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CORREIO BRAZILIENSE • Brasília,quarta-feira,3deagostode2016 • Opinião • 11
» A.C. SCARTEZINI
Jornalista e militante comunitário
Umteste,antesqueoLago
Paranoámorra
Cuidado
» De repente, depois de
registrar a senha do cartão
de débito, o atendente da
farmácia Drogasil do
Brasília Shopping disse que
o débito não foi registrado
pelo sistema e pediu para
digitar novamente a senha.
A senhora que estava
sendo atendida verificou
no celular e atestou que o
total foi debitado da conta.
O gerente Sidney foi
chamado e explicou que
isso sempre acontece
naquela farmácia.
Release
» Pioneira e vanguardista, a
Casa Thomas Jefferson traz
para a capital federal um
conceito diferenciado de
educação. Em 9 de agosto,
a instituição inaugura o
primeiro maker space de
um centro binacional na
América do Sul. O novo
espaço foi instalado na
unidade da Asa Norte (606
Norte) para atender
adultos, jovens e crianças,
estimulando o espírito
empreendedor, autônomo,
criativo e inventivo.
O que é
» O maker space ou “espaço
para se fazer” é mais do
que uma simples sala de
aula. É um ambiente de
aprendizagem que
estabelece um elo
paradoxal entre teoria e
prática, passado e futuro, o
simples e o complexo. Em
resumo, um maker space
nada mais é que um local
onde o conhecimento é
verificado, testado e posto
à prova. Por meio da
experimentação e de uma
pesquisa original, mediada
por professores e tutores,
os alunos desenvolvem um
projeto autoral.
“Cartéis são ataques velados ao
consumidor e à competitividade da
economia. No Brasil há
cumplicidade das instâncias com
poder de impedi-los. Caso contrário
tudo já teria sido resolvido.”
Afraseque nãofoipronunciada
Capital
doscartéis
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-
tística (IBGE) referentes a 2015, a renda per capita média dos
brasileiros chegou a R$1.113. Com o valor de R$ 2.252, o Distri-
to Federal chega a ter o dobro da renda nacional e quase cinco
vezes a renda do Maranhão, onde esse valor cai para R$ 509
per capita.
Talvez esteja nesse fato o motivo pelo qual os preços dos
produtos e serviços em Brasília estejam entre os mais elevados
do país. Desde o início da formação da cidade, a alta renda de-
tectada na capital despertou a cobiça e olho grande de parte
dos empresários locais, que viram, não só na majoração artifi-
cial dos preços, mas na formação de uma extensa rede de co-
mércio cartelizado, a fórmula mais rápida e segura para obter
lucros desleais e escandalosos.
A incúria dos órgãos de fiscalização e posteriormente a co-
nivência de políticos locais fizeram da capital o paraíso dos
cartéis e dos oligopólios. Durante décadas, o brasiliense foi es-
poliado impiedosamente, não importando sua renda. O lado
mais conhecido dessa concentração de empresas para assegu-
rar preços escorchantes foi representado pela rede de postos
de combustível.
Ao longo de 20 anos, os empresários dos postos praticaram
a cartelização dos preços, que arrancou dos bolsos do brasili-
ense mais de R$ 1 bilhão ao ano. A rede de supermercados e de
hipermercados, diante das facilidades e da falta de fiscaliza-
ção, copiou o modelo concentrador de preços. Hoje, a cidade
está literalmente rendida e entregue nas mãos das grandes re-
des de mercados, farmácias e hospitais.
Pior do que a manipulação artificial e gananciosa dos pre-
ços têm sido as falsas promoções, onde, para não ficarem com
o prejuízo, os mercados anunciam diversos produtos que por
estarem com validade vencida foram espertamente fatiados e
reembalados com nova data de fabricação. Queijos, carnes e
embutidos, depois de retaliados, retornam às gôndolas e são
livremente postos à venda.
