O vovô Jaime conta a história da Praça Onze para o neto Liuba através de fotos, recortes e pesquisas em um álbum. A Praça Onze começou como um pântano conhecido como São Diogo que foi aterrado para servir como caminho entre o Palácio de São Cristóvão e a Quinta da Boa Vista para D. João VI. Moradores se mudaram para a área que passou a se chamar Rossio Pequeno e depois Praça Onze em homenagem à Batalha do Riachuelo.
Livro "Uma Aventura na Terra dos Direitos", de Paula Guimarães, versão pdf disponibilizada no "website" da CPCJ: http://www.cnpcjr.pt/preview_documentos.asp?r=213&m=PDF
Atividade solicitada no curso de Pós-Graduação Práticas Pedagógicas em Multimídia:
# Nome do Projeto => Curso Básico Interativo de Atendimento ao Cliente Interno e Externo [Módulo Introdução]
# Público Alvo => Jovens iniciantes nas funções de Atendimento ao Cliente Externo e Interno.
Atendimento ao Cliente, Breves ReflexõesBlan Tavares
Entre os diversos fatores que contribuem para a qualidade do Atendimento ao Cliente, podemos citar a padronização de muitos atributos e rotinas objetivando respostas ou soluções rápidas, reconhecidos diferenciais de inquestionável importância. Mas, o Atendimento não é automação absoluta, logo, vamos refletir juntos:
Eu gosto de ser atendido por mim?
Quando Eu sou atendido por mim, percebo atitudes positivas?
Sinto segurança no Eu que atendeu-me?
Atividade - Letra da música Xote da Alegria - FalamansaMary Alvarenga
A música “Xote da Alegria”, da banda Falamansa, sugere uma reflexão sobre a importância de ser fiel a si mesmo, em vez de se moldar às demandas de outros. A canção aborda a questão da felicidade como uma escolha pessoal, incentivando as pessoas a perseguir seus sonhos com seriedade e determinação.
A Arqueologia Bíblica é um ramo da Arqueologia e das ciências históricas que visa resgatar o passado, nos dando compreensão sobre os fatos, lugares, e pessoas que viveram em determinado tempo. O intuito deste livro é introduzir o leitor no estudo da Bíblia para que possamos ter certeza que o livro mais lido e mais vendido do mundo, não é um conto religioso, mas se trata de um importante livro de registro de eventos históricos que de fato aconteceram, por mais que nela contenha históricas fantásticas, a Bíblia não pode ser desprezada. Da mesma forma que a vida moderna com o advento das novas tecnologias seria considerada absurdo para os povos antigos, que possivelmente não acreditariam no que estaria por vir.
Pessoas, lugares e histórias contadas na Bíblia não são lendas e mitos, os estudos arqueológicos têm demonstrado de forma espantosa que a Bíblia além de ser a Palavra de Deus, é um fiel registro de eventos milenares que ocorreram no Oriente Médio. Este livro, pelo seu volume, é apenas um mero rascunho para iniciar o leitor nas provas arqueológicas da veracidade historiográfica da Bíblia.
Ao publicar esta obra, estou compartilhando uma convicção pessoal, na qual acumulei conhecimentos por mais de 30 anos investigando as histórias bíblicas para poder ter certeza que minha fé é baseada em fatos reais e não em mitos e superstições. Confesso que não tenho resposta para tudo, mas ao longo destes anos, a arqueologia foi uma ciência muito importante para fundamentar e robustecer minhas crenças na Bíblia.
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O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta duração – CP4 – Processos identitários, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.
A NEUROPEDAGOGIA NO PROCESSO DE ENCINAGEM.pdfmarcos oliveira
A neuropsicopedagogia é uma ciência que busca conhecimento sobre como auxiliar o estudante e os docentes sobre a aprendizagem, onde por meio de estudos sobre o sistema nervos e cérebro pode-se compreender e assim desenvolver métodos que possa estar ajudando-os nesse processo.
1. Q
iuba
da
s
ria
L
uando Liuba viu a foto no livro grande favorito
ó
ist ze
do vovô Jaime, ficou surpreso:
e h On — Vô, que praça é esta? Ih, o senhor está com
br a uma roupa engraçada!
o
sc raç — Esta é a Praça Onze e minha roupa não tem
de P nada de engraçada. Naquele tempo os homens se
vestiam assim.
