SlideShare a Scribd company logo
1 of 61
1
EDUCANDÁRIO ROBERTO FIGUEIRA SANTOS
DISCIPLINA: PRODUÇÃO DE TEXTO
REVISTA LITERÁRIA
PRATA DA CASA
IRAPORANGA
2011
2
SÉRIE: 1º ANO C – ENSINO MÉDIO
PROFESSORA: SUZANA DURÃES VIANA
REVISTA LITERÁRIA
PRATA DA CASA
IRAPORANGA
2011
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
Camila P. da Silva, Daniela A. dos Santos e Roberta B. Alves
DOCE
LOUCURA.................................................................................................07
Fernanda Pereira Lima
SAUDADES DE SER AMADA...............................................................................09
Geisiane oliveira Souza
3
LEITURA.....................................................................................................................
.10
Ilzalúcia Vieira de Oliveira
O BRASIL E A LÍNGUA PORTUGUESA................................................................11
Izamara Oliveira Gomes
AMOR
ETERNO...............................................................................................13
Itamária Aquino Alves
O ESTUDO E O FUTURO...................................................................................14
NUNCA DIGAS NADA SEM PENSAR..................................................................15
Jéssica Santos Farias
O AMOR......................................................................................................17
VERSOS .....................................................................................................18
Juliana Araújo Oliveira
A LEITURA...................................................................................................19
Laís Jesus de Souza e Micaele de Santana Santos
AS GÊMEAS SAPEQUINHAS..............................................................................20
Maria das Graças Souza Araújo
VERSOS.......................................................................................................22
Marciel de Jesus Lima
A
REALIDADE..................................................................................................23
EM BUSCA DA FELICIDADE................................................................................24
AMAR E VIVER..............................................................................................25
Marinez Bonfim Pereira
AMAR É... ...................................................................................................26
Paloma Alves de Aquino
AMIZADE.....................................................................................................27
Renato Mathias dos Santos
BRASIL.......................................................................................................28
SUPREMO DEUS............................................................................................29
4
Roclécia das Neves Silva
CANTINHO DO AMOR.....................................................................................31
Taynara Souza Vieira
PAIXÃO OU ILUSÃO........................................................................................33
VOCÊ.........................................................................................................34
AMOR.........................................................................................................35
.
Tainá de Sousa Santos
TUDO COMEÇA.............................................................................................36
ESTRELAS...................................................................................................38
Antonio Gunes Viana
ESTÁGIOS DA VIDA.........................................................................................39
MINHA TERRA...............................................................................................40
CHAPADA DIAMANTINA...................................................................................41
Maria Moreira de Souza Neta e Silva
SAUDADE....................................................................................................42
Selma Magalhães de Souza Oliveira
VALE DO CAPÃO – GRÃOS DE LUZ E GRIÔ
SENTIMENTO OU SENSAÇÃO DE ESTAR AQUI.......................................................44
PEDAGOGIA GRIÔ-INESQUECÍVEL......................................................................46
Suzana Durães Viana
PARNAÍBA...................................................................................................54
O CASAMENTO DE JOÃO PREGUIÇA ...................................................................58
SE TODO DIA FOSSE NATAL..............................................................................61
Tércio Bispo
HISTÓRIAS E BELEZAS DA PACATA IRAPORANGA..................................................62
Valdetina Santana
O Príncipe Encantado....................................................................................64
MENSAGEM..............................................................................................66
5
APRESENTAÇÃO
"Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto
final. No meio você coloca as ideias."
(Pablo Neruda)
“Sabe-se que um dos principais problemas na educação da atualidade é a dificuldade que os
estudantes têm de ler e produzir textos. Essa é uma reclamação constante não só pelos
professores da disciplina de Língua Portuguesa, mas de toda a categoria docente.
A leitura proficiente tem infinitas possibilidades. Ela começa pelos olhos, mas vai além deles,
pois necessita de um elemento fundamental para a compreensão, que é o conjunto de
conhecimentos prévios relacionados ao assunto do texto lido. Por isso, a capacidade do ser
humano de compreender os textos depende da relação entre o cérebro e os olhos.”
É necessário envolver os alunos na produção de textos de diversos gêneros para que passem a
compreender o processo de leitura de modo integral. E qualquer que seja o objetivo de uma
leitura é importante levar em consideração que ninguém vai ler algo com atenção se não vê
uma utilidade nessa leitura, pois lemos e escrevemos sempre para atender a uma necessidade
pessoal.
Por isso, no desenvolvimento do trabalho de Produção de Texto do nível médio de ensino,
optou-se por trabalhar a montagem de uma revista, pois além de ser um dos suportes que
carrega uma variedade de gêneros, é também um dos materiais de leitura mais apreciados
pela maioria dos estudantes.
Então, para este projeto, a tarefa principal é promover a produção escrita individual e
pessoal de estudantes e professores do ERFS.
Nosso principal objetivo é mostrar o que o estudante do Roberto produz. É também
conscientizá-lo sobre o ato de ler; desenvolver amplamente o gosto por leituras e produções
literárias.
6
CAMILA P. DA SILVA, DANIELA A. DOS SANTOS E ROBERTA B.
ALVES
Todas as alunas têm 13 anos e residem no Alto da Lagoa, em Iraporanga. Cursam o 7º ano
do Ensino Fundamental, turma A, matutino.
DOCE LOUCURA
Visitei a vida para não sofrer...
Já venci por coisa que nunca pensei que ia vencer...
Já ultrapassei coisas que nunca pensei que fosse ultrapassar...
Já passei por coisa que jamais pensei que ia passar.
Visitei a morte para não morrer...
Já calei na hora que jamais pensei que fosse calar...
Já chorei na hora que jamais pensei que fosse chorar...
Visitei a tristeza para não ficar triste...
Mas apesar de tantas perdas e desafios,
Alegrias e tristeza, acabei sofrendo.
Sofrendo por um amor que viveu de engano e de muita dor.
Mas acima de tudo sobrevivi.
Estou aqui,
Preparada e superada para entrar em outra.