A ganância e a esperteza estão presentes também nas redes
de farmácias. A variação de preços dos medicamentos é míni-
ma e obedece a lógica simples de não despertar suspeitas do
consumidor. Para tanto, são providencialmente impressas lis-
tas de preços de medicamentos com variação de preços irrisó-
rios e que seguem o que recomendam os laboratórios. Tam-
bém neste setor, mais precisamente na indústria de medica-
mentos, se verifica forte concentração oligopolista.
Desamparado, o consumidor de Brasília não tem como fu-
gir da concentração e formação de carteis e muito menos a
quem apelar. São todos cúmplices. Caso contrário, a situação
já teria sido resolvida. A formação dos carteis também está
presente nas escolas particulares e, até pouco tempo, nos ser-
viços de táxi. Para quem é crente, o jeito é rezar.
O
futuro continua sendo um resiliente
patrimônio dos brasileiros. A agen-
da de trabalho 2016/2017 do Institu-
to Fórum do Futuro, aprovada na úl-
tima reunião do conselho da entidade, de-
monstra que estamos diante de poderosas e
auspiciosas alternativas de desenvolvimen-
to sustentável, que alinham o nosso país na
fronteiradatecnologiaecomasmaisexube-
rantes expectativas de um novo processo
civilizatório.Trata-sedaagendadeumBrasil
que hoje não se vê no espelho, debatida em
ambientes iniciados, numa linguagem cien-
tífica por vezes inacessível. Mas a pauta diz
respeito ao futuro de todos os brasileiros e
de um país estratégico, convocado pela
ONU para, a um só tempo, incrementar a
oferta de alimentos e ampliar a sustentabili-
dade do processo produtivo.
Para entender esse novo“país do futuro”
é preciso voltar ao passado, mais precisa-
mente há um pouco mais de 40 anos. Parece
impensável, mas importávamos 30% dos
alimentos de que necessitávamos. A família
do trabalhador usava 48% da renda para
comprar a cesta básica. Incrível? “Cerrado,
só dado ou herdado” – dizia-se. Aqui, prati-
camente não havia atividade econômica.
Frango?Proteínarara:“pobresócomequan-
do um dos dois está doente”.
Naquelaépocacomeçavaaamadurecera
plataformadeciência,tecnologiaeinovação
gestada inicialmente nas universidades, na
década de 50, e impulsionada com a im-
plantação da Embrapa, em 1974. Nascia a
segunda revolução da história da alimenta-
ção – a Agricultura Tropical Sustentável
(ATS), que segundo a FAO será responsável
por 40% da demanda suplementar de ali-
mentos nas próximas décadas. Brasil, Ar-
gentina, Paraguai e Uruguai já entregam
33% de todos os alimentos produzidos.
A integração ciência, natureza e desen-
volvimento é o caminho que nos levará à 3ª
Revolução do Alimento. E esta não esperou
o futuro chegar. Já alcançamos a terceira sa-
fra por ano, e vai ser possível dobrar a pro-
dução sem incorporar necessariamente no-
vas áreas. A biotecnologia traz as plantas re-
sistentes à seca. A “smart-agricultura”, os
“nutracêuticos” ao mesmo tempo alimen-
tam e previnem a saúde. A“pecuária carbo-
no-neutro” reage ao aquecimento global.
Os EUA e a Europa reduziram a perto de
zero a cobertura vegetal nativa de seus ter-
ritórios.AATStornouoBrasilplayercentralna
produção de alimentos mantendo mais de
50%dacoberturavegetalnativadosCerrados.
Estudos do Fórum do Futuro quantificam os
transbordamentos econômicos, do campo
paraascidades,querevolucionaramossertõ-
es brasileiros, transformando o Brasil numa
daseconomiasmaispujantesdoPlaneta.
Tudo resolvido? Longe disso... É preciso
preparar os profissionais, convocar jovens
universitários de todas as áreas do conheci-
mento (mecâtrônica, robótica, TI, gestão,
planejamento...) e somar forças no desafio
dasustentabilidade.PorissooFórumdoFu-
turo, com apoio do Banco Mundial e da FA-
PEG,lançouoPrêmioNovosTalentosdoAli-
mento Sustentável (www.premionovostal-
entos.com).
