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OS EXORCISMOS 
DE ANNELIESE MICHEL 
E OUTROS EXORCISMOS. 
* * * * 
A VERDADEIRA EMILY ROSE 
Anneliese Michel (Leiblfing, 21 de setembro de 1952 
— Klingenberg am Main, 1 de julho de 1976) foi uma jovem 
alemã de família católica que acreditava ter sido possuída 
por uma legião de demônios, tendo sido submetida a uma 
intensa série de sessões de exorcismo pelos padres Ernest 
Alt e Arnold Renz em 1975 e 1976. 
As graves conseqüências atribuídas ao rito de exor-cismo 
sobre a jovem motivaram a abertura de um processo 
criminal pelos promotores de justiça locais contra os pais 
de Anneliese e os padres exorcistas, causando uma grande 
polêmica em toda a Europa e dividindo a opinião pública 
mundial. O Caso Klingenberg, como passou a ser conhecido 
pelo grande público, deu origem a vários estudos e pesqui-sas, 
tanto de natureza teológica quanto científica, e serviu 
como inspiração para os filmes O Exorcismo de Emily Rose, 
dirigido pelo cineasta estadunidense/norte-americano Scott 
Derrickson, e Requiem, dirigido pelo polêmico cineasta ale-mão 
Hans-Christian Schmid. 
Anneliese Michel nasceu em Leiblfing, no estado fe-deral 
alemão da Baviera, mas foi criada com as suas três 
irmãs no pequeno município de Klingenberg am Main. Seus 
pais, Anna e Josef Michel, muito religiosos, lhe deram uma 
educação profundamente católica. O pai de Anneliese man-tinha 
a família trabalhando em uma serraria. 
Em 1968, com apenas dezesseis anos, Anneliese 
começou a apresentar sintomas e comportamentos que 
foram diagnosticados a princípio como epilepsia aliada a 
um quadro aparente de esquizofrenia, após vários exames 
na Clínica Psiquiátrica de Würzburg. 
Durante a noite, o corpo de Anneliese subitamente 
se tornava rígido, sentindo um enorme peso sobre o peito, 
além de uma total incapacidade de falar. 
Anneliese foi então enviada para o internamento no 
Hospital Psiquiátrico de Mittleberg, onde ela permaneceu 
em tratamento intensivo durante um período de aproxi-madamente 
um ano. Quando finalmente recebeu alta, foi 
ainda capaz de completar os seus estudos secundários e 
matricular-se na Universidade de Würzburg, onde iniciou os 
seus estudos em pedagogia. 
Entretanto, durante todo esse tempo, Anneliese afir-mava 
continuar escutar vozes ameaçadoras que diziam 
que ela “queimaria no Inferno” e ter visões assustadoras 
que ela mesma atribuiu a uma possessão demoníaca. Sem 
que os médicos encontrassem uma cura definitiva e sem 
uma explicação satisfatória para os sofrimentos da jovem, 
os seus pais começaram a cogitar que sua filha, de fato, 
estava possuída por alguma força sobrenatural maligna. 
Anneliese agora tinha visões de faces demoníacas durante 
as suas preces diárias, enquanto aumentava a sua intole-rância 
a lugares e objetos sagrados e mergulhava cada vez 
mais em crises depressivas. 
Durante todo esse período de tempo e até perto do 
final das sessões de exorcismo, Anneliese foi medicada com 
poderosos psicotrópicos. No início com Aolept (periciazina), 
que evita as convulsões por meio de sua ação direta no 
sistema nervoso, e depois com Tegretol (carbamazepina). 
A medicação se revelou ineficaz em deter as convulsões e 
fazer desaparecer as visões e vozes, que se tornaram mais 
e mais freqüentes para a jovem Anneliese. 
No verão de 1973, os pais de Anneliese foram até a 
paróquia local solicitando aos religiosos que submetessem 
a sua filha ao ritual de exorcismo. A princípio, o pedido foi 
negado, uma vez que a doutrina da Igreja Católica com res-peito 
a essas práticas é muito restrita. Segundo a Igreja, 
dentre outras coisas, os possuídos devem ser capazes de 
falar línguas que nunca tenham estudado, manifestar pode-res 
sobrenaturais e mostrar grande aversão aos símbolos 
religiosos cristãos. 
Algum tempo depois, o padre Ernst Alt, considerado 
um perito no assunto, conclui que Anneliese já reunia as 
condições suficientes para a realização do exorcismo, de 
acordo com os procedimentos prescritos no Rituale Roma-num. 
Por essa época, Anneliese já tinha assumido um 
comportamento cada vez mais irascível. Ela insultava, 
espancava e mordia os outros membros da família, além 
de dormir sempre no chão e se alimentar com moscas e 
aranhas, chegando a beber da própria urina. Anneliese po-dia 
ser ouvida gritando por horas em sua casa, enquanto 
quebrava crucifixos, destruía imagens de Jesus Cristo e 
lançava rosários para longe de si. Ela também cometia atos 
de auto-mutilação, tirava suas roupas e urinava pela casa 
com freqüência. 
Em 1974, após acompanhar de perto o comporta-mento 
de Anneliese, o padre Ernest Alt finalmente decidiu 
solicitar permissão ao Bispo de Würzburg para realizar o 
exorcismo e a permissão foi concedida. 
Após efetuar uma exata verificação da possessão 
(Infestatio) em setembro de 1975, o Bispo de Würzburg, 
Josef Stangl, autorizou os padres Ernest Alt e Arnold Renz 
a realizarem os rituais do Grande Exorcismo, cuja base é o 
Rituale Romanum, que ainda era, à época, uma lei canônica 
válida desde o século XVII. 
No rito do exorcismo o padre deve portar um cru-cifixo 
e uma Bíblia, para poder utilizar as palavras ditas 
por Jesus Cristo com precisão. Deve fazer o sinal da cruz, 
abençoar a pessoa possuída e aspergir sobre ela água ben-ta. 
O padre então ordena com fé e firmeza que o demônio 
deixe o corpo do possesso e ora pedindo pela salvação da 
vítima em nome de Jesus Cristo. As orações denunciam a 
ação maléfica de Satanás e rogam pela misericórdia de 
Deus. Normalmente, os padres levam o possesso para uma
2 
igreja ou capela, onde podem realizar o rito reservada-mente, 
apenas com a presença dos familiares. As sessões 
de exorcismo não têm um prazo de duração específico, 
podendo se estender durante horas, dias ou meses. 
No caso de Anneliese, as 67 sessões de exorcismo 
que se seguiram, numa freqüência de uma ou duas por 
semana, se prolongaram inicialmente por cerca de nove 
meses, durante os quais ela muitas vezes tinha que ser 
segura por até três homens ou, em algumas ocasiões, 
acorrentada. Ela também lesionou seriamente os joelhos 
em virtude das genuflexões compulsivas que realizava 
durante o exorcismo, aproximadamente quatrocentas em 
cada sessão. 
Nas sessões, que foram documentadas em qua-renta 
fitas de áudio para preservar os detalhes, Anneliese 
manifestou estar possuída por, pelo menos, seis demônios 
diferentes, que se autodenominavam Lúcifer, Caim, Judas, 
Nero, Hitler e Fleischmann, um padre caído em desgraça 
no século XVI. 
Todavia, o Rituale Romanum, assim como o tra-tamento 
com psicotrópicos, também não surtiu o efeito 
desejado. 
Durante o período em que esteve submetida ao 
exorcismo, onde continuava tomando os medicamentos, 
Anneliese relatou um sonho, onde teria se encontrado 
com a Virgem Maria, e que ela lhe teria proposto duas 
escolhas para a sua condição: ou ser liberada logo do jugo 
dos demônios ou continuar o seu martírio para que todos 
soubessem que o mundo espiritual e ação dos demônios 
no mundo existem de fato. Anneliese teria escolhido a se-gunda 
opção. 
Segundo entendimento do ensaísta Elbson do Car-mo, 
em seu artigo [1], no Universo Católico: 
Anneliese optou pelo martírio voluntário, alegando 
que seu exemplo enquanto possessa serviria de aviso a 
toda a humanidade de que o demônio existe e que nos 
ronda a todos, e que trabalhar pela própria salvação deve 
ser uma meta sempre presente. Ela afirmava que muitas 
pessoas diziam que Deus está morto, que haviam perdido 
a fé, então ela, com seu exemplo, lhes mostraria que o 
demônio age, e independe da fé das pessoas para isso. 
Em 1 de julho de 1976, no dia em que Anneliese 
teria predito sua liberação, morreu enquanto dormia. À 
meia-noite, segundo o que afirmou, os demônios final-mente 
a deixaram e ela parou de ter convulsões. Annelie-se 
foi dormir exausta, mas em paz, e nunca mais acordou, 
falecendo aos 23 anos de idade. A autópsia considerou o 
seu estado avançado de desnutrição e desidratação como 
a causa de sua morte por falência múltipla dos órgãos. 
Nesse dia o seu corpo pesava pouco mais de trinta qui-los. 
Logo após o falecimento de Anneliese, os padres 
Ernest Alt e Arnold Renz fizeram o comunicado do óbito às 
autoridades locais que, imediatamente, abriram inquérito 
e procederam às investigações preliminares. 
Os promotores públicos responsabilizaram os dois 
padres e os pais de Anneliese de homicídio causado por 
negligência médica. O bispo Josef Stangl, embora tivesse 
dado a autorização para o exorcismo, não foi indiciado 
pela promotoria em virtude de sua idade avançada e seu 
estado de saúde debilitado, vindo a falecer em 1979. Jo-sef 
Stangl foi quem consagrou o padre Joseph Ratzinger 
como bispo, que no futuro se tornaria o Papa Bento XVI. 
O julgamento do processo, que passou a ser de-nominado 
como o Caso Klingenberg (em alemão: Fall 
Klingenberg), iniciou-se em 30 de março de 1978 e des-pertou 
grande interesse da opinião pública alemã. Perante 
o tribunal, os médicos afirmaram que a jovem não estava 
possuída, muito embora o Dr. Richard Roth, ao qual foi 
solicitado auxílio médico pelo padre Ernest Alt, teria feito a 
afirmação à época que não havia medicação eficaz contra 
a ação de forças demoníacas (cfe. fonte original: “there is 
no injection against the devil”). 
Os médicos psiquiatras, que prestaram depoimen-to, 
afirmaram que os padres tinham incorrido inadverti-damente 
em “indução doutrinária” em razão dos ritos, o 
que havia reforçado o estado psicótico da jovem, e que, se 
ela tivesse sido encaminhada ao hospital e forçada a se 
alimentar, o seu falecimento não teria ocorrido. 
A defesa judicial dos padres foi feita por advogados 
contratados pela Igreja. A defesa dos pais de Anneliese 
argumentou que o exorcismo tinha sido ato lícito e que a 
Constituição Alemã protege os seus cidadãos no exercício 
irrestrito de suas crenças religiosas. 
A defesa também recorreu ao conteúdo das fitas 
gravadas durante as sessões de exorcismo, que foram 
apresentadas ao tribunal de justiça, onde, por diversas ve-zes, 
as vozes e os diálogos — muitas vezes perturbadores 
— dos supostos demônios eram perfeitamente audíveis. 
Em uma das fitas é possível discernir vozes mas-culinas 
de dois supostos demônios discutindo entre si 
qual deles teria de deixar primeiro o corpo de Anneliese. 
Ambos os padres demonstraram profunda convicção de 
que ela estava verdadeiramente possessa e que teria sido 
finalmente libertada pelo exorcismo, um pouco antes da 
sua morte. 
Ao fim do processo, os pais de Anneliese e os dois 
padres foram considerados culpados de negligência mé-dica 
e foi determinada uma sentença de seis meses com 
liberdade condicional sob fiança. 
Antes do início do processo, os pais de Anneliese 
solicitaram às autoridades locais uma permissão para 
exumar os restos mortais de sua filha. Eles fizeram esta 
solicitação em virtude de terem recebido uma mensagem 
de uma freira carmelita do distrito de Allgaeu, no sudoeste 
da Baviera. A freira relatou aos pais da jovem que teria 
tido uma visão na qual o corpo de Anneliese ainda estaria 
intacto ou incorrupto e que esta seria a prova definitiva do 
caráter sobrenatural dos fatos ocorridos. O motivo oficial 
que foi dado às autoridades foi o de que Annieliese tinha 
sido sepultada às pressas em um sarcófago precário. 
Os relatórios oficiais, entretanto, divulgaram a
3 
informação que o corpo já estava em avançado estado 
de decomposição. As fotos que foram tiradas durante a 
exumação jamais foram divulgadas. Várias pessoas che-garam 
a especular que os exumadores moveram o corpo 
de Anneliese do antigo sarcófago para o novo, feito de 
carvalho, segurando-o pelas mãos e pernas, o que seria 
um indício de que o corpo não estaria na realidade muito 
decomposto. Os pais e os padres exorcistas foram desen-corajados 
a ver os restos mortais de Anneliese. O padre 
Arnold Renz mais tarde afirmou que teria sido inclusive 
advertido a não entrar no mortuário. 
O LEGADO DE ANNELIESE MICHEL 
Em 1999, na cidade do Vaticano, o Cardeal Jorge 
Medina Estevez apresentou aos jornalistas a nova versão 
do Rituale Romanum, que vinha sendo usado pela Igre-ja 
Católica desde 1614. A nova versão, escrita em latim 
em 84 páginas com encadernação de couro carmim, veio 
depois de mais de dez anos de estudos e é denominada 
De exorcismis et supplicationibus quibusdam (em portu-guês: 
“De todos os gêneros de exorcismos e súplicas”). 
O Cardeal Estevez afirmou, durante a divulgação do rito 
reformado, que “a existência do demônio não é um ponto 
de vista, algo no qual se possa decidir acreditar ou não”. 
O Papa João Paulo II aprovou o novo rito de exorcismo que 
agora é adotado em todo o mundo católico. 
Segundo o Cardeal Jacques Martin, ex-adminis-trador 
da Casa Pontifícia, em seu livro My Six Popes, o 
próprio Papa João Paulo II teria realizado um exorcismo 
em 1982, expulsando um demônio de uma mulher italiana 
que lhe fora trazida contorcendo-se, gritando e lançando-se 
ao chão. O Papa João Paulo II teria ministrado ainda 
dois outros exorcismos durante o seu pontificado[3]. 
Nos dias atuais, o túmulo de Anneliese Michel em 
Klingenberg am Main tornou-se um local de peregrinação 
para os cristãos que a consideram uma devota que expe-rimentou 
extremos sacrifícios em um martírio voluntário 
para possibilitar a salvação espiritual de muitos. 
Fonte: wikipédia 
ESTE É O CASO QUE ORIGINOU O 
FILME “O EXORCISMO DE EMILY ROSE” 
Os padres Ernest Alt e Arnold Renz tinham uma 
dolorosa e necessária missão a cumprir. Talvez a simples 
fé no Cristo não fosse suficiente para levar a cabo a em-preitada. 
Os padres sabiam muito bem que teriam de ser 
fortes. E extremamente corajosos. Doravante, era o inimi-go 
do Altíssimo que teriam de enfrentar e combater. 
Anneliese Michel tinha visões assustadoras de fa-ces 
demoníacas enquanto, ajoelhada, dedicava uma prece 
ao Senhor. Vozes invadiam os seus ouvidos com promes-sas 
terríveis: a jovem, distante de qualquer possibilidade 
de Salvação em Crsisto, queimaria eternamente no Infer-no. 
Crises de depressões sucediam-se, já que Anneliese, 
embora profundamente católica, via crescer em si uma 
insuportável intolerância a locais e objetos sagrados. 
O que era uma simples conjectura tornou-se, para 
os pais daquela jovem de apenas vinte e três anos, uma
4 
convicção inabalável: a filha estava possuída por forças 
sobrenaturais malignas. 
Foto de Anneliese Michel antes da possessão 
Anneliese nascera em 1952, na Baviera, recanto 
alemão de arraigada tradição católica. Por volta dos de-zesseis 
anos, desencadeou-se em Anneliese uma tor-rente 
de sintomas que, ao menos na aparência, sugeriam 
problemas mentais. A Clínica Psiquiátrica de Würzburg 
chegou a um diagnóstico: Anneliese padecia de epilep-sia 
associada à esquizofrenia. Inciou-se um tratamento 
intensivo, que durou um ano. Supostamente recuperada, 
Anneliese completou o segundo grau. Posteriormente, in-gressou 
na Universidade de Würzburg, iniciando o curso 
de Pedagogia. 
Mas os estudos foram interrompidos. As vozes e 
visões demoníacas se tornaram cada vez mais constantes 
e opressoras. Anneliese assumira um comportamento 
agressivo. Consta que a moça “insultava, espancava e 
mordia os outros membros da família, além de dormir 
sempre no chão e se alimentar com moscas e aranhas, 
chegando a beber da própria urina. Anneliese podia ser 
ouvida gritando por horas em sua casa, enquanto quebra-va 
crucifixos, destruía imagens de Jesus Cristo e lançava 
rosários para longe de si. Ela também cometia atos de 
auto-mutilação, tirava suas roupas e urinava pela casa 
com freqüência” (1). 
Anneliese, subjulgada pelas forças malígnas 
Frustrado o tratamento psiquiátrico, os pais de An-neliese 
buscaram o auxílio da Igreja. O padre Ernest Alt 
acompanhou o caso. Em 1974, ele chegou à conclusão de 
que havia indícios veementes de possessão demoníaca, o 
que requereria a realização de exorcismo. Mas somente 
em setembro do ano seguinte o bispo de Wüzburg au-torizou 
o ritual, conforme os procedimentos previstos no 
Rituale Romano. 
Ao longo de 67 seções, que se prolongaram por 
longos nove meses, realizadas uma ou duas vezes por se-mana, 
os padres Ernest e Arnold pelejaram contra entida-des 
que assumiam a identidade de Lúcifer, Caim, Judas, 
Nero, Adolf Hitler e Fleischmann, um bruxo do século XVI. 
Durante as sessões, Anneliese, muitas vezes, “tinha que 
ser segurada por até três homens ou, em algumas oca-siões, 
acorrentada” (2). Argumenta-se que ela “lesionou 
seriamente os joelhos em virtude das genuflexões com-pulsivas 
que realizava durante o exorcismo, aproximada-mente 
quatrocentas em cada sessão” (3). 
Anneliese teria relatado um sonho místico no qual 
dialogara com a Virgem Maria. A mãe de Jesus teria pro-posto, 
à jovem, a seguinte escolha: liberar-se, em pro-veito 
próprio, do terrível jugo demoníaco, ou continuar 
imersa no dolososo martírio, mas em nome da fé cristã. A 
segunda alternativa seduziu a jovem estudante: ela seria 
um público exemplo de que os demônios existem e de 
que exercem os seus nefandos poderes no plano terres-tre. 
Argumenta-se que “Anneliese optou pelo martírio 
voluntário, alegando que seu exemplo enquanto possessa 
serviria de aviso a toda a humanidade de que o demônio 
existe e que nos ronda a todos, e que trabalhar pela pró-pria 
salvação deve ser uma meta sempre presente. Ela 
afirmava que muitas pessoas diziam que Deus está mor-to, 
que haviam perdido a fé, então ela, com seu exemplo, 
lhes mostraria que o demônio age, e independe da fé das 
pessoas para isso. (4)” 
Anneliese predissera quando se daria a sua liber-tação: 
1 de julho de 1976. Consta que, à meia-noite, os 
demônios finamente abandonaram o corpo da estudante, 
deixando-a em paz e livre das convulsões impingidas du-
5 
rante tantos anos. Exausta, Anneliese adormeceu. E teve, 
em seqüência, uma morte tranqüila. Era o fim de um in-suportável 
suplício. “A autópsia considerou o seu estado 
avançado de desnutrição e desidratação como a causa de 
sua morte por falência múltipla dos órgãos. Nesse dia o 
seu corpo pesava pouco mais de trinta quilos. (5)” 
Segundo Elbson do Carmo, após a morte de Anne-liese, 
“seus pais foram indiciados por homicídio culposo 
e omissão de socorro, e os dois padres exorcistas Ernst 
Alt e Arnold Renz sofreram as mesmas acusações. Os dois 
padres foram condenados a seis meses de prisão.” (6) 
Registra o mesmo autor que esse fato “chocou a opinião 
pública alemã, gerando uma enorme polêmica em toda 
a Europa, que incluiu a Igreja, os meios acadêmicos e a 
justiça em torno da mesma discussão” (7). A história de 
Anneliese deu origem a dois filmes, “Requien” – produ-ção 
alemã – e “O Exorcismo de Emily Rose” – produção 
norte-americana dirigida por Scott Derrickson. 
Anneliese Michel é, certamente, um dos mais bem 
documentados casos de distúrbios de comportamento 
ao qual se atribui a ação opressora e letal de forças 
malignas incidente sobre a frágil psique humana. E, a 
considerar o incontestável rigor que antecede a qualquer 
autorização da Igreja Católica para a prática do Rituale 
Romano, não se pode pôr em dúvida a materialidade do 
excêntrico e destrutivo calvário, ou as implicações mís-ticas 
que acompanharam o longo sofrimento da estudan-te 
de Wüzburg. Mas se, de fato, possessão houve, isto 
compõe uma insondável silhueta que, por se situar no 
campo metafísico, escapa a qualquer possibilidade de 
juízo conclusivo. 
NOTAS: 
(1) a (5) http://www.geocities.com/apostolvs/AVI-SO. 
htm . 
(6) e (7) Carmo, Elbson do. “O Exorcismo de Emily 
Rose – Crítica do Filme” disponível em http://www.uni-versocatolico. 
com.br/index.php?option=com_content&ta 
sk=view&id=13039&Itemid=8 
O EXORCISMO DE EMILY ROSE (THE EXOR-CISM 
OF EMILY ROSE)- O FILME 
Elenco: Laura Linney, Tom Wilkinson, Shohreh 
Aghdashloo, Campbell Scott, Jennifer Carpenter, Joshua 
Close, Colm Feore. 
Direção: Scott Derrickson Gênero: Drama Distri-buidora: 
Columbia Pictures Estréia: 02 de Dezembro de 
2005 
Sinopse: “O Exorcismo de Emily Rose”, inspirado 
em história real, conta o drama vivido por uma jovem de 
19 anos possuída pelo demônio em um dos raros casos 
do tipo reconhecido oficialmente pela Igreja. No filme, a 
protagonista Laura Linney interpreta o papel de uma ad-vogada 
que defende um padre (Tom Wilkinson) acusado 
por uma sessão de exorcismo realizada em uma adoles-cente 
chamada Emily Rose que, segundo ele, havia sido 
possuída pelo demônio. 
Curiosidades: 
» Baseado na história real de Anneliese Michel, 
jovem germânica que sofreu as mesmas consequências 
que a personagem do filme, nos anos 70. 
O EXORCISMO DE EMILY ROSE 
COMENTÁRIO DO FILME 
POR ELBSON DO CARMO 12 DEZ 2005 
Se há uma única paixão que cultivo neste mundo, 
essa paixão é o cinema. E já que segundo Bernard Shaw 
“tolos e sábios nivelam-se quando o assunto é a paixão”, 
posso cultivar essa sem qualquer culpa. 
O filme “O Exorcismo de Emily Rose” (2005 - Sony 
Pictures), lançado desde setembro de 2005 nos EUA e Eu-ropa, 
mas apenas recentemente lançado no Brasil vem 
atraindo a atenção do grande público e lotado salas de 
cinema em todo país. O filme relata a história de uma jo-vem 
que se acreditava possuída pelo demônio. Mais uma 
vez o tema é um sucesso de bilheteria, o que revela que 
o público sente-se especialmente atraído pelo assunto, 
mesmo quando o tema já teve seu formato desgastado 
pelas péssimas seqüências de ícones do gênero como “O 
Exorcista” e “Terror em Amityville”, o primeiro, por sinal, 
baseado num exorcismo real em um garoto de 14 anos, 
ocorrido na década de 40, num subúrbio de Washington 
nos EUA. “O Exorcista” foi até hoje o único filme de terror 
a ser indicado a um Oscar de melhor filme, se é que o 
gênero terror se aplique a ele. 
Ao invés de repetir a fórmula desastrada das se-qüências 
dos filmes citados - seqüências essas cheias de 
efeitos especiais baratos, estórias desconexas e sustos 
bobos – “O Exorcismo de Emily Rose” procura ater-se 
a uma realidade muito mais factível e esse é talvez seu 
grande mérito. O filme é um típico romance de tribunal, 
com advogados hora heróis hora vilões, um juiz carrancu-do, 
reviravoltas, discursos heróicos e tudo mais desse gê-nero 
que está para os americanos como as novelas estão 
para os brasileiros. O filme baseia-se numa história real, 
entretanto, reflete apenas uma pequena parte dos fatos
6 
que inspiraram o roteiro. Os nomes foram modificados, o 
lugar dos acontecimentos e seus desdobramentos, mas o 
essencial da questão permaneceu inalterado com toda a 
sua controvérsia, só que auxiliada por outros elementos 
que a tornam mais emblemática. Entre eles, a contraposi-ção 
entre ciência e fé. 
A verdadeira protagonista da história chamava-se 
Anneliese Michel, uma jovem alemã de família católica, 
que desde os 15 anos começou a manifestar mais for-temente 
sintomas e comportamentos que mais tarde se-riam 
atribuídos a uma possessão demoníaca, mas que os 
médicos diagnosticaram como epilepsia aliada a um qua-dro 
aparente de esquizofrenia. A jovem, na época, passou 
por uma série de exames e deu início a um tratamento 
médico longo e penoso, que não surtindo efeitos, foi subs-tituído, 
a pedido da própria Anneliese e de seus pais, por 
acompanhamento religioso. A jovem dizia ver demônios e 
ter seu corpo subjugado por eles, além de escutar vozes 
assustadoras. 
