Servidores públicos de Hortolândia entraram em greve por tempo indeterminado reivindicando aumento salarial de 7% ao ano. Eles estão em frente à prefeitura aguardando negociações e realizaram uma passeata pelas ruas centrais da cidade. A prefeitura ofereceu aumento de apenas 1,56%.
Conferência SC 24 | Estratégias de diversificação de investimento em mídias d...
Jornal Correio Popular
1. "Vamos
permanecer em
greve por tempo
indeterminado.
Estamos
aguardando a
Prefeitura para
conversar."
Hortolândia: servidor entra em greve
Presidente do Sindicato
Morador reclama de
sujeira no Cambuí
MILTON VIANNA PINTO
Moradores do Cambuí recla-
mam do lixo acumulado nas
calçadas e com a falta de varri-
ção das vias, principalmente,
nos primeiros dias da semana,
decorrente do movimento do
bairro nos finais de semana.
De acordo com as reclama-
ções, constatadas pela reporta-
gem do Correio, o bairro, que
abriga muitos bares e restau-
rantes, é desrespeitado por pes-
soas sem educação, que lan-
çam pela via pública todo tipo
de lixo e sujeira. O problema se
agrava com o acúmulo de fo-
lhas, transformando calçadas e
ruas em cenários de “fim de fes-
ta”. Na segundas e terças-fei-
ras, sem varrição imediata, o
problema fica evidente.
Além disso, fezes de animais
são deixadas ao ar livre nas cal-
çadas, ou, em alguns casos, os
saquinhos usados pelos donos
para recolher os dejetos são dei-
xados próximos a árvores. A po-
pulação local já pede há algum
tempo por uma atenção maior
com o bairro, mas ainda não
conseguiram ser atendidos.
Carlos Roberto Lopes, dire-
tor voluntário de uma creche
aqui na cidade e que mora no
bairro, diz que a situação é re-
corrente, e nada é feito. “A lim-
peza de uma cidade é um dos
primeiros passos para arrumar
um país”, defende o diretor.
Segundo ele, a varrição das
vias, de responsabilidade da
Prefeitura Municipal de Campi-
nas, é precária, além da falta de
cuidado dos comerciantes com
as calçadas, que devem ser lim-
pas por eles, e da falta de edu-
cação dos donos inconsequen-
tes de animais, que deixam
“um legado para os pedestres”
na calçada.
Uma funcionária da Rua
Maria Monteiro, que preferiu
não se identificar, disse que ela
mesma faz a limpeza das ruas
quando a situação ultrapassa o
limite do aceitável. “É melhor,
porque assim eu posso colabo-
rar um pouco com a cidade.
Mas sempre jogam lixo de no-
vo. É uma questão de educa-
ção do povo também”, afir-
mou.
OUTRO LADO
A Prefeitura informou que o
Departamento de Limpeza Ur-
bana da Secretaria de Serviços
Públicos prometeu intensificar
a fiscalização da limpeza das
ruas do Cambuí, e realizar o
serviço conforme for constata-
da sujeira. Ainda de acordo
com a Administração, isso de-
ve acontece ainda essa sema-
na. (Beatriz Maineti/Especial
para a Agência Ânhanguera)
CAMPANHA ||| SALARIAL
Daniel de Camargo
DA AGÊNCIA ANHANGUERA
daniel.camargo@rac.com.br
Os servidores públicos de Hor-
tolândia deflagraram greve na
manhã de ontem. A concentra-
ção ocorreu em frente à Prefei-
tura, entre 7h e 14h, ocasio-
nando a interdição de um tre-
cho da Avenida Olívio Frances-
chini, no Remanso Campinei-
ro. Milton Vianna Pinto, presi-
dente do Sindicato dos Traba-
lhadores do Serviço Público
do Município de Hortolândia
(STSPMH), informou que a
principal reivindicação é refe-
rente ao valor do reajuste sala-
rial.
