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A mutação das Mídias* Rosemary dos Santos Seminário - Cibercultura Estácio- RJ [email_address]
Conceito de Mídia:  A idade Mídia de Massa Sentido estrito:  Se refere especificamente aos meios de comunicação de massa , especialmente os meios de transmissão de notícias e informação: jornal, rádio, tv e revistas. Sentido Amplo: Se refere a qualquer meio de comunicação de massa, não só aos que transmitem notícias: uma novela, um programa, a publicidade, um outdoor. Com a emergência da comunicação planetária, via redes de teleinformática, e com ela a generalização da palavra  mídia  para se referir também a todos os processos de comunicação mediada por computador. As mídias não devem ser  consideradas de modo isolado, mas devem ser contextualizadas  para que não se ocorra no risco, tão comum, da crítica pela crítica, pois hoje todas as culturas são fronteiriças, fluidas e desterritorializadas. Anos 80 com a Comunicação Anos 90 e 2000 com a Internet
Não existe democracia sem o exercício da palavra pública. A comunidade funda-se sempre em seu primeiro estágio sobre  coletividades territoriais de  pessoas que se frequentam  fisicamente. Sec. XVIII e XIX Séc.  XX A cidade midiática  manifesta estilos diferentes de regimes políticos dos séculos anteriores: rádio, televisão. 68
Obviamente, que a opinião pública global, não significa um consenso planetário, muito pelo contrário. A opinião pública está, por definição, “dividida entre os ‘pró’ e os ‘contra’, os partidários e os oponentes. A sua dinâmica conflitual é que faz dela uma opinião pública viva” (LEVY, 2003, p. 136).
Mídias : ... Os dispositivos concretos de comunicação  que dão forma a opinião pública ... Da conversação coletiva pela qual criam-se e distribuem-se opiniões  (P.70)   Funções pós massivas das mídias ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],70
 
Manuel Castells Era da Interconexão* “ A Mass Self Communication constitui certamente uma nova forma de comunicação em massa , porém, produzida, recebida e experienciada individualmente. Ela foi recuperada pelos movimentos sociais de todo o mundo, mas eles não são os únicos a utilizar essa nova ferramenta de mobilização e organização.  A mídia tradicional tenta acompanhar esse movimento e, fazendo uso de seu poder comercial e midiático passou a se envolver com o maior número possível de blogs.  Falta pouco para que, através da  Mass Self Communication , os movimentos sociais e os indivíduos em rebelião crítica comecem a agir sobre a grande mídia, a controlar as informações, a desmenti-las e até mesmo a produzi-las.” 70
Emissão Conexão  Reconfiguração Mobilizações sociais:  Smart  Mobs Mudança nas práticas sociais e comunicacionais que oferecem a sociedade maior capacidade de controle e intervenção, além de maior organização política àqueles que não fazem parte do sistema central . Descentralização Modificam a prática política e as relações sociais rumo a uma ciberdemocracia planetária. Os Princípios da cibercultura : Inteligência coletiva 71
Smart Mobs Termo proposto por Rheingold Mobilizações constituídas por pessoas que são capazes de agir juntas mesmo sem se conhecerem ... cooperando de maneira inédita porque dispõem de aparatos  com capacidade tanto de comunicação como de computação(Rheingold, 2002) TxTMob Anti-Bush 2004 Power People  em 2001 Filipinas Guerrilha urbana PCC maio de 2006 72
Análise da mutação contemporânea das mídias: Três grandes linhas de Transformação  1) Perspectiva Global das Mídias – Dependência em relação as comunidades e redes locais de alcance global 2)Convergência entre os suportes midiáticos – Difundir mensagens e reconfigurar a cultura contemporânea 3)Responsabilização crescente da função midiática - Potência informativa e mobilidade Primeira conseqüência: Todas as mídias podem ser captadas, ligadas, escutadas, ou vistas de qualquer canto do planeta onde uma conexão à Internet é possível com ou sem fio. As novas mídias atuam a partir dos princípios da liberação da emissão, da conexão  permanente em redes de conversação e da reconfiguração da paisagem comunicacional.  Convergência 73 e 74 Produção e distribuição
74 Contexto  local  ressignificado Não se trata somente de uma mudança na forma de consumo midiático, mas nas formas de produção e distribuição de conteúdo informacional. A menor singularidade local, cultural,  lingüística ou musical, torna-se ipso facto universalmente distribuída e da mesma forma, se entrecruzam e se envolvem no espaço virtual. Mídias desterritorializadas Toda desterritorialização pede novas territorializações(Deleuze e Guattari, 1980): ler um jornal em outra língua pode oferecer uma outra visão sobre determinado contexto local.
