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O LIVRO DE
1 E 2 REIS
TÍTULO
Esse nome foi dado a esses livros devido às
primeiras palavras com que o primeiro deles se inicia,
“Wehammelek” em hebraico (“Sendo o rei...”), nome
que se adapta perfeitamente ao assunto, pois os livros
tratam do domínio dos reis dos dois reinos, o de Israel
e o de Judá. No original hebraico 1 e 2 Reis formavam
um só livro. Ao serem traduzidos para o grego, foram
divididos pelos tradutores porque o grego requeria um
terço mais de espaço do que o hebraico, e os rolos em
que eram escritos eram de tamanho limitado.
AUTOR
Apesar de os livros serem anônimos, são
tradicionalmente considerados como tendo sido escritos por
Jeremias, auxiliado pelo seu secretário, Baruque (Jr 45). É
evidente que o autor era pelo menos contemporâneo de
Jeremias, e a ênfase dos livros sugere o ponto de vista dos
profetas. Assim, Jeremias, o profeta que viveu na época do exílio
(descrito nos capítulos finais) pode muito bem ter sido o autor. O
autor fez uso de registros históricos da época, referindo-se às
vezes a eles nos dois livros:
 Livro dos Sucessos de Salomão (1Rs 11:41);
 Livro das Crônicas dos Reis de Israel (1Rs 14:19);
 Livro das Crônicas dos Reis de Judá (1Rs 14:29);
 Livro de Isaías (2Rs 18-20 refere-se a Isaías 36-39);
DATA (970-560 A.C.)
Os acontecimentos de 1 e 2 Reis
estendem-se desde a morte do rei Davi, o
primeiro rei da aliança, até o cativeiro de
Zedequias, último rei de Judá. No último
capítulo há ainda uma referência à
libertação de Joaquim, no ano 560 a.C.,
quando Evil-Merodaque começou a reinar
na Babilônia.
OBJETIVO
Relacionar a história à observância da
aliança. O autor procura enfatizar para a nação,
que marchava para o cativeiro em 586, a
conexão inseparável entre obediência e bênção,
e entre desobediência e maldição. Os livros de
Reis dão forte ênfase à necessidade de
arrependimento e resposta ao Deus da aliança,
de modo que a restauração pudesse ser
efetuada e cumpridos os objetivos da aliança.
ESBOÇO DE 1 E 2 REIS
1 Reis
1- Reino Unido sob Salomão ...................................................1-11
2- O Reino Dividido até Josafá .................................................12-22
2 Reis
1- O Senhor admoesta constantemente Israel até o colapso em 722
a.C. ...............................................1-17
2- O Senhor admoesta constantemente Judá até o colapso em
586 a.C. ...............................................18-25
CONTEÚDO
Os livros de 1 e 2 Reis são a continuação dos livros
de Samuel. Como o nome sugere, registram os
acontecimentos do reinado de Salomão e dos reis de
Judá e Israel, que o sucederam. Abrangem um período
de quatrocentos anos e contam a história do
crescimento e depois do declínio do reino, que acabou
dividido; Israel e Judá são levados para o cativeiro.
Os livros dos Reis começam com o rei Davi e
terminam com o rei da Babilônia. Começam com a
construção do templo e terminam com a destruição do
templo. Começam com o primeiro sucessor de Davi ao
trono, Salomão, e terminam com o último sucessor,
Joaquim, libertado do cativeiro pelo rei da Babilônia.
Nestes livros o historiador não é um defensor da corte cujo
propósito seria celebrar as façanhas do rei. Antes, avalia e com frequência
critica os governantes, comparando cada um com Davi, o grande protótipo
real. É demonstrado que, se rejeitarmos a Deus, teremos consequências
ruins; Se obedecermos a Ele... nos abençoará (2Rs 10:32). A índole religiosa
do período pode ser vista no caráter dos diversos reis de cada reino. Assim, a
fórmula típica para apresentar os governantes de Judá é:
1- Sincroniza a ascensão do rei ao trono com o governo do rei do norte;
2- Declara a duração de seu governo;
3- Dá o nome de sua mãe;
4- Avalia seu reinado, geralmente em comparação com a devoção religiosa de
Davi (1Rs 15: 9-11).
Depois de Salomão, Judá teve dezenove reis e uma rainha, dos quais
somente oito foram justos de acordo com o padrão divino. O reino de Israel,
do norte, teve dezenove reis, mas todos eles fizeram o que era “mau”
perante o Senhor.
Apesar de Israel do norte ter tido somente reis
maus, pelos padrões divinos, Judá teve alguns reis
virtuosos. Cinco empenharam-se em reformas: Asa,
Josafá, Joás, Ezequias e Josias. Dois dos reformadores,
todavia, apostataram no fim dos seus dias (Asa e Joás),
e os filhos, sucessores dos outros três reformadores
(Josafá, Ezequias e Josias), foram maus e destruíram
quase tudo o que havia sido feito. É de estranhar que
quatro dos reformadores tiveram pais ímpios, e
somente um (Asa, pai de Josafá) criou um filho
piedoso.
ACONTECIMENTOS CRUCIAIS EM ISRAEL DE SALOMÃO A ZEDEQUIAS
Data Acontecimento Referência Bíblica
967-960
Construção do templo de Salomão
com resplendor jamais visto, para
simbolizar perante as nações a
grandeza do Deus de Israel.
(1Rs 5-8)
931
Divisão do Reino depois da morte de
Salomão em “Israel” (Norte) e “Judá”
(Sul).
(1Rs 12:1-20)
722
Captura de Samaria pela Assíria após
três anos de cerco; toda a população
é deportada para a Assíria, devido à
idolatria de Israel.
(2Rs 17)
606-586
Jerusalém e o templo são destruídos
pela Babilônia em 586 após ter
recusado sujeitar-se ao governo
babilônico. O povo foi deportado
para a Babilônia em três levas, em
606, 597 e 586, ficando apenas os
pobres.
(2Rs 24-25)
O período áureo de Davi e Salomão
nunca foi duplicado nos tempos do Antigo
Testamento. Eles juntaram Judá e Israel,
formando uma entidade militar capaz de
dominar seus vizinhos e um empreendimento
comercial que trouxeram riqueza e fama sem
precedentes. As tribos pouco ligadas umas às
outras foram agrupadas por uma monarquia
poderosa que ditou as regras por quase quatro
séculos.
A expansão territorial e os ideais religiosos,
conforme são contemplados por Moisés, se concretizaram
em grau maior do que jamais antes ou depois, na história
de Israel. Não há que duvidar que Salomão representava a
epítome da riqueza e da sabedoria de todos os reis que
governaram em Jerusalém.
A grandeza do reino de Salomão retrata as bênçãos
prometidas ao reino de Davi baseadas na obediência e nos
princípios teocráticos da aliança, revelando a intenção do
Senhor para com o seu povo se este seguisse a sua
liderança. Nos séculos seguintes, as esperanças proféticas
acerca da restauração da sorte de Israel são
repetidamente alusivas ao reino dravídico como um ideal.
A narrativa sobre essa era é brevemente contada
em (1Rs 1:1 - 11:43) e (1Cr 1:1 – 9:31). O ponto focal de
ambos os livros é a construção e dedicação do templo, o
que recebe muito maior consideração do que qualquer
outro aspecto do reinado de Salomão.
Enquanto outros projetos de construção são
meramente mencionados, aproximadamente cinquenta
por cento da narrativa bíblica sobre o reinado de Salomão
são dedicados à construção e consagração desse centro
focal da religião de Israel. Outros projetos de construção,
negócios e comércios, progresso industrial e sábia
administração do reino, são mencionados apenas de
passagem.
O reinado de Salomão se caracterizou por paz e prosperidade.
Davi estabelecera o reino – agora Salomão haveria de colher os
benefícios dos labores de seu pai. Contudo, a ascensão de Salomão ao
trono de seu pai não ocorreu sem oposição. A fraqueza inerente de
Davi quanto aos problemas domésticos se evidenciou na falta de
disciplina entre seus familiares (1Rs 1:6). Enquanto Salomão não fora
publicamente coroado, Adonias fomentou a ambição de ser o sucessor
de Davi. É claro que Adonias não fora ensinado a respeitar o fato
divinamente revelado de que Salomão seria o herdeiro do trono de
Davi (2Sm 7:12; 1Rs 1:17).
Em certo sentido ele estava justificado disso. Amnom e
Absalão haviam sido mortos. Quileabe, o terceiro filho maios velho de
Davi, aparentemente falecera, pois não é mencionado; e Adonias era o
próximo na linha de sucessão. Sendo assim, era natural que Adonias
fosse o rei que subiria o trono, visto ser ele o filho mais velho
(2Sm 3:4); contudo, Deus escolhera Salomão (1Cr 22:9, 10; 1Rs 2:13-
15).
O capítulo final do reinado de Salomão é trágico (1Rs
11). Por qual razão o rei de Israel, que chegou ao zênite do
sucesso nos campos da sabedoria, da riqueza, da fama e da
aclamação internacional sob a bênção divina, teria terminado
seu reinado de quarenta anos sob augúrios de fracasso, é algo
que realmente nos deixa perplexos! Salomão, que
desempenhou o liderante papel de consagrar o templo, afastou-
se de uma total dedicação a Deus – experiência essa paralela à
do povo de Israel, no deserto, depois da construção do
tabernáculo.
