Este documento discute a renúncia como um pré-requisito para seguir Jesus. Ele define renúncia como abrir mão dos próprios interesses e da própria vida. Além disso, discute as condições para seguir Jesus, incluindo ter vontade, renunciar a si mesmo, renunciar bens e relacionamentos, e carregar a cruz diariamente.
1. Av. Mariana Caligiori Ronchetti, 1051 05.06.2016 às 17h.Lição 20
Escola Bíblica Dominical
Renúncia
2. “E dizia a todos: Se alguém quer vir após
mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia
a sua cruz, e siga-me” (Lc 9.23).
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3. A renúncia de si mesmo, segundo o
ensino bíblico é pré-requisito
indispensável para que alguém seja
discípulo de Jesus.
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4. Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
I. Definir e conceituar o termo “renúncia”.
II. Relacionar as condições exigidas por Cristo àqueles que desejam
segui-lo.
III. Reconhecer que o autêntico discípulo de Cristo precisa renunciar
o mundo com seus prazeres e sua própria vontade para dar primazia
ao senhorio de Cristo.
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5. I. CONCEITUAÇÃO
II – CONDIÇÕES PARA SEGUIR A JESUS
1. Ter vontade
2. Renunciar a si mesmo
3. Renunciar bens, pai, mãe e amigos (Mc 10.28-30)
4. Tomar cada dia a cruz
III – PERDENDO PARA GANHAR
1. Quem quer ganhar, perde (Lc 9.24)
2. Quem perder, ganha (Lc 9.24b)
3. O perdedor insensato (Lc 9.25)
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6. Renúncia quer dizer “ato ou efeito de
renunciar” e renunciar significa “não
querer; rejeitar, recusar; deixar
voluntariamente a posse de algum bem,
de alguma coisa”
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Segunda - Lc 14.33
Terça - Gn 22.12
Quarta – Mt 8.22
Quinta – Mt 19.27
Sexta - Mc 10.21,22
Sábado - Lc 9.23
10. As pessoas descrentes ouvem o evangelho e muitas delas
entendem que ele é a verdade de Deus para a salvação.
Entretanto, a natureza humana, decaída por causa do
pecado, resiste em aceitar Cristo como Salvador, em virtude
de ter que abrir mão de seus próprios interesses, dos
prazeres efêmeros, das amizades, da opinião dos parentes,
dos amigos, que são contrários a uma decisão tão séria,
que implica mudar completamente a maneira de ser, de
viver, de pensar e de agir. Nesta lição, veremos que Jesus
foi bastante incisivo com relação à renúncia, como fator
indispensável para que alguém seja seu discípulo.
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12. Nesta lição, entenderemos a
renúncia, no sentido da
pregação de Jesus, significando
a voluntariedade em abrir mão
dos próprios interesses, e da
própria vida, a fim de segui-lo
fielmente.
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13. É preciso que tenhamos em
mente que a renúncia do seguidor
de Cristo não é um ato de
alienação, inconsequente, gratuito
e sem propósito. Pelo contrário,
quando alguém abre mão de si
próprio para entregar sua vida ao
senhorio de Cristo, esse alguém
foi conscientizado pelo Espírito
Santo de que o faz porque sabe
que terá algo infinitamente
melhor para a sua vida.
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14. 1. Ter vontade
2. Renunciar a si mesmo
3. Renunciar bens, pai, mãe e amigos (Mc 10.28-30)
4. Tomar cada dia a cruz
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15. Jesus respeita a vontade da
pessoa, e essa é uma das mais
impressionantes características
do seu relacionamento com o
homem. Em sua pregação ele
disse: “Se alguém quer vir após
mim...” (Lc 9.23a). Ele não impôs
sua vontade sobre os
sentimentos dos pecadores.
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1. Ter vontade
16. Nas Escrituras vemos esse
traço da sua personalidade.
Numa festa, em Jerusalém,
dentro do templo, Ele disse:
“Se alguém tem sede, que
venha a mim e beba” (Jo
7.37).
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1. Ter vontade
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Na carta à igreja de Laodicéia,
Jesus escreveu: “Eis que estou
à porta e bato; se alguém
ouvir a minha voz e abrir a
porta, entrarei em sua casa e
com ele cearei, e ele, comigo”
(Ap 3.20). Jesus não empurra
portas, não força a vontade
humana. É preciso segui-lo
voluntariamente.