Redes Sociais – Comunidade – Redes de Colaboração Jornalismo cidadão Comunidade   virtual Web 2.0 Redes Sociais 75 e 76
Reinventando o conceito de  Comunidade Ferdinand Tönies(1985):  Teoria de Platão e Euclides Comunidade Pura:  opõe-se a sociedade que não seria pura:  família, aldeia, cidade – normas e controle– união hábito e religião Sociólogos clássicos: Durkhein(Aldus, 1995)  critica Tönies expõe seu próprio conceito de Comunidade: Para ele assim como a comunidade a sociedade também tem um Caráter natural/puro:  semelhança de atitudes nas grandes e pequenas aldeias em contrapartida concorda com Tönes na natureza diferente entre sociedade e comunidade, entretanto para ele uma deriva da outra. Webe r(1987) conceitua comunidade  baseado na orientação da ação social-  Comunidade=relação Comunidade e sociedade são conceitos que se excluem mutuamente. Para Weber, como para Durkheim, a maior parte das relações sociais tem em parte o caráter de comunidade, em parte o caráter de sociedade.  75 e 76
Idéias de Comunidade Moderna Redentora e tipo ideal Dicotomia entre comunidade e sociedade Ideal de família Rural Idéias de Comunidade Pós-moderna Palacios(1998,online) Sentimento, pertencimento, territorialidade ,  permanência ,ligação,caráter corporativo, emergência de um projeto comum, existência de formas próprias de comunicação.  Comunidade estariam desaparecendo devido a falta de lugares de lazer: aos terceiros lugares: bar, praças, igrejas(1º o lar, 2º o trabalho) Essa falta de lazer faz surgir as  Comunidades Virtuais 75 e 76
Segundo Raquel Recuero: Comunidade Virtual  é um conjunto de atores e suas relações que, através da interação social em um determinado espaço constitui laços e capital social em uma estrutura de  cluster , através do tempo, associado a um tipo de pertencimento. A diferença entre comunidade e o restante da estrutura está nos elementos de conexão, nas propriedades das Redes. (Recuero, 2009,p. 26) Segundo Rheingold: Um dos autores responsáveis pela popularização do conceito de comunidades virtuais é  Rheingold,  que publicou em 1993 o livro The Virtual Community: homesteading on the electronic frontier, onde narra suas experiências em grupos sociais mediados por computador. Na concepção do autor:  “ Comunidades virtuais são agregações sociais que emergem na internet quando uma quantidade significativa de pessoas promove discussões públicas em um período de tempo suficiente, com emoções suficientes, para formar teias de relações pessoais no ciberespaço .”  (RHEINGOLD, 1993, p. 20) Segundo Pierre Levy: “ Uma comunidade virtual é construída sobre as afinidades de interesses, de conhecimentos, sobre projetos mútuos, em um processo de cooperação ou de troca, tudo isso independentemente das proximidades geográficas e das filiações institucionais.” (LEVY, 1999, p.128)
*As discussões públicas *As pessoas que se encontram e se reencontram *O tempo *O sentimento Redes de relações sociais potencializadas pelas  Interfaces* Sociais Comunidades A comunicação mediada pelo computador como potencializadora das relações sociais
WEB 2.0 O termo Web 2.0 foi criado por Tim O’Reilly  e sua concepção partiu de uma discussão entre ele e um dos pioneiros da Web, Dale Dougherty, sobre o crescimento da rede e o surgimento bastante representativo de novos aplicativos e sites. O editor, em seu artigo O que é Web 2.0 , apresenta alguns princípios e características dessa “nova” rede .  Seguindo essa mudança paradigmática apresentam: (1) interatividade (2) meios de estruturação das relações desses usuários  e (3) sistemas de gerenciamento e compartilhamento de informações.
O que mudou?   WEB 1.0 WEB 2.0 OFoto Flickr MP3.com Napster Britannica online Wikipedia Sites pessoais  Blogs Publicar - Retirar Participar Sistemas fechados Wikis Taxonomia (diretório) Folksonomia (tagging)
Redes sociais  são, antes de tudo, relações entre pessoas, estejam elas interagindo em causa própria, em defesa de outrem ou em nome de uma organização, mediadas ou não por sistemas informatizados. Uma rede social é geralmente definida como um conjunto de dois elementos:  pessoas,  instituições ou grupos, que são os nós das redes e suas  conexões,  que são as interações ou laços sociais Redes não têm centros
Sobre a  Rede , Castells (1999; p.439) nos fala que boa parte das comunicações que acontecem nelas são, em geral, espontâneas não-organizadas e diversificadas em finalidade de adesão, uma coexistência pacifica de vários interesses e culturas, ou seja, a Rede constitui-se um ambiente democrático, aberta às divergências de idéias. As Interfaces potencializam as Redes Sociais
A grande mutação das mídias A riqueza da cibercultura está justamente na possiblidade de oferta de produtos de nicho, de colecionadores que podem encontrar virtualmente tudo. Trata-se  Não  apenas de garimpar essa fonte inesgotável de informação que é o ciberespaço* .  Assim , ao tempo real(do receptor preso ao fluxo do aqui e agora)das mídias massivas acrescenta-se um outro, um tempo de escolha (e de reflexão)de uma memória ampliada , planetária e viva (já que atualizada por qualquer um) do ciberespaço. 78 ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Não é o fim da Mediação, mas a criação de uma mediação coletiva diferente da mediação de um só editor ou de um veículo massivo. ?
