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Inovação e Tecnologia
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Brasília, 1º Sem de 2013
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Aula - Criatividade
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Contextualização
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Criatividade
“Uma organização repleta de pessoas criativas não
é necessariamente uma organização inovadora...
Isso pode até ser contraproducente”.
Philip Kotler
Reflexão
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Criatividade
“A criatividade tem mais a ver com a arte de
lidar com impossibilidades do que com a
capacidade de solucioná-las, aonde as mentes
mais analíticas obtém os melhores resultados.”
Philip Kotler
Conceito
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Criatividade
Conceito
• O processo de criar novas ideias
envolve a combinação de conceitos e
elementos existentes em novas e
originais associações;
• O radar é uma combinação de
elementos conhecidos: ondas de rádio,
amplificadores e osciloscópios;
• A Internet também é a combinação de
tecnologias disponíveis: computadores
e telecomunicações.
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Criatividade
Sob o ponto de vista humano: é a obtenção de novos arranjos de ideias e conceitos já existentes formando
novas táticas ou estruturas que resolvam um problema de forma incomum, ou obtenham resultados de valor
para um indivíduo ou uma sociedade. Criatividade pode também fazer aparecer resultados de valor estético
ou perceptual que tenham como característica principal uma distinção forte em relação às "ideias
convencionais“;
Sob o ponto de vista cognitivo: é o nome dado a um grupo de processos que procura variações em um
espaço de conceitos de forma a obter novas e inéditas formas de agrupamento, em geral selecionadas por
valor (ou seja, possuem valor superior às estruturas já disponíveis, quando consideradas separadamente).
Podem também ter valor similar às coisas que já se dispunha antes mas representam áreas inexploradas do
espaço conceitual (nunca usadas antes);
Sob o ponto de vista neurocientífico: É o conjunto de atividades exercidas pelo cérebro na busca de
padrões que provoquem a identificação perceptual de novos objetos que, mesmo usando "pedaços" de
estruturas perceptuais antigas, apresentem uma peculiar ressonância, caracterizadora do "novo valioso",
digno de atenção;
Sob o ponto de vista computacional: É o conjunto de processos cujo objetivo principal é obter novas
formas de arranjo de estruturas conceituais e informacionais de maneira a reduzir (em tamanho) a
representação de novas informações, através da formação de blocos coerentes e previamente inexistentes.
Vários Pontos de Vista....
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Criatividade
Mitos sobre a Criatividade
• Criatividade é inata, um dom e não
pode ser aprendida ou desenvolvida;
• Para ser criativo é necessário ser um
rebelde, louco, gênio ou artista;
• Inteligência é criatividade;
• Todos os novos produtos resultaram
de descobertas acidentais;
• Não há limites (ou parâmetros) para a
criatividade;
• A criatividade não acontece se há
pressão.
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Criatividade
Em 1968, os pesquisadores George Land e
Beth Jarman realizaram uma reveladora
pesquisa sobre criatividade com um grupo
de 1.600 jovens nos EUA. O estudo se
baseou nos testes usados pela NASA para
seleção de cientistas e engenheiros
inovadores. No primeiro teste as crianças
tinham entre 3 e 5 anos e 98% apresentaram
alta criatividade; o mesmo grupo foi testado
aos 10 anos e este percentual caiu para
30%; aos 15 anos, somente 12%
mantiveram um alto índice de criatividade.
Teste similar foi aplicado a mais de 200.000
adultos e somente 2% se mostraram
altamente criativos.
Fatos sobre a Criatividade
Teste feito pela NASA
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Criatividade
Pelo menos uma certeza:
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Criatividade
Bloqueios Mentais
• Paredes Mentais que nos impedem de
perceber corretamente o problema ou
conceber uma solução;
• Alguns são criados por nós mesmos:
temores, percepções, preconceitos,
experiências, emoções, etc;
• Outros são criados pelo ambiente:
tradições, valores, regras, pressões,
falta de apoio, conformismo, etc;
• Nos impede de ver um problema ou
uma solução de uma maneira não
convencional.
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Criatividade
Barreiras à Criatividade
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Criatividade
Bloqueios Culturais
• Barreiras que impomos a nós mesmos devido à
sociedade, cultura ou grupo que pertencemos;
• Rejeição do modo de pensar de pessoas ou grupos
diferentes;
• Alguns desses bloqueios:
o Aqui nós não pensamos deste jeito;
o Nosso jeito é o certo;
o Respeitamos nossas tradições;
o Não se mexe em time que está ganhando!
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Criatividade
Bloqueios Intelectuais e de Comunicação
• Falta de informação e conhecimento;
• Informação incorreta ou incompleta;
• Fixação funcional ou profissional;
• Crença na solução única;
• Uso inadequado ou inflexível de
métodos para solução de problemas;
• Inabilidade para formular e
expressar com clareza problemas e
ideias.
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Criatividade
Bloqueios Emocionais
• Desconforto em explorar e manipular
ideias;
• Nos impedem de comunicar nossas
ideias à outras pessoas:
o Medo de correr riscos;
o Receio de parecer ridículo ou tolo;
o Dificuldade de isolar o problema;
o Negativismo – assume que vai dar errado;
o Desconforto e insegurança com incertezas e
ambiguidades;
o Incapacidade de distinguir entre a realidade
e a fantasia.
Hardy
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Criatividade
Bloqueios de Percepção
• Obstáculos que nos impedem de perceber
claramente o problema ou a informação
necessária para resolvê-lo;
• Inabilidade para enxergar o problema sob
diversos pontos de vista:
o Estereótipos: assumindo que um item ou ideia
identificado não pode ter outro uso ou função, além
daquela já conhecida;
o Fronteiras imaginárias: projetamos fronteiras no
problema e na solução que não existem na realidade;
o Sobrecarga de informação: nos perdemos com a
quantidade de informações ao ponto perder o caminho
da solução.
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Criatividade
Podemos aprender a ser criativos?
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Criatividade
Fatores de Criatividade
Expertise Motivação
Habilidades
Criativo
• Expertise: conhecimentos
e habilidades básicas em
uma determinada área;
• Motivação: paixão pelo
trabalho e prazer na
solução dos problemas;
• Habilidade Criativa:
flexibilidade, imaginação,
curiosidade, fluência e
domínio dos princípios e
técnicas.
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Criatividade
Cérebro Criativo
Muitas áreas diferentes do
cérebro estão envolvidas no
ato de conceber de uma
solução criativa, ou seja,
atribuir ao lado direito ou
esquerdo, e,
consequentemente, ao lado
racional ou emocional a
criatividade, não tem
fundamento científico.
http://noticias.bol.uol.com.br/internacio
nal/2010/05/08/cientistas-tentam-
mapear-a-criatividade-no-cerebro.jhtm
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Criatividade
Como funciona o Cérebro Criativo
Os sete estados cerebrais associados ao pensamento criativo, segundo a pesquisadora Shelley
Carson, autora do livro “Seu Cérebro Criativo”:
Conectar - Estado de atenção desfocada que permite enxergar conexões entre objetos ou conceitos que
parecem naturalmente disparatados. Esse estado facilita gerar soluções múltiplas para um problema. É a
base para o pensamento divergente.
Pensar – Favorece usar informações armazenadas na memória para resolver um problema. É o que usamos
diariamente para o planejamento.
Visualizar – Favorece o pensamento não-verbal e a identificação de padrões entre conceitos
independentes. O pensamento tende a vir em metáforas. É o estado cerebral da imaginação.
Absorver – A cabeça se abre para novas ideias, conhecimento e experiências, sem críticas. Tudo fascina e
chama atenção.
Transformar – Nesse estado, a pessoa se sente inconformada, insatisfeita, ansiosa e dolorosamente
vulnerável. Mas motivada para se expressar. O mau humor é a deixa para buscar uma transformação do que
não está bom em algo melhor, por meio da arte e da performance.
Avaliar – É o estado da seleção, do olhar crítico. A pessoa julga o valor das ideias, conceitos, produtos,
comportamentos e até outras pessoas. Depois da geração de ideias criativas, o cérebro se prepara para
selecionar as que servem.
Seguir o fluxo – Os pensamentos e ações passam a fluir numa sequência harmoniosa, como se fossem
orquestrados por forças externas. É o que favorece a improvisação no jazz, a escrita narrativa da ficção e a
descoberta passo a passo de um novo fato científico.
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Criatividade
Ser criativo não é só ter
ideias originais – é pensar
em como torná-las
realidade...
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Criatividade
Teorias da Criatividade
 AArquitetura Cognitiva de Jean-François Richard
 Análise Fatorial e Pensamento Divergente
 Associacionismo
 Criatividade como Força Vital
 Criatividade como Gênio Intuitivo
 Criatividade como Inspiração Divina
 Criatividade como Loucura
 Criatividade e Inteligências Múltiplas
 Criatividade e os Hemisférios Cerebrais
 Criatividade e Psicanálise
 Criatividade e Psicologia Humana
 Gestalt
 Koestler e a Bissociação
 Laske e Inteligência Artificial
 Percepção e Representação
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Criatividade
Teorias da Criatividade
A Psicologia Cognitiva estuda os processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento.