1. Ter vontade
18. É o mesmo que negar-se a si
mesmo. Jesus disse: “negue-se a
si mesmo...” (Lc 9.23b). E isso não
é fácil. A natureza humana, após a
Queda, tornou-se egoísta,
insensível, individualista,
personalista. O “eu” tornou-se
uma espécie de “deus”. Poucas
pessoas conseguem romper com a
natureza carnal, a fim de
renunciar a si próprias e darem
lugar a Deus.
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2. Renunciar a si mesmo
19. Na parábola do semeador (Lc 8.4-
15), vemos que uma parte da
semente caiu entre os espinhos,
e Jesus explicou que são aqueles
que recebem a Palavra com
alegria, mas depois, “são
sufocados com os cuidados, e
riquezas, e deleites da vida, e não
dão fruto com perfeição” (Lc
8.14).
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2. Renunciar a si mesmo
20. A natureza humana, mesmo a
do cristão, tende a acomodar-
se à velha vida, aos velhos
costumes. Mas para ser
discípulo de Jesus, é
imprescindível renunciar às
práticas antigas e más (vide 2
Co 5.17).
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2. Renunciar a si mesmo
21. Um jovem rico entristeceu-se
por Jesus ter-lhe dito que
deveria vender tudo o que
tinha e segui-lo (Mc 10.17-
23). Pedro, então, disse: “eis
que nós tudo deixamos e te
seguimos” (Mc 10.28).
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3. Renunciar bens, pai, mãe e amigos (Mc 10.28-30)
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Jesus deu uma resposta de sublime sabedoria, dizendo
que “ninguém há que, tenha deixado casa, ou irmãos, ou
irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos,
por amor de mim e do evangelho, que não receba cem
vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e
irmãos e mães, e filhos, e campos, com perseguições, e,
no século futuro, a vida eterna” (Mc 10.29,30).
3. Renunciar bens, pai, mãe e amigos (Mc 10.28-30)
23. Notemos que, aqui, não há
um ensino impositivo, no
sentido de sempre alguém ter
que deixar bens, pais e
parentes para seguir a Jesus.
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3. Renunciar bens, pai, mãe e amigos (Mc 10.28-30)
24. Mas Ele disse que não há
ninguém que, fazendo isso,
tenha prejuízo, mas que será
recompensado, tanto nesta
vida, quanto no porvir (ver Lc
14.33). Na realidade, o que
Jesus não aceita é que
alguém ame ao pai, à mãe ou
a filhos mais do que a Ele.
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3. Renunciar bens, pai, mãe e amigos (Mc 10.28-30)
25. “...tome cada dia a sua cruz, e
siga-me” (Lc 9.23c). Só toma a
cruz quem já decidiu seguir a
Cristo. Tomar a cruz significa
renunciar ao seu próprio “eu”
(o viver segundo a carne,
fazendo a nossa própria
vontade), e de bom grado
sofrer por amor de Cristo. E
isso acontece com todo o
crente fiel, sincero, humilde e
obediente.
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4. Tomar cada dia a cruz
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Jesus disse: “...no mundo
tereis aflições...” (Jo 16.33; ver
2 Tm 3.12). A cruz inclui
aflições, tribulações,
perseguições, de modo claro e
explícito. Há crentes,
infelizmente, que, dominados
pelo relativismo e pelo
modernismo, entendem que a
vida deve ser de tal forma que
não tenha qualquer sofrimento.
4. Tomar cada dia a cruz
27. Muitos são adeptos da falsa
Teologia da Prosperidade, que
prega o paraíso na terra, sem
pobreza, sem doença, sem
aflições, contrariando a Palavra
de Deus.
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4. Tomar cada dia a cruz
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Jesus colocou diante dos discípulos
uma crucial decisão a ser tomada.
Ele afirmou que “qualquer que
quiser salvar a sua vida perdê-la-
á”. A vida humana, por melhor que
seja, é efêmera, passageira.
Muitas pessoas apegam-se a ela de
tal forma, que rejeitam a Deus, a
Cristo e a salvação.
1. Quem quer ganhar, perde (Lc 9.24)
29. Há quem perca a salvação,
mesmo tendo ouvido a Palavra,
por causa dos cuidados deste
mundo, da sedução das
riquezas (Mt 13.22).
