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A PRÁTICA DA PESQUISA CIENTÍFICA
Bruno Gomes Dias1
1 INTRODUÇÃO
Uma das necessidades que mais tem nos impulsionado no decorrer dos séculos, é a
necessidade de “conhecer”. A necessidade de conhecer é uma estrita relação que se estabelece
entre o sujeito que busca o conhecimento e o fenômeno ou objeto ao qual ele busca conhecer.
Pensando nesse contexto dentro da Universidade é que encontramos a prática da pesquisa
científica, uma importante ferramenta para o desenvolvimento do saber.
O presente trabalho visa mostrar as principais características da pesquisa científica,
bem como sua conceituação, estruturação e formatação.
2 DESENVOLVIMENTO
A atividade preponderante da metodologia é a pesquisa. O conhecimento humano
caracteriza-se pela relação estabelecida entre o sujeito e o objeto da pesquisa, podendo
afirmar que esta é uma relação de apropriação. Mas, o que é pesquisa?
Segundo Gil (2007, p17), pesquisa é definida como,
(...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar
respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um
processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a
apresentação e discussão dos resultados.
Só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer
buscar a resposta. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta para alguma coisa.
As razões que levam à realização de uma pesquisa científica podem ser agrupadas em
razões intelectuais (desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer) e razões práticas
(desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficaz).
Para se fazer uma pesquisa científica, não basta o desejo do pesquisador em realizá-la;
é fundamental ter o conhecimento do assunto a ser pesquisado, além de recursos humanos,
materiais e financeiros. É irreal a visão romântica de que o pesquisador é aquele que inventa e
promove descobertas por ser genial. Claro que se há de considerar as qualidades pessoais do
pesquisador, pois ele não se atreveria a iniciar uma pesquisa se seus dados teóricos estivessem
escritos numa língua que ele desconhece. Mas, por outro lado, ninguém duvida que a
probabilidade de ser bem- sucedida uma pesquisa quando existem amplos recursos materiais e
financeiros (para pagar um tradutor, por exemplo) é muito maior do que outra com recursos
deficientes.
1
Aluno do curso de Bacharelado em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Estácio do Ceará.
E-mail: ola@brunogomesdias.com.br
2.1 Os tipos de pesquisa
Quanto a sua abordagem, a pesquisa pode ser definida como qualitativa ou
quantitativa.
A pesquisa qualitativa, não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim,
com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc. Os
pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um
modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua
especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria.
Já a respeito da pesquisa quantitativa, Fonseca (2002, p20) esclarece:
Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa
podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas
representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um
retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra
na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser
compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de
instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem
matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis,
etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher
mais informações do que se poderia conseguir isoladamente.
A pesquisa quantitativa, que tem suas raízes no pensamento positivista lógico, tende a
enfatizar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e os atributos mensuráveis da experiência
humana. Por outro lado, a pesquisa qualitativa tende a salientar os aspectos dinâmicos,
holísticos e individuais da experiência humana, para apreender a totalidade no contexto
daqueles que estão vivenciando o fenômeno (POLIT, BECKER E HUNGLER, 2004, p. 201).
Há ainda, outros diversos tipos de classificar as pesquisas. Podemos dividir quanto à
sua natureza (pesquisa básica e pesquisa aplicada); quanto aos seus objetivos (pesquisa
exploratória, pesquisa descritiva e pesquisa explicativa) e quanto aos seus procedimentos
(pesquisa experimental, pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa de campo,
pesquisa ex-post-facto, pesquisa de levantamento, pesquisa com survey, estudo de caso,
pesquisa participante, pesquisa-ação, pesquisa etnográfica e pesquisa etnometodológica).
2.2 Processo de elaboração da pesquisa científica
A articulação das etapas de uma pesquisa, podem ser divididas em: ruptura, construção
e constatação. Quivy & Campenhoudt (1995) falam rapidamente sobre esses três tipos de
eixos da pesquisa.