Para a psicologia cognitiva, a cognição é entendida como um processo disparado por uma
situação, compreendida pelos mecanismos perceptivos do cérebro. Tal situação é uma
perturbação interna ao indivíduo, possivelmente fruto de uma ressonância causada por algum
fator externo.
Toda situação, para ser compreendida, deve ser representada pelo indivíduo. Portanto, pode-se
dizer que a representação é a construção de um “modelo de similaridade” para o mundo, com
base na experiência de vida e na varredura feita na memória em busca de situações análogas.
Caso não seja possível representar adequadamente a situação, o indivíduo irá recorrer aos seus
processos de raciocínio, buscando construir a representação para a situação a fim de poder
compreendê-la. Isso é o que acontece na resolução de problemas.
A Arquitetura Cognitiva de Jean-François Richard
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Criatividade
Teorias da Criatividade
A Arquitetura Cognitiva de Jean-François Richard
A relação entre conhecimentos,
representações e raciocínios é tal que
um complementa o outro. Em outras
palavras, os conhecimentos
existentes podem ser reforçados ou
refutados conforme surjam novas
representações de situações,
construídas por instrução (por meio
de representações “prontas” de
acontecimentos) ou por descoberta
(solução de problemas práticos, por
“tentativa e erro”)
Fonte: FIALHO, Francisco. Uma introdução à engenharia do conhecimento.
Florianópolis: UFSC, 1999 (apostila).
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Análise Fatorial e Pensamento Divergente
Categoria Descrição
- Cognitivas - Reconhecimento de informações
- Produtivas - Uso de informações
- Avaliativas - Julgamento daquilo que é reconhecido ou produzido
em função da adequação às exigências.
Segundo Guilford, a mente abrange 120 fatores ou capacidades diferentes – dos
quais 50 são conhecidos –, formando duas classes principais: capacidades de
memória e capacidades de pensamentos.
As capacidades de pensamentos são divididas em categorias, espécies e fatores,
conforme o quadro a seguir:
Quadro 1: As categorias de pensamento conforme Guilford
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Análise Fatorial e Pensamento Divergente
A fatoração de Guilford ainda determina uma segunda divisão para
as categorias produtivas, identificando duas espécies de
pensamentos: o convergente e o divergente. O pensamento
convergente move-se em direção a uma resposta determinada ou
convencional, a partir de um sistema de regras previamente
conhecido. Já o divergente tende a ocorrer quando o problema ainda
não é conhecido ou quando não existe ainda método definido para
resolvê-lo. A criatividade, portanto, estaria grandemente localizada
no pensamento divergente, que abrange onze fatores, apresentados
no quadro 2.
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Análise Fatorial e Pensamento Divergente
Fatores Descrição
Fluência vocabular Capacidade de produzir rapidamente palavras que preenchem exigências simbólicas especificadas.
Fluência ideativa Capacidade de trazer à tona muitas idéias numa situação relativamente livre de restrições, em que não é importante
a qualidade da resposta.
Flexibilidade semântica espontânea Capacidade ou disposição de produzir ideias variadas, quando livre o indivíduo para assim proceder.
Flexibilidade figurativa espontânea Tendência para perceber rápidas alternâncias em figuras visualmente percebidas.
Fluência associativa Capacidade de produzir palavras a partir de uma restrita área de significado.
Fluência expressionista Capacidade de abandonar uma organização de linhas percebida para ver outra.
Flexibilidade simbólica adaptativa Capacidade de, quando se trata com material simbólico, reestruturar um problema ou uma situação, quando
necessário.
Originalidade Capacidade ou disposição de produzir respostas raras, inteligentes e remotamente associadas.
Elaboração Capacidade de fornecer pormenores para completar um dado esboço ou esqueleto de alguma forma.
Redefinição simbólica Capacidade de reorganizar unidades em termos das respectivas propriedades simbólicas, dando novos usos aos
elementos.
Redefinição semântica Capacidade de alterar a função de um objeto ou parte dele, usando depois de maneira diversa.
Sensibilidade a problemas Capacidade de reconhecer que existe um problema.
Quadro 2: Fatores do pensamento divergente segundo Guilford
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Associacionismo
As raízes do associacionismo remontam a John Locke, no século XIX. Parte do
princípio de que o pensamento consiste em associar ideias, derivadas da experiência,
segundo as leis da frequência, da recência (temporalidade) e da vivacidade. Quanto
mais frequentemente, recentemente e vividamente relacionadas duas ideias, mais
provável se torna que, ao apresentar-se uma delas à mente, a outra a acompanhe.
Essa abordagem diz que, para se criar o novo, se parte do velho, em um processo de
tentativa e erro, por meio da combinação de ideias até que seja encontrado um arranjo
que resolva a situação. Há algumas críticas a essa teoria, como coloca Kneller:
Dificilmente, entretanto, o associacionismo se adapta aos fatos conhecidos da criatividade. Pensamento novo significa que
se retiraram do contexto ideias anteriores e se combinaram elas para formar pensamento original. Tal pensamento ignora
conexões estabelecidas e cria as suas próprias. Não seria fácil atribuir as ideias de uma criação criativa a conexões entre
ideias derivadas de experiência pregressa, uma vez numa criança relativamente incriativa experiências semelhantes podem
deixar de produzir uma única ideia original. Na verdade, seria de esperar que a confiança nas associações passadas
produzisse, em lugar de originalidade, respostas comuns e previsíveis.
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Criatividade como Força Vital
Reflexo da teoria da evolução de Darwin, a criatividade foi
considerada como manifestação de uma força inerente à vida. Assim,
a matéria inanimada não é criadora, uma vez que sempre produziu as
mesmas entidades, como átomos e estrelas, enquanto a matéria
orgânica é fundamentalmente criadora, pois está sempre gerando
novas espécies. Um dos principais expoentes dessa idéia é Sinnott
(1962), quando afirma que a vida é criativa porque se organiza e
regula a si mesma e porque está continuamente originando novidades
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Criatividade como Gênio Intuitivo
Esta explicação deve suas origens à noção do gênio, surgida no fim do
Renascimento, para explicar a capacidade criativa de Da Vinci, Vasari,
Telésio e Michelângelo. Durante o século XVIII, muitos pensadores
associaram criatividade e genialidade. Kant apud Kneller “entendeu
ser a criatividade um processo natural, que criava as suas
próprias regras; também sustentou que uma obra de criação
obedece a leis próprias, imprevisíveis; e daí concluiu que a
criatividade não pode ser ensinada formalmente”. Além de gênio,
essa teoria identifica a criação como uma forma saudável e altamente
desenvolvida da intuição, tornando o criador uma pessoa rara e
diferente. É a capacidade de intuir direta e naturalmente o que outras
pessoas só podem apurar divagando longamente que rege essa teoria.
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Criatividade como Inspiração Divina
Segundo Hallman (1964) apud Kneller (1978), uma das mais velhas
concepções da criatividade é a sua origem divina. A melhor expressão dessa
crença é creditada a Platão:
“E por essa razão Deus arrebata o espírito desses homens (poetas) e usa-os como seus ministros, da mesma
forma que com os adivinhos e videntes, a fim de que os que os ouvem saibam que não são eles que
proferem as palavras de tanto valor quando se encontram fora de si, mas que é o próprio Deus que fala e se
dirige por meio deles.”
Essa concepção ainda encontra defesa, por exemplo, em Maritain (1953): o
poder criativo depende do “reconhecimento da existência de um inconsciente,
ou melhor, pré-consciente espiritual, de que davam conta Platão e os sábios, e
cujo abandono em favor do inconsciente freudiano apenas é sinal da estupidez
de nosso tempo”.
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Criatividade como Loucura
Também creditada à Antiguidade, esta
explicação concebe a criatividade como forma de
loucura, dada a sua aparente espontaneidade e
sua irracionalidade. Platão, novamente, parece
haver visto pouca diferença entre a visitação
divina e o frenesi da loucura. Durante o século
XIX, Lombroso (1891) alegou que a natureza
irracional ou involuntária da arte criadora deve
ser explicada patologicamente
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Criatividade e Inteligências Múltiplas
A teoria das inteligências múltiplas trata das potencialidades humanas. Seu autor,
Howard Gardner (1995), observando que a inteligência possuía maior abrangência,
concebeu sua teoria como uma explicação da cognição humana que pode ser
submetida a testes empíricos e definiu inteligência como “a capacidade de resolver
problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes
comunitários.”[1] Essa definição, propositadamente, aproxima-se muito do que
Gardner (1982) considera a própria essência da criatividade[2].