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1. Quem quer ganhar, perde (Lc 9.24)
30. Av. Mariana Caligiori Ronchetti, 1051 – São Paulo - SP
Há os que não admitem de modo algum
deixar de lado a vida social, com suas
festas, encontros, reuniões de fim de
semana; há os que não querem perder
a condição financeira, pois, se tornando
cristãos, terão que renunciar negócios
escusos, sonegação de impostos, venda
de produtos ilícitos (bebidas, fumo,
jogos, loterias, etc);
1. Quem quer ganhar, perde (Lc 9.24)
31. há os que não querem deixar a
fornicação, o adultério, a
prostituição, o
homossexualismo, pois tudo
isso é a vida que não querem
perder. E, assim, “salvando” a
vida, acabam por perdê-la
eternamente, por rejeitarem a
salvação em Cristo Jesus.
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1. Quem quer ganhar, perde (Lc 9.24)
32. Por outro lado, há pessoas que
“perdem” a sua vida para
salvá-la, pelo fato de
renunciarem às coisas
terrenas, e darem lugar às
coisas de Deus, aceitando
Cristo como Salvador,
cumprindo o que ensinou o
Senhor; “mas qualquer que,
por amor de mim, perder a sua
vida a salvará”.
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2. Quem perder, ganha (Lc 9.24b)
33. Na vida espiritual, os que
aceitam Jesus, sabem que
estão renunciando a muitas
coisas, conscientemente,
entendendo que em Cristo têm
muito mais a ganhar nesta
vida e na eternidade (ver Mc
10.29,30). Paulo, divinamente
inspirado, exclamou: “Porque
para mim o viver é Cristo, e o
morrer é ganho” (Fp 1.21).
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2. Quem perder, ganha (Lc 9.24b)
34. Neste ensino, Jesus fez uma
indagação de profundo
significado espiritual e
filosófico, após dizer que quem
quer ganhar a vida sem Ele, a
perderá: “Porque que aproveita
ao homem granjear o mundo
todo, perdendo-se ou
prejudicando-se a si mesmo?”
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3. O perdedor insensato (Lc 9.25)
35. Ter bens, ganhar dinheiro,
comprar objetos, possuir
terras, casas, propriedades,
e outras coisas mais, é o
sonho da maioria das
pessoas. De fato, há os que
querem “granjear o mundo
todo”.
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3. O perdedor insensato (Lc 9.25)
36. Daí, porque tantos estão
buscando o enriquecimento
ilícito, seja utilizando-se da
jogatina, oficial ou não; seja
através de negócios escusos,
nas empresas ou nos órgãos
públicos, gerando escândalos,
que envergonham a nação. É a
avareza, a ganância por
dinheiro, que conduz muitos à
perdição.
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3. O perdedor insensato (Lc 9.25)
37. Paulo diz que “o amor ao
dinheiro é a raiz de toda
espécie de males” (1 Tm 6.10),
levando muitos a se desviarem
da fé e se prejudicarem a si
mesmos, como previu Jesus.
Testemunho diferente teve o
apóstolo Paulo, quando, em sua
carta aos filipenses, escreveu:
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3. O perdedor insensato (Lc 9.25)
38. “Mas o que para mim era ganho
reputei-o perda por Cristo. E,
na verdade, tenho também por
perda todas as coisas, pela
excelência do conhecimento de
Cristo Jesus, meu Senhor; pelo
qual sofri perda de todas estas
coisas e as considero como
esterco, para que possa ganhar
a Cristo” (Fp 3.7,8).
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3. O perdedor insensato (Lc 9.25)
39. Conclusão:
A renúncia para seguir a Cristo é passo importante
na conversão. Para aceitar Jesus, o pecador é
chamado a arrepender-se e crer no evangelho. Para
ser discípulo, de modo consciente, ele descobre que
precisa renunciar o mundo com seus prazeres,
também à opinião dos pais e de amigos, e abrir mão
de seus conceitos e preconceitos, dando a primazia
ao senhorio de Cristo em sua vida. O ensino de
Jesus é claro a esse respeito, requerendo do crente
buscar o reino de Deus em primeiro lugar (vide Mt
6.33).
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