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Diagnóstico de gravidez Aula ginecologia e obstetrícia Curso Medicina

A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade
1. Diagnóstico de Gravidez
pratica medica (Universidade do Grande Rio)
A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade
1. Diagnóstico de Gravidez
pratica medica (Universidade do Grande Rio)
Baixado por Waleska Legoff (tutoriasfpme@gmail.com)
lOMoARcPSD|30519419
Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Saúde da Mulher 2
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
Caso Clínico
Mayara, 21 anos, comparece à UBS com queixa de náuseas
e vômitos com piora progressiva nos últimos dias. Refere
redução do apetite.
Nega comorbidades e uso regular de medicamentos.
DUM: não sabe precisar (não faz calendário menstrual).
Nega uso de ACO e refere uso irregular de condom. Ciclos
menstruais irregulares.
Ao exame: corada, hipohidratada (1+/4+), acianótica,
anictérica e afebril.
PA: 100x80mmHg, FC: 64bpm.
Ausculta respiratória e cardíaca sem alterações.
Mamas ingurgitadas e levemente dolorosas à palpação,
sem sinais flogísticos ou descarga papilar.
Abdômen: flácido, timpânico e ausência de descompressão
dolorosa.
Suspeita clínica? Gravidez.
Diagnóstico de Gravidez
É dividido em três componentes:
 Clínico
 Laboratorial
 Ultrassonográfico
Diagnóstico Clínico de Gravidez
Os sinais clínicos foram muito importantes no passado,
quando havia menor acesso a outros métodos de
diagnóstico.
Os sinais clínicos são divididos em três:
 Sinais de presunção
 Sinais de probabilidade
 Sinais de certeza
Sinais de Presunção
Dentre os três sinais, os sinais de presunção são os que
fornecem menor certeza do diagnóstico de gravidez,
 4 semanas
o Amenorreia
É importante não só pensar em gestação quando uma
mulher se apresenta com amenorreia, visto que algumas
condições levam a amenorreia, como hiperprolactinemia,
SOP, etc.
 5 semanas:
o Náuseas
o Congestão mamária
 6 semanas:
o Polaciúria (↑ frequência urinária)
 8 semanas:
o Pigmentação da aréola primária
o Tubérculos de Montgomery – são glândulas
sebáceas mais desenvolvidas que ajudam a
preparar a aréola para amamentação.
Tubérculos de Montgomery
 16 semanas:
o Colostro
o Formação da rede venosa de Haller – é uma
vascularização venosa superficial mais
pronunciada e ocorre devido à ingurgitação da
mama.
Rede venosa de Haller
 20 semanas:
o Aréola secundária: sinal de Hunter
Sinal de Hunter
Sinais de Probabilidade
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 6 semanas
o Amenorreia (a partir de 6 semanas)
o Discreto aumento do volume uterino
 8 Semanas
o Alteração da consistência do istmo (sinal de
Hegar).
Em toque vaginal bimanual percebe-se o istmo
uterino mais amolecido.
Sinal de Hegar
o Alteração do formato do útero (sinal de Piskacek)
Ocorre porque o local da implantação do óvulo
inicialmente fica mais abaulado, concebendo uma
assimetria no formato uterino.
O sinal de piskacek pode ser confundido com um
mioma.
o Ocupação do fundo de saco vaginal (sinal de
Nobile-Budin)
Numa paciente não gestante, normalmente tem o
fundo de saco vaginal livre, mas numa paciente
gestante, o útero aumenta de tamanho e de massa
e com isso tende a cair para trás, ocupando o
fundo de saco posterior.
o Pulso Vaginal: sinal de Osiander
O pulso vem da artéria uterina, que fica na parede
lateral superior da vagina. Com a gestação, essa
artéria se torna mais calibrosa e por isso é mais
facilmente notada ao toque.
 Vulva violácea: sinal de Jacquemier
 Vagina violácea: sinal de Kluge
O Sinal de Jacquemier-Kluge é coloração mais escurecida da
vulva e da vagina por conta da ação da progesterona.
Jacquemier-Kluge
 16 semanas
o Aumento do volume abdominal
Até 12 semanas o útero é pequeno o suficiente para
permanecer na pelve e só pode ser percebido no toque
vaginal. A partir de 12 semanas, o fundo do útero fica cada
vez mais elevado e é possível delimitar no exame abdominal
o tamanho uterino. Com 20 semanas, a maioria das
mulheres tem o fundo uterino na altura da cicatriz
umbilical.