Outro projeto, a“Plataforma do Conheci-
mento: Agricultura e Alimento” será um es-
paço de referência para a informação do se-
tor,traduzidadeformaaasseguraràsmídias
e à opinião pública uma base de dados
chancelada pela metodologia científica.
Outra ponte, o “Conexão Futuro, o Hub
da Inovação”. Esse visa articular atores soci-
ais, econômicos, jovens, instituições da aca-
demia e do governo com a visão estratégica
do país. Se a ciência agrária avançou muito,
ainda temos longo caminho nas outras eta-
pas das cadeias da agricultura – indústria,
comércio e serviços. Somente nos EUA exis-
tem 400 start ups na área de “digital cook-
ing”, que se propõem entregar alimentos via
impressoras 3D, customizados do ponto de
vista nutricional.
Na histórica reunião da sexta-feira 22 de
julho, em Brasília, o Fórum do Futuro con-
tou com o apoio dos seus mais valiosos
parceiros: Banco Mundial, Embrapa, FAO,
IICA, agências de fomento à pesquisa (FA-
PEMIG e FAPEG), e as universidades fede-
rais (Lavras, Viçosa e ESALQ -USP). Eles
acolheram com ênfase a necessidade de in-
tensificarmos o diálogo entre ciência e
sociedade, como fonte de irrigação do de-
bate nacional e internacional. Foi aprovada
a proposta de realização de “road shows da
ciência”, onde nossos pesquisadores vão
debater os desafios da segurança alimentar
sustentável com seus pares em algumas
das mais importantes Universidades dos
EUA, da Europa e da Ásia.
Missão:levaramelhornotíciaqueoBrasil
pode oferecer aos brasileiros e ao planeta: os
avançosdaagriculturatropicalsustentável.
É
inédita a atitude de autoridades do
GDFemseabriremaodebatepúblico
sobre o desassoreamento do Lago Pa-
ranoá, como aconteceu em reporta-
gem de Helena Mader publicada pelo Cor-
reio Braziliense. Com militância na área há
26 anos, testemunhei ocasiões em que auto-
ridades ambientais evitavam o tema como
tabu. Alegavam simplesmente custo finan-
ceiro e risco sanitário para evitar até mesmo
a discussão da empreitada. “Os lagos artifi-
ciais um dia morrem”, ouvia-se o conformis-
mo de peritos da Secretaria de Meio Am-
biente há 10 anos.
Agora as coisas mudaram, não há mais
tabu e pessoas envolvidas na questão to-
maram posição diante da repórter e seus
leitores com a cautela devida à questão da
saúde. Afinal, é real o risco de que sedi-
mentos acumulados ao fundo do lago con-
taminem a saúde humana, animal e vege-
tal ao trazerem à tona elementos nocivos
ao ambiente. Mas a permanência dos sedi-
mentos no fundo do lago também pode ser
nociva, como veremos.
Por tudo isso, poderia ser feita uma expe-
riência piloto em local mais restrito do que
as grandes áreas examinadas pelo Ibram
(meio ambiente), Adasa (água e sanea-
mento), Caesb e Terracap. Algo como o
braço que separa as QLs 16 e 18 no Lago
Sul, onde desemboca o Ribeirão do Gama.
O material retirado das águas poderia ser
depositado, inclusive para secagem, no
terreno ao longo da Estrada Parque Dom
Bosco entre as duas Qls.
Aquele braço do lago se encolhe progres-
sivamente com a contribuição do Ribeirão
do Gama ao despejar ali o material nocivo
que traz desde longe. Elemento que se acu-
mula na forma de bancos que acabam por
aflorar como ilhotas, as quais crescem e se
emendam. É um processo que está em pro-
gresso na Lagoa do Jacaré, ali na ponta onde
o ribeirão deságua. Há 20 anos, o braço do
lago era aberto naquele ponto. Agora, fecha-
se com as ilhotas. Desapareceram jacarés e
lontras. Peixes, garças, paturis e martins-
pescadores fugiram por falta de espaço. As
capivaras escassearam.