- A ruptura: O primeiro eixo necessário para se fazer pesquisa é a ruptura. Nossa
bagagem “teórica” possui várias armadilhas, pois uma grande parte das nossas ideias
se inspira em aparências imediatas ou em partidarismos. Elas são seguidamente
ilusórias e preconceituosas. Construir uma pesquisa nessas bases é construí-la sobre
um terreno arenoso. Daí a importância da ruptura que consiste em romper com as
ideias preconcebidas e com as falsas evidências que nos dão somente a ilusão de
compreender as coisas. A ruptura é, portanto, o primeiro eixo constitutivo das etapas
metodológicas da pesquisa (p. 15).
- A construção: Esta ruptura só se efetua ao nos referirmos a um sistema conceitual
organizado, suscetível de expressar a lógica que o pesquisador supõe ser a base do
objeto em estudo. É graças a esta teoria que se podem construir as propostas
explicativas do objeto em estudo e que se pode elaborar o plano de pesquisa a ser
realizado, as operações necessárias a serem colocadas em prática e os resultados
esperados ao final da pesquisa. Sem esta construção teórica, não há pesquisa válida,
pois não podemos submeter à prova qualquer proposta. As propostas explicativas
devem ser o produto de um trabalho racional fundamentado numa lógica e num
sistema conceitual validamente constituído (p. 17).
- A constatação: Uma proposta de pesquisa tem direito ao status científico quando
ela é suscetível de ser verificada por informações da realidade concreta. Esta
comprovação dos fatos é chamada constatação ou experimentação. Ela corresponde
ao terceiro eixo das etapas da pesquisa (p. 17).
2.3 Estrutura do projeto de pesquisa
A formulação de um projeto de pesquisa normalmente não ocorre no início do
processo, mas, sim, uma vez delimitado o tema (e o problema correspondente) da pesquisa e,
com base na escolha de um quadro teórico, elaboradas as hipóteses e, em função destas,
selecionados tanto a documentação pertinente quanto os métodos e técnicas que serão
empregados.
A estrutura de um projeto completo de pesquisa deve ter, em sua essência, os seguintes
pontos: Título do projeto, introdução, revisão bibliográfica, procedimentos metodológicos,
técnicas de análise de dados quantitativos, técnicas de análise de dados qualitativos, aspectos
éticos, bibliografia, cronograma e o orçamento da pesquisa.
2.4 Estrutura do projeto de pesquisa: Seguindo as regras da ABNT
De acordo com as normas da ABNT, os elementos que se constituem como pré-
textuais num trabalho acadêmico são: Folha de Rosto; Errata; Folha de aprovação;
Dedicatórias; Agradecimentos; Epígrafe; Resumo; Abstract; Lista de ilustrações; Lista de
tabelas; Lista de abreviaturas e siglas; Sumário.
Desses elementos, podemos definir como obrigatórios para um trabalho acadêmico, os
seguintes elementos: Folha de Rosto; Folha de aprovação; Resumo; Abstract; Sumário
Já os outros, são elementos que não são obrigatórios em um trabalho acadêmico, que
são: Errata; Dedicatórias; Agradecimentos; Epígrafe; Lista de ilustrações; Lista de tabelas;
Lista de abreviaturas e siglas.
As listas de ilustrações, tabelas, quadros, gráficos, figuras, são informações opcionais
e devem ser elaboradas de acordo com a ordem apresentada no texto. A capa é um elemento
pré-textual obrigatório e quanto à paginação é numerada e nem contada.
2.4.1 Formatação do projeto de pesquisa
Quanto a formatação do projeto de pesquisa, temos as seguintes características:
Papel A4;
Cor da folha deve ser branca;
Margens: Para o anverso: Superior e esquerda: 3 cm; Inferior e direita: 2 cm. Para o
verso: Superior e direita: 3 cm; Inferior e esquerda: 2 cm.
O tipo da letra no Word deve ser Arial ou Times New Roman.
O tamanho da letra no Word para digitação de títulos de seções e parágrafos é de
tamanho 12. Para citações longas, notas de rodapé, tabelas, quadros e ilustrações deve
ser menor do que 12. O tamanho padrão da Fasul é 10.