É importante medir a altura do fundo uterino para ter
noção do crescimento fetal.
Baixado por Waleska Legoff (tutoriasfpme@gmail.com)
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Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Saúde da Mulher 2
Com 38 semanas, o fundo uterino fica bem próximo ao
diafragma, o que restringe um pouco os movimentos
respiratórios da gestante. Porém, com 40 semanas, essa
linha decresce, pois o feto começa a se posicionar dentro da
bacia óssea, reduzindo o fundo uterino.
Sinais de Certeza
Esses sinais de certeza eram utilizados na prática médica
passada, hoje em dia a certeza é dada por laboratório e
ultrassom.
 14 semanas
o Sinal de Puzos / rechaço fetal
Sinal de Puzos
 18 semanas
o Percepção dos movimentos fetais
A mulher que refere os movimentos fetais, pois é difícil a
sensação de movimentos por outra pessoa.
É importante saber essa informação para ter noção da
atividade fetal. Quando uma mulher com 26 semanas, por
exemplo, relata falta de movimentação fetal pode se tratar
de um caso de aborto retido.
o Palpação dos segmentos fetais
 20 -21 semanas
o Ausculta do batimento cardíaco fetal (BCF)
Com 12 semanas, o bebê deixa de ser embrião e se torna
feto, nesse momento o batimento cardíaco é chamado de
embrionário. Com menos de 12 semanas, os batimentos só
podem ser ouvidos por USG.
A partir de 12 semanas, podemos auscultar o BCF com o
sonar. Antigamente o BCF só podia ser ouvido com 20 a 21
semanas, pois não havia sonar, somente havia o
estetoscópio de Pinard.
Diagnóstico Hormonal
 Testes
o Imunológicos
o Radioimunológicos
o ELISA
 Dosagem βhCG
o Urina
o Sangue
O hormônio dosado para diagnóstico de gravidez é a
Gonadotrofina Coriônica humana. Esse hormônio começa
a ser produzido assim que ocorre a nidação do óvulo.
Inicialmente ele está em pequena quantidade, mas com o
avançar da gestação, vai aumentando seus títulos
sanguíneos e urinários e a dosagem desse hormônio então
possibilita o diagnóstico de gravidez.
Dosa-se a porção β do hormônio para reduzir a ocorrência
de falso positivo, uma vez que a porção α é semelhante à
molécula do TSH.
O βhCG pode ser produzido por alguns tumores ovarianos e
por isso não pode ser diagnóstico certeza somente de
gestação.
Com relação a melhor certeza diagnóstica, é melhor realizar
a dosagem de βhCG no sangue, pois ele pode ser detectado
em quantidades bem pequenas (25mili-unidades).
Na urina, o βhCG é pesquisado geralmente por testes
imunológicos de gravidez (TIG), que são os testes em fitas
que podem ser comprados em farmácias. Porém, é
necessário que haja níveis de βhCG maiores na circulação
para que ele seja detectado no TIG.
Diagnóstico Ultrassonográfico
O ultrassom fornece a certeza de gravidez, com ele, o saco
gestacional já pode ser visto com 4 semanas.
Nesse primeiro trimestre ela é útil também na avaliação de
gravidez ectópica (fora da cavidade uterina, como por
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exemplo na tuba uterina). Além disso, mostra se a gravidez
está evoluindo bem, se a gestação é gemelar, etc.
No primeiro trimestre o USG mais útil é o transvaginal, visto
que a qualidade da imagem nesse módulo é melhor.
 4 - 5 semanas
o Saco gestacional (1º sinal de gravidez)
 5 semanas
o Vesícula vitelinina
 6 semanas
o Eco embrionário
o Pulsação cardíaca
A medida do eco embrionário e do saco gestacional é que
vão fornecer o tempo de gestação no ultrassom.
Eco embrionário sendo medido
A região escura ao redor do embrião é o saco gestacional com líquido
amniótico.
Pulsação Cardíaca
Gravidez Gemelar
Gravidez Trigemelar
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Protocolo para Diagnóstico de Gravidez
Ministério da Saúde - UBS
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Importante atentar para:
Atraso menstrual maior que 15 dias  fazer βhCG urinário.
DUM maior que 12 semanas  fazer ausculta do BCF, se
não conseguir auscultar BCF então pode realizar o βhCG
urinário.