Salomão desobedeceu justamente ao primeiro
mandamento, com sua norma inclusivista que permitiu a
adoração aos ídolos em Jerusalém. Não apenas tolerou a
idolatria, mas ele mesmo prestou honrarias a outros deuses.
A idolatria, que era uma violação das palavras iniciais
do decálogo (Ex 20), não podia ser tolerada. A repreensão
divina (1Rs 11:9-13) provavelmente foi feita a Salomão por
intermédio do profeta Aías, que figura mais adiante naquele
capítulo. A dinastia davídica continuaria governando sobre
uma parte do reino, por amor a Davi, com quem Deus
estabelecera um pacto, e por causa de Jerusalém, que Deus
escolhera.
Deus não quebrantaria Sua promessa do pacto, embora
Salomão houvesse perdido suas bênçãos e Seu favor, ficando
temporariamente suspenso o juízo. Além disso, por amor a
Davi, o reino não seria dividido durante os dias de Salomão,
embora viessem a levantar-se adversários que ameaçariam a
paz e a segurança, antes do término do seu reinado.
Considere os acontecimentos que levaram à divisão do
reino. Por muitos anos houve ciúme entre o Norte e o Sul. A
causa do ciúme datava de trezentos anos e era devida
principalmente ao ciúme entre as tribos de Efraim e Judá. Note
as bênçãos que Jacó deu a Efraim (Gn 48:17-22; 49:22-26). E
desde os dias de Josué, que era da tribo de Efraim, ela ocupava
lugar de destaque.
A transferência de autoridade para Judá deu-se com
Davi, que pertencia a essa tribo. Todo esse ciúme entre as
tribos intensificou-se por causa das privações pelas quais o
povo passava, como resultado das arbitrariedades de Salomão.
Suas exigências criaram opressão e sua infidelidade a Deus
reclamava justiça (1Rs 11:26-43; 12:4).
Os impostos durante o reinado de Salomão oneraram
muito o povo. O luxo e a idolatria tinham rebaixado a moral. O
reino estava a ponto de dividir-se. A prosperidade e o poder
que Salomão alcançou tinham seus perigos. Isso custava
dinheiro e significava aumento de impostos que se tornaram
um fardo insuportável, gerando sementes de intranquilidade e
revolta.
Os empreendimentos comerciais de Salomão trouxeram
uma riqueza fabulosa a Jerusalém. Infelizmente, essa riqueza
não beneficiou todas as classes em Israel. Nem aliviou a severa
taxação necessária para sustentar os grandes projetos de
construção. As pessoas comuns, na realidade, talvez tivessem
menos conforto no reinado de Salomão que nos de Davi e de
Saul.
Quando o filho de Salomão, Roboão,
ameaçou colocar fardos mais pesados sobre o
povo, sua imprudente teimosia só fez
acrescentar combustível à fogueira, que se
vinha formando e ardendo por quase
trezentos anos, desde o tempo dos juízes. Em
resumo, por que um reino tão maravilhoso
dividiu-se com tal rapidez? Três foram os
motivos: Espiritual, econômico e político.
 Espiritualmente, aconteceu como o Senhor havia predito:
devido à idolatria de Salomão causada por suas muitas
esposas, o que em si já era violação (1Rs 11:11);
 Economicamente, foi o resultado da tirania de Salomão e
dos pesados impostos. Ele estabelecera um trono magnífico,
mas o povo estava pobre e oprimido (1Rs 12);
 Politicamente, havia antiga rivalidade entre Judá e Efraim, a
qual foi explorada por Jeroboão, que era efraimita. Essa tribo
relutou muitas vezes a inclinar-se à liderança de Judá. A
Efraim pertenciam Josué e José, dois granes líderes do povo
israelita.
Os dois reinos que surgiram após a morte de Salomão
são comumente distinguidos com as designações “do Norte” e
“do Sul”. O último designa o estado menor, governado pela
dinastia davídica, com sua capital em Jerusalém, até 586 a.C.
Consistia das tribos de Judá e Benjamim, que apoiaram a
Roboão com um exército quando o resto das tribos se separou
em rebeldia contra as medidas opressivas de Salomão e seu
filho (1Rs 12:21).
O “reino do Norte” é o nome das tribos que se
separaram, as quais fizeram de Jeroboão o seu rei. Esse reino
perdurou até 722 a.C., tendo por capital, sucessivamente, as
cidades de Siquém, Tirza e Samaria.
Era costume, segundo a lei, o povo ir a Jerusalém regularmente
para adorar (Dt 12:11, 14; 16:6, 15, 16; 1Sm 1:3, 7). Diante disto,
Jeroboão cria um sistema de culto aos bezerros em Israel (1Rs 12:25ss).
Essa instituição foi obviamente um expediente político para evitar que
o povo descesse até Jerusalém e o seu templo. O rei receava que as
suas dez tribos viajassem a Jerusalém, a capital do reino de Roboão, a
fim de lá adorarem a Deus. Por isso, fundiu dois bezerros de ouro e os
colocou em lugares convenientes – Betel (Gn 28:11-19) no sul, e Dã
(Jz 18:29, 30).
No extremo norte do reino, de modo que o povo não tivesse
de ir a Jerusalém. Tomando essa atitude, Jeroboão começou um falso
sistema substituto de adoração a Jeová (12:28). Como Arão o fizera
antes, ele infringiu o segundo mandamento para maior conveniência
do culto. Essa atitude exigia um novo sistema de sacerdócio, usando o
laicato em vez de levitas, que tinham ido para Judá (2Cr 11:14).
Em 722 a.C., após 256 anos, o povo foi levado cativo
pelo rei da Assíria (2Rs 17). O orgulhoso reino de Israel havia
caído para não mais se levantar (2Rs 17:1-6; Am 5:2). Samaria
foi destruída pela Assíria depois de um cerco de três anos, e o
Israel do norte deportado para a Assíria. Judá escapou de
receber também esse pesado julgamento naquela ocasião
devido à apressada reforma e ao expurgo da idolatria por
Ezequias, que até mesmo celebrou uma Páscoa de emergência.
Muitos dos profetas de Israel tinham advertido o povo
quanto ao cativeiro, mas eles não quiseram voltar-se da
idolatria para Jeová. Os assírios eram guerreiros fortes e cruéis.
Construíram seu reino com a pilhagem de outras nações.
Esfolavam pessoas vivas, cortavam-lhes a língua, arrancavam-
lhes os olhos, desmembravam-lhes os corpos, e depois, para
infundir terror, levantavam montes de crânios humanos.
O autor faz uma pausa para examinar as
ruínas desse reino antes grandioso e para
interpretar sua derrocada (2Rs 17:7-23; 18:12).
No verdadeiro estilo profético, eles consideram
os assírios meros instrumentos de um Deus
que teve de julgar a devassidão desenfreada e
a completa depravação espiritual de Israel. Seu
desprezo pela aliança, afirma o autor,
provocaram a fúria de Deus, sem deixar outra
alternativa senão o julgamento.
Tal julgamento foi piorado pela deportação de
boa parte dos sobreviventes israelitas e da introdução
de hordas pagãs que contribuíram para a delinquência
da terra com suas religiões estranhas. Essa mistura de
povos era uma prática assíria corrente, tendo por
objetivo refrear revoltas, esfriando os ânimos do
patriotismo.
O sincretismo étnico e religioso dos samaritanos
(2Rs 17:41), bem como a oposição deles à restauração
de Judá (registrada em Esdras e Neemias) ajudam a
explicar as atitudes hostis para com eles na época do
Novo Testamento (Jo 4).
Visto que certo número de famílias governaram no reino
do Norte, em contraste com a dinastia única havida em Judá, um
simples esboço, baseado sobre as dinastias liderantes em Israel,
pode ser sugerido.
Dinastias em Israel Referências Bíblicas
Dinastia de Jeroboão 1Rs 12-15
Dinastia de Baasa 1Rs 15-16
Dinastia de Onri 1Rs 16-22; 2Rs 1-9
Dinastia de Jeú 2Rs 10-15
Últimos Reis 2Rs 15-17; 2Rs 18-25
A única fonte informativa que apresenta
um relato histórico contínuo sobre o reino do
Norte é (1Rs 12:1 – 2Rs 17:41). Integrados
nesse registro figuram eventos contemporâneos
do reino do Sul. Visto que o reino do Norte
chegou ao fim em 722 a.C. (Israel foi reduzido a
uma província assíria), o autor dos livros de Reis
dá prosseguimento à narrativa contínua sobre o
reino do Sul em (2Rs 18:1 – 25:30) até à queda
de Jerusalém, em 586 a.C.
O Reino do Sul tentou conquistar o do
Norte. Durante oitenta anos houve guerra
contínua entre eles. Mas fracassaram no seu
propósito. Veio então um período de oitenta
anos de paz entre os dois reinos, depois do
casamento do filho de Josafá (Reino do sul) com
a filha de Acabe (Reino do Norte).
Finalmente houve um período de cinquenta
anos durante o qual se guerrearam, de tempos
em tempos, até o cativeiro. No Reino do Sul
houve só uma dinastia (Davídica), de Roboão a
Zedequias.