Em 1976 a diocese local, já provida das evidências 
de que a jovem não sofria de uma doença mental, autori-zou 
o exorcismo observando o contido no Direito Canôni-co, 
[ cf. Cic, can. 1172]. Os 67 exorcismos realizados ao 
longo de 9 meses fracassaram, e a jovem, por motivação 
própria, resolveu não mais ser exorcizada, atribuindo essa 
decisão a uma aparição da Virgem Maria, que lhe teria 
oferecido a libertação, mas que a deixaria livre à opção do 
martírio se assim desejasse. Anneliese optou pelo martírio 
voluntário, alegando que seu exemplo enquanto possessa 
serviria de aviso a toda a humanidade de que o demônio 
existe e que nos ronda a todos, e que trabalhar pela pró-pria 
salvação deve ser uma meta sempre presente. Ela 
afirmava que muitas pessoas diziam que Deus está mor-to, 
que haviam perdido a fé, então ela, com seu exemplo, 
lhes mostraria que o demônio age, e independe da fé das 
pessoas para isso. 
Na história real, após a morte de Anneliese em 
01/07/1976, aos 23 anos (por inanição e falência múlti-pla 
dos órgãos - o jovem morreu pesando pouco mais de 
30kg), seus pais foram indiciados por homicídio culposo e 
omissão de socorro, e os dois padres exorcistas Ernst Alt 
e Arnold Renz sofreram as mesmas acusações. Os dois 
padres foram condenados a seis meses de prisão, mas a 
sentença foi dada como cumprida tendo em conta que já 
haviam passado três anos presos aguardando julgamento. 
Um fato como esse diante da implacável justiça alemã é 
na prática uma declaração de inocência. Esse fato chocou 
a opinião pública alemã, gerando uma enorme polêmica 
em toda a Europa, que incluiu a Igreja, os meios acadêmi-cos 
e a justiça em torno da mesma discussão. Não demo-rou 
até que o túmulo de Anneliese Michel se tornasse um 
local de peregrinação, e assim o é até hoje. 
Diante da pressão dos meios de comunicação, que 
acusavam a Igreja de práticas medievais em pleno século 
XX, das dúvidas que cercaram todo o processo, além da 
enorme polêmica, a conferência episcopal alemã refor-mou 
a decisão da diocese de Klingenberg, que autorizou 
o exorcismo, e declarou que Anneliese Michel jamais fora 
uma possessa. Essa decisão foi recebida como uma ati-tude 
de autopreservação por parte da Igreja local, e só fez 
aumentar a polêmica em torno do fato. 
Antes da filmagem de “O Exorcismo de Emily 
Rose”, outro filme já havia contado a história de Anneliese 
Michel: “Réquiem”, produzido e falado em alemão, muito 
mais fiel à verdade dos fatos, mas que ficou circunscrito 
apenas àquela parte do mundo. 
“O Exorcismo de Emily Rose”, como qualquer pro-dução 
americana, cerca a estória central com elementos 
alegóricos acessórios que lhe dêem sustentação e prenda 
a atenção do espectador, coisa que o filme faz com maes-tria. 
Mas independentemente da distância dos fatos reais, 
“O Exorcismo de Emily Rose” não violenta ou invalida o 
tema central de trama, apenas a reescreve sob outras 
luzes. O filme, muito embora possa frustrar aqueles que 
esperam um espetáculo aterrorizante, típico de filmes “B” 
para adolescentes, tem o mérito de fazer uma análise 
bem estruturada da questão ao confrontar as noções mo-dernas 
a respeito da existência do demônio sob várias óti-cas, 
principalmente a ótica médico-psiquiátrica, a parap-sicologia, 
e o aspecto moral, ético e religioso da questão. 
Todos os elementos do filme conduzem a uma reflexão 
final surpreendente, e ao mesmo tempo perturbadora. 
Por fim, o filme tem um elenco de primeira, com 
Laura Linney e o excelente ator britânico Tom Wilkinson. 
Muito embora haja cenas fortes, perto de “O Exorcista”, 
“O Exorcismo de Emily Rose” chega a ser um filme leve. O 
filme consegue ser vitorioso em fazer com que o especta-dor 
pense por um momento, reflita nem que seja por um 
átimo acerca dessa realidade sobrenatural que é a exis-tência 
e a ação do demônio, o que torna o filme bastante 
franco em sua mensagem, e até mesmo surpreendente 
em se tratando de cinema americano, que muitas vezes 
consegue ser acéfalo. 
Minha recomendação é que você assista ao filme. 
Não esqueça a pipoca, será bom ter algo à mão que aju-de 
a relaxar. Será uma ótima oportunidade para pensar a 
questão e tomar algumas resoluções. O filme termina com 
uma imagem que sugere a esperança após o reencontro 
com a fé. Mas quanto a ação do demônio, o filme deixa 
nítido ainda que a realidade é bem pior, e a verdade ainda 
mais crua, mas ainda assim, será a verdade. Bastará sair 
do cinema e abrir um jornal para ver o quanto as verdades 
que o filme encerra podem estar próximas de todos nós.
7 
EXORCISMOS 
GRITOS DAS TREVAS - Parte 1 
Nesta seqüência de doze trabalhos, trago aos leito-res, 
em tópicos, o resumo de um livro muito especial para 
mim. Se eu disser aos leitores, que aprendi mais com este 
livro, do que com a maioria de todos os outros que já li na 
vida, o leitor poderá ficar chocado, quando souber do que 
se trata. Avisos do Além é um livro relatando sete exor-cismos 
realizados por uma equipe de sacerdotes, com a 
autorização da Igreja, respeitadas as normas e as fórmu-las 
consagradas. Como o livro é muito difícil até de ser 
encontrado, porque o inferno faz de tudo para que as pes-soas 
não tomem conhecimento dele, resolvemos trazê-lo 
a público, até porque não se encontra restrição à sua di-vulgação 
nele impresso. Ademais, como faremos apenas 
colagens, manteremos o original, apenas resumido. 
Entre os motivos que nos levam a publicar estes 
textos, alguns poderemos destacar. O primeiro deles 
é trazer ao público não somente o grito das trevas em 
sim, mas um grito contra as trevas, que rapidamente es-palham 
no mundo suas heresias. Assim, as pessoas de 
boa fé poderão estar preparadas, para o terrível momento 
em que trevas completas caírem sobre este mundo mau 
que criamos. O segundo motivo, é levar a todos aqueles 
incautos, em especial aos nossos irmãos separados, um 
aviso singular, para que não brinquem de exorcismo, por-que 
seus atos servem apenas para brincar com os demô-nios. 
Eles não receberam este poder de Deus, porque não 
usam a estola – não receberam o Sacramento da Ordem. 
Ademais, aqui na terra, é em geral, somente diante do 
Santíssimo Sacramento, da Eucaristia, é que os demônios 
capitulam. E isso eles não têm! O resto é blefe! 
O exorcismo é algo de muito sério, e somente aos 
padres ordenados, munidos de estola, fonte de poder por 
força de Deus, ou a aqueles aos quais Deus der este po-der 
– e disso estão fora todos os pastores – é que efeti-vamente 
podem expulsar aos demônios em definitivo. E 
isso a custa de muita oração, e somente – porque Deus 
quer assim – pela invocação da Virgem Maria, o terror 
dos demônios. Por isso, todos os evangélicos estão fora 
disso, seus exorcismos são embustes. Jamais aconteceu 
um verdadeiro exorcismo entre eles, e quando toparam 
com um caso realmente verídico, sério, ele sempre isso 
acabou parando nas mãos de um sacerdote católico. 
Para se ter uma idéia, um padre exorcista revelou 
que, dos 400 casos que lhe foram apresentados, apenas 
10 eram verdadeiros. Os outros eram apenas ilusão de 
pessoas, manipuladas pelo maligno, mas não possessas. 
São estes que os evangélicos usam, a fim de iludir aos 
incautos, querendo fazer crer que têm poder. Por fim, 
serve para que ninguém tente, nem mesmo os católicos 
que se acham preparados, enfrentar as trevas sozinho, 
num exorcismo, sem uma proteção especial, sem uma 
autorização da Igreja, e sem a presença de um sacerdote 
exorcista. O demônio facilmente os derrotará a todos, sem 
exceção! 
Nesta primeira parte, apresentamos os prepara-tivos, 
exatamente como está nos originais, para que as 
pessoas se cientifiquem de que se trata de coisa muito 
séria, que foi tratada pelos sacerdotes exorcistas, com ex-tremo 
cuidado. O que aconteceu de extraordinário neste 
caso, foi que, ao serem expulsos os quatro espíritos maus, 
em sete sessões, eles foram obrigados por Nossa Senhora 
a falar a verdade sobre tudo que acontece, especialmente 
na Igreja, fazendo revelações que estarrecerão ao leitor. 
O fato, essencial hoje, é que passados 28 anos daqueles 
trabalhos tudo está acontecendo milimetricamente con-forme 
as revelações previram, de modo que, NEGAR tal 
evidência, é atirar na cabeça da própria estupidez. Estas 
manobras, o leitor perceberá, procedem dos adversários 
de Deus, encastelados dentro da própria Igreja. Eles com-batem 
tenazmente a todos os que lutam contra o diabo. 
Sabemos que certos setores da Igreja são tremen-damente 
contrários à esta revelação, em especial aqueles 
que são atingidos diretamente pelas farpas que os demô-nios 
lançam, ao revelarem suas más atitudes, mas isso 
não nos assusta. Também aqueles que trabalham para 
satanás, não querem que isso venha a público, por isso a 
grande dificuldade de encontrar o livro, pois nenhum edi-tor 
se anima a imprimi-lo. Importa então esclarecer. Im-porta 
alertar contra o inferno, e isso o faremos até quando 
força tivermos. Outras explicações daremos no início de 
cada texto. Peço aos leitores paciência, até que consiga-mos 
colocar todos os textos no ar, porque também aqui o 
amaldiçoado trabalha contra. Vamos ao livro! 
DEPOSITO LEGAL Nº 12425/88 
DIFUSÃO CATÓLICA 
CONFISSÕES DO INFERNO 
AO MUNDO CONTEMPORÂNEO 
RELATO TEXTUAL DE SETE EXORCISMOS 
GUARDA 
1 9 8 7 
A REALIDADE DO MALIGNO 
(Nota à edição portuguesa) 
Este livro que agora se publica, doze anos depois 
dos acontecimentos, é um grito de alarme aos suficien-tes 
que tudo explicam por causas naturais. Revela uma 
realidade hedionda, um mundo em permanente trabalho 
de destruição, que quer aprisionar as almas nas trevas 
e conseguir a sua condenação. Esses agentes do reino 
negro em expansão, falam do que estão a fazer, do que
8 
fizeram e do que planejam 
Tudo se passa no tempo do Papa Paulo VI, um ho-mem 
de dores, e muito do que se diz refere-se àquela 
circunstância. No entanto, por cima disso, desfila um ho-rizonte 
de destruição e negrura, uma aposta de demolição 
e uma raiva sem fim contra a humanidade e o Criador. O 
livro não perdeu atualidade: antes a ganhou, dado o sen-timento 
do mundo que proclama abertamente a morte de 
Deus e do diabo. Na realidade, nem o Criador se apagou, 
nem a má criatura desapareceu: antes trabalha para a 
perdição da Igreja e dos homens, com uma inteligência e 
uma eficácia inquietantes. 
Os documentos, no princípio e no fim desta obra, 
servem para mostrar que não se trata de uma história fa-bricada 
por alucinados na Suíça. É uma história real, veri-ficável, 
inquietante, misteriosa, que nos lembra as terríveis 
palavras de Nossa Senhora de Fátima: «Vão muitas almas 
para o inferno, porque não têm quem reze por elas.» Esse 
sítio existe e desse poço infernal espalha-se um mal que 
invade as mentes, as instituições e a Terra. Leiamos com 
atenção e, como diz São Paulo referindo-se aos carismas, 
retenhamos o que é útil, o que é bom, o que é salvífico e 
nos pode ajudar na nossa vida de todos os dias. 
Não nos fixemos nos pormenores, nas pequenas 
coisas; consideremos antes as grandes linhas e o sofri-mento 
desta alma. Sofrimento real, terrível, medonho. 
Pensemos no nosso próprio sofrimento, tantas vezes exa-gerado 
para inglês ver. E se tivéssemos uma coisa assim? 
Elevemos o nosso espírito a Deus, numa oração profunda 
e verdadeira, peçamos por todos, invoquemos o Espírito 
Santo, e ... assim, com esta disposição, de entendimento 
aberto, comecemos a leitura. 
Nota: Os textos destes Exorcismos, bem como os 
múltiplos comentários, foram publicados em alemão pela 
editora Martanisches Schriftanwerk (Trimbach-Suíça), a 
cargo do Dr. Buonaventur Meyer, e depois vertidos em 
francês e publicados pela Associação Tout Restaurer dans 
le Chrisi, dirigida pelo Dr. Jean Marty, já falecido. A edição 
portuguesa, mais simplificada e reduzida ao essencial, foi 
autorizada pela casa Editora Suíça. A ela e ao seu diretor 
os nossos agradecimentos 
PREFÁCIO 
A MINHA EXPERIÊNCIA 
(Testemunho do editor Buonaventur Meyer) 
A par do grande número de casos de possessão, 
que chegaram até nós pela Sagrada Escritura, são muitos 
os textos literários que através dos séculos dão testemu-nho 
de tais fatos. O holandês W. C. Van Dam, na sua obra 
modelar Demônios e Possessos (Pahloch Editora, 1970) 
cita mais de duzentos livros diferentes, que dão testemu-nho 
desta realidade. 
No ano de 1947 tomei conhecimento de um caso 
de possessão e pude verificar como da mesma pessoa se 
emitiam vozes estranhas e como a aspersão com água 
benta provocava uma imediata reação de repulsa. 
Em 1975 assisti a um exorcismo de sete pessoas 
possessas, numa Igreja em Itália. Presenciei as reações 
dos pobres possessos durante o exorcismo. Além disso, 
vi o seu comportamento durante a recepção dos Sacra-mentos, 
a sua oposição e, finalmente, a sua capitulação 
perante o Santíssimo Sacramento. As pessoas assim ator-mentadas 
tinham vindo, por sua livre vontade, para serem 
exorcizadas por um Padre piedoso, «porque procuravam 
um alívio, que ninguém mais lhes poderia dar», como elas 
próprias me confiaram. 
Uma das possessas, que fora dos exorcismos se 
comporta como qualquer outra pessoa, mostrou-me ci-catrizes 
nos seus braços, e explicou-me que durante 25 
anos consultara médicos e professores de Medicina, mas 
ninguém tinha conseguido aliviá-la, a não ser aquele Pa-dre, 
homem Santo, que na Igreja recitara um exorcismo. 
Esse Padre, homem piedoso e de alma fervorosa, proibiu-me 
de revelar o seu nome, dado que o Episcopado, por 
causa do ataque da imprensa atualmente generalizado 
em quase todo o mundo, não autoriza o Grande Exorcismo 
com que se expulsam os demônios e, além disso, impõe 
ao exorcista o maior silêncio para que nada seja tornado 
público. 
Apesar da Bíblia referir cerca de 70 vezes o inferno 
e mais vezes ainda o demônio, encontramos na Igreja atu-al 
Bispos competentes, professores de Teologia toleran-tes, 
que negam a existência pessoal do demônio, e com 
ela, a existência do inferno e também a existência de todo 
o mundo Angélico. 
SOBRE A POSSESSA 
A propósito da possessa que este livro refere, 
chegou-se há pouco, mais uma vez, à conclusão de que 
no caso desta mulher e mãe, se trata de uma alma repa-radora, 
que desde os 14 anos é atormentada por pavoro-sos 
estados de angústias e períodos de insônia total. Foi 
tratada pelos métodos mais modernos da Medicina e da 
Psiquiatria durante as suas oito permanências em clíni-cas. 
Quando, depois do mais rigoroso tratamento, lhe de-ram 
alta, considerando-a como um caso inexplicável, um 
exorcista conhecido comprovou casualmente a possessão 
de um modo inequívoco. Após um exorcismo, que contou 
com a colaboração de vários Sacerdotes, realizado num 
lugar de Aparições da Virgem (Fontanelli – Montichiari, em 
Itália), tanto os demônios (anjos caídos) como almas da-nadas, 
(pessoas condenadas) foram obrigados, por ordem 
da Santíssima Virgem, a fazer importantes revelações di-rigidas 
à Igreja atual. 
Tendo convidado vários Bispos e representantes da 
Psiquiatria e Medicina para assistirem a um exorcismo, 
realizado em 26 de abril de 1978, dia da Festa de Nos-sa 
Senhora do Bom Conselho, estiveram em minha casa,
9 
para a realização do exorcismo, seis Sacerdotes e tam-bém 
o psiquiatra francês Dr. M. G. Mouret, diretor clínico 
do hospital psiquiátrico de Limoux (França) possuidor de 
grande experiência em tais fenômenos. 
Depois do exorcismo de três horas, com muitas 
revelações saídas da boca da possessa antes e após o 
exorcismo, o Dr. Mouret deixou por escrito o seu testemu-nho, 
afirmando que no caso presente não se tratava nem 
de esquizofrenia, nem de histeria, mas sim do controle 
da pessoa por uma força exterior, que a Igreja Católica 
apelida – possessão. 
Esta mulher, possessa e mãe de quatro filhos e é 
continuamente atormentada até ao limite das suas for-ças. 
Apesar disso, procura cumprir o melhor possível os 
seus deveres familiares. O fardo monstruoso, os tormen-tos 
causados pelos demônios que lhe perturbam o sono 
noturno, as continuas revelações feitas pelos espíritos, 
significam um martírio permanente. O seu único alívio 
vem daqueles Sacerdotes que, contrariando as tendên-cias 
atuais, se compadecem do seu estado, lhe ministram 
os Sacramentos e recitam o Exorcismo. 
* * * 
Mas já em 25 de abril de 1977, por disposição da 
Divina Providencia, tinha visitado a possessa e assistido a 
um exorcismo, acompanhado pelo prelado Professor Dr. 
Georg Siegmund, de Fulda. Como docente, formara ge-rações 
de Sacerdotes e como também teólogo, filósofo 
e biólogo, publicara já um grande número de trabalhos 
científicos, de tal modo que o físico de renome mundial, 
o cristão evangélico Pascal Jordan, o qualificou como um 
dos filósofos e teólogos mais importantes da atualidade. 
Sem tomar posição relativamente ao conteúdo 
das revelações demoníacas, o Prof. Siegmund atesta no 
epílogo: «Relativamente à pessoa, estou convencido de 
que não se trata, nem de uma histérica, nem de uma 
psicopata ou de uma doente psíquica, o que aliás já foi 
também confirmado por médicos especialistas. Os seus 
fenômenos de possessão, como eu próprio pude obser-var, 
dão a impressão de se tratar de possessão autêntica. 
Ela e também a sua família sofrem, pois que a autoridade 
competente, impede uma verdadeira assistência espiritu-al, 
por receios, aliás, compreensíveis, numa época em que 
reina a negação do espiritual.» 
No seu testemunho, o Prof. Siegmund refere-se ao 
número sempre crescente de pessoas, mesmo nas es-colas 
superiores de Teologia, que negam a existência de 
satanás e dos Anjos. Á esta atitude segue-se a destroni-zação 
do Altíssimo. 
A VIDA POSSESSA 
Embora a senhora em causa, devido ao seu estado 
de saúde e à grande distância e isolamento da sua aldeia 
natal só tivesse freqüentado a escola primária, possui 
inteligência acima da média, compreensão rápida e boa 
memória. Da sua biografia, que ela própria escreveu à 
máquina, extraímos as seguintes passagens (por motivos 
compreensíveis omitimos nomes e lugares e, por ques-tões 
de espaço, abreviamos as descrições). 
« Os meus pais viviam numa pequena quinta. O lu-gar 
é muito isolado. Nasci na Suíça alemã, em 1937, no 
Domingo do Santo Escapulário, dia em que a admissão 
das crianças na Congregação do Escapulário era solene-mente 
festejada. Fui batizada na terça-feira seguinte. Diz 
a minha mãe que eu, em bebê, chorava imenso e dormia 
excepcionalmente pouco. Pensavam, no entanto, que isso 
era devido a problemas intestinais, mas nunca foi possível 
fundamentar essas conjecturas dum modo satisfatório. 
Na primavera de 1944, comecei a freqüentar a es-cola. 
Era uma criança tímida e muito calma. Aprendia com 
facilidade. A leitura, a escrita e as contas, não apresenta-vam 
qualquer dificuldade para mim. 
O meu lugar preferido era à beira do ribeiro, na 
erva e junto das flores. Muitas vezes juntava-me com 
outras crianças e gostávamos de agitar as pernas dentro 
da água. As nossas conversas eram iguais às de qual-quer 
criança desta idade. Também falávamos, às vezes, 
de assuntos de caráter religioso, do Céu, do inferno, do 
Purgatório. 
Fiz a primeira Comunhão em 1946. Levei esse ato 
muito a sério e preparei-me o melhor que pude. Dum 
modo geral, posso dizer que o tempo escolar passou sem 
incidentes dignos de nota. Desde muito nova acompanha-va 
os meus pais ao campo, onde procurava ser útil. Os 
meus irmãozinhos exigiam muito tempo e trabalho. 
Depois da minha primeira Comunhão passei a ir 
quase diariamente à Missa e à Sagrada Comunhão. Tinha, 
então, a sensação, quando lia o meu Missal negligente-mente 
ou rezava menos, de que as graças eram menos 
abundantes. Aos treze anos, tive que agüentar ataques 
mais ou menos duros de outras crianças. Cochichavam 
que eu era uma “beata” e que queria ir para freira. Senti-me 
profundamente envergonhada, mas, referindo-se ao 
fato, a minha avó disse-me: «Ora, não dês ouvidos às ou-tras 
crianças. Elas não sabem o que dizem. O que importa, 
é que Deus esteja contente contigo. 
Gostava muito de ir à Igreja e, quando na Missa 
solene, o coro entoava cânticos, os altares estavam or-nados 
de flores e o cheiro do incenso se espalhava, tinha 
a impressão de que todos se encontravam muito próximo 
do Céu. 
A NOITE CAI 
Algum tempo depois da morte da minha avó, em 
1951, tive de enfrentar um período de duras provas. 
Apoderaram-se, bruscamente, da minha alma, angústias 
e escrúpulos que jamais experimentara anteriormente. 
O sofrimento prolongou-se de modo inquietante. Eu 
já não era a mesma! É claro que os meus princípios e a
10 
minha atitude para com Deus se mantinham na mesma, 
mas todo o meu universo mental se pôs a vacilar e eu fui 
tomada de uma confusão profunda. Sentia uma enorme 
apatia e, interiormente, uma total falta de interesse. A 
doença e os sofrimentos atingiram uma intensidade tal, 
que às vezes me sentia despedaçada. Os pensamentos 
iam e vinham. 
Fosse qual fosse o assunto das minhas reflexões, 
jamais encontrava uma luz. E o pior é que não conseguia 
libertar-me desses pensamentos. Era como se tudo esti-vesse 
gasto e apagado. 
Uma ocasião, eu penso que no dia de Todos os 
Santos, em 1952, (tinha, portanto quinze anos), no meio 
de grande perturbação, disse à minha mãe: “Mãe, sinto-me 
num estado de grande atordoamento”. Ela disse-me 
algumas palavras de confiança e acrescentou que tudo 
havia de voltar ao normal. 
Só era preciso que eu o quisesse verdadeiramen-te 
e procurasse a alegria perdida. Mas aí é que estava a 
dificuldade: não consegui encontrá-la, embora a tivesse 
procurado com todas as minhas forças. E, quanto à von-tade, 
o que não teria feito e dado, para readquirir a minha 
antiga liberdade! Mas isso não estava nas minhas mãos. 
As minhas angústias aumentavam e eu já nem sequer 
conseguia dormir sozinha no meu quarto. O meu pai mu-dou 
de quarto e, assim, pude ir para junto da minha mãe. 
Embora ela estivesse junto de mim, o medo e a angústia 
estrangulavam-me a garganta. 
As pancadas do meu coração ressoavam até o pes-coço. 
Sentia-me assaltada de um terror imenso que me 
impedia até de falar. A angústia e o terror penetravam-me 
a tal ponto que uma hora parecia-me quase uma eter-nidade! 
Independentemente disto, tinha a consciência de 
que Deus queria que eu aceitasse estes sofrimentos pela 
salvação das almas. Esforcei-me por aceitar tudo. Nesta 
noite, também aconteceu algo de extraordinário, que me 
impelia a aceitar este sofrimento. (Quando digo aceitar, 
gostaria quase de acentuar que isto aconteceu na noite 
em que dei o sim). 
ACEITAR A VONTADE DE DEUS 
Era o começo da insônia total e, o mais simples era 
aceitar a vontade de Deus. Mais tarde compreendi que 
me envolvia e revolvia nesta cruel obscuridade, sem en-contrar 
uma saída. Este tormento era o meu quinhão, dia 
e noite, e ninguém podia ajudar-me. A minha madrinha 
acompanhou-me ao médico, que ficava muito distante. 
Ele disse que eu tinha apanhado uma inflamação nos rins 
e na bexiga, e que isso atacara o sistema nervoso. Recei-tou- 
me medicamentos, mas continuei a piorar e algum 
tempo depois, o médico mandou-me para o hospital. 
Deste modo, esta pobre criança foi submetida, des-de 
os catorze anos, ao mais duro dos martírios. Passou os 
anos seguintes ajudando nos trabalhos domésticos, sen-do 
essa atividade apenas interrompida pelos tratamentos 
médicos e por curtas estadias no hospital. Como se esses 
sofrimentos não bastassem, teve que mandar arrancar os 
dentes porque um médico pensou que eles eram a causa 
dos seus sofrimentos. Isto, porém, não levou a nenhuma 
mudança no seu estado; foi apenas, para a pobre, um so-frimento 
suplementar. 
