SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
Linguística I
Profª Anyellen Mendanha
 Surgiu em 1957.
 Noam Chomsky
 Objetivo inicial: resposta e rejeição ao modelo
behaviorista de descrição dos fatos da linguagem.
 Bloomfield:
◦ linguagem humana: condicionada socialmente, resposta que o
organismo produz mediante os estímulos que recebia da
interação social. Essa resposta, a partir da repetição
constante e mecânica, seria convertida em hábitos, que
caracterizariam o comportamento linguístico do falante.
p. 127 -128
 Behaviorismo:
◦ Linguagem fenômeno externo ao indivíduo
◦ Linguagem sistema de hábitos gerados como resposta
a estímulos e fixado pela repetição.
 1959: Skinner X Chomsky
O indivíduo sempre
age criativamente
no uso da
linguagem!
O indivíduo sempre
age criativamente
no uso da
linguagem!Criatividade = principal aspecto
caracterizador do comportamento
linguístico humano
Abandono do modelo teórico e
metodológico do behaviorismo, pois
neste não havia espaço para eventos
criativos.
p. 128
Criatividade como qualidade
distintivamente humana.
Criatividade regida por regras
Criatividade como qualidade
distintivamente humana.
Criatividade regida por regras
 Linguagem: capacidade humana de falar e
entender uma língua, deve ser compreendida
como o resultado de um dispositivo inato, uma
capacidade genética.
 Faculdade da linguagem
p. 129
 Papel do gerativismo:
◦ Constituir um modelo teórico capaz de descrever e
explicar a natureza e o funcionamento dessa faculdade.
Uma das razões para estudar a linguagem (exatamente a
razão gerativista) (...) é a possibilidade instigante de ver a
linguagem como um “espelho do espírito” (...) Mais
instigante ainda (...) é a possibilidade de descobrir, através
do estudo da linguagem, princípios abstratos que
governam sua estrutura e seu uso, princípios que são
universais por necessidade biológica e não por simples
acidente histórico, e que decorrem de características
mentais da espécie humana. (CHOMSKY apud
MARTELOTTA, 2009, p.129)
p. 129
 Era (e ainda é) preciso descrever exatamente
como é essa faculdade, como ela funciona e
como é possível que ela seja geneticamente
determinada se as línguas do mundo são tão
diferentes.
 Análise da linguagem humana de uma forma
matemática e abstrata.
 Se aproxima dos estudos das ciências cognitivas.
p. 130
 Primeira elaboração: gramática transformacional.
 Objetivo: descrever como os constituintes
transformavam-se em outros por meio da aplicação de
regras.
 Marcadores sintagmáticos – podem sofrer alterações
 As infinitas sentenças de uma língua era formadas a
partir da aplicação de um finito sistema de regras (a
gramática).
p. 131
 O estudante
leu o livro.
SS
SNSN S
V
S
V
DETDET NN
vv SNSN
DET SN
p. 131
 Regras de composição sintagmática
explicam como uma estrutura simples é
gerada.
 Mas e estruturas relacionadas?
Regras transformacionais (estrutura profunda e
estrutura superficial).
p. 132
 O livro foi lido pelo estudante
 O estudante
leu o livro.
SS
SNSN S
V
S
V
DETDET NN
vv SNSN
DET SN
p. 132
 1990: abandona-se a ideia de estrutura profunda.
 Não se comparava mais com uma estrutura
independente.
 Outro ponto de análise gerativista: intuições
(conhecimento implícito e natural)
Gramaticalidade X Agramaticalidade
Como o falante sabe disso?
Como ele consegue distinguir
uma frase gramatical de uma
agramatical?
p. 133
 João disse que ele vai casar.
 Ele disse que João vai casar.
Todos os falantes de português conhecem inconscientemente
essas pequenas regras que acabamos de descrever e é por
isso que entendem e produzem as frases de sua língua.
Mas como é possível? Como podemos
saber essas coisas se ninguém nos
ensina explicitamente como a língua
funciona?
p. 133
 Conhecimento linguístico inconsciente = competência
linguística.
 Competência ≠ Comportamento linguístico (desempenho
