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Marcos Faerman e o
jornalismo literário
brasileiro
jornalismo básico 2
Bianca Santana
bsantana@casperlibero.edu.br
Marcos faerman e o jornalismo literário brasileiro
O portal está no ar desde o
dia 5 de abril de 2016, data
do nascimento de Marcos
Faerman, no link
http://marcosfaerman.jor.br ,
e será lançado oficialmente
no dia 17 de agosto de
2016, à partir das 19:00,
na Semana de Jornalismo
da Faculdade Cásper
Líbero
nós mulheres
“De todo modo, é na redação do Jornal da Tarde que vai reboar
com estrondo o New Journalism, o Novo Jornalismo que vicejava
com vigor nos Estados Unidos desde os anos de 1960, a boa-nova
que nasceu. Como defendiam os novos jornalistas, era
hora de aposentar aquele jornalismo pouco
inspirado, sisudo, careta e cartorial e botar o pé
no mundo, para viver e contar histórias.”
"Abaixo o lide (lead) e suas seis questões básicas a
responder, o quê, quem, quando, onde, como e por quê, abaixo o suposto
cientificismo, as hierarquias forçadas, de contar do mais para o menos
importante, de ficar exclusivamente no nível dos dados e
declarações. Prática, aliás, nascida e desenvolvida com
a crescente produção industrial de notícias por grupos de
comunicação a partir da segunda metade do sec XIX.”
“No contexto sociocultural da renovação de valores no mundo
ocidental, era hora de arriscar outros pontos de vista na
reportagem, para dar a dimensão da complexidade do fato,
experimentar o mundo até como protagonista, narrar tudo, até
em primeira pessoa, como narrador-protagonista, com precisão e
envolvimento, captando a atmosfera que enformava os fatos,
descrevendo lugares e pessoas, tudo com palavras bem-postas,
precisas, avessas a normas preestabelecidas. “
“Com o Novo Jornalismo, em síntese, era hora de
experimentação, de criatividade, de liberdade com
decisões editoriais tomadas no
fazer, jamais de forma
antecipada.”
“Embora muitas vezes seja lido como ficção, o novo jornalismo
não é ficção. Ele é, ou deveria ser, tão fidedigno quanto a mais
fidedigna reportagem, embora busque uma verdade mais ampla
que a obtida pela mera compilação de fatos passíveis de
verificação, pelo uso de aspas e observância dos rígidos princípios
organizacionais à moda antiga. O novo jornalismo permite, na
verdade exige, uma abordagem mais imaginativa da reportagem,
possibilitando ao autor inserir-se na narrativa se assim o desejar,
como fazem muitos escritores, ou assumir o papel de um
observador neutro, como outros preferem, inclusive eu próprio”
Gay Talese, em Fama e Anonimato
As lições dos mestres do New Journalism nos Estados Unidos prontamente
chegaram até aqui e ganharam adeptos e difusores, entre seus mais entusiastas,
Marcos Faerman.
Audálio Dantas: “― Não tenho dúvida nenhuma. O Jornal da Tarde, naquela fase, era,
naqueles anos,
em 1966 ele surgiu, uma revolução na imprensa diária, na medida em que eles
valorizavam o texto de maneira extraordinária. Logo depois veio a Realidade [revista
Realidade, lançada em abril de 1966, pela editora Abril, que se tornou outra grande
escola de reportagem no Brasil]. Foi o espaço de formação que ele teve, ele não teve
formação na área jornalística, porque fez Direito.
― E ele nem concluiu.
― Nem concluiu. Ele já era aquele... Ele era um escritor, mas que escolheu esse
caminho do jornalismo. Escolheu? Sei lá, foi a vida dele pelo jornalismo.”
“Simultaneamente ao trabalho como editor e repórter do Jornal da Tarde,
Marcos Faerman manteve longa contribuição com algumas das publicações mais
importantes dos chamados anos de chumbo. Escreveu e editou o jornal Ex-, com o
grupo original que fundara a revista Realidade em 1966 e dela saíra no fim de 1968, sob
a liderança de Sérgio de Souza, entre outros. (...)