A Divina Providência deu-lhe então um homem 
sem fortuna, mas honesto. Casou com ele em 1962, em-bora 
a princípio a família a tivesse dissuadido de o fazer. 
Esta mulher e mãe, na casa dos quarenta anos, deu à luz 
quatro encantadoras crianças. Durante a gravidez e os 
partos não experimentou quaisquer melhoras nos seus 
inexplicáveis sofrimentos. Pelo contrário. Mais enfraque-cida 
que nunca, ela foi levada para clínicas e casas de 
repouso, mas por fim os especialistas de uma clínica de 
grande nomeada, mandaram-na para casa, como uma 
pessoa mentalmente sã, mas considerando-a um caso 
inexplicável. 
Injeções, eletrochoques e outros tratamentos, 
ocasionaram-lhe maiores e insuportáveis sofrimentos, 
interrompidos apenas por fugidios raios de luz. Por volta 
de 1972, (então com 35 anos), registrou ligeiras melhoras. 
Ela escreveu a este propósito: 
« Descobriu-se, por acaso, que sofria duma falta 
total de fósforo. Tomei umas cápsulas e, de fato regis-traram- 
se melhoras, no meu estado geral. Até que ponto 
era fósforo, até que ponto era a vontade de Deus que me 
dava finalmente alívio? Não sei! Consegui dormir, se é que 
se pode chamar dormir a um mero passar pelo sono ou, 
quando tudo ia pelo melhor, dormitar. Os estados de an-gústia 
eram cada vez mais raros, sentia de novo vontade 
de rir e podia já fazer normalmente os meus trabalhos 
caseiros. O meu marido andava radiante, mas não havia 
ninguém que se sentisse mais aliviado do que eu. Podia 
ter novamente dois filhos comigo, o que me dava uma 
enorme alegria. Louvei e glorifiquei o Senhor por ter sido 
finalmente liberta, mas nem por isso deixei de compre-ender 
que o sofrimento, por maior e mais esmagador 
que seja, pode ser sempre uma graça. Por isso, pensava 
muitas vezes que Ele sabia a razão de me ter conduzido 
através desta noite. 
EXORCISMOS E REVELAÇÕES 
Em 1974, sobreveio uma grave recaída. « A minha 
irmã levou-me à casa de um bom homem que já tinha 
prestado ajuda à muitas pessoas. Na sua presença, senti 
bruscamente uma sacudidela no braço, sem que eu o ti-vesse 
movimentado. O homem disse de repente: ‘Penso 
que a senhora está possessa.’ Em seguida, fui ter com um 
Sacerdote, que se mostrou muito séptico, mas que apesar 
disso, fez um exorcismo. Então, ele declarou-me que to-dos 
os sinais indicavam que se tratava de possessão. » 
Finalmente, depois de difíceis exorcismos e de 
muitas orações, um exorcista experimentado conseguiu 
romper a barreira. Depois de vários exorcismos, os de-
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mônios e as almas condenadas, com certos intervalos, 
foram-se revelando. Conseguiu-se mesmo uma libertação 
temporária, mas todos os demônios voltaram. Pediu-se a 
um Bispo para dar autorização a um exorcismo oficial e 
para tomar a responsabilidade. 
No dia 8 de Dezembro de 1975, cinco exorcistas 
obtiveram autorização para o Grande Exorcismo. Segui-ram- 
se outros, de caráter mais limitado, em que estive-ram 
presentes no máximo, três Padres. As revelações 
feitas no decurso destes exorcismos pelos demônios, sob 
as ordens da Santíssima Virgem, são as que se encontram 
na presente obra. 
SITUAÇÃO PRESENTE 
Os pais confirmaram, em algumas frases escassas 
e sucintas, certas datas da vida da sua filha. Tanto eles 
como ela ignoram até 1974 a origem dos seus indizíveis 
sofrimentos. Tudo tentaram, quer através da Medicina, 
quer da Psiquiatria, para que a filha pudesse ter alívio e 
curar-se. Tudo em vão. Restou-lhes unicamente o cami-nho 
da oração. 
O que mais impressiona na casa paterna é a 
simplicidade e o horror a qualquer idéia de maravilhoso 
e espetacular. A origem dos sofrimentos da filha é para 
eles inexplicável e se entregam confiantemente à oração, 
numa submissão total à vontade de Deus. Os numerosos 
documentos, como cartas, registros gravados e fotogra-fias 
tiradas durante os exorcismos, estão à disposição da 
Igreja, para uma investigação canônica. 
A Divina Providência nem sequer permitia que os 
seus amigos ou vizinhos se interessassem pelo que esta-va 
a passar. A sua possessão só se manifesta na sua vida 
interior e, embora seja cruelmente atormentada durante 
noites inteiras, pode durante o dia desempenhar as suas 
tarefas domésticas. 
Desde 1975 que não freqüenta a Igreja é horrivel-mente 
assediada pelos demônios, em diversas partes da 
Santa Missa, à benção ou quando se encontra em contac-to 
com relíquias ou objetos benzidos. Sempre que possí-vel, 
é semanalmente visitada por um Sacerdote que lhe 
ministra os Sacramentos. 
OS PLANOS DE DEUS 
Os sofrimentos expiatórios que esta mulher aceita 
com tanta generosidade, a miséria interior que suporta e 
o total abandono em que vive, particularmente nos dias 
que se seguem aos exorcismos, em união com os sofri-mentos 
de Cristo, com a sua agonia e abandono, decerto 
muito contribuirão para a salvação das almas. A grande 
preocupação desta alma reparadora é a de não entravar, 
por sua culpa, as revelações feitas ao nosso tempo, pelos 
demônios, sob as ordens da Rainha do Céu e da Terra, e 
não permitir assim que, por negligência e descuido, mui-tas 
almas, que poderiam salvar-se, sejam condenadas 
para sempre. 
Pedimos a todos os leitores destas linhas uma 
oração muito especial por intenção desta alma tão sacri-ficada. 
TESTEMUNHOS 
TESTEMUNHO DO REV.º PADRE RENZ * 
Devido ao empenhamento de um irmão espiritual 
da companhia de Jesus, o Padre Rodewyk SJ, acedi a um 
convite para me deslocar à Suíça onde, juntamente com 
outros Padres, fiz cinco exorcismos, seguindo o método 
de S.S. Leão XIII, de 10 de Junho à 13 de Julho de 1997, 
à possessa. 
De acordo com a minha experiência nestes assun-tos 
estou convencido de que, no presente caso, se trata 
de possessão e que as revelações feitas pelos demônios 
resultam do comando e da coação evidente de um poder 
superior. Isso não impede que os demônios resistam con-tinuamente 
à essa imposição. O calvário extremamente 
doloroso da possessa, desde há vinte e quatro anos, a sua 
aceitação dos sofrimentos enviados por Deus, as muitas 
orações de um grande número de pessoas e o conteúdo 
das revelações feitas, são garantias de que elas são que-ridas 
por Deus e por Maria, Mãe da Igreja. 
Naturalmente que todas as comunicações sobre a 
verdadeira doutrina da Igreja e a sua situação atual, têm 
que ser examinadas. A oposição levantada contra as reve-lações 
presentes denuncia a vontade destruidora dos de-mônios. 
O conteúdo do livro tem como objetivo uma sólida 
renovação da Igreja. Aliás, não é a primeira vez que Deus 
e a Santíssima Virgem se manifestam à Igreja através dos 
demônios, como o prova a conhecida obra Sermões do 
demônio, de Niklaus Wolf von Rippertschwand (13 de Ju-nho 
de 1977). 
* O Padre Arnold Renz, SDS, nasceu em 1911 e foi 
ordenado Sacerdote em Passau, em 1938, como membro 
da Ordem dos Salvatorianos. De 1938 até 1953 trabalhou 
como missionário em Fuklen (China). De 1954 a 1963 foi 
pároco e director espiritual de várias paróquias e insti-tutos 
religiosos. A partir de 1965 a até 1976 foi pároco 
em Rueck-Schippach St. Pius (em Spessart, Diocese de 
Wurzburg). O Bispo Stangl, de Wurzburg, encarregou-o do 
caso de possessão de Anneliese Michel, em Klingenberg. 
Em seguida, voltou para a paróquia. 
TESTEMUNHO DE DENKINGER, 
JOVEM TEÓLOGO 
Testemunho de um jovem teólogo, que analisou 
directamente o texto do livro, antes da impressão defi-nitiva. 
« Depois duma leitura crítica da presente obra, de-
12 
pois de ouvir algumas das gravações, depois de uma visi-ta 
à mulher em questão, só me resta declarar o seguinte: 
- Estou absolutamente convencido da autenticidade Divi-na 
das revelações aqui publicadas. Eu e a minha teologia 
moderna temos de nos render perante uma humildade tão 
grande, como a que se ressalta dos textos. » 
Johannes Denknger (Teólogo diplomado, Olten) 
ALGUMAS OBSERVAÇÕES E 
ESCLARECIMENTOS 
Os demônios são forçados pelo Céu a falar, con-tra 
vontade, sobre a Igreja e a sua situação actual, de tal 
modo que as suas declarações contrariam o seu reino e 
favorecem o Reino de Cristo. No seu ódio, os espíritos 
infernais evitam, na maior parte das vezes, pronunciar 
o nome de Maria, da Bem-Aventurada, da Virgem ou de 
Mãe de Deus. Referem-se à Virgem Santíssima como 
: «Ela lá em cima.» Também não dizem: «Maria assim o 
quer», mas, «Ela quere-o», «Ela força-nos», «Ela manda 
dizer.» Do mesmo modo rodeiam, de diversas maneiras, 
o nome de Jesus e da Santíssima Trindade. Muitas vezes 
sublinham as suas palavras com um gesto do dedo da 
possessa, apontando para cima ou para baixo. 
Quando os demônios exigem orações, por exemplo, 
quando dizem que é necessário recitar uma oração, ou 
orações, antes de falarem, é claro que este pedido não re-sulta 
de um desejo do inferno, mas do Céu, que o exprime 
por intermédio dos demônios. Durante as revelações feitas 
por sua boca, a possessa foi violentamente atormentada 
por dificuldade em respirar, convulsões, perturbações car-díacas 
e crises de sufocação. Daí o carácter muitas vezes 
irregular das frases. Como estes exorcismos contrariavam 
o inferno, os demônios recusaram-se muitas vezes em 
continuar a falar. Além disso, punham objeções diversas, 
rosnavam, gritavam, troçavam e cinqüenta por cento des-tes 
apartes foram omitido por questões de brevidade e 
simplificação, mas, no conjunto, a luta foi muito mais dura 
e prolongada do que o leitor poderá imaginar. É preciso ter 
isto bem presente para não cometer o erro de pensar que 
estas graves revelações foram obtidas facilmente. 
ÁTRIO - OS EXORCISTAS 
Os Sacerdotes, cujos nomes se seguem, declaram 
que, baseando-se no seu conhecimento pessoal do caso 
de possessão, estão absolutamente convencidos da au-tenticidade 
das revelações feitas pelos demônios, sob a 
ordem da Santíssima Virgem. 
Padre Albert d’Arx, Niederbuchsiten 
Padre Arnold Egli, Ramiswil 
Padre Ernest Fischer, Missionário, Gossau 
Padre Pius Gervasi, OSB, Disentis 
Padre Karl Holdener, retirado, Ried 
Padre Gregor Meyer, Trimbach 
Padre Robert Rindere CPPS, Aww 
Padre Louis Veillard, retirado, Cesneux-Péquignot 
Os Sacerdotes são todos de nacionalidade Suíça, 
exceto o Padre Fischer, que é alemão. Todos participaram 
nos exorcismos, salvo o Padre Gregor Meyer, que durante 
algum tempo foi o diretor espiritual da senhora atacada e 
que a conhece, muito bem. Dois outros Padres, de nacio-nalidade 
francesa, participaram também nos exorcismos. 
NOTE BEM: Apesar do testemunho dos Sacerdotes 
envolvidos e de outros peritos, desejamos declarar, de 
acordo com o decreto do Papa Urbano VIII, que a este do-cumento 
só se pode dar uma fé humana. Submetemos a 
totalidade do texto ao juízo supremo da Santa Igreja. 
Mas nós acrescentamos: Eles deveriam ser mui-to 
idiotas ou masoquistas a ponto de envolverem seus 
nomes em uma revelação tão terrível, mal sabendo que 
seriam tão perseguidos como de fato o foram e continuam 
sendo ainda hoje. Nos dois artigos finais desta série, pas-saremos 
alguns comentários e uma entrevista na íntegra 
com o Padre Amorth, talvez o mais célebre exorcista em 
atividade. Esta entrevista não consta do livro, mas tem 
relação íntima com ele. 
Assim, temos a base das revelações que virão a 
seguir. Estas coisas são importantes, para que o leitor 
se familiarize com o tema, e não tenha medo de seguir 
adiante. Tudo foi feito pela nossa Igreja Católica, dentro 
das regras da Igreja Católica, de modos que não há o que 
temer. Sempre digo a mesma coisa para a questão do 
medo: Quem tem a alma limpa, quem tem a consciência 
absolutamente tranqüila, não teme, pois Deus está com 
Ele. 
Esperamos que todos possam aprender, nos deta-lhes 
das revelações, tanto quanto eu. Para mim, foi uma 
verdadeira escola de vida. Sobre este livro eu chorei, e 
destas revelações do além, adquiri ainda uma força maior 
para seguir avante na minha missão. Até o último traba-lho 
desta série, o leitor terá lido 95 páginas de muitas 
revelações. 
Que a Santíssima Trindade nos ajude neste traba-lho. 
Nas mãos de Jesus e Maria 
Arnaldo 
GRITOS DAS TREVAS 
Parte 2 
Em toda a minha vida, sempre tive muito pavor 
do inferno. Já desde pequenino, de um modo especial 
da parte de minha querida vovó materna, Gertrudes, ouvi 
muitos alertas contra as trevas, e disso eu guardei um
13 
enorme receio. Depois, como já falei em outro artigo, a 
cada meio ano, mais ou menos, eu tinha um pavoroso 
pesadelo com os demônios, que me fazia tremer por ho-ras 
seguidas. Disso resultou hoje, não um medo – porque 
estou nas mãos da divina Providência e isto me basta – 
mas um respeito e um conhecimento de causa, que me 
fez tornar em adversário encarniçado das trevas. Porque, 
estando nas mãos deste nosso Deus, tão poderoso e bom, 
nada temo, e por isso vou continuar alertando, contra o 
inferno e contra os demônios, a todos aqueles que assim 
o desejarem. Afinal ele é nosso único grande inimigo, ao 
qual devemos temer, pois é justo aquele que, além de nos 
matar no corpo, pode também nos roubar a alma, confor-me 
disse Jesus. O trabalho a que agora sigo, exige que o 
leitor tenha paciência de me acompanhar por mais dez 
textos além deste, com o mesmo título, porque não posso 
colocar tudo em um trabalho só. Ontem à noite, quando eu 
procurava um texto específico, entre as centenas de arqui-vos 
que já tenho, topei com o livro dos Sete Exorcismos, 
denominado Avisos do Além, e bruscamente entrei nele. 
Não consigo me lembrar que alguma vez tivesse recebido 
isso via internet, somente em xerox, que já consultei. E à 
medida que mergulhava naquela leitura, percebi o quão 
rica fonte de alerta ela ainda continua sendo, para que se 
possa mostrar ao leitor o estado interno da Igreja – em 
especial – e também da humanidade, que hoje mergulha 
à alta velocidade rumo aos braços do maligno. E daí me 
surgiu a idéia de preparar a matéria em textos mais cur-tos, 
facilitando a leitura e dando dinâmica ao texto. Como 
vou fazer cortes e colagens, vou me ater o quanto possível 
apenas ao original. 
Digo antes, que o livro destas revelações, já teve 
em si muitos cortes para facilitar a leitura, por causa dos 
uivos, berros, gemidos, imprecações e maldições que os 
espíritos infernais emitiam, ao serem exorcizados. Mas 
nós vamos retirar ainda mais coisas, para que permane-ça 
apenas o cerne das revelações. É que, pela força da 
Santíssima Trindade, pela força do Império de Rainha, de 
Nossa Senhora, esta Mãe carinhosa, sempre tão preocu-pada 
com nossa salvação, obrigou os demônios, contra a 
sua vontade, mesmo em grande desespero de ódio, a te-rem 
que falar a verdade, sobre suas ações, sobre os seus 
projetos, sobre suas conquistas, exatamente para alertar 
os homens sobre seu poder. 
E assim, usando as mais diferentes potestades do 
céu, por ordem da Virgem Maria, o padre ia conjurando os 
maus espíritos a falarem a verdade, sempre e somente a 
verdade, para desespero do inferno, que não quer ver es-tas 
coisas reveladas. Até mesmo este livro, para chegar ao 
prelo, levou mais de 15 anos, tamanha a luta do maldito 
para que tais coisas não viessem a público. E hoje, ainda, 
é enorme a pressão que o inferno exerce, especialmente 
sobre os sacerdotes, para que eles não coloquem os olhos 
nestes escritos. Pessoalmente, por uma certeza íntima e 
forte de meu coração, considero-os da mais alta confiabi-lidade, 
tanto que me exponho a fazer esta divulgação sem 
medo. Com certeza servirá para que mais gente se ponha 
a rezar, porque o estado interior da Igreja, é de verdadeira 
podridão, pelo que se verá. 
Mais algumas considerações, antes de entrar no 
tema: Sempre os demônios evitam o nome de Maria e 
por isso, usando o dedo da possessa, apontam para cima 
e dizem (Aquela lá de cima), ou a chamam de A Gran-de 
Senhora. Quando se referem ao Céu, apontam para 
cima. Quando se referem ao inferno, apontam para baixo. 
Tudo isso permanecerá no texto, saindo fora apenas as 
incitações e as invocações do exorcista. Também cortarei 
alguns pequenos textos que são menos esclarecedores 
ou que causarão dúvida. Enfim, eu poderia até tentar 
resumir cada tópico, com a minha linguagem, mas creio 
que assim ficará melhor, porque se eu explicasse, seria a 
palavra apenas de quem imagina, mas a dos demônios, 
é a palavra de quem sabe, que, além disso, é bem mais 
inteligente. Vamos a eles: 
1º EXORCISMO DE 14 DE AGOSTO DE 1975 
Contra: Akabor, demônio do Coro dos Tronos (Iden-tificado 
pela letra - A) 
Allida, demônio do Coro dos Arcanjos (Identificado 
pelas letras - AL) 
Nota: Em todos os exorcismos, os preparativos 
eram intensos e compreendiam orações especiais do ri-tual 
Romano, consagrações, Salmos prescritos, o Rosário, 
Ladainhas, Exorcismos, etc... Os Sacerdotes exorcizam 
demônios previamente identificados. 
Exorcista (E) – Demônio Akabor, nós, Sacerdotes, 
representantes de Cristo, ordenamos-te, em nome da 
Santa Cruz, do Preciosíssimo Sangue, das Cincos Chagas, 
das catorze estações da Via Sacra, da Santíssima Virgem 
Maria, da Imaculada Conceição, de Lurdes, de Nossa Se-nhora 
do Rosário de Fátima, de Nossa Senhora do Monte 
Carmelo, de Nossa Senhora da Grande Vitória de Wigratz-bal, 
das Sete Dores de Maria, de São Miguel Arcanjo, dos 
nove Coros Angélicos, do Anjo da Guarda desta mulher, de 
São José terror dos espíritos malignos; dos Santos Padro-eiros 
desta mulher, de todos os Santos Anjos de Guarda e 
Anjos dos Sacerdotes, de todos os Santos do Céu, espe-cialmente 
de todos os Santos Exorcistas, do Santo Cura 
d’Ars, de São Bento, dos servos e servas de Deus, Padre 
Pio, Teresa de Konnersreuth, Catarina Emmerich, de todas 
as Almas do Purgatório, e em nome do Papa Paulo VI, – 
ordenamos-te, então, Akabor, como Sacerdotes de Deus, 
em nome de todos os Santos que acabamos de invocar, 
em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho, e do 
Espírito Santo, volta para o inferno. 
O INFERNO É HORRÍVEL 
A – Tenho ainda que falar... 
E – Diz a verdade e só a verdade, em nome da 
Santíssima Trindade, da Santíssima Virgem Maria da Ima-
14 
culada Conceição(...). 
A – Sim, em seu nome, e em nome dos Tronos de 
onde venho, tenho ainda que falar. Eu estava nos Tronos. 
Eu, Akabor, tenho que dizer (respira ofegantemente e grita 
com uma voz horrível) como o inferno é horrível. É muito 
mais horrível do que se pensa. A Justiça de Deus é terrí-vel; 
terrível é a Justiça de Deus! (grita e geme). 
(...) O inferno é bem pior do que à primeira vista e 
superficialmente poderíeis pensar; a justiça... mas é pre-ciso 
muita confiança, é preciso rezar muito, é necessária 
a confissão, tudo é necessário. Não se deve condescen-der 
facilmente com os modernismos. O Papa é que diz a 
verdade. 
A JUVENTUDE É ENGANADA 
A – Os lobos estão agora... (...). Os lobos estão ago-ra 
no meio de vós, mesmo no meio dos bons. (...). Como já 
disse, tomam a forma de Bispos e Cardeais. (...). Digo isto 
bem contra a minha vontade. Tudo o que digo é contra a 
minha vontade. Mesmo a juventude... a juventude é en-ganada. 
Pensa que poderá com algumas... Com algumas 
obras caritativas alcançar o Céu (1), mas não pode, não! 
Nunca! Os jovens devem, – embora me custe muito tenho 
que dizer... 
(1) Infelizmente, em especial no Brasil e na América 
Latina, não são só os jovens pensam que com algumas 
caridades apenas, ganham o céu. Também bispos e car-deais 
pensam a mesma coisa. Enquanto as almas morrem 
por falta do conhecimento e da instrução, sobre as coisas 
mais elementares da sua fé, eles organizam filas de ces-tas 
básicas, quando não, mandam pegar em foices e fa-cões 
para os exigir a força. Que esperem então a hora da 
retribuição e da cobrança. Se não se converterem, podem 
desde já aprender a gritar. 
COMUNHÃO NA BOCA 
A – Devem receber convenientemente os sacra-mentos... 
fazer uma confissão verdadeira e não apenas 
participar nas cerimônias penitenciais e na Comunhão. 
A Comunhão, o celebrante deve dizer três vezes “Senhor 
eu não sou digno”, e não uma vez só. Devem receber a 
Comunhão na boca, e não na mão. 
Nós trabalhamos durante muito tempo, lá em baixo 
(aponta para baixo) até conseguirmos que a Comunhão na 
mão fosse posta em prática. A comunhão na mão é muito 
boa para nós, no inferno; acreditai! Ela (aponta para cima) 
quer que eu diga...(...) 
Ela quer que eu diga... que se Ela, a grande Se-nhora, 
ainda tivesse, recebida a Comunhão na boca, mas 
de joelhos, e haveria de se inclinar profundamente assim 
(mostra como procederia a Santíssima Virgem). 
Tenho que dizer que não se deve receber a Comu-nhão 
na mão. O próprio Papa, dá a Comunhão na boca. 
Não é da sua vontade que se dê a Comunhão na mão. Isso 
vem dos seus Cardeais. 
Deles passou aos Bispos, e depois os Bispos pen-saram 
que era matéria de obediência, que deviam obe-decer 
aos Cardeais. Daí, a idéia passou aos Sacerdotes 
e também eles pensaram que tinham de se submeter, 
porque a obediência se escreve com maiúsculas. 
Não se é obrigado a obedecer nos maus. É ao Papa, 
a Jesus Cristo e à Santíssima Virgem, que é preciso obe-decer. 
A Comunhão na mão não é de modo algum querida 
por Deus. 
* Sobre a comunhão na boca, exatamente por 
causa destas revelações, perguntamos à Nossa Senhora, 
através do Cláudio e ela disse: Esta é apenas uma opinião 
dele, Akabor, mas não é a opinião de Jesus, nem a minha. 
Ela explicou, porém, que Akabor não mentia, porque ele, 
de fato, achava que fosse assim. Entretanto, se a norma 
canônica assim o permite, certamente que nem Akabor 
tem algo a dizer, quanto nem o Céu irá pregar contra uma 
norma válida. Na verdade, a Eucaristia é mais forte que 
uma simples norma, ou fórmula, que pertence a Igreja e 
a mais ninguém. O que importa é apenas o coração, para 
o qual ela é administrada. Quem não está em estado de 
graça para receber Jesus, mesmo que o receba de joelhos 
sangrando estará a cometer um sacrilégio. E para estes, 
lembro que escolher filas, evitar ministras, tudo isso é fal-ta 
grave. É julgamento! (Aarão) 
O CULTO À SANTÍSSIMA VIRGEM. 
A – Os jovens devem habituar-se a fazer peregrina-ções. 
Devem voltar-se, cada vez mais, para a Santíssima 
Virgem; não devem bani-La. Devem... devem reconhecer 
a Santíssima Virgem e não viver segundo o espírito dos 
inovadores. Não devem aceitar absolutamente nada deles 
(grita cheio de fúria). Eles é que são lobos. A esses, já os 
temos, já os temos bem seguros. 
Os jovens, atualmente, crêem que realizam coisas 
maravilhosas quando fazem algumas obras caritativas e 
se reúnem uns com os outros. Mas isso não é muito. É 
até fácil, quando simpatizam uns com os outros, mas só 
isso não é nada. É preciso que os jovens façam sacrifícios, 
que adquiram espírito de renúncia, é preciso que rezem. 
Devem freqüentar os Sacramentos, devem freqüentá-los 
ao menos uma vez por mês*. Mas a oração e o sofrimen-to 
são também importantes. Antes de tudo isto eu tenho 
ainda que dizer... 
* Lembramos que a participação na Santa Missa é 
semanal, e não mensal. O que aqui ele quis dizer, é que 
a maioria dos jovens, nem mais uma vez por mais vai à 
Missa. Ou seja, já seria um pouco bom, se fossem pelo 
menos esta uma vez por mês. 