linguístico)
 Interesse gerativista: competência e não o desempenho.
 Teoria formal: traçar o funcionamento da mente que permite
a geração de estruturas linguísticas observadas nos dados
de qualquer corpus de fala, mas não lhe interessavam
esses dados em função de qualquer fator extralinguístico.
p. 133 -134
 Dados de análise dos gerativistas:
◦ Testes de gramaticalidade
◦ Intuição do próprio linguista
 Gerativistas que fazem pesquisas aplicadas:
◦ Testes e experimentos psicolinguísticos
◦ Testes e experimentos de aquisição da linguagem com
crianças
◦ Testes e experimentos neurolinguísticos
◦ Evidências de mudança linguística por que passam a
língua
p. 134
 1980: Surge a hipótese da gramática universal
(GU)
GU = conjunto de propriedade gramaticais comuns compartilhadas por
todas as línguas naturais, bem como as diferenças entre elas que são
previsíveis segundo o leque de opções disponíveis na GU.
GU = conjunto de propriedade gramaticais comuns compartilhadas por
todas as línguas naturais, bem como as diferenças entre elas que são
previsíveis segundo o leque de opções disponíveis na GU.
 Faculdade da linguagem = dispositivo inato,
herança biológica, que nos fornece um algoritmo.
p. 135
Conjunto pré-definido de regras =
GU (dispositivo biológico)
Conjunto pré-definido de regras =
GU (dispositivo biológico)
 Descrever o funcionamento da GU
 Teoria de princípios e parâmetros
◦ Fase da regência e da ligação (TRL) (década de 80)
◦ Programa minimalista (início da década de 90 até o
presente).
◦ Foco na área da sintaxe = gramática modular
SINTAXE
LÉXICO
FONOLOGIA SEMÂNTICA
p. 136
Os componentes da
gramática devem ser
analisados como
módulos autônomos.
Os componentes da
gramática devem ser
analisados como
módulos autônomos.
 Princípios: propriedades gramaticais
que são válidas para todas as
línguas naturais.
 Parâmetros: possibilidades de
variação entre línguas.
p. 136
 João disse que ele vai casar.
 Ele disse que João vai casar.
O pronome pode se referir a João ou a qualquer
outro homem citado no discurso
O pronome não pode se referir a João.
Necessariamente, faz referência a outro homem
Pronome anafórico
Uma anáfora necessariamente
deve suceder seu referente
Pronome anafórico
Uma anáfora necessariamente
deve suceder seu referente
PRINCÍPIO
DA GU
p. 136
 João disse que ele vai casar.
Oração Principal Oração Subordinada
Sujeito Sujeito
Sujeitos correferenciaisSujeitos correferenciais
 João disse que ele vai casar. (“ele” sujeito preenchido)
 João disse que vai casar. ( Sujeito nulo)
POSSIBILIDADE
A língua portuguesa suporta
a ocorrência de sujeitos
nulos
A língua portuguesa suporta
a ocorrência de sujeitos
nulos
p. 137
 Língua portuguesa = sujeito nulo é gramatical
 Outras línguas = sujeito nulo é agramatical
 John said that he is going to get married.
 John said that is going to get married.
Na língua inglesa tem que ocorrer
o pronome anafórico
A existência de sujeitos nas sentenças é um
PRINCÍPIO da GU.
A possibilidade de deixá-los nulos nas frases é
um PARÂMETRO da GU.
p. 137
 propriedades gramaticais que são válidas
para todas as línguas naturais.
A existência de sujeitos nas sentenças é um
PRINCÍPIO da GU.
A possibilidade de deixá-los nulos nas frases é um
PARÂMETRO da GU.
A existência de sujeitos nas sentenças é um
PRINCÍPIO da GU.
A possibilidade de deixá-los nulos nas frases é um
PARÂMETRO da GU.
 possibilidades de variação entre
línguas.
p. 137
 2001 – descoberta de um gene que
aparentemente está destinado a controlar a
capacidade linguística humana.
 FOXP2 é um dos setenta genes diferentes que
compõem o cromossomo 7, que é responsável
pela arquitetura genética do cérebro humano.
 FOXP2 é um gene existente também em outros
primatas, como chimpanzé e gorilas, mas em
quantidade muito reduzida.
p. 138 -139