Apesar de Deus ter feito aliança com Davi e
sua descendência, o povo não entendeu que
deveria guardar as leis da aliança para obter
bênçãos do Senhor. Assim, quando a Assíria
ameaçou invadir Judá, eles interpretaram mau o
agir de Deus pelo povo. O autor de Reis contrasta
a apostasia de Israel com a fé firme de Ezequias.
Contra as probabilidades, o rei confiou em Javé
para o livramento de Judá – e Javé o livrou! Além
disso, ele retrata a invasão assíria como um
confronto entre Javé e a Assíria.
Javé, não a Assíria, emergiu vitorioso, chegando a
abater Senaqueribe no templo em sua própria terra.
Infelizmente, o livramento miraculoso causou problemas
para os profetas subsequentes como Jeremias. As pessoas
interpretaram o resgate como prova de que Sião, com o
palácio de Davi e o templo de Salomão, jamais cairia.
Usaram a vitória de Judá como pretexto para
complacência e transgressão. Por fim, as referências à
Babilônia preveem seu futuro papel na queda de Judá.
Mais tarde, o autor de Reis, que contou a história da
preservação milagrosa, terá o triste dever de contar a
trágica história do colapso de Jerusalém (2Rs 25).
Em 586 a.C. (cerca de 136 anos depois de a
Assíria ter levado cativo o Reino do Norte), o Reino do
Sul foi levado em cativeiro por Nabucodonosor, rei da
Babilônia. Jerusalém foi destruída, o templo
queimado e os príncipes levados presos.
Nabucodonosor exilou todo o povo para a Babilônia,
com exceção dos pobres. O exílio foi em três etapas:
em 606 (Daniel 1:1), 597 (2Rs 24:11-12) e 586 (2Rs
25:8-11). O povo esquecera-se de Deus e se recusara
a ouvir as advertências dos profetas. Deus queria que
seu povo aprendesse a lição de obediência e
dependência dele. Sem dúvida, o caminho dos
transgressores é áspero.
A queda de Jerusalém e a destruição do templo foram
acontecimentos que marcaram época na história de Israel. Sua
queda foi lembrada por Jeremias em suas Lamentações. Os
motivos para a destruição e o cativeiro podem ser resumidos
em três pontos:
 Recusaram-se a guardar a Lei da aliança e recorreram a toda a
idolatria e abominações dos gentios (Dt 28:58; 2Cr 36:14);
 Recusaram-se a aceitar as correções dos profetas de Deus e
os castigos do Senhor (Lv 26:14-3; 2Cr 25:4; 36:15-16);
 Recusaram-se a guardar os sábados de Deus e os anos
sabáticos (Lv 26:33-35; 2Cr 36:21).
O autor de Reis descreve o sofrimento de
Jerusalém com muitos detalhes (como faz
Lamentações em forma poética). Os saques e
os incêndios, as pilhagens e as espoliações
selvagens documentam o julgamento divino,
há muito esperado, dos crimes de Manassés.
O julgamento necessário, anunciado na
Torá (Lv 26; Dt 28), introduzido em Juízes, por
tanto tempo prometido pelos profetas e
executado de maneira tão cruel pelos
babilônios surtira efeito.
Há uma grande diferença entre a queda de Israel e a de
Judá. Israel ficou disperso entre as nações por um período
indefinido, mas Deus limitou a extensão do cativeiro de Judá a 70
anos. Judá deveria voltar a Jerusalém, o que veio a acontecer
mais tarde. O Messias viria de Judá e Deus estava preparando o
caminho para que ele viesse à Palestina e não à Babilônia ou
Assíria. Deus usava os próprios governantes das nações
estrangeiras na realização de seu plano. Ciro, rei da Pérsia, por
exemplo, expediria um decreto permitindo a volta dos judeus à
sua pátria, a Palestina.
Deus permitiu que o autor sagrado descrevesse Joaquim
livre das algemas, comendo à mesa do rei. A tempestade havia
passado; dias melhores nasciam. O autor de 1-2 Reis encerra com
uma observação mais esperançosa. Essa história, no entanto,
não pertence a Reis, mas a Esdras e a Neemias.
TEMAS ESPECIAIS: O TEMPLO
Aspectos da construção
O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto
ano de seu reinado seguindo o plano arquitetônico transmitido
por Davi, seu pai (1 Reis 6:1; 1 Crónicas 28:11-19). O trabalho
prosseguiu por sete anos (1 Reis 6:37, 38). Ao organizar o
trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel,
enviando-os ao Líbano em equipes de 10.000 a cada mês.
Convocou 70.000 dentre os habitantes do país que não eram
israelitas, para trabalharem como carregadores, e 80.000 como
cortadores (1 Reis 5:15; 9:20, 21; 2 Crónicas 2:2). Como
responsáveis pelo serviço, Salomão nomeou 3.300 como
encarregados da obra (1 Reis 5:16). O templo era pequeno
para o número de funcionários utilizados, mas foi uma das
obras públicas mais custosas da época.
O templo tinha uma planta muito similar à tenda
ou tabernáculo que anteriormente servia de centro da
adoração ao Deus de Israel. A diferença residia nas
dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou
Santíssimo, sendo maiores do que as do tabernáculo. As
medidas do templo eram: O templo que o rei Salomão
construiu para o Senhor media vinte e sete metros de
comprimento, nove metros de largura e treze metros e
meio de altura. O templo possuía 3 divisões principais; o
pórtico (saguão de entrada), o santuário (salão principal)
e o santo dos santos (santuário interior em forma de
cubo) (1 Reis 6:2).
Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e
a madeira. O rei utilizou para a edificação do templo pedras
grandes e lavradas. Salomão mandou entalhar grandes pedras
(1Reis 5:15) que eram encaixadas umas nas outras, de forma
que não se usavam ferramentas para entalhar na obra (não se
ouviam martelos ou instrumentos de ferro na obra). As paredes
e o teto eram inteiramente revestidos de ouro. (1 Reis 6:15, 18,
21, 22, 29). As paredes internas e o teto eram forrados de ouro.
A parte central do templo era forrada com madeira de cipreste
e coberta com placas de ouro. Haviam também jóias fixadas nas
paredes que aumentavam a beleza interna do templo. O ouro
era de melhor qualidade e todas as paredes, portas e batentes
estavam revestidos com ouro.
Dentro do templo, numa das extremidades, ficava o
lugar mais sagrado de todos, o Santo dos Santos. Era o lugar
mais interno do templo, nele, somente uma vez por ano, no
dia da Expiação, o sumo sacerdote entrava para oferecer
sacrifício para perdoar seus pecados e depois fazia o sacrifício
pelos pecados do povo. Era no Santo dos Santos que ficava a
arca da aliança. O lugar era coberto de ouro e tinha um altar
de madeira revestido de ouro também. Existiam dois
querubins iguais feitos de madeira e revestidos com ouro.
Eles simbolizavam a proteção das coisas sagradas, neste caso,
a Arca da Aliança. (O povo não podia ver os querubins, pois
só o sumo sacerdote tinha acesso ao Santo dos Santos).
O ouro e a prata vieram, na sua maioria,
de uma arrecadação feita por Davi (1Cr 28:19;
29:1-9). Por que a casa de Deus seria tão
suntuosa quando grande parte do povo era
pobre? Porque o Templo devia refletir a glória
e a grandeza do Deus de Israel e simbolizar
essa glória para as nações (2Cr 2:5-12).
Os Templos da História de Israel
Há três templos terrenos mencionados nas Escrituras,
os quais, apesar de serem considerados a morada de Deus,
levam o nome de seus construtores: Tempo de Salomão,
Templo de Zorobabel, Templo de Herodes.
O primeiro é o TEMPLO DE SALOMÃO, que foi
destruído pelos babilônios cerca de 587 a.C. (2Rs 25:8, 9). O
segundo é o TEMPLO DE ZOROBABEL (Ed 5:2; 6:15-18). Não se
comparava na elegância de suas linhas com o de Salomão. O
terceiro foi o TEMPLO DE HERODES erigido em escala mais
grandiosa.
O primeiro templo é chamado Templo de
Salomão, pois foi construído por ele, no século
XI antes de Cristo, sobre um terreno comprado
pelo rei Davi, no monte Moriá (2Samuel 7,1-16;
1Reis 5,3-5; 8,17; 1Crônicas 17,1-14; 22,6-10;
2Crônicas 3:1), tradicionalmente conhecido
como o monte onde Abraão havia oferecido e
quase sacrificado seu filho Isaque como oferta
ao Senhor (Gênesis 22:2).
A construção do Templo tinha sido
desejada pelo rei Davi. Contudo, ele não pode
construí-la por que Deus não o permitiu (1Rs
5:3; 1Cr 22:6-9), ficando assim a cargo de seu
filho Salomão. O objetivo era ter uma ‘casa’
para a Arca da Aliança. Salomão, então,
posteriormente a construiu. Foi um trabalho
que durou 7 anos (1Reis 6,37.38). Foi
solenemente inaugurado por Salomão em
aproximadamente 950 a. C. (1 Reis 7 e 8).
Esse templo foi destruído completamente
até os alicerces em 586 a. C. por Nebuzaradã,
chefe da guarda e servidor do rei
Nabucodonozor da Babilônia (2 Reis 25:8-17, 2
Crônicas 36:15-19). A destruição do templo,
depois de 2 anos de assédio de Jerusalém,
culminou no exílio dos judeus em Babilônia.
A razão da sua destruição, segundo os profetas,
é motivada pela falta de fidelidade do povo.