A categoria pede aumento
de 7% (IPCA mais 5% de au-
mento real), enquanto a Pre-
feitura aplicou em junho,
uma correção de 1,56%. Além
disso, os funcionários solici-
tam outros benefícios sem cus-
to compartilhado. Entre os pe-
didos que, segundo o líder sin-
dical, vem sendo feitos desde
2008, está a concessão de pla-
no odontológico.
Pinto diz que hoje haverá
um café comunitário as 7h
em frente ao Paço Municipal.
A partir das 9h, os trabalhado-
res sairão em passeata pelas
ruas da região central, retor-
nando em seguida para o pon-
to de partida. “A adesão no pri-
meiro dia foi de aproximada-
mente 70% dos nossos associa-
dos que, atualmente, gira em
torno de 1,3 mil trabalhado-
res. Somente o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgên-
cia (Samu) operou normal-
mente”, enfatizou.
O líder sindical comentou
que nas reuniões realizadas
antes da paralisação, Pedro
Reis Galindo, secretário de Fi-
nanças, disse repetidamente
que o município não tem con-
dições financeiras para aten-
der as solicitações.
A afirmação é contestada
por Araken Lunardi, vice-pre-
sidente da Federação dos Sin-
dicatos Públicos Municipais
do Estado de São Paulo
(FEESSPMESP), que apoia mo-
bilizações como esta há quase
12 anos.
Segundo ele, um documen-
to foi protocolado junto ao
Executivo, apontando que
existe verba disponível. “Fize-
mos um levantamento técni-
co assinado por contadores e
outros profissionais da área
com base em dados divulga-
dos pela própria Prefeitura no
Portal da Transparência”, des-
tacou. Mediante essas infor-
mações, Lunardi diz que não
há outra interpretação para o
cenário que não seja a má von-
tade da Administração para
com os servidores.
A reportagem cobrou uma
posição da Prefeitura sobre a
greve por telefone e por
e-mail, mas não obteve retor-
no até o fechamento desta
edição.
Indignação
Voz ativa entre os grevistas,
Regiane Magalhães, servidora
pública há 14 anos, solicitava
aos colegas que, ao fim do
dia, recolhessem o lixo, não
causando transtornos ou pos-
sibilitando conotações negati-
vas à ação. Indignada, ela aca-
lorou o discurso ao ressaltar
que, além de trabalhar no mu-
nicípio, reside lá. Por isso, diz
querer o melhor para Horto-
lândia.
“É uma vergonha o que es-
tá acontecendo”, fala, ao se
pronunciar sobre o reajuste
concedido. “A gente vê a Pre-
feitura beneficiando assesso-
res, que custam R$ 11 milhões
por ano”, comenta, comple-
tando que, enquanto isso, a
Saúde sofre com a falta de in-
sumos e até papel higiênico.
Mobilização
Os servidores ficaram aglome-
rados em frente à Prefeitura,
onde estava parado um carro
de som da Central dos Sindica-
tos Brasileiros (CSB), que tam-
bém apoia o movimento.
Além dos discursos, o mesmo
servia para manter a atmosfe-
ra da greve. Uma faixa refor-
çando que a greve era justa foi
fixada no alambrado do esta-
cionamento. Além disso, al-
guns trabalhadores usavam
nariz de palhaço, retratando
sua repulsa com a situação.
Beatriz Maineti
ESPECIAL PARA AGÊNCIA ANHANGUERA
beatriz.andrade@rac.com.br
No próximo domingo, 5,
acontece mais uma edição
da tradicional Corrida e Ca-
minhada do Café e Corrida
Kids, a 3ª, na Fazenda Santa
Elisa, do Instituto Agronômi-
co de Campinas (IAC). O
evento, que busca trazer de
volta a cultura campineira
do café, traz muitas novida-
des para os participantes e vi-
sitantes desta edição, além
de proporcionar uma expe-
riência aromática e cheia de
conhecimento.