— Mas vô, a Praça Onze não é aquela que tem só
Carnaval?
— Não, Liuba... o Carnaval é que tem a Praça
Onze.
— Não entendi...
— Pra você entender, tenho que te contar a história
da Praça Onze desde o começo.
Liuba já estava curioso e foi logo pedindo:
— Puxa, vô, conta! Adoro histórias!
Vovô Jaime tossiu um pouquinho, sentou Liuba em
seu colo e começou a falar sobre aquele livro
grande favorito, com a tal foto da Praça Onze.
— Este aqui, Liuba, é meu álbum de fotografias,
recortes e pesquisas sobre a Praça Onze.
— Mas, porque o senhor coleciona coisas dessa
Texto & Ilustração
Blan Tavares Praça?
2. — Por amor. Um amor que começou em 1.920,
Como surgiu
quando cheguei ao Brasil e fui morar lá. Eu era um
rapazinho cheio de sonhos e...
a Praça Onze?
— Mas, vô, o senhor prometeu contar a história da
Praça Onze!
— Ah! É mesmo, tem razão. A Praça Onze, antes Sempre que D. João VI preparava-se para
de ser Praça Onze, era... descansar na Quinta da Boa Vista, reclamava
da enorme distância que percorreria.
E os olhos de Liuba, acompanhavam a história do Certo dia, um dos funcionários da Corte viu
vovô Jaime, grudados nas fotos, recortes e pes- extenso matagal, próximo de uma área bem
quisas do livrão favorito. pantanosa, conhecida como São Diogo.
Só os bichinhos da floresta viviam naquele
lugar.
Assim, o funcionário percebeu que por ali,
fazendo um aterro e uma estrada, a Quinta
da Boa Vista ficaria menos longe e D. João VI
chegaria mais rápido.
— Mas, vô, se o D. João VI estava indo pra
Quinta da Boa Vista descansar, qual era o
problema dele se cansar no caminho?
— Naquele tempo, Liuba, as estradas não
eram asfaltadas e as carruagens sacudiam
tanto, que D. João VI, certamente,
chegava com o corpo totalmente
dolorido.
3. Já pensou quantos dias ele teria que descansar,
antes de aproveitar as belezas da Quinta da Boa
Vista?
Logo, o funcionário da corte teve permissão para
fazer vários aterros até o pântano sumir e a terra
ficar durinha.
No meio do terreno, deixaram aberto uma vala bem
grande, para drenagem das águas da chuva...
— Aí, se chovesse muito, o pântano não encheria
de novo, né?
— Isso mesmo. Sem a vala, quando chovesse muito
as águas que descem dos morros em volta, não
teriam para onde correr. Após a canalização,
o valão passou a chamar-se Canal do Mangue.
Muitas famílias foram se mudando para as novas
ruas, criadas próximas ao Mangue. Naquele tempo,
a Praça Onze chamava-se Rossio Pequeno e todos
os moradores jogavam lixo sobre ela e soltavam
seus animais domésticos.
— A Praça não era cercada, vô?
— Não. E também não tinha brinquedos, bancos ou
mesinhas com jogo de dama. Tudo era muito simples:
uma clareira grande, todo mundo livre pra lá e pra cá,
sem se importar com os animais soltos.
4. — Os animais soltos assim, nunca O Rossio Pequeno passou a chamar-se Praça Onze
machucavam as pessoas? em 1865, numa homenagem à vitória do Brasil na
batalha do Riachuelo em 11 de junho daquele ano.
— Eram mansinhos, domésticos: cachorro, gatos,
E com a mudança de nome, o Rossio Pequeno —
porcos, vacas, cavalos... e era muito divertido,
agora Praça Onze de Junho — continuou crescendo
principalmente porque as crianças inventavam
e se modificando, assim como você.
diferentes jogos e brincadeiras.
Liuba abraçou vovô Jaime.