Quando a CEB, anualmente, represa o la-
go para acionar a Usina do Paraná, a pouca
profundidade da água permite que se cami-
nhe de uma QL para a outra. Com menos
água, emergem os bancos, onde bastam
poucos dias de sol para que se sequem na
superfície e permitam o surgimento espon-
tâneo de mato. Assim, as ilhotas se fixam,
crescem e emendam entre si. O lago, com o
qual o GDF um dia imaginou abastecer a ci-
dadecomáguaparaconsumodoméstico,fi-
ca menor a cada santo dia.
Um apelo de moradores ao Ministério
Público provocou, há 10 anos, uma investi-
gação dos peritos ambientais Eduardo Kun-
ze Bastos e Rodolfo Antônio da Silva cuja
conclusão advertiu sobre o risco à saúde hu-
mana e animal a partir da degradação em
brejo nocivo à saúde coletiva naquele lugar
onde esteve ou remanesce o braço do lago:
“Pela teoria e pela experiência existente em
regiõestropicais,aáreapassarádesuasitua-
çãoatual(“ilhas”,correspondenteàsegunda
fase) para um grande ambiente palustre
(brejo,terceirafase)eevoluiráparaumcam-
po seco e/ou uma savana (quarta fase), po-
dendo ou não ter um canal por onde desa-
guará o Ribeirão do Gama. A presença ou
não desse dependerá do que acontecer ao
montante. A primeira fase é o lago com o es-
pelho de água livre, sem assoreamento. A
tendência natural de todo corpo de água ar-
tificial ao ser assoreado parcial ou totalmen-
te assoreado é desaparecer.”
Brasil,o país do
alimento sustentável
» ALYSSON PAOLINELLI
Presidente do Fórum do Futuro
» EVALDO VILELA
Coordenador e consultor técnico-científico
Quando se defende a posição de um técnico, é para que
aconteça o que está acontecendo atualmente. Há um técnico
respondendo pela Prefeitura. É o sr. Diogo Lordelo. Pois bem. Em
toda a crise, a Prefeitura não parou um só dia, e os mais
importantes assuntos foram tratados da mesma maneira, como se
nada estivesse acontecendo. Era a administração que tinha que
funcionar, e funcionou, de verdade. (Publicado em 12/9/1961)
HistóriadeBrasília
ARICUNHADESDE 1960
VISTO, LIDO E OUVIDO
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Axx11 0308

  • 1. C M Y K CMYK CORREIO BRAZILIENSE • Brasília,quarta-feira,3deagostode2016 • Opinião • 11 » A.C. SCARTEZINI Jornalista e militante comunitário Umteste,antesqueoLago Paranoámorra Cuidado » De repente, depois de registrar a senha do cartão de débito, o atendente da farmácia Drogasil do Brasília Shopping disse que o débito não foi registrado pelo sistema e pediu para digitar novamente a senha. A senhora que estava sendo atendida verificou no celular e atestou que o total foi debitado da conta. O gerente Sidney foi chamado e explicou que isso sempre acontece naquela farmácia. Release » Pioneira e vanguardista, a Casa Thomas Jefferson traz para a capital federal um conceito diferenciado de educação. Em 9 de agosto, a instituição inaugura o primeiro maker space de um centro binacional na América do Sul. O novo espaço foi instalado na unidade da Asa Norte (606 Norte) para atender adultos, jovens e crianças, estimulando o espírito empreendedor, autônomo, criativo e inventivo. O que é » O maker space ou “espaço para se fazer” é mais do que uma simples sala de aula. É um ambiente de aprendizagem que estabelece um elo paradoxal entre teoria e prática, passado e futuro, o simples e o complexo. Em resumo, um maker space nada mais é que um local onde o conhecimento é verificado, testado e posto à prova. Por meio da experimentação e de uma pesquisa original, mediada por professores e tutores, os alunos desenvolvem um projeto autoral. “Cartéis são ataques velados ao consumidor e à competitividade da economia. No Brasil há cumplicidade das instâncias com poder de impedi-los. Caso contrário tudo já teria sido resolvido.” Afraseque nãofoipronunciada Capital