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012Mariana Correia
 
Parte 2 linguística geral chomsky - apresentação
Parte 2   linguística geral chomsky - apresentaçãoParte 2   linguística geral chomsky - apresentação
Parte 2 linguística geral chomsky - apresentaçãoMariana Correia
 
O funcionalismo em linguística
O funcionalismo em linguísticaO funcionalismo em linguística
O funcionalismo em linguísticaFernanda Câmara
 
Chomsky e sua teoria inatista
Chomsky e sua teoria inatistaChomsky e sua teoria inatista
Chomsky e sua teoria inatistaJuliana Soares
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eThiago Soares
 
Entre a norma culta e a norma padrão
Entre a norma culta e a norma padrãoEntre a norma culta e a norma padrão
Entre a norma culta e a norma padrãoThiago Soares
 
Parte 2 linguística geral chomsky - apresentação 2012
Parte 2   linguística geral chomsky - apresentação 2012Parte 2   linguística geral chomsky - apresentação 2012
Parte 2 linguística geral chomsky - apresentação 2012Mariana Correia
 
Tendências em Linguística Aplicada
Tendências em Linguística AplicadaTendências em Linguística Aplicada
Tendências em Linguística AplicadaVera Menezes
 
Formalismo x funcionalismo
Formalismo x funcionalismoFormalismo x funcionalismo
Formalismo x funcionalismoDaniele Silva
 

Mais procurados (20)

Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
 
Funcionalismo
FuncionalismoFuncionalismo
Funcionalismo
 
Sociolinguística
SociolinguísticaSociolinguística
Sociolinguística
 
Parte 2 linguística geral chomsky - apresentação
Parte 2   linguística geral chomsky - apresentaçãoParte 2   linguística geral chomsky - apresentação
Parte 2 linguística geral chomsky - apresentação
 
Oficina variacoes
Oficina variacoesOficina variacoes
Oficina variacoes
 
O funcionalismo em linguística
O funcionalismo em linguísticaO funcionalismo em linguística
O funcionalismo em linguística
 
Sociolinguística
SociolinguísticaSociolinguística
Sociolinguística
 
Gerativismo
GerativismoGerativismo
Gerativismo
 
Introdução à Linguística
Introdução à LinguísticaIntrodução à Linguística
Introdução à Linguística
 
Chomsky e sua teoria inatista
Chomsky e sua teoria inatistaChomsky e sua teoria inatista
Chomsky e sua teoria inatista
 
Generos Textuais
Generos TextuaisGeneros Textuais
Generos Textuais
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática e
 
LÍNGUA & LINGUAGEM
LÍNGUA & LINGUAGEMLÍNGUA & LINGUAGEM
LÍNGUA & LINGUAGEM
 
Entre a norma culta e a norma padrão
Entre a norma culta e a norma padrãoEntre a norma culta e a norma padrão
Entre a norma culta e a norma padrão
 
Teoria da enunciação
Teoria da enunciaçãoTeoria da enunciação
Teoria da enunciação
 
Parte 2 linguística geral chomsky - apresentação 2012
Parte 2   linguística geral chomsky - apresentação 2012Parte 2   linguística geral chomsky - apresentação 2012
Parte 2 linguística geral chomsky - apresentação 2012
 
Tendências em Linguística Aplicada
Tendências em Linguística AplicadaTendências em Linguística Aplicada
Tendências em Linguística Aplicada
 
Variedades linguísticas
Variedades linguísticasVariedades linguísticas
Variedades linguísticas
 