O bairro cresceu rapidamente, motivando a primeira
— Você é muito legal, vô, adoro você!
obra de embelezamento em 1846, quando foi
— Eu também te adoro muito! Mas a história não
construído um belo chafariz, obra do arquiteto francês
acabou, não. Vire a página.
Grandjean de Montigny, e plantaram belíssimas
E os olhos de Liuba continuaram ansiosos por mais
casuarinas.
histórias da Praça Onze.
— Casuarinas são árvores?
— São árvores de origem australiana que atingem
25 metros de altura, crescem rápido
e seu tronco, de madeira avermelhada, é ótimo
para carpintaria.
Em 1855, nove anos depois da obra de embeleza-
mento, os cariocas se reuniram em torno do
chafariz. Todos queriam ver o primeiro balão, desses
que carregam pessoas. Infelizmente, minutos depois
caiu no mar.
5. Igreja de Sant’Ana
A próxima foto era uma igreja:
— Vô, essa igreja aqui não é aquela onde o tio
Rodolfo casou?
— Isso mesmo! Parabéns, Liuba, por sua ótima
memória visual.
— Não é memória não... olha a cicatriz na perna
por causa daquele tombo na escada.
Liuba puxou a perna do short e fez cara de dor.
— Na verdade, você não caiu da escada, lembra?
Aconteceu que ao descer correndo, você rolou a
rampa e agarrou no zinco solto do portão.
— Ah! Naquela época eu era uma criança muito
bagunceira...
— O que quer dizer com naquela época? Você nem
Casa
fez oito anos ainda!
Paroquial
— Mas o senhor disse que era uma rapazinho bem
comportado, quando tinha a minha idade.
— Ora essa, você escolhe muito bem as palavras!
Ainda está interessado na história da Igreja de
Sant'Ana?
— É uma história bonita?
— Belíssima.
— Pode falar, vô.
6. A Igreja de Sant'Ana, antes era Ao lado da Igreja de Sant'Ana
uma capela pequena e ficava acontecia a famosíssima festa do
Divino, com danças, fogos de Arti-
bem ali, quase em frente à Central
fícios, leilão de prendas, pau-de-sebo,
do Brasil...
cavalhadas. Essa festa sempre
— Já sei vô, naquele lugar onde a
começava no Sábado de Aleluia e
gente pega o trem Deodoro-Parador.
só terminava pela coroação do
— Isso mesmo! Mas naquele tempo,
Imperador do Divino, representado
a Central do Brasil era só um terreno
por um garoto de uns doze anos,
conhecido como Campo da Cidade.
ricamente trajado de casaca, calção
Depois, este Campo da Cidade pas-
de veludo encarnado, meias de seda
sou a chamar-se Praça da República,
e espada.
naquele lugar onde tem o Hospital
Certo dia, quando resolveram construir
Souza Aguiar...
a Estrada de Ferro Central do Brasil,
— É! Mamãe me levou lá, pra dar
onde a gente pega o Deodoro-Parador,
pontos, depois do tombo na igreja,
tiveram que demolir a Igreja de Sant'Ana.
lembra?
— Que horror! Deus não ficou zangado,
— Lembro. Você tem uma senhora
vô?
memória, hein? — Ficou um pouquinho. Mas logo, ele
— Valeu, vô. Continua. viu que estavam construindo outra,
— Como eu dizia, era uma capela esta mesma da foto, e tudo ficou bem.
que foi crescendo graças aos esfor- O interessante, é que construíram a
ços das pessoas que tinham muita nova Matriz de Sant'Ana no terreno em
fé na Santa Ana. Logo, todo mundo que seria construída a Cadeia Pública.
começou a chamar o Campo da Foi difícil as pessoas pararem de chamar
Cidade de Campo de Sant'Ana. aquele lugar de Largo da Cadeia Pública.
7. A Rua de Santana
— E será que o Padre sabe disso?
— Nunca perguntei. Mas se não souber, alguém
já foi mais comprida.
um dia contará pra ele. As histórias são sempre
assim: de um pequenino fato, recordamos quase
todos os acontecimentos.
Liuba olhou a próxima foto sem entender:
Liuba ficou em pé, constrangido por interromper
— Olha só, vô, tiraram foto de uma rua vazia.
vovô Jaime com um pedido que nada tinha com
— Como assim, vazia? E as casas com esses
a Igreja de Sant'Ana:
jardins lindos, não contam?
