Caninos superiores
Caninos inferiores
PM sup. e inferiores
Mesiodens
Na avaliação pré-operatória destes elementos, a
medida mais importante é determinar a posição do
dente no sentido vestibulopalatino.
(PETERSON, 1998)
12. Fatores que complicam a
técnica operatória
Curvatura anormal das raízes
Hipercementose
Proximidade com o canal mandibular ou
seio maxilar
Grande densidade óssea (idosos)
Espaço folicular coberto de osso
Anquilose
Músculo orbicular pequeno
Abertura de boca limitada
Língua grande e incontrolável
13. Procedimento cirúrgico
1- Retalho adequado
2- Remoção do tecido ósseo de revestimento
3- Odontosecção
4- Remoção do dente de seu alvéolo.
5- Toalete da cavidade e síntese.
ETAPAS BÁSICAS
(PETERSON,1998)
14. Retalho adequado
Dimensão apropriada
Suprimento sanguíneo
INCISÃO EM INVELOPE
- Para evitar danos na região lingual
Injúria ao nervo
- Hemorragia
O prolongamento distal da incisão
deve ser vestibularizada
15. RETALHO EM ENVELOPE
INDICAÇÕES
Dentes inclusos
localizados próximos
à região cervical dos
dentes adjacentes
erupcionados.
CONTRA-INDICAÇÕES
Dentes distantes da região
cervical dos dentes
adjacentes erupcionados
Paciente de prótese fixa
CANINO INCLUSO
16. Retalho em envelope com incisão relaxante
(Incisão de Newman)
Todos os dentes inclusos
deuma forma geral
Possibilidade de ampliação
Bom acesso e visualização
17. Incisão para terceiro molar superior
Apoio mesial do extrator
SEM RELAXANTECOM RELAXANTE
18. OSTEOCTOMAIS 3ºs MOLARES SUPERIORES
Remover com
cinzel, descoladores, fresa esférica nº
4, 5 ou 6, 702
Remover o osso até a linha equatória
do elemento
REMOVER Faces vestibular e mesial
19. OSTEOCTOMAIS 3ºs MOLARES INFERIORES
Remover com fresa esférica nº 4, 5 ou
6, 702
Remover o osso até a linha equatorial
do elemento
REMOVER Faces oclusal, vestibular e distal
EVITAR Face lingual
20. PLANEJAMENTO DA ODONTOSECÇÃO
O dente retido pode e deve ser cortado
em detrimento do osso do paciente.
O dente sairá seguindo o seu longo eixo.
Se estiver angulado, deve ser cortado.
Realizada com alta rotação e fresas cirúrgicas
laminadas esféricas (Nº 4, 5 ou 6)
Brocas tronco cônicas (702 ou 703) em peça reta
CORTE O
DENTE, PRESERVE O
PACIENTE
21. Raramente são seccionados
Cuidado com o uso de extratores
Evitar o deslocamneto do dente para
dentro de seio maxilar
ODONTOSECÇÃO
DENTES SUPERIORES
22. PLANEJAMENTO DA ODONTOSECÇÃO
INCLUSÃO VERTICAL
Seccionar e remover a
metade distal e depois o resto
do dente.
O acesso à volta do 2M é mais
difícil e requer uma remoção
maior de osso .
INCLUSÃO MESIOANGULAR
Seccionar e remover primeiro a
porção distal ou mesial e depois
o resto do dente
A odontossecção cria espaço entre o
terceiro molar e o ramo ascendente
INCLUSÃO DISTOANGULAR
Raízes divergentes devem ser
seccionadas
Requer grande osteoctomia
na porção distal
INCLUSÃO HORIZONTAL
1° Separação COROA-RAIZ
2 ° Remover a coroa e depois as
raízes
Se as raízes são divergentes separar
e remover individualmente.
DENTES INFERIORES
23. Retirada do dente de seu alvéolo
A aplicação de forças excessivas pode
resultar na fratura do dente, de uma
grande porção da cortical vestibular, do
2M ou até mesmo da mandíbula
ODONTOSECÇÃO
24. Toalete da cavidade
Remover restos dentários através de irrigação
Remover remanescentes do saco pericoronário
Utilizar a lima para regularizar espículas ósseas
Suturar
Compressão com gaze
25. Tracionamento de Caninos
Superiores Inclusos
Pode estar anquilosado REMOÇÃO
Exposição do elemento
Aplicação de dispositivo no elemento
Amarria na aparatologia fixa
26. PÓS-OPERATÓRIO
Instruções ao paciente
Medicação
Curativos e observações
Remoção de suturas após 7º ou 8º dia
Alta para o paciente