O espaçamento para o texto é de 1,5. Para citações longas (com mais de três linhas),
notas de rodapé, legendas das ilustrações e das tabelas, referências, ficha catalográfica,
natureza do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetida e área de
concentração e referências, deve ser de 1,0 simples.
2.4.2 Citações
Com relação aos tipos de citações, podemos ter: Citação Direta Longa; Citação
Indireta e Citação de Citação.
A Citação Direta Longa tem transcrição textual literal de parte da obra do autor
consultado, com mais de 3 linhas, escritas em bloco - recuo 4cm -, letra 10, sem aspas.
Necessita identificar sobrenome do autor, ano e página.
A Citação Indireta tem o seu texto baseado na obra do autor consultado, consistindo na
reprodução do conteúdo do documento original de acordo com a interpretação do pesquisador,
sem transcrevê-la literalmente. Necessita identificar sobrenome do autor e ano, a página é
opcional.
A Citação de Citação, seja direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao
original. Neste caso, indica-se a expressão latina apud (citado por, conforme, segundo) para
identificar a obra secundária que foi consultada.
2.5 Ética e plágio.
Ética é uma palavra de origem grega, com duas etimologias possíveis. A primeira é a
palavra éthos, com e curto, que pode ser traduzida por “costume”; a segunda, que também se
escreve éthos, porém com e longo, significa “propriedade do caráter”. A primeira é a que
serviu de base para a tradução latina moralis, enquanto a segunda é a que, de alguma forma,
orienta a utilização atual que damos à palavra ética. Ética é a investigação geral sobre aquilo
que é bom (MOORE, 1975, p. 4). De acordo com o Novo Dicionário Aurélio da Língua
Portuguesa, ética é o “estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana
susceptível de qualificação do ponto de vista do bem o do mal”. Já plágio pode ser definido
como o ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música,
obra pictórica, fotografia, obra audiovisual) contendo partes de uma obra que pertença a outro
autor, sem colocar os créditos para esse autor original. Segundo Lécio Augusto Ramos,
professor de Metodologia da Pesquisa do curso de Comunicação Social da Universidade
Estácio de Sá (disponível em:
<http://www.andes.org.br/imprensa/ultimas/contatoview.asp?key=3974>), há três tipos muito
comuns de plágio:
• plágio integral – a transcrição, sem citação da fonte de um texto completo;
• plágio parcial – a cópia de algumas frases ou parágrafos de diversas fontes, para
dificultar a identificação;
• plágio conceitual – a apropriação de um ou vários conceitos, ou de uma teoria, que o
autor de um texto apresenta como se fossem seus.
De acordo com a legislação, há outros conceitos relacionados com plágio:
• heteroplágio – o fato de um autor apropriar-se de obra de outra pessoa.
• autoplágio – o fato de um autor copiar trechos seus e distribuí-los em diferentes
artigos como se fossem originais
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prática da pesquisa científica constitui uma importante ferramenta para o
desenvolvimento do saber e conhecer do ser humano. As práticas e metodologias aqui
expostas, são conceitos técnicos que visam moldar e padronizar os tipos de pesquisa, para que
o pesquisador tenha um rumo, um norte, quanto aos tipos de pesquisa, formatação e o porque
de pesquisar. Devemos ressaltar ainda que a prática da pesquisa científica deve ser feita por
profissionais qualificados a tais práticas, pois demandam uma série de fatores técnicos e
conceituais que demandam tempo e bastante estudo para a execução das mesmas.
REFERÊNCIAS
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Disponível
em: http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf. Acesso em: 09 de junho de
2013.
MOLEIRO, Marcos Antunes. Formatação de trabalhos científicos utilizando o
LibreOffice Writer. Disponível em:
http://www.drh.uem.br/tde/Formatacao_de_trabalhos_cientificos_utilizando_o_ibreOffice_Wr
iter-TDE-Ver08.2012.pdf. Acesso em: 09 de junho de 2013.
FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Código de boas
práticas científicas. Disponível em: http://www.fapesp.br/boaspraticas/codigo_050911.pdf.
Acesso em: 09 de junho de 2013.

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A prática da pesquisa científica

  • 1. A PRÁTICA DA PESQUISA CIENTÍFICA Bruno Gomes Dias1 1 INTRODUÇÃO Uma das necessidades que mais tem nos impulsionado no decorrer dos séculos, é a necessidade de “conhecer”. A necessidade de conhecer é uma estrita relação que se estabelece entre o sujeito que busca o conhecimento e o fenômeno ou objeto ao qual ele busca conhecer. Pensando nesse contexto dentro da Universidade é que encontramos a prática da pesquisa científica, uma importante ferramenta para o desenvolvimento do saber. O presente trabalho visa mostrar as principais características da pesquisa científica, bem como sua conceituação, estruturação e formatação. 2 DESENVOLVIMENTO A atividade preponderante da metodologia é a pesquisa. O conhecimento humano caracteriza-se pela relação estabelecida entre o sujeito e o objeto da pesquisa, podendo afirmar que esta é uma relação de apropriação. Mas, o que é pesquisa? Segundo Gil (2007, p17), pesquisa é definida como, (...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados. Só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer buscar a resposta. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta para alguma coisa. As razões que levam à realização de uma pesquisa científica podem ser agrupadas em razões intelectuais (desejo de conhecer pela própria satisfação de conhecer) e razões práticas (desejo de conhecer com vistas a fazer algo de maneira mais eficaz). Para se fazer uma pesquisa científica, não basta o desejo do pesquisador em realizá-la; é fundamental ter o conhecimento do assunto a ser pesquisado, além de recursos humanos, materiais e financeiros. É irreal a visão romântica de que o pesquisador é aquele que inventa e promove descobertas por ser genial. Claro que se há de considerar as qualidades pessoais do pesquisador, pois ele não se atreveria a iniciar uma pesquisa se seus dados teóricos estivessem escritos numa língua que ele desconhece. Mas, por outro lado, ninguém duvida que a probabilidade de ser bem- sucedida uma pesquisa quando existem amplos recursos materiais e financeiros (para pagar um tradutor, por exemplo) é muito maior do que outra com recursos deficientes. 1 Aluno do curso de Bacharelado em Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Estácio do Ceará. E-mail: ola@brunogomesdias.com.br
  • 2. 2.1 Os tipos de pesquisa Quanto a sua abordagem, a pesquisa pode ser definida como qualitativa ou quantitativa. A pesquisa qualitativa, não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria. Já a respeito da pesquisa quantitativa, Fonseca (2002, p20) esclarece: Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente. A pesquisa quantitativa, que tem suas raízes no pensamento positivista lógico, tende a enfatizar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e os atributos mensuráveis da experiência humana. Por outro lado, a pesquisa qualitativa tende a salientar os aspectos dinâmicos, holísticos e individuais da experiência humana, para apreender a totalidade no contexto daqueles que estão vivenciando o fenômeno (POLIT, BECKER E HUNGLER, 2004, p. 201). Há ainda, outros diversos tipos de classificar as pesquisas. Podemos dividir quanto à sua natureza (pesquisa básica e pesquisa aplicada); quanto aos seus objetivos (pesquisa exploratória, pesquisa descritiva e pesquisa explicativa) e quanto aos seus procedimentos (pesquisa experimental, pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa de campo, pesquisa ex-post-facto, pesquisa de levantamento, pesquisa com survey, estudo de caso, pesquisa participante, pesquisa-ação, pesquisa etnográfica e pesquisa etnometodológica). 2.2 Processo de elaboração da pesquisa científica A articulação das etapas de uma pesquisa, podem ser divididas em: ruptura, construção e constatação. Quivy & Campenhoudt (1995) falam rapidamente sobre esses três tipos de eixos da pesquisa. - A ruptura: O primeiro eixo necessário para se fazer pesquisa é a ruptura. Nossa bagagem “teórica” possui várias armadilhas, pois uma grande parte das nossas ideias se inspira em aparências imediatas ou em partidarismos. Elas são seguidamente ilusórias e preconceituosas. Construir uma pesquisa nessas bases é construí-la sobre um terreno arenoso. Daí a importância da ruptura que consiste em romper com as ideias preconcebidas e com as falsas evidências que nos dão somente a ilusão de compreender as coisas. A ruptura é, portanto, o primeiro eixo constitutivo das etapas metodológicas da pesquisa (p. 15).