— Vô, tô com vontade de fazer xixi e beber água.
— Mas o senhor não aparece na foto, ora!
O senhor me espera?
— Por que isso não é uma foto, Liuba. É a
Entre uma tosse e outra, vovô Jaime respondeu
cópia reduzida de uma pintura. Foi presente
que ele poderia ir tranqüilo.
de um amigo meu, também colecionador da
— Não sai daí não, hein vô?
Praça Onze. Repare bem como a rua é diferente
— Não saio não. Você vai gostar da próxima foto.
daquela que eu te mostrei na foto da Igreja de
E assim, Liuba correu para o banheiro o mais rápido
Sant'Ana.
que pode.
— É mesmo. Naquela foto tem edifícios, tem
o Metrô no fim da rua... como é mesmo o nome
dessa rua?
— Rua de Santana. Aliás, antigamente, o fim
dessa rua não era ali no muro do metrô, não
— Não? E era onde, então?
— Essa rua quando surgiu, não se chamava
Rua de Santana. Seu nome era Rua das Flores,
certamente por causa dos jardins bonitos que
os moradores gostavam de cultivar.
8. A Rua das Flores passou a chamar-se Rua de Santana,
quando foi construída a Igreja de Sant'Ana...
— Aquela da foto do casamento.
— Isso mesmo. Na Rua de Santana funcionavam
muitos bares animados.
— Vô, qual era o tamanho da Rua de Santana?
— Assim, em números eu não sei. Mas aquele muro do
Metrô não existia. A Rua de Santana começava bem
pertinho da Estrada de Ferro.
— Onde passa o Deodoro-Parador.
— Isso, Liuba, acertou de novo!
— E por que a Rua de Santana encurtou?
— Por causa de duas importantes obras: a Avenida
OBRAS
Presidente Vargas e o Metrô.
— Agora tem edifícios altos na Rua de Santana.
— É Liuba... o progresso é necessário e muitas vezes
do
triste, porque modifica nossas lembranças. Ainda bem
que existem livros, retratos e pinturas. Senão, a gente
METRÔ
esquecia tudo.
Liuba abraça vovô Jaime, para ele não ficar triste
com saudades tão bonitas.
9. s Vovô Jaime e Liuba olhavam seriamente a próxima
e foto: um grande navio no Porto do Rio de Janeiro.
nt
— Vô, o senhor estava neste navio?
s Imigr a
ça d o
— Minha irmã estava. Eu havia chegado no ano
anterior.
a
Pr
— E por que o senhor e sua irmã vieram sozinhos?
— Todos precisavam fugir da guerra. Então, meus
A pais juntavam dinheiro e vinha um de cada vez.
— Depois seus pais vieram?
— Não. Morreram na guerra. Mas vamos falar da
Praça Onze dos Imigrantes, antes que eu fique
triste.
— O que é imigrante?
— São pessoas que entram em um país estranho
para viver. E este foi o meu caso. Escolhi o Brasil
e a Cidade do Rio de Janeiro, porque uns amigos
nossos mandavam carta lá para Polônia, onde
nasci, contando como o povo daqui é alegre,
carinhoso e compreensivo.
— Os seus amigos moravam na Praça Onze?
— Moravam. Por ser um bairro perto de tudo que
precisávamos, todos queriam morar lá. Naquele
tempo, na Praça Onze, ouvíamos muitos idiomas
diferentes, por causa de imigrantes italianos,
portugueses, turcos, poloneses, libaneses, sendo
que havia mais portugueses e italianos.
10. Vovô Jaime e Liuba ainda estavam rindo,
Eu gostava de ficar no ponto do bonde, perto
quando a próxima foto provocou mais
da Praça, olhando as moças italianas que
um monte de gargalhadas:
passavam no final da tarde.
— Vovô, o que é isto?
Depois, quase de noitinha, eu gostava também
— Uma peruca de mulher e pó de arroz.
de passar pelas janelas das casas e ficava
— Mas estão na sua cabeça! Quem fez
olhando outras moças que conversavam animadas,
isto com o senhor?
enquanto os vizinhos organizavam alguma festa.