É essa a leitura, por exemplo, que encontramos
em (Ezequiel 6).
O segundo templo, o TEMPLO DE ZOROBABEL, tem uma
história mais complicada. Algumas décadas depois da
destruição do templo de Salomão, os judeus voltaram do exílio
da Babilônia e puderam reconstruir o seu templo (no mesmo
local onde o templo de Salomão existira antes de ser destruído
- Esdras 2:68). Foi construído nos dias do profeta Ageu, quando
Zorobabel (descendente de Davi ) era o governador. As obras
foram iniciadas por ordem de Ciro, rei da Pérsia (Esdras 1:2-4).
Os anciãos choraram face à desigualdade de condições.
Essa primeira construção terminou em 515 a. C., quando foi
consagrado ao Senhor (Esdras 6:15). No decorrer do tempo ele
foi dilapidado pela ação dos inimigos e parcialmente arruinado
por falta de manutenção.
A imponência e fama que teve o segundo templo veio
graças à intervenção de Herodes o Grande, que ampliou de
forma monumental aquilo que existia. No século I a.C. , para
ganhar a simpatia dos judeus, Herodes, governador idumeu
imposto pelos romanos, remodelou templo e edificou uma das
sete maravilhas do Mundo Antigo.
Ele iniciou as obras de restauração em 18 a. C.
desenvolvendo um projeto altamente pretensioso e
dispendioso, em uma escala muito maior do que o templo
original. Com o propósito de agradar a César, manda construir
num dos vértices da muralha a Torre Antónia, uma guarnição
romana que dava acesso direto ao interior do pátio do templo.
Não se podia mudar a arquitetura do templo, Deus
havia dado o modelo a Davi, e ordenou que se seguisse o
modelo pré-determinado por Ele. A mudança que Herodes fez
simbolizava uma profanação para os judeus. O edifício
principal foi terminado em dez anos, mas Herodes e seus
sucessores ampliaram muito a área circundante com aterros,
muros de pedra e edificações, e a restauração só foi
considerada como concluída 83 anos mais tarde, no ano
65 d. C.
Certos autores designam o templo após esta
intervenção por "Terceiro Templo"; ficou conhecido também
como TEMPLO DE HERODES. Este foi o templo existente
quando o Senhor Jesus esteve na terra, muito admirado pelos
discípulos (Marcos 13:1, Lucas 21:5).
Passados apenas cinco anos depois de terminado, o
templo e as outras construções no monte foram
totalmente destruídos pelos romanos através de Tito, no
ano 70 depois de Cristo. Quando as legiões do imperador
Tito destruíram o templo, só uma parte do muro exterior
ficou em pé. Tito deixou este muro para que os judeus
tivessem a amarga lembrança de que Roma vencera a
Judéia (daí o nome de Muro das Lamentações).
Trata-se do único vestígio do antigo templo de
Herodes, erguido por Herodes o Grande no lugar do
Templo de Jerusalém inicial. No “muro das lamentações”
os judeus costumam fazer as suas preces já há muito
tempo, sendo hoje também uma atração turística. No
local onde ficava o antigo templo, existe uma mesquita,
chamada de Mesquita de Omar.
Duração da construção dos três templos do Antigo Testamento
O Templo de Salomão, o mais rico em obras de
arte, levou sete anos e meio para ser construído.
No segundo, o Templo de Zorobabel, maior,
porém menos rico do que o primeiro, foram gastos
vinte e um anos para construí-lo.
O terceiro, Templo de Herodes, o maior de
todos, embora belo e importante, não tinha o
esplendor do Templo de Salomão.
Esse templo teve sua construção iniciada no ano
dezenove antes de Cristo, mas somente ficou totalmente
terminado no ano de 65 da era cristã. Durou, portanto, 83 ou
84 anos a construção. Mas então Jesus não declarou que o
tempo levara 46 anos a ser construído? Disse, sim, e está
certo, certíssimo. A construção fora iniciada no ano 19 antes
de Cristo. Ora, quando Jesus se referiu aos 46 anos, foi na
véspera do ano 27 da era cristã. Portanto desde o início até a
data da declaração são exatamente 46 anos.
Nos dias de Jesus o Templo já estava em pleno uso, isto
é, a parte mais importante já estava pronta, mas não
totalmente terminado. A estrutura principal ficou pronta no
ano 9 antes de Cristo. Daí por diante registraram-se várias
interrupções na construção.
Resumo as datas mais importantes:
 Século XI a. C. (cerca de 990 anos antes de Cristo):
Construção do Primeiro Templo (TEMPLO DE SALOMÃO).
 586 a. C. O Templo de Salomão é destruído por
Nabucodonosor, rei de Babilônia.
 515 a. C. Os judeus constroem o Segundo Templo
(TEMPLO DE ZOROBABEL).
 18 a. C. Herodes o Grande amplia o Segundo Templo
(TEMPLO DE HERODES).
 70 d. C. : Tito destrói o Templo de Herodes.
TEMAS ESPECIAIS: O PROFETA ELIAS
Elias, significa “meu Deus é Jeová”, reflete seu caráter,
um homem totalmente dedicado ao Senhor. Sua história é
contada nomeio dos relatos dos reis de Israel e Judá, entre (1Rs
17 e 2Rs 2). Por trás dos milagres ocorridos em seu ministério
está a maneira harmoniosa em que o Senhor as utiliza para
ensinar sobre a fé.
Os milagres representam “sinais”, os quais desafiam os
que os testemunham para um momento decisivo. Portanto, eles
precisam decidir se ficarão a favor ou contra Deus. Isso é muito
claro no evento do monte Carmelo (1Rs 18:16-46). Quando o
fogo caiu do céu, todos responderam com fé (1Rs 18:39). Assim,
o sinal miraculoso desafiou o povo a responder com fé.
Os milagres de Elias serviram para
chamar muitas pessoas em Israel de volta a
Deus. Sua mensagem, contudo, teve uma
recepção diferente. Enquanto os prodígios
inspiravam uma resposta dos israelitas
desobedientes e mornos de todas as camadas
sociais, a palavra do profeta era dirigida
especificamente aos reis (e rainha também,
como no caso de Jezabel) de Israel e Judá (1Rs
17; 2Rs 1:1-17).
Acabe e Jezabel (filha do rei de Tiro - 1Rs 16:41) se
aproveitaram da posição real para promover o culto de
Baal em Israel. Felizmente, Deus providenciou uma
testemunha poderosa para Israel, Elias, o profeta, para se
contrapor àquela política e promover a fé verdadeira.
À dinastia de Onri cabe cerca de um terço do
espaço no relato sobre as casas dos Reis, embora ocupe
apenas um décimo dos 400 anos abrangidos pela
narrativa. Pelo tamanho, detalhes e centralidade de seu
relato, o autor de Reis está evidenciando que a luta entre
Javé e Baal era a peça principal de seu entendimento da
história de Israel.
A unidade literária de (1Rs 17-19), estruturada com esmero,
apresenta “uma Batalha dos Deuses” em que Javé assume os
poderes de Baal. O profeta Elias começou o tiroteio disparando
contra Acabe uma declaração a queima-roupa: “Tão certo como vive
o Senhor, Deus de Israel, [...] nem orvalho nem chuva haverá nestes
anos segundo a minha palavra” (1Rs 17:1).
Uma vez que a religião cananéia cultuava Baal como o deus
da vida e da fertilidade, o decreto implicava que, se Baal não
conseguisse impedir a seca imposta por Javé, Israel deveria chegar a
duas conclusões: (1) que só Javé, não Baal, é Deus, e (2) que Elias,
não os profetas de Baal, é o verdadeiro mensageiro de Deus.
Episódios subsequentes nos capítulos 17 e 18 servem para confirmar
essas verdades. Ainda que envolvam personagens humanos,
implicam um embate entre Javé e Baal, em que se refutam, ponto
por ponto, as crenças populares acerca de Baal.
As divindades concorrentes e seus profetas travaram a
batalha decisiva no monte Carmelo (1Rs 18). Mais uma vez,
como que zombando seu oponente divino, Javé dispara o
primeiro tiro, anunciando por meio de Elias que logo enviaria
chuva (v.1). Mais tarde no Carmelo, Elias, o único
representante de Javé, teve um confronto dramático com 450
profetas de Baal (v.20-40). Com ousadia, Elias convocou Israel
a cultuar ou a Javé ou a Baal, de acordo com o deus que
enviasse fogo sobre o sacrifício preparado (v.21, 24).
Quando chegou a vez de Elias, ele agiu com
simplicidade notável. Sua oração foi curta, direta e sem
manifestações frenéticas: "...“responde-me, Senhor, responde-
me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus...” (v.37).
De imediato, desceu fogo do céu, consumindo
seu sacrifício e o próprio altar (v.38). A visão
alarmante atingiu Israel de tal maneira que todos
reconheceram Javé como o único Deus (v.39). Elias
mandou executar os profetas de Baal (v.40), e Javé
confirmou que apenas ele era Deus, enviando a
chuva já anunciada.
Se o capítulo anterior colocava em dúvida os
atributos divinos reclamados por Baal, este episódio
questiona sua própria existência. Para Israel, a
escolha ficava entre Javé e uma simples ilusão.
O propósito das mensagens de Elias era
mais do que um pronunciamento de
condenação. O seu ministério profético levaria o
povo ao arrependimento, numa época de
apostasia nacional.