Cultura de Massa Cultura das mídias Cultura Digital –  Pós massiva ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
80 A velocidade das transformações científicas, técnicas, econômicas, culturais e políticas obriga cada um de nós a se redefinir constantemente, a fazer conhecer aos outros sua nova identidade, suas novas finalidades e competências. Jornalismo digital: Informação Memória Aprofundamento dos bancos de dados  Temos hoje com os meios digitais de informação, acesso a uma memória expandida e antes não disponibilizada e com controle centralizado.
81 Compreender os outros e nos fazer compreender por eles não é um luxo , é uma necessidade, pois vivemos, de agora em diante, em um emaranhado de significações e de mensagens em transformações permanentes. Softwares sociais: orkut, facebook, multiply, myspaces e microblogs onde pessoas que nunca  produziram informação passam a colocar em um mesmo instrumento eletrônico mensagens multimodiais(vídeos, mapas, fotos, músicas) criando um contato direto e permanente com suas comunidades de interesse. Passamos efetivamente por uma  reconfiguração da esfera comunicacional e política. Função pós midiática:coleta, formatação e de difusão de informações.
 
Finalizando.... Assim, a mutação *das mídias concerne de fato, potencialmente a todos os atores sociais que se tornam, de alguma forma, mais autônomos. E isso tem implicações políticas profundas. Sempre que podemos produzir com voz livre(liberação do polo da emissão), nos organizar, conectar e produzir coisas coletivamente(o principio da conexão), iremos, com certeza, produzir reconfigurações nas instituições culturais, no fazer político, no espaço público, na democracia. 83 Todo mundo quer ser conhecido, , citado, fotografado, entrevistado, passar na televisão, aparecer na Internet: V isibilidade – inflação da esfera pública
Mas .......  E a  escola???
A escola..... Não mudou...
* A educação  pode se apropriar das Interfaces Socais* para construir conhecimento de forma colaborativa???
Interatividade na escola só na hora do Recreio?
Agora temos em potência mídias interativas e aprendizagem colaborativa. Aprender com o outro mediado por tecnologias permitindo  de fato que estes "outros" se encontrem.
Santos e Okada (2008) encaram os softwares sociais que emergem da web 2.0, como conjunto de interfaces que medeiam a comunicação síncrona e assíncrona entre sujeitos geograficamente dispersos para criar vinculo pelas mais diferentes razões, sejam elas objetivas ou subjetivas. Para as autoras essas características podem ser aproveitadas pelos educadores para gerar atos curriculares interdisciplinares, contextualizados com os cenários histórico-culturais e multirreferenciais dos sujeitos envolvidos (SANTOS & OKADA, 2008, pág. 3).
E os professores ??? Quais os seus etnométodos?
Mudança
 
 
 
 
 
Obras consultadas para apoio: CASTELLS, Manuel.  A sociedade em rede.  São Paulo: Paz e Terra, 1999. LEMOS, A.  Cultura das redes: Ciberensaios para o século XXI . Salvador: EDUFBA, 2002. LEVY, Pierre.  As Tecnologias da Inteligência:  O Futuro do Pensamento na Era da Informática .  Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. LEVY, Pierre.  A Inteligência Coletiva: Por uma antropologia do ciberespaço . São Paulo: Ed Loyola, 1998 _________. Ciberdemocracia . Lisboa: Instituto Piaget, 2003. OKADA, Alexandra & SANTOS, Edméa.  COLEARN: Ciberconferência e cibermapeamentos para Aprendizagem Colaborativa Aberta em Comunidades . Abciber, 2008. Disponível em:  http://people.kmi.open.ac.uk/ale/papers/a14abciber2008.pdf . A cessado em 28 de agosto de 2010. PRETTO, Nelson. (org.).  Tecnologia e Novas Educações.  Salvador: EDUFBA, 2005 RECUERO, Raquel.  Redes Sociais na Internet . Porto Alegre: Sulina, 2009. (Coleção Cibercultura) 191p. SANTAELLA, Lúcia. Da cultura das mídias a cibercultura; o advento do pós-humano. Revista Famecos. (nº 22). Porto Alegre. Dezembro de 2003. SANTAELLA, Lucia. O homem e as máquinas. In: DOMINGUES, Diana (Org.). Arte no século XXI: a humanização das tecnologias. São Paulo: Ed. UNESP, 1997. p. 33-44. (Prismas). SANTAELLA, Lucia; NÖTH, Winfried. Imagem: cognição, semiótica, mídia. 3. ed. São Paulo: Iluminuras, 2001. 222 p. SANTOS. Edméa & ALVES, Lynn (orgs)  Práticas Pedagógicas e Tecnologias Digitais . Rio de Janeiro: E-papers, 2006.  SANTOS, Edméa . Educação online: cibercultura e pesquisa formação na prática docente.  Tese de Doutorado. Salvador: FACED- UFBA, 2005. Orientador Prof. Dr. Roberto S. Macedo. SANTOS, Edméa.  FORMAÇÃO DE PROFESSORES E CIBERCULTURA: novas práticas curriculares na educação presencial e a distância . Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 11, n. 17, p. 113-122, jan./jun., 2002 SILVA, Marco.  Interatividade: uma mudança do esquema clássico da comunicação . Boletim Técnico do SENAC, Rio de Janeiro, v. 26, nº 3, set/dez 2000. PRIMO, Alex; SMANIOTTO, Ana Maria Reczek.  Blogs como espaços de conversação: interações conversacionais na comunidade de blogs insanus . Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. Abril de 2006. Obra analisada: LEMOS, André & LÉVY, Pierre. O futuro da internet: em direção a uma ciberdemocracia planetária. São Paulo: Paulus, 2010.  Capítulo 3.