IMITAÇÃO DE CRISTO 
A – ...antes disto tenho que dizer que o mundo de 
hoje, mesmo o mundo católico, esqueceu por completo
15 
esta verdade: é preciso sofrer pelos outros. Caiu no esque-cimento 
que todos vós formais o Corpo Místico de Cristo e 
que deveis, todos, sofrer uns pelos outros (chora como um 
miserável e geme como um cão). Cristo não realizou tudo 
na Cruz. Abriu-vos a porta do Céu, mas os homens devem 
reparar uns pelos outros. As seitas bem dizem que Cristo 
fez tudo, mas isso não corresponde à verdade. A Paixão de 
Cristo continua; em Seu Nome, ela continuará até ao fim 
do mundo (resmunga). 
SENTIDO DO SOFRIMENTO 
A – É preciso que ela (a Paixão de Cristo) continue. 
Tem que sofrer uns pelos outros e oferecer os sofrimentos 
em união com a Cruz e os sofrimentos de Cristo. Deve-se 
sofrer em união com a Santíssima Virgem e com todas as 
renúncias que Ela suportou durante a Sua vida, unir os 
próprios sofrimentos, nos horríveis sofrimentos de Cristo 
na Cruz e na Sua Agonia, no Jardim das Oliveiras. 
Esses sofrimentos foram mais terríveis do que 
aquilo que os homens poderão pensar. Cristo, no Jardim 
das Oliveiras, não sofreu apenas como podereis talvez 
pensar. Ele foi esmagado pela Justiça de Deus, como se 
Ele próprio tivesse sido o maior dos pecadores, como se 
estivesse condenado ao inferno. Teve que sofrer por vós, 
homens; do contrário, não teríeis sido salvos. Teve de su-portar 
os mais terríveis sofrimentos a ponto de pensar que 
iria para o inferno. 
Os sofrimentos foram então tão fortes que Ele se 
sentiu completamente abandonado pelo Pai Celeste, Suou 
Sangue, porque se sentiu totalmente perdido para o Pai e 
abandonado por Ele. Sentiu-se esmagado como se fosse 
um dos maiores pecadores. Eis o que Ele fez por vós, e 
vós deveis imitá-Lo. 
Estes sofrimentos têm um valor imenso. Esses 
sofrimentos, esses momentos obscuros, esses terríveis 
abandonos, quando se está convencido de que tudo está 
perdido, e que o melhor é pôr termo à vida.... Eu não quero 
dizer mais, não...(respira com grande dificuldade). 
E precisamente quando se sofre assim, quando 
tudo parece estar perdido, quando a pessoa se julga to-talmente 
abandonada por Deus, quando crê ser a mais 
miserável das criaturas, é então que Deus pode meter a 
Sua Mão no jogo. Estes sofrimentos, estes horríveis e te-nebrosos 
sofrimentos, são os mais valiosos (lança gritos 
e uivos terríveis) que existem. Mas é precisamente que a 
juventude desconhece a isso. A maioria dos jovens igno-ram- 
no e é aí que reside o nosso triunfo. 
ACEITAÇÃO DO SOFRIMENTO 
A – Muitos, a maioria, suicidam-se quando se 
crêem abandonados por Deus e pensam ser as criaturas 
mais miseráveis. Por mais escura que seja a noite, Deus 
está próximo deles, embora eles já não O sintam! Deus 
está então como se já não estivesse. De fato, momenta-neamente, 
a sua presença deixa de lhes ser perceptível, 
mas apesar disso devem imitar os sofrimentos de Cristo, 
sobretudo os que Ele chamou a sofrer muito. 
Há muitos que, então, pensam que já não são nor-mais 
– a maior parte o é – e então capitulam, capitulam 
muito mais facilmente. Pensam então que têm que se sui-cidar, 
porque já ninguém os compreende. É o nosso triun-fo. 
A maioria vai para o Céu, mas apesar disso, é o nosso 
triunfo, porque... Não cumpriram a sua missão, deveriam 
ter continuado a viver. 
No mundo de hoje há cruzes extremamente pesa-das. 
É Ela que o manda dizer (aponta para cima). Essas 
cruzes são muitas vezes mal suportadas. Cruzes visíveis, 
como o cancro, defeitos físicos ou outras enfermidades, 
são muitas vezes mais fáceis de suportar que as angús-tias 
ou noites do espírito, que muitas pessoas têm de 
agüentar atualmente. 
Ela, lá em cima (aponta para cima), manda dizer o 
que já uma vez transmitiu através duma alma privilegia-da: 
«Eu enviarei aos meus filhos sofrimentos tão grandes 
e profundos como o mar.»*. Esses (as pessoas), a quem 
foram destinadas cruzes tão pesadas – alguns são esco-lhidos 
de há muito – não devem desesperar. 
Estas cruzes que acabo de referir, são cruzes que 
parecem inúteis e absurdas. Podem levar ao desespero. 
Muitas vezes, parecem impossíveis de suportar, mas são 
essas as mais preciosas. 
Eu, Akabor, quero ainda acrescentar: Ela (aponta 
para o alto) quer gritar a todos esses que carregam uma 
Cruz: «Coragem! Não desanimeis!» Na Cruz está a sal-vação, 
na Cruz está a vitória. A Cruz é mais forte que a 
guerra. 
* Trata-se aqui da mensagem de Marienfried, dada 
na Alemanha em 1945. Cfr. o livro «A Paz de Maria» das 
edições ACTIC, que apresenta essas Mensagens. 
O MODERNISMO 
A – O modernismo é falso. É preciso virar as cos-tas 
ao modernismo. É obra nossa, vem do inferno. Mesmo 
os Sacerdotes que difundem o modernismo nem sequer 
estão de acordo entre si. Ninguém está de acordo (1). Só 
este sinal vos deveria bastar. 
O Papa é atormentado pelos seus Cardeais, pelos 
seus próprios Cardeais... está rodeado de lobos. 
Se não fosse assim, poderia dizer mais, mas ele 
está como que paralisado. Já não pode fazer muito; agora, 
já não pode fazer muito. Deveis rezar muito ao Espírito 
Santo, rezar agora e sempre ao Espírito Santo. Então, 
compreendereis no mais profundo de vós mesmos o que 
é preciso fazer. Aconteça o que acontecer, não vacileis na 
vossa antiga fé. Devo dizer que este Segundo Concílio do 
Vaticano não foi tão bom como se pensa. Em parte, foi 
obra do inferno. 
(1) Deus criou uma Igreja única. Ele dever antão, 
também, andar na unidade. Ora quando não há unidade
16 
de sentimentos, porque não na unidade de Doutrina, certo 
é que o Espírito Santo também não está ali, porque Ele não 
é Espírito de confusão. O que você dirá então da ala direita 
e a da ala esquerda da Igreja no Brasil? Desde há quanto 
tempo você imagina que o Espírito Santo não assiste mais 
a uma reunião de nossos Bispos, que se dirigem apenas 
por sentimentos e idéias racionais, e humanas? Quantos 
deles ainda buscam com exclusividade as questões da 
alma, da vida eterna e da salvação? Talvez nenhum! 
A SANTA MISSA: POR MUITOS 
A – Sem dúvida, que havia certas coisas que pre-cisavam 
ser mudadas, mas a maior parte, não. Acreditai-me! 
Na Liturgia não havia praticamente nada que neces-sitasse 
de ser mudado. Mesmo as leituras e o próprio 
Evangelho não deviam ser lidos em línguas nacionais. Era 
bem melhor que a Santa Missa fosse celebrada em latim. 
Considerai por exemplo, a Consagração; basta a 
Consagração, é típico. Na Consagração empregam-se 
as palavras: «Isto é o Meu Corpo que será entregue por 
vós.» e, em seguida, diz-se «Este é o Meu Sangue que 
será derramado por vós e por muitos.» Foram estas as 
palavras de Cristo. 
E – Não é correto dizer «por todos?» Diz a verdade, 
em nome (...) 
Claro que não! As traduções nem sempre são 
exatas e esse é, sobretudo o caso de «por todos.» Não 
se deve e não se pode dizer «por todos»; deve dizer-se 
«por muitos.» Se o texto não está correto, já não encerra 
a plenitude de graças. Claro que a Santa Missa continua a 
ser válida, mas o canal de graças corre agora parcimonio-samente. 
E a Consagração já não acarreta tantas graças 
como quando o Sacerdote a pronunciava conveniente-mente, 
de acordo com a Tradição Antiga e com a vontade 
de Deus. É preciso dizer-se «por vós e por muitos»,* tal 
como Cristo disse. Não! Ele bem desejou derramá-lO por 
todos, mas de fato ele não foi derramado por todos. 
E – Por que muitos O recusaram? Diz a verdade, 
em nome (...) 
A – Exatamente. Assim, Ele não derramou o Seu 
Sangue por todos, pois não O derramou por nós, os do 
inferno.** O novo ordinário da Missa – os Bispos mudaram 
a Missa Tridentina – a nova Missa, não corresponde exa-tamente 
à vontade d’Eles, lá em cima (aponta para cima). 
É a melhor que existe, é a Missa-tipo, a verdadeira e a boa 
Missa (geme).*** 
Tudo o que disse foi contra a minha vontade, mas 
a isso fui obrigado. Foi Ela, lá em cima (aponta para cima) 
que me forçou (rosna). 
* Na Missa de Paulo VI, em Latim conservou-se a 
fórmula correta. De fato, aí se diz: « Pro multi », ou seja 
por muitos. As traduções, inclusivamente a portuguesa, 
atraiçoaram o texto e puseram uma palavra inexistente: 
« por todos.» 
** De certo Cristo teria resgatado os demônios, 
se isso tivesse sido possível. Não sendo esse o caso, é 
evidente que o Seu Sangue não foi derramado pelos de-mônios. 
Em principio, a Redenção de Cristo destinava-se 
a todos os homens, mas na prática estava limitada pela 
sua liberdade de recusa. Assim o Sangue de Cristo não 
aproveitou àqueles que O recusaram, deste modo e por 
sua culpa, foram condenados no inferno, onde partilham 
do destino irrevogável dos demônios. 
*** A celebração desta Missa de São Pio V foi auto-rizada 
pela Santa Sé num documento assinado por João 
Paulo II. 
OBS: No Evangelho de Mateus, em 26,28 está: Por 
muitos homens... Eis o ardil do demônio: Se dissermos 
que Jesus NÃO MORREU por TODOS, então eles dirão que 
Ele faliu em sua missão. Se dissermos que morreu por 
todos, então podem dizer que TODOS se salvarão, embora 
em vida sejam verdadeiros demônios, e até os próprios se 
poderiam salvar, o que seria um absurdo. Ou seja, que-rem 
apenas justificar a própria malícia. Na verdade, Jesus 
morreu apenas por aqueles que livremente quiserem se 
aproveitar dos Méritos infinitos de Sua Paixão Redento-ra. 
E estes são, sim, MUITOS, mas não todos. Judas, por 
exemplo, não quis se salvar, por isso está onde está! Ora, 
uma simples gota do Sangue de Jesus – tão precioso é 
– seria suficiente para salvar a todos. Mas que diriam os 
adversários de Deus, se nem com TODO o sangue der-ramado 
ainda não aceitam? Até quando o homem fará 
pouco caso de Deus? 
O ECUMENISMO 
A – Na época que atravessamos não se deve obe-decer 
a Bispos modernistas. Vivemos na época a que Cris-to 
se referiu, dizendo: « Surgirão muitos falsos cristos e 
falsos profetas » (Mc 13-22). São eles os falsos profetas! 
Já não se pode acreditar neles; em breve, já ninguém os 
poderá acreditar, porque ele... porque eles... aceitaram 
excessivas novidades. Nós estamos neles, nós, os lá de 
baixo (aponta para baixo), é que os incitamos. Muito tem-po 
nós passamos em deliberações, para ver como destruir 
a Missa Católica. 
Já Catarina Emmerich (1), há mais de cem anos, 
dizia: « Foi em Roma...» Numa visão, ela viu Roma, o Vati-cano. 
Viu o Vaticano rodeado por um fosso profundíssimo, 
e do outro lado do fosso estavam os descrentes. No centro 
de Roma, no Vaticano, encontravam-se os Católicos. Es-tes 
atiravam para esse fosso profundo os seus altares, as 
suas imagens, as suas relíquias, quase tudo, até o fosso 
ficar quase cheio. Essa situação... esses tempos, vivemo-los 
agora (grita com uma voz medonha). 
Então, quando o fosso ficou cheio, os membros das 
outras religiões puderam realmente atravessá-lo. Atraves-saram- 
no, olharam para dentro do Vaticano, e viram como 
os católicos, os católicos de hoje, a Missa moderna, pouco 
tinha para lhes oferecer. Abanaram a cabeça, voltaram as 
costas e foram-se. E muitos de entre vós, católicos, são
17 
suficientemente estúpidos para ir ao encontro deles. Mas 
eles não dão um passo na vossa direção. 
Quero ainda acrescentar mais qualquer coisa. 
(1) Sobre este livro, falaremos nos capítulos se-guintes. 
A LITURGIA 
A – Na Missa Tridentina fazia-se o Sinal da Cruz 
trinta e três vezes, mas agora faz-se muito menos vezes: 
duas, três, quando tudo vai pelo melhor. E na última, na 
benção final, já não é necessário ajoelhar (grita e chora 
desespero). Podereis imaginar como nós ajoelharíamos, 
como nós cairíamos de joelhos se porventura pudésse-mos? 
(geme e chora). 
E – É correto fazer o Sinal da Cruz, trinta e três ve-zes, 
durante a Santa Missa? Diz a verdade, em nome (...). 
A – Não é só correto, como também obrigatório. É 
que assim nós não conseguiríamos ficar, pois seríamos 
obrigados a fugir da Igreja. Mas, assim, ficamos. Devia 
também se restabelecer a cerimônia da aspersão. A as-persão 
com água benta obriga-nos a fugir e o mesmo 
se passa com o incenso. Era também preciso voltar a 
queimar-se incenso. Era bom que depois da Santa Missa 
se recitasse a Oração a S. Miguel Arcanjo, três Ave-Marias 
e a Salve Rainha. 
Os leigos não devem dar a Sagrada Comunhão 
(1) (dá gritos horríveis), de modo nenhum!! Nem sequer 
as religiosas. Nunca! Pensais que Cristo teria confiado 
essa missão aos Apóstolos, se as mulheres e os leigos 
também o pudessem fazer (geme)? Sou obrigado a dizer 
isto! Allida, ouviste Allida, ouviste o que me obrigaram a 
dizer? Allida, tu também podes falar! (O outro responde 
encolerizado: Fala tu!) 
E – Já acabaste Akabor, em nome (...) disseste 
tudo, disseste toda verdade? 
A – Ela, lá em cima (aponta para o alto), não per-mite 
que eu seja atormentado pelo velho (lúcifer), porque 
eu sou obrigado à estas coisas por vós e pela Igreja. Ela 
não o permite... e ainda bem! Mas isto não é bom para 
os lá debaixo (aponta para baixo), não é bom para nós 
(grita e geme). 
E – Em nome da Santíssima Virgem, continua. Tens 
ainda alguma coisa a dizer? Pelo poder dos Santos Tronos, 
teus antigos companheiros, tens alguma coisa a acres-centar? 
(Após sete horas de oração e seis horas de exorcis-mo, 
sem beber nem comer, algumas das pessoas presen-tes 
sentem-se fatigadas). 
A – Podeis ir-vos embora. Ficaremos contentes, se 
vos fordes. Ficaremos contentes. Ide-vos! Porque disse 
tudo isso, porque fui obrigado a dizê-lo. Ela concede-me 
ainda uns momentos. Tens que recitar três vezes: « 
Santo, Santo, Santo...». (As pessoas presentes recitam a 
oração). 
E – Em nome da Rosa Mística..., Akabor, diz o que 
a Santíssima Virgem te encarregou de dizer! 
A – Ela encarregou-me de dizer o que eu fui obri-gado 
a dizer e o que disse. Tudo o que revelei, foi contra a 
minha vontade (chora despeitado). 
E – Em nome..., disseste tudo? 
A – Sim! 
(1) Novamente aqui, se trata apenas de opinião 
dele, embora não minta se assim disser. Primeiro, os 
leigos podem sim, distribuir a Eucaristia, quando não há 
padres em número suficiente, para distribuir a comunhão 
para todos, num tempo sensato. A Igreja tem sim o poder 
de instituir ministros e ministras da Eucaristia. Enquanto 
existir Igreja na terra, ela terá este poder, de ligar e des-ligar. 
Pode ser até que o Céu não goste destas coisas, 
mas jamais pregaria contra elas abertamente, porque 
seria um Reino dividido contra si mesmo conforme disse 
Jesus. Uma coisa é alertar contra uma situação grave de 
desmando na Igreja, outra muito diferente é pregar contra 
a autoridade constituída. A primeira é obrigação de todos 
nós, a segunda é pecado grave. O desmando e o erro, só 
se corrigem através de um Concílio, a rebeldia, somente é 
sanada no confessionário. 
EXPULSÃO DE AKABOR 
E – Nós te ordenamos agora, Akabor, em nome da 
Santíssima Trindade, do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 
da Santíssima Virgem Maria, do Coração Imaculado de 
Maria, dos Santos Arcanjos, dos Coros Angélicos, que di-gas 
se nos revelastes tudo o que o Céu te tinha mandado 
dizer! Diz a verdade em nome do Preciosíssimo Sangue! 
A – Se ele tivesse sido também derramado por 
nós, teríamos sido homens. Mas nós não éramos homens. 
Se fossemos homens, não teríamos sido tão estúpidos. 
No fundo, ainda tendes mais sorte que nós... Isso não é 
possível...! 
E – Akabor, vai-te em nome (...)! O teu discurso 
acabou, a tua missão está cumprida. Grita o teu nome e 
volta para o inferno! 
A – Não sou obrigado a ir já. Ela ainda me permite 
um certo tempo. 
E – Tem que sair outro demônio contigo? 
A – Não! Eu, Akabor, tenho de ir primeiro, mas 
tendes que rezar ainda sete Ave-Marias em honra das 7 
Dores de Maria. É sob as suas ordens (aponta para o alto) 
que eu as vou dizer: 
– A primeira, pela sua dor na profecia de Simeão: 
«Uma espada de dor te trespassará o coração.» 
– Depois, a fuga para o Egito, considerando as lá-grimas 
e os tormentos que Ela então sofreu. 
– Perda do Menino Jesus no Templo: imaginemos 
a angústia que Ela padeceu, pois que Ele era o Filho de 
Deus. 
- Ela encontra Jesus no caminho do Calvário: a hu-milhação 
em que Ela viu o Seu Filho. 
– A horrível, a mais horrível dor: na Crucificação e
18 
morte na Cruz. Quanto Ela não padeceu: lágrimas, angús-tias, 
desânimo. 
– A descida da Cruz: Aquele Corpo horrivelmente 
desfigurado, que em conjunto levaram para o túmulo. Em 
que estado de espírito não terá Ela assistido a tudo isto. 
– Finalmente, a deposição no túmulo: A Sua Dor 
imensa, a sua tristeza. Ela sofreu horrivelmente. (Termina-das 
as orações, grita com uma voz cheia de ódio): 
A – Agora, três vezes: « Santo, Santo, Santo,...». (as 
pessoas presentes recitam-no). 
E – Em nome da Santíssima Trindade (...), em seu 
nome, deves agora voltar para sempre para o inferno, 
Akabor! 
A – (geme e grita com uma voz terrível): Sim...! 
E – Em nome (...) grita o teu nome e vai-te para o 
inferno! Vai-te em nome dos teus antigos companheiros, 
os Santos Tronos que servem a Deus. Tu nunca serviste 
a Deus! 
A – (gemendo): Eu bem queria servir a Deus, mas 
Lúcifer não o quis. 
E – Tens que te ir agora. Nós, Sacerdotes, te orde-namos 
em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho, 
e do Espírito Santo. Tens de te ir embora, em nome do 
Coração de Maria e em nome das Sete Dores de Maria. 
A – (grita como louco, cheio de desespero). 
E – Em nome (...) vai para o inferno! Grita o teu 
nome! 
A – A-KA-BOR (grita o nome chorando). A-KA. 
BOR!!E – Vai para o inferno e não voltes mais, nunca 
mais, em nome (...). 
AL – Agora, é Allida quem fala. 
E – Em nome da Santíssima Trindade, nós te orde-namos, 
que nos diga Allida, se Akabor partiu. 
AL – Ele cá já não está. Partiu. Lúcifer e a sua pan-dilha 
vieram buscá-lo 
Vejam, que impressionantes e terríveis revelações. 
Nenhum coração humano ficará de todo insensível diante 
de um terror destes. Também não poderá ficar desligado, 
depois de tantos erros que se cometem, de tantas vitórias 
do inferno, e de tanta insensatez do homem. É preciso, 
agora, mais do que nunca, centrar nosso esforço na ora-ção. 
A oração pode muito! A oração move o coração de 
Deus. A oração pode tudo, se for rezada por todos! 
Mas, é certo, infelizmente são poucos os que re-zam, 
e parecem ser a cada dia menos. E justo por isso 
teremos logo a explosão final desta batalha com as trevas. 
Eles estão sedentos de sangue e armados até os dentes. 
Eles ocupam a maioria dos pontos chave do mundo, e até 
da Igreja. Falta-lhes apenas expulsar João Paulo II. E o 
caos reinará no mundo. 
Rezemos o Rosário de Maria, verdadeiro terror dos 
demônios 
GRITOS DAS TREVAS 
Parte 3 
Continuamos então nosso roteiro de esclarecimen-to 
contra o poder das trevas. O segundo exorcismo, que 
apresentamos aqui, é certamente para mim um dos mais 
terríveis e pavorosos. Não só pelo teor das revelações, mas 
também por se tratar de uma alma que foi condenada, ou 
seja, alguém que viveu na terra, mais especificamente Ju-das 
Iscariotes, o traidor de Jesus. Antes, eu sequer imagi-nava 
que também as almas caídas assumissem tal condi-ção, 
mas vejo agora o quanto isso é importante, porque se 
trata de alguém que viveu na carne as nossas realidades. 
Pior, alguém que conviveu com o próprio Jesus, que não 
era apenas sacerdote, mas sim bispo. 
Realmente, é preciso ter uma certa fortaleza in-terior 
para conseguir ler estes textos, sem emocionar-se 
profundamente e sem chorar. Também sem sentir medo, 
pavor! Mas é preciso que se tenha forças, para isso, para 
rezarmos mais, e lutarmos, com todas as nossas forças 
pela nossa Igreja, e para que nenhuma alma caia nos 
abismos infernais. Sei que salvar a todos é impossível, 
mas bastaria uma só, que já valeria a pena. Bastaria que 
apenas um só padre ou bispo, lesse estes textos, que se 
desse conta do quanto o demônio é mau. Ai a gente teria 
mais um a alertar contra o poder das trevas. 
Antes de começar, seria até bom o leitor fazer uma 
oração ao Espírito Santo, e rezar o pequeno Exorcismo de 
São Miguel. Isso será de muita valia! 
EXORCISMO DE 14 DE AGOSTO DE 1975 
Contra: Judas Iscariotes (O Traidor: alma condena-da) 
J – Se eu a tivesse então escutado!(1) (aponta para 
cima). Ela estava perto de mim (geme com uma voz horrí-vel). 
Ela, lá de cima (aponta para cima), mas eu repeli-A. 
E – Continua, Judas, diz o que tens a dizer em nome 
da Santíssima Virgem! Diz a verdade e só a verdade! 
J – Eu sou o mais desesperado de todos (geme). 
(1) Judas inicia com um triste e pavoroso lamento, 
pelo fato de haver rejeitado os avisos e os conselhos de 
Nossa Senhora, que lhe tinha um carinho especial. Mas 
vejam a maldade dele: Justo porque Nossa senhora o tra-tava 
de forma especial, melhor que aos outros, ai mesmo 
é que ele a odiava. E a Jesus, ele de fato odiava, por achar 
que Jesus tinha todos os dons, e as qualidades de líder, 
capaz de ser aquele rei guerreiro que ele imaginava e so-nhava. 
Ele chegou a sugerir que Jesus tomasse a frente 
de um levante contra Roma, como era seu pensamento. 
Na verdade, ao que parece, o grande sonho de Judas era 
ser o tesoureiro do reino. Era ele quem carregava a bolsa 
das ofertas e pagava as despesas.
19 
DESCIDA DE JESUS AOS INFERNOS 
E – Judas, agora tens de ir-te! 
J – Não! (geme). É preciso que recitem todos os 
Mistérios Dolorosos e o Credo. (quando rezávamos) E des-ceu 
aos infernos, Judas exclamou: Ele desceu... lá abaixo, 
Ele foi! 
E – Cristo foi ao Limbo? Diz a verdade, em nome 
(...). 
J – Ele desceu até ao inferno e não apenas até ao 
Limbo, onde as almas esperavam. 
E – Por que é que Ele foi ao inferno? Diz a verdade, 
em nome (...). 
J – Para mostrar que também morreu por nós.* 
isso foi terrível para nós. Ele foi ao reino da morte, mas 
foi também ao inferno... realmente ao inferno. Foi preciso 
que Miguel e os Anjos nos encandeassem para impedir 
que nos precipitássemos sobre Ele (aponta para o alto e 
resmunga). 
Eu não gosto de falar nisto, nem sequer de o ouvir, 
fui culpado da traição a Cristo. É necessário que canteis: 
« Vejo-te Jesus, silencioso...» e: «Como me arrependo dos 
meus pecados.» estas duas estrofes e em seguida uma 
estrofe do cântico Stabat Mater: « A Mãe de Cristo, de pé, 
junto a Cruz.» (1) 
(As pessoas presentes entoam os cânticos). 
