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MARCEL MAUSS
ADRIANA MARIA AVILA
ANTONIO CAVALCANTE DE ALMEIDA
PPGDR – UTFPR CAMPUS PATO BRANCO
2015

“Deve-se ser um amigo para seu
amigo e retribuir presentes por
presentes deve-se ter riso por riso
e fraude por mentira”.
(Trecho do Havamál, um poema escandinavo apud
MAUSS, 2013, p.8).

“Qual é a regra de direito e de interesse
que, nas sociedades de tipo atrasado ou
arcaico, faz que o presente recebido seja
obrigatoriamente retribuído? Que força
existe na coisa dada que faz que o
donatário a retribua?” (MAUSS, 2013,
p.11).
QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO
Pesquisa antropológica investiga o caráter
voluntário, livre mas por sua vez
obrigatório e interessado das trocas nas
sociedades arcaicas.
Populações: tribos da Oceania e noroeste
americano.
Pesquisa publicada na França em 1925 (meu
pai tinha um ano de vida).
DA DÁDIVA E, EM PARTICULAR, DA
OBRIGAÇÃO DE RETRIBUIR OS PRESENTES

OCEANIA
Fonte: http://elementoturismo.com.br/blog/?paged=11

ESTADOS UNIDOS - USA
Fonte: http://folha.img.uol.com.br/mapa_eua_450.gif

POTLATCH (DAR)
Fonte:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/ef/Edward_Curtis_image_6.jpg

O TOTEM promoverá o encontro e a troca. Como referência,
podemos citar o Potlatch, que é uma cerimônia praticada entre
tribos índigenas da América do Norte, como os Haida, os Tlingit,
os Salish e os Kwakiutl. Também há um ritual semelhante na
Melanésia. Consiste num festejo religioso de homenagem,
geralmente envolvendo um banquete de carne de foca ou salmão,
seguido por uma renúncia a todos os bens materiais acumulados
pelo homenageado – bens que devem ser entregues a parentes e
amigos. A própria palavra potlatch significa dar, caracterizando o
ritual como de oferta de bens e de redistribuição da riqueza. A
expectativa do homenageado é receber presentes também daqueles
para os quais deu seus bens, quando for a hora do potlatch destes.
Fonte:
http://www.fabricadofuturo.org.br/index.php?pag=38&prog=46&id=13
1
DEFINIÇÃO DE POTLATCH

Fonte: http://www.historynotes.info/wp-
content/uploads/2012/06/potlatch.jpg

A essência do Potlatch:
“A finalidade antes de tudo é moral, seu objeto
é produzir um sentimento de amizade entre as
duas pessoas envolvidas, e, se não tivesse esse
efeito, faltaria tudo”(Schmidt apud Mauss,
2013, p. 37).
EXTENSÃO DESSE SISTEMA
LIBERALIDADE, HONRA, MOEDA

KULA E POTLATCH
Troca de papéis:
“Aparentemente, pelo menos, o kula –
assim como o potlatch do Noroeste
americano – consiste em dar, da parte de
uns, e de receber, da parte de outros, os
donatários de um dia sendo os doadores
da vez seguinte”(Maus, 2013, p. 42).

“O kula em sua forma essencial, não é
senão um momento, o mais solene, de um
vasto sistema de prestações e de
contraprestações que, em verdade, parece
englobar a totalidade da vida econômica
e civil das Trobriand” (Mauss, 2013, p.
49).

“Esse povos tem uma economia extra doméstica e um
sistema de troca muito desenvolvido, com um ritmo
mais intenso e precipitado, talvez, que o que
conheciam nossos camponeses ou as aldeias de
pescadores de nossas costas há menos de cem anos.
Têm uma vida econômica extensa que ultrapassa as
fronteiras das ilhas e dos dialetos, e um comércio
considerável. Ora eles substituem com vigor, através de
dádivas feitas e retribuídas o sistema de compra e
venda”(Mauss, 2013, p.57,58).
Outras sociedades
melanésias

NOROESTE AMERICANO
Grupos com interações sociais intensas:
“Convidam-se as pessoas do clã quando se matou uma
foca, quando se abre uma caixa de bagas ou de raízes
conservadas; convidam-se todos quando encalha uma
baleia.” (Mauss, 2013, p.62)

CULTURA DO NÃO APEGAR-SE AS RIQUEZAS
MATERIAIS
“Eis portanto um sistema de economia no qual se
consomem e se transferem constantemente riquezas
consideráveis. Se quiserem, pode-se dar a essas
transferências o nome de intercâmbio ou mesmo de
comércio, de vendas, mas é um comércio nobre, cheio
de etiqueta e generosidade; em todo caso quando é
feito com outro espirito, em vista de ganho imediato,
ele é um objeto de desprezo muito acentuado.”(Mauss,
2013, p.62)