HistóRia Dos Estudos LingüíSticos
HistóRia Dos Estudos LingüíSticosHistóRia Dos Estudos LingüíSticos
HistóRia Dos Estudos LingüíSticos
 
Formalismo x funcionalismo
Formalismo x funcionalismoFormalismo x funcionalismo
Formalismo x funcionalismo
 

Destaque

Parte 1 linguística geral apresentação
Parte 1   linguística geral apresentaçãoParte 1   linguística geral apresentação
Parte 1 linguística geral apresentaçãoMariana Correia
 
Parte 4 linguística geral apresentação
Parte 4   linguística geral apresentaçãoParte 4   linguística geral apresentação
Parte 4 linguística geral apresentaçãoMariana Correia
 
Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem
Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem
Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem Wagner da Matta
 
Aquisição da linguagem
Aquisição da linguagemAquisição da linguagem
Aquisição da linguagemElisms88
 
Aquisição da Linguagem
Aquisição da LinguagemAquisição da Linguagem
Aquisição da LinguagemEdson Sousa Jr.
 
Teoria gerativa e_aquisicao_da_linguagem
Teoria gerativa e_aquisicao_da_linguagemTeoria gerativa e_aquisicao_da_linguagem
Teoria gerativa e_aquisicao_da_linguagemJanaine_jls
 
Teoria inatista
Teoria inatistaTeoria inatista
Teoria inatistaLLAndrade
 
SAUSSURE E SUA CONCEPÇÃO DE SIGNO LINGUISTICO
SAUSSURE E SUA CONCEPÇÃO DE SIGNO LINGUISTICOSAUSSURE E SUA CONCEPÇÃO DE SIGNO LINGUISTICO
SAUSSURE E SUA CONCEPÇÃO DE SIGNO LINGUISTICOCarla Ferreira
 
Aquisiçãodalinguagem
AquisiçãodalinguagemAquisiçãodalinguagem
AquisiçãodalinguagemRonaldo Diaz
 
O signo linguístico em saussure, hjelmslev e
O signo linguístico em saussure, hjelmslev eO signo linguístico em saussure, hjelmslev e
O signo linguístico em saussure, hjelmslev eUnternbaumen
 
Introdução aos estudos linguísticos
Introdução aos estudos linguísticosIntrodução aos estudos linguísticos
Introdução aos estudos linguísticosAna Cristina Ramos
 
Paradigma e sintagma
Paradigma e sintagmaParadigma e sintagma
Paradigma e sintagmaJoão da Mata
 

Destaque (20)

Parte 1 linguística geral apresentação
Parte 1   linguística geral apresentaçãoParte 1   linguística geral apresentação
Parte 1 linguística geral apresentação
 
Curso online linguistica
Curso online linguisticaCurso online linguistica
Curso online linguistica
 
Parte 4 linguística geral apresentação
Parte 4   linguística geral apresentaçãoParte 4   linguística geral apresentação
Parte 4 linguística geral apresentação
 
Funcionalismo
FuncionalismoFuncionalismo
Funcionalismo
 
Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem
Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem
Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem
 
Aquisição da linguagem
Aquisição da linguagemAquisição da linguagem
Aquisição da linguagem
 
Funcionalismo
FuncionalismoFuncionalismo
Funcionalismo
 
Aquisição da Linguagem
Aquisição da LinguagemAquisição da Linguagem
Aquisição da Linguagem
 
Teoria gerativa e_aquisicao_da_linguagem
Teoria gerativa e_aquisicao_da_linguagemTeoria gerativa e_aquisicao_da_linguagem
Teoria gerativa e_aquisicao_da_linguagem
 
Saussure
SaussureSaussure
Saussure
 
A Linguística como Ciência
A Linguística como CiênciaA Linguística como Ciência
A Linguística como Ciência
 