As informações preliminares da pesquisa foram sistematizadas em sete inteligências:
linguística ou verbal, lógico-matemática, espacial, musical, corporal-cinestésica,
interpessoal e intrapessoal. Recentemente, foi incluída a inteligência naturalística, e
encontra-se em consideração a inclusão da inteligência espiritual. O quadro seguinte
descreve a natureza de cada inteligência.
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Criatividade e Inteligências Múltiplas
Inteligência Características
Linguística ou verbal
- Habilidade de expressão
- Facilidade para se comunicar
- Aprecia a leitura
- Possui amplo vocabulário
- Competência para debates
- Transmite informações complexas com facilidade
- Absorve informações verbais rapidamente
Lógico-matemática
- Facilidade para detalhes e análises
- Sistemáticas no pensamento e no comportamento
- Prefere abordar os problemas por etapas (passo a passo)
- Discernimento entre padrões e relações entre objetos e
números
Espacial
- Sua percepção do mundo é multidimensional
- Facilidade para distinguir objetos no espaço
- Bom senso de orientação
- Prefere a linguagem visual à verbal
As inteligências múltiplas de Howard Gardner
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Criatividade e Inteligências Múltiplas
Inteligência Características
Musical
- Bom senso de ritmo
- Identificação com sons e instrumentos musicais
- A música evoca emoções e imagens
- Boa memória musical
Corporal-cinestésica
- Boa mobilidade física
- Prefere aprender "fazendo"
- Prefere trabalhos manuais
- Facilidade para apresentações como danças e esportes corporais
Interpessoal
- Facilidade para comunicação
- Aprecia a companhia de outras pessoas
- Prefere esportes em equipe
Intrapessoal
- Reflexiva e introspectiva
- Capaz de pensamentos independentes
- Autodesenvolvimento e autorrealização
Naturalística
- Confortável com os elementos da natureza
- Bom entendimento de funções biológicas
- Interesse em questões como a origem do universo, evolução da vida e
preservação da saúde
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Criatividade e Inteligências Múltiplas
Inteligência Características
Musical
- Bom senso de ritmo
- Identificação com sons e instrumentos musicais
- A música evoca emoções e imagens
- Boa memória musical
Corporal-cinestésica
- Boa mobilidade física
- Prefere aprender "fazendo"
- Prefere trabalhos manuais
- Facilidade para apresentações como danças e esportes corporais
Interpessoal
- Facilidade para comunicação
- Aprecia a companhia de outras pessoas
- Prefere esportes em equipe
Intrapessoal
- Reflexiva e introspectiva
- Capaz de pensamentos independentes
- Autodesenvolvimento e autorrealização
Naturalística
- Confortável com os elementos da natureza
- Bom entendimento de funções biológicas
- Interesse em questões como a origem do universo, evolução da vida e
preservação da saúde
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Criatividade e Psicanálise
Para Freud apud Alencar (1993), a criatividade está relacionada à
imaginação, que estaria presente nas brincadeiras e nos jogos da
infância. Nessas ocasiões, a criança produz um mundo imaginário, com
o qual interage rearranjando os componentes desse mundo de novas
maneiras. Da mesma forma, o indivíduo criativo na vida adulta
comporta-se de maneira semelhante, fantasiando sobre um mundo
imaginário, que, porém, discrimina da realidade. As forças motivadoras
de tais fantasias seriam os desejos não satisfeitos, e cada fantasia, a
correção de uma realidade insatisfatória. Essa característica de
sublimação estaria vinculada, portanto, à necessidade de gratificação
sexual ou de outros impulsos reprimidos, levando o indivíduo a canalizar
suas fantasias para outras realidades.
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Criatividade e Psicologia Humana
Surgiu como uma forma de protesto à imagem limitada do ser humano imposta pela psicanálise. Seus
principais representantes são Maslow, Rollo May e Carl Rogers, e suas principais ênfases são o valor
intrínseco do indivíduo, que é considerado como fim em si mesmo; o potencial humano para desenvolver-se;
e as diferenças individuais.
Rogers (1959, 1962) apud Alencar (1993) considera que a criatividade é a tendência do homem para
atualizar-se e concretizar suas potencialidades. Para isso, deveria possuir três características:
• abertura à experiência, a qual implica ausência de rigidez, uma tolerância à ambiguidade e permeabilidade maior aos
conceitos, opiniões, percepções e hipóteses;
• habilidade para viver o momento presente, com o máximo de adaptabilidade, organização contínua do self e da personalidade;
• confiança no organismo como um meio de alcançar o comportamento mais satisfatório em cada momento existencial.
Rogers, portanto, enfatiza a relação do sujeito com o meio e a sua própria individualidade, acreditando na
originalidade e na singularidade. Maslow (1967, 1969) apud Alencar (1993) possui posição similar,
considerando a abertura à experiência como uma característica da criatividade auto realizadora. Já Rollo May
(1976) identifica a criatividade como saúde emocional e expressão das pessoas normais no ato de se auto
realizar. Como os demais humanistas, considera a interação pessoa-ambiente como fundamental para a
criação. Assim, não basta apenas o impulso em auto realizar-se: “também as condições presentes na
sociedade, a qual deve possibilitar à pessoa liberdade de escolha e ação”, fazem parte do processo criativo.
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Gestalt
Wertheimer (1945) apud Kneller (1978) afirma que o pensamento criador é uma
reconstrução de gestalts estruturalmente deficientes. A criação tem seu início com
uma configuração problemática, que, de certa forma, se mostra incompleta, porém
permite ao criador uma visão sistêmica da situação. A partir das dinâmicas, das forças
e das tensões do próprio problema, são estabelecidas linhas de tensão semelhantes na
mente do criador. Para “fechar” a gestalt, deve-se restaurar a harmonia do todo. Nas
palavras do próprio Wertheimer, “o processo todo é uma linha consciente de
pensamento. Não é uma adição de operações díspares, agregadas. Nenhum passo é
arbitrário, de função conhecida. Pelo contrário, cada um deles é dado com visão de
toda a situação.” A teoria da gestalt não explica como surge a configuração inicial,
mesmo que problemática, a partir da qual o criador começa a desenvolver seu
trabalho. É, portanto, incapaz de explicar a capacidade de fazer perguntas originais,
não sugeridas diretamente pelos fatos a sua disposição. Entretanto, para resolver a
gestalt, é necessária uma reorganização do campo perceptual, o que sugere a relação
existente entre percepção e pensamento.
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Gestalt
Gestalt, palavra alemã sem tradução exata em
português, refere-se a um processo de dar forma, de
configurar "o que é colocado diante dos olhos, exposto
ao olhar": a palavra gestalt tem o significado "(...)de
uma entidade concreta, individual e característica,
que existe como algo destacado e que tem uma forma
ou configuração como um de seus atributos."
A Gestalt ou psicologia da forma, surgiu no início do
século XX e trabalha com dois conceitos: supersoma e
transponibilidade. De acordo com a teoria gestáltica,
não se pode ter conhecimento do "todo" por meio de
suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas
partes: "(...) "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas
sim um terceiro elemento "C", que possui
características próprias".
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Koestler e a Bissociação
Koestler (1964) apud Kneller (1978) apresenta uma teoria da criatividade que tenta integrar
todas as suas expressões – ciência, arte e humor. Sua fundamentação lança recursos da
psicologia, da neurologia, da fisiologia, da genética e diversas ciências na proposição de um
padrão comum – a bissociação –, que consiste na conexão de níveis de experiência ou
sistemas de referências. Koestler argumenta que, no pensamento comum, a pessoa segue
rotineiramente em um mesmo plano de experiências, enquanto, no criador, pensa
simultaneamente em mais de um sistema de referências.
A formação de tais planos de experiências pressupõe a existência de estruturas de
pensamentos e de comportamentos já adquiridos, que dão coerência e estabilidade, mas
deixam pouco espaço para a inovação. Todo padrão de pensamento ou de comportamento
(que Koestler chamou de “matriz”) é regido por um conjunto de normas (ou “código”), que
tanto pode ser aprendido quanto inato. Esse código possui uma certa flexibilidade e pode
reagir a algumas circunstâncias.
A explosão criadora ocorre quando duas ou mais matrizes independentes interagem entre si.
O resultado, segundo Koestler, pode-se apresentar de três formas (ver quadro 1).
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Koestler e a Bissociação
Tipo de
Interação
Resultado Explicação
Colisão Humor É a interseção de duas matrizes, cada qual consistente por si mesma, porém
em conflito com a outra. No decorrer da bissociação, emoção e pensamento
separam-se abruptamente. Esse conflito causa uma tensão emocional e
resolve-se em riso.
Fusão Ciência A criação surge do encontro de duas matrizes até então desprovidas de
relação. Trata-se de uma convergência de pensamentos em direção a um
objetivo previamente estipulado – as matrizes fundem-se em uma nova
síntese.