Nosso autor também colaborara, entre outras publicações, com o Pasquim (1969-
1991), jornal que lutava por liberdade com muito humor, irreverência e inteligência.
Mas a principal contribuição de Marcos Faerman à história da
imprensa independente
parece mesmo ter sido o jornal Versus.”
“Fundado em outubro de 1975, pela iniciativa de Marcos
Faerman, o Versus logo marcou posições inovadoras, como a
articulação pela integração do Brasil com os demais países da
América Latina, via aproximação com alguns dos grandes nomes
da cultura latino-americana, como o jornalista argentino Tomáz
Eloy Martinez e o escritor uruguaio Eduardo Galeano, que
editava, à época, a revista Crisis, em Buenos Aires.
Manteve, de forma vanguardista, espaço específico
para a difusão da cultura negra, contra o racismo
no Brasil, e tratou a questão indígena com viés
crítico e corajoso.”
“Audálio Dantas também assim entende a aventura em Marcos
Faerman: ‘A reportagem, em si, para ele, é uma aventura, uma
descoberta. É um trajeto que se faz para chegar a algum ponto’.
― E aventura como uma forma de conhecimento.
― Isso, da busca. Da descoberta.
― Certamente precisa de uma abertura para isso, não adianta
viajar fechado.
― Precisa estar aberto para o mundo, para o outro,
principalmente. O repórter que tem essa concepção deve estar
aberto para o outro, o seu outro lado, seu interlocutor. O
interlocutor é a tua razão de ser. É ele quem vai te contar as
histórias.”
“O jornalismo de Marcos Faerman era, como
visto, o exercício da aventura. Na
prática, significava abandonar a redação
refrigerada e tantas vezes sem janelas e
botar o pé na rua, na estrada, ao vento, para
bem conhecer a vida e os homens”.
“É um jornalismo que se fia na experiência imediata como
possibilidade epistemológica, como expressa por Michel de
Montaigne no ensaio ‘Da experiência’: ‘O desejo de
conhecimento é o mais natural. Experimentamos todos os meios
suscetíveis de satisfazê-lo, e quando a razão não basta apelamos
para a experiência. (...) Este segundo processo é menos seguro
do que o primeiro e menos digno; mas a verdade é tão valiosa
que nada devemos desdenhar, capaz de nos levar a ela’. A
reportagem, como forma de experiência, é um método de
descoberta do mundo. “
“Marcos Faerman, como outros repórteres de sua
estirpe, são os narradores tradicionais, mas já
atuando num contexto que lentamente os alheia e
os despreza, contexto da transformação da
narrativa mais tradicional em indústria da
informação, com seus modos industriais de fazer e
de narrar.”
“É essa mudança, aliás, que Benjamin indica como principal
motivo para o declínio do narrador e da narrativa, hoje. ‘Se a arte
da narrativa é hoje rara, a difusão da informação é decisivamente
responsável por esse declínio’, escreve. Segundo Benjamin,
apesar de recebermos a cada manhã notícias de todo o mundo,
seguimos carentes de histórias que nos surpreendam. ‘A
razão é que os fatos já nos chegam acompanhados de
explicações. Em outras palavras: quase nada do que acontece
está a serviço da narrativa, e quase tudo está a serviço da
informação. Metade da arte narrativa está em evitar
explicações’”.
“ (...) marca fundamental do texto de Marcos
Faerman era a dúvida, consciente da precariedade e
da falibilidade da apreensão da realidade na hora da
reportagem. Era um jornalismo, portanto, avesso a
explicações fáceis e simplificadoras e contrário,
portanto, ao discurso da certeza do jornalismo que
então se impunha, sobretudo, a partir dos anos de
1970”
“Duvidar, inclusive de si mesmo, parece dar a dimensão da
complexidade da tarefa de conhecer o
mundo, sempre tão diverso, misterioso,
fluido. Não estamos aqui, portanto, no universo das certezas,
da razão desmedida. Não há, decerto, certeza de praticamente
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com sofreguidão. O que se mostra pode ser mentiroso, o que
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homem? O repórter se equilibra e caminha
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Marcos faerman e o jornalismo literário brasileiro

  • 1. Marcos Faerman e o jornalismo literário brasileiro jornalismo básico 2 Bianca Santana bsantana@casperlibero.edu.br
  • 3. O portal está no ar desde o dia 5 de abril de 2016, data do nascimento de Marcos Faerman, no link http://marcosfaerman.jor.br , e será lançado oficialmente no dia 17 de agosto de 2016, à partir das 19:00, na Semana de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero
  • 5. “De todo modo, é na redação do Jornal da Tarde que vai reboar com estrondo o New Journalism, o Novo Jornalismo que vicejava com vigor nos Estados Unidos desde os anos de 1960, a boa-nova que nasceu. Como defendiam os novos jornalistas, era hora de aposentar aquele jornalismo pouco inspirado, sisudo, careta e cartorial e botar o pé no mundo, para viver e contar histórias.”