  • 3. - A construção: Esta ruptura só se efetua ao nos referirmos a um sistema conceitual organizado, suscetível de expressar a lógica que o pesquisador supõe ser a base do objeto em estudo. É graças a esta teoria que se podem construir as propostas explicativas do objeto em estudo e que se pode elaborar o plano de pesquisa a ser realizado, as operações necessárias a serem colocadas em prática e os resultados esperados ao final da pesquisa. Sem esta construção teórica, não há pesquisa válida, pois não podemos submeter à prova qualquer proposta. As propostas explicativas devem ser o produto de um trabalho racional fundamentado numa lógica e num sistema conceitual validamente constituído (p. 17). - A constatação: Uma proposta de pesquisa tem direito ao status científico quando ela é suscetível de ser verificada por informações da realidade concreta. Esta comprovação dos fatos é chamada constatação ou experimentação. Ela corresponde ao terceiro eixo das etapas da pesquisa (p. 17). 2.3 Estrutura do projeto de pesquisa A formulação de um projeto de pesquisa normalmente não ocorre no início do processo, mas, sim, uma vez delimitado o tema (e o problema correspondente) da pesquisa e, com base na escolha de um quadro teórico, elaboradas as hipóteses e, em função destas, selecionados tanto a documentação pertinente quanto os métodos e técnicas que serão empregados. A estrutura de um projeto completo de pesquisa deve ter, em sua essência, os seguintes pontos: Título do projeto, introdução, revisão bibliográfica, procedimentos metodológicos, técnicas de análise de dados quantitativos, técnicas de análise de dados qualitativos, aspectos éticos, bibliografia, cronograma e o orçamento da pesquisa. 2.4 Estrutura do projeto de pesquisa: Seguindo as regras da ABNT De acordo com as normas da ABNT, os elementos que se constituem como pré- textuais num trabalho acadêmico são: Folha de Rosto; Errata; Folha de aprovação; Dedicatórias; Agradecimentos; Epígrafe; Resumo; Abstract; Lista de ilustrações; Lista de tabelas; Lista de abreviaturas e siglas; Sumário. Desses elementos, podemos definir como obrigatórios para um trabalho acadêmico, os seguintes elementos: Folha de Rosto; Folha de aprovação; Resumo; Abstract; Sumário Já os outros, são elementos que não são obrigatórios em um trabalho acadêmico, que são: Errata; Dedicatórias; Agradecimentos; Epígrafe; Lista de ilustrações; Lista de tabelas; Lista de abreviaturas e siglas. As listas de ilustrações, tabelas, quadros, gráficos, figuras, são informações opcionais e devem ser elaboradas de acordo com a ordem apresentada no texto. A capa é um elemento pré-textual obrigatório e quanto à paginação é numerada e nem contada.