Confrontação Arte As matrizes não se fundem nem colidem, mas ficam justapostas. Os padrões
fundamentais de experiência são expressos novamente a cada novo olhar, em
cada época ou cultura. Há uma transposição dos sistemas de referências.
Koestler vai ainda mais longe, ao relacionar a criatividade a todas as formas de padrões existentes: a
criatividade manifestada na ciência, na arte e no humor tem análogos em todos os níveis da hierarquia
orgânica, desde o mais simples organismo unicelular até o maior dos gênios humanos. Todo padrão de
pensamento, ou ação, organizado – toda matriz, afinal – é governada por um código de regras, sem deixar de
possuir entretanto um certo grau de flexibilidade em sua adaptação às condições do meio ambiente.
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Laske e a Inteligência Artificial
Laske (1993) considera a criatividade como “um artefato linguístico feito para facilitar a
síntese de observações e de hipóteses sobre a habilidade dos seres humanos de validar suas
experiências ou mesmo de transcender a si mesmos”. A partir desse conceito, constrói uma
visão da criatividade sustentada em uma abordagem dialética entre crença e performance. A
crença é um conceito emprestado das ciências sociais, que parte do princípio de que a
criatividade está presente a priori na espécie humana, e os esforços da ciência devem ser no
sentido de demonstrá-la. A performance, por outro lado, deriva da abordagem computacional
da criação e procura descobrir como produzir criatividade a partir da formalização dos
processos mentais e sua implementação em sistemas de inteligência artificial.
Os dois enfoques, entretanto, têm convivido em conflito. A abordagem social não consegue
descrever os processos da criatividade; e a computacional força uma redefinição do conceito
de domínio. A conciliação dessas duas abordagens permite a construção e a validação de
modelos que podem vir a demonstrar e explicar como a criatividade ocorre e funciona –
abordam, portanto, a linha social e a computacional.
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Criatividade
Teorias da Criatividade
Percepção e Representação
O conhecimento do mundo é baseado em representações de situações vivenciadas, reforçadas
ou refutadas por repetição de situações análogas. A aquisição de tais representações é fruto do
sistema sensitivo que equipa a espécie humana, compreendendo a visão, a audição, o tato, o
paladar e o olfato. Esses sentidos formam o prisma pelo qual o mundo é percebido e são
construções próprias e exclusivas de cada pessoa. A ótica pela qual determinada situação é
representada depende da bagagem cognitiva e evidencia maneiras diferentes para atuar como
resposta às perturbações internas que cada pessoa sofre.
A montagem das representações passa necessariamente por mecanismos de assimilação da
realidade – visão, tato, olfato, audição e paladar. Por meio deles, o cérebro monta esquemas que
buscam explicar a realidade e “enquadrar” o mundo de forma coerente. Cada novo esquema
pode reforçar um esquema anterior, sedimentando o conhecimento; gerar um novo
conhecimento quando se depara com uma situação original; ou refutar fatos conhecidos quando
a solução para um problema mostra-se ineficaz na situação atual. São nesses casos que a pessoa
demonstra poder criativo, buscando respostas que eram inexistentes ou inadequadas.
Representar, para os cognitivistas, significa compreender uma situação. E a forma como cada
problema é compreendido constitui fator fundamental para a sua solução.
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Criatividade
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Criatividade
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Criatividade
Hedy
Lamarr
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Criatividade
Lamarr inventou o sistema que serviu de base para
os celulares. Durante a Segunda Guerra Mundial,
criou um sofisticado aparelho de interferência em
rádio para despistar radares nazistas e o patenteou
em 1940.
A ideia surgiu ao lado do compositor George Antheil
em frente a um piano. Eles brincavam de dueto, ela
repetindo em outra escala as notas que ele tocava,
experimentando o controle dos instrumentos. Ela
percebeu que duas pessoas podem conversar entre si
mudando frequentemente o canal de comunicação.
Basta que façam isso simultaneamente.
Juntos, Antheil e Lamarr submeteram a ideia ao
Departamento de Guerra norte-americano, que o
recusou, em junho de 1941. Em agosto de 1942, foi
patenteado por Antheil e "Hedy Kiesler Markey". A
versão inicial consistia na troca de 88 frequências e
era feito para despistar radares, mas a ideia pareceu
difícil de realizar na época.
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Criatividade
A ideia não foi concretizada até 1962, quando passou a
ser utilizada por tropas militares dos EUA em Cuba,
quando a patente já expirara; a empresa Sylvania
adaptou a invenção. Ficou desconhecida, ainda, até
1997, quando a Electronic Frontier Foundation deu a
Lamarr um prêmio por sua contribuição.[1] Em 1998, a
"Ottawa wireless technology" desenvolveu Wi-LAN,
Inc. "adquirindo 49% da patente de Lamarr“.
A ideia do aparelho de frequência de Lamarr e
Antheil serviu de base para a moderna tecnologia de
comunicação, usada em conexões de Wi-Fi e CDMA
usada em telefones celulares.
Considerada a "mãe do telefone celular", Lamarr notara
como era fácil a um terceiro bloquear o sinal contínuo
usado para o controle dos mísseis. Apesar de ter
patenteado a ideia de uma frequência que fosse variável
no percurso entre emissor e receptor, não ganhou
dinheiro com isto. Em 1997 recebeu do Governo dos
Estados Unidos da América menção honrosa "por abrir
novos caminhos nas fronteiras da eletrônica".
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Criatividade
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Criatividade
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Criatividade
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Criatividade
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Criatividade
Case Kolynos-Sorriso
Em 1995 a Colgate-Palmolive adquiriu a Kolynos (no Brasil desde
1917). Após 2 anos de discussão e envolvimento do CADE, chegou-se
a uma solução para atender aos envolvidos e concorrentes: a Kolynos
tiraria do mercado por 4 anos seu carro-chefe, o creme dental, líder de
mercado há décadas. Imaginaram que seria tempo suficiente para que
outros atores pudessem se apresentar ao mercado e romper com um
caso de sucesso que era quase unanimidade....
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Criatividade
Case Kolynos-Sorriso
Porém a empresa trabalhou rápido e lançou o creme dental SORRISO,
um sucesso que rapidamente alcançou a liderança que a Kolynos tinha
no mercado (ações de Marketing intensas, Faustão, etc foram utilizadas
de forma maciça)
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Criatividade
Case Kolynos-Sorriso
Coincidência???
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Criatividade
Case Kolynos-Sorriso
Óbvio que o sucesso não ficaria barato. Os concorrentes, incomodados
com o sucesso imediato da marca Sorriso, reclamaram da semelhança
entre as embalagens, que fazia clara associação ao produto antigo.
Problema: o CADE acatou a queixa e obrigou a empresa a remodelar a
embalagem do Sorriso, além de obrigar a empresa a recolher todas as
embalagens de todos os supermercados, atacadistas, farmácias, etc.
Apesar da empresa ter remodelado rapidamente a embalagem para
recolocá-lo no mercado, o que fazer com tudo que foi recolhido?
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Criatividade
Case Kolynos-Sorriso
A solução mais óbvia veio à tona: EXPORTAR OS ESTOQUES!
PROBLEMAS:
• Importadores de vários países não queriam investir em um produto
desconhecido em seus mercados;
• Os volumes eram tão grandes que levariam muito tempo para serem
consumidos;
• Como investir em um produto que já estaria sendo modificado?
• O custo de armazenamento só aumentava;
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Criatividade
Case Kolynos-Sorriso
Na falta de uma solução criativa, tomou-se uma decisão:
Destruir o estoque!
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Criatividade
Case Kolynos-Sorriso
Diante da falta de uma solução, de ideias.... Muda-se o foco: ao invés
de exportar o estoque, como recuperar os US$ 5Mi de dólares de
prejuízo que a destruição do estoque representaria?
NOVA IDEIA: TROCAR O ESTOQUE!!
Após um ciclo de pesquisas e avaliações, encontraram a empresa
americana ARGENT ATWOOD, especializada em intermediar
permutas entre empresas.
RESULTADO: trocaram o estoque com uma empresa interessada
nos creme dentais, evitando assim um prejuízo de US$ 5Milhões!!!
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Solução
obtida para
um problema
ou ponto de
tensão
Ideia
Conceito Básico
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Ideia
O termo ideia é usado em duas acepções: como sinônimo de
conceito ou, num sentido mais lato, como expressão que traz
implícita uma presença de intencionalidade.
A palavra deriva do grego idea ou eidea, cuja raiz etimológica é
eidos – imagem. O seu significado, desde a origem, implica a
controvérsia entre a teoria da extromissão (Platão) e a da intromissão
(Aristóteles). No centro da polémica está o conceito de representação
do real (realidade).