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A mutação das mídias e a era da interconexão

  • 1. A mutação das Mídias* Rosemary dos Santos Seminário - Cibercultura Estácio- RJ [email_address]
  • 2. Conceito de Mídia: A idade Mídia de Massa Sentido estrito: Se refere especificamente aos meios de comunicação de massa , especialmente os meios de transmissão de notícias e informação: jornal, rádio, tv e revistas. Sentido Amplo: Se refere a qualquer meio de comunicação de massa, não só aos que transmitem notícias: uma novela, um programa, a publicidade, um outdoor. Com a emergência da comunicação planetária, via redes de teleinformática, e com ela a generalização da palavra mídia para se referir também a todos os processos de comunicação mediada por computador. As mídias não devem ser consideradas de modo isolado, mas devem ser contextualizadas para que não se ocorra no risco, tão comum, da crítica pela crítica, pois hoje todas as culturas são fronteiriças, fluidas e desterritorializadas. Anos 80 com a Comunicação Anos 90 e 2000 com a Internet
  • 3. Não existe democracia sem o exercício da palavra pública. A comunidade funda-se sempre em seu primeiro estágio sobre coletividades territoriais de pessoas que se frequentam fisicamente. Sec. XVIII e XIX Séc. XX A cidade midiática manifesta estilos diferentes de regimes políticos dos séculos anteriores: rádio, televisão. 68
  • 4. Obviamente, que a opinião pública global, não significa um consenso planetário, muito pelo contrário. A opinião pública está, por definição, “dividida entre os ‘pró’ e os ‘contra’, os partidários e os oponentes. A sua dinâmica conflitual é que faz dela uma opinião pública viva” (LEVY, 2003, p. 136).
  • 5.
  • 6.  
  • 7. Manuel Castells Era da Interconexão* “ A Mass Self Communication constitui certamente uma nova forma de comunicação em massa , porém, produzida, recebida e experienciada individualmente. Ela foi recuperada pelos movimentos sociais de todo o mundo, mas eles não são os únicos a utilizar essa nova ferramenta de mobilização e organização. A mídia tradicional tenta acompanhar esse movimento e, fazendo uso de seu poder comercial e midiático passou a se envolver com o maior número possível de blogs. Falta pouco para que, através da Mass Self Communication , os movimentos sociais e os indivíduos em rebelião crítica comecem a agir sobre a grande mídia, a controlar as informações, a desmenti-las e até mesmo a produzi-las.” 70
  • 8. Emissão Conexão Reconfiguração Mobilizações sociais: Smart Mobs Mudança nas práticas sociais e comunicacionais que oferecem a sociedade maior capacidade de controle e intervenção, além de maior organização política àqueles que não fazem parte do sistema central . Descentralização Modificam a prática política e as relações sociais rumo a uma ciberdemocracia planetária. Os Princípios da cibercultura : Inteligência coletiva 71
  • 9. Smart Mobs Termo proposto por Rheingold Mobilizações constituídas por pessoas que são capazes de agir juntas mesmo sem se conhecerem ... cooperando de maneira inédita porque dispõem de aparatos com capacidade tanto de comunicação como de computação(Rheingold, 2002) TxTMob Anti-Bush 2004 Power People em 2001 Filipinas Guerrilha urbana PCC maio de 2006 72
  • 10. Análise da mutação contemporânea das mídias: Três grandes linhas de Transformação 1) Perspectiva Global das Mídias – Dependência em relação as comunidades e redes locais de alcance global 2)Convergência entre os suportes midiáticos – Difundir mensagens e reconfigurar a cultura contemporânea 3)Responsabilização crescente da função midiática - Potência informativa e mobilidade Primeira conseqüência: Todas as mídias podem ser captadas, ligadas, escutadas, ou vistas de qualquer canto do planeta onde uma conexão à Internet é possível com ou sem fio. As novas mídias atuam a partir dos princípios da liberação da emissão, da conexão permanente em redes de conversação e da reconfiguração da paisagem comunicacional. Convergência 73 e 74 Produção e distribuição
  • 11. 74 Contexto local ressignificado Não se trata somente de uma mudança na forma de consumo midiático, mas nas formas de produção e distribuição de conteúdo informacional. A menor singularidade local, cultural, lingüística ou musical, torna-se ipso facto universalmente distribuída e da mesma forma, se entrecruzam e se envolvem no espaço virtual. Mídias desterritorializadas Toda desterritorialização pede novas territorializações(Deleuze e Guattari, 1980): ler um jornal em outra língua pode oferecer uma outra visão sobre determinado contexto local.