doscartéis Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta- tística (IBGE) referentes a 2015, a renda per capita média dos brasileiros chegou a R$1.113. Com o valor de R$ 2.252, o Distri- to Federal chega a ter o dobro da renda nacional e quase cinco vezes a renda do Maranhão, onde esse valor cai para R$ 509 per capita. Talvez esteja nesse fato o motivo pelo qual os preços dos produtos e serviços em Brasília estejam entre os mais elevados do país. Desde o início da formação da cidade, a alta renda de- tectada na capital despertou a cobiça e olho grande de parte dos empresários locais, que viram, não só na majoração artifi- cial dos preços, mas na formação de uma extensa rede de co- mércio cartelizado, a fórmula mais rápida e segura para obter lucros desleais e escandalosos. A incúria dos órgãos de fiscalização e posteriormente a co- nivência de políticos locais fizeram da capital o paraíso dos cartéis e dos oligopólios. Durante décadas, o brasiliense foi es- poliado impiedosamente, não importando sua renda. O lado mais conhecido dessa concentração de empresas para assegu- rar preços escorchantes foi representado pela rede de postos de combustível. Ao longo de 20 anos, os empresários dos postos praticaram a cartelização dos preços, que arrancou dos bolsos do brasili- ense mais de R$ 1 bilhão ao ano. A rede de supermercados e de hipermercados, diante das facilidades e da falta de fiscaliza- ção, copiou o modelo concentrador de preços. Hoje, a cidade está literalmente rendida e entregue nas mãos das grandes re- des de mercados, farmácias e hospitais. Pior do que a manipulação artificial e gananciosa dos pre- ços têm sido as falsas promoções, onde, para não ficarem com o prejuízo, os mercados anunciam diversos produtos que por estarem com validade vencida foram espertamente fatiados e reembalados com nova data de fabricação. Queijos, carnes e embutidos, depois de retaliados, retornam às gôndolas e são livremente postos à venda. A ganância e a esperteza estão presentes também nas redes de farmácias. A variação de preços dos medicamentos é míni- ma e obedece a lógica simples de não despertar suspeitas do consumidor. Para tanto, são providencialmente impressas lis- tas de preços de medicamentos com variação de preços irrisó- rios e que seguem o que recomendam os laboratórios. Tam- bém neste setor, mais precisamente na indústria de medica- mentos, se verifica forte concentração oligopolista. Desamparado, o consumidor de Brasília não tem como fu- gir da concentração e formação de carteis e muito menos a quem apelar. São todos cúmplices. Caso contrário, a situação já teria sido resolvida. A formação dos carteis também está presente nas escolas particulares e, até pouco tempo, nos ser- viços de táxi. Para quem é crente, o jeito é rezar. O futuro continua sendo um resiliente patrimônio dos brasileiros. A agen- da de trabalho 2016/2017 do Institu- to Fórum do Futuro, aprovada na úl- tima reunião do conselho da entidade, de- monstra que estamos diante de poderosas e auspiciosas alternativas de desenvolvimen- to sustentável, que alinham o nosso país na fronteiradatecnologiaecomasmaisexube- rantes expectativas de um novo processo civilizatório.Trata-sedaagendadeumBrasil que hoje não se vê no espelho, debatida em ambientes iniciados, numa linguagem cien- tífica por vezes inacessível. Mas a pauta diz respeito ao futuro de todos os brasileiros e de um país estratégico, convocado pela ONU para, a um só tempo, incrementar a oferta de alimentos e ampliar a sustentabili- dade do processo produtivo. Para entender esse novo“país do futuro” é preciso voltar ao passado, mais precisa- mente há um pouco mais de 40 anos. Parece impensável, mas importávamos 30% dos alimentos de que necessitávamos. A família do trabalhador usava 48% da renda para