Teoria inatista
Teoria inatistaTeoria inatista
Teoria inatista
 
SAUSSURE E SUA CONCEPÇÃO DE SIGNO LINGUISTICO
SAUSSURE E SUA CONCEPÇÃO DE SIGNO LINGUISTICOSAUSSURE E SUA CONCEPÇÃO DE SIGNO LINGUISTICO
SAUSSURE E SUA CONCEPÇÃO DE SIGNO LINGUISTICO
 
Significado e significante
Significado e significanteSignificado e significante
Significado e significante
 
Aquisiçãodalinguagem
AquisiçãodalinguagemAquisiçãodalinguagem
Aquisiçãodalinguagem
 
O signo linguístico em saussure, hjelmslev e
O signo linguístico em saussure, hjelmslev eO signo linguístico em saussure, hjelmslev e
O signo linguístico em saussure, hjelmslev e
 
Introdução aos estudos linguísticos
Introdução aos estudos linguísticosIntrodução aos estudos linguísticos
Introdução aos estudos linguísticos
 
Paradigma e sintagma
Paradigma e sintagmaParadigma e sintagma
Paradigma e sintagma
 
Noam Chomsky
Noam ChomskyNoam Chomsky
Noam Chomsky
 
Signo linguìstico
Signo linguìsticoSigno linguìstico
Signo linguìstico
 

Semelhante a Introdução à Linguística Gerativista

AULA 6 - GERATIVISMO - Chomisky_Noam.pdf
AULA 6 - GERATIVISMO - Chomisky_Noam.pdfAULA 6 - GERATIVISMO - Chomisky_Noam.pdf
AULA 6 - GERATIVISMO - Chomisky_Noam.pdffelixmeloeu
 
Linguagens e Cidadani - Parâmetro Sujeito Nulo.pdf
Linguagens e Cidadani - Parâmetro Sujeito Nulo.pdfLinguagens e Cidadani - Parâmetro Sujeito Nulo.pdf
Linguagens e Cidadani - Parâmetro Sujeito Nulo.pdfcarlagerhardt1
 
Lingua e linguagem perini
Lingua e linguagem periniLingua e linguagem perini
Lingua e linguagem periniSâmara Lopes
 
A SOCIOLINGUISTICA-1.pdf
A SOCIOLINGUISTICA-1.pdfA SOCIOLINGUISTICA-1.pdf
A SOCIOLINGUISTICA-1.pdfCINTYACARDOSO4
 
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguísticaIntrodução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguísticaMaria Glalcy Fequetia Dalcim
 
Aula 3: Estudos da linguagem - Introdução
Aula 3: Estudos da linguagem - IntroduçãoAula 3: Estudos da linguagem - Introdução
Aula 3: Estudos da linguagem - Introduçãolugracioso
 
1 GRAMTICA GERATIVA DE CHOMSKY 2021-2.pdf
1 GRAMTICA GERATIVA DE CHOMSKY 2021-2.pdf1 GRAMTICA GERATIVA DE CHOMSKY 2021-2.pdf
1 GRAMTICA GERATIVA DE CHOMSKY 2021-2.pdfLuciane Lucyk
 
Língua port. ii sociolinguística
Língua port. ii   sociolinguísticaLíngua port. ii   sociolinguística
Língua port. ii sociolinguísticaAnyellen Mendanha
 
Mudança linguística
Mudança linguísticaMudança linguística
Mudança linguísticaIsis Barros
 
As hipóteses do inatismo para explicação da linguagem
As hipóteses do inatismo para explicação da linguagemAs hipóteses do inatismo para explicação da linguagem
As hipóteses do inatismo para explicação da linguagemLLAndrade
 
Parte 2 a lingua_para_chomsky, Ivani Viotti
Parte 2 a lingua_para_chomsky, Ivani ViottiParte 2 a lingua_para_chomsky, Ivani Viotti
Parte 2 a lingua_para_chomsky, Ivani ViottiMariana Correia
 