  • 12. Redes Sociais – Comunidade – Redes de Colaboração Jornalismo cidadão Comunidade virtual Web 2.0 Redes Sociais 75 e 76
  • 13. Reinventando o conceito de Comunidade Ferdinand Tönies(1985): Teoria de Platão e Euclides Comunidade Pura: opõe-se a sociedade que não seria pura: família, aldeia, cidade – normas e controle– união hábito e religião Sociólogos clássicos: Durkhein(Aldus, 1995) critica Tönies expõe seu próprio conceito de Comunidade: Para ele assim como a comunidade a sociedade também tem um Caráter natural/puro: semelhança de atitudes nas grandes e pequenas aldeias em contrapartida concorda com Tönes na natureza diferente entre sociedade e comunidade, entretanto para ele uma deriva da outra. Webe r(1987) conceitua comunidade baseado na orientação da ação social- Comunidade=relação Comunidade e sociedade são conceitos que se excluem mutuamente. Para Weber, como para Durkheim, a maior parte das relações sociais tem em parte o caráter de comunidade, em parte o caráter de sociedade. 75 e 76
  • 14. Idéias de Comunidade Moderna Redentora e tipo ideal Dicotomia entre comunidade e sociedade Ideal de família Rural Idéias de Comunidade Pós-moderna Palacios(1998,online) Sentimento, pertencimento, territorialidade , permanência ,ligação,caráter corporativo, emergência de um projeto comum, existência de formas próprias de comunicação. Comunidade estariam desaparecendo devido a falta de lugares de lazer: aos terceiros lugares: bar, praças, igrejas(1º o lar, 2º o trabalho) Essa falta de lazer faz surgir as Comunidades Virtuais 75 e 76
  • 15. Segundo Raquel Recuero: Comunidade Virtual é um conjunto de atores e suas relações que, através da interação social em um determinado espaço constitui laços e capital social em uma estrutura de cluster , através do tempo, associado a um tipo de pertencimento. A diferença entre comunidade e o restante da estrutura está nos elementos de conexão, nas propriedades das Redes. (Recuero, 2009,p. 26) Segundo Rheingold: Um dos autores responsáveis pela popularização do conceito de comunidades virtuais é Rheingold, que publicou em 1993 o livro The Virtual Community: homesteading on the electronic frontier, onde narra suas experiências em grupos sociais mediados por computador. Na concepção do autor: “ Comunidades virtuais são agregações sociais que emergem na internet quando uma quantidade significativa de pessoas promove discussões públicas em um período de tempo suficiente, com emoções suficientes, para formar teias de relações pessoais no ciberespaço .” (RHEINGOLD, 1993, p. 20) Segundo Pierre Levy: “ Uma comunidade virtual é construída sobre as afinidades de interesses, de conhecimentos, sobre projetos mútuos, em um processo de cooperação ou de troca, tudo isso independentemente das proximidades geográficas e das filiações institucionais.” (LEVY, 1999, p.128)
  • 16. *As discussões públicas *As pessoas que se encontram e se reencontram *O tempo *O sentimento Redes de relações sociais potencializadas pelas Interfaces* Sociais Comunidades A comunicação mediada pelo computador como potencializadora das relações sociais
  • 17. WEB 2.0 O termo Web 2.0 foi criado por Tim O’Reilly e sua concepção partiu de uma discussão entre ele e um dos pioneiros da Web, Dale Dougherty, sobre o crescimento da rede e o surgimento bastante representativo de novos aplicativos e sites. O editor, em seu artigo O que é Web 2.0 , apresenta alguns princípios e características dessa “nova” rede . Seguindo essa mudança paradigmática apresentam: (1) interatividade (2) meios de estruturação das relações desses usuários e (3) sistemas de gerenciamento e compartilhamento de informações.