  • 6. "Abaixo o lide (lead) e suas seis questões básicas a responder, o quê, quem, quando, onde, como e por quê, abaixo o suposto cientificismo, as hierarquias forçadas, de contar do mais para o menos importante, de ficar exclusivamente no nível dos dados e declarações. Prática, aliás, nascida e desenvolvida com a crescente produção industrial de notícias por grupos de comunicação a partir da segunda metade do sec XIX.”
  • 7. “No contexto sociocultural da renovação de valores no mundo ocidental, era hora de arriscar outros pontos de vista na reportagem, para dar a dimensão da complexidade do fato, experimentar o mundo até como protagonista, narrar tudo, até em primeira pessoa, como narrador-protagonista, com precisão e envolvimento, captando a atmosfera que enformava os fatos, descrevendo lugares e pessoas, tudo com palavras bem-postas, precisas, avessas a normas preestabelecidas. “
  • 8. “Com o Novo Jornalismo, em síntese, era hora de experimentação, de criatividade, de liberdade com decisões editoriais tomadas no fazer, jamais de forma antecipada.”
  • 9. “Embora muitas vezes seja lido como ficção, o novo jornalismo não é ficção. Ele é, ou deveria ser, tão fidedigno quanto a mais fidedigna reportagem, embora busque uma verdade mais ampla que a obtida pela mera compilação de fatos passíveis de verificação, pelo uso de aspas e observância dos rígidos princípios organizacionais à moda antiga. O novo jornalismo permite, na verdade exige, uma abordagem mais imaginativa da reportagem, possibilitando ao autor inserir-se na narrativa se assim o desejar, como fazem muitos escritores, ou assumir o papel de um observador neutro, como outros preferem, inclusive eu próprio” Gay Talese, em Fama e Anonimato
  • 10. As lições dos mestres do New Journalism nos Estados Unidos prontamente chegaram até aqui e ganharam adeptos e difusores, entre seus mais entusiastas, Marcos Faerman. Audálio Dantas: “― Não tenho dúvida nenhuma. O Jornal da Tarde, naquela fase, era, naqueles anos, em 1966 ele surgiu, uma revolução na imprensa diária, na medida em que eles valorizavam o texto de maneira extraordinária. Logo depois veio a Realidade [revista Realidade, lançada em abril de 1966, pela editora Abril, que se tornou outra grande escola de reportagem no Brasil]. Foi o espaço de formação que ele teve, ele não teve formação na área jornalística, porque fez Direito. ― E ele nem concluiu. ― Nem concluiu. Ele já era aquele... Ele era um escritor, mas que escolheu esse caminho do jornalismo. Escolheu? Sei lá, foi a vida dele pelo jornalismo.”
  • 11. “Simultaneamente ao trabalho como editor e repórter do Jornal da Tarde, Marcos Faerman manteve longa contribuição com algumas das publicações mais importantes dos chamados anos de chumbo. Escreveu e editou o jornal Ex-, com o grupo original que fundara a revista Realidade em 1966 e dela saíra no fim de 1968, sob a liderança de Sérgio de Souza, entre outros. (...) Nosso autor também colaborara, entre outras publicações, com o Pasquim (1969- 1991), jornal que lutava por liberdade com muito humor, irreverência e inteligência. Mas a principal contribuição de Marcos Faerman à história da imprensa independente parece mesmo ter sido o jornal Versus.”