Introdução à Psicologia - Robert Feldman Linguagem e Inteligência.pdf
Introdução à Psicologia - Robert Feldman Linguagem e Inteligência.pdfIntrodução à Psicologia - Robert Feldman Linguagem e Inteligência.pdf
Introdução à Psicologia - Robert Feldman Linguagem e Inteligência.pdfNauendieleAlencar
 
Exercicio variacao linguistica_1
Exercicio variacao linguistica_1Exercicio variacao linguistica_1
Exercicio variacao linguistica_1Isabella Silva
 

Semelhante a Introdução à Linguística Gerativista (20)

AULA 6 - GERATIVISMO - Chomisky_Noam.pdf
AULA 6 - GERATIVISMO - Chomisky_Noam.pdfAULA 6 - GERATIVISMO - Chomisky_Noam.pdf
AULA 6 - GERATIVISMO - Chomisky_Noam.pdf
 
Linguagens e Cidadani - Parâmetro Sujeito Nulo.pdf
Linguagens e Cidadani - Parâmetro Sujeito Nulo.pdfLinguagens e Cidadani - Parâmetro Sujeito Nulo.pdf
Linguagens e Cidadani - Parâmetro Sujeito Nulo.pdf
 
Lingua e linguagem perini
Lingua e linguagem periniLingua e linguagem perini
Lingua e linguagem perini
 
A SOCIOLINGUISTICA-1.pdf
A SOCIOLINGUISTICA-1.pdfA SOCIOLINGUISTICA-1.pdf
A SOCIOLINGUISTICA-1.pdf
 
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguísticaIntrodução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
 
Aula 3: Estudos da linguagem - Introdução
Aula 3: Estudos da linguagem - IntroduçãoAula 3: Estudos da linguagem - Introdução
Aula 3: Estudos da linguagem - Introdução
 
1 GRAMTICA GERATIVA DE CHOMSKY 2021-2.pdf
1 GRAMTICA GERATIVA DE CHOMSKY 2021-2.pdf1 GRAMTICA GERATIVA DE CHOMSKY 2021-2.pdf
1 GRAMTICA GERATIVA DE CHOMSKY 2021-2.pdf
 
morfologia
morfologiamorfologia
morfologia
 
Introdução
IntroduçãoIntrodução
Introdução
 
Semântica.PDF
Semântica.PDFSemântica.PDF
Semântica.PDF
 
Língua port. ii sociolinguística
Língua port. ii   sociolinguísticaLíngua port. ii   sociolinguística
Língua port. ii sociolinguística
 
Inglês instrumental 2
Inglês instrumental 2Inglês instrumental 2
Inglês instrumental 2
 
Resumão linguagem
Resumão linguagemResumão linguagem
Resumão linguagem
 
Mudança linguística
Mudança linguísticaMudança linguística
Mudança linguística
 
As hipóteses do inatismo para explicação da linguagem
As hipóteses do inatismo para explicação da linguagemAs hipóteses do inatismo para explicação da linguagem
As hipóteses do inatismo para explicação da linguagem
 
Redação
 Redação Redação
Redação
 
Parte 2 a lingua_para_chomsky, Ivani Viotti
Parte 2 a lingua_para_chomsky, Ivani ViottiParte 2 a lingua_para_chomsky, Ivani Viotti
Parte 2 a lingua_para_chomsky, Ivani Viotti
 
Introdução à Psicologia - Robert Feldman Linguagem e Inteligência.pdf
Introdução à Psicologia - Robert Feldman Linguagem e Inteligência.pdfIntrodução à Psicologia - Robert Feldman Linguagem e Inteligência.pdf
Introdução à Psicologia - Robert Feldman Linguagem e Inteligência.pdf
 
Tp1
Tp1Tp1
Tp1
 
Exercicio variacao linguistica_1
Exercicio variacao linguistica_1Exercicio variacao linguistica_1
Exercicio variacao linguistica_1
 

Último

Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 

Último (20)

Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 

Introdução à Linguística Gerativista

  • 2.  Surgiu em 1957.  Noam Chomsky  Objetivo inicial: resposta e rejeição ao modelo behaviorista de descrição dos fatos da linguagem.  Bloomfield: ◦ linguagem humana: condicionada socialmente, resposta que o organismo produz mediante os estímulos que recebia da interação social. Essa resposta, a partir da repetição constante e mecânica, seria convertida em hábitos, que caracterizariam o comportamento linguístico do falante. p. 127 -128
  • 3.  Behaviorismo: ◦ Linguagem fenômeno externo ao indivíduo ◦ Linguagem sistema de hábitos gerados como resposta a estímulos e fixado pela repetição.  1959: Skinner X Chomsky O indivíduo sempre age criativamente no uso da linguagem! O indivíduo sempre age criativamente no uso da linguagem!Criatividade = principal aspecto caracterizador do comportamento linguístico humano Abandono do modelo teórico e metodológico do behaviorismo, pois neste não havia espaço para eventos criativos. p. 128 Criatividade como qualidade distintivamente humana. Criatividade regida por regras Criatividade como qualidade distintivamente humana. Criatividade regida por regras
  • 4.  Linguagem: capacidade humana de falar e entender uma língua, deve ser compreendida como o resultado de um dispositivo inato, uma capacidade genética.  Faculdade da linguagem p. 129
  • 5.  Papel do gerativismo: ◦ Constituir um modelo teórico capaz de descrever e explicar a natureza e o funcionamento dessa faculdade. Uma das razões para estudar a linguagem (exatamente a razão gerativista) (...) é a possibilidade instigante de ver a linguagem como um “espelho do espírito” (...) Mais instigante ainda (...) é a possibilidade de descobrir, através do estudo da linguagem, princípios abstratos que governam sua estrutura e seu uso, princípios que são universais por necessidade biológica e não por simples acidente histórico, e que decorrem de características mentais da espécie humana. (CHOMSKY apud MARTELOTTA, 2009, p.129) p. 129
  • 6.  Era (e ainda é) preciso descrever exatamente como é essa faculdade, como ela funciona e como é possível que ela seja geneticamente determinada se as línguas do mundo são tão diferentes.  Análise da linguagem humana de uma forma matemática e abstrata.  Se aproxima dos estudos das ciências cognitivas. p. 130
  • 7.  Primeira elaboração: gramática transformacional.  Objetivo: descrever como os constituintes transformavam-se em outros por meio da aplicação de regras.  Marcadores sintagmáticos – podem sofrer alterações  As infinitas sentenças de uma língua era formadas a partir da aplicação de um finito sistema de regras (a gramática). p. 131
  • 8.  O estudante leu o livro. SS SNSN S V S V DETDET NN vv SNSN DET SN p. 131
  • 9.  Regras de composição sintagmática explicam como uma estrutura simples é gerada.  Mas e estruturas relacionadas? Regras transformacionais (estrutura profunda e estrutura superficial). p. 132
  • 10.  O livro foi lido pelo estudante  O estudante leu o livro. SS SNSN S V S V DETDET NN vv SNSN DET SN p. 132
  • 11.  1990: abandona-se a ideia de estrutura profunda.  Não se comparava mais com uma estrutura independente.  Outro ponto de análise gerativista: intuições (conhecimento implícito e natural) Gramaticalidade X Agramaticalidade Como o falante sabe disso? Como ele consegue distinguir uma frase gramatical de uma agramatical? p. 133
  • 12.  João disse que ele vai casar.  Ele disse que João vai casar. Todos os falantes de português conhecem inconscientemente essas pequenas regras que acabamos de descrever e é por isso que entendem e produzem as frases de sua língua. Mas como é possível? Como podemos saber essas coisas se ninguém nos ensina explicitamente como a língua funciona? p. 133