J – (Durante os cânticos, solta gritos horríveis de 
desespero): Se me tivesse arrependido! Se me tivesse 
arrependido! 
* Jesus morreu por todos os homens. É Judas, 
uma alma condenada, que está a falar e não um demônio, 
como no caso anterior de Akabor. 
(1) É preciso entender que é com extremo e furioso 
ódio que os demônios se obrigam a revelar estas coisas e 
também a mandar rezar – por ordem do céu - ou cantar 
algum canto de Maria. Creio que eles prefeririam estar 
naquele momento no seu lugar fundo do inferno a serem 
obrigados a fazer estas revelações. Isso nos mostra, tam-bém, 
o quanto o Céu é poderoso, e o quanto os demônios 
rastejam! 
LUTA CONTRA JUDAS. 
E – Judas Iscariotes, nós, Sacerdotes, ordenamos-te, 
em nome da Santíssima Trindade, que voltes para o 
inferno! 
J – Não..., não quero ir (geme). Estou muito bem 
nesta mulher. Em grande parte, ela é obrigada a participar 
do meu desespero. (...). Mas eu não quero. 
E – Sai Judas Iscariotes, em nome da Mãe de 
Deus! 
J – Ela (aponta para cima), ainda agora teria pie-dade 
de mim, se pudesse. Ela amou-me, ela amou-me! 
Sabeis o que isso significa? (geme angustiado). Eu sei que 
Ela me amou (murmura penosamente). 
E – Tu não quiseste, tu não lhe obedeceste. Ela 
queria salvar-te para a eternidade, para o Céu. Ela de-sejou 
o melhor para ti. Agora vai-te, em nome de Nossa 
Senhora de Fátima! 
J – Não! (Grita cheio de desespero). 
E – Judas Iscariotes, grita o teu nome e vai-te. Vai-te 
agora, para o inferno, em nome do Salvador Crucifi-cado, 
que tu traíste, em nome dos seus sofrimentos, em 
nome da sua Agonia no Jardim das Oliveiras. 
J – É preciso recitar três vezes: « Santo, Santo, 
Santo...». 
(As pessoas presentes recitam-no e cantam: Aben-çoa 
à Maria!) Enquanto isso, Judas grita com uma voz 
terrível: «Não!Não!» 
E – Nós te ordenamos em nome da Santíssima 
Trindade (...)! 
(Judas, pelas mãos da possessa, arranca a estola 
do Padre). 
J – Não! (com uma voz terrível). 
E – Em nome da Santa Padroeira desta mulher, vai-te 
agora, Judas Iscariotes! 
J – Tendes que pôr todas as relíquias «na mesa». 
Ninguém me obriga a ir-me tão facilmente! Eu sou o ... 
(solta um gemido terrível) Eu não quero ir-me embora, não 
quero! Deixai-me; deixai-me (horríveis uivos). 
Se eu a tivesse escutado! Isso não serve de nada 
(grunhe com uma voz cavernosa). 
A REALIDADE DO INFERNO 
J – Se eu não tivesse perdido a esperança! O in-ferno 
é horrível! Se eu não tivesse perdido a esperança! 
( solta gritos de desespero, que metem medo). Deixai-me 
ficar mais uns momentos nesta mulher! 
Não quero. Não. Não... (berra com uma voz cheia 
de ódio)..., mas eles chegarão em breve (refere-se aos 
espíritos infernais). (os seus gritos prolongados como-vem): 
Não, não!... (geme com voz terrível e emite sons 
de desespero). 
Mas eu não quero, não quero! (berra horrivelmen-te). 
(Com voz arrastada e lastimosa): Não! (O seu grito 
é horrível e desesperado). Não, não! Eles também não me 
querem no inferno. (De repente, Judas grita com deses-pero): 
Lúcifer socorro! (os Sacerdotes recitam um novo 
exorcismo e duas ladainhas). 
J - Ó espíritos infernais ajudai-me! Ajudai-me para 
que eu não seja obrigado a ir-me embora! Despacha-te, 
Akabor! Ajuda-me ... Oh, oh, despachai-vos! (geme quei-xoso). 
Lúcifer, tu é que me mandaste, tens portanto que 
me ajudar! (grita desesperado): 
Eles vêm... vão chegar em breve... Sabeis como os 
temo, sabeis? (refere-se a lúcifer e aos seus ajudantes). 
(Nesta altura os Sacerdotes recitam três vezes: 
«Santo, Santo, Santo...» e o Glória ao Pai. Neste momento, 
Judas, pela boca da possessa, fala com voz de homem). 
J – Não! Oh, oh (geme)... Se nós a pudéssemos
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Anneliese michel exorcismo

  • 1. 1 OS EXORCISMOS DE ANNELIESE MICHEL E OUTROS EXORCISMOS. * * * * A VERDADEIRA EMILY ROSE Anneliese Michel (Leiblfing, 21 de setembro de 1952 — Klingenberg am Main, 1 de julho de 1976) foi uma jovem alemã de família católica que acreditava ter sido possuída por uma legião de demônios, tendo sido submetida a uma intensa série de sessões de exorcismo pelos padres Ernest Alt e Arnold Renz em 1975 e 1976. As graves conseqüências atribuídas ao rito de exor-cismo sobre a jovem motivaram a abertura de um processo criminal pelos promotores de justiça locais contra os pais de Anneliese e os padres exorcistas, causando uma grande polêmica em toda a Europa e dividindo a opinião pública mundial. O Caso Klingenberg, como passou a ser conhecido pelo grande público, deu origem a vários estudos e pesqui-sas, tanto de natureza teológica quanto científica, e serviu como inspiração para os filmes O Exorcismo de Emily Rose, dirigido pelo cineasta estadunidense/norte-americano Scott Derrickson, e Requiem, dirigido pelo polêmico cineasta ale-mão Hans-Christian Schmid. Anneliese Michel nasceu em Leiblfing, no estado fe-deral alemão da Baviera, mas foi criada com as suas três irmãs no pequeno município de Klingenberg am Main. Seus pais, Anna e Josef Michel, muito religiosos, lhe deram uma educação profundamente católica. O pai de Anneliese man-tinha a família trabalhando em uma serraria. Em 1968, com apenas dezesseis anos, Anneliese começou a apresentar sintomas e comportamentos que foram diagnosticados a princípio como epilepsia aliada a um quadro aparente de esquizofrenia, após vários exames na Clínica Psiquiátrica de Würzburg. Durante a noite, o corpo de Anneliese subitamente se tornava rígido, sentindo um enorme peso sobre o peito, além de uma total incapacidade de falar. Anneliese foi então enviada para o internamento no Hospital Psiquiátrico de Mittleberg, onde ela permaneceu em tratamento intensivo durante um período de aproxi-madamente um ano. Quando finalmente recebeu alta, foi ainda capaz de completar os seus estudos secundários e matricular-se na Universidade de Würzburg, onde iniciou os seus estudos em pedagogia. Entretanto, durante todo esse tempo, Anneliese afir-mava continuar escutar vozes ameaçadoras que diziam que ela “queimaria no Inferno” e ter visões assustadoras que ela mesma atribuiu a uma possessão demoníaca. Sem que os médicos encontrassem uma cura definitiva e sem uma explicação satisfatória para os sofrimentos da jovem, os seus pais começaram a cogitar que sua filha, de fato, estava possuída por alguma força sobrenatural maligna. Anneliese agora tinha visões de faces demoníacas durante as suas preces diárias, enquanto aumentava a sua intole-rância a lugares e objetos sagrados e mergulhava cada vez mais em crises depressivas. Durante todo esse período de tempo e até perto do final das sessões de exorcismo, Anneliese foi medicada com poderosos psicotrópicos. No início com Aolept (periciazina), que evita as convulsões por meio de sua ação direta no sistema nervoso, e depois com Tegretol (carbamazepina). A medicação se revelou ineficaz em deter as convulsões e fazer desaparecer as visões e vozes, que se tornaram mais e mais freqüentes para a jovem Anneliese. No verão de 1973, os pais de Anneliese foram até a paróquia local solicitando aos religiosos que submetessem a sua filha ao ritual de exorcismo. A princípio, o pedido foi negado, uma vez que a doutrina da Igreja Católica com res-peito a essas práticas é muito restrita. Segundo a Igreja, dentre outras coisas, os possuídos devem ser capazes de falar línguas que nunca tenham estudado, manifestar pode-res sobrenaturais e mostrar grande aversão aos símbolos religiosos cristãos. Algum tempo depois, o padre Ernst Alt, considerado um perito no assunto, conclui que Anneliese já reunia as condições suficientes para a realização do exorcismo, de acordo com os procedimentos prescritos no Rituale Roma-num. Por essa época, Anneliese já tinha assumido um comportamento cada vez mais irascível. Ela insultava, espancava e mordia os outros membros da família, além de dormir sempre no chão e se alimentar com moscas e aranhas, chegando a beber da própria urina. Anneliese po-dia ser ouvida gritando por horas em sua casa, enquanto quebrava crucifixos, destruía imagens de Jesus Cristo e lançava rosários para longe de si. Ela também cometia atos de auto-mutilação, tirava suas roupas e urinava pela casa com freqüência. Em 1974, após acompanhar de perto o comporta-mento de Anneliese, o padre Ernest Alt finalmente decidiu solicitar permissão ao Bispo de Würzburg para realizar o exorcismo e a permissão foi concedida. Após efetuar uma exata verificação da possessão (Infestatio) em setembro de 1975, o Bispo de Würzburg, Josef Stangl, autorizou os padres Ernest Alt e Arnold Renz a realizarem os rituais do Grande Exorcismo, cuja base é o Rituale Romanum, que ainda era, à época, uma lei canônica válida desde o século XVII. No rito do exorcismo o padre deve portar um cru-cifixo e uma Bíblia, para poder utilizar as palavras ditas por Jesus Cristo com precisão. Deve fazer o sinal da cruz, abençoar a pessoa possuída e aspergir sobre ela água ben-ta. O padre então ordena com fé e firmeza que o demônio deixe o corpo do possesso e ora pedindo pela salvação da vítima em nome de Jesus Cristo. As orações denunciam a ação maléfica de Satanás e rogam pela misericórdia de Deus. Normalmente, os padres levam o possesso para uma
  • 2. 2 igreja ou capela, onde podem realizar o rito reservada-mente, apenas com a presença dos familiares. As sessões de exorcismo não têm um prazo de duração específico, podendo se estender durante horas, dias ou meses. No caso de Anneliese, as 67 sessões de exorcismo que se seguiram, numa freqüência de uma ou duas por semana, se prolongaram inicialmente por cerca de nove meses, durante os quais ela muitas vezes tinha que ser segura por até três homens ou, em algumas ocasiões, acorrentada. Ela também lesionou seriamente os joelhos em virtude das genuflexões compulsivas que realizava durante o exorcismo, aproximadamente quatrocentas em cada sessão. Nas sessões, que foram documentadas em qua-renta fitas de áudio para preservar os detalhes, Anneliese manifestou estar possuída por, pelo menos, seis demônios diferentes, que se autodenominavam Lúcifer, Caim, Judas, Nero, Hitler e Fleischmann, um padre caído em desgraça no século XVI. Todavia, o Rituale Romanum, assim como o tra-tamento com psicotrópicos, também não surtiu o efeito desejado. Durante o período em que esteve submetida ao exorcismo, onde continuava tomando os medicamentos, Anneliese relatou um sonho, onde teria se encontrado com a Virgem Maria, e que ela lhe teria proposto duas escolhas para a sua condição: ou ser liberada logo do jugo dos demônios ou continuar o seu martírio para que todos soubessem que o mundo espiritual e ação dos demônios no mundo existem de fato. Anneliese teria escolhido a se-gunda opção. Segundo entendimento do ensaísta Elbson do Car-mo, em seu artigo [1], no Universo Católico: Anneliese optou pelo martírio voluntário, alegando que seu exemplo enquanto possessa serviria de aviso a toda a humanidade de que o demônio existe e que nos ronda a todos, e que trabalhar pela própria salvação deve ser uma meta sempre presente. Ela afirmava que muitas pessoas diziam que Deus está morto, que haviam perdido a fé, então ela, com seu exemplo, lhes mostraria que o demônio age, e independe da fé das pessoas para isso. Em 1 de julho de 1976, no dia em que Anneliese teria predito sua liberação, morreu enquanto dormia. À meia-noite, segundo o que afirmou, os demônios final-mente a deixaram e ela parou de ter convulsões. Annelie-se foi dormir exausta, mas em paz, e nunca mais acordou, falecendo aos 23 anos de idade. A autópsia considerou o seu estado avançado de desnutrição e desidratação como a causa de sua morte por falência múltipla dos órgãos. Nesse dia o seu corpo pesava pouco mais de trinta qui-los. Logo após o falecimento de Anneliese, os padres Ernest Alt e Arnold Renz fizeram o comunicado do óbito às autoridades locais que, imediatamente, abriram inquérito e procederam às investigações preliminares. Os promotores públicos responsabilizaram os dois padres e os pais de Anneliese de homicídio causado por negligência médica. O bispo Josef Stangl, embora tivesse dado a autorização para o exorcismo, não foi indiciado pela promotoria em virtude de sua idade avançada e seu estado de saúde debilitado, vindo a falecer em 1979. Jo-sef Stangl foi quem consagrou o padre Joseph Ratzinger como bispo, que no futuro se tornaria o Papa Bento XVI. O julgamento do processo, que passou a ser de-nominado como o Caso Klingenberg (em alemão: Fall Klingenberg), iniciou-se em 30 de março de 1978 e des-pertou grande interesse da opinião pública alemã. Perante o tribunal, os médicos afirmaram que a jovem não estava possuída, muito embora o Dr. Richard Roth, ao qual foi solicitado auxílio médico pelo padre Ernest Alt, teria feito a afirmação à época que não havia medicação eficaz contra a ação de forças demoníacas (cfe. fonte original: “there is no injection against the devil”). Os médicos psiquiatras, que prestaram depoimen-to, afirmaram que os padres tinham incorrido inadverti-damente em “indução doutrinária” em razão dos ritos, o que havia reforçado o estado psicótico da jovem, e que, se ela tivesse sido encaminhada ao hospital e forçada a se alimentar, o seu falecimento não teria ocorrido. A defesa judicial dos padres foi feita por advogados contratados pela Igreja. A defesa dos pais de Anneliese argumentou que o exorcismo tinha sido ato lícito e que a Constituição Alemã protege os seus cidadãos no exercício irrestrito de suas crenças religiosas. A defesa também recorreu ao conteúdo das fitas gravadas durante as sessões de exorcismo, que foram apresentadas ao tribunal de justiça, onde, por diversas ve-zes, as vozes e os diálogos — muitas vezes perturbadores — dos supostos demônios eram perfeitamente audíveis. Em uma das fitas é possível discernir vozes mas-culinas de dois supostos demônios discutindo entre si qual deles teria de deixar primeiro o corpo de Anneliese. Ambos os padres demonstraram profunda convicção de que ela estava verdadeiramente possessa e que teria sido finalmente libertada pelo exorcismo, um pouco antes da sua morte. Ao fim do processo, os pais de Anneliese e os dois padres foram considerados culpados de negligência mé-dica e foi determinada uma sentença de seis meses com liberdade condicional sob fiança. Antes do início do processo, os pais de Anneliese solicitaram às autoridades locais uma permissão para exumar os restos mortais de sua filha. Eles fizeram esta solicitação em virtude de terem recebido uma mensagem de uma freira carmelita do distrito de Allgaeu, no sudoeste da Baviera. A freira relatou aos pais da jovem que teria tido uma visão na qual o corpo de Anneliese ainda estaria intacto ou incorrupto e que esta seria a prova definitiva do caráter sobrenatural dos fatos ocorridos. O motivo oficial que foi dado às autoridades foi o de que Annieliese tinha sido sepultada às pressas em um sarcófago precário. Os relatórios oficiais, entretanto, divulgaram a
  • 3. 3 informação que o corpo já estava em avançado estado de decomposição. As fotos que foram tiradas durante a exumação jamais foram divulgadas. Várias pessoas che-garam a especular que os exumadores moveram o corpo de Anneliese do antigo sarcófago para o novo, feito de carvalho, segurando-o pelas mãos e pernas, o que seria um indício de que o corpo não estaria na realidade muito decomposto. Os pais e os padres exorcistas foram desen-corajados a ver os restos mortais de Anneliese. O padre Arnold Renz mais tarde afirmou que teria sido inclusive advertido a não entrar no mortuário. O LEGADO DE ANNELIESE MICHEL Em 1999, na cidade do Vaticano, o Cardeal Jorge Medina Estevez apresentou aos jornalistas a nova versão do Rituale Romanum, que vinha sendo usado pela Igre-ja Católica desde 1614. A nova versão, escrita em latim em 84 páginas com encadernação de couro carmim, veio depois de mais de dez anos de estudos e é denominada De exorcismis et supplicationibus quibusdam (em portu-guês: “De todos os gêneros de exorcismos e súplicas”). O Cardeal Estevez afirmou, durante a divulgação do rito reformado, que “a existência do demônio não é um ponto de vista, algo no qual se possa decidir acreditar ou não”. O Papa João Paulo II aprovou o novo rito de exorcismo que agora é adotado em todo o mundo católico. Segundo o Cardeal Jacques Martin, ex-adminis-trador da Casa Pontifícia, em seu livro My Six Popes, o próprio Papa João Paulo II teria realizado um exorcismo em 1982, expulsando um demônio de uma mulher italiana que lhe fora trazida contorcendo-se, gritando e lançando-se ao chão. O Papa João Paulo II teria ministrado ainda dois outros exorcismos durante o seu pontificado[3]. Nos dias atuais, o túmulo de Anneliese Michel em Klingenberg am Main tornou-se um local de peregrinação para os cristãos que a consideram uma devota que expe-rimentou extremos sacrifícios em um martírio voluntário para possibilitar a salvação espiritual de muitos. Fonte: wikipédia ESTE É O CASO QUE ORIGINOU O FILME “O EXORCISMO DE EMILY ROSE” Os padres Ernest Alt e Arnold Renz tinham uma dolorosa e necessária missão a cumprir. Talvez a simples fé no Cristo não fosse suficiente para levar a cabo a em-preitada. Os padres sabiam muito bem que teriam de ser fortes. E extremamente corajosos. Doravante, era o inimi-go do Altíssimo que teriam de enfrentar e combater. Anneliese Michel tinha visões assustadoras de fa-ces demoníacas enquanto, ajoelhada, dedicava uma prece ao Senhor. Vozes invadiam os seus ouvidos com promes-sas terríveis: a jovem, distante de qualquer possibilidade de Salvação em Crsisto, queimaria eternamente no Infer-no. Crises de depressões sucediam-se, já que Anneliese, embora profundamente católica, via crescer em si uma insuportável intolerância a locais e objetos sagrados. O que era uma simples conjectura tornou-se, para os pais daquela jovem de apenas vinte e três anos, uma
  • 4. 4 convicção inabalável: a filha estava possuída por forças sobrenaturais malignas. Foto de Anneliese Michel antes da possessão Anneliese nascera em 1952, na Baviera, recanto alemão de arraigada tradição católica. Por volta dos de-zesseis anos, desencadeou-se em Anneliese uma tor-rente de sintomas que, ao menos na aparência, sugeriam problemas mentais. A Clínica Psiquiátrica de Würzburg chegou a um diagnóstico: Anneliese padecia de epilep-sia associada à esquizofrenia. Inciou-se um tratamento intensivo, que durou um ano. Supostamente recuperada, Anneliese completou o segundo grau. Posteriormente, in-gressou na Universidade de Würzburg, iniciando o curso de Pedagogia. Mas os estudos foram interrompidos. As vozes e visões demoníacas se tornaram cada vez mais constantes e opressoras. Anneliese assumira um comportamento agressivo. Consta que a moça “insultava, espancava e mordia os outros membros da família, além de dormir sempre no chão e se alimentar com moscas e aranhas, chegando a beber da própria urina. Anneliese podia ser ouvida gritando por horas em sua casa, enquanto quebra-va crucifixos, destruía imagens de Jesus Cristo e lançava rosários para longe de si. Ela também cometia atos de auto-mutilação, tirava suas roupas e urinava pela casa com freqüência” (1). Anneliese, subjulgada pelas forças malígnas Frustrado o tratamento psiquiátrico, os pais de An-neliese buscaram o auxílio da Igreja. O padre Ernest Alt acompanhou o caso. Em 1974, ele chegou à conclusão de que havia indícios veementes de possessão demoníaca, o que requereria a realização de exorcismo. Mas somente em setembro do ano seguinte o bispo de Wüzburg au-torizou o ritual, conforme os procedimentos previstos no Rituale Romano. Ao longo de 67 seções, que se prolongaram por longos nove meses, realizadas uma ou duas vezes por se-mana, os padres Ernest e Arnold pelejaram contra entida-des que assumiam a identidade de Lúcifer, Caim, Judas, Nero, Adolf Hitler e Fleischmann, um bruxo do século XVI. Durante as sessões, Anneliese, muitas vezes, “tinha que ser segurada por até três homens ou, em algumas oca-siões, acorrentada” (2). Argumenta-se que ela “lesionou seriamente os joelhos em virtude das genuflexões com-pulsivas que realizava durante o exorcismo, aproximada-mente quatrocentas em cada sessão” (3). Anneliese teria relatado um sonho místico no qual dialogara com a Virgem Maria. A mãe de Jesus teria pro-posto, à jovem, a seguinte escolha: liberar-se, em pro-veito próprio, do terrível jugo demoníaco, ou continuar imersa no dolososo martírio, mas em nome da fé cristã. A segunda alternativa seduziu a jovem estudante: ela seria um público exemplo de que os demônios existem e de que exercem os seus nefandos poderes no plano terres-tre. Argumenta-se que “Anneliese optou pelo martírio voluntário, alegando que seu exemplo enquanto possessa serviria de aviso a toda a humanidade de que o demônio existe e que nos ronda a todos, e que trabalhar pela pró-pria salvação deve ser uma meta sempre presente. Ela afirmava que muitas pessoas diziam que Deus está mor-to, que haviam perdido a fé, então ela, com seu exemplo, lhes mostraria que o demônio age, e independe da fé das pessoas para isso. (4)” Anneliese predissera quando se daria a sua liber-tação: 1 de julho de 1976. Consta que, à meia-noite, os demônios finamente abandonaram o corpo da estudante, deixando-a em paz e livre das convulsões impingidas du-
  • 5. 5 rante tantos anos. Exausta, Anneliese adormeceu. E teve, em seqüência, uma morte tranqüila. Era o fim de um in-suportável suplício. “A autópsia considerou o seu estado avançado de desnutrição e desidratação como a causa de sua morte por falência múltipla dos órgãos. Nesse dia o seu corpo pesava pouco mais de trinta quilos. (5)” Segundo Elbson do Carmo, após a morte de Anne-liese, “seus pais foram indiciados por homicídio culposo e omissão de socorro, e os dois padres exorcistas Ernst Alt e Arnold Renz sofreram as mesmas acusações. Os dois padres foram condenados a seis meses de prisão.” (6) Registra o mesmo autor que esse fato “chocou a opinião pública alemã, gerando uma enorme polêmica em toda a Europa, que incluiu a Igreja, os meios acadêmicos e a justiça em torno da mesma discussão” (7). A história de Anneliese deu origem a dois filmes, “Requien” – produ-ção alemã – e “O Exorcismo de Emily Rose” – produção norte-americana dirigida por Scott Derrickson. Anneliese Michel é, certamente, um dos mais bem documentados casos de distúrbios de comportamento ao qual se atribui a ação opressora e letal de forças malignas incidente sobre a frágil psique humana. E, a considerar o incontestável rigor que antecede a qualquer autorização da Igreja Católica para a prática do Rituale Romano, não se pode pôr em dúvida a materialidade do excêntrico e destrutivo calvário, ou as implicações mís-ticas que acompanharam o longo sofrimento da estudan-te de Wüzburg. Mas se, de fato, possessão houve, isto compõe uma insondável silhueta que, por se situar no campo metafísico, escapa a qualquer possibilidade de juízo conclusivo. NOTAS: (1) a (5) http://www.geocities.com/apostolvs/AVI-SO. htm . (6) e (7) Carmo, Elbson do. “O Exorcismo de Emily Rose – Crítica do Filme” disponível em http://www.uni-versocatolico. com.br/index.php?option=com_content&ta sk=view&id=13039&Itemid=8 O EXORCISMO DE EMILY ROSE (THE EXOR-CISM OF EMILY ROSE)- O FILME Elenco: Laura Linney, Tom Wilkinson, Shohreh Aghdashloo, Campbell Scott, Jennifer Carpenter, Joshua Close, Colm Feore. Direção: Scott Derrickson Gênero: Drama Distri-buidora: Columbia Pictures Estréia: 02 de Dezembro de 2005 Sinopse: “O Exorcismo de Emily Rose”, inspirado em história real, conta o drama vivido por uma jovem de 19 anos possuída pelo demônio em um dos raros casos do tipo reconhecido oficialmente pela Igreja. No filme, a protagonista Laura Linney interpreta o papel de uma ad-vogada que defende um padre (Tom Wilkinson) acusado por uma sessão de exorcismo realizada em uma adoles-cente chamada Emily Rose que, segundo ele, havia sido possuída pelo demônio. Curiosidades: » Baseado na história real de Anneliese Michel, jovem germânica que sofreu as mesmas consequências que a personagem do filme, nos anos 70. O EXORCISMO DE EMILY ROSE COMENTÁRIO DO FILME POR ELBSON DO CARMO 12 DEZ 2005 Se há uma única paixão que cultivo neste mundo, essa paixão é o cinema. E já que segundo Bernard Shaw “tolos e sábios nivelam-se quando o assunto é a paixão”, posso cultivar essa sem qualquer culpa. O filme “O Exorcismo de Emily Rose” (2005 - Sony Pictures), lançado desde setembro de 2005 nos EUA e Eu-ropa, mas apenas recentemente lançado no Brasil vem atraindo a atenção do grande público e lotado salas de cinema em todo país. O filme relata a história de uma jo-vem que se acreditava possuída pelo demônio. Mais uma vez o tema é um sucesso de bilheteria, o que revela que o público sente-se especialmente atraído pelo assunto, mesmo quando o tema já teve seu formato desgastado pelas péssimas seqüências de ícones do gênero como “O Exorcista” e “Terror em Amityville”, o primeiro, por sinal, baseado num exorcismo real em um garoto de 14 anos, ocorrido na década de 40, num subúrbio de Washington nos EUA. “O Exorcista” foi até hoje o único filme de terror a ser indicado a um Oscar de melhor filme, se é que o gênero terror se aplique a ele. Ao invés de repetir a fórmula desastrada das se-qüências dos filmes citados - seqüências essas cheias de efeitos especiais baratos, estórias desconexas e sustos bobos – “O Exorcismo de Emily Rose” procura ater-se a uma realidade muito mais factível e esse é talvez seu grande mérito. O filme é um típico romance de tribunal, com advogados hora heróis hora vilões, um juiz carrancu-do, reviravoltas, discursos heróicos e tudo mais desse gê-nero que está para os americanos como as novelas estão para os brasileiros. O filme baseia-se numa história real, entretanto, reflete apenas uma pequena parte dos fatos
  • 6. 6 que inspiraram o roteiro. Os nomes foram modificados, o lugar dos acontecimentos e seus desdobramentos, mas o essencial da questão permaneceu inalterado com toda a sua controvérsia, só que auxiliada por outros elementos que a tornam mais emblemática. Entre eles, a contraposi-ção entre ciência e fé. A verdadeira protagonista da história chamava-se Anneliese Michel, uma jovem alemã de família católica, que desde os 15 anos começou a manifestar mais for-temente sintomas e comportamentos que mais tarde se-riam atribuídos a uma possessão demoníaca, mas que os médicos diagnosticaram como epilepsia aliada a um qua-dro aparente de esquizofrenia. A jovem, na época, passou por uma série de exames e deu início a um tratamento médico longo e penoso, que não surtindo efeitos, foi subs-tituído, a pedido da própria Anneliese e de seus pais, por acompanhamento religioso. A jovem dizia ver demônios e ter seu corpo subjugado por eles, além de escutar vozes assustadoras. Em 1976 a diocese local, já provida das evidências de que a jovem não sofria de uma doença mental, autori-zou o exorcismo observando o contido no Direito Canôni-co, [ cf. Cic, can. 1172]. Os 67 exorcismos realizados ao longo de 9 meses fracassaram, e a jovem, por motivação própria, resolveu não mais ser exorcizada, atribuindo essa decisão a uma aparição da Virgem Maria, que lhe teria oferecido a libertação, mas que a deixaria livre à opção do martírio se assim desejasse. Anneliese optou pelo martírio voluntário, alegando que seu exemplo enquanto possessa serviria de aviso a toda a humanidade de que o demônio existe e que nos ronda a todos, e que trabalhar pela pró-pria salvação deve ser uma meta sempre presente. Ela afirmava que muitas pessoas diziam que Deus está mor-to, que haviam perdido a fé, então ela, com seu exemplo, lhes mostraria que o demônio age, e independe da fé das pessoas para isso. Na história real, após a morte de Anneliese em 01/07/1976, aos 23 anos (por inanição e falência múlti-pla dos órgãos - o jovem morreu pesando pouco mais de 30kg), seus pais foram indiciados por homicídio culposo e omissão de socorro, e os dois padres exorcistas Ernst Alt e Arnold Renz sofreram as mesmas acusações. Os dois padres foram condenados a seis meses de prisão, mas a sentença foi dada como cumprida tendo em conta que já haviam passado três anos presos aguardando julgamento. Um fato como esse diante da implacável justiça alemã é na prática uma declaração de inocência. Esse fato chocou a opinião pública alemã, gerando uma enorme polêmica em toda a Europa, que incluiu a Igreja, os meios acadêmi-cos e a justiça em torno da mesma discussão. Não demo-rou até que o túmulo de Anneliese Michel se tornasse um local de peregrinação, e assim o é até hoje. Diante da pressão dos meios de comunicação, que acusavam a Igreja de práticas medievais em pleno século XX, das dúvidas que cercaram todo o processo, além da enorme polêmica, a conferência episcopal alemã refor-mou a decisão da diocese de Klingenberg, que autorizou o exorcismo, e declarou que Anneliese Michel jamais fora uma possessa. Essa decisão foi recebida como uma ati-tude de autopreservação por parte da Igreja local, e só fez aumentar a polêmica em torno do fato. Antes da filmagem de “O Exorcismo de Emily Rose”, outro filme já havia contado a história de Anneliese Michel: “Réquiem”, produzido e falado em alemão, muito mais fiel à verdade dos fatos, mas que ficou circunscrito apenas àquela parte do mundo. “O Exorcismo de Emily Rose”, como qualquer pro-dução americana, cerca a estória central com elementos alegóricos acessórios que lhe dêem sustentação e prenda a atenção do espectador, coisa que o filme faz com maes-tria. Mas independentemente da distância dos fatos reais, “O Exorcismo de Emily Rose” não violenta ou invalida o tema central de trama, apenas a reescreve sob outras luzes. O filme, muito embora possa frustrar aqueles que esperam um espetáculo aterrorizante, típico de filmes “B” para adolescentes, tem o mérito de fazer uma análise bem estruturada da questão ao confrontar as noções mo-dernas a respeito da existência do demônio sob várias óti-cas, principalmente a ótica médico-psiquiátrica, a parap-sicologia, e o aspecto moral, ético e religioso da questão. Todos os elementos do filme conduzem a uma reflexão final surpreendente, e ao mesmo tempo perturbadora. Por fim, o filme tem um elenco de primeira, com Laura Linney e o excelente ator britânico Tom Wilkinson. Muito embora haja cenas fortes, perto de “O Exorcista”, “O Exorcismo de Emily Rose” chega a ser um filme leve. O filme consegue ser vitorioso em fazer com que o especta-dor pense por um momento, reflita nem que seja por um átimo acerca dessa realidade sobrenatural que é a exis-tência e a ação do demônio, o que torna o filme bastante franco em sua mensagem, e até mesmo surpreendente em se tratando de cinema americano, que muitas vezes consegue ser acéfalo. Minha recomendação é que você assista ao filme. Não esqueça a pipoca, será bom ter algo à mão que aju-de a relaxar. Será uma ótima oportunidade para pensar a questão e tomar algumas resoluções. O filme termina com uma imagem que sugere a esperança após o reencontro com a fé. Mas quanto a ação do demônio, o filme deixa nítido ainda que a realidade é bem pior, e a verdade ainda mais crua, mas ainda assim, será a verdade. Bastará sair do cinema e abrir um jornal para ver o quanto as verdades que o filme encerra podem estar próximas de todos nós.
