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Cultura, Informação e Sociedade
Sanson, C. A produção biopolítica é constitutiva ao
capitalismo cognitivo. Liinc em Revista, v. 5, n. 2,
setembro 2009, p. 206-214.
ALMEIDA, Isaura Florisa G. ; IZERROUGENE, Bouzid ; URPIA
Arthur G. B. Da Cruz. A lógica da acumulação capitalista na
economia informacional. Liinc em Revista, v.6, n.1, março,
2010, Rio de Janeiro, p. 72-88 http://www.ibict.br/liinc.
Cultura, Informação e Sociedade
Caetano da Costa
Mariana Carvalho
Silvia Sosnoski
Tuane Faria
Cultura, Informação e Sociedade
Sanson, C. A produção biopolítica é constitutiva
ao capitalismo cognitivo. Liinc em Revista, v. 5, n. 2,
setembro 2009, p. 206-214.
Transições-chave
Sociedade industrial pós-industrial
(capitalismo cognitivo)
Biopoder biopolítica
Nova configuração da
Sociedade do Trabalho
Economia / trabalho imaterial
oModificação do modo produtivo
oModificação da relação do
trabalhador com o trabalho
Sociedade Industrial
(capitalismo clássico)
Trabalhador: calado, coisificado e assujeitado.
o Personalidade desconsiderada
o Conhecimento desqualificado
o Subjetividade dispensada
o Separação corpo e mente (trabalho
intelectual x manual)
Sociedade Industrial
(capitalismo clássico)
Trabalho: máquina (fábrica), fora do
operário, tempo de trabalho
definido
Sociedade Pós-Industrial
(capitalismo cognitivo)
Bases: conhecimento, comunicação,
cooperação
• Trabalhador: comunicativo e proativo (LAZZARATO
& NEGRI, 2001)
• Personalidade própria
• Conhecimento e subjetividade valorizados
• União de corpo e mente
Sociedade Pós-Industrial
(capitalismo cognitivo)
Trabalho: constitutivo ao operário, tempo
de trabalho confunde-se com o tempo de
não-trabalho.
A emergência de uma
nova subjetividade
“É o percurso transitivo da sociedade da
disciplina para a sociedade do controle e do
conceito de biopoder à biopolítica, que
contribui para a análise da gênese da nova
forma do capital cognitivo organizar o
trabalho” (NEGRI, 2003, p. 180)
Modelagem social
• Sociedade disciplinar: Construída através
de dispositivos que regulam costumes,
hábitos, práticas produtivas, etc.
Instituição Disciplinar: Fábrica
Poder disciplinar +
Biopoder
Poder disciplinar: Regula comportamentos
enquanto ser produtivo ( dentro da fábrica).
Biopoder: Controla o trabalhador em sua vida.
O Poder disciplinar e o biopoder
reforçam-se mutuamente.
Sociedade do Controle
“A sociedade do controle assume um caráter
difuso, já não tem mais necessariamente um
centro irradiador que determina e estabelece
padrões de conduta. A novidade é que aquilo que
antes era prescrito por um poder normatizador,
passa a ser assumido pelo conjunto da sociedade,
é internalizado.”
Sociedade Disciplinar e
Sociedade do Controle
Sociedade Disciplinar : A Escola, o Quartel, a
Fábrica.
Sociedade do Controle: Está em todos os
lugares ( A conduta está internalizada)
Biopoder e
Biopolítica
“Não mais os poderes sobre a vida, mas a potência da vida
como resposta a esses poderes”
“...Nesse momento inventou-se também aquela que, em
oposição à anatomopolítica [tecnologias de adestramento
do indivíduo e do corpo], denomina-se biopolítica” (Foucault
apud Negri, 2003: 104).
Transição: BIOPODER => BIOPOLÍTICA =
SOCIEDADE DO CONTROLE
Biopoder e Biopolítica
Tem-se aqui uma distinção entre biopoder e
biopolítica: “Fala-se em biopoder quando o
Estado expressa comando sobre a vida por
meio de suas tecnologias e de seus
dispositivos de poder. Contrariamente, fala-
se em biopolítica quando a análise crítica do
comando é feita do ponto de vista das
experiências de subjetivação e de
liberdade, isto é de baixo” (Negri, 2003:
107)
Biopoder, Biopolítica e
Trabalho Imaterial
A sociedade se liberta do biopoder
através do trabalho imaterial que
agora está sob a influência de conduta
da biopolítica.