  • 13.  Conhecimento linguístico inconsciente = competência linguística.  Competência ≠ Comportamento linguístico (desempenho linguístico)  Interesse gerativista: competência e não o desempenho.  Teoria formal: traçar o funcionamento da mente que permite a geração de estruturas linguísticas observadas nos dados de qualquer corpus de fala, mas não lhe interessavam esses dados em função de qualquer fator extralinguístico. p. 133 -134
  • 14.  Dados de análise dos gerativistas: ◦ Testes de gramaticalidade ◦ Intuição do próprio linguista  Gerativistas que fazem pesquisas aplicadas: ◦ Testes e experimentos psicolinguísticos ◦ Testes e experimentos de aquisição da linguagem com crianças ◦ Testes e experimentos neurolinguísticos ◦ Evidências de mudança linguística por que passam a língua p. 134
  • 15.  1980: Surge a hipótese da gramática universal (GU) GU = conjunto de propriedade gramaticais comuns compartilhadas por todas as línguas naturais, bem como as diferenças entre elas que são previsíveis segundo o leque de opções disponíveis na GU. GU = conjunto de propriedade gramaticais comuns compartilhadas por todas as línguas naturais, bem como as diferenças entre elas que são previsíveis segundo o leque de opções disponíveis na GU.  Faculdade da linguagem = dispositivo inato, herança biológica, que nos fornece um algoritmo. p. 135 Conjunto pré-definido de regras = GU (dispositivo biológico) Conjunto pré-definido de regras = GU (dispositivo biológico)
  • 16.  Descrever o funcionamento da GU  Teoria de princípios e parâmetros ◦ Fase da regência e da ligação (TRL) (década de 80) ◦ Programa minimalista (início da década de 90 até o presente). ◦ Foco na área da sintaxe = gramática modular SINTAXE LÉXICO FONOLOGIA SEMÂNTICA p. 136 Os componentes da gramática devem ser analisados como módulos autônomos. Os componentes da gramática devem ser analisados como módulos autônomos.
  • 17.  Princípios: propriedades gramaticais que são válidas para todas as línguas naturais.  Parâmetros: possibilidades de variação entre línguas. p. 136
  • 18.  João disse que ele vai casar.  Ele disse que João vai casar. O pronome pode se referir a João ou a qualquer outro homem citado no discurso O pronome não pode se referir a João. Necessariamente, faz referência a outro homem Pronome anafórico Uma anáfora necessariamente deve suceder seu referente Pronome anafórico Uma anáfora necessariamente deve suceder seu referente PRINCÍPIO DA GU p. 136
  • 19.  João disse que ele vai casar. Oração Principal Oração Subordinada Sujeito Sujeito Sujeitos correferenciaisSujeitos correferenciais  João disse que ele vai casar. (“ele” sujeito preenchido)  João disse que vai casar. ( Sujeito nulo) POSSIBILIDADE A língua portuguesa suporta a ocorrência de sujeitos nulos A língua portuguesa suporta a ocorrência de sujeitos nulos p. 137
  • 20.  Língua portuguesa = sujeito nulo é gramatical  Outras línguas = sujeito nulo é agramatical  John said that he is going to get married.  John said that is going to get married. Na língua inglesa tem que ocorrer o pronome anafórico A existência de sujeitos nas sentenças é um PRINCÍPIO da GU. A possibilidade de deixá-los nulos nas frases é um PARÂMETRO da GU. p. 137
  • 21.  propriedades gramaticais que são válidas para todas as línguas naturais. A existência de sujeitos nas sentenças é um PRINCÍPIO da GU. A possibilidade de deixá-los nulos nas frases é um PARÂMETRO da GU. A existência de sujeitos nas sentenças é um PRINCÍPIO da GU. A possibilidade de deixá-los nulos nas frases é um PARÂMETRO da GU.  possibilidades de variação entre línguas. p. 137
  • 22.  2001 – descoberta de um gene que aparentemente está destinado a controlar a capacidade linguística humana.  FOXP2 é um dos setenta genes diferentes que compõem o cromossomo 7, que é responsável pela arquitetura genética do cérebro humano.  FOXP2 é um gene existente também em outros primatas, como chimpanzé e gorilas, mas em quantidade muito reduzida. p. 138 -139