comprar a cesta básica. Incrível? “Cerrado, só dado ou herdado” – dizia-se. Aqui, prati- camente não havia atividade econômica. Frango?Proteínarara:“pobresócomequan- do um dos dois está doente”. Naquelaépocacomeçavaaamadurecera plataformadeciência,tecnologiaeinovação gestada inicialmente nas universidades, na década de 50, e impulsionada com a im- plantação da Embrapa, em 1974. Nascia a segunda revolução da história da alimenta- ção – a Agricultura Tropical Sustentável (ATS), que segundo a FAO será responsável por 40% da demanda suplementar de ali- mentos nas próximas décadas. Brasil, Ar- gentina, Paraguai e Uruguai já entregam 33% de todos os alimentos produzidos. A integração ciência, natureza e desen- volvimento é o caminho que nos levará à 3ª Revolução do Alimento. E esta não esperou o futuro chegar. Já alcançamos a terceira sa- fra por ano, e vai ser possível dobrar a pro- dução sem incorporar necessariamente no- vas áreas. A biotecnologia traz as plantas re- sistentes à seca. A “smart-agricultura”, os “nutracêuticos” ao mesmo tempo alimen- tam e previnem a saúde. A“pecuária carbo- no-neutro” reage ao aquecimento global. Os EUA e a Europa reduziram a perto de zero a cobertura vegetal nativa de seus ter- ritórios.AATStornouoBrasilplayercentralna produção de alimentos mantendo mais de 50%dacoberturavegetalnativadosCerrados. Estudos do Fórum do Futuro quantificam os transbordamentos econômicos, do campo paraascidades,querevolucionaramossertõ- es brasileiros, transformando o Brasil numa daseconomiasmaispujantesdoPlaneta. Tudo resolvido? Longe disso... É preciso preparar os profissionais, convocar jovens universitários de todas as áreas do conheci- mento (mecâtrônica, robótica, TI, gestão, planejamento...) e somar forças no desafio dasustentabilidade.PorissooFórumdoFu- turo, com apoio do Banco Mundial e da FA- PEG,lançouoPrêmioNovosTalentosdoAli- mento Sustentável (www.premionovostal- entos.com). Outro projeto, a“Plataforma do Conheci- mento: Agricultura e Alimento” será um es- paço de referência para a informação do se- tor,traduzidadeformaaasseguraràsmídias e à opinião pública uma base de dados chancelada pela metodologia científica. Outra ponte, o “Conexão Futuro, o Hub da Inovação”. Esse visa articular atores soci- ais, econômicos, jovens, instituições da aca- demia e do governo com a visão estratégica do país. Se a ciência agrária avançou muito, ainda temos longo caminho nas outras eta- pas das cadeias da agricultura – indústria, comércio e serviços. Somente nos EUA exis- tem 400 start ups na área de “digital cook- ing”, que se propõem entregar alimentos via impressoras 3D, customizados do ponto de vista nutricional. Na histórica reunião da sexta-feira 22 de julho, em Brasília, o Fórum do Futuro con- tou com o apoio dos seus mais valiosos parceiros: Banco Mundial, Embrapa, FAO, IICA, agências de fomento à pesquisa (FA- PEMIG e FAPEG), e as universidades fede- rais (Lavras, Viçosa e ESALQ -USP). Eles acolheram com ênfase a necessidade de in- tensificarmos o diálogo entre ciência e sociedade, como fonte de irrigação do de- bate nacional e internacional. Foi aprovada a proposta de realização de “road shows da ciência”, onde nossos pesquisadores vão debater os desafios da segurança alimentar sustentável com seus pares em algumas das mais importantes Universidades dos EUA, da Europa e da Ásia. Missão:levaramelhornotíciaqueoBrasil pode oferecer aos brasileiros e ao planeta: os avançosdaagriculturatropicalsustentável. É inédita a atitude de autoridades do GDFemseabriremaodebatepúblico sobre o desassoreamento do Lago Pa- ranoá, como aconteceu em reporta- gem de Helena Mader publicada pelo Cor- reio Braziliense. Com militância na área há 26 anos, testemunhei ocasiões em que auto- ridades ambientais evitavam