Biopolítica e Trabalho
Imaterial
Para Negri (2003: 263) “viver e produzir
tornaram-se uma só coisa, e o tempo de vida
e o da produção se hibridaram sempre mais”.
O ser humano produz o “IMATERIAL” a todo
instante. É o desenvolvimento pessoal ligado
ao profissional (internalização da produção)
“Assim como servem ao capital, criam
mecanismos de resistência a ele”
O Processo produtivo do
pós-fordismo
Exploração das potencialidades singulares
dos trabalhadores.
( cognitiva, colaborativa e relacional)
O comum é a base da multidão. É a
multiplicidade de subjetividades que dá
conteúdo à multidão.
O comum, a multidão e a
Apropriação capitalista do Imaterial
“a multidão é um conceito de classe”
(Hardt/Negri, 2005: 143). Trabalhadores e
capitalistas chocam-se na produção social,
“porque os trabalhadores [a multidão]
representam o comum [a cooperação], enquanto
os capitalistas [o poder] representam as múltiplas
– mas sempre ferozes – vias da apropriação
privada” (Negri, 2003: 267).
Considerações
Destaque-se que todos os aspectos da exploração do trabalho contidos
na sociedade industrial continuam presentes, e até mesmo pode-se
afirmar que a intensificação no trabalho é superior ao período
anterior. Porém, a produção biopolítica – de um capital que investe na
vida, no corpo físico e intelectual do trabalhador – é portadora das
possibilidades de uma subjetividade que pode recolocar a luta social
em outro patamar. A classe, no caso, transforma-se em multidão,
porque a possibilidade de superação e oposição ao capital far-se-á
cada vez mais pela capacidade dos trabalhadores tornarem comum –
num projeto coletivo – os recursos imateriais que hoje são apropriados
e/ou expropriados pelos donos do capital. Aqui reside um potencial
enorme de alargamento de uma subjetividade emancipatória.
Cultura, Informação e Sociedade
ALMEIDA, Isaura Florisa G. ; IZERROUGENE, Bouzid ; URPIA
Arthur G. B. Da Cruz. A lógica da acumulação capitalista na
economia informacional. Liinc em Revista, v.6, n.1, março,
2010, Rio de Janeiro, p. 72-88 http://www.ibict.br/liinc.
Passagem de um sistema produtivo para um
novo sistema que predomina a informação.
- Tipo de Informação – Inteligência Humana
Revolução Informacional
- Seus efeitos surgem a partir de 1970
Novo padrão de
acumulação
- Redes sociais e sociabilidade
Mudanças no binômio
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A INFORMAÇÃO
 Trabalho vivo complexo;
 Bem que só existe na ideia;
 Não implica no intercâmbio desigual, na
alienação e espoliação;
 Baseia-se na capacidade simultânea de dar
e reter.
O CAPITALISMO
INDUSTRIAL
Essa fase decorre da Era da Informática;
Desenvolvimento dos microcomputadores e da ampliação crescente
da oferta de informação, que deram um salto com a popularização da
Internet, nos anos de 1990;
O capitalismo entrou numa fase diferente daquela na qual o capital
industrial era o único motor do sistema passando então a ser
chamada de sociedade de informação.
O CAPITALISMO
INFORMACIONAL
É informacional por que:
A produtividade e a competitividade de unidades ou agentes
dependem basicamente de sua capacidade de gerar, processar e
aplicar de forma eficiente a informação.
O indivíduo no capitalismo informacional:
Sua integração com o aparato tecnológico é tida como diferencial
competitivo e elemento determinante na ampliação da
produtividade e os lucros;
A informação passa da sua função instrumental para o
foco da atividade do produto pois o desenvolvimento
tecnológico, passa a estar centrado na produção de
novos conhecimentos e informação.