Espero que seja diferente.
Hoje estou à procura de um amor,
Que vive atrás da esperança.
Uma esperança que cada dia cresce mais.
7
FERNANDA PEREIRA LIMA
Estudante do Ensino Médio, 2º ano B. Reside em Olhos D’Água. Tem 16 anos.
Gosta de escrever poesias.
SAUDADES DE SER AMADA
Ah que saudades tenho
Do tempo em que era amada
Tantas coisas boas vivia
Porque estava apaixonada.
Oh, como eu era feliz
Mas eu estava enganada
Com o tempo descobri
Que havia outra amada.
Perdi-me dentro de mim
A minha alma ficou perdida
Senti um ódio profundo
Uma tremenda raiva da vida.
Nunca pensei que um dia
Pudesse ser enganada
O meu grande amor partiu
Com a sua outra amada.
Ah que saudade que tenho
Por aquele amor me machuquei
Ai como tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei.
8
GEISIANE OLIVEIRA SOUZA
Nasceu no dia 17 de fevereiro de 2000. Mora com os seus pais, Gerciano Conceição de
Souza e Ediná Rosa Oliveira no bairro do Gato em Iraporanga. Tem dois irmãos, Eveni e
Gustavo. Estudou no Grupo Escolar Odilon Torres, e este ano estuda o 6º ano do Ensino
Fundamental no ERFS. Gosta dos professores. Brinca com suas amigas de futebol, baleado
e outras coisas. Gosta de fazer poemas, de ler e escrever e de aprender artesanato. É
muito alegre.
LEITURA
Saber ler e escrever é muito legal
Só basta você gostar
A leitura é especial
Você vai se apaixonar.
A leitura sempre foi boa
Boa e legal
Você gosta da leitura?
Ela é muito especial!
9
ILZALÚCIA VIEIRA DE OLIVEIRA
Natural de Riacho do Mel. Nasceu em 1º de março de 1968. Cursou-se o Magistério no
ERFS. É graduada em Pedagogia e Pós-graduada em Psicopedagogia. Ex-aluna do Roberto
Santos e Professora do Ensino Fundamental na Escola Jandira Pinheiro em Riacho do Mel.
O BRASIL E A LÍNGUA PORTUGUESA
Amo a Língua Portuguesa
Com todo amor varonil
Respeitando as diferenças culturais
Entre países, e regiões do Brasil.
Esse país tão imenso
Com vinte e seis estados existentes
Todos falam o mesmo idioma
Mas com sotaque diferente.
Angola, Moçambique, S. Tomé e S. Vicente
São alguns dos países
Onde o português é existente
Sem esquecer que no Brasil
Nosso sotaque é ainda mais atraente.
A nossa língua, nosso idioma
Com tantas palavras exuberantes
Entre elas a palavra amor
Que expressamos os sentimentos.
Nosso Português veio de Portugal
Algo importante para se lembrar
Foi com a Reforma Pombalina
10
Que o Português no Brasil
Pode se implantar.
11
IZAMARA OLIVEIRA GOMES
Nasceu em 12 de abril de 1996. Mora em Riacho do Mel e estuda o 1º ano do Ensino
Médio, turma A, turno matutino.
Seu objetivo de vida é lutar por seu verdadeiro amor.
AMOR ETERNO
Já sofri por amor inconsequente na vida
Eu pude encontrar o que é o amor
Realmente o amor me encontrou
Em cada lugar
Em cada momento
Em cada tempo.
Foi numa amizade
No beijo
No telefone
Agora eu estou aqui
Fazendo juras de amor
O amor encantado
Que veio do tamanho de um destino
De um conto de fadas.
Não sei se vou realizar
Mas sei que cada dia estou mais apaixonada
E vou fazer o que todo mundo faz:
Ser feliz com o meu amor eterno.
12
ITAMÁRIA AQUINO ALVES
Itamária tem 18 anos, mora no Alto da Lagoa, em Iraporanga. Aluna do 9º ano do Ensino
Fundamental, turma A, turno matutino. Gosta de ler e também adora escrever
mensagens, versos e pensamentos.
O ESTUDO E O FUTURO
Quando você for à escola
Uma coisa deve pensar
Vai para escola aprender
E não brincar e bagunçar.
Cuide bem de sua escola
Não quebre as cadeiras, não
Hoje ela serve para você
Amanha vai servir para seu irmão.
O professor só quer nosso bem
Então vamos respeitar
Considerando o professor
Ele vai nos considerar.
Vamos todos estudar
Vamos todos aprender
Para ser alguém na vida
Depois você vai agradecer.
Pense no que estou falando
Eu não estou brincando, não
O estudo é a porta/ Para toda solução.
13
NUNCA DIGAS NADA SEM PENSAR
Nunca digas que você não é ninguém
Pois saiba que você é tudo para mim.
Nunca digas que você está errado
Pois para mim você sempre será a pessoa certa.
Nunca digas que ninguém te ama
Pois eu sou a pessoa que mais te ama nessa vida.
Nunca digas que estás triste
Pois eu estarei sempre aqui para te alegrar.
Nunca digas que estás doente
Pois eu serei a cura na sua precisão.
Nunca digas nada de ruim
Diga sempre coisas boas
Saiba que eu lhe desejo tudo de bom.
14
JÉSSICA SANTOS FARIAS
Estudante do 1º ano c. reside em Riacho do Mel. Tem 15 anos. Gosta de escrever
versos e poesias.
O AMOR
Um sentimento
Do qual não seria nada sem ele
Quando estamos perto do verdadeiro amor
Sentimos a diferença da paixão.
Ele nos faz notar
As pequenas diferenças
E descobrimos que a maioria de todas as belezas
São as menores de todas as raridades.
Até mesmo seu desejo de ser família
Para que a família desejasse ser você
Nela se faz paz no ouvir, no falar e no amar
O amargo vira mel.
Versos
Não sou coca
Nem guaraná
Mas faço sucesso
Em todo lugar.
Quando me vir sorrindo
Nem sempre estarei contente
15
Pois nem tudo que a gente faz
Traduz o que a gente sente.
Ame quem te ama
Esquece quem não te quis
Pense no futuro
E saiba ser feliz.
16
JULIANA ARAÚJO OLIVEIRA
Tem 13 anos e mora no Schubert e estuda o 7º ano do ensino Fundamental, turma A,
turno matutino.
A LEITURA
A leitura me enfeitiçou por quê?
Para nunca mais te esquecer.
A leitura entrou na minha vida
E mudou tudo, me ensinou
O verdadeiro caminho que me faz viver!
Por isso eu digo que preciso dela.
Escrevo para você ler
Escrevo simplesmente para te dizer
Que eu amo, amo a leitura.
Força é ceder aos limites
Do tempo que o livro dá para a vida
De um filho de Deus.
A leitura é a arte da vida!
Eu amo a leitura!
17
LAÍS JESUS DE SOUZA e MICAELE DE SANTANA SANTOS
Alunas de 13 e 14 anos. Moram no bairro do Gato em Iraporanga. Elas cursam o 8º ano do
Ensino Fundamental, turma A, matutino. Gostam de ler, de escrever e de fazer
artesanato.
AS GÊMEAS SAPEQUINHAS
Num dia de sábado Cosmina e Damiana levantaram bem cedo, tomaram o café da manhã e
foram brincar. Eram duas irmãs gêmeas. Tinham seis anos de idade e eram muito sapecas.
A mãe delas, dona Tereza costumava lavar roupas aos sábados. Ela colocou algumas peças
de roupa na máquina, um pouco de sabão em pó, ligou o aparelho e depois foi arrumar os
quartos.
As meninas aproveitaram para aprontar. Foram até a cozinha, pegaram todos os pratos
sujos da pia e jogaram dentro da máquina. Logo depois a lavadora começou a pipocar,
fumaçando, com um forte cheiro de queimado.
Dona Tereza ouvindo o barulho e sentindo o cheiro estranho, saiu correndo desesperada.
- O que aconteceu, meninas? Pergunta a mãe.
- Não foi nada, mãe! Respondeu Cosmina.
- Como não foi nada? Olha só a máquina?
- Ah, mãe, a gente só queria lavar os pratos.
- Na máquina de lavar roupas?!
- Sim, mamãe, a gente pensou que podia lavar prato nessa coisa que lava roupa!
- Vão já para dentro as duas, agora! Vocês estão de castigo por dois dias!
Dona Tereza foi à cozinha, trouxe um pouco de milho, despejou no chão e mandou que as
meninas ajoelhassem em cima. Depois deixou as duas trancadas no quarto.
Algum tempo depois as garotas saíram do castigo. Dona Tereza resolve tirar um cochilo,
enquanto as meninas brincam no quintal.
Às três horas da tarde elas param de brincar e vão até o quarto ver a mãe que estava num
sono bem pesado. Fizeram a maior baderna e Dona Tereza não acordou. Bagunçaram o
cabelo da mãe. Pegaram sua maquiagem, e enquanto Cosmina pintava o rosto da mãe,
Damiana foi a casa dos vizinhos e chamou todo mundo. Disse que havia uma grande festa
em sua casa.