  • 18. O que mudou? WEB 1.0 WEB 2.0 OFoto Flickr MP3.com Napster Britannica online Wikipedia Sites pessoais Blogs Publicar - Retirar Participar Sistemas fechados Wikis Taxonomia (diretório) Folksonomia (tagging)
  • 19. Redes sociais são, antes de tudo, relações entre pessoas, estejam elas interagindo em causa própria, em defesa de outrem ou em nome de uma organização, mediadas ou não por sistemas informatizados. Uma rede social é geralmente definida como um conjunto de dois elementos: pessoas, instituições ou grupos, que são os nós das redes e suas conexões, que são as interações ou laços sociais Redes não têm centros
  • 20. Sobre a Rede , Castells (1999; p.439) nos fala que boa parte das comunicações que acontecem nelas são, em geral, espontâneas não-organizadas e diversificadas em finalidade de adesão, uma coexistência pacifica de vários interesses e culturas, ou seja, a Rede constitui-se um ambiente democrático, aberta às divergências de idéias. As Interfaces potencializam as Redes Sociais
  • 21.
  • 22.
  • 23. 80 A velocidade das transformações científicas, técnicas, econômicas, culturais e políticas obriga cada um de nós a se redefinir constantemente, a fazer conhecer aos outros sua nova identidade, suas novas finalidades e competências. Jornalismo digital: Informação Memória Aprofundamento dos bancos de dados Temos hoje com os meios digitais de informação, acesso a uma memória expandida e antes não disponibilizada e com controle centralizado.
  • 24. 81 Compreender os outros e nos fazer compreender por eles não é um luxo , é uma necessidade, pois vivemos, de agora em diante, em um emaranhado de significações e de mensagens em transformações permanentes. Softwares sociais: orkut, facebook, multiply, myspaces e microblogs onde pessoas que nunca produziram informação passam a colocar em um mesmo instrumento eletrônico mensagens multimodiais(vídeos, mapas, fotos, músicas) criando um contato direto e permanente com suas comunidades de interesse. Passamos efetivamente por uma reconfiguração da esfera comunicacional e política. Função pós midiática:coleta, formatação e de difusão de informações.
  • 25.  
  • 26. Finalizando.... Assim, a mutação *das mídias concerne de fato, potencialmente a todos os atores sociais que se tornam, de alguma forma, mais autônomos. E isso tem implicações políticas profundas. Sempre que podemos produzir com voz livre(liberação do polo da emissão), nos organizar, conectar e produzir coisas coletivamente(o principio da conexão), iremos, com certeza, produzir reconfigurações nas instituições culturais, no fazer político, no espaço público, na democracia. 83 Todo mundo quer ser conhecido, , citado, fotografado, entrevistado, passar na televisão, aparecer na Internet: V isibilidade – inflação da esfera pública
  • 27. Mas ....... E a escola???
  • 28. A escola..... Não mudou...
  • 29. * A educação pode se apropriar das Interfaces Socais* para construir conhecimento de forma colaborativa???
  • 30. Interatividade na escola só na hora do Recreio?
  • 31. Agora temos em potência mídias interativas e aprendizagem colaborativa. Aprender com o outro mediado por tecnologias permitindo de fato que estes "outros" se encontrem.
  • 32. Santos e Okada (2008) encaram os softwares sociais que emergem da web 2.0, como conjunto de interfaces que medeiam a comunicação síncrona e assíncrona entre sujeitos geograficamente dispersos para criar vinculo pelas mais diferentes razões, sejam elas objetivas ou subjetivas. Para as autoras essas características podem ser aproveitadas pelos educadores para gerar atos curriculares interdisciplinares, contextualizados com os cenários histórico-culturais e multirreferenciais dos sujeitos envolvidos (SANTOS & OKADA, 2008, pág. 3).
  • 33. E os professores ??? Quais os seus etnométodos?
  • 35.  
  • 36.  
  • 37.  
  • 38.  
  • 39.  
  • 40. Obras consultadas para apoio: CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. LEMOS, A. Cultura das redes: Ciberensaios para o século XXI . Salvador: EDUFBA, 2002. LEVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: O Futuro do Pensamento na Era da Informática . Rio de Janeiro: Editora 34, 1993. LEVY, Pierre. A Inteligência Coletiva: Por uma antropologia do ciberespaço . São Paulo: Ed Loyola, 1998 _________. Ciberdemocracia . Lisboa: Instituto Piaget, 2003. OKADA, Alexandra & SANTOS, Edméa. COLEARN: Ciberconferência e cibermapeamentos para Aprendizagem Colaborativa Aberta em Comunidades . Abciber, 2008. Disponível em: http://people.kmi.open.ac.uk/ale/papers/a14abciber2008.pdf . A cessado em 28 de agosto de 2010. PRETTO, Nelson. (org.). Tecnologia e Novas Educações. Salvador: EDUFBA, 2005 RECUERO, Raquel. Redes Sociais na Internet . Porto Alegre: Sulina, 2009. (Coleção Cibercultura) 191p. SANTAELLA, Lúcia. Da cultura das mídias a cibercultura; o advento do pós-humano. Revista Famecos. (nº 22). Porto Alegre. Dezembro de 2003. SANTAELLA, Lucia. O homem e as máquinas. In: DOMINGUES, Diana (Org.). Arte no século XXI: a humanização das tecnologias. São Paulo: Ed. UNESP, 1997. p. 33-44. (Prismas). SANTAELLA, Lucia; NÖTH, Winfried. Imagem: cognição, semiótica, mídia. 3. ed. São Paulo: Iluminuras, 2001. 222 p. SANTOS. Edméa & ALVES, Lynn (orgs) Práticas Pedagógicas e Tecnologias Digitais . Rio de Janeiro: E-papers, 2006. SANTOS, Edméa . Educação online: cibercultura e pesquisa formação na prática docente. Tese de Doutorado. Salvador: FACED- UFBA, 2005. Orientador Prof. Dr. Roberto S. Macedo. SANTOS, Edméa. FORMAÇÃO DE PROFESSORES E CIBERCULTURA: novas práticas curriculares na educação presencial e a distância . Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 11, n. 17, p. 113-122, jan./jun., 2002 SILVA, Marco. Interatividade: uma mudança do esquema clássico da comunicação . Boletim Técnico do SENAC, Rio de Janeiro, v. 26, nº 3, set/dez 2000. PRIMO, Alex; SMANIOTTO, Ana Maria Reczek. Blogs como espaços de conversação: interações conversacionais na comunidade de blogs insanus . Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. Abril de 2006. Obra analisada: LEMOS, André & LÉVY, Pierre. O futuro da internet: em direção a uma ciberdemocracia planetária. São Paulo: Paulus, 2010. Capítulo 3.