A corrida, com trajeto de
seis quilômetros, percorre
pontos históricos da fazen-
da, como o corredor de bam-
bus, construído pelo Barão
Geraldo de Rezende para a fi-
lha albina, que não podia se
expor ao sol.
As inscrições são limita-
das, com número máximo
de mil atletas, e vão até a pró-
xima sexta-feira, 3, ou até o
limite ser atingido, e podem
ser feitas pelo site www.corri-
dadocafe.org.br.
Centros de pesquisas
A Fazenda Santa Elisa, onde
a corrida acontecerá, tem
692 hectares e 14 quilôme-
tros de divisas, e abriga sete
centros de pesquisa do IAC,
os de Café, Grãos, Fibras,
Horticultura, Solos, Ecofisio-
logia e Biofísica, Fitossanida-
de e Recursos Genéticos Ve-
getais.
No local, ainda, os prédios
de pesquisa, administração,
laboratórios e estufas são ro-
deados por bosques, grama-
dos e coleções raras de plan-
tas nativas e exóticas, e con-
ta com o nascimento do ri-
beirão Colombo, afluente do
Rio Piracicaba. Os seis quilô-
metros de corrida serão per-
corridos dentro deste espa-
ço, buscando fortalecer os
vínculos campineiros com o
café, e trazendo mais conhe-
cimento sobre essa cultura
histórica.
A corrida conta ainda com
Conceição Geremias, penta-
campeã de heptatlo, como
madrinha. Considerada um
dos principais nomes do atle-
tismo brasileiro, Conceição
nasceu na histórica Fazenda
Santa Elisa, onde, aos 13
anos, começou a dar os pri-
meiros passos dentro do es-
porte.
Seus pais moraram na fa-
zenda, onde criaram os oito
filhos, sendo Conceição a
sexta deles. A atleta se lem-
bra de morar no local até por
volta de 1977. A atleta ficou
conhecida após conquistar a
medalha de ouro no heptatlo
dos jogos Pan-Americanos
em 1983, em Caracas.
Entretanto, uma das maio-
res novidades da Corrida e
Caminhada do Café este ano
é a entrega de uma xícara de
café comestível, produzida
pela MARVI, aos corredores
inscritos. Segundo o profes-
sor Ali El-Katib, idealizador
do Campinas Café Festival,
realizador do evento, a xíca-
ra é resultado de uma gran-
de pesquisa feita pela empre-
sa, especializada em fazer
“casquinhas” e “cascões” de
sorvete.
A xícara possui uma cober-
tura de chocolate, que se
mantém térmica, dá crocân-
cia para a “gostosura” e, ao fi-
nal, dá um gosto mais doce
ao café, e será distribuída pa-
ra os participantes inscritos
ao fim da prova. “Os partici-
pantes poderão correr no
centro histórico, terão lazer,
irão adquirir conhecimento
e, no fim, comerão toda essa
história com café”, ilustrou o
professor.
Denuncie a situação de
seu bairro por e-mail,
telefone ou redes sociais
(19) 99998-9902cidades@rac.com.br
Tradicional Corrida do Café acontece no domingo
Cidade Reclama facebook.com/CPopular/
VIVÊNCIA ||| HISTÓRICO
Categoria pede reajuste de 7% (IPCA mais 5% de aumento); Administração aplicou índice de 1,56%
Thomaz Marostegan/Especial para a AAN
Movimentação de grevistas em frente à Prefeitura: hoje haverá um café comunitário às 7h em frente ao Paço e, a seguir, uma passeata pelas ruas centrais
Concentração em
frente à Prefeitura
interditou avenida
Cedoc/RAC
Corredores na edição inaugural do evento: participação cresce a cada ano
Thomaz Marostegan/Especial para a AAN
Falta de varrição é uma das principais reclamações dos moradores
Evento é realizado na Fazenda Santa Elisa, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), e as inscrições estão abertas
CORREIO POPULAR A9CIDADES Campinas, terça-feira, 31 de julho de 2018
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