Quando todos chegaram Damiana pediu que se sentassem no sofá e esperassem um pouco.
Cosmina também desceu do quarto e se sentou também. Logo depois dona Tereza
levantou-se e foi para o banheiro. Ao se olhar no espelho, deu um grito. Desceu as
escadas e deu de cara com um monte de gente no seu sofá.
Todos caíram na gargalhada. Dona Tereza parecia uma palhaça.
18
-Cosmina! Damiana! O que está acontecendo aqui? Perguntou a mãe furiosa.
- Nada, mãe! Disse a menina.
- Eu não aguento mais! Vocês são muito sapecas! Vou me trancar no quarto e nunca mais
eu vou sair, vocês que se cuidem sozinhas.
A mãe saiu muito nervosa.
- Nós não devíamos ter feito isso com a mamãe! – disse Cosmina.
- Não mesmo – disse Damiana.
Passaram-se alguns dias e a mãe das meninas realmente permanecia trancada no quarto
sem comer e beber nada. As meninas preocupadas, todos os dias batiam na porta do
quarto e pediam para a mãe sair, mas ela dizia sempre a mesma coisa.
- Não vou sair por tão cedo!
Mais um dia se passa e as garotas vão tentar mais uma vez convencer a mãe a sair do
quarto. Só que dessa vez a mãe não respondia. As gêmeas ficaram preocupadas e
chamaram os vizinhos. Eles arrombaram a porta do quarto e entraram. Dona Tereza
estava morta.
Cosmina e Damiana estavam agora sozinhas no mundo. Já não tinham pai e ficaram órfãs
também da mãe. Sem parentes, as gêmeas sapecas foram internadas num orfanato.
A família é o bem mais precioso do mundo, principalmente os pais.
Trate bem seu pai e sua mãe, porque mais cedo ou mais tarde você pode perdê-los.
19
MARIA DAS GRAÇAS SOUZA ARAÚJO
Tem 13 anos e estuda o 7º ano do Ensino Fundamental, turma A, turno matutino. Mora na
localidade do Vitoriano.
VERSOS
Não tenha vergonha de suas lágrimas,
Pois elas são iguais a uma chuva
Para molhar nossos corações
Que são muito ressecados.
20
MARCIEL DE JESUS LIMA
Mais conhecido como Igor, reside em Iraporanga. Estuda o 3º ano do Ensino Médio, turma
A. É considerado o poeta do ERFS, pois adora escrever poemas e mensagens.
A REALIDADE
O que é a realidade?
Realidade é o que há em você, do que você não pode fugir o que você tem que viver, sem
medo.
Ser realista é ser eu mesmo, ser realista é ser você.
Viva sempre a sua realidade porque ela está ali dentro de você.
Não deixe sua realidade ir para o mundo invisível porque lá você não pode vê-la,
E se você não ver a sua própria realidade, ninguém nunca verá por você.
Não viver o que deve ser é ficar no mundo imaginário.
Veja o que é real
Viva o que é real
Seja realmente você
Encontre sua realidade.
21
EM BUSCA DA FELICIDADE
Se um dia tudo se transformasse em brilho!
Será a vida sorrindo a meu favor?
Se um dia sentir realmente felicidade!
Serão sonhos sendo realizados?
Se na distância estiver perto!
Será amor?
Se por um só momento errar profundamente!
Desistiria?
Se um dia conseguir o que mais deseja!
O que mais ter?
Será o fim, um começo ou um recomeço?
Se tiver que ultrapassar os limites!
Continuaria?
Viva buscando e nunca desista porque sempre chega o momento de encontrar.
Se encontrar seja feliz porque a felicidade espera por você.
22
AMAR É VIVER
Se o amor levasse-nos a riqueza, todos realizariam sonhos.
Se o amor estivesse só no passado, nunca viveríamos o presente.
Infelizmente a vida para mim é assim...
Se eu vivesse no passado um grande amor, o presente na minha vida não existiria.
Você deve está se perguntando como eu entendo tanto sobre o amor.
Eu não achei, não encontrei,nem ganhei, eu descobri vivendo, gostando, buscando em
mim.
Esse é o verdadeiro significado da vida,
Amor.
Amar é ter uma completa felicidade.
23
MARINEZ BONFIM PEREIRA
Nasceu em 27 de abril de 1993 em Iraporanga-Bahia. Estuda o 1º ano do Ensino Médio,
turma C. Gosta de escrever mensagens.
AMAR É...
Amar é saber pedir mesmo quando não há nada a receber,
É saber está perto mesmo quando está ausente,
É sentir saudades mesmo presente.
Amar é dar amor sem cobrar nada em troca,
É saber dar carinho nos momentos decisivos
É proteger de tudo e de todos.
Amar é dar tudo de si,
É confiar mesmo quando não é verdade,
É respeitar mesmo quando o próximo quando respeito
Amar é aceitar o sofrimento
E fazer dele uma alegria.
24
PALOMA ALVES DE AQUINO
Tem 13 anos e mora no Riacho do Mel. Estuda o 7º ano do Ensino Fundamental, turma B,
turno matutino.
AMIZADE
Amizade não é simplesmente
Uma palavra ou objeto
É algo que se constrói
E depende muito da pessoa para dar certo.
25
RENATO MATHIAS DOS SANTOS
Nasceu em São Paulo em 18 de janeiro de 1985 e mora atualmente em Iraporanga. Cursa
o 2º ano do Ensino Médio, turno noturno.
BRASIL
Oh! Bendita pátria de minh’alma
Cuja grandeza supre nossas necessidades
Ao soar-me ao ouvido tudo acalma
E nos repleta de boas lembranças e saudades.
Bandeira brasileira que representa a luz
A ti honramos com fidelidade
É o rumo certo que nos conduz
Fiéis, fiéis por toda a eternidade.
Tu és digna bandeira
De uma pátria cheia de ternura
És como forte videira
Onde seu bom fruto se perdura.
Oh! Brasil doce e terno
Nossos corações se jubilam por ti
Oh! Pátria de beleza e amor eterno
Cuja paixão maior nunca senti.
26
SUPREMO DEUS
Supremo Deus de infinita bondade,
Poder e sabedoria.
Imploramos que nos conceda o entendimento
Da sua divina teoria.
Em nome do teu filho amado que és bendito,
Eterno e amigo,
Para que não sejamos enganados
Pelo perverso inimigo.
Preencha os espaços vazios de nossos corações
Como seu eterno amor.
Nos proteja de toda malignidade
E nos envolve com teu resplendor.
Proteja teus pequeninos e livra-nos do mal
Que o mundo proporciona.
A tua benignidade, grandeza e infinito amor,
Intensamente nos emociona.
Glórias te damos divino Pai eterno
Cuja tão quão ternura é suprema.
Que a nossa fé em ti, Pai celestial
Venha vencer qualquer problema.
Que um breve futuro, o ser humano
Venha conhecer este verdadeiro Deus.
O Deus que nos ama, o Deus que nos salva,
27
O Deus que cuida dos filhos teus.
Viemos agradecer por tudo, inclusive
Pela saúde e forte perseverança,
Pois acreditamos num novo mundo,
Onde haverá pás, harmonia e esperança.
DEUS SEJA LOUVADO.
28
ROCLÉCIA DAS NEVES SILVA
Tem 19 anos e mora em Olhos D’Água. Estuda o 1º ano do Ensino Médio na turma C, turno
noturno.
CANTINHO DO AMOR
O amor é cego
O amor é mudo
Mas pra quem ama
O amor é tudo.
Meu abc caiu no fogo
Corri para pegar
Peguei a letra J
O resto pode queimar.
Uma cor, teus olhos
Uma alegria, te beijar
Um medo, te perder
Uma frase, amo você.
Quando te beijei
Não parei para pensar
Foi com aquele beijo
Que comecei a te amar.
Cravo para ser cravo
É preciso ter espinho
Amor para ser amor
Precisa de carinho.
29
Se você me ama
Não diga a ninguém
Diga somente para mim
Que eu te amo também.
Se um dia você dizer
Que eu já te esqueci
Chore, pois neste dia
Com certeza já morri.
Gosto de você
Gostarei até o fim
Gostaria de saber
Se ainda gosta de mim.
É triste um amor
Um amor ter um fim
É triste gostar de você
E você não gostar de mim.
Se sonhar comigo
Não tente esquecer
Sonho não é realidade
Mas um dia pode ser.
Gosto porque gosto
Gosto porque sim
Gosto também da sua mãe
Que fez você para mim.
30
TAYNARA SOUZA VIEIRA
Taynara tem 13 anos e mora no bairro do Gato em Iraporanga. Cursa o 7º ano do Ensino
Fundamental, turma B, turno matutino. Gosta de ler e de escrever poesias. Também gosta
de fazer artesanato. Ganhou a medalha de ouro na disciplina de Ciências nas Olimpíadas
Estudantis de Iraquara.
PAIXÃO OU ILUSÃO
Você me fez acreditar
Que era minha grande paixão
Mas só era uma grande ilusão
E em minha vida
Fez grande destruição.
Só me fez sofrer