Conceito
Prof. MSc. Anderson Ferreira
Ideia
Eureka
A história conta que Arquimedes pronunciou esta palavra após descobrir que o volume de qualquer corpo
pode ser calculado medindo o volume de água movida quando o corpo é submergido na água, conhecido
como o Princípio de Arquimedes. Esta descoberta foi feita quando se encontrava na banheira, pelo que
saiu nu para as ruas de Siracusa gritando Eureka!. Eureka significa "encontrar“. A palavra "Eureka" usa-se
hoje em dia como celebração de uma descoberta, um achado ou o fim de uma busca.

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Criatividade e Inovação na Era Digital

  • 1. Prof. MSc. Anderson Ferreira Inovação e Tecnologia Prof. MSc. Anderson Ferreira Brasília, 1º Sem de 2013
  • 2. Prof. MSc. Anderson Ferreira Aula - Criatividade
  • 3. Prof. MSc. Anderson Ferreira Contextualização
  • 4. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade “Uma organização repleta de pessoas criativas não é necessariamente uma organização inovadora... Isso pode até ser contraproducente”. Philip Kotler Reflexão
  • 5. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade “A criatividade tem mais a ver com a arte de lidar com impossibilidades do que com a capacidade de solucioná-las, aonde as mentes mais analíticas obtém os melhores resultados.” Philip Kotler Conceito
  • 6. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Conceito • O processo de criar novas ideias envolve a combinação de conceitos e elementos existentes em novas e originais associações; • O radar é uma combinação de elementos conhecidos: ondas de rádio, amplificadores e osciloscópios; • A Internet também é a combinação de tecnologias disponíveis: computadores e telecomunicações.
  • 7. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Sob o ponto de vista humano: é a obtenção de novos arranjos de ideias e conceitos já existentes formando novas táticas ou estruturas que resolvam um problema de forma incomum, ou obtenham resultados de valor para um indivíduo ou uma sociedade. Criatividade pode também fazer aparecer resultados de valor estético ou perceptual que tenham como característica principal uma distinção forte em relação às "ideias convencionais“; Sob o ponto de vista cognitivo: é o nome dado a um grupo de processos que procura variações em um espaço de conceitos de forma a obter novas e inéditas formas de agrupamento, em geral selecionadas por valor (ou seja, possuem valor superior às estruturas já disponíveis, quando consideradas separadamente). Podem também ter valor similar às coisas que já se dispunha antes mas representam áreas inexploradas do espaço conceitual (nunca usadas antes); Sob o ponto de vista neurocientífico: É o conjunto de atividades exercidas pelo cérebro na busca de padrões que provoquem a identificação perceptual de novos objetos que, mesmo usando "pedaços" de estruturas perceptuais antigas, apresentem uma peculiar ressonância, caracterizadora do "novo valioso", digno de atenção; Sob o ponto de vista computacional: É o conjunto de processos cujo objetivo principal é obter novas formas de arranjo de estruturas conceituais e informacionais de maneira a reduzir (em tamanho) a representação de novas informações, através da formação de blocos coerentes e previamente inexistentes. Vários Pontos de Vista....
  • 8. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Mitos sobre a Criatividade • Criatividade é inata, um dom e não pode ser aprendida ou desenvolvida; • Para ser criativo é necessário ser um rebelde, louco, gênio ou artista; • Inteligência é criatividade; • Todos os novos produtos resultaram de descobertas acidentais; • Não há limites (ou parâmetros) para a criatividade; • A criatividade não acontece se há pressão.
  • 9. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Em 1968, os pesquisadores George Land e Beth Jarman realizaram uma reveladora pesquisa sobre criatividade com um grupo de 1.600 jovens nos EUA. O estudo se baseou nos testes usados pela NASA para seleção de cientistas e engenheiros inovadores. No primeiro teste as crianças tinham entre 3 e 5 anos e 98% apresentaram alta criatividade; o mesmo grupo foi testado aos 10 anos e este percentual caiu para 30%; aos 15 anos, somente 12% mantiveram um alto índice de criatividade. Teste similar foi aplicado a mais de 200.000 adultos e somente 2% se mostraram altamente criativos. Fatos sobre a Criatividade Teste feito pela NASA
  • 10. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Pelo menos uma certeza:
  • 11. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Bloqueios Mentais • Paredes Mentais que nos impedem de perceber corretamente o problema ou conceber uma solução; • Alguns são criados por nós mesmos: temores, percepções, preconceitos, experiências, emoções, etc; • Outros são criados pelo ambiente: tradições, valores, regras, pressões, falta de apoio, conformismo, etc; • Nos impede de ver um problema ou uma solução de uma maneira não convencional.
  • 12. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Barreiras à Criatividade
  • 13. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Bloqueios Culturais • Barreiras que impomos a nós mesmos devido à sociedade, cultura ou grupo que pertencemos; • Rejeição do modo de pensar de pessoas ou grupos diferentes; • Alguns desses bloqueios: o Aqui nós não pensamos deste jeito; o Nosso jeito é o certo; o Respeitamos nossas tradições; o Não se mexe em time que está ganhando!
  • 14. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Bloqueios Intelectuais e de Comunicação • Falta de informação e conhecimento; • Informação incorreta ou incompleta; • Fixação funcional ou profissional; • Crença na solução única; • Uso inadequado ou inflexível de métodos para solução de problemas; • Inabilidade para formular e expressar com clareza problemas e ideias.
  • 15. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Bloqueios Emocionais • Desconforto em explorar e manipular ideias; • Nos impedem de comunicar nossas ideias à outras pessoas: o Medo de correr riscos; o Receio de parecer ridículo ou tolo; o Dificuldade de isolar o problema; o Negativismo – assume que vai dar errado; o Desconforto e insegurança com incertezas e ambiguidades; o Incapacidade de distinguir entre a realidade e a fantasia. Hardy
  • 16. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Bloqueios de Percepção • Obstáculos que nos impedem de perceber claramente o problema ou a informação necessária para resolvê-lo; • Inabilidade para enxergar o problema sob diversos pontos de vista: o Estereótipos: assumindo que um item ou ideia identificado não pode ter outro uso ou função, além daquela já conhecida; o Fronteiras imaginárias: projetamos fronteiras no problema e na solução que não existem na realidade; o Sobrecarga de informação: nos perdemos com a quantidade de informações ao ponto perder o caminho da solução.
  • 17. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Podemos aprender a ser criativos?
  • 18. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Fatores de Criatividade Expertise Motivação Habilidades Criativo • Expertise: conhecimentos e habilidades básicas em uma determinada área; • Motivação: paixão pelo trabalho e prazer na solução dos problemas; • Habilidade Criativa: flexibilidade, imaginação, curiosidade, fluência e domínio dos princípios e técnicas.
  • 19. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Cérebro Criativo Muitas áreas diferentes do cérebro estão envolvidas no ato de conceber de uma solução criativa, ou seja, atribuir ao lado direito ou esquerdo, e, consequentemente, ao lado racional ou emocional a criatividade, não tem fundamento científico. http://noticias.bol.uol.com.br/internacio nal/2010/05/08/cientistas-tentam- mapear-a-criatividade-no-cerebro.jhtm
  • 20. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Como funciona o Cérebro Criativo Os sete estados cerebrais associados ao pensamento criativo, segundo a pesquisadora Shelley Carson, autora do livro “Seu Cérebro Criativo”: Conectar - Estado de atenção desfocada que permite enxergar conexões entre objetos ou conceitos que parecem naturalmente disparatados. Esse estado facilita gerar soluções múltiplas para um problema. É a base para o pensamento divergente. Pensar – Favorece usar informações armazenadas na memória para resolver um problema. É o que usamos diariamente para o planejamento. Visualizar – Favorece o pensamento não-verbal e a identificação de padrões entre conceitos independentes. O pensamento tende a vir em metáforas. É o estado cerebral da imaginação. Absorver – A cabeça se abre para novas ideias, conhecimento e experiências, sem críticas. Tudo fascina e chama atenção. Transformar – Nesse estado, a pessoa se sente inconformada, insatisfeita, ansiosa e dolorosamente vulnerável. Mas motivada para se expressar. O mau humor é a deixa para buscar uma transformação do que não está bom em algo melhor, por meio da arte e da performance. Avaliar – É o estado da seleção, do olhar crítico. A pessoa julga o valor das ideias, conceitos, produtos, comportamentos e até outras pessoas. Depois da geração de ideias criativas, o cérebro se prepara para selecionar as que servem. Seguir o fluxo – Os pensamentos e ações passam a fluir numa sequência harmoniosa, como se fossem orquestrados por forças externas. É o que favorece a improvisação no jazz, a escrita narrativa da ficção e a descoberta passo a passo de um novo fato científico.
  • 21. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Ser criativo não é só ter ideias originais – é pensar em como torná-las realidade...