Contudo, a mensagem do profeta não
causou nenhuma mudança no comportamento
de Acabe. Influenciado por sua esposa Jezabel,
que era da cidade de Tiro (1Rs 21:25), o rei
continuou envolvido com a cultura canaanita ao
seu redor.
Até à próxima aula
sobre o livro de
1 e 2 CRÔNICAS!

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A História dos Reis de Israel e Judá

  • 1. O LIVRO DE 1 E 2 REIS
  • 2. TÍTULO Esse nome foi dado a esses livros devido às primeiras palavras com que o primeiro deles se inicia, “Wehammelek” em hebraico (“Sendo o rei...”), nome que se adapta perfeitamente ao assunto, pois os livros tratam do domínio dos reis dos dois reinos, o de Israel e o de Judá. No original hebraico 1 e 2 Reis formavam um só livro. Ao serem traduzidos para o grego, foram divididos pelos tradutores porque o grego requeria um terço mais de espaço do que o hebraico, e os rolos em que eram escritos eram de tamanho limitado.
  • 3. AUTOR Apesar de os livros serem anônimos, são tradicionalmente considerados como tendo sido escritos por Jeremias, auxiliado pelo seu secretário, Baruque (Jr 45). É evidente que o autor era pelo menos contemporâneo de Jeremias, e a ênfase dos livros sugere o ponto de vista dos profetas. Assim, Jeremias, o profeta que viveu na época do exílio (descrito nos capítulos finais) pode muito bem ter sido o autor. O autor fez uso de registros históricos da época, referindo-se às vezes a eles nos dois livros:  Livro dos Sucessos de Salomão (1Rs 11:41);  Livro das Crônicas dos Reis de Israel (1Rs 14:19);  Livro das Crônicas dos Reis de Judá (1Rs 14:29);  Livro de Isaías (2Rs 18-20 refere-se a Isaías 36-39);
  • 4. DATA (970-560 A.C.) Os acontecimentos de 1 e 2 Reis estendem-se desde a morte do rei Davi, o primeiro rei da aliança, até o cativeiro de Zedequias, último rei de Judá. No último capítulo há ainda uma referência à libertação de Joaquim, no ano 560 a.C., quando Evil-Merodaque começou a reinar na Babilônia.
  • 5. OBJETIVO Relacionar a história à observância da aliança. O autor procura enfatizar para a nação, que marchava para o cativeiro em 586, a conexão inseparável entre obediência e bênção, e entre desobediência e maldição. Os livros de Reis dão forte ênfase à necessidade de arrependimento e resposta ao Deus da aliança, de modo que a restauração pudesse ser efetuada e cumpridos os objetivos da aliança.
  • 6. ESBOÇO DE 1 E 2 REIS 1 Reis 1- Reino Unido sob Salomão ...................................................1-11 2- O Reino Dividido até Josafá .................................................12-22 2 Reis 1- O Senhor admoesta constantemente Israel até o colapso em 722 a.C. ...............................................1-17 2- O Senhor admoesta constantemente Judá até o colapso em 586 a.C. ...............................................18-25
  • 7. CONTEÚDO Os livros de 1 e 2 Reis são a continuação dos livros de Samuel. Como o nome sugere, registram os acontecimentos do reinado de Salomão e dos reis de Judá e Israel, que o sucederam. Abrangem um período de quatrocentos anos e contam a história do crescimento e depois do declínio do reino, que acabou dividido; Israel e Judá são levados para o cativeiro. Os livros dos Reis começam com o rei Davi e terminam com o rei da Babilônia. Começam com a construção do templo e terminam com a destruição do templo. Começam com o primeiro sucessor de Davi ao trono, Salomão, e terminam com o último sucessor, Joaquim, libertado do cativeiro pelo rei da Babilônia.
  • 8. Nestes livros o historiador não é um defensor da corte cujo propósito seria celebrar as façanhas do rei. Antes, avalia e com frequência critica os governantes, comparando cada um com Davi, o grande protótipo real. É demonstrado que, se rejeitarmos a Deus, teremos consequências ruins; Se obedecermos a Ele... nos abençoará (2Rs 10:32). A índole religiosa do período pode ser vista no caráter dos diversos reis de cada reino. Assim, a fórmula típica para apresentar os governantes de Judá é: 1- Sincroniza a ascensão do rei ao trono com o governo do rei do norte; 2- Declara a duração de seu governo; 3- Dá o nome de sua mãe; 4- Avalia seu reinado, geralmente em comparação com a devoção religiosa de Davi (1Rs 15: 9-11). Depois de Salomão, Judá teve dezenove reis e uma rainha, dos quais somente oito foram justos de acordo com o padrão divino. O reino de Israel, do norte, teve dezenove reis, mas todos eles fizeram o que era “mau” perante o Senhor.
  • 9. Apesar de Israel do norte ter tido somente reis maus, pelos padrões divinos, Judá teve alguns reis virtuosos. Cinco empenharam-se em reformas: Asa, Josafá, Joás, Ezequias e Josias. Dois dos reformadores, todavia, apostataram no fim dos seus dias (Asa e Joás), e os filhos, sucessores dos outros três reformadores (Josafá, Ezequias e Josias), foram maus e destruíram quase tudo o que havia sido feito. É de estranhar que quatro dos reformadores tiveram pais ímpios, e somente um (Asa, pai de Josafá) criou um filho piedoso.
  • 10. ACONTECIMENTOS CRUCIAIS EM ISRAEL DE SALOMÃO A ZEDEQUIAS Data Acontecimento Referência Bíblica 967-960 Construção do templo de Salomão com resplendor jamais visto, para simbolizar perante as nações a grandeza do Deus de Israel. (1Rs 5-8) 931 Divisão do Reino depois da morte de Salomão em “Israel” (Norte) e “Judá” (Sul). (1Rs 12:1-20) 722 Captura de Samaria pela Assíria após três anos de cerco; toda a população é deportada para a Assíria, devido à idolatria de Israel. (2Rs 17) 606-586 Jerusalém e o templo são destruídos pela Babilônia em 586 após ter recusado sujeitar-se ao governo babilônico. O povo foi deportado para a Babilônia em três levas, em 606, 597 e 586, ficando apenas os pobres. (2Rs 24-25)
  • 11. O período áureo de Davi e Salomão nunca foi duplicado nos tempos do Antigo Testamento. Eles juntaram Judá e Israel, formando uma entidade militar capaz de dominar seus vizinhos e um empreendimento comercial que trouxeram riqueza e fama sem precedentes. As tribos pouco ligadas umas às outras foram agrupadas por uma monarquia poderosa que ditou as regras por quase quatro séculos.
  • 12. A expansão territorial e os ideais religiosos, conforme são contemplados por Moisés, se concretizaram em grau maior do que jamais antes ou depois, na história de Israel. Não há que duvidar que Salomão representava a epítome da riqueza e da sabedoria de todos os reis que governaram em Jerusalém. A grandeza do reino de Salomão retrata as bênçãos prometidas ao reino de Davi baseadas na obediência e nos princípios teocráticos da aliança, revelando a intenção do Senhor para com o seu povo se este seguisse a sua liderança. Nos séculos seguintes, as esperanças proféticas acerca da restauração da sorte de Israel são repetidamente alusivas ao reino dravídico como um ideal.
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. A narrativa sobre essa era é brevemente contada em (1Rs 1:1 - 11:43) e (1Cr 1:1 – 9:31). O ponto focal de ambos os livros é a construção e dedicação do templo, o que recebe muito maior consideração do que qualquer outro aspecto do reinado de Salomão. Enquanto outros projetos de construção são meramente mencionados, aproximadamente cinquenta por cento da narrativa bíblica sobre o reinado de Salomão são dedicados à construção e consagração desse centro focal da religião de Israel. Outros projetos de construção, negócios e comércios, progresso industrial e sábia administração do reino, são mencionados apenas de passagem.
  • 18. O reinado de Salomão se caracterizou por paz e prosperidade. Davi estabelecera o reino – agora Salomão haveria de colher os benefícios dos labores de seu pai. Contudo, a ascensão de Salomão ao trono de seu pai não ocorreu sem oposição. A fraqueza inerente de Davi quanto aos problemas domésticos se evidenciou na falta de disciplina entre seus familiares (1Rs 1:6). Enquanto Salomão não fora publicamente coroado, Adonias fomentou a ambição de ser o sucessor de Davi. É claro que Adonias não fora ensinado a respeitar o fato divinamente revelado de que Salomão seria o herdeiro do trono de Davi (2Sm 7:12; 1Rs 1:17). Em certo sentido ele estava justificado disso. Amnom e Absalão haviam sido mortos. Quileabe, o terceiro filho maios velho de Davi, aparentemente falecera, pois não é mencionado; e Adonias era o próximo na linha de sucessão. Sendo assim, era natural que Adonias fosse o rei que subiria o trono, visto ser ele o filho mais velho (2Sm 3:4); contudo, Deus escolhera Salomão (1Cr 22:9, 10; 1Rs 2:13- 15).
