2. Cópia não autorizada
2 NBR 14627:2000
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
3.1 trava-queda guiado em linha rígida: Equipamento automático de travamento que se desloca numa linha de ancora-
gem fixa e rígida, destinado a travar a movimentação do cinturão de segurança quando ocorrer uma queda.
3.2 linha de ancoragem rígida: Cabo de aço ou perfil rígido preso numa estrutura, de modo que fica limitada sua movi-
mentação lateral. Destina-se a servir para movimentação dos trava-quedas em linha rígida.
3.3 ponto de ancoragem: Ponto com resistência mecânica superior a 15 kN, destinado a fixar cabos de segurança, linha
de ancoragem ou trava-queda.
3.4 força de frenagem: Máxima força (força de pico) medida no ponto ou linha de ancoragem durante o período de fre-
nagem do ensaio de desempenho dinâmico.
3.5 deslocamento de queda: Distância vertical percorrida pela massa de ensaio entre a posição inicial (início de queda
livre) e a posição final (equilíbrio depois da queda).
3.6 cinturão de segurança: Dispositivo posicionado, por meio de fivela, ao corpo do trabalhador, usado para sustentá-lo
ou evitar sua queda, através de cordas ou talabartes presos com mosqueetões às argolas a ele fixadas (NBR 11370 e
NBR 11371).
3.7 talabarte ou corda: Dispositivo, regulável ou não, para sustentar o trabalhador e limitar a sua queda (NBR 11370 e
NBR 11371).
3.8 absorvedor de energia: Dispositivo destinado a limitar o valor da força de frenagem no caso de uma queda.
3.9 massa de ensaio: Cilindro metálico com massa de (100 ± 1) kg, olhal central ou lateral, conforme a figura 1.
Dimensões em milímetros
Figura 1 - Massa de ensaio
4 Requisitos
4.1 Projeto e ergonomia
O trava-queda deve oferecer proteção adequada, a fim de impedir riscos e transtornos nas condições de uso.
Ele deve oferecer facilidade de posicionamento e ser tão leve quanto possível, sem prejudicar a resistência e a eficiência
do equipamento.
4.2 Materiais e construção
4.2.1 A linha de ancoragem rígida pode ser de perfil rígido ou cabo de aço galvanizado com diâmetro de no mínimo 8 mm,
com carga de ruptura de pelo menos 15 kN.
4.2.2 Para limitar os movimentos laterais, o perfil rígido deve ser preso à estrutura em intervalos recomendados pelo
fabricante ou o cabo de aço deve ser esticado e suas extremidades presas à estrutura.
4.2.3 O talabarte do trava-queda, guiado em linha rígida, pode ser de corrente, corda ou fita sintética. Seu comprimento
pode ser no máximo igual ao usado no ensaio de desempenho dinâmico e não pode exceder 0,50 m, incluindo eventual
absorvedor de energia (NBR 14629).
4.2.4 Para conectar ou desconectar o trava-queda da linha rígida, deve haver pelo menos duas ações manuais deliberadas
e consecutivas.
4.3 Carga de ruptura
No ensaio descrito em 5.2, a máxima força aplicada deve ser de 15 kN.
3. Cópia não autorizada
NBR 14627:2000 3
4.4 Resistência à corrosão
As partes metálicas sujeitas à corrosão devem ser zincadas com espessura mínima da camada de 25 µm. O método para
verificação do esquema de revestimento deve ser por meio magnético, medido por micrômetro.
5 Métodos de ensaio
5.1 Amostragem
Nos ensaios de resistência estática, desempenho dinâmico e verificação da camada de zincagem são adotados o nível es-
pecial de inspeção S1 e NQA de 0,65, conforme a NBR 5426.
5.2 Carga de ruptura da linha rígida
Para execucão deste ensaio, deve-se proceder da maneira descrita a seguir:
5.2.1 Instalar a amostra na linha flexível a ser submetida ao ensaio, de acordo com o esquema da figura 2.
1. ponto de ancoragem
2. instrumento de medição de força (dinamômetro)
3. conexão entre o dinamômetro e a linha de ancoragem flexível
4. linha de ancoragem flexível
Figura 2
5.2.2 Prender o cabo de aço ou perfil rígido pelas extremidades.
5.2.3 Aplicar a força P progressivamente até o valor máximo e manter este valor durante 3 min.
5.2.4 A máxima força deve ser de 15 kN.
5.2.5 Rejeitar o lote se a amostragem retirada deste lote não satisfizer os requisitos deste ensaio.
5.3 Desempenho dinâmico
5.3.1 Desempenho dinâmico - Método A
Para execução deste ensaio, deve-se proceder da maneira descrita a seguir.