  • 22. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade  AArquitetura Cognitiva de Jean-François Richard  Análise Fatorial e Pensamento Divergente  Associacionismo  Criatividade como Força Vital  Criatividade como Gênio Intuitivo  Criatividade como Inspiração Divina  Criatividade como Loucura  Criatividade e Inteligências Múltiplas  Criatividade e os Hemisférios Cerebrais  Criatividade e Psicanálise  Criatividade e Psicologia Humana  Gestalt  Koestler e a Bissociação  Laske e Inteligência Artificial  Percepção e Representação
  • 23. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade A Psicologia Cognitiva estuda os processos de aprendizagem e de aquisição de conhecimento. Para a psicologia cognitiva, a cognição é entendida como um processo disparado por uma situação, compreendida pelos mecanismos perceptivos do cérebro. Tal situação é uma perturbação interna ao indivíduo, possivelmente fruto de uma ressonância causada por algum fator externo. Toda situação, para ser compreendida, deve ser representada pelo indivíduo. Portanto, pode-se dizer que a representação é a construção de um “modelo de similaridade” para o mundo, com base na experiência de vida e na varredura feita na memória em busca de situações análogas. Caso não seja possível representar adequadamente a situação, o indivíduo irá recorrer aos seus processos de raciocínio, buscando construir a representação para a situação a fim de poder compreendê-la. Isso é o que acontece na resolução de problemas. A Arquitetura Cognitiva de Jean-François Richard
  • 24. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade A Arquitetura Cognitiva de Jean-François Richard A relação entre conhecimentos, representações e raciocínios é tal que um complementa o outro. Em outras palavras, os conhecimentos existentes podem ser reforçados ou refutados conforme surjam novas representações de situações, construídas por instrução (por meio de representações “prontas” de acontecimentos) ou por descoberta (solução de problemas práticos, por “tentativa e erro”) Fonte: FIALHO, Francisco. Uma introdução à engenharia do conhecimento. Florianópolis: UFSC, 1999 (apostila).
  • 25. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Análise Fatorial e Pensamento Divergente Categoria Descrição - Cognitivas - Reconhecimento de informações - Produtivas - Uso de informações - Avaliativas - Julgamento daquilo que é reconhecido ou produzido em função da adequação às exigências. Segundo Guilford, a mente abrange 120 fatores ou capacidades diferentes – dos quais 50 são conhecidos –, formando duas classes principais: capacidades de memória e capacidades de pensamentos. As capacidades de pensamentos são divididas em categorias, espécies e fatores, conforme o quadro a seguir: Quadro 1: As categorias de pensamento conforme Guilford
  • 26. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Análise Fatorial e Pensamento Divergente A fatoração de Guilford ainda determina uma segunda divisão para as categorias produtivas, identificando duas espécies de pensamentos: o convergente e o divergente. O pensamento convergente move-se em direção a uma resposta determinada ou convencional, a partir de um sistema de regras previamente conhecido. Já o divergente tende a ocorrer quando o problema ainda não é conhecido ou quando não existe ainda método definido para resolvê-lo. A criatividade, portanto, estaria grandemente localizada no pensamento divergente, que abrange onze fatores, apresentados no quadro 2.
  • 27. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Análise Fatorial e Pensamento Divergente Fatores Descrição Fluência vocabular Capacidade de produzir rapidamente palavras que preenchem exigências simbólicas especificadas. Fluência ideativa Capacidade de trazer à tona muitas idéias numa situação relativamente livre de restrições, em que não é importante a qualidade da resposta. Flexibilidade semântica espontânea Capacidade ou disposição de produzir ideias variadas, quando livre o indivíduo para assim proceder. Flexibilidade figurativa espontânea Tendência para perceber rápidas alternâncias em figuras visualmente percebidas. Fluência associativa Capacidade de produzir palavras a partir de uma restrita área de significado. Fluência expressionista Capacidade de abandonar uma organização de linhas percebida para ver outra. Flexibilidade simbólica adaptativa Capacidade de, quando se trata com material simbólico, reestruturar um problema ou uma situação, quando necessário. Originalidade Capacidade ou disposição de produzir respostas raras, inteligentes e remotamente associadas. Elaboração Capacidade de fornecer pormenores para completar um dado esboço ou esqueleto de alguma forma. Redefinição simbólica Capacidade de reorganizar unidades em termos das respectivas propriedades simbólicas, dando novos usos aos elementos. Redefinição semântica Capacidade de alterar a função de um objeto ou parte dele, usando depois de maneira diversa. Sensibilidade a problemas Capacidade de reconhecer que existe um problema. Quadro 2: Fatores do pensamento divergente segundo Guilford
  • 28. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Associacionismo As raízes do associacionismo remontam a John Locke, no século XIX. Parte do princípio de que o pensamento consiste em associar ideias, derivadas da experiência, segundo as leis da frequência, da recência (temporalidade) e da vivacidade. Quanto mais frequentemente, recentemente e vividamente relacionadas duas ideias, mais provável se torna que, ao apresentar-se uma delas à mente, a outra a acompanhe. Essa abordagem diz que, para se criar o novo, se parte do velho, em um processo de tentativa e erro, por meio da combinação de ideias até que seja encontrado um arranjo que resolva a situação. Há algumas críticas a essa teoria, como coloca Kneller: Dificilmente, entretanto, o associacionismo se adapta aos fatos conhecidos da criatividade. Pensamento novo significa que se retiraram do contexto ideias anteriores e se combinaram elas para formar pensamento original. Tal pensamento ignora conexões estabelecidas e cria as suas próprias. Não seria fácil atribuir as ideias de uma criação criativa a conexões entre ideias derivadas de experiência pregressa, uma vez numa criança relativamente incriativa experiências semelhantes podem deixar de produzir uma única ideia original. Na verdade, seria de esperar que a confiança nas associações passadas produzisse, em lugar de originalidade, respostas comuns e previsíveis.
  • 29. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Criatividade como Força Vital Reflexo da teoria da evolução de Darwin, a criatividade foi considerada como manifestação de uma força inerente à vida. Assim, a matéria inanimada não é criadora, uma vez que sempre produziu as mesmas entidades, como átomos e estrelas, enquanto a matéria orgânica é fundamentalmente criadora, pois está sempre gerando novas espécies. Um dos principais expoentes dessa idéia é Sinnott (1962), quando afirma que a vida é criativa porque se organiza e regula a si mesma e porque está continuamente originando novidades
  • 30. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Criatividade como Gênio Intuitivo Esta explicação deve suas origens à noção do gênio, surgida no fim do Renascimento, para explicar a capacidade criativa de Da Vinci, Vasari, Telésio e Michelângelo. Durante o século XVIII, muitos pensadores associaram criatividade e genialidade. Kant apud Kneller “entendeu ser a criatividade um processo natural, que criava as suas próprias regras; também sustentou que uma obra de criação obedece a leis próprias, imprevisíveis; e daí concluiu que a criatividade não pode ser ensinada formalmente”. Além de gênio, essa teoria identifica a criação como uma forma saudável e altamente desenvolvida da intuição, tornando o criador uma pessoa rara e diferente. É a capacidade de intuir direta e naturalmente o que outras pessoas só podem apurar divagando longamente que rege essa teoria.
  • 31. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Criatividade como Inspiração Divina Segundo Hallman (1964) apud Kneller (1978), uma das mais velhas concepções da criatividade é a sua origem divina. A melhor expressão dessa crença é creditada a Platão: “E por essa razão Deus arrebata o espírito desses homens (poetas) e usa-os como seus ministros, da mesma forma que com os adivinhos e videntes, a fim de que os que os ouvem saibam que não são eles que proferem as palavras de tanto valor quando se encontram fora de si, mas que é o próprio Deus que fala e se dirige por meio deles.” Essa concepção ainda encontra defesa, por exemplo, em Maritain (1953): o poder criativo depende do “reconhecimento da existência de um inconsciente, ou melhor, pré-consciente espiritual, de que davam conta Platão e os sábios, e cujo abandono em favor do inconsciente freudiano apenas é sinal da estupidez de nosso tempo”.
  • 32. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Criatividade como Loucura Também creditada à Antiguidade, esta explicação concebe a criatividade como forma de loucura, dada a sua aparente espontaneidade e sua irracionalidade. Platão, novamente, parece haver visto pouca diferença entre a visitação divina e o frenesi da loucura. Durante o século XIX, Lombroso (1891) alegou que a natureza irracional ou involuntária da arte criadora deve ser explicada patologicamente
  • 33. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Criatividade e Inteligências Múltiplas A teoria das inteligências múltiplas trata das potencialidades humanas. Seu autor, Howard Gardner (1995), observando que a inteligência possuía maior abrangência, concebeu sua teoria como uma explicação da cognição humana que pode ser submetida a testes empíricos e definiu inteligência como “a capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes comunitários.”[1] Essa definição, propositadamente, aproxima-se muito do que Gardner (1982) considera a própria essência da criatividade[2]. As informações preliminares da pesquisa foram sistematizadas em sete inteligências: linguística ou verbal, lógico-matemática, espacial, musical, corporal-cinestésica, interpessoal e intrapessoal. Recentemente, foi incluída a inteligência naturalística, e encontra-se em consideração a inclusão da inteligência espiritual. O quadro seguinte descreve a natureza de cada inteligência.