— Um sujeito animadíssimo que morava
As famílias gostavam muito de fazer festas
na Praça Onze. O nome dele era Heitor.
com músicas e assim eu conheci sua avó, Rosa,
Neste dia aqui, ele fez isto porque perdi
dançando shotish, o rítmo da moda.
uma aposta em pleno Carnaval.
— Mas vô, a vovó Rosa falou que o senhor
— E qual era a aposta?
pisava nos pés dela!
— Não posso falar. Quando você ficar
— Nos pés dela e de todas as moças que
rapaz eu conto. Mas eu ia dizendo que...
dançavam comigo. Por isso fiquei um tempão
Vovô Jaime coçou a cabeça e Liuba, entre
solteiro.
risos, corrigiu:
— E como conseguiu se casar com a vovó?
— O senhor não ia dizendo nada, vô. Só
— Ela também pisava nos meus pés e nos pés
falou do segredo da tal aposta.
de todos os rapazes que dançavam com ela.
— Pois é isso! Falava sobre o Carnaval da
Praça Onze de Junho!
Liuba e vovô Jaime deram boas gargalhadas.
11. Parecida com um vale, a Praça Onze era cercada pelo
Morro da Providência; o Morro do Pinto e o de São
Carlos.A Praça era o ponto de encontro do pessoal
animado que descia desses morros, cantando seus
sambas, vestidos de azul e branco, cores tradicionais.
Dizem que o pessoal do Morro da Providência foi o
que mais lotou e animou os Carnavais da Praça.
Eram grupos de brincalhões mascarados ou sem
máscaras, fantasiados ou não, que cantavam e
dançavam ao som de instrumentos ligeiros como:
cuícas, tamborins...
— Lá no meu Clube é assim também, vô.
— É um pouco diferente, Liuba. As folias de rua
hoje, perderam aquela animação do meu tempo.
Todo mundo prefere se fechar no Clube, porque acha
mais seguro. E desfile mesmo, só no Sambódromo.
— O senhor não gosta do Sambódromo?
— Gosto sim. Mas gosto mais do Carnaval aqui no
meu livrão favorito, o meu álbum de saudades.
Ainda lembro quando o Heitor dizia que o samba só
saiu dos morros, por causa do Carnaval da Praça
Onze, que tinha um número grande de Clubes, Blocos
carnavalescos e a contagiante alegria dos habitantes
daquela área.
O ponto de referência do samba, na Praça Onze, era
a casa da Tia Ciata, na R.Visconde de Itaúna.
12. — Tia Ciata? Era irmã da sua mãe? — Já vou, mãe. Vou ver só mais uma foto.
Vovô Jaime riu antes de responder: — Não, Liuba. Você já está atrasado. Vá se
— Não. Todo mundo a tratava de Tia Ciata. vestir.
Vovô Jaime concordou com a mãe de Liuba,
Para nós é a fada madrinha do samba.
sua nora, e prometeu esperá-lo chegar da
— O senhor ia muito lá, na casa dessa Tia?
escola para continuar contando Histórias da
— Ia sempre com o Heitor. Era uma casa
Praça Onze.
grande com um quintal muito agradável.
Marcaram a página bem marcada e com
— O que o senhor fazia lá?
um abraço despediram-se, logo depois, na
— Apreciava o samba. Um rítmo que mexe
porta do ônibus.
com o corpo por dentro e por fora, a gente
sente o chão vibrar.
— Então, o senhor não pisava nos pés de
ninguém?
— Não pisava porque não sei sambar e
só ficava olhando o Heitor cantar, divertindo
a todos.
— Vô, o senhor já foi ver o desfile no
Sambódromo?
— Ainda não. Mas o neto do Heitor vai
desfilar ano que vem e prometeu me levar
Tomara que sua avó Rosa não crie caso...
Neste momento, Liuba ouve sua mãe
chamar:
— Hora da escola, Liuba! Vá se vestir!
13. —Vô, qual
é a próxima
foto?
— Liceu de Artes e Ofícios!
Quando você voltar, conto
Escola
o que aprendi por lá!
— Legal, vô! Até mais tarde!
Fim