  • 7. 7 EXORCISMOS GRITOS DAS TREVAS - Parte 1 Nesta seqüência de doze trabalhos, trago aos leito-res, em tópicos, o resumo de um livro muito especial para mim. Se eu disser aos leitores, que aprendi mais com este livro, do que com a maioria de todos os outros que já li na vida, o leitor poderá ficar chocado, quando souber do que se trata. Avisos do Além é um livro relatando sete exor-cismos realizados por uma equipe de sacerdotes, com a autorização da Igreja, respeitadas as normas e as fórmu-las consagradas. Como o livro é muito difícil até de ser encontrado, porque o inferno faz de tudo para que as pes-soas não tomem conhecimento dele, resolvemos trazê-lo a público, até porque não se encontra restrição à sua di-vulgação nele impresso. Ademais, como faremos apenas colagens, manteremos o original, apenas resumido. Entre os motivos que nos levam a publicar estes textos, alguns poderemos destacar. O primeiro deles é trazer ao público não somente o grito das trevas em sim, mas um grito contra as trevas, que rapidamente es-palham no mundo suas heresias. Assim, as pessoas de boa fé poderão estar preparadas, para o terrível momento em que trevas completas caírem sobre este mundo mau que criamos. O segundo motivo, é levar a todos aqueles incautos, em especial aos nossos irmãos separados, um aviso singular, para que não brinquem de exorcismo, por-que seus atos servem apenas para brincar com os demô-nios. Eles não receberam este poder de Deus, porque não usam a estola – não receberam o Sacramento da Ordem. Ademais, aqui na terra, é em geral, somente diante do Santíssimo Sacramento, da Eucaristia, é que os demônios capitulam. E isso eles não têm! O resto é blefe! O exorcismo é algo de muito sério, e somente aos padres ordenados, munidos de estola, fonte de poder por força de Deus, ou a aqueles aos quais Deus der este po-der – e disso estão fora todos os pastores – é que efeti-vamente podem expulsar aos demônios em definitivo. E isso a custa de muita oração, e somente – porque Deus quer assim – pela invocação da Virgem Maria, o terror dos demônios. Por isso, todos os evangélicos estão fora disso, seus exorcismos são embustes. Jamais aconteceu um verdadeiro exorcismo entre eles, e quando toparam com um caso realmente verídico, sério, ele sempre isso acabou parando nas mãos de um sacerdote católico. Para se ter uma idéia, um padre exorcista revelou que, dos 400 casos que lhe foram apresentados, apenas 10 eram verdadeiros. Os outros eram apenas ilusão de pessoas, manipuladas pelo maligno, mas não possessas. São estes que os evangélicos usam, a fim de iludir aos incautos, querendo fazer crer que têm poder. Por fim, serve para que ninguém tente, nem mesmo os católicos que se acham preparados, enfrentar as trevas sozinho, num exorcismo, sem uma proteção especial, sem uma autorização da Igreja, e sem a presença de um sacerdote exorcista. O demônio facilmente os derrotará a todos, sem exceção! Nesta primeira parte, apresentamos os prepara-tivos, exatamente como está nos originais, para que as pessoas se cientifiquem de que se trata de coisa muito séria, que foi tratada pelos sacerdotes exorcistas, com ex-tremo cuidado. O que aconteceu de extraordinário neste caso, foi que, ao serem expulsos os quatro espíritos maus, em sete sessões, eles foram obrigados por Nossa Senhora a falar a verdade sobre tudo que acontece, especialmente na Igreja, fazendo revelações que estarrecerão ao leitor. O fato, essencial hoje, é que passados 28 anos daqueles trabalhos tudo está acontecendo milimetricamente con-forme as revelações previram, de modo que, NEGAR tal evidência, é atirar na cabeça da própria estupidez. Estas manobras, o leitor perceberá, procedem dos adversários de Deus, encastelados dentro da própria Igreja. Eles com-batem tenazmente a todos os que lutam contra o diabo. Sabemos que certos setores da Igreja são tremen-damente contrários à esta revelação, em especial aqueles que são atingidos diretamente pelas farpas que os demô-nios lançam, ao revelarem suas más atitudes, mas isso não nos assusta. Também aqueles que trabalham para satanás, não querem que isso venha a público, por isso a grande dificuldade de encontrar o livro, pois nenhum edi-tor se anima a imprimi-lo. Importa então esclarecer. Im-porta alertar contra o inferno, e isso o faremos até quando força tivermos. Outras explicações daremos no início de cada texto. Peço aos leitores paciência, até que consiga-mos colocar todos os textos no ar, porque também aqui o amaldiçoado trabalha contra. Vamos ao livro! DEPOSITO LEGAL Nº 12425/88 DIFUSÃO CATÓLICA CONFISSÕES DO INFERNO AO MUNDO CONTEMPORÂNEO RELATO TEXTUAL DE SETE EXORCISMOS GUARDA 1 9 8 7 A REALIDADE DO MALIGNO (Nota à edição portuguesa) Este livro que agora se publica, doze anos depois dos acontecimentos, é um grito de alarme aos suficien-tes que tudo explicam por causas naturais. Revela uma realidade hedionda, um mundo em permanente trabalho de destruição, que quer aprisionar as almas nas trevas e conseguir a sua condenação. Esses agentes do reino negro em expansão, falam do que estão a fazer, do que
  • 8. 8 fizeram e do que planejam Tudo se passa no tempo do Papa Paulo VI, um ho-mem de dores, e muito do que se diz refere-se àquela circunstância. No entanto, por cima disso, desfila um ho-rizonte de destruição e negrura, uma aposta de demolição e uma raiva sem fim contra a humanidade e o Criador. O livro não perdeu atualidade: antes a ganhou, dado o sen-timento do mundo que proclama abertamente a morte de Deus e do diabo. Na realidade, nem o Criador se apagou, nem a má criatura desapareceu: antes trabalha para a perdição da Igreja e dos homens, com uma inteligência e uma eficácia inquietantes. Os documentos, no princípio e no fim desta obra, servem para mostrar que não se trata de uma história fa-bricada por alucinados na Suíça. É uma história real, veri-ficável, inquietante, misteriosa, que nos lembra as terríveis palavras de Nossa Senhora de Fátima: «Vão muitas almas para o inferno, porque não têm quem reze por elas.» Esse sítio existe e desse poço infernal espalha-se um mal que invade as mentes, as instituições e a Terra. Leiamos com atenção e, como diz São Paulo referindo-se aos carismas, retenhamos o que é útil, o que é bom, o que é salvífico e nos pode ajudar na nossa vida de todos os dias. Não nos fixemos nos pormenores, nas pequenas coisas; consideremos antes as grandes linhas e o sofri-mento desta alma. Sofrimento real, terrível, medonho. Pensemos no nosso próprio sofrimento, tantas vezes exa-gerado para inglês ver. E se tivéssemos uma coisa assim? Elevemos o nosso espírito a Deus, numa oração profunda e verdadeira, peçamos por todos, invoquemos o Espírito Santo, e ... assim, com esta disposição, de entendimento aberto, comecemos a leitura. Nota: Os textos destes Exorcismos, bem como os múltiplos comentários, foram publicados em alemão pela editora Martanisches Schriftanwerk (Trimbach-Suíça), a cargo do Dr. Buonaventur Meyer, e depois vertidos em francês e publicados pela Associação Tout Restaurer dans le Chrisi, dirigida pelo Dr. Jean Marty, já falecido. A edição portuguesa, mais simplificada e reduzida ao essencial, foi autorizada pela casa Editora Suíça. A ela e ao seu diretor os nossos agradecimentos PREFÁCIO A MINHA EXPERIÊNCIA (Testemunho do editor Buonaventur Meyer) A par do grande número de casos de possessão, que chegaram até nós pela Sagrada Escritura, são muitos os textos literários que através dos séculos dão testemu-nho de tais fatos. O holandês W. C. Van Dam, na sua obra modelar Demônios e Possessos (Pahloch Editora, 1970) cita mais de duzentos livros diferentes, que dão testemu-nho desta realidade. No ano de 1947 tomei conhecimento de um caso de possessão e pude verificar como da mesma pessoa se emitiam vozes estranhas e como a aspersão com água benta provocava uma imediata reação de repulsa. Em 1975 assisti a um exorcismo de sete pessoas possessas, numa Igreja em Itália. Presenciei as reações dos pobres possessos durante o exorcismo. Além disso, vi o seu comportamento durante a recepção dos Sacra-mentos, a sua oposição e, finalmente, a sua capitulação perante o Santíssimo Sacramento. As pessoas assim ator-mentadas tinham vindo, por sua livre vontade, para serem exorcizadas por um Padre piedoso, «porque procuravam um alívio, que ninguém mais lhes poderia dar», como elas próprias me confiaram. Uma das possessas, que fora dos exorcismos se comporta como qualquer outra pessoa, mostrou-me ci-catrizes nos seus braços, e explicou-me que durante 25 anos consultara médicos e professores de Medicina, mas ninguém tinha conseguido aliviá-la, a não ser aquele Pa-dre, homem Santo, que na Igreja recitara um exorcismo. Esse Padre, homem piedoso e de alma fervorosa, proibiu-me de revelar o seu nome, dado que o Episcopado, por causa do ataque da imprensa atualmente generalizado em quase todo o mundo, não autoriza o Grande Exorcismo com que se expulsam os demônios e, além disso, impõe ao exorcista o maior silêncio para que nada seja tornado público. Apesar da Bíblia referir cerca de 70 vezes o inferno e mais vezes ainda o demônio, encontramos na Igreja atu-al Bispos competentes, professores de Teologia toleran-tes, que negam a existência pessoal do demônio, e com ela, a existência do inferno e também a existência de todo o mundo Angélico. SOBRE A POSSESSA A propósito da possessa que este livro refere, chegou-se há pouco, mais uma vez, à conclusão de que no caso desta mulher e mãe, se trata de uma alma repa-radora, que desde os 14 anos é atormentada por pavoro-sos estados de angústias e períodos de insônia total. Foi tratada pelos métodos mais modernos da Medicina e da Psiquiatria durante as suas oito permanências em clíni-cas. Quando, depois do mais rigoroso tratamento, lhe de-ram alta, considerando-a como um caso inexplicável, um exorcista conhecido comprovou casualmente a possessão de um modo inequívoco. Após um exorcismo, que contou com a colaboração de vários Sacerdotes, realizado num lugar de Aparições da Virgem (Fontanelli – Montichiari, em Itália), tanto os demônios (anjos caídos) como almas da-nadas, (pessoas condenadas) foram obrigados, por ordem da Santíssima Virgem, a fazer importantes revelações di-rigidas à Igreja atual. Tendo convidado vários Bispos e representantes da Psiquiatria e Medicina para assistirem a um exorcismo, realizado em 26 de abril de 1978, dia da Festa de Nos-sa Senhora do Bom Conselho, estiveram em minha casa,
  • 9. 9 para a realização do exorcismo, seis Sacerdotes e tam-bém o psiquiatra francês Dr. M. G. Mouret, diretor clínico do hospital psiquiátrico de Limoux (França) possuidor de grande experiência em tais fenômenos. Depois do exorcismo de três horas, com muitas revelações saídas da boca da possessa antes e após o exorcismo, o Dr. Mouret deixou por escrito o seu testemu-nho, afirmando que no caso presente não se tratava nem de esquizofrenia, nem de histeria, mas sim do controle da pessoa por uma força exterior, que a Igreja Católica apelida – possessão. Esta mulher, possessa e mãe de quatro filhos e é continuamente atormentada até ao limite das suas for-ças. Apesar disso, procura cumprir o melhor possível os seus deveres familiares. O fardo monstruoso, os tormen-tos causados pelos demônios que lhe perturbam o sono noturno, as continuas revelações feitas pelos espíritos, significam um martírio permanente. O seu único alívio vem daqueles Sacerdotes que, contrariando as tendên-cias atuais, se compadecem do seu estado, lhe ministram os Sacramentos e recitam o Exorcismo. * * * Mas já em 25 de abril de 1977, por disposição da Divina Providencia, tinha visitado a possessa e assistido a um exorcismo, acompanhado pelo prelado Professor Dr. Georg Siegmund, de Fulda. Como docente, formara ge-rações de Sacerdotes e como também teólogo, filósofo e biólogo, publicara já um grande número de trabalhos científicos, de tal modo que o físico de renome mundial, o cristão evangélico Pascal Jordan, o qualificou como um dos filósofos e teólogos mais importantes da atualidade. Sem tomar posição relativamente ao conteúdo das revelações demoníacas, o Prof. Siegmund atesta no epílogo: «Relativamente à pessoa, estou convencido de que não se trata, nem de uma histérica, nem de uma psicopata ou de uma doente psíquica, o que aliás já foi também confirmado por médicos especialistas. Os seus fenômenos de possessão, como eu próprio pude obser-var, dão a impressão de se tratar de possessão autêntica. Ela e também a sua família sofrem, pois que a autoridade competente, impede uma verdadeira assistência espiritu-al, por receios, aliás, compreensíveis, numa época em que reina a negação do espiritual.» No seu testemunho, o Prof. Siegmund refere-se ao número sempre crescente de pessoas, mesmo nas es-colas superiores de Teologia, que negam a existência de satanás e dos Anjos. Á esta atitude segue-se a destroni-zação do Altíssimo. A VIDA POSSESSA Embora a senhora em causa, devido ao seu estado de saúde e à grande distância e isolamento da sua aldeia natal só tivesse freqüentado a escola primária, possui inteligência acima da média, compreensão rápida e boa memória. Da sua biografia, que ela própria escreveu à máquina, extraímos as seguintes passagens (por motivos compreensíveis omitimos nomes e lugares e, por ques-tões de espaço, abreviamos as descrições). « Os meus pais viviam numa pequena quinta. O lu-gar é muito isolado. Nasci na Suíça alemã, em 1937, no Domingo do Santo Escapulário, dia em que a admissão das crianças na Congregação do Escapulário era solene-mente festejada. Fui batizada na terça-feira seguinte. Diz a minha mãe que eu, em bebê, chorava imenso e dormia excepcionalmente pouco. Pensavam, no entanto, que isso era devido a problemas intestinais, mas nunca foi possível fundamentar essas conjecturas dum modo satisfatório. Na primavera de 1944, comecei a freqüentar a es-cola. Era uma criança tímida e muito calma. Aprendia com facilidade. A leitura, a escrita e as contas, não apresenta-vam qualquer dificuldade para mim. O meu lugar preferido era à beira do ribeiro, na erva e junto das flores. Muitas vezes juntava-me com outras crianças e gostávamos de agitar as pernas dentro da água. As nossas conversas eram iguais às de qual-quer criança desta idade. Também falávamos, às vezes, de assuntos de caráter religioso, do Céu, do inferno, do Purgatório. Fiz a primeira Comunhão em 1946. Levei esse ato muito a sério e preparei-me o melhor que pude. Dum modo geral, posso dizer que o tempo escolar passou sem incidentes dignos de nota. Desde muito nova acompanha-va os meus pais ao campo, onde procurava ser útil. Os meus irmãozinhos exigiam muito tempo e trabalho. Depois da minha primeira Comunhão passei a ir quase diariamente à Missa e à Sagrada Comunhão. Tinha, então, a sensação, quando lia o meu Missal negligente-mente ou rezava menos, de que as graças eram menos abundantes. Aos treze anos, tive que agüentar ataques mais ou menos duros de outras crianças. Cochichavam que eu era uma “beata” e que queria ir para freira. Senti-me profundamente envergonhada, mas, referindo-se ao fato, a minha avó disse-me: «Ora, não dês ouvidos às ou-tras crianças. Elas não sabem o que dizem. O que importa, é que Deus esteja contente contigo. Gostava muito de ir à Igreja e, quando na Missa solene, o coro entoava cânticos, os altares estavam or-nados de flores e o cheiro do incenso se espalhava, tinha a impressão de que todos se encontravam muito próximo do Céu. A NOITE CAI Algum tempo depois da morte da minha avó, em 1951, tive de enfrentar um período de duras provas. Apoderaram-se, bruscamente, da minha alma, angústias e escrúpulos que jamais experimentara anteriormente. O sofrimento prolongou-se de modo inquietante. Eu já não era a mesma! É claro que os meus princípios e a
  • 10. 10 minha atitude para com Deus se mantinham na mesma, mas todo o meu universo mental se pôs a vacilar e eu fui tomada de uma confusão profunda. Sentia uma enorme apatia e, interiormente, uma total falta de interesse. A doença e os sofrimentos atingiram uma intensidade tal, que às vezes me sentia despedaçada. Os pensamentos iam e vinham. Fosse qual fosse o assunto das minhas reflexões, jamais encontrava uma luz. E o pior é que não conseguia libertar-me desses pensamentos. Era como se tudo esti-vesse gasto e apagado. Uma ocasião, eu penso que no dia de Todos os Santos, em 1952, (tinha, portanto quinze anos), no meio de grande perturbação, disse à minha mãe: “Mãe, sinto-me num estado de grande atordoamento”. Ela disse-me algumas palavras de confiança e acrescentou que tudo havia de voltar ao normal. Só era preciso que eu o quisesse verdadeiramen-te e procurasse a alegria perdida. Mas aí é que estava a dificuldade: não consegui encontrá-la, embora a tivesse procurado com todas as minhas forças. E, quanto à von-tade, o que não teria feito e dado, para readquirir a minha antiga liberdade! Mas isso não estava nas minhas mãos. As minhas angústias aumentavam e eu já nem sequer conseguia dormir sozinha no meu quarto. O meu pai mu-dou de quarto e, assim, pude ir para junto da minha mãe. Embora ela estivesse junto de mim, o medo e a angústia estrangulavam-me a garganta. As pancadas do meu coração ressoavam até o pes-coço. Sentia-me assaltada de um terror imenso que me impedia até de falar. A angústia e o terror penetravam-me a tal ponto que uma hora parecia-me quase uma eter-nidade! Independentemente disto, tinha a consciência de que Deus queria que eu aceitasse estes sofrimentos pela salvação das almas. Esforcei-me por aceitar tudo. Nesta noite, também aconteceu algo de extraordinário, que me impelia a aceitar este sofrimento. (Quando digo aceitar, gostaria quase de acentuar que isto aconteceu na noite em que dei o sim). ACEITAR A VONTADE DE DEUS Era o começo da insônia total e, o mais simples era aceitar a vontade de Deus. Mais tarde compreendi que me envolvia e revolvia nesta cruel obscuridade, sem en-contrar uma saída. Este tormento era o meu quinhão, dia e noite, e ninguém podia ajudar-me. A minha madrinha acompanhou-me ao médico, que ficava muito distante. Ele disse que eu tinha apanhado uma inflamação nos rins e na bexiga, e que isso atacara o sistema nervoso. Recei-tou- me medicamentos, mas continuei a piorar e algum tempo depois, o médico mandou-me para o hospital. Deste modo, esta pobre criança foi submetida, des-de os catorze anos, ao mais duro dos martírios. Passou os anos seguintes ajudando nos trabalhos domésticos, sen-do essa atividade apenas interrompida pelos tratamentos médicos e por curtas estadias no hospital. Como se esses sofrimentos não bastassem, teve que mandar arrancar os dentes porque um médico pensou que eles eram a causa dos seus sofrimentos. Isto, porém, não levou a nenhuma mudança no seu estado; foi apenas, para a pobre, um so-frimento suplementar. A Divina Providência deu-lhe então um homem sem fortuna, mas honesto. Casou com ele em 1962, em-bora a princípio a família a tivesse dissuadido de o fazer. Esta mulher e mãe, na casa dos quarenta anos, deu à luz quatro encantadoras crianças. Durante a gravidez e os partos não experimentou quaisquer melhoras nos seus inexplicáveis sofrimentos. Pelo contrário. Mais enfraque-cida que nunca, ela foi levada para clínicas e casas de repouso, mas por fim os especialistas de uma clínica de grande nomeada, mandaram-na para casa, como uma pessoa mentalmente sã, mas considerando-a um caso inexplicável. Injeções, eletrochoques e outros tratamentos, ocasionaram-lhe maiores e insuportáveis sofrimentos, interrompidos apenas por fugidios raios de luz. Por volta de 1972, (então com 35 anos), registrou ligeiras melhoras. Ela escreveu a este propósito: « Descobriu-se, por acaso, que sofria duma falta total de fósforo. Tomei umas cápsulas e, de fato regis-traram- se melhoras, no meu estado geral. Até que ponto era fósforo, até que ponto era a vontade de Deus que me dava finalmente alívio? Não sei! Consegui dormir, se é que se pode chamar dormir a um mero passar pelo sono ou, quando tudo ia pelo melhor, dormitar. Os estados de an-gústia eram cada vez mais raros, sentia de novo vontade de rir e podia já fazer normalmente os meus trabalhos caseiros. O meu marido andava radiante, mas não havia ninguém que se sentisse mais aliviado do que eu. Podia ter novamente dois filhos comigo, o que me dava uma enorme alegria. Louvei e glorifiquei o Senhor por ter sido finalmente liberta, mas nem por isso deixei de compre-ender que o sofrimento, por maior e mais esmagador que seja, pode ser sempre uma graça. Por isso, pensava muitas vezes que Ele sabia a razão de me ter conduzido através desta noite. EXORCISMOS E REVELAÇÕES Em 1974, sobreveio uma grave recaída. « A minha irmã levou-me à casa de um bom homem que já tinha prestado ajuda à muitas pessoas. Na sua presença, senti bruscamente uma sacudidela no braço, sem que eu o ti-vesse movimentado. O homem disse de repente: ‘Penso que a senhora está possessa.’ Em seguida, fui ter com um Sacerdote, que se mostrou muito séptico, mas que apesar disso, fez um exorcismo. Então, ele declarou-me que to-dos os sinais indicavam que se tratava de possessão. » Finalmente, depois de difíceis exorcismos e de muitas orações, um exorcista experimentado conseguiu romper a barreira. Depois de vários exorcismos, os de-