  • 34. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Criatividade e Inteligências Múltiplas Inteligência Características Linguística ou verbal - Habilidade de expressão - Facilidade para se comunicar - Aprecia a leitura - Possui amplo vocabulário - Competência para debates - Transmite informações complexas com facilidade - Absorve informações verbais rapidamente Lógico-matemática - Facilidade para detalhes e análises - Sistemáticas no pensamento e no comportamento - Prefere abordar os problemas por etapas (passo a passo) - Discernimento entre padrões e relações entre objetos e números Espacial - Sua percepção do mundo é multidimensional - Facilidade para distinguir objetos no espaço - Bom senso de orientação - Prefere a linguagem visual à verbal As inteligências múltiplas de Howard Gardner
  • 35. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Criatividade e Inteligências Múltiplas Inteligência Características Musical - Bom senso de ritmo - Identificação com sons e instrumentos musicais - A música evoca emoções e imagens - Boa memória musical Corporal-cinestésica - Boa mobilidade física - Prefere aprender "fazendo" - Prefere trabalhos manuais - Facilidade para apresentações como danças e esportes corporais Interpessoal - Facilidade para comunicação - Aprecia a companhia de outras pessoas - Prefere esportes em equipe Intrapessoal - Reflexiva e introspectiva - Capaz de pensamentos independentes - Autodesenvolvimento e autorrealização Naturalística - Confortável com os elementos da natureza - Bom entendimento de funções biológicas - Interesse em questões como a origem do universo, evolução da vida e preservação da saúde
  • 36. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Criatividade e Inteligências Múltiplas Inteligência Características Musical - Bom senso de ritmo - Identificação com sons e instrumentos musicais - A música evoca emoções e imagens - Boa memória musical Corporal-cinestésica - Boa mobilidade física - Prefere aprender "fazendo" - Prefere trabalhos manuais - Facilidade para apresentações como danças e esportes corporais Interpessoal - Facilidade para comunicação - Aprecia a companhia de outras pessoas - Prefere esportes em equipe Intrapessoal - Reflexiva e introspectiva - Capaz de pensamentos independentes - Autodesenvolvimento e autorrealização Naturalística - Confortável com os elementos da natureza - Bom entendimento de funções biológicas - Interesse em questões como a origem do universo, evolução da vida e preservação da saúde
  • 37. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Criatividade e Psicanálise Para Freud apud Alencar (1993), a criatividade está relacionada à imaginação, que estaria presente nas brincadeiras e nos jogos da infância. Nessas ocasiões, a criança produz um mundo imaginário, com o qual interage rearranjando os componentes desse mundo de novas maneiras. Da mesma forma, o indivíduo criativo na vida adulta comporta-se de maneira semelhante, fantasiando sobre um mundo imaginário, que, porém, discrimina da realidade. As forças motivadoras de tais fantasias seriam os desejos não satisfeitos, e cada fantasia, a correção de uma realidade insatisfatória. Essa característica de sublimação estaria vinculada, portanto, à necessidade de gratificação sexual ou de outros impulsos reprimidos, levando o indivíduo a canalizar suas fantasias para outras realidades.
  • 38. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Criatividade e Psicologia Humana Surgiu como uma forma de protesto à imagem limitada do ser humano imposta pela psicanálise. Seus principais representantes são Maslow, Rollo May e Carl Rogers, e suas principais ênfases são o valor intrínseco do indivíduo, que é considerado como fim em si mesmo; o potencial humano para desenvolver-se; e as diferenças individuais. Rogers (1959, 1962) apud Alencar (1993) considera que a criatividade é a tendência do homem para atualizar-se e concretizar suas potencialidades. Para isso, deveria possuir três características: • abertura à experiência, a qual implica ausência de rigidez, uma tolerância à ambiguidade e permeabilidade maior aos conceitos, opiniões, percepções e hipóteses; • habilidade para viver o momento presente, com o máximo de adaptabilidade, organização contínua do self e da personalidade; • confiança no organismo como um meio de alcançar o comportamento mais satisfatório em cada momento existencial. Rogers, portanto, enfatiza a relação do sujeito com o meio e a sua própria individualidade, acreditando na originalidade e na singularidade. Maslow (1967, 1969) apud Alencar (1993) possui posição similar, considerando a abertura à experiência como uma característica da criatividade auto realizadora. Já Rollo May (1976) identifica a criatividade como saúde emocional e expressão das pessoas normais no ato de se auto realizar. Como os demais humanistas, considera a interação pessoa-ambiente como fundamental para a criação. Assim, não basta apenas o impulso em auto realizar-se: “também as condições presentes na sociedade, a qual deve possibilitar à pessoa liberdade de escolha e ação”, fazem parte do processo criativo.
  • 39. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Gestalt Wertheimer (1945) apud Kneller (1978) afirma que o pensamento criador é uma reconstrução de gestalts estruturalmente deficientes. A criação tem seu início com uma configuração problemática, que, de certa forma, se mostra incompleta, porém permite ao criador uma visão sistêmica da situação. A partir das dinâmicas, das forças e das tensões do próprio problema, são estabelecidas linhas de tensão semelhantes na mente do criador. Para “fechar” a gestalt, deve-se restaurar a harmonia do todo. Nas palavras do próprio Wertheimer, “o processo todo é uma linha consciente de pensamento. Não é uma adição de operações díspares, agregadas. Nenhum passo é arbitrário, de função conhecida. Pelo contrário, cada um deles é dado com visão de toda a situação.” A teoria da gestalt não explica como surge a configuração inicial, mesmo que problemática, a partir da qual o criador começa a desenvolver seu trabalho. É, portanto, incapaz de explicar a capacidade de fazer perguntas originais, não sugeridas diretamente pelos fatos a sua disposição. Entretanto, para resolver a gestalt, é necessária uma reorganização do campo perceptual, o que sugere a relação existente entre percepção e pensamento.
  • 40. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Gestalt Gestalt, palavra alemã sem tradução exata em português, refere-se a um processo de dar forma, de configurar "o que é colocado diante dos olhos, exposto ao olhar": a palavra gestalt tem o significado "(...)de uma entidade concreta, individual e característica, que existe como algo destacado e que tem uma forma ou configuração como um de seus atributos." A Gestalt ou psicologia da forma, surgiu no início do século XX e trabalha com dois conceitos: supersoma e transponibilidade. De acordo com a teoria gestáltica, não se pode ter conhecimento do "todo" por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes: "(...) "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas sim um terceiro elemento "C", que possui características próprias".
  • 41. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Koestler e a Bissociação Koestler (1964) apud Kneller (1978) apresenta uma teoria da criatividade que tenta integrar todas as suas expressões – ciência, arte e humor. Sua fundamentação lança recursos da psicologia, da neurologia, da fisiologia, da genética e diversas ciências na proposição de um padrão comum – a bissociação –, que consiste na conexão de níveis de experiência ou sistemas de referências. Koestler argumenta que, no pensamento comum, a pessoa segue rotineiramente em um mesmo plano de experiências, enquanto, no criador, pensa simultaneamente em mais de um sistema de referências. A formação de tais planos de experiências pressupõe a existência de estruturas de pensamentos e de comportamentos já adquiridos, que dão coerência e estabilidade, mas deixam pouco espaço para a inovação. Todo padrão de pensamento ou de comportamento (que Koestler chamou de “matriz”) é regido por um conjunto de normas (ou “código”), que tanto pode ser aprendido quanto inato. Esse código possui uma certa flexibilidade e pode reagir a algumas circunstâncias. A explosão criadora ocorre quando duas ou mais matrizes independentes interagem entre si. O resultado, segundo Koestler, pode-se apresentar de três formas (ver quadro 1).
  • 42. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Koestler e a Bissociação Tipo de Interação Resultado Explicação Colisão Humor É a interseção de duas matrizes, cada qual consistente por si mesma, porém em conflito com a outra. No decorrer da bissociação, emoção e pensamento separam-se abruptamente. Esse conflito causa uma tensão emocional e resolve-se em riso. Fusão Ciência A criação surge do encontro de duas matrizes até então desprovidas de relação. Trata-se de uma convergência de pensamentos em direção a um objetivo previamente estipulado – as matrizes fundem-se em uma nova síntese. Confrontação Arte As matrizes não se fundem nem colidem, mas ficam justapostas. Os padrões fundamentais de experiência são expressos novamente a cada novo olhar, em cada época ou cultura. Há uma transposição dos sistemas de referências. Koestler vai ainda mais longe, ao relacionar a criatividade a todas as formas de padrões existentes: a criatividade manifestada na ciência, na arte e no humor tem análogos em todos os níveis da hierarquia orgânica, desde o mais simples organismo unicelular até o maior dos gênios humanos. Todo padrão de pensamento, ou ação, organizado – toda matriz, afinal – é governada por um código de regras, sem deixar de possuir entretanto um certo grau de flexibilidade em sua adaptação às condições do meio ambiente.