o tema como tabu. Alegavam simplesmente custo finan- ceiro e risco sanitário para evitar até mesmo a discussão da empreitada. “Os lagos artifi- ciais um dia morrem”, ouvia-se o conformis- mo de peritos da Secretaria de Meio Am- biente há 10 anos. Agora as coisas mudaram, não há mais tabu e pessoas envolvidas na questão to- maram posição diante da repórter e seus leitores com a cautela devida à questão da saúde. Afinal, é real o risco de que sedi- mentos acumulados ao fundo do lago con- taminem a saúde humana, animal e vege- tal ao trazerem à tona elementos nocivos ao ambiente. Mas a permanência dos sedi- mentos no fundo do lago também pode ser nociva, como veremos. Por tudo isso, poderia ser feita uma expe- riência piloto em local mais restrito do que as grandes áreas examinadas pelo Ibram (meio ambiente), Adasa (água e sanea- mento), Caesb e Terracap. Algo como o braço que separa as QLs 16 e 18 no Lago Sul, onde desemboca o Ribeirão do Gama. O material retirado das águas poderia ser depositado, inclusive para secagem, no terreno ao longo da Estrada Parque Dom Bosco entre as duas Qls. Aquele braço do lago se encolhe progres- sivamente com a contribuição do Ribeirão do Gama ao despejar ali o material nocivo que traz desde longe. Elemento que se acu- mula na forma de bancos que acabam por aflorar como ilhotas, as quais crescem e se emendam. É um processo que está em pro- gresso na Lagoa do Jacaré, ali na ponta onde o ribeirão deságua. Há 20 anos, o braço do lago era aberto naquele ponto. Agora, fecha- se com as ilhotas. Desapareceram jacarés e lontras. Peixes, garças, paturis e martins- pescadores fugiram por falta de espaço. As capivaras escassearam. Quando a CEB, anualmente, represa o la- go para acionar a Usina do Paraná, a pouca profundidade da água permite que se cami- nhe de uma QL para a outra. Com menos água, emergem os bancos, onde bastam poucos dias de sol para que se sequem na superfície e permitam o surgimento espon- tâneo de mato. Assim, as ilhotas se fixam, crescem e emendam entre si. O lago, com o qual o GDF um dia imaginou abastecer a ci- dadecomáguaparaconsumodoméstico,fi- ca menor a cada santo dia. Um apelo de moradores ao Ministério Público provocou, há 10 anos, uma investi- gação dos peritos ambientais Eduardo Kun- ze Bastos e Rodolfo Antônio da Silva cuja conclusão advertiu sobre o risco à saúde hu- mana e animal a partir da degradação em brejo nocivo à saúde coletiva naquele lugar onde esteve ou remanesce o braço do lago: “Pela teoria e pela experiência existente em regiõestropicais,aáreapassarádesuasitua- çãoatual(“ilhas”,correspondenteàsegunda fase) para um grande ambiente palustre (brejo,terceirafase)eevoluiráparaumcam- po seco e/ou uma savana (quarta fase), po- dendo ou não ter um canal por onde desa- guará o Ribeirão do Gama. A presença ou não desse dependerá do que acontecer ao montante. A primeira fase é o lago com o es- pelho de água livre, sem assoreamento. A tendência natural de todo corpo de água ar- tificial ao ser assoreado parcial ou totalmen- te assoreado é desaparecer.” Brasil,o país do alimento sustentável » ALYSSON PAOLINELLI Presidente do Fórum do Futuro » EVALDO VILELA Coordenador e consultor técnico-científico Quando se defende a posição de um técnico, é para que aconteça o que está acontecendo atualmente. Há um técnico respondendo pela Prefeitura. É o sr. Diogo Lordelo. Pois bem. Em toda a crise, a Prefeitura não parou um só dia, e os mais importantes assuntos foram tratados da mesma maneira, como se nada estivesse acontecendo. Era a administração que tinha que funcionar, e funcionou, de verdade. (Publicado em 12/9/1961) HistóriadeBrasília ARICUNHADESDE 1960 VISTO, LIDO E OUVIDO aricunha@dabr.com.br ccoommCCiirrcceeCCuunnhhaa //// circecunha.df@dabr.com.br