O primeiro aspecto a se destacar desta nova era é que
esta revolução tecnológica está centrada nas
tecnologias da informação e comunicação (TICs).
O TRABALHO
INFORMACIONAL
A produção de serviços e o manuseio de informações estão no
coração da economia;
Apoiado na revolução da comunicação e da informática que
transforma as práticas laborais, inserindo-as no modelo das
tecnologias de informação e comunicação;
As técnicas tradicionais de máquinas industriais estão realmente
substituídas pela inteligência cibernética de informação e pelas
técnicas de comunicação.
O CARACTER DUAL DAS
TICs
Ferramenta que pode ser utilizada de forma
paradoxal:
Podem servir com o intuito de concentrar o poder de forma a
consumir o conhecimento dos trabalhadores intelectuais;
Instrumento de resistência por parte destes trabalhadores,
favorecendo uma possível ação libertadora.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Transformações: Valorização do capital deriva da produção de
conhecimento via redes sociais e se manifesta de forma heterogênea
por meio das relações criativas e amplamente socializadas no contexto
da produção e do uso;
As redes de comunicação impõem normas de funcionamento que
dissolvem as fronteiras espaço-temporais;
A destruição das distâncias une figuras de natureza diferente e
transforma-as em séries de redes híbridas de participação global.
Para concluir…
Valores Intangíveis na era do
Capitalismo Cognitivo
Referências
ALMEIDA, Isaura Florisa G. ; IZERROUGENE, Bouzid ; URPIA Arthur G.
B. Da Cruz. A lógica da acumulação capitalista na economia
informacional. Liinc em Revista, v.6, n.1, março, 2010, Rio de Janeiro, p.
72-88 http://www.ibict.br/liinc.
LAZZARATO, M.; NEGRI, A. Trabalho imaterial. Rio de Janeiro: DP&A
Editora, 2001.
NEGRI, A. Cinco lições sobre Império. Rio de Janeiro: DP&A Editora,
2003.
Sanson, C. A produção biopolítica é constitutiva ao capitalismo
cognitivo. Liinc em Revista, v. 5, n. 2, setembro 2009, p. 206-214.
OBRIGADO

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Capitalismo cognitivo

  • 1. Cultura, Informação e Sociedade Sanson, C. A produção biopolítica é constitutiva ao capitalismo cognitivo. Liinc em Revista, v. 5, n. 2, setembro 2009, p. 206-214. ALMEIDA, Isaura Florisa G. ; IZERROUGENE, Bouzid ; URPIA Arthur G. B. Da Cruz. A lógica da acumulação capitalista na economia informacional. Liinc em Revista, v.6, n.1, março, 2010, Rio de Janeiro, p. 72-88 http://www.ibict.br/liinc.
  • 2. Cultura, Informação e Sociedade Caetano da Costa Mariana Carvalho Silvia Sosnoski Tuane Faria
  • 3. Cultura, Informação e Sociedade Sanson, C. A produção biopolítica é constitutiva ao capitalismo cognitivo. Liinc em Revista, v. 5, n. 2, setembro 2009, p. 206-214.
  • 5. Nova configuração da Sociedade do Trabalho Economia / trabalho imaterial oModificação do modo produtivo oModificação da relação do trabalhador com o trabalho
  • 6. Sociedade Industrial (capitalismo clássico) Trabalhador: calado, coisificado e assujeitado. o Personalidade desconsiderada o Conhecimento desqualificado o Subjetividade dispensada o Separação corpo e mente (trabalho intelectual x manual)
  • 7. Sociedade Industrial (capitalismo clássico) Trabalho: máquina (fábrica), fora do operário, tempo de trabalho definido
  • 8. Sociedade Pós-Industrial (capitalismo cognitivo) Bases: conhecimento, comunicação, cooperação • Trabalhador: comunicativo e proativo (LAZZARATO & NEGRI, 2001) • Personalidade própria • Conhecimento e subjetividade valorizados • União de corpo e mente
  • 9. Sociedade Pós-Industrial (capitalismo cognitivo) Trabalho: constitutivo ao operário, tempo de trabalho confunde-se com o tempo de não-trabalho.