Nunca quis me defender
Me fez chorar
E não me deixou as lágrimas enxugar.
Só quis comigo brincar
Me machucar
Me deixou a te esperar
Sabendo que nunca vai voltar.
Mas estou feliz
Aqui sem você
Meu coração encontrou / Uma nova paixão.
VOCÊ
Pelas estradas que andei
31
Pelas que encontrei
Você é a pessoa
Que nunca esquecerei.
Você me ensinou o que é amor
O que é amar
Também aprendi com você
O que é se apaixonar.
Fico pensando
Se eu não te encontrasse
Quem me amaria
Quem me ensinaria a amar.
Mas a sorte surgiu
E você encontrei
E foi por você
Que eu me apaixonei
E é claro que eu sempre te amarei.
AMOR
Amável
Incomparável
Indispensável
Inexplicável
É o amor.
32
Às vezes se transforma em dor
Às vezes se transforma numa grande paixão.
Como uma rosa delicada
E também perigosa
Tem pétalas e tem espinhos.
Você pode pisar em pétalas
E caminhos lindos encontrar
Ou em espinhos
E sua vida completamente acabar.
33
TAINÁ DE SOUSA SANTOS
Tainá tem 17 anos e mora no bairro do Gato em Iraporanga. Cursa o 2º ano do Ensino
Médio, turma A, turno noturno. Adora ler e escrever. Participa do Projovem. É leitora
assídua da Biblioteca Maria Torres.
TUDO COMEÇA
Tudo começa num encontro inesperado
Num jeito impensado
No sorriso apaixonado.
Tudo começa
Numa noite clara de luar
Quando dois amigos resolvem passear.
Tudo começa num beijo roubado
No desejo incontrolável
No pensar assustado
De dois amigos que um dia
Iriam ser namorados.
Tudo começa quando algo
Inexplicável abençoa
Esse casal apaixonado.
ESTRELAS
Olho as estrelas e fico a pensar
Como seria te reencontrar.
34
Olho as estrelas e fico a imaginar
Como seria te conquistar.
Olho as estrelas e fico a sonhar
Como seria poder te olhar.
Olho as estrelas e estou a pensar
Como seria poder te falar
Olho as estrelas e estou a pensar
Como seria poder te abraçar
Olho as estrelas e estou a pensar
Como seria poder te beijar.
Olho as estrelas e me ponho a sonhar
Em um dia te amar
Olho as estrelas e me ponho a pensar
Um dia você e eu no altar.
35
ANTONIO GUNES VIANA
Professor de Matemática. Atualmente é vice-diretor do ERFS. É compositor e poeta.
Aprecia a música e gosta muito de cantar. Publicou seu primeiro livro, VERSOS
METEOROLÓGICOS, em outubro de 2010.
ESTÁGIOS DA VIDA
1º estágio:
Os choros e as mamadeiras
Os tombos e as brincadeiras.
2º estágio:
As escolas e as namoradas
As alegrias e as gargalhadas.
3º estágio:
Os projetos e ambições
Os sonhos e as realizações.
4º estágio:
A família, os filhos e os netos
As frustrações e os novos projetos.
5º estágio:
O conhecimento adquirido
E a certeza de ter vivido.
6º estágio:
A velhice e as lamentações
As doenças e as desilusões.
7º estágio:
A fé, o espírito e a luz
A confiança nas promessas de Jesus.
36
MINHA TERRA
Iraquara! Iraquara!
Minha terra, minha vida.
Quero ver desenvolver,
De Iraquara a Zabelê,
Por toda terra tão querida.
Em Iraquara vou viver.
Tem café, tem mandioca
E a Lagoa de Piroca.
Tem Lapa doce, Pratinha e Torrinha.
Tem mamona e tem feijão.
Tem marro do Sobradão
E as cachoeiras lá no Mel
Tem pedras até sinais
Muitas frutas nos quintais
Tudo pode produzir.
Iraquara! Iraquara!
Minha cidade tão rara
Vamos juntos progredir.
37
CHAPADA DIAMANTINA
Chapada Diamantina,
Linda menina
Tu vais a brilhar
No teu reino brilhante.
Faça-me te amar
Passando por lindos vales
Tu nem me fales,
Vou escutar
O canto das cachoeiras.
Tuas perambeiras
Vou penetrar
Por entre morros e rios
Teus desafios
Vou enfrentar.
Morando lá nas cavernas,
Lendas eternas
Eu vou contar.
38
MARIA MOREIRA DE SOUZA NETA E SILVA
Licenciada em Letras Vernáculas pela UNEB e pós-graduada em Língua e Sociedade pelo
ISEGO. Tem 25 anos de docência. Foi diretora por 12 anos do ERFS, escola onde hoje
leciona Língua Portuguesa e Literatura Brasileira.
SAUDADE
O que é saudade?
Quem tem saudade?
Quem tem um amor
ou quem é amado?
Que bom amar!
Amar é soltar,
libertar amarras, apertos, dor.
Que sentimento é esse?
Que ora prende, ora liberta
ora sofre, ora se alegra.
Quanta dor e quanta alegria!
Alegria por saber que existe
um motivo pra sofrer e quanta dor
por saber que alguém que está
distante é o seu amor.
que amor? Quantos amores?
Tantos quanto o coração
aguente dividir.
Amor de amor, amor de filho
amor de mãe,
ha! Amor de mãe!
Que amor é esse?
Um amor tão sublime
que se anula, que cresce,
que sofre, que ama!
Um amor tão grande que
ultrapassa até os limites
da eternidade.
mas às vezes não suporta
a distância do abraço,
do beijo, do estar perto.
e se sente preso / numa gaiola da saudade!!!.
39
SELMA MAGALHÃES DE SOUZA OLIVEIRA
Natural de Afrânio Peixoto, Lençois-Bahia. Nasceu a 05 de maio de 1961. Filha de
Miguel Alves de Souza e Isaudy Magalhães de Souza. Casada, mãe de cinco e avó
de cinco netos. Professora e amante da literatura. Gosta de escrever poesias e
narrar as histórias vividas em sua infância.
VALE DO CAPÃO – GRÃOS DE LUZ E GRIÔ
SENTIMENTO OU SENSAÇÃO DE ESTAR AQUI
Depois de muitos dizeres estar aqui significa:
Serenidade, curiosidade,
Saudade, tranqüilidade,
Ansiedade, paz, nervosismo
Alegrias, muitas coisas
Coisa gostosa, liberdade
Parado demais, devagar
Afobamento, contato com a natureza,
Grandeza, magia e encantamento
Conto de fadas, estar no paraíso
Dor de cabeça sem estresse
Amor e tudo isso
Maravilha, confusão interessante
Brincadeira de dar tchau
Brincar de mamar e despedir
E voltar pra mamar
Sorte por estar aqui
Viver o eu em harmonia com a natureza
Encontrar comigo mesmo
Aprender em parceria
Apaixonar para aprender
Ou aprender apaixonado
40
Mudança radical
Silencio e tudo de bom
Gente dentro da gente, sendo todos
Ao mesmo tempo.
41
PEDAGOGIA GRIÔ - INESQUECÍVEL
Nossa viagem começou
Desde o primeiro encontro
Vendo tudo diferente
Foi tamanha a animação
Ao ouvir que muito breve
Em dias bem lá pra frente
Teria outra reunião
Para se sentir mais leve
Pra trabalhar bem contente
Mas nem passou por nossa mente
Que seria aqui no Capão.
Pois bem
Pra continuar a história
Vou contar da euforia
Do grupo da minha escola
Quando soube pra onde ia
Começaram a lavar sacola
E pensar no que cabia
Para não esquecer nada
Principalmente o que aquecia.
Ao chegar o grande dia
Oh que contentamento
Arrumamos a cachorra
Cuidamos das unhas e dos cabelos
Ninguém quis ficar atrás
42
Dos meninos às meninas
Cada qual se mostrava mais.
Assim nesse clima gostoso
Seguimos estrada afora
Passando pontes e mata-burros
Sem se preocupar com a hora.
Muito menos com o calor
Ou o dia de vir embora.
Dentro do ônibus as brincadeiras
O calor e as poeiras
Terezinha com as bolachas
A arrelia das bagagens
E o animado dominó
Da turma do fundão.
Nesse clima de amizade
Com o buzão a rodar
As mulheres arrumadinhas
Tal qual princesas a esperar
A festa do príncipe encantado
Que vivem sempre a sonhar
As horas foram passando
E nós na estrada a pensar
Como seria a chegada! Quem estaria lá?
Será que o velho Griô
Estaria a nos esperar?
Depois de muito rodar
43
Meu Deus que confusão
A estrada não era aquela
Volta de ré o buzão
Como sempre a alegria
Misturada a apreensão
Depois, ai que alivio
O motorista aplaudido
Pela sua atuação.
Voltamos à estrada
Acertamos a entrada
Que maravilha a chegada
Foi aí que fiquei pasmada
Por falar em princesa encantada
A pousada tão esperada
Alem de linda e alinhada
Tem por nome “Castelar da Alvorada”.
Lilian e Arita, que lindas
Nos recebeu com um sorriso
Não tive dúvida nenhuma
Estamos no paraíso
Que paz, que vida
Pois tudo é tão bonito
Que valeu o sacrificio
De deixar as nossas casas
Mulheres, maridos e filhos queridos.