  • 19. O capítulo final do reinado de Salomão é trágico (1Rs 11). Por qual razão o rei de Israel, que chegou ao zênite do sucesso nos campos da sabedoria, da riqueza, da fama e da aclamação internacional sob a bênção divina, teria terminado seu reinado de quarenta anos sob augúrios de fracasso, é algo que realmente nos deixa perplexos! Salomão, que desempenhou o liderante papel de consagrar o templo, afastou- se de uma total dedicação a Deus – experiência essa paralela à do povo de Israel, no deserto, depois da construção do tabernáculo. Salomão desobedeceu justamente ao primeiro mandamento, com sua norma inclusivista que permitiu a adoração aos ídolos em Jerusalém. Não apenas tolerou a idolatria, mas ele mesmo prestou honrarias a outros deuses.
  • 20. A idolatria, que era uma violação das palavras iniciais do decálogo (Ex 20), não podia ser tolerada. A repreensão divina (1Rs 11:9-13) provavelmente foi feita a Salomão por intermédio do profeta Aías, que figura mais adiante naquele capítulo. A dinastia davídica continuaria governando sobre uma parte do reino, por amor a Davi, com quem Deus estabelecera um pacto, e por causa de Jerusalém, que Deus escolhera. Deus não quebrantaria Sua promessa do pacto, embora Salomão houvesse perdido suas bênçãos e Seu favor, ficando temporariamente suspenso o juízo. Além disso, por amor a Davi, o reino não seria dividido durante os dias de Salomão, embora viessem a levantar-se adversários que ameaçariam a paz e a segurança, antes do término do seu reinado.
  • 21. Considere os acontecimentos que levaram à divisão do reino. Por muitos anos houve ciúme entre o Norte e o Sul. A causa do ciúme datava de trezentos anos e era devida principalmente ao ciúme entre as tribos de Efraim e Judá. Note as bênçãos que Jacó deu a Efraim (Gn 48:17-22; 49:22-26). E desde os dias de Josué, que era da tribo de Efraim, ela ocupava lugar de destaque. A transferência de autoridade para Judá deu-se com Davi, que pertencia a essa tribo. Todo esse ciúme entre as tribos intensificou-se por causa das privações pelas quais o povo passava, como resultado das arbitrariedades de Salomão. Suas exigências criaram opressão e sua infidelidade a Deus reclamava justiça (1Rs 11:26-43; 12:4).
  • 22. Os impostos durante o reinado de Salomão oneraram muito o povo. O luxo e a idolatria tinham rebaixado a moral. O reino estava a ponto de dividir-se. A prosperidade e o poder que Salomão alcançou tinham seus perigos. Isso custava dinheiro e significava aumento de impostos que se tornaram um fardo insuportável, gerando sementes de intranquilidade e revolta. Os empreendimentos comerciais de Salomão trouxeram uma riqueza fabulosa a Jerusalém. Infelizmente, essa riqueza não beneficiou todas as classes em Israel. Nem aliviou a severa taxação necessária para sustentar os grandes projetos de construção. As pessoas comuns, na realidade, talvez tivessem menos conforto no reinado de Salomão que nos de Davi e de Saul.
  • 23. Quando o filho de Salomão, Roboão, ameaçou colocar fardos mais pesados sobre o povo, sua imprudente teimosia só fez acrescentar combustível à fogueira, que se vinha formando e ardendo por quase trezentos anos, desde o tempo dos juízes. Em resumo, por que um reino tão maravilhoso dividiu-se com tal rapidez? Três foram os motivos: Espiritual, econômico e político.
  • 24.  Espiritualmente, aconteceu como o Senhor havia predito: devido à idolatria de Salomão causada por suas muitas esposas, o que em si já era violação (1Rs 11:11);  Economicamente, foi o resultado da tirania de Salomão e dos pesados impostos. Ele estabelecera um trono magnífico, mas o povo estava pobre e oprimido (1Rs 12);  Politicamente, havia antiga rivalidade entre Judá e Efraim, a qual foi explorada por Jeroboão, que era efraimita. Essa tribo relutou muitas vezes a inclinar-se à liderança de Judá. A Efraim pertenciam Josué e José, dois granes líderes do povo israelita.
  • 25. Os dois reinos que surgiram após a morte de Salomão são comumente distinguidos com as designações “do Norte” e “do Sul”. O último designa o estado menor, governado pela dinastia davídica, com sua capital em Jerusalém, até 586 a.C. Consistia das tribos de Judá e Benjamim, que apoiaram a Roboão com um exército quando o resto das tribos se separou em rebeldia contra as medidas opressivas de Salomão e seu filho (1Rs 12:21). O “reino do Norte” é o nome das tribos que se separaram, as quais fizeram de Jeroboão o seu rei. Esse reino perdurou até 722 a.C., tendo por capital, sucessivamente, as cidades de Siquém, Tirza e Samaria.
  • 26.
  • 27.
  • 28. Era costume, segundo a lei, o povo ir a Jerusalém regularmente para adorar (Dt 12:11, 14; 16:6, 15, 16; 1Sm 1:3, 7). Diante disto, Jeroboão cria um sistema de culto aos bezerros em Israel (1Rs 12:25ss). Essa instituição foi obviamente um expediente político para evitar que o povo descesse até Jerusalém e o seu templo. O rei receava que as suas dez tribos viajassem a Jerusalém, a capital do reino de Roboão, a fim de lá adorarem a Deus. Por isso, fundiu dois bezerros de ouro e os colocou em lugares convenientes – Betel (Gn 28:11-19) no sul, e Dã (Jz 18:29, 30). No extremo norte do reino, de modo que o povo não tivesse de ir a Jerusalém. Tomando essa atitude, Jeroboão começou um falso sistema substituto de adoração a Jeová (12:28). Como Arão o fizera antes, ele infringiu o segundo mandamento para maior conveniência do culto. Essa atitude exigia um novo sistema de sacerdócio, usando o laicato em vez de levitas, que tinham ido para Judá (2Cr 11:14).
  • 29. Em 722 a.C., após 256 anos, o povo foi levado cativo pelo rei da Assíria (2Rs 17). O orgulhoso reino de Israel havia caído para não mais se levantar (2Rs 17:1-6; Am 5:2). Samaria foi destruída pela Assíria depois de um cerco de três anos, e o Israel do norte deportado para a Assíria. Judá escapou de receber também esse pesado julgamento naquela ocasião devido à apressada reforma e ao expurgo da idolatria por Ezequias, que até mesmo celebrou uma Páscoa de emergência. Muitos dos profetas de Israel tinham advertido o povo quanto ao cativeiro, mas eles não quiseram voltar-se da idolatria para Jeová. Os assírios eram guerreiros fortes e cruéis. Construíram seu reino com a pilhagem de outras nações. Esfolavam pessoas vivas, cortavam-lhes a língua, arrancavam- lhes os olhos, desmembravam-lhes os corpos, e depois, para infundir terror, levantavam montes de crânios humanos.
  • 30. O autor faz uma pausa para examinar as ruínas desse reino antes grandioso e para interpretar sua derrocada (2Rs 17:7-23; 18:12). No verdadeiro estilo profético, eles consideram os assírios meros instrumentos de um Deus que teve de julgar a devassidão desenfreada e a completa depravação espiritual de Israel. Seu desprezo pela aliança, afirma o autor, provocaram a fúria de Deus, sem deixar outra alternativa senão o julgamento.
  • 31. Tal julgamento foi piorado pela deportação de boa parte dos sobreviventes israelitas e da introdução de hordas pagãs que contribuíram para a delinquência da terra com suas religiões estranhas. Essa mistura de povos era uma prática assíria corrente, tendo por objetivo refrear revoltas, esfriando os ânimos do patriotismo. O sincretismo étnico e religioso dos samaritanos (2Rs 17:41), bem como a oposição deles à restauração de Judá (registrada em Esdras e Neemias) ajudam a explicar as atitudes hostis para com eles na época do Novo Testamento (Jo 4).
  • 32. Visto que certo número de famílias governaram no reino do Norte, em contraste com a dinastia única havida em Judá, um simples esboço, baseado sobre as dinastias liderantes em Israel, pode ser sugerido. Dinastias em Israel Referências Bíblicas Dinastia de Jeroboão 1Rs 12-15 Dinastia de Baasa 1Rs 15-16 Dinastia de Onri 1Rs 16-22; 2Rs 1-9 Dinastia de Jeú 2Rs 10-15 Últimos Reis 2Rs 15-17; 2Rs 18-25
  • 33. A única fonte informativa que apresenta um relato histórico contínuo sobre o reino do Norte é (1Rs 12:1 – 2Rs 17:41). Integrados nesse registro figuram eventos contemporâneos do reino do Sul. Visto que o reino do Norte chegou ao fim em 722 a.C. (Israel foi reduzido a uma província assíria), o autor dos livros de Reis dá prosseguimento à narrativa contínua sobre o reino do Sul em (2Rs 18:1 – 25:30) até à queda de Jerusalém, em 586 a.C.
  • 34. O Reino do Sul tentou conquistar o do Norte. Durante oitenta anos houve guerra contínua entre eles. Mas fracassaram no seu propósito. Veio então um período de oitenta anos de paz entre os dois reinos, depois do casamento do filho de Josafá (Reino do sul) com a filha de Acabe (Reino do Norte). Finalmente houve um período de cinquenta anos durante o qual se guerrearam, de tempos em tempos, até o cativeiro. No Reino do Sul houve só uma dinastia (Davídica), de Roboão a Zedequias.
