As bibliotecas convencionais já não são o principal local onde as pessoas procuram informação. A Web e, em particular, os motores de busca são o primeiro local onde procuramos respostas. As redes sociais são cada vez mais a porta de entrada na Web, pelo que também podem ser a porta de entrada na biblioteca e nos serviços e recursos que ela oferece.
A evolução de uma biblioteca convencional para uma biblioteca da era digital não é realizada apenas com a implementação de um catálogo digital, nem apenas com a implementação de um repositório digital, mas sim com a mudança de paradigma na agregação e prestação de serviços de mediação.
Consequentemente, o papel do bibliotecário e do utente e a relação entre ambos tem que mudar. Nesta perspetiva, a integração e a dinamização das tecnologias no contexto das bibliotecas escolares e municipais deve ser encarado como um desafio cada vez mais estimulante e suportado por instrumentos de marketing management.
A primeira geração da Web preocupou-se com a infraestrutura tecnológica que permitisse a comunicação e disseminação da informação entre os utilizadores, mas o conteúdo era estático. A segunda incidiu na construção de aplicações Web, ou seja, passou também a disponibilizar páginas dinâmicas geradas a partir de base de dados, incluindo os atuais ambientes virtuais e aplicações da Web 2.0 (blogs, fóruns, wikis, redes sociais, etc). Atualmente, a terceira geração avança rumo a uma Web mais inteligente, apostando na migração de uma Web de documentos interligados através de links para uma Web de Dados relacionando os conceitos para fornecer tanto aos humanos como às máquinas a semântica para realizar inferências mais precisas sobre os dados.
Assim, tecnologicamente, os próximos anos incidirão na ligação de dados abertos (link open data) através de metadados, ontologias e agentes de software.
Por conseguinte, esta comunicação aborda a evolução da web (web 1.0, web 2.0 e web 3.0) e correspondente evolução das bibliotecas (library 1.0, library 2.0 e library 3.0), evidenciando os principais conceitos, tecnologias e ferramentas da web e suas potencialidades na gestão da informação e da aprendizagem, evidenciando ainda alguns instrumentos no âmbito da criatividade e do marketing.
7. Web, marketing e bibliotecas: tecnologias, mitos e tendências
IIIEncontrodeBibliotecasEscolaresdeBarcelos
Evolução da Web
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‐ a web como plataforma
‐ Web social
‐ Conteúdo = Páginas dinâmicas
EMEREC (Emissor + Recetor)
PROSUMER (Produtor + Consumidor)
‐ Mashups
(por exemplo: feeds (RSS, ATOM)
‐ Web de Docs Web de Dados
‐ Interação Humano‐Máquina
‐ Agentes de software ou
assistentes pessoais digitais
(viagens, assessoria, secretariado)
‐ Conteúdo = Páginas estáticas
‐ Produtores Consumidores
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15. Web, marketing e bibliotecas: tecnologias, mitos e tendências
IIIEncontrodeBibliotecasEscolaresdeBarcelos
Evolução das Bibliotecas
15
Biblioteca 3.0 Linked Open Data
“The move toward Linked Data
will be the most significant
change in library data…”
Karen Coyle, consultant in library technology
Bibliotecas que integram recursos digitais com recursos físicos
utilizando tecnologias:
‐ da web semântica (semantic web),
‐ da computação em nuvem (cloud computing),
‐ dos dispositivos móveis (QRcode),
‐ das tecnologias de pesquisa federada (RFID),
para facilitar a disseminação de conteúdo
gerado pelo utilizador e a colaboração,
promovendo e tornando as bibliotecas acessíveis.
Exploring Library 3.0 and Beyond
(Belling, Anna et al., 2011)
18. Web, marketing e bibliotecas: tecnologias, mitos e tendências
IIIEncontrodeBibliotecasEscolaresdeBarcelos
18
Mas o Google ainda não é um oráculo de Delfos…
Tim Berners-Lee:
Some people have said, "Why do I need the Semantic Web?
I have Google!" Google is great for helping people find things, yes!
But finding things more easily is not the same thing as using the Semantic
Web. It's about creating things from data you've complied yourself, or combining it
with volumes (think databases, not so much individual documents) of data from
other sources to make new discoveries.
Consortium Standards Bulletin > Jun. 2005 http://www.consortiuminfo.org/bulletins/semanticweb.php
Tendências
20. Web, marketing e bibliotecas: tecnologias, mitos e tendências
IIIEncontrodeBibliotecasEscolaresdeBarcelos
20
Os motores de busca apresentam resultados satisfatórios na procura
de um conceito.
Mas,
Não lidam com a relação entre dois conceitos.
Não procuram informação em Base de Dados (Deep Web).
Não devolvem conhecimento implícito.
Porquê?
- Web organizada na perspectiva dos humanos (linguagem natural)
- Ênfase na apresentação através da linguagem HTML
Exige-se representação, organização, integração,
Intercâmbio e compreensão semântica da informação.
Agentes de software não distinguem os poetas dos atletas,
as cores das flores ou os nomes comuns dos nomes próprios.
Tendências
25. Web, marketing e bibliotecas: tecnologias, mitos e tendências
IIIEncontrodeBibliotecasEscolaresdeBarcelos
25
• JeromeDL – e‐library with semantics
– Biblioteca Digital baseada na Semantic Web
– Metadados
– Pesquisa Semântica com navegação em ontologia
• FOAFRealm – identity management
– Define relações baseadas na informação da rede social
– Delegação de permissões de acesso, colaboração social semântica
• MarcOnt – semantic bibliographic description initiative
– Ontologia Bibliográfica compativel com MARC21, BibTeX, DC
– Portal MarcOnt colaborativo para gestão do ciclo de vida da ontologia
– Serviço de mediação de ontologias MarcOnt
• DPLA
Tecnologias para a Web Semântica