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Em pílulas
Edição em 92 tópicos da versão preliminar integral do livro de Augusto de
Franco (2011), FLUZZ: Vida humana e convivência social nos novos mundos
altamente conectados do terceiro milênio




                                 0
                      (Corresponde à Apresentação)




                           Apresentação

Fluzz nasceu a partir de reflexões intermitentes do autor durante a última
década. Talvez tenha surgido do espanto com a palavra ‘Entidade’, tal como
foi usada – com maiúscula – por Jane Jacobs (1961), em Morte e Vida das
Grandes Cidades Americanas: “As inter-relações que permitem o
funcionamento de um distrito como uma Entidade não são nem vagas nem
misteriosas. Consistem em relacionamentos vivos entre pessoas...” Difícil
saber agora, quase cinco anos após sua morte, tudo que ela queria
realmente dizer com ‘Entidade’ (com maiúscula) e ‘relacionamentos vivos’
(que é diferente de relacionamento entre vivos). De qualquer modo, isso foi
interpretado aqui como ‘viver a convivência’. Quando vivemos nossa
convivência (social) produzimos um novo tipo de vida (humana). Essa é a
idéia básica.
Tal como as reflexões que o originaram, este é um livro que se repete.
Vários capítulos repisam o que já foi dito em capítulos anteriores. Quem não
está preparado para a redundância pode ficar incomodado com o estilo
recursivo do texto. Uma explicação para isso, baseada no tipo de interação
chamado cloning, está no Capítulo 0 – Tudo é fluzz. Mas essa explicação,
provavelmente, não será suficiente diante da cultura, ainda predominante,
da escassez.

Muitos tópicos inseridos aqui foram escritos com outros propósitos, em
épocas e circunstâncias diversas. Alguns, inclusive, já foram publicados
como artigos autônomos ou fizeram parte de outros livros do autor. Isso
também é redundância.

Quando uma parte do material aqui contido foi escrita pela primeira vez,
não havia surgido a idéia de fluzz. Depois que tal idéia surgiu, surgiu
também a impressão de que tudo o que já estava escrito, havia sido escrito
como prefiguração. Fluzz apenas consumou.

A palavra ‘fluzz’ nasceu de uma conversa informal do autor, no início de
2010, com Marcelo Estraviz, sobre o Buzz do Google. O autor observava
que Buzz não captava adequadamente o fluxo da conversação,
argumentando que era necessário criar outro tipo de plataforma (i-based e
não p-based). Marcelo Estraviz respondeu com a interjeição ‘fluzz’, na
ocasião mais como uma brincadeira, para tentar traduzir a idéia de
Buzz+fluxo. Ulteriormente a idéia foi desenvolvida e recebeu outros
significados, que não têm muito a ver com o programa mal-sucedido do
Google, como se pode ver neste livro.

No início de cada capítulo estão grafadas em itálico as doze partes de Coda
– uma espécie de “código-fonte” de fluzz. Pode-se começar lendo essas
partes, fazendo um tour pelo livro antes de começar a leitura.

Por último, uma advertência. Fluzz contém material altamente prejudicial às
instituições da sociedade hierárquica: às escolas (e ao ensino), às igrejas (e
às religiões), às corporações (e aos partidos), aos Estados (e às
comunidades imaginárias por eles engendradas, as nações-Estado e suas
ideologias produtoras de inimizade no mundo, como o nacionalismo e o
patriotismo) e às empresas-hierárquicas. Cabe ao leitor decidir se, mesmo
assim, deseja continuar lendo este livro.




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O que é Fluzz: uma nova visão da vida humana e sociedade

  • 1. Em pílulas Edição em 92 tópicos da versão preliminar integral do livro de Augusto de Franco (2011), FLUZZ: Vida humana e convivência social nos novos mundos altamente conectados do terceiro milênio 0 (Corresponde à Apresentação) Apresentação Fluzz nasceu a partir de reflexões intermitentes do autor durante a última década. Talvez tenha surgido do espanto com a palavra ‘Entidade’, tal como foi usada – com maiúscula – por Jane Jacobs (1961), em Morte e Vida das Grandes Cidades Americanas: “As inter-relações que permitem o funcionamento de um distrito como uma Entidade não são nem vagas nem misteriosas. Consistem em relacionamentos vivos entre pessoas...” Difícil saber agora, quase cinco anos após sua morte, tudo que ela queria realmente dizer com ‘Entidade’ (com maiúscula) e ‘relacionamentos vivos’ (que é diferente de relacionamento entre vivos). De qualquer modo, isso foi interpretado aqui como ‘viver a convivência’. Quando vivemos nossa convivência (social) produzimos um novo tipo de vida (humana). Essa é a idéia básica.
  • 2. Tal como as reflexões que o originaram, este é um livro que se repete. Vários capítulos repisam o que já foi dito em capítulos anteriores. Quem não está preparado para a redundância pode ficar incomodado com o estilo recursivo do texto. Uma explicação para isso, baseada no tipo de interação chamado cloning, está no Capítulo 0 – Tudo é fluzz. Mas essa explicação, provavelmente, não será suficiente diante da cultura, ainda predominante, da escassez. Muitos tópicos inseridos aqui foram escritos com outros propósitos, em épocas e circunstâncias diversas. Alguns, inclusive, já foram publicados como artigos autônomos ou fizeram parte de outros livros do autor. Isso também é redundância. Quando uma parte do material aqui contido foi escrita pela primeira vez, não havia surgido a idéia de fluzz. Depois que tal idéia surgiu, surgiu também a impressão de que tudo o que já estava escrito, havia sido escrito como prefiguração. Fluzz apenas consumou. A palavra ‘fluzz’ nasceu de uma conversa informal do autor, no início de 2010, com Marcelo Estraviz, sobre o Buzz do Google. O autor observava que Buzz não captava adequadamente o fluxo da conversação, argumentando que era necessário criar outro tipo de plataforma (i-based e não p-based). Marcelo Estraviz respondeu com a interjeição ‘fluzz’, na ocasião mais como uma brincadeira, para tentar traduzir a idéia de Buzz+fluxo. Ulteriormente a idéia foi desenvolvida e recebeu outros significados, que não têm muito a ver com o programa mal-sucedido do Google, como se pode ver neste livro. No início de cada capítulo estão grafadas em itálico as doze partes de Coda – uma espécie de “código-fonte” de fluzz. Pode-se começar lendo essas partes, fazendo um tour pelo livro antes de começar a leitura. Por último, uma advertência. Fluzz contém material altamente prejudicial às instituições da sociedade hierárquica: às escolas (e ao ensino), às igrejas (e às religiões), às corporações (e aos partidos), aos Estados (e às comunidades imaginárias por eles engendradas, as nações-Estado e suas ideologias produtoras de inimizade no mundo, como o nacionalismo e o patriotismo) e às empresas-hierárquicas. Cabe ao leitor decidir se, mesmo assim, deseja continuar lendo este livro. 2