1. O PROCESSO DO
PLANO NACIONAL DE ADAPTAÇÃO
NAP
Inês Mourão I imourao@caos.com.pt
Maputo Fevereiro, 2017
2. CONTEÚDOS
OBJECTIVO DO PROCESSO NAP
A ADAPTAÇÃO NA CQNUAC
RELAÇÃO DO NAP COM OUTROS PROCESSOS
CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO NAP
IMPORTÂNCIA DO NAP PARA OS PAÍSES
INSTITUIÇÕES E APOIO AO PROCESSO NAP
2
3. OBJECTIVO DO PROCESSO NAP
No âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações
Climáticas (CQNUAC) e ao abrigo do Acordo de Cancún (2010), foi
estabelecido o Plano Nacional de Adaptação – NAP, como ferramenta de
planeamento a médio e a longo-prazo, complementar ao já existia com o
Programa de Acção Nacional para Adaptação – NAPA, focado na
redução da vulnerabilidade no curto prazo.
O objectivo do NAP é:
– Reduzir a vulnerabilidade através da integração da adaptação as mudanças
climáticas nos processos de planeamento nacional, dentro dos sectores
relevantes a todos os níveis (UNFCCC, 5/CP.17)
3
4. PROCESSO NAP E NAPA
4
NAPA CARACTERÍSTICAS NAP
Urgente e imediato HORIZONTE TEMPORAL Médio e longo-prazo
Países Menos Desenvolvidos
(LDCs)
PAÍSES LDCs e outros países em
desenvolvimento
Projectos de adaptação FOCO Integração da componente
de adaptação às
alterações climáticas nos
processos nacionais de
planeamento e orçamento
5. AADAPTAÇÃONACQNUAC
5
CQNUAC
(1992)
COP 2
(1996)
Comunicaçõ
es Nacionais
COP 7 (2001)
Apoio aos LDCs:
NAPAs, LEG, LDCF,
SCCF e AF
COP 11
(2005)
Programa de Trab
de Nairobi sobre
impactos,
vulnerabilidade e
AAC (NWP)
COP 13 Bali (2007)
Plano de Acção de
Bali
COP 16 Mexico (2010)
Cancun Adaptation Framework (CAF):
Comité de Adaptação, NAPs, Programa
de Trabalho sobre Perdas e Danos,
COP 21
(2015)
Acordo de
Paris /
NDC
COP 19 Varsóvia (2013)
Dá escala ao Programa de
Trabalho
de Nairobi com o
Mecanismo Int de Varsóvia
sobre Perdas e Danos
Fonte: UNITAR, Eduardo Balzar, adaptação da formação UNITAR sobre Negociações Climáticas
6. RELAÇÃO DO NAP COM OUTROS PROCESSOS
6
ALCANCE
PLANEAMENTO
Sectorial
Curto prazo Longo prazo
Sendai
Framework
Estratégia de
Desenvolvimento
Nacional NAP
NAPA
NAMA
Estratégias
Sectoriais
REDD+
SDG
LEDS
GE/EV
Multisectorial
7. CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO NAP
Flexível
– Não está pré-determinado
– Os países podem escolher os diferentes
passos e abordagens
Liderado nacionalmente
– Orientado de acordo com as
necessidades e prioridades nacionais
– Segundo o mandato nacional e os
próprios mecanismos de coordenação
Baseado num processo de
aprendizagem, monitoria e avaliação
(M&E)
Integrado
– Integração da adaptação nos processos
de planeamento e orçamento nacional
– Iterativo, construído sobre aquilo que já
existe, melhorando a coordenação
– Transparente, participativo, sensível aos
assuntos de género
Melhora a gestão de risco climático
– Define carteira de intervenções
– Alinhamento de fundos de diferentes
fontes
7
8. IMPORTÂNCIA DO NAP PARA OS PAÍSES
Apoia a integração climática
Estabelece claramente objetivos e
prioridades
Ajuda na definição da perspetiva de
longo prazo
Constrói sobre esforços actuais
Define necessidades especificas:
conhecimento, capacidades, fundos, ...
Define uma carteira de intervenções
Captura recursos: públicos/privados,
nacional/internacional
Indica como será medido e reportado o
progresso
Fortalece esforço de coordenação
Alinhamento das prioridades de
adaptação com as necessidades de
desenvolvimento
8
9. INSTITUIÇÕES E APOIO AO PROCESSO NAP
9
CQNUAC LEG Parceiros Fundos
Directrizes iniciais
(5/CP.7)
Orientações técnicas Material suplementar Públicos, privados,
internacionais...