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  • 1. A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade 1. Diagnóstico de Gravidez pratica medica (Universidade do Grande Rio) A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade 1. Diagnóstico de Gravidez pratica medica (Universidade do Grande Rio) Baixado por Waleska Legoff (tutoriasfpme@gmail.com) lOMoARcPSD|30519419
  • 2. Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Saúde da Mulher 2 DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ Caso Clínico Mayara, 21 anos, comparece à UBS com queixa de náuseas e vômitos com piora progressiva nos últimos dias. Refere redução do apetite. Nega comorbidades e uso regular de medicamentos. DUM: não sabe precisar (não faz calendário menstrual). Nega uso de ACO e refere uso irregular de condom. Ciclos menstruais irregulares. Ao exame: corada, hipohidratada (1+/4+), acianótica, anictérica e afebril. PA: 100x80mmHg, FC: 64bpm. Ausculta respiratória e cardíaca sem alterações. Mamas ingurgitadas e levemente dolorosas à palpação, sem sinais flogísticos ou descarga papilar. Abdômen: flácido, timpânico e ausência de descompressão dolorosa. Suspeita clínica? Gravidez. Diagnóstico de Gravidez É dividido em três componentes:  Clínico  Laboratorial  Ultrassonográfico Diagnóstico Clínico de Gravidez Os sinais clínicos foram muito importantes no passado, quando havia menor acesso a outros métodos de diagnóstico. Os sinais clínicos são divididos em três:  Sinais de presunção  Sinais de probabilidade  Sinais de certeza Sinais de Presunção Dentre os três sinais, os sinais de presunção são os que fornecem menor certeza do diagnóstico de gravidez,  4 semanas o Amenorreia É importante não só pensar em gestação quando uma mulher se apresenta com amenorreia, visto que algumas condições levam a amenorreia, como hiperprolactinemia, SOP, etc.  5 semanas: o Náuseas o Congestão mamária  6 semanas: o Polaciúria (↑ frequência urinária)  8 semanas: o Pigmentação da aréola primária o Tubérculos de Montgomery – são glândulas sebáceas mais desenvolvidas que ajudam a preparar a aréola para amamentação. Tubérculos de Montgomery  16 semanas: o Colostro o Formação da rede venosa de Haller – é uma vascularização venosa superficial mais pronunciada e ocorre devido à ingurgitação da mama. Rede venosa de Haller  20 semanas: o Aréola secundária: sinal de Hunter Sinal de Hunter Sinais de Probabilidade Baixado por Waleska Legoff (tutoriasfpme@gmail.com) lOMoARcPSD|30519419
  • 3. Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Saúde da Mulher 2  6 semanas o Amenorreia (a partir de 6 semanas) o Discreto aumento do volume uterino  8 Semanas o Alteração da consistência do istmo (sinal de Hegar). Em toque vaginal bimanual percebe-se o istmo uterino mais amolecido. Sinal de Hegar o Alteração do formato do útero (sinal de Piskacek) Ocorre porque o local da implantação do óvulo inicialmente fica mais abaulado, concebendo uma assimetria no formato uterino. O sinal de piskacek pode ser confundido com um mioma. o Ocupação do fundo de saco vaginal (sinal de Nobile-Budin) Numa paciente não gestante, normalmente tem o fundo de saco vaginal livre, mas numa paciente gestante, o útero aumenta de tamanho e de massa e com isso tende a cair para trás, ocupando o fundo de saco posterior. o Pulso Vaginal: sinal de Osiander O pulso vem da artéria uterina, que fica na parede lateral superior da vagina. Com a gestação, essa artéria se torna mais calibrosa e por isso é mais facilmente notada ao toque.  Vulva violácea: sinal de Jacquemier  Vagina violácea: sinal de Kluge O Sinal de Jacquemier-Kluge é coloração mais escurecida da vulva e da vagina por conta da ação da progesterona. Jacquemier-Kluge  16 semanas o Aumento do volume abdominal Até 12 semanas o útero é pequeno o suficiente para permanecer na pelve e só pode ser percebido no toque vaginal. A partir de 12 semanas, o fundo do útero fica cada vez mais elevado e é possível delimitar no exame abdominal o tamanho uterino. Com 20 semanas, a maioria das mulheres tem o fundo uterino na altura da cicatriz umbilical. É importante medir a altura do fundo uterino para ter noção do crescimento fetal. Baixado por Waleska Legoff (tutoriasfpme@gmail.com) lOMoARcPSD|30519419