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Ensaio sobre a dádiva, Mauss

  • 1. MARCEL MAUSS ADRIANA MARIA AVILA ANTONIO CAVALCANTE DE ALMEIDA PPGDR – UTFPR CAMPUS PATO BRANCO 2015
  • 2.  “Deve-se ser um amigo para seu amigo e retribuir presentes por presentes deve-se ter riso por riso e fraude por mentira”. (Trecho do Havamál, um poema escandinavo apud MAUSS, 2013, p.8).
  • 3.  “Qual é a regra de direito e de interesse que, nas sociedades de tipo atrasado ou arcaico, faz que o presente recebido seja obrigatoriamente retribuído? Que força existe na coisa dada que faz que o donatário a retribua?” (MAUSS, 2013, p.11). QUESTÕES DE INVESTIGAÇÃO
  • 4. Pesquisa antropológica investiga o caráter voluntário, livre mas por sua vez obrigatório e interessado das trocas nas sociedades arcaicas. Populações: tribos da Oceania e noroeste americano. Pesquisa publicada na França em 1925 (meu pai tinha um ano de vida). DA DÁDIVA E, EM PARTICULAR, DA OBRIGAÇÃO DE RETRIBUIR OS PRESENTES
  • 6.  ESTADOS UNIDOS - USA Fonte: http://folha.img.uol.com.br/mapa_eua_450.gif
  • 8.  O TOTEM promoverá o encontro e a troca. Como referência, podemos citar o Potlatch, que é uma cerimônia praticada entre tribos índigenas da América do Norte, como os Haida, os Tlingit, os Salish e os Kwakiutl. Também há um ritual semelhante na Melanésia. Consiste num festejo religioso de homenagem, geralmente envolvendo um banquete de carne de foca ou salmão, seguido por uma renúncia a todos os bens materiais acumulados pelo homenageado – bens que devem ser entregues a parentes e amigos. A própria palavra potlatch significa dar, caracterizando o ritual como de oferta de bens e de redistribuição da riqueza. A expectativa do homenageado é receber presentes também daqueles para os quais deu seus bens, quando for a hora do potlatch destes. Fonte: http://www.fabricadofuturo.org.br/index.php?pag=38&prog=46&id=13 1 DEFINIÇÃO DE POTLATCH
  • 10.  A essência do Potlatch: “A finalidade antes de tudo é moral, seu objeto é produzir um sentimento de amizade entre as duas pessoas envolvidas, e, se não tivesse esse efeito, faltaria tudo”(Schmidt apud Mauss, 2013, p. 37). EXTENSÃO DESSE SISTEMA LIBERALIDADE, HONRA, MOEDA
  • 11.  KULA E POTLATCH Troca de papéis: “Aparentemente, pelo menos, o kula – assim como o potlatch do Noroeste americano – consiste em dar, da parte de uns, e de receber, da parte de outros, os donatários de um dia sendo os doadores da vez seguinte”(Maus, 2013, p. 42).
  • 12.  “O kula em sua forma essencial, não é senão um momento, o mais solene, de um vasto sistema de prestações e de contraprestações que, em verdade, parece englobar a totalidade da vida econômica e civil das Trobriand” (Mauss, 2013, p. 49).
  • 13.  “Esse povos tem uma economia extra doméstica e um sistema de troca muito desenvolvido, com um ritmo mais intenso e precipitado, talvez, que o que conheciam nossos camponeses ou as aldeias de pescadores de nossas costas há menos de cem anos. Têm uma vida econômica extensa que ultrapassa as fronteiras das ilhas e dos dialetos, e um comércio considerável. Ora eles substituem com vigor, através de dádivas feitas e retribuídas o sistema de compra e venda”(Mauss, 2013, p.57,58). Outras sociedades melanésias
  • 14.  NOROESTE AMERICANO Grupos com interações sociais intensas: “Convidam-se as pessoas do clã quando se matou uma foca, quando se abre uma caixa de bagas ou de raízes conservadas; convidam-se todos quando encalha uma baleia.” (Mauss, 2013, p.62)
  • 15.  CULTURA DO NÃO APEGAR-SE AS RIQUEZAS MATERIAIS “Eis portanto um sistema de economia no qual se consomem e se transferem constantemente riquezas consideráveis. Se quiserem, pode-se dar a essas transferências o nome de intercâmbio ou mesmo de comércio, de vendas, mas é um comércio nobre, cheio de etiqueta e generosidade; em todo caso quando é feito com outro espirito, em vista de ganho imediato, ele é um objeto de desprezo muito acentuado.”(Mauss, 2013, p.62)