  • 4. 2.4.1 Formatação do projeto de pesquisa Quanto a formatação do projeto de pesquisa, temos as seguintes características: Papel A4; Cor da folha deve ser branca; Margens: Para o anverso: Superior e esquerda: 3 cm; Inferior e direita: 2 cm. Para o verso: Superior e direita: 3 cm; Inferior e esquerda: 2 cm. O tipo da letra no Word deve ser Arial ou Times New Roman. O tamanho da letra no Word para digitação de títulos de seções e parágrafos é de tamanho 12. Para citações longas, notas de rodapé, tabelas, quadros e ilustrações deve ser menor do que 12. O tamanho padrão da Fasul é 10. O espaçamento para o texto é de 1,5. Para citações longas (com mais de três linhas), notas de rodapé, legendas das ilustrações e das tabelas, referências, ficha catalográfica, natureza do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetida e área de concentração e referências, deve ser de 1,0 simples. 2.4.2 Citações Com relação aos tipos de citações, podemos ter: Citação Direta Longa; Citação Indireta e Citação de Citação. A Citação Direta Longa tem transcrição textual literal de parte da obra do autor consultado, com mais de 3 linhas, escritas em bloco - recuo 4cm -, letra 10, sem aspas. Necessita identificar sobrenome do autor, ano e página. A Citação Indireta tem o seu texto baseado na obra do autor consultado, consistindo na reprodução do conteúdo do documento original de acordo com a interpretação do pesquisador, sem transcrevê-la literalmente. Necessita identificar sobrenome do autor e ano, a página é opcional. A Citação de Citação, seja direta ou indireta de um texto em que não se teve acesso ao original. Neste caso, indica-se a expressão latina apud (citado por, conforme, segundo) para identificar a obra secundária que foi consultada. 2.5 Ética e plágio. Ética é uma palavra de origem grega, com duas etimologias possíveis. A primeira é a palavra éthos, com e curto, que pode ser traduzida por “costume”; a segunda, que também se escreve éthos, porém com e longo, significa “propriedade do caráter”. A primeira é a que serviu de base para a tradução latina moralis, enquanto a segunda é a que, de alguma forma, orienta a utilização atual que damos à palavra ética. Ética é a investigação geral sobre aquilo
  • 5. que é bom (MOORE, 1975, p. 4). De acordo com o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, ética é o “estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem o do mal”. Já plágio pode ser definido como o ato de assinar ou apresentar uma obra intelectual de qualquer natureza (texto, música, obra pictórica, fotografia, obra audiovisual) contendo partes de uma obra que pertença a outro autor, sem colocar os créditos para esse autor original. Segundo Lécio Augusto Ramos, professor de Metodologia da Pesquisa do curso de Comunicação Social da Universidade Estácio de Sá (disponível em: <http://www.andes.org.br/imprensa/ultimas/contatoview.asp?key=3974>), há três tipos muito comuns de plágio: • plágio integral – a transcrição, sem citação da fonte de um texto completo; • plágio parcial – a cópia de algumas frases ou parágrafos de diversas fontes, para dificultar a identificação; • plágio conceitual – a apropriação de um ou vários conceitos, ou de uma teoria, que o autor de um texto apresenta como se fossem seus. De acordo com a legislação, há outros conceitos relacionados com plágio: • heteroplágio – o fato de um autor apropriar-se de obra de outra pessoa. • autoplágio – o fato de um autor copiar trechos seus e distribuí-los em diferentes artigos como se fossem originais 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS A prática da pesquisa científica constitui uma importante ferramenta para o desenvolvimento do saber e conhecer do ser humano. As práticas e metodologias aqui expostas, são conceitos técnicos que visam moldar e padronizar os tipos de pesquisa, para que o pesquisador tenha um rumo, um norte, quanto aos tipos de pesquisa, formatação e o porque de pesquisar. Devemos ressaltar ainda que a prática da pesquisa científica deve ser feita por profissionais qualificados a tais práticas, pois demandam uma série de fatores técnicos e conceituais que demandam tempo e bastante estudo para a execução das mesmas. REFERÊNCIAS GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Disponível em: http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf. Acesso em: 09 de junho de 2013. MOLEIRO, Marcos Antunes. Formatação de trabalhos científicos utilizando o LibreOffice Writer. Disponível em:
  • 6. http://www.drh.uem.br/tde/Formatacao_de_trabalhos_cientificos_utilizando_o_ibreOffice_Wr iter-TDE-Ver08.2012.pdf. Acesso em: 09 de junho de 2013. FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Código de boas práticas científicas. Disponível em: http://www.fapesp.br/boaspraticas/codigo_050911.pdf. Acesso em: 09 de junho de 2013.