  • 11. 11 mônios e as almas condenadas, com certos intervalos, foram-se revelando. Conseguiu-se mesmo uma libertação temporária, mas todos os demônios voltaram. Pediu-se a um Bispo para dar autorização a um exorcismo oficial e para tomar a responsabilidade. No dia 8 de Dezembro de 1975, cinco exorcistas obtiveram autorização para o Grande Exorcismo. Segui-ram- se outros, de caráter mais limitado, em que estive-ram presentes no máximo, três Padres. As revelações feitas no decurso destes exorcismos pelos demônios, sob as ordens da Santíssima Virgem, são as que se encontram na presente obra. SITUAÇÃO PRESENTE Os pais confirmaram, em algumas frases escassas e sucintas, certas datas da vida da sua filha. Tanto eles como ela ignoram até 1974 a origem dos seus indizíveis sofrimentos. Tudo tentaram, quer através da Medicina, quer da Psiquiatria, para que a filha pudesse ter alívio e curar-se. Tudo em vão. Restou-lhes unicamente o cami-nho da oração. O que mais impressiona na casa paterna é a simplicidade e o horror a qualquer idéia de maravilhoso e espetacular. A origem dos sofrimentos da filha é para eles inexplicável e se entregam confiantemente à oração, numa submissão total à vontade de Deus. Os numerosos documentos, como cartas, registros gravados e fotogra-fias tiradas durante os exorcismos, estão à disposição da Igreja, para uma investigação canônica. A Divina Providência nem sequer permitia que os seus amigos ou vizinhos se interessassem pelo que esta-va a passar. A sua possessão só se manifesta na sua vida interior e, embora seja cruelmente atormentada durante noites inteiras, pode durante o dia desempenhar as suas tarefas domésticas. Desde 1975 que não freqüenta a Igreja é horrivel-mente assediada pelos demônios, em diversas partes da Santa Missa, à benção ou quando se encontra em contac-to com relíquias ou objetos benzidos. Sempre que possí-vel, é semanalmente visitada por um Sacerdote que lhe ministra os Sacramentos. OS PLANOS DE DEUS Os sofrimentos expiatórios que esta mulher aceita com tanta generosidade, a miséria interior que suporta e o total abandono em que vive, particularmente nos dias que se seguem aos exorcismos, em união com os sofri-mentos de Cristo, com a sua agonia e abandono, decerto muito contribuirão para a salvação das almas. A grande preocupação desta alma reparadora é a de não entravar, por sua culpa, as revelações feitas ao nosso tempo, pelos demônios, sob as ordens da Rainha do Céu e da Terra, e não permitir assim que, por negligência e descuido, mui-tas almas, que poderiam salvar-se, sejam condenadas para sempre. Pedimos a todos os leitores destas linhas uma oração muito especial por intenção desta alma tão sacri-ficada. TESTEMUNHOS TESTEMUNHO DO REV.º PADRE RENZ * Devido ao empenhamento de um irmão espiritual da companhia de Jesus, o Padre Rodewyk SJ, acedi a um convite para me deslocar à Suíça onde, juntamente com outros Padres, fiz cinco exorcismos, seguindo o método de S.S. Leão XIII, de 10 de Junho à 13 de Julho de 1997, à possessa. De acordo com a minha experiência nestes assun-tos estou convencido de que, no presente caso, se trata de possessão e que as revelações feitas pelos demônios resultam do comando e da coação evidente de um poder superior. Isso não impede que os demônios resistam con-tinuamente à essa imposição. O calvário extremamente doloroso da possessa, desde há vinte e quatro anos, a sua aceitação dos sofrimentos enviados por Deus, as muitas orações de um grande número de pessoas e o conteúdo das revelações feitas, são garantias de que elas são que-ridas por Deus e por Maria, Mãe da Igreja. Naturalmente que todas as comunicações sobre a verdadeira doutrina da Igreja e a sua situação atual, têm que ser examinadas. A oposição levantada contra as reve-lações presentes denuncia a vontade destruidora dos de-mônios. O conteúdo do livro tem como objetivo uma sólida renovação da Igreja. Aliás, não é a primeira vez que Deus e a Santíssima Virgem se manifestam à Igreja através dos demônios, como o prova a conhecida obra Sermões do demônio, de Niklaus Wolf von Rippertschwand (13 de Ju-nho de 1977). * O Padre Arnold Renz, SDS, nasceu em 1911 e foi ordenado Sacerdote em Passau, em 1938, como membro da Ordem dos Salvatorianos. De 1938 até 1953 trabalhou como missionário em Fuklen (China). De 1954 a 1963 foi pároco e director espiritual de várias paróquias e insti-tutos religiosos. A partir de 1965 a até 1976 foi pároco em Rueck-Schippach St. Pius (em Spessart, Diocese de Wurzburg). O Bispo Stangl, de Wurzburg, encarregou-o do caso de possessão de Anneliese Michel, em Klingenberg. Em seguida, voltou para a paróquia. TESTEMUNHO DE DENKINGER, JOVEM TEÓLOGO Testemunho de um jovem teólogo, que analisou directamente o texto do livro, antes da impressão defi-nitiva. « Depois duma leitura crítica da presente obra, de-
  • 12. 12 pois de ouvir algumas das gravações, depois de uma visi-ta à mulher em questão, só me resta declarar o seguinte: - Estou absolutamente convencido da autenticidade Divi-na das revelações aqui publicadas. Eu e a minha teologia moderna temos de nos render perante uma humildade tão grande, como a que se ressalta dos textos. » Johannes Denknger (Teólogo diplomado, Olten) ALGUMAS OBSERVAÇÕES E ESCLARECIMENTOS Os demônios são forçados pelo Céu a falar, con-tra vontade, sobre a Igreja e a sua situação actual, de tal modo que as suas declarações contrariam o seu reino e favorecem o Reino de Cristo. No seu ódio, os espíritos infernais evitam, na maior parte das vezes, pronunciar o nome de Maria, da Bem-Aventurada, da Virgem ou de Mãe de Deus. Referem-se à Virgem Santíssima como : «Ela lá em cima.» Também não dizem: «Maria assim o quer», mas, «Ela quere-o», «Ela força-nos», «Ela manda dizer.» Do mesmo modo rodeiam, de diversas maneiras, o nome de Jesus e da Santíssima Trindade. Muitas vezes sublinham as suas palavras com um gesto do dedo da possessa, apontando para cima ou para baixo. Quando os demônios exigem orações, por exemplo, quando dizem que é necessário recitar uma oração, ou orações, antes de falarem, é claro que este pedido não re-sulta de um desejo do inferno, mas do Céu, que o exprime por intermédio dos demônios. Durante as revelações feitas por sua boca, a possessa foi violentamente atormentada por dificuldade em respirar, convulsões, perturbações car-díacas e crises de sufocação. Daí o carácter muitas vezes irregular das frases. Como estes exorcismos contrariavam o inferno, os demônios recusaram-se muitas vezes em continuar a falar. Além disso, punham objeções diversas, rosnavam, gritavam, troçavam e cinqüenta por cento des-tes apartes foram omitido por questões de brevidade e simplificação, mas, no conjunto, a luta foi muito mais dura e prolongada do que o leitor poderá imaginar. É preciso ter isto bem presente para não cometer o erro de pensar que estas graves revelações foram obtidas facilmente. ÁTRIO - OS EXORCISTAS Os Sacerdotes, cujos nomes se seguem, declaram que, baseando-se no seu conhecimento pessoal do caso de possessão, estão absolutamente convencidos da au-tenticidade das revelações feitas pelos demônios, sob a ordem da Santíssima Virgem. Padre Albert d’Arx, Niederbuchsiten Padre Arnold Egli, Ramiswil Padre Ernest Fischer, Missionário, Gossau Padre Pius Gervasi, OSB, Disentis Padre Karl Holdener, retirado, Ried Padre Gregor Meyer, Trimbach Padre Robert Rindere CPPS, Aww Padre Louis Veillard, retirado, Cesneux-Péquignot Os Sacerdotes são todos de nacionalidade Suíça, exceto o Padre Fischer, que é alemão. Todos participaram nos exorcismos, salvo o Padre Gregor Meyer, que durante algum tempo foi o diretor espiritual da senhora atacada e que a conhece, muito bem. Dois outros Padres, de nacio-nalidade francesa, participaram também nos exorcismos. NOTE BEM: Apesar do testemunho dos Sacerdotes envolvidos e de outros peritos, desejamos declarar, de acordo com o decreto do Papa Urbano VIII, que a este do-cumento só se pode dar uma fé humana. Submetemos a totalidade do texto ao juízo supremo da Santa Igreja. Mas nós acrescentamos: Eles deveriam ser mui-to idiotas ou masoquistas a ponto de envolverem seus nomes em uma revelação tão terrível, mal sabendo que seriam tão perseguidos como de fato o foram e continuam sendo ainda hoje. Nos dois artigos finais desta série, pas-saremos alguns comentários e uma entrevista na íntegra com o Padre Amorth, talvez o mais célebre exorcista em atividade. Esta entrevista não consta do livro, mas tem relação íntima com ele. Assim, temos a base das revelações que virão a seguir. Estas coisas são importantes, para que o leitor se familiarize com o tema, e não tenha medo de seguir adiante. Tudo foi feito pela nossa Igreja Católica, dentro das regras da Igreja Católica, de modos que não há o que temer. Sempre digo a mesma coisa para a questão do medo: Quem tem a alma limpa, quem tem a consciência absolutamente tranqüila, não teme, pois Deus está com Ele. Esperamos que todos possam aprender, nos deta-lhes das revelações, tanto quanto eu. Para mim, foi uma verdadeira escola de vida. Sobre este livro eu chorei, e destas revelações do além, adquiri ainda uma força maior para seguir avante na minha missão. Até o último traba-lho desta série, o leitor terá lido 95 páginas de muitas revelações. Que a Santíssima Trindade nos ajude neste traba-lho. Nas mãos de Jesus e Maria Arnaldo GRITOS DAS TREVAS Parte 2 Em toda a minha vida, sempre tive muito pavor do inferno. Já desde pequenino, de um modo especial da parte de minha querida vovó materna, Gertrudes, ouvi muitos alertas contra as trevas, e disso eu guardei um
  • 13. 13 enorme receio. Depois, como já falei em outro artigo, a cada meio ano, mais ou menos, eu tinha um pavoroso pesadelo com os demônios, que me fazia tremer por ho-ras seguidas. Disso resultou hoje, não um medo – porque estou nas mãos da divina Providência e isto me basta – mas um respeito e um conhecimento de causa, que me fez tornar em adversário encarniçado das trevas. Porque, estando nas mãos deste nosso Deus, tão poderoso e bom, nada temo, e por isso vou continuar alertando, contra o inferno e contra os demônios, a todos aqueles que assim o desejarem. Afinal ele é nosso único grande inimigo, ao qual devemos temer, pois é justo aquele que, além de nos matar no corpo, pode também nos roubar a alma, confor-me disse Jesus. O trabalho a que agora sigo, exige que o leitor tenha paciência de me acompanhar por mais dez textos além deste, com o mesmo título, porque não posso colocar tudo em um trabalho só. Ontem à noite, quando eu procurava um texto específico, entre as centenas de arqui-vos que já tenho, topei com o livro dos Sete Exorcismos, denominado Avisos do Além, e bruscamente entrei nele. Não consigo me lembrar que alguma vez tivesse recebido isso via internet, somente em xerox, que já consultei. E à medida que mergulhava naquela leitura, percebi o quão rica fonte de alerta ela ainda continua sendo, para que se possa mostrar ao leitor o estado interno da Igreja – em especial – e também da humanidade, que hoje mergulha à alta velocidade rumo aos braços do maligno. E daí me surgiu a idéia de preparar a matéria em textos mais cur-tos, facilitando a leitura e dando dinâmica ao texto. Como vou fazer cortes e colagens, vou me ater o quanto possível apenas ao original. Digo antes, que o livro destas revelações, já teve em si muitos cortes para facilitar a leitura, por causa dos uivos, berros, gemidos, imprecações e maldições que os espíritos infernais emitiam, ao serem exorcizados. Mas nós vamos retirar ainda mais coisas, para que permane-ça apenas o cerne das revelações. É que, pela força da Santíssima Trindade, pela força do Império de Rainha, de Nossa Senhora, esta Mãe carinhosa, sempre tão preocu-pada com nossa salvação, obrigou os demônios, contra a sua vontade, mesmo em grande desespero de ódio, a te-rem que falar a verdade, sobre suas ações, sobre os seus projetos, sobre suas conquistas, exatamente para alertar os homens sobre seu poder. E assim, usando as mais diferentes potestades do céu, por ordem da Virgem Maria, o padre ia conjurando os maus espíritos a falarem a verdade, sempre e somente a verdade, para desespero do inferno, que não quer ver es-tas coisas reveladas. Até mesmo este livro, para chegar ao prelo, levou mais de 15 anos, tamanha a luta do maldito para que tais coisas não viessem a público. E hoje, ainda, é enorme a pressão que o inferno exerce, especialmente sobre os sacerdotes, para que eles não coloquem os olhos nestes escritos. Pessoalmente, por uma certeza íntima e forte de meu coração, considero-os da mais alta confiabi-lidade, tanto que me exponho a fazer esta divulgação sem medo. Com certeza servirá para que mais gente se ponha a rezar, porque o estado interior da Igreja, é de verdadeira podridão, pelo que se verá. Mais algumas considerações, antes de entrar no tema: Sempre os demônios evitam o nome de Maria e por isso, usando o dedo da possessa, apontam para cima e dizem (Aquela lá de cima), ou a chamam de A Gran-de Senhora. Quando se referem ao Céu, apontam para cima. Quando se referem ao inferno, apontam para baixo. Tudo isso permanecerá no texto, saindo fora apenas as incitações e as invocações do exorcista. Também cortarei alguns pequenos textos que são menos esclarecedores ou que causarão dúvida. Enfim, eu poderia até tentar resumir cada tópico, com a minha linguagem, mas creio que assim ficará melhor, porque se eu explicasse, seria a palavra apenas de quem imagina, mas a dos demônios, é a palavra de quem sabe, que, além disso, é bem mais inteligente. Vamos a eles: 1º EXORCISMO DE 14 DE AGOSTO DE 1975 Contra: Akabor, demônio do Coro dos Tronos (Iden-tificado pela letra - A) Allida, demônio do Coro dos Arcanjos (Identificado pelas letras - AL) Nota: Em todos os exorcismos, os preparativos eram intensos e compreendiam orações especiais do ri-tual Romano, consagrações, Salmos prescritos, o Rosário, Ladainhas, Exorcismos, etc... Os Sacerdotes exorcizam demônios previamente identificados. Exorcista (E) – Demônio Akabor, nós, Sacerdotes, representantes de Cristo, ordenamos-te, em nome da Santa Cruz, do Preciosíssimo Sangue, das Cincos Chagas, das catorze estações da Via Sacra, da Santíssima Virgem Maria, da Imaculada Conceição, de Lurdes, de Nossa Se-nhora do Rosário de Fátima, de Nossa Senhora do Monte Carmelo, de Nossa Senhora da Grande Vitória de Wigratz-bal, das Sete Dores de Maria, de São Miguel Arcanjo, dos nove Coros Angélicos, do Anjo da Guarda desta mulher, de São José terror dos espíritos malignos; dos Santos Padro-eiros desta mulher, de todos os Santos Anjos de Guarda e Anjos dos Sacerdotes, de todos os Santos do Céu, espe-cialmente de todos os Santos Exorcistas, do Santo Cura d’Ars, de São Bento, dos servos e servas de Deus, Padre Pio, Teresa de Konnersreuth, Catarina Emmerich, de todas as Almas do Purgatório, e em nome do Papa Paulo VI, – ordenamos-te, então, Akabor, como Sacerdotes de Deus, em nome de todos os Santos que acabamos de invocar, em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, volta para o inferno. O INFERNO É HORRÍVEL A – Tenho ainda que falar... E – Diz a verdade e só a verdade, em nome da Santíssima Trindade, da Santíssima Virgem Maria da Ima-
  • 14. 14 culada Conceição(...). A – Sim, em seu nome, e em nome dos Tronos de onde venho, tenho ainda que falar. Eu estava nos Tronos. Eu, Akabor, tenho que dizer (respira ofegantemente e grita com uma voz horrível) como o inferno é horrível. É muito mais horrível do que se pensa. A Justiça de Deus é terrí-vel; terrível é a Justiça de Deus! (grita e geme). (...) O inferno é bem pior do que à primeira vista e superficialmente poderíeis pensar; a justiça... mas é pre-ciso muita confiança, é preciso rezar muito, é necessária a confissão, tudo é necessário. Não se deve condescen-der facilmente com os modernismos. O Papa é que diz a verdade. A JUVENTUDE É ENGANADA A – Os lobos estão agora... (...). Os lobos estão ago-ra no meio de vós, mesmo no meio dos bons. (...). Como já disse, tomam a forma de Bispos e Cardeais. (...). Digo isto bem contra a minha vontade. Tudo o que digo é contra a minha vontade. Mesmo a juventude... a juventude é en-ganada. Pensa que poderá com algumas... Com algumas obras caritativas alcançar o Céu (1), mas não pode, não! Nunca! Os jovens devem, – embora me custe muito tenho que dizer... (1) Infelizmente, em especial no Brasil e na América Latina, não são só os jovens pensam que com algumas caridades apenas, ganham o céu. Também bispos e car-deais pensam a mesma coisa. Enquanto as almas morrem por falta do conhecimento e da instrução, sobre as coisas mais elementares da sua fé, eles organizam filas de ces-tas básicas, quando não, mandam pegar em foices e fa-cões para os exigir a força. Que esperem então a hora da retribuição e da cobrança. Se não se converterem, podem desde já aprender a gritar. COMUNHÃO NA BOCA A – Devem receber convenientemente os sacra-mentos... fazer uma confissão verdadeira e não apenas participar nas cerimônias penitenciais e na Comunhão. A Comunhão, o celebrante deve dizer três vezes “Senhor eu não sou digno”, e não uma vez só. Devem receber a Comunhão na boca, e não na mão. Nós trabalhamos durante muito tempo, lá em baixo (aponta para baixo) até conseguirmos que a Comunhão na mão fosse posta em prática. A comunhão na mão é muito boa para nós, no inferno; acreditai! Ela (aponta para cima) quer que eu diga...(...) Ela quer que eu diga... que se Ela, a grande Se-nhora, ainda tivesse, recebida a Comunhão na boca, mas de joelhos, e haveria de se inclinar profundamente assim (mostra como procederia a Santíssima Virgem). Tenho que dizer que não se deve receber a Comu-nhão na mão. O próprio Papa, dá a Comunhão na boca. Não é da sua vontade que se dê a Comunhão na mão. Isso vem dos seus Cardeais. Deles passou aos Bispos, e depois os Bispos pen-saram que era matéria de obediência, que deviam obe-decer aos Cardeais. Daí, a idéia passou aos Sacerdotes e também eles pensaram que tinham de se submeter, porque a obediência se escreve com maiúsculas. Não se é obrigado a obedecer nos maus. É ao Papa, a Jesus Cristo e à Santíssima Virgem, que é preciso obe-decer. A Comunhão na mão não é de modo algum querida por Deus. * Sobre a comunhão na boca, exatamente por causa destas revelações, perguntamos à Nossa Senhora, através do Cláudio e ela disse: Esta é apenas uma opinião dele, Akabor, mas não é a opinião de Jesus, nem a minha. Ela explicou, porém, que Akabor não mentia, porque ele, de fato, achava que fosse assim. Entretanto, se a norma canônica assim o permite, certamente que nem Akabor tem algo a dizer, quanto nem o Céu irá pregar contra uma norma válida. Na verdade, a Eucaristia é mais forte que uma simples norma, ou fórmula, que pertence a Igreja e a mais ninguém. O que importa é apenas o coração, para o qual ela é administrada. Quem não está em estado de graça para receber Jesus, mesmo que o receba de joelhos sangrando estará a cometer um sacrilégio. E para estes, lembro que escolher filas, evitar ministras, tudo isso é fal-ta grave. É julgamento! (Aarão) O CULTO À SANTÍSSIMA VIRGEM. A – Os jovens devem habituar-se a fazer peregrina-ções. Devem voltar-se, cada vez mais, para a Santíssima Virgem; não devem bani-La. Devem... devem reconhecer a Santíssima Virgem e não viver segundo o espírito dos inovadores. Não devem aceitar absolutamente nada deles (grita cheio de fúria). Eles é que são lobos. A esses, já os temos, já os temos bem seguros. Os jovens, atualmente, crêem que realizam coisas maravilhosas quando fazem algumas obras caritativas e se reúnem uns com os outros. Mas isso não é muito. É até fácil, quando simpatizam uns com os outros, mas só isso não é nada. É preciso que os jovens façam sacrifícios, que adquiram espírito de renúncia, é preciso que rezem. Devem freqüentar os Sacramentos, devem freqüentá-los ao menos uma vez por mês*. Mas a oração e o sofrimen-to são também importantes. Antes de tudo isto eu tenho ainda que dizer... * Lembramos que a participação na Santa Missa é semanal, e não mensal. O que aqui ele quis dizer, é que a maioria dos jovens, nem mais uma vez por mais vai à Missa. Ou seja, já seria um pouco bom, se fossem pelo menos esta uma vez por mês. IMITAÇÃO DE CRISTO A – ...antes disto tenho que dizer que o mundo de hoje, mesmo o mundo católico, esqueceu por completo
  • 15. 15 esta verdade: é preciso sofrer pelos outros. Caiu no esque-cimento que todos vós formais o Corpo Místico de Cristo e que deveis, todos, sofrer uns pelos outros (chora como um miserável e geme como um cão). Cristo não realizou tudo na Cruz. Abriu-vos a porta do Céu, mas os homens devem reparar uns pelos outros. As seitas bem dizem que Cristo fez tudo, mas isso não corresponde à verdade. A Paixão de Cristo continua; em Seu Nome, ela continuará até ao fim do mundo (resmunga). SENTIDO DO SOFRIMENTO A – É preciso que ela (a Paixão de Cristo) continue. Tem que sofrer uns pelos outros e oferecer os sofrimentos em união com a Cruz e os sofrimentos de Cristo. Deve-se sofrer em união com a Santíssima Virgem e com todas as renúncias que Ela suportou durante a Sua vida, unir os próprios sofrimentos, nos horríveis sofrimentos de Cristo na Cruz e na Sua Agonia, no Jardim das Oliveiras. Esses sofrimentos foram mais terríveis do que aquilo que os homens poderão pensar. Cristo, no Jardim das Oliveiras, não sofreu apenas como podereis talvez pensar. Ele foi esmagado pela Justiça de Deus, como se Ele próprio tivesse sido o maior dos pecadores, como se estivesse condenado ao inferno. Teve que sofrer por vós, homens; do contrário, não teríeis sido salvos. Teve de su-portar os mais terríveis sofrimentos a ponto de pensar que iria para o inferno. Os sofrimentos foram então tão fortes que Ele se sentiu completamente abandonado pelo Pai Celeste, Suou Sangue, porque se sentiu totalmente perdido para o Pai e abandonado por Ele. Sentiu-se esmagado como se fosse um dos maiores pecadores. Eis o que Ele fez por vós, e vós deveis imitá-Lo. Estes sofrimentos têm um valor imenso. Esses sofrimentos, esses momentos obscuros, esses terríveis abandonos, quando se está convencido de que tudo está perdido, e que o melhor é pôr termo à vida.... Eu não quero dizer mais, não...(respira com grande dificuldade). E precisamente quando se sofre assim, quando tudo parece estar perdido, quando a pessoa se julga to-talmente abandonada por Deus, quando crê ser a mais miserável das criaturas, é então que Deus pode meter a Sua Mão no jogo. Estes sofrimentos, estes horríveis e te-nebrosos sofrimentos, são os mais valiosos (lança gritos e uivos terríveis) que existem. Mas é precisamente que a juventude desconhece a isso. A maioria dos jovens igno-ram- no e é aí que reside o nosso triunfo. ACEITAÇÃO DO SOFRIMENTO A – Muitos, a maioria, suicidam-se quando se crêem abandonados por Deus e pensam ser as criaturas mais miseráveis. Por mais escura que seja a noite, Deus está próximo deles, embora eles já não O sintam! Deus está então como se já não estivesse. De fato, momenta-neamente, a sua presença deixa de lhes ser perceptível, mas apesar disso devem imitar os sofrimentos de Cristo, sobretudo os que Ele chamou a sofrer muito. Há muitos que, então, pensam que já não são nor-mais – a maior parte o é – e então capitulam, capitulam muito mais facilmente. Pensam então que têm que se sui-cidar, porque já ninguém os compreende. É o nosso triun-fo. A maioria vai para o Céu, mas apesar disso, é o nosso triunfo, porque... Não cumpriram a sua missão, deveriam ter continuado a viver. No mundo de hoje há cruzes extremamente pesa-das. É Ela que o manda dizer (aponta para cima). Essas cruzes são muitas vezes mal suportadas. Cruzes visíveis, como o cancro, defeitos físicos ou outras enfermidades, são muitas vezes mais fáceis de suportar que as angús-tias ou noites do espírito, que muitas pessoas têm de agüentar atualmente. Ela, lá em cima (aponta para cima), manda dizer o que já uma vez transmitiu através duma alma privilegia-da: «Eu enviarei aos meus filhos sofrimentos tão grandes e profundos como o mar.»*. Esses (as pessoas), a quem foram destinadas cruzes tão pesadas – alguns são esco-lhidos de há muito – não devem desesperar. Estas cruzes que acabo de referir, são cruzes que parecem inúteis e absurdas. Podem levar ao desespero. Muitas vezes, parecem impossíveis de suportar, mas são essas as mais preciosas. Eu, Akabor, quero ainda acrescentar: Ela (aponta para o alto) quer gritar a todos esses que carregam uma Cruz: «Coragem! Não desanimeis!» Na Cruz está a sal-vação, na Cruz está a vitória. A Cruz é mais forte que a guerra. * Trata-se aqui da mensagem de Marienfried, dada na Alemanha em 1945. Cfr. o livro «A Paz de Maria» das edições ACTIC, que apresenta essas Mensagens. O MODERNISMO A – O modernismo é falso. É preciso virar as cos-tas ao modernismo. É obra nossa, vem do inferno. Mesmo os Sacerdotes que difundem o modernismo nem sequer estão de acordo entre si. Ninguém está de acordo (1). Só este sinal vos deveria bastar. O Papa é atormentado pelos seus Cardeais, pelos seus próprios Cardeais... está rodeado de lobos. Se não fosse assim, poderia dizer mais, mas ele está como que paralisado. Já não pode fazer muito; agora, já não pode fazer muito. Deveis rezar muito ao Espírito Santo, rezar agora e sempre ao Espírito Santo. Então, compreendereis no mais profundo de vós mesmos o que é preciso fazer. Aconteça o que acontecer, não vacileis na vossa antiga fé. Devo dizer que este Segundo Concílio do Vaticano não foi tão bom como se pensa. Em parte, foi obra do inferno. (1) Deus criou uma Igreja única. Ele dever antão, também, andar na unidade. Ora quando não há unidade