  • 10. A emergência de uma nova subjetividade “É o percurso transitivo da sociedade da disciplina para a sociedade do controle e do conceito de biopoder à biopolítica, que contribui para a análise da gênese da nova forma do capital cognitivo organizar o trabalho” (NEGRI, 2003, p. 180)
  • 11. Modelagem social • Sociedade disciplinar: Construída através de dispositivos que regulam costumes, hábitos, práticas produtivas, etc. Instituição Disciplinar: Fábrica
  • 12. Poder disciplinar + Biopoder Poder disciplinar: Regula comportamentos enquanto ser produtivo ( dentro da fábrica). Biopoder: Controla o trabalhador em sua vida. O Poder disciplinar e o biopoder reforçam-se mutuamente.
  • 13. Sociedade do Controle “A sociedade do controle assume um caráter difuso, já não tem mais necessariamente um centro irradiador que determina e estabelece padrões de conduta. A novidade é que aquilo que antes era prescrito por um poder normatizador, passa a ser assumido pelo conjunto da sociedade, é internalizado.”
  • 14. Sociedade Disciplinar e Sociedade do Controle Sociedade Disciplinar : A Escola, o Quartel, a Fábrica. Sociedade do Controle: Está em todos os lugares ( A conduta está internalizada)
  • 15. Biopoder e Biopolítica “Não mais os poderes sobre a vida, mas a potência da vida como resposta a esses poderes” “...Nesse momento inventou-se também aquela que, em oposição à anatomopolítica [tecnologias de adestramento do indivíduo e do corpo], denomina-se biopolítica” (Foucault apud Negri, 2003: 104). Transição: BIOPODER => BIOPOLÍTICA = SOCIEDADE DO CONTROLE
  • 16. Biopoder e Biopolítica Tem-se aqui uma distinção entre biopoder e biopolítica: “Fala-se em biopoder quando o Estado expressa comando sobre a vida por meio de suas tecnologias e de seus dispositivos de poder. Contrariamente, fala- se em biopolítica quando a análise crítica do comando é feita do ponto de vista das experiências de subjetivação e de liberdade, isto é de baixo” (Negri, 2003: 107)
  • 17. Biopoder, Biopolítica e Trabalho Imaterial A sociedade se liberta do biopoder através do trabalho imaterial que agora está sob a influência de conduta da biopolítica.
  • 18. Biopolítica e Trabalho Imaterial Para Negri (2003: 263) “viver e produzir tornaram-se uma só coisa, e o tempo de vida e o da produção se hibridaram sempre mais”. O ser humano produz o “IMATERIAL” a todo instante. É o desenvolvimento pessoal ligado ao profissional (internalização da produção) “Assim como servem ao capital, criam mecanismos de resistência a ele”
  • 19. O Processo produtivo do pós-fordismo Exploração das potencialidades singulares dos trabalhadores. ( cognitiva, colaborativa e relacional) O comum é a base da multidão. É a multiplicidade de subjetividades que dá conteúdo à multidão.
  • 20. O comum, a multidão e a Apropriação capitalista do Imaterial “a multidão é um conceito de classe” (Hardt/Negri, 2005: 143). Trabalhadores e capitalistas chocam-se na produção social, “porque os trabalhadores [a multidão] representam o comum [a cooperação], enquanto os capitalistas [o poder] representam as múltiplas – mas sempre ferozes – vias da apropriação privada” (Negri, 2003: 267).
  • 21. Considerações Destaque-se que todos os aspectos da exploração do trabalho contidos na sociedade industrial continuam presentes, e até mesmo pode-se afirmar que a intensificação no trabalho é superior ao período anterior. Porém, a produção biopolítica – de um capital que investe na vida, no corpo físico e intelectual do trabalhador – é portadora das possibilidades de uma subjetividade que pode recolocar a luta social em outro patamar. A classe, no caso, transforma-se em multidão, porque a possibilidade de superação e oposição ao capital far-se-á cada vez mais pela capacidade dos trabalhadores tornarem comum – num projeto coletivo – os recursos imateriais que hoje são apropriados e/ou expropriados pelos donos do capital. Aqui reside um potencial enorme de alargamento de uma subjetividade emancipatória.