  • 35. Apesar de Deus ter feito aliança com Davi e sua descendência, o povo não entendeu que deveria guardar as leis da aliança para obter bênçãos do Senhor. Assim, quando a Assíria ameaçou invadir Judá, eles interpretaram mau o agir de Deus pelo povo. O autor de Reis contrasta a apostasia de Israel com a fé firme de Ezequias. Contra as probabilidades, o rei confiou em Javé para o livramento de Judá – e Javé o livrou! Além disso, ele retrata a invasão assíria como um confronto entre Javé e a Assíria.
  • 36. Javé, não a Assíria, emergiu vitorioso, chegando a abater Senaqueribe no templo em sua própria terra. Infelizmente, o livramento miraculoso causou problemas para os profetas subsequentes como Jeremias. As pessoas interpretaram o resgate como prova de que Sião, com o palácio de Davi e o templo de Salomão, jamais cairia. Usaram a vitória de Judá como pretexto para complacência e transgressão. Por fim, as referências à Babilônia preveem seu futuro papel na queda de Judá. Mais tarde, o autor de Reis, que contou a história da preservação milagrosa, terá o triste dever de contar a trágica história do colapso de Jerusalém (2Rs 25).
  • 37. Em 586 a.C. (cerca de 136 anos depois de a Assíria ter levado cativo o Reino do Norte), o Reino do Sul foi levado em cativeiro por Nabucodonosor, rei da Babilônia. Jerusalém foi destruída, o templo queimado e os príncipes levados presos. Nabucodonosor exilou todo o povo para a Babilônia, com exceção dos pobres. O exílio foi em três etapas: em 606 (Daniel 1:1), 597 (2Rs 24:11-12) e 586 (2Rs 25:8-11). O povo esquecera-se de Deus e se recusara a ouvir as advertências dos profetas. Deus queria que seu povo aprendesse a lição de obediência e dependência dele. Sem dúvida, o caminho dos transgressores é áspero.
  • 38. A queda de Jerusalém e a destruição do templo foram acontecimentos que marcaram época na história de Israel. Sua queda foi lembrada por Jeremias em suas Lamentações. Os motivos para a destruição e o cativeiro podem ser resumidos em três pontos:  Recusaram-se a guardar a Lei da aliança e recorreram a toda a idolatria e abominações dos gentios (Dt 28:58; 2Cr 36:14);  Recusaram-se a aceitar as correções dos profetas de Deus e os castigos do Senhor (Lv 26:14-3; 2Cr 25:4; 36:15-16);  Recusaram-se a guardar os sábados de Deus e os anos sabáticos (Lv 26:33-35; 2Cr 36:21).
  • 39. O autor de Reis descreve o sofrimento de Jerusalém com muitos detalhes (como faz Lamentações em forma poética). Os saques e os incêndios, as pilhagens e as espoliações selvagens documentam o julgamento divino, há muito esperado, dos crimes de Manassés. O julgamento necessário, anunciado na Torá (Lv 26; Dt 28), introduzido em Juízes, por tanto tempo prometido pelos profetas e executado de maneira tão cruel pelos babilônios surtira efeito.
  • 40. Há uma grande diferença entre a queda de Israel e a de Judá. Israel ficou disperso entre as nações por um período indefinido, mas Deus limitou a extensão do cativeiro de Judá a 70 anos. Judá deveria voltar a Jerusalém, o que veio a acontecer mais tarde. O Messias viria de Judá e Deus estava preparando o caminho para que ele viesse à Palestina e não à Babilônia ou Assíria. Deus usava os próprios governantes das nações estrangeiras na realização de seu plano. Ciro, rei da Pérsia, por exemplo, expediria um decreto permitindo a volta dos judeus à sua pátria, a Palestina. Deus permitiu que o autor sagrado descrevesse Joaquim livre das algemas, comendo à mesa do rei. A tempestade havia passado; dias melhores nasciam. O autor de 1-2 Reis encerra com uma observação mais esperançosa. Essa história, no entanto, não pertence a Reis, mas a Esdras e a Neemias.
  • 41. TEMAS ESPECIAIS: O TEMPLO Aspectos da construção O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto ano de seu reinado seguindo o plano arquitetônico transmitido por Davi, seu pai (1 Reis 6:1; 1 Crónicas 28:11-19). O trabalho prosseguiu por sete anos (1 Reis 6:37, 38). Ao organizar o trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel, enviando-os ao Líbano em equipes de 10.000 a cada mês. Convocou 70.000 dentre os habitantes do país que não eram israelitas, para trabalharem como carregadores, e 80.000 como cortadores (1 Reis 5:15; 9:20, 21; 2 Crónicas 2:2). Como responsáveis pelo serviço, Salomão nomeou 3.300 como encarregados da obra (1 Reis 5:16). O templo era pequeno para o número de funcionários utilizados, mas foi uma das obras públicas mais custosas da época.
  • 42.
  • 43. O templo tinha uma planta muito similar à tenda ou tabernáculo que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo, sendo maiores do que as do tabernáculo. As medidas do templo eram: O templo que o rei Salomão construiu para o Senhor media vinte e sete metros de comprimento, nove metros de largura e treze metros e meio de altura. O templo possuía 3 divisões principais; o pórtico (saguão de entrada), o santuário (salão principal) e o santo dos santos (santuário interior em forma de cubo) (1 Reis 6:2).
  • 44.
  • 45. Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e a madeira. O rei utilizou para a edificação do templo pedras grandes e lavradas. Salomão mandou entalhar grandes pedras (1Reis 5:15) que eram encaixadas umas nas outras, de forma que não se usavam ferramentas para entalhar na obra (não se ouviam martelos ou instrumentos de ferro na obra). As paredes e o teto eram inteiramente revestidos de ouro. (1 Reis 6:15, 18, 21, 22, 29). As paredes internas e o teto eram forrados de ouro. A parte central do templo era forrada com madeira de cipreste e coberta com placas de ouro. Haviam também jóias fixadas nas paredes que aumentavam a beleza interna do templo. O ouro era de melhor qualidade e todas as paredes, portas e batentes estavam revestidos com ouro.
  • 46. Dentro do templo, numa das extremidades, ficava o lugar mais sagrado de todos, o Santo dos Santos. Era o lugar mais interno do templo, nele, somente uma vez por ano, no dia da Expiação, o sumo sacerdote entrava para oferecer sacrifício para perdoar seus pecados e depois fazia o sacrifício pelos pecados do povo. Era no Santo dos Santos que ficava a arca da aliança. O lugar era coberto de ouro e tinha um altar de madeira revestido de ouro também. Existiam dois querubins iguais feitos de madeira e revestidos com ouro. Eles simbolizavam a proteção das coisas sagradas, neste caso, a Arca da Aliança. (O povo não podia ver os querubins, pois só o sumo sacerdote tinha acesso ao Santo dos Santos).
  • 47. O ouro e a prata vieram, na sua maioria, de uma arrecadação feita por Davi (1Cr 28:19; 29:1-9). Por que a casa de Deus seria tão suntuosa quando grande parte do povo era pobre? Porque o Templo devia refletir a glória e a grandeza do Deus de Israel e simbolizar essa glória para as nações (2Cr 2:5-12).
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  • 50. Os Templos da História de Israel Há três templos terrenos mencionados nas Escrituras, os quais, apesar de serem considerados a morada de Deus, levam o nome de seus construtores: Tempo de Salomão, Templo de Zorobabel, Templo de Herodes. O primeiro é o TEMPLO DE SALOMÃO, que foi destruído pelos babilônios cerca de 587 a.C. (2Rs 25:8, 9). O segundo é o TEMPLO DE ZOROBABEL (Ed 5:2; 6:15-18). Não se comparava na elegância de suas linhas com o de Salomão. O terceiro foi o TEMPLO DE HERODES erigido em escala mais grandiosa.
  • 51. O primeiro templo é chamado Templo de Salomão, pois foi construído por ele, no século XI antes de Cristo, sobre um terreno comprado pelo rei Davi, no monte Moriá (2Samuel 7,1-16; 1Reis 5,3-5; 8,17; 1Crônicas 17,1-14; 22,6-10; 2Crônicas 3:1), tradicionalmente conhecido como o monte onde Abraão havia oferecido e quase sacrificado seu filho Isaque como oferta ao Senhor (Gênesis 22:2).
  • 52. A construção do Templo tinha sido desejada pelo rei Davi. Contudo, ele não pode construí-la por que Deus não o permitiu (1Rs 5:3; 1Cr 22:6-9), ficando assim a cargo de seu filho Salomão. O objetivo era ter uma ‘casa’ para a Arca da Aliança. Salomão, então, posteriormente a construiu. Foi um trabalho que durou 7 anos (1Reis 6,37.38). Foi solenemente inaugurado por Salomão em aproximadamente 950 a. C. (1 Reis 7 e 8).
  • 53. Esse templo foi destruído completamente até os alicerces em 586 a. C. por Nebuzaradã, chefe da guarda e servidor do rei Nabucodonozor da Babilônia (2 Reis 25:8-17, 2 Crônicas 36:15-19). A destruição do templo, depois de 2 anos de assédio de Jerusalém, culminou no exílio dos judeus em Babilônia. A razão da sua destruição, segundo os profetas, é motivada pela falta de fidelidade do povo. É essa a leitura, por exemplo, que encontramos em (Ezequiel 6).