  • 16. 16 de sentimentos, porque não na unidade de Doutrina, certo é que o Espírito Santo também não está ali, porque Ele não é Espírito de confusão. O que você dirá então da ala direita e a da ala esquerda da Igreja no Brasil? Desde há quanto tempo você imagina que o Espírito Santo não assiste mais a uma reunião de nossos Bispos, que se dirigem apenas por sentimentos e idéias racionais, e humanas? Quantos deles ainda buscam com exclusividade as questões da alma, da vida eterna e da salvação? Talvez nenhum! A SANTA MISSA: POR MUITOS A – Sem dúvida, que havia certas coisas que pre-cisavam ser mudadas, mas a maior parte, não. Acreditai-me! Na Liturgia não havia praticamente nada que neces-sitasse de ser mudado. Mesmo as leituras e o próprio Evangelho não deviam ser lidos em línguas nacionais. Era bem melhor que a Santa Missa fosse celebrada em latim. Considerai por exemplo, a Consagração; basta a Consagração, é típico. Na Consagração empregam-se as palavras: «Isto é o Meu Corpo que será entregue por vós.» e, em seguida, diz-se «Este é o Meu Sangue que será derramado por vós e por muitos.» Foram estas as palavras de Cristo. E – Não é correto dizer «por todos?» Diz a verdade, em nome (...) Claro que não! As traduções nem sempre são exatas e esse é, sobretudo o caso de «por todos.» Não se deve e não se pode dizer «por todos»; deve dizer-se «por muitos.» Se o texto não está correto, já não encerra a plenitude de graças. Claro que a Santa Missa continua a ser válida, mas o canal de graças corre agora parcimonio-samente. E a Consagração já não acarreta tantas graças como quando o Sacerdote a pronunciava conveniente-mente, de acordo com a Tradição Antiga e com a vontade de Deus. É preciso dizer-se «por vós e por muitos»,* tal como Cristo disse. Não! Ele bem desejou derramá-lO por todos, mas de fato ele não foi derramado por todos. E – Por que muitos O recusaram? Diz a verdade, em nome (...) A – Exatamente. Assim, Ele não derramou o Seu Sangue por todos, pois não O derramou por nós, os do inferno.** O novo ordinário da Missa – os Bispos mudaram a Missa Tridentina – a nova Missa, não corresponde exa-tamente à vontade d’Eles, lá em cima (aponta para cima). É a melhor que existe, é a Missa-tipo, a verdadeira e a boa Missa (geme).*** Tudo o que disse foi contra a minha vontade, mas a isso fui obrigado. Foi Ela, lá em cima (aponta para cima) que me forçou (rosna). * Na Missa de Paulo VI, em Latim conservou-se a fórmula correta. De fato, aí se diz: « Pro multi », ou seja por muitos. As traduções, inclusivamente a portuguesa, atraiçoaram o texto e puseram uma palavra inexistente: « por todos.» ** De certo Cristo teria resgatado os demônios, se isso tivesse sido possível. Não sendo esse o caso, é evidente que o Seu Sangue não foi derramado pelos de-mônios. Em principio, a Redenção de Cristo destinava-se a todos os homens, mas na prática estava limitada pela sua liberdade de recusa. Assim o Sangue de Cristo não aproveitou àqueles que O recusaram, deste modo e por sua culpa, foram condenados no inferno, onde partilham do destino irrevogável dos demônios. *** A celebração desta Missa de São Pio V foi auto-rizada pela Santa Sé num documento assinado por João Paulo II. OBS: No Evangelho de Mateus, em 26,28 está: Por muitos homens... Eis o ardil do demônio: Se dissermos que Jesus NÃO MORREU por TODOS, então eles dirão que Ele faliu em sua missão. Se dissermos que morreu por todos, então podem dizer que TODOS se salvarão, embora em vida sejam verdadeiros demônios, e até os próprios se poderiam salvar, o que seria um absurdo. Ou seja, que-rem apenas justificar a própria malícia. Na verdade, Jesus morreu apenas por aqueles que livremente quiserem se aproveitar dos Méritos infinitos de Sua Paixão Redento-ra. E estes são, sim, MUITOS, mas não todos. Judas, por exemplo, não quis se salvar, por isso está onde está! Ora, uma simples gota do Sangue de Jesus – tão precioso é – seria suficiente para salvar a todos. Mas que diriam os adversários de Deus, se nem com TODO o sangue der-ramado ainda não aceitam? Até quando o homem fará pouco caso de Deus? O ECUMENISMO A – Na época que atravessamos não se deve obe-decer a Bispos modernistas. Vivemos na época a que Cris-to se referiu, dizendo: « Surgirão muitos falsos cristos e falsos profetas » (Mc 13-22). São eles os falsos profetas! Já não se pode acreditar neles; em breve, já ninguém os poderá acreditar, porque ele... porque eles... aceitaram excessivas novidades. Nós estamos neles, nós, os lá de baixo (aponta para baixo), é que os incitamos. Muito tem-po nós passamos em deliberações, para ver como destruir a Missa Católica. Já Catarina Emmerich (1), há mais de cem anos, dizia: « Foi em Roma...» Numa visão, ela viu Roma, o Vati-cano. Viu o Vaticano rodeado por um fosso profundíssimo, e do outro lado do fosso estavam os descrentes. No centro de Roma, no Vaticano, encontravam-se os Católicos. Es-tes atiravam para esse fosso profundo os seus altares, as suas imagens, as suas relíquias, quase tudo, até o fosso ficar quase cheio. Essa situação... esses tempos, vivemo-los agora (grita com uma voz medonha). Então, quando o fosso ficou cheio, os membros das outras religiões puderam realmente atravessá-lo. Atraves-saram- no, olharam para dentro do Vaticano, e viram como os católicos, os católicos de hoje, a Missa moderna, pouco tinha para lhes oferecer. Abanaram a cabeça, voltaram as costas e foram-se. E muitos de entre vós, católicos, são
  • 17. 17 suficientemente estúpidos para ir ao encontro deles. Mas eles não dão um passo na vossa direção. Quero ainda acrescentar mais qualquer coisa. (1) Sobre este livro, falaremos nos capítulos se-guintes. A LITURGIA A – Na Missa Tridentina fazia-se o Sinal da Cruz trinta e três vezes, mas agora faz-se muito menos vezes: duas, três, quando tudo vai pelo melhor. E na última, na benção final, já não é necessário ajoelhar (grita e chora desespero). Podereis imaginar como nós ajoelharíamos, como nós cairíamos de joelhos se porventura pudésse-mos? (geme e chora). E – É correto fazer o Sinal da Cruz, trinta e três ve-zes, durante a Santa Missa? Diz a verdade, em nome (...). A – Não é só correto, como também obrigatório. É que assim nós não conseguiríamos ficar, pois seríamos obrigados a fugir da Igreja. Mas, assim, ficamos. Devia também se restabelecer a cerimônia da aspersão. A as-persão com água benta obriga-nos a fugir e o mesmo se passa com o incenso. Era também preciso voltar a queimar-se incenso. Era bom que depois da Santa Missa se recitasse a Oração a S. Miguel Arcanjo, três Ave-Marias e a Salve Rainha. Os leigos não devem dar a Sagrada Comunhão (1) (dá gritos horríveis), de modo nenhum!! Nem sequer as religiosas. Nunca! Pensais que Cristo teria confiado essa missão aos Apóstolos, se as mulheres e os leigos também o pudessem fazer (geme)? Sou obrigado a dizer isto! Allida, ouviste Allida, ouviste o que me obrigaram a dizer? Allida, tu também podes falar! (O outro responde encolerizado: Fala tu!) E – Já acabaste Akabor, em nome (...) disseste tudo, disseste toda verdade? A – Ela, lá em cima (aponta para o alto), não per-mite que eu seja atormentado pelo velho (lúcifer), porque eu sou obrigado à estas coisas por vós e pela Igreja. Ela não o permite... e ainda bem! Mas isto não é bom para os lá debaixo (aponta para baixo), não é bom para nós (grita e geme). E – Em nome da Santíssima Virgem, continua. Tens ainda alguma coisa a dizer? Pelo poder dos Santos Tronos, teus antigos companheiros, tens alguma coisa a acres-centar? (Após sete horas de oração e seis horas de exorcis-mo, sem beber nem comer, algumas das pessoas presen-tes sentem-se fatigadas). A – Podeis ir-vos embora. Ficaremos contentes, se vos fordes. Ficaremos contentes. Ide-vos! Porque disse tudo isso, porque fui obrigado a dizê-lo. Ela concede-me ainda uns momentos. Tens que recitar três vezes: « Santo, Santo, Santo...». (As pessoas presentes recitam a oração). E – Em nome da Rosa Mística..., Akabor, diz o que a Santíssima Virgem te encarregou de dizer! A – Ela encarregou-me de dizer o que eu fui obri-gado a dizer e o que disse. Tudo o que revelei, foi contra a minha vontade (chora despeitado). E – Em nome..., disseste tudo? A – Sim! (1) Novamente aqui, se trata apenas de opinião dele, embora não minta se assim disser. Primeiro, os leigos podem sim, distribuir a Eucaristia, quando não há padres em número suficiente, para distribuir a comunhão para todos, num tempo sensato. A Igreja tem sim o poder de instituir ministros e ministras da Eucaristia. Enquanto existir Igreja na terra, ela terá este poder, de ligar e des-ligar. Pode ser até que o Céu não goste destas coisas, mas jamais pregaria contra elas abertamente, porque seria um Reino dividido contra si mesmo conforme disse Jesus. Uma coisa é alertar contra uma situação grave de desmando na Igreja, outra muito diferente é pregar contra a autoridade constituída. A primeira é obrigação de todos nós, a segunda é pecado grave. O desmando e o erro, só se corrigem através de um Concílio, a rebeldia, somente é sanada no confessionário. EXPULSÃO DE AKABOR E – Nós te ordenamos agora, Akabor, em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho e do Espírito Santo, da Santíssima Virgem Maria, do Coração Imaculado de Maria, dos Santos Arcanjos, dos Coros Angélicos, que di-gas se nos revelastes tudo o que o Céu te tinha mandado dizer! Diz a verdade em nome do Preciosíssimo Sangue! A – Se ele tivesse sido também derramado por nós, teríamos sido homens. Mas nós não éramos homens. Se fossemos homens, não teríamos sido tão estúpidos. No fundo, ainda tendes mais sorte que nós... Isso não é possível...! E – Akabor, vai-te em nome (...)! O teu discurso acabou, a tua missão está cumprida. Grita o teu nome e volta para o inferno! A – Não sou obrigado a ir já. Ela ainda me permite um certo tempo. E – Tem que sair outro demônio contigo? A – Não! Eu, Akabor, tenho de ir primeiro, mas tendes que rezar ainda sete Ave-Marias em honra das 7 Dores de Maria. É sob as suas ordens (aponta para o alto) que eu as vou dizer: – A primeira, pela sua dor na profecia de Simeão: «Uma espada de dor te trespassará o coração.» – Depois, a fuga para o Egito, considerando as lá-grimas e os tormentos que Ela então sofreu. – Perda do Menino Jesus no Templo: imaginemos a angústia que Ela padeceu, pois que Ele era o Filho de Deus. - Ela encontra Jesus no caminho do Calvário: a hu-milhação em que Ela viu o Seu Filho. – A horrível, a mais horrível dor: na Crucificação e
  • 18. 18 morte na Cruz. Quanto Ela não padeceu: lágrimas, angús-tias, desânimo. – A descida da Cruz: Aquele Corpo horrivelmente desfigurado, que em conjunto levaram para o túmulo. Em que estado de espírito não terá Ela assistido a tudo isto. – Finalmente, a deposição no túmulo: A Sua Dor imensa, a sua tristeza. Ela sofreu horrivelmente. (Termina-das as orações, grita com uma voz cheia de ódio): A – Agora, três vezes: « Santo, Santo, Santo,...». (as pessoas presentes recitam-no). E – Em nome da Santíssima Trindade (...), em seu nome, deves agora voltar para sempre para o inferno, Akabor! A – (geme e grita com uma voz terrível): Sim...! E – Em nome (...) grita o teu nome e vai-te para o inferno! Vai-te em nome dos teus antigos companheiros, os Santos Tronos que servem a Deus. Tu nunca serviste a Deus! A – (gemendo): Eu bem queria servir a Deus, mas Lúcifer não o quis. E – Tens que te ir agora. Nós, Sacerdotes, te orde-namos em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Tens de te ir embora, em nome do Coração de Maria e em nome das Sete Dores de Maria. A – (grita como louco, cheio de desespero). E – Em nome (...) vai para o inferno! Grita o teu nome! A – A-KA-BOR (grita o nome chorando). A-KA. BOR!!E – Vai para o inferno e não voltes mais, nunca mais, em nome (...). AL – Agora, é Allida quem fala. E – Em nome da Santíssima Trindade, nós te orde-namos, que nos diga Allida, se Akabor partiu. AL – Ele cá já não está. Partiu. Lúcifer e a sua pan-dilha vieram buscá-lo Vejam, que impressionantes e terríveis revelações. Nenhum coração humano ficará de todo insensível diante de um terror destes. Também não poderá ficar desligado, depois de tantos erros que se cometem, de tantas vitórias do inferno, e de tanta insensatez do homem. É preciso, agora, mais do que nunca, centrar nosso esforço na ora-ção. A oração pode muito! A oração move o coração de Deus. A oração pode tudo, se for rezada por todos! Mas, é certo, infelizmente são poucos os que re-zam, e parecem ser a cada dia menos. E justo por isso teremos logo a explosão final desta batalha com as trevas. Eles estão sedentos de sangue e armados até os dentes. Eles ocupam a maioria dos pontos chave do mundo, e até da Igreja. Falta-lhes apenas expulsar João Paulo II. E o caos reinará no mundo. Rezemos o Rosário de Maria, verdadeiro terror dos demônios GRITOS DAS TREVAS Parte 3 Continuamos então nosso roteiro de esclarecimen-to contra o poder das trevas. O segundo exorcismo, que apresentamos aqui, é certamente para mim um dos mais terríveis e pavorosos. Não só pelo teor das revelações, mas também por se tratar de uma alma que foi condenada, ou seja, alguém que viveu na terra, mais especificamente Ju-das Iscariotes, o traidor de Jesus. Antes, eu sequer imagi-nava que também as almas caídas assumissem tal condi-ção, mas vejo agora o quanto isso é importante, porque se trata de alguém que viveu na carne as nossas realidades. Pior, alguém que conviveu com o próprio Jesus, que não era apenas sacerdote, mas sim bispo. Realmente, é preciso ter uma certa fortaleza in-terior para conseguir ler estes textos, sem emocionar-se profundamente e sem chorar. Também sem sentir medo, pavor! Mas é preciso que se tenha forças, para isso, para rezarmos mais, e lutarmos, com todas as nossas forças pela nossa Igreja, e para que nenhuma alma caia nos abismos infernais. Sei que salvar a todos é impossível, mas bastaria uma só, que já valeria a pena. Bastaria que apenas um só padre ou bispo, lesse estes textos, que se desse conta do quanto o demônio é mau. Ai a gente teria mais um a alertar contra o poder das trevas. Antes de começar, seria até bom o leitor fazer uma oração ao Espírito Santo, e rezar o pequeno Exorcismo de São Miguel. Isso será de muita valia! EXORCISMO DE 14 DE AGOSTO DE 1975 Contra: Judas Iscariotes (O Traidor: alma condena-da) J – Se eu a tivesse então escutado!(1) (aponta para cima). Ela estava perto de mim (geme com uma voz horrí-vel). Ela, lá de cima (aponta para cima), mas eu repeli-A. E – Continua, Judas, diz o que tens a dizer em nome da Santíssima Virgem! Diz a verdade e só a verdade! J – Eu sou o mais desesperado de todos (geme). (1) Judas inicia com um triste e pavoroso lamento, pelo fato de haver rejeitado os avisos e os conselhos de Nossa Senhora, que lhe tinha um carinho especial. Mas vejam a maldade dele: Justo porque Nossa senhora o tra-tava de forma especial, melhor que aos outros, ai mesmo é que ele a odiava. E a Jesus, ele de fato odiava, por achar que Jesus tinha todos os dons, e as qualidades de líder, capaz de ser aquele rei guerreiro que ele imaginava e so-nhava. Ele chegou a sugerir que Jesus tomasse a frente de um levante contra Roma, como era seu pensamento. Na verdade, ao que parece, o grande sonho de Judas era ser o tesoureiro do reino. Era ele quem carregava a bolsa das ofertas e pagava as despesas.
  • 19. 19 DESCIDA DE JESUS AOS INFERNOS E – Judas, agora tens de ir-te! J – Não! (geme). É preciso que recitem todos os Mistérios Dolorosos e o Credo. (quando rezávamos) E des-ceu aos infernos, Judas exclamou: Ele desceu... lá abaixo, Ele foi! E – Cristo foi ao Limbo? Diz a verdade, em nome (...). J – Ele desceu até ao inferno e não apenas até ao Limbo, onde as almas esperavam. E – Por que é que Ele foi ao inferno? Diz a verdade, em nome (...). J – Para mostrar que também morreu por nós.* isso foi terrível para nós. Ele foi ao reino da morte, mas foi também ao inferno... realmente ao inferno. Foi preciso que Miguel e os Anjos nos encandeassem para impedir que nos precipitássemos sobre Ele (aponta para o alto e resmunga). Eu não gosto de falar nisto, nem sequer de o ouvir, fui culpado da traição a Cristo. É necessário que canteis: « Vejo-te Jesus, silencioso...» e: «Como me arrependo dos meus pecados.» estas duas estrofes e em seguida uma estrofe do cântico Stabat Mater: « A Mãe de Cristo, de pé, junto a Cruz.» (1) (As pessoas presentes entoam os cânticos). J – (Durante os cânticos, solta gritos horríveis de desespero): Se me tivesse arrependido! Se me tivesse arrependido! * Jesus morreu por todos os homens. É Judas, uma alma condenada, que está a falar e não um demônio, como no caso anterior de Akabor. (1) É preciso entender que é com extremo e furioso ódio que os demônios se obrigam a revelar estas coisas e também a mandar rezar – por ordem do céu - ou cantar algum canto de Maria. Creio que eles prefeririam estar naquele momento no seu lugar fundo do inferno a serem obrigados a fazer estas revelações. Isso nos mostra, tam-bém, o quanto o Céu é poderoso, e o quanto os demônios rastejam! LUTA CONTRA JUDAS. E – Judas Iscariotes, nós, Sacerdotes, ordenamos-te, em nome da Santíssima Trindade, que voltes para o inferno! J – Não..., não quero ir (geme). Estou muito bem nesta mulher. Em grande parte, ela é obrigada a participar do meu desespero. (...). Mas eu não quero. E – Sai Judas Iscariotes, em nome da Mãe de Deus! J – Ela (aponta para cima), ainda agora teria pie-dade de mim, se pudesse. Ela amou-me, ela amou-me! Sabeis o que isso significa? (geme angustiado). Eu sei que Ela me amou (murmura penosamente). E – Tu não quiseste, tu não lhe obedeceste. Ela queria salvar-te para a eternidade, para o Céu. Ela de-sejou o melhor para ti. Agora vai-te, em nome de Nossa Senhora de Fátima! J – Não! (Grita cheio de desespero). E – Judas Iscariotes, grita o teu nome e vai-te. Vai-te agora, para o inferno, em nome do Salvador Crucifi-cado, que tu traíste, em nome dos seus sofrimentos, em nome da sua Agonia no Jardim das Oliveiras. J – É preciso recitar três vezes: « Santo, Santo, Santo...». (As pessoas presentes recitam-no e cantam: Aben-çoa à Maria!) Enquanto isso, Judas grita com uma voz terrível: «Não!Não!» E – Nós te ordenamos em nome da Santíssima Trindade (...)! (Judas, pelas mãos da possessa, arranca a estola do Padre). J – Não! (com uma voz terrível). E – Em nome da Santa Padroeira desta mulher, vai-te agora, Judas Iscariotes! J – Tendes que pôr todas as relíquias «na mesa». Ninguém me obriga a ir-me tão facilmente! Eu sou o ... (solta um gemido terrível) Eu não quero ir-me embora, não quero! Deixai-me; deixai-me (horríveis uivos). Se eu a tivesse escutado! Isso não serve de nada (grunhe com uma voz cavernosa). A REALIDADE DO INFERNO J – Se eu não tivesse perdido a esperança! O in-ferno é horrível! Se eu não tivesse perdido a esperança! ( solta gritos de desespero, que metem medo). Deixai-me ficar mais uns momentos nesta mulher! Não quero. Não. Não... (berra com uma voz cheia de ódio)..., mas eles chegarão em breve (refere-se aos espíritos infernais). (os seus gritos prolongados como-vem): Não, não!... (geme com voz terrível e emite sons de desespero). Mas eu não quero, não quero! (berra horrivelmen-te). (Com voz arrastada e lastimosa): Não! (O seu grito é horrível e desesperado). Não, não! Eles também não me querem no inferno. (De repente, Judas grita com deses-pero): Lúcifer socorro! (os Sacerdotes recitam um novo exorcismo e duas ladainhas). J - Ó espíritos infernais ajudai-me! Ajudai-me para que eu não seja obrigado a ir-me embora! Despacha-te, Akabor! Ajuda-me ... Oh, oh, despachai-vos! (geme quei-xoso). Lúcifer, tu é que me mandaste, tens portanto que me ajudar! (grita desesperado): Eles vêm... vão chegar em breve... Sabeis como os temo, sabeis? (refere-se a lúcifer e aos seus ajudantes). (Nesta altura os Sacerdotes recitam três vezes: «Santo, Santo, Santo...» e o Glória ao Pai. Neste momento, Judas, pela boca da possessa, fala com voz de homem). J – Não! Oh, oh (geme)... Se nós a pudéssemos