10. INSTITUIÇÕES E APOIO
Em Moçambique:
Formação a técnicos nacionais sobre o processo NAP
Elaboração do relatório de balanço (stocktacking)
Definição do roteiro para a implementação do NAP
10
12. ELEMENTOS/ROTEIRO DO
NAP
A. DEFINIR O TRABALHO E COLMATAR
LACUNAS
1. Iniciar e lançar o processo NAP
2. Balanço informação existente
3. Colmatar necessidades de capacidade
4. Avaliar necessidades de desenvolvimento e
vulnerabilidades climáticas
B. ELEMENTOS PREPARATÓRIOS
C. ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO
D. RELATO, MONITORIZAÇÃO E REVISÃO
E. [ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO PARA O
NAP E A ADAPTAÇÃO]
13. ELEMENTOS/ROTEIRO DO
NAP
A. DEFINIR O TRABALHO E COLMATAR
LACUNAS
B. ELEMENTOS PREPARATÓRIOS
1. Analisar cenários climáticos presentes e futuros
2. Avaliar vulnerabilidades e identificar opções de
adaptação
3. Rever e avaliar opções de adaptação
4. Compilar e comunicar NAP
5. Integrar adaptação no planeamento do
desenvolvimento nacional, regional e sectorial
C. ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO
D. RELATO, MONITORIZAÇÃO E REVISÃO
E. [ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO PARA O
NAP E A ADAPTAÇÃO]
14. ELEMENTOS/ROTEIRO DO
NAP
A. DEFINIR O TRABALHO E COLMATAR
LACUNAS
B. ELEMENTOS PREPARATÓRIOS
C. ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO
1. Priorizar a adaptação no planeamento nacional
2. Desenvolver uma estratégia de implementação (a
longo-prazo)
3. Aumentar a capacidade para planear e
implementar adaptação
4. Promover a coordenação e as sinergias ao nível
regional e com outros MEAs
D. RELATO, MONITORIZAÇÃO E REVISÃO
E. [ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO PARA O
NAP E A ADAPTAÇÃO]
15. ELEMENTOS/ROTEIRO DO
NAP
A. DEFINIR O TRABALHO E COLMATAR
LACUNAS
B. ELEMENTOS PREPARATÓRIOS
C. ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO
D. RELATO, MONITORIZAÇÃO E REVISÃO
1. Monitorização do processo NAP
2. Revisão do processo NAP para avaliar o progresso,
eficácia e lacunas
3. Atualizar o NAP
4. Comunicar o processo NAP e relatar o progresso e
a eficácia
E. [ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO PARA O
NAP E A ADAPTAÇÃO]
16. ELEMENTOS/ROTEIRO DO
NAP [EXTRA]
A. DEFINIR O TRABALHO E COLMATAR
LACUNAS
B. ELEMENTOS PREPARATÓRIOS
C. ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO
D. RELATO, MONITORIZAÇÃO E REVISÃO
E. ESTRATÉGIA DE FINANCIAMENTO PARA O
NAP E A ADAPTAÇÃO
1. Elaborar estudos para informar investimentos
futuros
2. Identificar, analisar e recomendar opções de
política para aumentar financiamento
3. Atualizar a estratégia de financiamento do NAP
NAP is not the only mainstreaming process at the interface between environment and development.
This graph shows different processes from a sectoral and a temporal perspective.
A NAP country team looking for support for the NAP process might want to analyze how NAP relates to similar processes in order to maximize synergies. Similar relevant processes might exist in different sectors and at different government levels. I could be beneficial for the NAP process to build on existing plans and activities.
HFA = Hyogo Framework for Action 2: Post-2015 framework for disaster risk reduction, launched in 2012 (UN General Assembly ), building on a review of the implementation of the HFA over its 10-year term.
NAPA = National Adaptation Programmes of Action: provide a process for Least Developed Countries to identify priority activities that respond to their urgent and immediate needs to adapt to climate change.
NAMAs = Nationally Appropriate Mitigation Actions (NAMAs): were introduced at the Bali-UN Conference of the Parties in 2007 as a voluntary mitigation-contribution of the developing and transition countries, supported by industrialised countries with financial and technological promotion as well as capacity building.
SDGs = Sustainable Development Goals refer to an agreement of the United Nations Conference on Sustainable Development held in Rio de Janeiro in June 2012 (Rio+20), to develop a set of future international development goals.
REDD+ = Reducing Emissions from Deforestation and Degradation: a mechanism that has been under negotiation by the UNFCCC since 2005, with the twin objectives of mitigating climate change through reducing emissions of greenhouse gases and removing greenhouse gases through enhanced forest management in developing countries.
NAP = National Adaptation Plans: formulation and implementation of NAPs is a means of identifying medium- and long-term adaptation needs and developing and implementing strategies and programmes to address those needs.
LEDS = Low Emission Development Strategy: „forward-looking national development plans or strategies that encompass low-emission and/or climate-resilient economic growth” (OECD)