Entramos no Paraíso
Conhecemos o alojamento
44
Chalé lindo, maravilhoso
Depois de guardar a cachorra
Tomamos um lanche gostoso
Para tristeza de Barbara
Carne nem pra guloso.
Ao passear pelos arredores
Tudo cuidado com amor
Vimos coisas interessantes
Cada um falou, falou
Das construções diferentes
Que objetos lembrou
Esse parece um forninho
De assar avoador
Foi que Eliene pensou.
Vou descrevendo os fatos
Como tudo aconteceu
O que cada um achou
Do lugar que nos acolheu
Depois de entrar no templo
Foi que tudo começou
Energia boa, confraternização
Músicas e brincadeiras
Coisas novas a conhecer
Grãos de Luz e Griô, pedagogia diferente
Gostosa de viver e de fazer.
Na hora de socializar
E expressar sentimentos
45
Todos puderam falar
Daí surgiu brincadeiras
Pra ninguém de fora ficar
Mestre Luizinho passou mal
Por falta de feijoada forte
Sinelandia de touca e luvas
Frio que Nemo dela
Só lá no Pólo Norte.
Na roda lá do templo
Saudades de partir corações
Dos filhos e dos maridos
Que ficaram logo esquecidos
Na hora das refeições.
Deixando as saudades de lado
Vamos lembrar os demais
Não vai escapar um fato
O que meus olhos alcançaram
Deixarei neste relato
A história de Sinelândia
A burrinha de Pedro Sié
O beijo de Lilian e Márcio
A pombinha do nosso chalé.
Aqui rolou de tudo
Comparações movimentos
Gestos com músicas
Lembrando garimpeiros
Lavadeira e pescador
46
O castelo de Aline Vieira
A palhaçada de Nelson
Deixando Aline Novaes
Tremendo de medo e pavor
As meninas no trapézio
Que Didácia fotografou.
Não posso terminar meu registro
Deixando alguém esquecido
Por isso o último verso
Vai ficar um pouco comprido
Citarei nome por nome
Desse grupo tão unido
Oi, meu Deus que distração
Quase esqueço um acontecido
A proposta de Alaíde
Ao seu esposo querido
Para uma segunda lua-de-mel
Nesses chalés escondidos.
Alaíde, Alines e Arita
Ana Paula, Bárbara e Cleide
Didácia, Eliene e Enilson
Enoque, Graciema e Iolanda,
Joanas, Lilian e Luiz
Marlene, Marcia e Marias
Marivaldo, Nilson, Nilza e Nivaci
Raimundo, Paulo, Sinelandia e Silvana
Sirleide, Terezinha e Tércio.
Deixo a todos um abraço
Aguardando o próximo encontro
47
Espero no mesmo espaço
E mandar com todo amor
Um abraço de todos nós/ Ao nosso querido velho Griô.
48
SUZANA DURÃES VIANA
Natural da vila de Iraporanga, município de Iraquara-BA, onde reside. É graduada em
Letras Vernáculas e pós-graduada em Língua, Sociedade e Educação pelo ISEGO e atua
como professora de Língua Portuguesa e Produção Textual na rede pública. Apaixonada
por livros e artesanato. Publicou na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, pela
Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Atualmente publica seus textos nos sites Recanto
das Letras e O melhor da web. Gosta de escrever poemas e cordéis.
PARNAÍBA
Parnaíba, Parnaíba
Minha vila capital
És o berço de meu berço
Um cantinho especial
Onde vive gente amiga
De carinho natural
Parnaíba, minha terra
Tens o brilho do cristal.
Parnaíba, minha vila
Tua história me seduz
Fiz de ti, minha morada
49
Agradeço a Jesus
Parnaibano sincero
Não despreza a sua luz
Vim cantar suas belezas
A você eu faço jus.
Em sua geografia
És curioso lugar
Parece cratera aberta
Tipo faceta lunar
E a lagoa encantada
Desperta o nosso pensar
Será lenda ou verdade
O que aconteceu por lá?
Tens clima especial
Quente, leve e fagueiro
Em meio à grande Chapada
Daí o friozinho mineiro.
Em cuja vegetação
Vejo orquídea e coqueiros
E na fauna, onça e tatu
E muito passarinheiro.
Outros nomes já te deram
Parnaíba, minha flor
Esconso, Iraporanga,
Mas nenhum com tal fervor
Como este encravado
Proclamado com amor
50
Parnaíba é o preferido
De teus filhos de valor.
Oh, vila tão pequenina
De distintas divisões
Alto, Lobato e Gato
Centro e aglomerações
De gente simples e robusta
Que honra suas tradições
Ao garantir seu espaço
Não aceita contradições.
Parnaíba, vila minha
Tua gente hospitaleira
Acolhe quem a procura
Com alma gentil e faceira
Povo alegre e amoroso
Que adora brincadeira
Na defesa dos direitosLevanta firme a bandeira.
Santo Antonio te proteja
A Mãe Senhora há de guardar
O Evangelho te guia
Santos Reis há de amparar
E que as Forças do Bem
Sustentem o teu caminhar.
São tantos os teus encantos
Vila minha e de todos
O meu maior desejo:
Seu progresso sem engodo.
51
Que jamais falte o sossego
Em cada canto envolto
Parnaíba, Parnaíba
És o brilhante do Poço.
52
O CASAMENTO DE JOÃO PREGUIÇA (Cordel)
Preste atenção, minha gente
No causo que vou contar
É a história de um Cabra
Sem gosto pra trabalhar
O seu nome é João Preguiça
Seus deslizes vou narrar.
Deitado em bela rede
Dia e noite a balançar
Sem pressa nem adjunto
Que o faça levantar
Quem vê sua situação
Passa logo a perguntar.
Esse bicho não levanta
Nem ao menos pra comer?
Onde já se viu um homem
Dormindo feito bebê?
A preguiça vai matá-lo
E isso nós vamos ver.
Admire minha gente
Do fato que sucedeu
João Preguiça em sua rede
Nada fazia de seu
Noite e dia na madorna
Muita sorte mereceu!
53
Apareceu uma Dona
Rica e doida pra casar
Decerto era a idade
Já estava a passar
Encantou-se por João
E quis logo se noivar.
O casamento se deu
Com muita festa e folia
Mas o noivo em sua rede
Sem vontade não saía
Foi preciso grande esforço
E muita estripulia.
Passado o casamento
Pra rede João voltou
E a malfadada esposa
Pouco a pouco se cansou
De ver faltar o marido
Debaixo do cobertor.
Pois a preguiça do Cabra
Fazia perder a razão
Deixava a mulher sozinha
Sem afago e atenção
Para não fazer esforço
Ao usar a munição.
54
Tudo tem começo e fim
Não seria diferente
Com João e sua preguiça
Que amolava tanta gente
Sua mulher foi embora
Nos braços de um Tenente.
Será que João sofreu
Com a traição merecida?
Será que sentiu dor
Ao ver a triste partida?
Ou pouco se incomodou
Pra ele não foi desdita?
Na sua rede estava
Na sua rede ficou
Tudo que aconteceu
Pra João pouco importou
Ele queria sossego/ E isso ela deixou.
55
SE TODO DIA FOSSE NATAL...
Haveria mais brilho no mundo
Ensejo de novos rumos
Energia mais salutar.
Haveria mais irmandade
Gestos de camaradagem
Amor a compartilhar.
Haveria mais esperança
Cuidaríamos mais das crianças.
56
TÉRCIO BISPO
Pedagogo, pós-graduado em Gestão Ambiental. Reside em Iraporanga. É professor no
ERFS. Luta pelo uso consciente e responsável da natureza, para que possamos viver em
condições dignas perante o meio ambiente.
HISTÓRIAS E BELEZAS DA PACATA IRAPORANGA
Apesar de pequenina, a antiga Vila de Iraporanga nascida por volta de 1730,
pertencente ao município de Iraquara, cravada no coração da Chapada Diamantina-Bahia,
é construída sobre pilares sólidos de crenças e culturas que fazem dessa terra um cartão
de visitas, um atrativo pra quem ama "causos" e adora vislumbrar a natureza. A pacata
vila possui uma história que parte do achado de um facão no qual continha uma inscrição
"Parnahyba", dando assim início à formação de uma cultura riquíssima, à homogeneização
das raças, dos costumes, da criação de lendas e crendices. A velha Parnahyba serviu para
a travessia de tropeiros, altos comerciantes que espalhavam um pouco da moda e da
cultura de países europeus como: França, Espanha, dentre outros.
Situada há 470 km da sua capital (Salvador), a vila foi crescendo aos poucos,
consolidando seu aspecto, influenciada muitas vezes pelo Brasil-Colônia, sendo construída
também com traços africanos, pois nasceu em meio a todo processo escravista no país.
Algum tempo depois, por questões políticas, passa a chamar-se Iraporanga, que do