  • 12. “Fundado em outubro de 1975, pela iniciativa de Marcos Faerman, o Versus logo marcou posições inovadoras, como a articulação pela integração do Brasil com os demais países da América Latina, via aproximação com alguns dos grandes nomes da cultura latino-americana, como o jornalista argentino Tomáz Eloy Martinez e o escritor uruguaio Eduardo Galeano, que editava, à época, a revista Crisis, em Buenos Aires. Manteve, de forma vanguardista, espaço específico para a difusão da cultura negra, contra o racismo no Brasil, e tratou a questão indígena com viés crítico e corajoso.”
  • 13. “Audálio Dantas também assim entende a aventura em Marcos Faerman: ‘A reportagem, em si, para ele, é uma aventura, uma descoberta. É um trajeto que se faz para chegar a algum ponto’. ― E aventura como uma forma de conhecimento. ― Isso, da busca. Da descoberta. ― Certamente precisa de uma abertura para isso, não adianta viajar fechado. ― Precisa estar aberto para o mundo, para o outro, principalmente. O repórter que tem essa concepção deve estar aberto para o outro, o seu outro lado, seu interlocutor. O interlocutor é a tua razão de ser. É ele quem vai te contar as histórias.”
  • 14. “O jornalismo de Marcos Faerman era, como visto, o exercício da aventura. Na prática, significava abandonar a redação refrigerada e tantas vezes sem janelas e botar o pé na rua, na estrada, ao vento, para bem conhecer a vida e os homens”.
  • 15. “É um jornalismo que se fia na experiência imediata como possibilidade epistemológica, como expressa por Michel de Montaigne no ensaio ‘Da experiência’: ‘O desejo de conhecimento é o mais natural. Experimentamos todos os meios suscetíveis de satisfazê-lo, e quando a razão não basta apelamos para a experiência. (...) Este segundo processo é menos seguro do que o primeiro e menos digno; mas a verdade é tão valiosa que nada devemos desdenhar, capaz de nos levar a ela’. A reportagem, como forma de experiência, é um método de descoberta do mundo. “
  • 16. “Marcos Faerman, como outros repórteres de sua estirpe, são os narradores tradicionais, mas já atuando num contexto que lentamente os alheia e os despreza, contexto da transformação da narrativa mais tradicional em indústria da informação, com seus modos industriais de fazer e de narrar.”
  • 17. “É essa mudança, aliás, que Benjamin indica como principal motivo para o declínio do narrador e da narrativa, hoje. ‘Se a arte da narrativa é hoje rara, a difusão da informação é decisivamente responsável por esse declínio’, escreve. Segundo Benjamin, apesar de recebermos a cada manhã notícias de todo o mundo, seguimos carentes de histórias que nos surpreendam. ‘A razão é que os fatos já nos chegam acompanhados de explicações. Em outras palavras: quase nada do que acontece está a serviço da narrativa, e quase tudo está a serviço da informação. Metade da arte narrativa está em evitar explicações’”.
  • 18. “ (...) marca fundamental do texto de Marcos Faerman era a dúvida, consciente da precariedade e da falibilidade da apreensão da realidade na hora da reportagem. Era um jornalismo, portanto, avesso a explicações fáceis e simplificadoras e contrário, portanto, ao discurso da certeza do jornalismo que então se impunha, sobretudo, a partir dos anos de 1970”
  • 19. “Duvidar, inclusive de si mesmo, parece dar a dimensão da complexidade da tarefa de conhecer o mundo, sempre tão diverso, misterioso, fluido. Não estamos aqui, portanto, no universo das certezas, da razão desmedida. Não há, decerto, certeza de praticamente nada, exceto aquela de que nada sabemos, muito pouco sabemos.”
  • 20. “A realidade é, no mínimo, feita de camadas e exige cavoucá-la com sofreguidão. O que se mostra pode ser mentiroso, o que está escondido pode ser verdadeiro. Como distinguir um do outro? Que recurso, que instrumento, que técnica pode ajudar na tarefa de conhecer e compreender o homem? O repórter se equilibra e caminha sobre o abismo.”