5.3.1.1 Instalar o equipamento a ser submetido ao ensaio, de acordo com o esquema da figura 3.
5.3.1.2 Prender o cabo de aço ou o perfil rígido pelas extremidades.
NOTA - Permite-se colocar guias laterais na linha de ancoragem rígida por um critério em comum acordo entre o laboratório de ensaio e o
fabricante.
5.3.1.3 Posicionar o aparelho a 300 mm no máximo do conector.
5.3.1.4 Prender a massa de ensaio de 100 kg ao talabarte do trava-queda, através de conectores.
5.3.1.5 Levantar a massa de ensaio acima do trava-queda tanto quanto o talabarte e os conectores o permitirem e no má-
ximo a 300 mm, horizontalmente, do topo da linha de ancoragem. Manter a massa de ensaio por meio de dispositivo de sol-
tura rápida.
5.3.1.6 Deixar a massa de ensaio cair e medir a força de frenagem. Depois da queda, estando a massa em repouso, medir
o deslocamento de queda H.
5.3.1.7 A força de frenagem não deve exceder 6 kN e o deslocamento de queda (H) não deve exceder 1 m.
5.3.1.8 Rejeitar o lote se a amostragem retirada deste lote não satisfizer os requisitos deste ensaio.
4. Cópia não autorizada
4 NBR 14627:2000
5.3.1.9 Após a realização dos ensaios (estático e dinâmico método A), os equipamentos utilizados devem ser destruídos.
5.3.2 Desempenho dinâmico - Método B
Para a execução deste ensaio, deve-se proceder da maneira descrita a seguir:
5.3.2.1 Instalar o equipamento a ser submetido ao ensaio, de acordo com o esquema da figura 4.
1. ponto de ancoragem
2. instrumento de medição de força (dinamômetro)
3. conexão entre o dinamômetro e a linha de ancoragem rígida
4. trava-queda posicionado no máximo a 300 mm do conector
5. linha de ancoragem rígida
6. guia lateral
7. massa de ensaio de 100 kg
Figura - 3 Método A
1. ponto de ancoragem
2. instrumento de medição de força (dinamômetro)
3. trava-queda posicionado no meio das duas ancoragens consecutivas
4. massa do ensaio de 100 kg
5 linha de ancoragem rígida
Figura 4 - Método B
5. Cópia não autorizada
NBR 14627:2000 5
5.3.2.2 Prender o cabo de aço ou o perfil rígido pelas extremidades.
NOTA - Permite-se colocar guias laterais na linha de ancoragem rígida por um critério em comum acordo entre o laboratório e o fabricante.
5.3.2.3 Ligar o dinamômetro entre o talabarte do trava-queda a massa de ensaio de 100 kg.
5.3.2.4 Posicionar o aparelho no meio de duas ancoragens consecutivas.
5.3.2.5 Prender a massa de ensaio ao dinamômetro, através de conectores.
5.3.2.6 Levantar a massa de ensaio acima do trava-queda tanto quanto o talabarte e os conectores o permitirem e no
máximo a 300 mm, horizontalmente, do topo da linha de ancoragem. Manter a massa de ensaio por meio de dispositivo de
soltura rápida.
5.3.2.7 Deixar a massa de ensaio cair e medir a força de frenagem. Depois da queda, estando a massa de ensaio em
repouso, medir o deslocamento de queda H.
5.3.2.8 A força de frenagem não deve exceder 6 kN e o deslocamento de queda não deve exceder 1 m.
5.3.2.9 Rejeitar o lote se a amostragem retirada deste lote não satisfizer os requisitos deste ensaio.
5.3.2.10 Após a realização deste ensaio (estático e dinâmico - método B), os equipamentos utilizados devem ser des-
truídos.
6 Marcação
O trava-queda guiado em linha rígida deve ser marcado de forma indelével com o nome do fabricante nacional ou
importador e número do Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho.
7 Instrução de uso
A instrução de uso do trava-queda guiado em linha rígida deve conter:
a) nome do fabricante nacional ou importador e número do Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho;
b) tipo e comprimento máximo do talabarte que pode ser usado;
c) orientação sobre inspeção antes do uso, inspeção periódica, manutenção, limpeza, armazenagem e fatores de des-
carte;
d) advertência sobre os produtos químicos que possam danificar o equipamento.
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