  • 43. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Laske e a Inteligência Artificial Laske (1993) considera a criatividade como “um artefato linguístico feito para facilitar a síntese de observações e de hipóteses sobre a habilidade dos seres humanos de validar suas experiências ou mesmo de transcender a si mesmos”. A partir desse conceito, constrói uma visão da criatividade sustentada em uma abordagem dialética entre crença e performance. A crença é um conceito emprestado das ciências sociais, que parte do princípio de que a criatividade está presente a priori na espécie humana, e os esforços da ciência devem ser no sentido de demonstrá-la. A performance, por outro lado, deriva da abordagem computacional da criação e procura descobrir como produzir criatividade a partir da formalização dos processos mentais e sua implementação em sistemas de inteligência artificial. Os dois enfoques, entretanto, têm convivido em conflito. A abordagem social não consegue descrever os processos da criatividade; e a computacional força uma redefinição do conceito de domínio. A conciliação dessas duas abordagens permite a construção e a validação de modelos que podem vir a demonstrar e explicar como a criatividade ocorre e funciona – abordam, portanto, a linha social e a computacional.
  • 44. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Teorias da Criatividade Percepção e Representação O conhecimento do mundo é baseado em representações de situações vivenciadas, reforçadas ou refutadas por repetição de situações análogas. A aquisição de tais representações é fruto do sistema sensitivo que equipa a espécie humana, compreendendo a visão, a audição, o tato, o paladar e o olfato. Esses sentidos formam o prisma pelo qual o mundo é percebido e são construções próprias e exclusivas de cada pessoa. A ótica pela qual determinada situação é representada depende da bagagem cognitiva e evidencia maneiras diferentes para atuar como resposta às perturbações internas que cada pessoa sofre. A montagem das representações passa necessariamente por mecanismos de assimilação da realidade – visão, tato, olfato, audição e paladar. Por meio deles, o cérebro monta esquemas que buscam explicar a realidade e “enquadrar” o mundo de forma coerente. Cada novo esquema pode reforçar um esquema anterior, sedimentando o conhecimento; gerar um novo conhecimento quando se depara com uma situação original; ou refutar fatos conhecidos quando a solução para um problema mostra-se ineficaz na situação atual. São nesses casos que a pessoa demonstra poder criativo, buscando respostas que eram inexistentes ou inadequadas. Representar, para os cognitivistas, significa compreender uma situação. E a forma como cada problema é compreendido constitui fator fundamental para a sua solução.
  • 45. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade
  • 46. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade
  • 47. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Hedy Lamarr
  • 48. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Lamarr inventou o sistema que serviu de base para os celulares. Durante a Segunda Guerra Mundial, criou um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazistas e o patenteou em 1940. A ideia surgiu ao lado do compositor George Antheil em frente a um piano. Eles brincavam de dueto, ela repetindo em outra escala as notas que ele tocava, experimentando o controle dos instrumentos. Ela percebeu que duas pessoas podem conversar entre si mudando frequentemente o canal de comunicação. Basta que façam isso simultaneamente. Juntos, Antheil e Lamarr submeteram a ideia ao Departamento de Guerra norte-americano, que o recusou, em junho de 1941. Em agosto de 1942, foi patenteado por Antheil e "Hedy Kiesler Markey". A versão inicial consistia na troca de 88 frequências e era feito para despistar radares, mas a ideia pareceu difícil de realizar na época.
  • 49. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade A ideia não foi concretizada até 1962, quando passou a ser utilizada por tropas militares dos EUA em Cuba, quando a patente já expirara; a empresa Sylvania adaptou a invenção. Ficou desconhecida, ainda, até 1997, quando a Electronic Frontier Foundation deu a Lamarr um prêmio por sua contribuição.[1] Em 1998, a "Ottawa wireless technology" desenvolveu Wi-LAN, Inc. "adquirindo 49% da patente de Lamarr“. A ideia do aparelho de frequência de Lamarr e Antheil serviu de base para a moderna tecnologia de comunicação, usada em conexões de Wi-Fi e CDMA usada em telefones celulares. Considerada a "mãe do telefone celular", Lamarr notara como era fácil a um terceiro bloquear o sinal contínuo usado para o controle dos mísseis. Apesar de ter patenteado a ideia de uma frequência que fosse variável no percurso entre emissor e receptor, não ganhou dinheiro com isto. Em 1997 recebeu do Governo dos Estados Unidos da América menção honrosa "por abrir novos caminhos nas fronteiras da eletrônica".
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  • 54. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Case Kolynos-Sorriso Em 1995 a Colgate-Palmolive adquiriu a Kolynos (no Brasil desde 1917). Após 2 anos de discussão e envolvimento do CADE, chegou-se a uma solução para atender aos envolvidos e concorrentes: a Kolynos tiraria do mercado por 4 anos seu carro-chefe, o creme dental, líder de mercado há décadas. Imaginaram que seria tempo suficiente para que outros atores pudessem se apresentar ao mercado e romper com um caso de sucesso que era quase unanimidade....
  • 55. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Case Kolynos-Sorriso Porém a empresa trabalhou rápido e lançou o creme dental SORRISO, um sucesso que rapidamente alcançou a liderança que a Kolynos tinha no mercado (ações de Marketing intensas, Faustão, etc foram utilizadas de forma maciça)
  • 56. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Case Kolynos-Sorriso Coincidência???
  • 57. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Case Kolynos-Sorriso Óbvio que o sucesso não ficaria barato. Os concorrentes, incomodados com o sucesso imediato da marca Sorriso, reclamaram da semelhança entre as embalagens, que fazia clara associação ao produto antigo. Problema: o CADE acatou a queixa e obrigou a empresa a remodelar a embalagem do Sorriso, além de obrigar a empresa a recolher todas as embalagens de todos os supermercados, atacadistas, farmácias, etc. Apesar da empresa ter remodelado rapidamente a embalagem para recolocá-lo no mercado, o que fazer com tudo que foi recolhido?
  • 58. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Case Kolynos-Sorriso A solução mais óbvia veio à tona: EXPORTAR OS ESTOQUES! PROBLEMAS: • Importadores de vários países não queriam investir em um produto desconhecido em seus mercados; • Os volumes eram tão grandes que levariam muito tempo para serem consumidos; • Como investir em um produto que já estaria sendo modificado? • O custo de armazenamento só aumentava;
  • 59. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Case Kolynos-Sorriso Na falta de uma solução criativa, tomou-se uma decisão: Destruir o estoque!
  • 60. Prof. MSc. Anderson Ferreira Criatividade Case Kolynos-Sorriso Diante da falta de uma solução, de ideias.... Muda-se o foco: ao invés de exportar o estoque, como recuperar os US$ 5Mi de dólares de prejuízo que a destruição do estoque representaria? NOVA IDEIA: TROCAR O ESTOQUE!! Após um ciclo de pesquisas e avaliações, encontraram a empresa americana ARGENT ATWOOD, especializada em intermediar permutas entre empresas. RESULTADO: trocaram o estoque com uma empresa interessada nos creme dentais, evitando assim um prejuízo de US$ 5Milhões!!!
  • 61. Prof. MSc. Anderson Ferreira Solução obtida para um problema ou ponto de tensão Ideia Conceito Básico
  • 62. Prof. MSc. Anderson Ferreira Ideia O termo ideia é usado em duas acepções: como sinônimo de conceito ou, num sentido mais lato, como expressão que traz implícita uma presença de intencionalidade. A palavra deriva do grego idea ou eidea, cuja raiz etimológica é eidos – imagem. O seu significado, desde a origem, implica a controvérsia entre a teoria da extromissão (Platão) e a da intromissão (Aristóteles). No centro da polémica está o conceito de representação do real (realidade). Conceito
  • 63. Prof. MSc. Anderson Ferreira Ideia Eureka A história conta que Arquimedes pronunciou esta palavra após descobrir que o volume de qualquer corpo pode ser calculado medindo o volume de água movida quando o corpo é submergido na água, conhecido como o Princípio de Arquimedes. Esta descoberta foi feita quando se encontrava na banheira, pelo que saiu nu para as ruas de Siracusa gritando Eureka!. Eureka significa "encontrar“. A palavra "Eureka" usa-se hoje em dia como celebração de uma descoberta, um achado ou o fim de uma busca.