  • 4. Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Saúde da Mulher 2 Com 38 semanas, o fundo uterino fica bem próximo ao diafragma, o que restringe um pouco os movimentos respiratórios da gestante. Porém, com 40 semanas, essa linha decresce, pois o feto começa a se posicionar dentro da bacia óssea, reduzindo o fundo uterino. Sinais de Certeza Esses sinais de certeza eram utilizados na prática médica passada, hoje em dia a certeza é dada por laboratório e ultrassom.  14 semanas o Sinal de Puzos / rechaço fetal Sinal de Puzos  18 semanas o Percepção dos movimentos fetais A mulher que refere os movimentos fetais, pois é difícil a sensação de movimentos por outra pessoa. É importante saber essa informação para ter noção da atividade fetal. Quando uma mulher com 26 semanas, por exemplo, relata falta de movimentação fetal pode se tratar de um caso de aborto retido. o Palpação dos segmentos fetais  20 -21 semanas o Ausculta do batimento cardíaco fetal (BCF) Com 12 semanas, o bebê deixa de ser embrião e se torna feto, nesse momento o batimento cardíaco é chamado de embrionário. Com menos de 12 semanas, os batimentos só podem ser ouvidos por USG. A partir de 12 semanas, podemos auscultar o BCF com o sonar. Antigamente o BCF só podia ser ouvido com 20 a 21 semanas, pois não havia sonar, somente havia o estetoscópio de Pinard. Diagnóstico Hormonal  Testes o Imunológicos o Radioimunológicos o ELISA  Dosagem βhCG o Urina o Sangue O hormônio dosado para diagnóstico de gravidez é a Gonadotrofina Coriônica humana. Esse hormônio começa a ser produzido assim que ocorre a nidação do óvulo. Inicialmente ele está em pequena quantidade, mas com o avançar da gestação, vai aumentando seus títulos sanguíneos e urinários e a dosagem desse hormônio então possibilita o diagnóstico de gravidez. Dosa-se a porção β do hormônio para reduzir a ocorrência de falso positivo, uma vez que a porção α é semelhante à molécula do TSH. O βhCG pode ser produzido por alguns tumores ovarianos e por isso não pode ser diagnóstico certeza somente de gestação. Com relação a melhor certeza diagnóstica, é melhor realizar a dosagem de βhCG no sangue, pois ele pode ser detectado em quantidades bem pequenas (25mili-unidades). Na urina, o βhCG é pesquisado geralmente por testes imunológicos de gravidez (TIG), que são os testes em fitas que podem ser comprados em farmácias. Porém, é necessário que haja níveis de βhCG maiores na circulação para que ele seja detectado no TIG. Diagnóstico Ultrassonográfico O ultrassom fornece a certeza de gravidez, com ele, o saco gestacional já pode ser visto com 4 semanas. Nesse primeiro trimestre ela é útil também na avaliação de gravidez ectópica (fora da cavidade uterina, como por Baixado por Waleska Legoff (tutoriasfpme@gmail.com) lOMoARcPSD|30519419
  • 5. Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Saúde da Mulher 2 exemplo na tuba uterina). Além disso, mostra se a gravidez está evoluindo bem, se a gestação é gemelar, etc. No primeiro trimestre o USG mais útil é o transvaginal, visto que a qualidade da imagem nesse módulo é melhor.  4 - 5 semanas o Saco gestacional (1º sinal de gravidez)  5 semanas o Vesícula vitelinina  6 semanas o Eco embrionário o Pulsação cardíaca A medida do eco embrionário e do saco gestacional é que vão fornecer o tempo de gestação no ultrassom. Eco embrionário sendo medido A região escura ao redor do embrião é o saco gestacional com líquido amniótico. Pulsação Cardíaca Gravidez Gemelar Gravidez Trigemelar Baixado por Waleska Legoff (tutoriasfpme@gmail.com) lOMoARcPSD|30519419
  • 6. Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Saúde da Mulher 2 Protocolo para Diagnóstico de Gravidez Ministério da Saúde - UBS Baixado por Waleska Legoff (tutoriasfpme@gmail.com) lOMoARcPSD|30519419
  • 7. Roxanne Cabral – M6 – 2019.1 – Saúde da Mulher 2 Importante atentar para: Atraso menstrual maior que 15 dias  fazer βhCG urinário. DUM maior que 12 semanas  fazer ausculta do BCF, se não conseguir auscultar BCF então pode realizar o βhCG urinário. Baixado por Waleska Legoff (tutoriasfpme@gmail.com) lOMoARcPSD|30519419