Tupi significa "cabaça de mel", mas pouquíssimos moradores se referem ao lugar pelo
nome atual.
Contam os antigos que um vilarejo fora inteiramente engolido pelas águas da chuva,
dando origem ao que é hoje, uma grande lagoa coberta pela vegetação de taboas. Pessoas
afirmam categoricamente que já viram ou que viveram situações horripilantes diante de
um lobisomem. Outros dizem que o vilarejo está suspenso por três colunas rochosas... e
assim por diante. Mas nem tudo se resume em causos e fantasias, pois as belezas estão
estampadas nas fachadas dos casarios antigos, no calçamento da praça principal, no verde
que ainda brota do chão, bem como os poços de água escura do rio Rochedo, fincado no
meio da serra.
O que mais marca é a expressão sertaneja presente no "aboiar", na música caipira
ainda ouvida, no cantar dos passarinhos que celebram muitas vezes os períodos de chuva,
nas cantigas de roda, no reisado e tantas outras manifestações.
57
Hoje com pouco mais de 4.000 habitantes (IBGE 2010) Iraporanga busca sua emancipação,
para assim conseguir recursos frente aos órgãos governamentais, para as tão sonhadas
melhorias e o progresso do lugar.
Se você quer paz de espírito, tranquilidade, respirar ar puro, e de deliciar com as belezas
naturais deste lugar, venha conhecer Iraporanga e corra o risco de nunca mais querer ir
embora.
58
VALDETINA SANTANA
Mora em Iraporanga, ao lado do Educandário Roberto Santos onde é funcionária há--
anos. É grande apreciadora da leitura e ótima contadora de histórias. Uma colega de
trabalho alegre, prestativa e que mantém um relacionamento muito saudável com os
estudantes. Abaixo uma das tantas histórias que ela tem prazer em narrar.
O PRÍNCIPE ENCANTADO
Havia um pai que tinha três filhas. Ele era viajante.
Certo dia se preparou para viajar mais uma vez. Perguntou às suas filhas o que
queriam que ele trouxesse de presente. A mais velha disse que trouxesse um vestido da
cor do mar, enfeitado de peixinhos. A do meio pediu um vestido da cor do céu salpicado
de estrelas. O pai perguntou á mais nova o que ela queria. Ela respondeu:
- Não quero nada não.
- Vou trazer vestidos para suas irmãs e nada para você? – disse o pai.
A menina então respondeu:
- Quero uma flor. A primeira que o senhor avistar no caminho.
O pai viajou. Durante a viagem comprou os presentes pedidos pelas filhas, mas não
encontrou nenhuma flor para a mais nova.
Na volta para casa, avistou um castelo. No jardim do palácio viu uma linda flor.
Aproximou-se para colhê-la e levá-la para sua filhinha. Ao chegar perto da flor, ouviu uma
voz:
- Não lhe toque.
O homem não sabia de quem era a voz, mas mesmo assim contou toda sua história e
do pedido feito pela filha. A voz então falou:
- Você pode levá-la para casa, mas com uma condição. A primeira pessoa que você
encontrar tem que trazer para mim.
Ele pensou: ”O primeiro que vejo é o meu cachorro que vem me encontrar.” E lá
foi ele para casa.
Ao chegar em sua casa, a primeira pessoa a encontrar foi sua filha mais nova. O pai
então lhe deu a flor e contou toda a história da voz misteriosa. A menina entendeu e
disse:
- Eu vou ao castelo, meu pai. Pode me levar.
Ao chegar ao castelo ouviram a voz:
“-Pode deixar ela aqui e voltar.”
Falou para a mocinha:
- Entre!
Ela entrou. A voz continuou falando:
- Vá ao quarto, tome banho e ponha o vestido que está sobre a cama. Assim ela fez.
Mais uma vez a Voz falou:
- Vá agora à cozinha que o jantar está sobre mesa.
A garota foi à cozinha, jantou e depois foi descansar. E assim passou a viver no
castelo em companhia daquela voz que ela não sabia de quem era, pois nunca via
ninguém.
Com o passar do tempo ela sentiu saudades dos pais e das irmãs e pediu para ir
fazer-lhes uma visita. A voz disse:
- Pode ir, mas não traga nada de lá.
Ela foi visitar a família. Chegando a casa contou toda a história. A irmã mais velha
sugeriu:
- Ele deve ser um príncipe encantado. Leve um pente e quando a Voz estiver
jantando passe em sua cabeça que ele desencantará.
A menina lembrou-se da recomendação que a Voz fez e não levou o pente quando
voltou pro castelo.
Mais uma vez ela voltou a casa do pai. Dessa vez a irmã do meio lhe falou:
59
-Leva uma vela e quando ele estiver jantando pingue três pingos sobre a sua cabeça
e ele desencantará.
Dessa vez ela resolveu seguir o conselho e levou a vela. Quando o príncipe jantava,
ela pingou três pingos sobre sua cabeça e ele desencantou. Era realmente um príncipe.
Ele então lhe diz:
- Você traiu a minha confiança. Pra me encontrar agora você terá que caminhar
bastante.
E sumiu.
A moça andou, andou, andou. Chegou à casa do Sol. Saiu uma velhinha. Ela contou
toda sua história.
A Velha respondeu:
- Meu filho anda bastante, mas ele é bem quente. Não sei se você vai agüentar a
quentura dele.
O sol chegou e o tempo estava frio. A moça contou a historia.
O Sol falou:
-Eu só ando de dia, mas minha amiga Lua sabe onde fica o palácio. O príncipe está
lá.
O Sol levou a menina até a casa da Lua. Chegando lá uma velhinha atendeu. A
garota contou toda sua historia. A Velha falou:
-Minha filha é bastante fria, se você suportar...
A lua chegou e ela repetiu a história. A Lua disse:
-Vou te levar a quem sabe todas as coisas, um amigo que anda por todos os lugares.
E a levou ate a casa do Vento. Uma velha a recebeu:
- Meu filho é bastante forte, se você suportar...
Ela disse:
-Eu suporto. - E repetiu toda a história. O Vento falou:
-O príncipe vai se casar daqui a dois dias. Vamos que eu te levo ao palácio. E assim
fez.
Chegando ao palácio, colocou a jovem num lago perto do palácio. Nesse lago havia
uma negra que estava carregando água para o castelo. Ao abaixar para tirar água do lago a
negra viu o reflexo da moça na água. Pensou que era o dela.
- Olha como sou linda e carregando água para a ama?! Ah!, eu vou quebrar esse
pote.
Quebrou o pote e foi embora. No castelo a ama falou:
- Você tem que carregar água, negra, pra preparar a festa do meu casamento.
A negra voltou com a lata. Tornou ver o reflexo na água e falou:
- Ah, sou tão linda e carregando água! – Amassou a lata.
A jovem começou a dar risadas lá de cima da arvore. A negra disse, ao vê-la:
- Ah, é você que tá aí , né. Desça.
A jovem desceu. A negra então enfiou um alfinete em sua cabeça e ela
imediatamente virou uma pomba.
A pomba voou ate o quarto do príncipe e sentou-se em seu colo. Ele começou a
alisar a sua cabecinha quando encontrou o alfinete. Puxou o alfinete e o encanto se
desfez.
- Ah, é você! – disse o príncipe vendo a jovem.
-Sim, sou eu. Andei bastante para te encontrar.
Era o dia do casamento do príncipe. Ele foi ate a janela do palácio e falou alto:
- Minha gente, eu perdi uma chave velha e achei uma nova. E agora eu encontrei a
velha. Com quem eu devo ficar?!
Todos gritaram:
-Fica com a velha!!!!
Então o príncipe casou com a jovem princesa e foram felizes para sempre.
60
MENSAGEM
Escrever o que pensamos e o que sentimos nos liberta, nos conforta e nos atrela àqueles
que nos leem.
Que a edição desta Revista Literária seja o primeiro passo para que tantos outros
estudantes que apreciam não só a leitura, mas também a escrita, desenvolvam cada vez
mais o seu potencial criativo e que sejam reconhecidos.
O nosso objetivo é dar visibilidade a esses escritores anônimos do Educandário Roberto
Santos.
Agradecemos a todos e todas que colaboraram para que este trabalho acontecesse.
Parabéns aos escritores e escritoras PRATA DA CASA presentes nesta 1ª edição.
Organizadores: Estudantes do 1º ano C e Suzana Durães Viana.
Iraporanga
2011
61