  • 22. Cultura, Informação e Sociedade ALMEIDA, Isaura Florisa G. ; IZERROUGENE, Bouzid ; URPIA Arthur G. B. Da Cruz. A lógica da acumulação capitalista na economia informacional. Liinc em Revista, v.6, n.1, março, 2010, Rio de Janeiro, p. 72-88 http://www.ibict.br/liinc.
  • 23. Passagem de um sistema produtivo para um novo sistema que predomina a informação. - Tipo de Informação – Inteligência Humana
  • 24. Revolução Informacional - Seus efeitos surgem a partir de 1970
  • 25. Novo padrão de acumulação - Redes sociais e sociabilidade
  • 27. A INFORMAÇÃO  Trabalho vivo complexo;  Bem que só existe na ideia;  Não implica no intercâmbio desigual, na alienação e espoliação;  Baseia-se na capacidade simultânea de dar e reter.
  • 28. O CAPITALISMO INDUSTRIAL Essa fase decorre da Era da Informática; Desenvolvimento dos microcomputadores e da ampliação crescente da oferta de informação, que deram um salto com a popularização da Internet, nos anos de 1990; O capitalismo entrou numa fase diferente daquela na qual o capital industrial era o único motor do sistema passando então a ser chamada de sociedade de informação.
  • 29. O CAPITALISMO INFORMACIONAL É informacional por que: A produtividade e a competitividade de unidades ou agentes dependem basicamente de sua capacidade de gerar, processar e aplicar de forma eficiente a informação. O indivíduo no capitalismo informacional: Sua integração com o aparato tecnológico é tida como diferencial competitivo e elemento determinante na ampliação da produtividade e os lucros;
  • 30. A informação passa da sua função instrumental para o foco da atividade do produto pois o desenvolvimento tecnológico, passa a estar centrado na produção de novos conhecimentos e informação. O primeiro aspecto a se destacar desta nova era é que esta revolução tecnológica está centrada nas tecnologias da informação e comunicação (TICs).
  • 31. O TRABALHO INFORMACIONAL A produção de serviços e o manuseio de informações estão no coração da economia; Apoiado na revolução da comunicação e da informática que transforma as práticas laborais, inserindo-as no modelo das tecnologias de informação e comunicação; As técnicas tradicionais de máquinas industriais estão realmente substituídas pela inteligência cibernética de informação e pelas técnicas de comunicação.
  • 32. O CARACTER DUAL DAS TICs Ferramenta que pode ser utilizada de forma paradoxal: Podem servir com o intuito de concentrar o poder de forma a consumir o conhecimento dos trabalhadores intelectuais; Instrumento de resistência por parte destes trabalhadores, favorecendo uma possível ação libertadora.
  • 33. CONSIDERAÇÕES FINAIS Transformações: Valorização do capital deriva da produção de conhecimento via redes sociais e se manifesta de forma heterogênea por meio das relações criativas e amplamente socializadas no contexto da produção e do uso; As redes de comunicação impõem normas de funcionamento que dissolvem as fronteiras espaço-temporais; A destruição das distâncias une figuras de natureza diferente e transforma-as em séries de redes híbridas de participação global.
  • 34. Para concluir… Valores Intangíveis na era do Capitalismo Cognitivo
  • 35. Referências ALMEIDA, Isaura Florisa G. ; IZERROUGENE, Bouzid ; URPIA Arthur G. B. Da Cruz. A lógica da acumulação capitalista na economia informacional. Liinc em Revista, v.6, n.1, março, 2010, Rio de Janeiro, p. 72-88 http://www.ibict.br/liinc. LAZZARATO, M.; NEGRI, A. Trabalho imaterial. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2001. NEGRI, A. Cinco lições sobre Império. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2003. Sanson, C. A produção biopolítica é constitutiva ao capitalismo cognitivo. Liinc em Revista, v. 5, n. 2, setembro 2009, p. 206-214.