Editor's Notes

  1. Trago aqui uma aproximação de um conceito para o título deste capítulo: As mídias tendem a se engendrar como redes que se interligam e nas quais cada mídia particular : livro, jornal, tv, rádio, revista, tem uma função que lhe é específica. O que seria a mutação das mídias é colocar em movimento acelerado o tráfego entre essas múltiplas formas, níveis, tempos, espaços, linguagens, mas para isso precisamos compreender o que são mídias. Cultura das mídias Santaella: http://www.youtube.com/watch?v=RMXkFozK0qE&feature=related
  2. Entretanto, muito mais comum tem sido o emprego da expressão new media em oposição a mass media. Lunenfeld(1999) considera a expressão new media ambígua pois tudo seria considerado novba mídia, o vídeo, o hipertexto, o livro eletrônico ressaltando que essas novas mídias são produções incorporadas ao universo digital, não importando os resultados finais. Onde podemos parar? Limpar esse terreno. O que são distribuídos em papel.(SANTAELLA, 2009, p. 63) Por isso a escolha pela expressão mídias digitais.
  3. Sec: XVIII e XIX: A Ágora, o porto, os cruzamentos, as tabernas, teatros, ginásios, os lugares de encontro político onde os oradores egressos da nascente ciência da retórica(convencer através da oratória) se dirigiam aos seus concidadãos. Sec XX: As estratégias de imagens e de marketing político que se desenvolveram nas últimas décadas criou uma proximidade crescente entre governos e a população principalmente pelo meio televisivo e pelo rádio.
  4. No seu livro Cibercultura, Levy fala dos conflitos de interesse e diversos pontos de vista na dinâmica conflitual da opinião pública. Esses conflitos são acrescidos por uma oposição entre, de um lado, os interesses próprios dos Estados, ligados a sua soberania e sua territorialidade e, por outro lado, o caráter desterritorializante e ubiquitário do ciberespaço. (Levy, 1999, p. 199)
  5. Implicam debates e conversas ou não mediadas , ou mediadas pelos agentes da conversação e assim não são mais controladas por centro editores de informações.
  6. O Overmundo http://www.overmundo.com.br/ comprovam a ampliação dessa conversação local e, ao mesmo tempo, mundial além da mutação midiática contemporânea com suas implicações diretas para a ciberdemocracia.
  7. * Disponível em http://diplomatique.uol.com.br/acervo.php?id=1915&tipo=acervo&PHPSESSID=7344ed5e82e51d5534f731688bd39468 Mass Self Communication - Comunicação de massa autônoma Para Castells, essa nova forma de comunicação “está presente na Internet e também no desenvolvimento dos telefones celulares”. (p.71)
  8. Rheingold 92002) chama de smart mobs o fenômeno das mobilizações sociais para coordenar as atividades corriqueiras e políticas via dispositivos móveis(celulares, palm s, redes wi-fi, bluetthooth , GPS.
  9. Convergência: A linguagem verbal salta do papel para a tela do computador. O computador absorve essa linguagem, traduz numericamente e devolve na tela pra nós exatamente na sua forma original. Você recebe a imagem como imagem, a palavra como a palavra, o som como som e o vídeo como o vídeo. Isso é chamado de convergência das mídias, ou seja, é quando tudo converge para o computador, somada a capacidade que a máquina tem de nos devolver essas linguagens como elas são originalmente: uma hibridização de tecnologias e linguagens. Para Castells, 2003 p. 244 só haverá convergência de mídias quando houver a integração entre a televisão e as redes, ou seja, com o advento da televisão interativa, como um canal comum de alta tecnologia.