More Related Content

What's hot

Atividade de leitura e interpretação 9º ano
Atividade de leitura e interpretação 9º anoAtividade de leitura e interpretação 9º ano
Atividade de leitura e interpretação 9º anoGeija Fortunato
 
Coletânea português matemática 4o ano professor 2015 (3)
Coletânea português matemática 4o ano professor 2015 (3)Coletânea português matemática 4o ano professor 2015 (3)
Coletânea português matemática 4o ano professor 2015 (3)Raquel Becker
 
AfroPoemas, Biblioteca Temática Cidade Tiradentes, nov 2014
AfroPoemas, Biblioteca Temática Cidade Tiradentes, nov 2014AfroPoemas, Biblioteca Temática Cidade Tiradentes, nov 2014
AfroPoemas, Biblioteca Temática Cidade Tiradentes, nov 2014oficinativa
 
Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011
Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011
Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011Paulo Sérgio
 
Matemática & outros contos
Matemática & outros contosMatemática & outros contos
Matemática & outros contosSylvia Seny
 
LIVRO DE POESIA DO 7º A ( mat)
LIVRO DE POESIA DO 7º A ( mat)LIVRO DE POESIA DO 7º A ( mat)
LIVRO DE POESIA DO 7º A ( mat)elaniasf
 
Memorial profissional do josé antonio
Memorial profissional do josé antonioMemorial profissional do josé antonio
Memorial profissional do josé antoniojapquimica
 
Livro de Poesias "Escola"
Livro de Poesias "Escola" Livro de Poesias "Escola"
Livro de Poesias "Escola" lendoerelendo
 
Escritores da Cassiano Mendes
Escritores da Cassiano Mendes Escritores da Cassiano Mendes
Escritores da Cassiano Mendes Obed Souza
 
Ed 2. chispas literarias
Ed 2.   chispas literariasEd 2.   chispas literarias
Ed 2. chispas literariasDouglasAbreu4
 
4 ano caderno_de-producao_textual_lingua_portuguesa.vol_i
4 ano caderno_de-producao_textual_lingua_portuguesa.vol_i4 ano caderno_de-producao_textual_lingua_portuguesa.vol_i
4 ano caderno_de-producao_textual_lingua_portuguesa.vol_iVanessa Pereira
 
Jornal escolar palavras d'encantar 10.º edição
Jornal escolar   palavras d'encantar 10.º ediçãoJornal escolar   palavras d'encantar 10.º edição
Jornal escolar palavras d'encantar 10.º ediçãoMax Teles Teles
 
Avaliação que os falantes urbanos fazem na variação rural
Avaliação que os falantes urbanos fazem na variação ruralAvaliação que os falantes urbanos fazem na variação rural
Avaliação que os falantes urbanos fazem na variação ruralUNEB
 

What's hot (20)

Amigos livros
Amigos livrosAmigos livros
Amigos livros
 
Atividade de leitura e interpretação 9º ano
Atividade de leitura e interpretação 9º anoAtividade de leitura e interpretação 9º ano
Atividade de leitura e interpretação 9º ano
 
DeClara22_abril2019
DeClara22_abril2019DeClara22_abril2019
DeClara22_abril2019
 
Coletânea português matemática 4o ano professor 2015 (3)
Coletânea português matemática 4o ano professor 2015 (3)Coletânea português matemática 4o ano professor 2015 (3)
Coletânea português matemática 4o ano professor 2015 (3)
 
