O documento discute três eixos estruturantes para a organização curricular: cidadania, diversidade e sustentabilidade humana. A cidadania é definida como o exercício de direitos e deveres e participação na comunidade. A diversidade inclui a educação étnico-racial, de gênero e sexualidade e dos direitos humanos. A sustentabilidade humana envolve uma nova relação entre o homem e o planeta.
3. CURRÍCULO EM MOVIMENTO
Eixos – organização curricular mais integrada:
• Temas ou conteúdos socialmente relevantes;
em geral deixados à margem do processo
educacional.
• Mais reflexivo, menos normativo e
prescritivo.
• Conteúdos organizados em torno de eixos
integradores.
(Santomé, 1998, p. 25)
4. EIXOS ESTRUTURANTES
• Cidadania
• Diversidade:
Educação das Relações Étnico-Raciais
Educação do Campo
Educação em Gênero e Sexualidade
Direitos Humanos
• Sustentabilidade Humana
• Aprendizagens
5. Sustentabilidade Humana (?)
• Nova relação homem-planeta
• Ética
• Racionalidade produtiva
• Alterglobalização
• Visão holística
• Reformulação de objetivos educacionais
• Reorganização do trabalho pedagógico e
metodologias
Cidadania
• Direitos
• Deveres e
• Participação
Aprendizagens
• Reconhecimento
e respeito ao
desenvolvimento
cognitivo, afetivo
e saberes
construídos pelos
sujeitos
Diversidade
• Relações étnico-
raciais
• Campo e cidade
• Gênero e
sexualidade
• Direitos humanos
EU + OUTRO
7. CIDADANIA
“a raiz dos direitos humanos, [...]
competência humana de fazer-se sujeito,
para fazer história própria, coletivamente
organizada.” Pedro Demo (1995, p.3)
Princípio e finalidade da educação:
formação de cidadãos
(CRFB e LDBEN)
8. CIDADANIA NA ESCOLA
Como garantir o exercício dos direitos,
deveres e participação de todos os sujeitos
que compõem a escola?
10. DIVERSIDADE NA ESCOLA
Problemas que a escola pública apresenta e
precisa superar:
Parcialidade de atendimento
Território urbano
Matriz curricular eurocêntrica
Política e economicamente específica
Modelos de sociedade preconceituosos,
discriminatórios e excludentes
11. DIVERSIDADE NA ESCOLA
Educação das Relações Étnico-Raciais
Formação de atitudes, posturas e valores
que levem ao sentido de pertencimento e
identidades étnicas.
Inclusão, no contexto de estudos e
atividades, da participação das matrizes
culturais do povo brasileiro: indígenas,
africanos, europeus, asiáticos e outros.
12. DIVERSIDADE NA ESCOLA
Educação do Campo
Escola do campo Escola rural.
Direito de acesso à Educação Básica.
Políticas públicas que garantam o direito da educação
no e do campo.
Projetos Políticos Pedagógicos pensados a partir da
diversidade dos sujeitos do campo.
Campo e cidade: necessidade de articulação,
completude e alimentação mútua.
Construção da sociedade com pleno exercício da
cidadania: novas relações entre o rural e o urbano.
15. DIVERSIDADE NA ESCOLA
Educação em Direitos Humanos
A educação em direitos humanos deve abarcar questões
concernentes aos campos da educação formal, à escola,
aos procedimentos pedagógicos, às agendas e
instrumentos que possibilitem uma ação pedagógica
conscientizadora e libertadora, voltada para o respeito e
valorização da diversidade, aos conceitos de
sustentabilidade e de formação da cidadania
ativa. (PNEDH3, 2008, p.3 ).
Princípios: dignidade humana, igualdade de direitos,
reconhecimento e valorização das diferenças e das
diversidades, laicidade do Estado, democracia na
educação, transversalidade, vivência e globalidade e
sustentabilidade socioambiental. (CNE)
16. DIVERSIDADE NA ESCOLA
Existe um trabalho de identificação e
intervenção no que diz respeito às questões
da diversidade na escola?
21. SUSTENTABILIDADE HUMANA
A ciência moderna, nascida com Newton, Copérnico e Galileu
Galilei, não soube o que fazer da complexidade. A estratégia foi
reduzir o complexo ao simples. Por exemplo, ao contemplar a
natureza, ao invés de analisar a teia de relações complexas
existentes, os cientistas tudo compartimentaram e isolaram. (...)
Assim, começaram a estudar só as rochas, ou só as florestas,
ou só os animais, ou só os seres humanos. E, nos seres
humanos, só as células, só os tecidos, só os órgãos, só os
organismos, só os olhos, só o coração, só os ossos etc. Desse
estudo nasceram os vários saberes particulares e as várias
especialidades. Ganhou-se em detalhes, perdeu-se a totalidade
(BOFF, 2006, p. 7)
25. APRENDIZAGENS
O papel do sujeito nas formas complexas e “desejáveis” de
aprendizagem escolar
SUJEITO
Indivíduo concreto portador da personalidade que se caracteriza por
ser:
Atual
Interativo
Consciente
Intencional
Emocional
(Gonzalez Rey, F. 1991)
26. APRENDIZAGENS
A medicalização da aprendizagem
DIAGNÓSTICO
apenas o argumento para processos
de aprendizagem, porém se tornou a
prescrição.
27. APRENDIZAGENS
CONTEXTO
Processos de globalização.
Avanços da tecnologia.
Mudanças e ritmos cada vez mais rápidos.
Altos níveis de exigência, produtividade e competição.
Ênfase no desempenho e rendimento.
Doencificação da sociedade
Império do consumo.
Precocidade das demandas.
Crise de autoridade das instituições em geral, dos
pais, dos professores.
28. APRENDIZAGENS
SITUAÇÃO
Avidez por soluções rápidas mais do que por análise dos
problemas.
Avidez classificatória: procurar “algo” sobre o que se possa
operar tecnicamente.
Redução de práticas sociais complexas – como criar, educar,
diagnosticar e curar – para procedimentos técnicos.
Construção de entidades biogenéticas (TPM, estresse e outras).
Dificuldades escolares como mercado da indústria farmacêutica.
Massificação dos transtornos.
30. APRENDIZAGENS
PERIGOS
Impacto negativo do rótulo no
desenvolvimento do estudante.
A justificação da não aprendizagem.
A “desresponsabilização” dos agentes
educativos.
31. APRENDIZAGENS
Principais desafios da aprendizagem
Mudança de representações e
concepções.
Reconhecimento da diversidade.
Excelência no trabalho pedagógico.
Estudo e atualização profissional.
Flexibilidade, compromisso e criatividade.
32. APRENDIZAGENS
As pessoas podem se dividir em três
grupos:
Aquelas que fazem com que as coisas
aconteçam.
As que assistem as coisas acontecerem.
As que perguntam: O que aconteceu?