  10. Mas é importante salientar que, mesmo que essas informações sejam capitadas, lidas e processadas em qualquer parte do mundo , a produção de sentido se dá a partir de encontro com as perspectivas locais.
  11. A partir do momento em que um medium online(meio online) é intimamente ligado a uma comunidade, ele pode cessar de estabelecer com ela relação clássica de difusão(do lado emissor) e de recepção passiva e isolada(do lado dos receptores) que caracterizava a Sociedade do espetáculo. (http://www.arq.ufsc.br/esteticadaarquitetura/debord_sociedade_do_espetaculo.pdf)
  12. Fonte: http://www.bocc.uff.br/pag/recuero-raquel-comunidades-virtuais.pdf
  13. Deixo em anexo outro slide que explica com mais detalhes o surgimento das Comunidades virtuais.
  14. Interface é um termo que na informática e na cibercultura ganha o sentido de dispositivo para encontro de duas ou mais faces em atitude comunicacional, dialógica ou polifônica.(...). A interface está para a cibercultura como espaçoonline de encontro e de comunicação entre duas ou mais faces. É mais do que um mediador de interação ou tradutor de sensibilidades entre as faces. Isso sim seria "ferramenta", termo inadequado para exprimir o sentido de "ambiente", de "espaço" no ciberespaço ou "universo paralelo de zeros e uns" (Johnson, 2001, p. 19).
  15. A noção de Web 2.0 (O'REILLY, 2005; BRAHAN, 2005; BRINGGS, 2008; COBO e PARDO, 2007; D’ANDRÉAS, 2009) não é exatamente consensual, sendo alvo de várias críticas, como as relativas a denominação e a seu caráter técnico. Apesar de fazer alusão a uma possível nova versão10 da web, este termo não implica no lançamento de outra web, com novas especificações e protocolos. O que compõe o fenômeno social sugerido sob a ideia de Web 2.0 é uma mudança no paradigma de uso e desenvolvimento de sistemas para a web.
  16. A folksonomia é uma maneira de indexar informações. Esta expressão foi cunhada por Thomas Vander Wal . É uma analogia à taxonomia , mas inclui o prefixo folks , palavra da língua inglesa que significa pessoas. O ponto forte da folksonomia é sua construção a partir da linguagem da comunidade que a utiliza. Enquanto na taxonomia clássica primeiro são definidas as categorias do índice para depois encaixar as informações em uma delas (e em apenas uma), a folksonomia permite a cada usuário da informação a classificar com uma ou mais palavras-chaves, conhecidas como tags (em português, marcadores).
  17. Trago também anexo outro slide em que explico o conceito de Redes, Redes Sociais e Redes de Colaboração, baseado nas leituras de Castells, Recuero, Pretto, Santaella e outros autores.
  18. * Muito mais que um meio de comunicação ou mídia, o ciberespaço reúne, integra e redimensiona uma infinidade de mídias. Para Lemos (2002) no ciberespaço cada sujeito pode adicionar, retirar e modificar conteúdos dessa estrutura; pode disparar informações e não somente receber, pode alimentar laços comunitários de troca de competências, de coletivização dos saberes, de construção colaborativas de conhecimento e de sociabilidade.
  19. Ao analisar este processo, cabe-nos, como educadores, refletir como estas novas culturas vem dialogando com a educação e, consequentemente, com a prática do professor na sala de aula. O trabalho com as mídias na educação deverá considerar os aspectos comunicacionais e ressaltar a crítica ao aspecto predominantemente transmissor e informacional. Santaella, ao falar das convergências das mídias traz a cultura de massa, a cultura das mídias e o caráter colaborativo e de autoria da cultura digital. Nesse sentido, cabe-nos acrescentar que toda mídia altera a percepção espaço-temporal ao oferecer formato e artefato particulares com o objetivo de emitir informação para além do espaço e do tempo.
  20. Os fios condutores tornam-se mais claros a quem faz o esforço de procurá-los. Os arquivos não são mais reservados aos profissionais. Desse modo, uma verdadeira profundidade temporal começa a emergir porque não temos unicamente as narrativas jornalísticas , mas se, nos interessamos sobre determinado tema, a sucessão de seus relatos e o fundo de informação nos quais eles se apoiaram para construí-las.
  21. A distribuição da função midiática em função pós midiática é um dos fenômenos mais remarcáveis do período contemporâneo.
  22. *Mutação: A mutação pode ser definida como um evento que dá origem a alterações qualitativas ou quantitativas no material genético. (As mutações são feitas ao acaso, e não dirigidas.)- Termo empregado na Biologia. Assim como a explosão quantitativa e qualitativa da web e de suas diversas ferramentas interativas, participativas e colaborativas, parece caminhar para uma situação onde todas as instituições, empresas, grupos, equipes, e indivíduos tornar-se-ão sua própria mídia e animarão a comunidade virtual que corresponde a sua zona de influência social.(p.83)
  23. Trago aqui o conceito de Interface e não de rede social como no slide