  • 54. O segundo templo, o TEMPLO DE ZOROBABEL, tem uma história mais complicada. Algumas décadas depois da destruição do templo de Salomão, os judeus voltaram do exílio da Babilônia e puderam reconstruir o seu templo (no mesmo local onde o templo de Salomão existira antes de ser destruído - Esdras 2:68). Foi construído nos dias do profeta Ageu, quando Zorobabel (descendente de Davi ) era o governador. As obras foram iniciadas por ordem de Ciro, rei da Pérsia (Esdras 1:2-4). Os anciãos choraram face à desigualdade de condições. Essa primeira construção terminou em 515 a. C., quando foi consagrado ao Senhor (Esdras 6:15). No decorrer do tempo ele foi dilapidado pela ação dos inimigos e parcialmente arruinado por falta de manutenção.
  • 55. A imponência e fama que teve o segundo templo veio graças à intervenção de Herodes o Grande, que ampliou de forma monumental aquilo que existia. No século I a.C. , para ganhar a simpatia dos judeus, Herodes, governador idumeu imposto pelos romanos, remodelou templo e edificou uma das sete maravilhas do Mundo Antigo. Ele iniciou as obras de restauração em 18 a. C. desenvolvendo um projeto altamente pretensioso e dispendioso, em uma escala muito maior do que o templo original. Com o propósito de agradar a César, manda construir num dos vértices da muralha a Torre Antónia, uma guarnição romana que dava acesso direto ao interior do pátio do templo.
  • 56. Não se podia mudar a arquitetura do templo, Deus havia dado o modelo a Davi, e ordenou que se seguisse o modelo pré-determinado por Ele. A mudança que Herodes fez simbolizava uma profanação para os judeus. O edifício principal foi terminado em dez anos, mas Herodes e seus sucessores ampliaram muito a área circundante com aterros, muros de pedra e edificações, e a restauração só foi considerada como concluída 83 anos mais tarde, no ano 65 d. C. Certos autores designam o templo após esta intervenção por "Terceiro Templo"; ficou conhecido também como TEMPLO DE HERODES. Este foi o templo existente quando o Senhor Jesus esteve na terra, muito admirado pelos discípulos (Marcos 13:1, Lucas 21:5).
  • 57. Passados apenas cinco anos depois de terminado, o templo e as outras construções no monte foram totalmente destruídos pelos romanos através de Tito, no ano 70 depois de Cristo. Quando as legiões do imperador Tito destruíram o templo, só uma parte do muro exterior ficou em pé. Tito deixou este muro para que os judeus tivessem a amarga lembrança de que Roma vencera a Judéia (daí o nome de Muro das Lamentações). Trata-se do único vestígio do antigo templo de Herodes, erguido por Herodes o Grande no lugar do Templo de Jerusalém inicial. No “muro das lamentações” os judeus costumam fazer as suas preces já há muito tempo, sendo hoje também uma atração turística. No local onde ficava o antigo templo, existe uma mesquita, chamada de Mesquita de Omar.
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  • 66. Duração da construção dos três templos do Antigo Testamento O Templo de Salomão, o mais rico em obras de arte, levou sete anos e meio para ser construído. No segundo, o Templo de Zorobabel, maior, porém menos rico do que o primeiro, foram gastos vinte e um anos para construí-lo. O terceiro, Templo de Herodes, o maior de todos, embora belo e importante, não tinha o esplendor do Templo de Salomão.
  • 67. Esse templo teve sua construção iniciada no ano dezenove antes de Cristo, mas somente ficou totalmente terminado no ano de 65 da era cristã. Durou, portanto, 83 ou 84 anos a construção. Mas então Jesus não declarou que o tempo levara 46 anos a ser construído? Disse, sim, e está certo, certíssimo. A construção fora iniciada no ano 19 antes de Cristo. Ora, quando Jesus se referiu aos 46 anos, foi na véspera do ano 27 da era cristã. Portanto desde o início até a data da declaração são exatamente 46 anos. Nos dias de Jesus o Templo já estava em pleno uso, isto é, a parte mais importante já estava pronta, mas não totalmente terminado. A estrutura principal ficou pronta no ano 9 antes de Cristo. Daí por diante registraram-se várias interrupções na construção.
  • 68. Resumo as datas mais importantes:  Século XI a. C. (cerca de 990 anos antes de Cristo): Construção do Primeiro Templo (TEMPLO DE SALOMÃO).  586 a. C. O Templo de Salomão é destruído por Nabucodonosor, rei de Babilônia.  515 a. C. Os judeus constroem o Segundo Templo (TEMPLO DE ZOROBABEL).  18 a. C. Herodes o Grande amplia o Segundo Templo (TEMPLO DE HERODES).  70 d. C. : Tito destrói o Templo de Herodes.
  • 69. TEMAS ESPECIAIS: O PROFETA ELIAS Elias, significa “meu Deus é Jeová”, reflete seu caráter, um homem totalmente dedicado ao Senhor. Sua história é contada nomeio dos relatos dos reis de Israel e Judá, entre (1Rs 17 e 2Rs 2). Por trás dos milagres ocorridos em seu ministério está a maneira harmoniosa em que o Senhor as utiliza para ensinar sobre a fé. Os milagres representam “sinais”, os quais desafiam os que os testemunham para um momento decisivo. Portanto, eles precisam decidir se ficarão a favor ou contra Deus. Isso é muito claro no evento do monte Carmelo (1Rs 18:16-46). Quando o fogo caiu do céu, todos responderam com fé (1Rs 18:39). Assim, o sinal miraculoso desafiou o povo a responder com fé.
  • 70. Os milagres de Elias serviram para chamar muitas pessoas em Israel de volta a Deus. Sua mensagem, contudo, teve uma recepção diferente. Enquanto os prodígios inspiravam uma resposta dos israelitas desobedientes e mornos de todas as camadas sociais, a palavra do profeta era dirigida especificamente aos reis (e rainha também, como no caso de Jezabel) de Israel e Judá (1Rs 17; 2Rs 1:1-17).
  • 71. Acabe e Jezabel (filha do rei de Tiro - 1Rs 16:41) se aproveitaram da posição real para promover o culto de Baal em Israel. Felizmente, Deus providenciou uma testemunha poderosa para Israel, Elias, o profeta, para se contrapor àquela política e promover a fé verdadeira. À dinastia de Onri cabe cerca de um terço do espaço no relato sobre as casas dos Reis, embora ocupe apenas um décimo dos 400 anos abrangidos pela narrativa. Pelo tamanho, detalhes e centralidade de seu relato, o autor de Reis está evidenciando que a luta entre Javé e Baal era a peça principal de seu entendimento da história de Israel.
  • 72. A unidade literária de (1Rs 17-19), estruturada com esmero, apresenta “uma Batalha dos Deuses” em que Javé assume os poderes de Baal. O profeta Elias começou o tiroteio disparando contra Acabe uma declaração a queima-roupa: “Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, [...] nem orvalho nem chuva haverá nestes anos segundo a minha palavra” (1Rs 17:1). Uma vez que a religião cananéia cultuava Baal como o deus da vida e da fertilidade, o decreto implicava que, se Baal não conseguisse impedir a seca imposta por Javé, Israel deveria chegar a duas conclusões: (1) que só Javé, não Baal, é Deus, e (2) que Elias, não os profetas de Baal, é o verdadeiro mensageiro de Deus. Episódios subsequentes nos capítulos 17 e 18 servem para confirmar essas verdades. Ainda que envolvam personagens humanos, implicam um embate entre Javé e Baal, em que se refutam, ponto por ponto, as crenças populares acerca de Baal.
  • 73. As divindades concorrentes e seus profetas travaram a batalha decisiva no monte Carmelo (1Rs 18). Mais uma vez, como que zombando seu oponente divino, Javé dispara o primeiro tiro, anunciando por meio de Elias que logo enviaria chuva (v.1). Mais tarde no Carmelo, Elias, o único representante de Javé, teve um confronto dramático com 450 profetas de Baal (v.20-40). Com ousadia, Elias convocou Israel a cultuar ou a Javé ou a Baal, de acordo com o deus que enviasse fogo sobre o sacrifício preparado (v.21, 24). Quando chegou a vez de Elias, ele agiu com simplicidade notável. Sua oração foi curta, direta e sem manifestações frenéticas: "...“responde-me, Senhor, responde- me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus...” (v.37).
  • 74. De imediato, desceu fogo do céu, consumindo seu sacrifício e o próprio altar (v.38). A visão alarmante atingiu Israel de tal maneira que todos reconheceram Javé como o único Deus (v.39). Elias mandou executar os profetas de Baal (v.40), e Javé confirmou que apenas ele era Deus, enviando a chuva já anunciada. Se o capítulo anterior colocava em dúvida os atributos divinos reclamados por Baal, este episódio questiona sua própria existência. Para Israel, a escolha ficava entre Javé e uma simples ilusão.
  • 75. O propósito das mensagens de Elias era mais do que um pronunciamento de condenação. O seu ministério profético levaria o povo ao arrependimento, numa época de apostasia nacional. Contudo, a mensagem do profeta não causou nenhuma mudança no comportamento de Acabe. Influenciado por sua esposa Jezabel, que era da cidade de Tiro (1Rs 21:25), o rei continuou envolvido com a cultura canaanita ao seu redor.
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  • 83. Até à próxima aula sobre o livro de 1 e 2 CRÔNICAS!