AfroPoemas, Biblioteca Temática Cidade Tiradentes, nov 2014
AfroPoemas, Biblioteca Temática Cidade Tiradentes, nov 2014AfroPoemas, Biblioteca Temática Cidade Tiradentes, nov 2014
AfroPoemas, Biblioteca Temática Cidade Tiradentes, nov 2014
 
Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011
Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011
Livro vol 2_caminho da palavra escrita_paulosergio_2011
 
Jornal francisco lima finalizado blog (1)
Jornal francisco lima finalizado blog (1)Jornal francisco lima finalizado blog (1)
Jornal francisco lima finalizado blog (1)
 
Matemática & outros contos
Matemática & outros contosMatemática & outros contos
Matemática & outros contos
 
DeClara 43 junho 2021
DeClara 43 junho 2021DeClara 43 junho 2021
DeClara 43 junho 2021
 
LIVRO DE POESIA DO 7º A ( mat)
LIVRO DE POESIA DO 7º A ( mat)LIVRO DE POESIA DO 7º A ( mat)
LIVRO DE POESIA DO 7º A ( mat)
 
Memorial profissional do josé antonio
Memorial profissional do josé antonioMemorial profissional do josé antonio
Memorial profissional do josé antonio
 
Livro de Poesias "Escola"
Livro de Poesias "Escola" Livro de Poesias "Escola"
Livro de Poesias "Escola"
 
Escritores da Cassiano Mendes
Escritores da Cassiano Mendes Escritores da Cassiano Mendes
Escritores da Cassiano Mendes
 
Eu tenho orgulho da minha escola
Eu tenho orgulho da minha escolaEu tenho orgulho da minha escola
Eu tenho orgulho da minha escola
 
Ed 2. chispas literarias
Ed 2.   chispas literariasEd 2.   chispas literarias
Ed 2. chispas literarias
 
4 ano caderno_de-producao_textual_lingua_portuguesa.vol_i
4 ano caderno_de-producao_textual_lingua_portuguesa.vol_i4 ano caderno_de-producao_textual_lingua_portuguesa.vol_i
4 ano caderno_de-producao_textual_lingua_portuguesa.vol_i
 
Roteiro 5 - Agosto - Violência e escola
Roteiro 5 - Agosto - Violência e escolaRoteiro 5 - Agosto - Violência e escola
Roteiro 5 - Agosto - Violência e escola
 
DeClara nº44 junho 2021
DeClara nº44 junho 2021DeClara nº44 junho 2021
DeClara nº44 junho 2021
 
Jornal escolar palavras d'encantar 10.º edição
Jornal escolar   palavras d'encantar 10.º ediçãoJornal escolar   palavras d'encantar 10.º edição
Jornal escolar palavras d'encantar 10.º edição
 
Avaliação que os falantes urbanos fazem na variação rural
Avaliação que os falantes urbanos fazem na variação ruralAvaliação que os falantes urbanos fazem na variação rural
Avaliação que os falantes urbanos fazem na variação rural
 

Similar to REVISTA LITERÁRIA DO EDUCANDÁRIO ROBERTO SANTOS - ANO 01 - 2011

Jornal Pequeno Leitor
Jornal Pequeno LeitorJornal Pequeno Leitor
Jornal Pequeno LeitorJeane Garcia
 
Webfólio 2º semestre 2013
Webfólio 2º semestre 2013Webfólio 2º semestre 2013
Webfólio 2º semestre 2013orizaldaferreira
 
Unidade 2 as rotinas da escola e da historia
Unidade 2 as rotinas da escola e da historiaUnidade 2 as rotinas da escola e da historia
Unidade 2 as rotinas da escola e da historiaNaysa Taboada
 
Revista de letras up formosa do rio preto-ba
Revista de letras up formosa do rio preto-baRevista de letras up formosa do rio preto-ba
Revista de letras up formosa do rio preto-baletrasftc
 
Projeto de Incentivo a Leitura
Projeto de Incentivo a LeituraProjeto de Incentivo a Leitura
Projeto de Incentivo a LeituraCirlei Santos
 
Ler e escrever%2c muito prazer.pptx
Ler e escrever%2c muito prazer.pptxLer e escrever%2c muito prazer.pptx
Ler e escrever%2c muito prazer.pptxMariaJose293956
 
Sala de leitura 2012 e.e. messias freire.primeiro bimestre
Sala de leitura   2012  e.e. messias freire.primeiro bimestreSala de leitura   2012  e.e. messias freire.primeiro bimestre
Sala de leitura 2012 e.e. messias freire.primeiro bimestreCirlei Santos
 
Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 50
Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 50Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 50
Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 50Valter Gomes
 
Clube do Livro 2014: Ações Exitosas
Clube do Livro 2014: Ações ExitosasClube do Livro 2014: Ações Exitosas
Clube do Livro 2014: Ações ExitosasDeivison Conceição
 
Jornal maroto oficial
Jornal maroto oficialJornal maroto oficial
Jornal maroto oficialJornal Maroto
 
A importância da leitura - Sessão para pais e encarregados de educação
A importância da leitura - Sessão para pais e encarregados de educaçãoA importância da leitura - Sessão para pais e encarregados de educação
A importância da leitura - Sessão para pais e encarregados de educaçãoMarta Pinto
 
Saletinho 2013 agosto definitivo
Saletinho 2013    agosto  definitivoSaletinho 2013    agosto  definitivo
Saletinho 2013 agosto definitivoBeatriz Sayuri
 
O projeto “As maravilhas do Poema de Literatura de Cordel”, 2º EJA, Ens. Médio.
O projeto “As maravilhas do Poema de  Literatura de Cordel”, 2º EJA, Ens. Médio.O projeto “As maravilhas do Poema de  Literatura de Cordel”, 2º EJA, Ens. Médio.
O projeto “As maravilhas do Poema de Literatura de Cordel”, 2º EJA, Ens. Médio.Necy
 
Versos livres - Alunos do 6o Anos - EE Prof. Joao Ferreira dos Santos - 2014 ...
Versos livres - Alunos do 6o Anos - EE Prof. Joao Ferreira dos Santos - 2014 ...Versos livres - Alunos do 6o Anos - EE Prof. Joao Ferreira dos Santos - 2014 ...
Versos livres - Alunos do 6o Anos - EE Prof. Joao Ferreira dos Santos - 2014 ...Alex Santos
 

Similar to REVISTA LITERÁRIA DO EDUCANDÁRIO ROBERTO SANTOS - ANO 01 - 2011 (20)

Jornal Pequeno Leitor
Jornal Pequeno LeitorJornal Pequeno Leitor
Jornal Pequeno Leitor
 
Webfólio 2º semestre 2013
Webfólio 2º semestre 2013Webfólio 2º semestre 2013
Webfólio 2º semestre 2013
 
Unidade 2 as rotinas da escola e da historia
Unidade 2 as rotinas da escola e da historiaUnidade 2 as rotinas da escola e da historia
Unidade 2 as rotinas da escola e da historia
 
Revista de letras up formosa do rio preto-ba
Revista de letras up formosa do rio preto-baRevista de letras up formosa do rio preto-ba
Revista de letras up formosa do rio preto-ba
 
Seminário de EJA
Seminário de EJASeminário de EJA
Seminário de EJA
 
Cursotecnologiaecidadaniaaugusta2011
Cursotecnologiaecidadaniaaugusta2011Cursotecnologiaecidadaniaaugusta2011
Cursotecnologiaecidadaniaaugusta2011
 
Projeto de Incentivo a Leitura
Projeto de Incentivo a LeituraProjeto de Incentivo a Leitura
Projeto de Incentivo a Leitura
 
Ler e escrever%2c muito prazer.pptx
Ler e escrever%2c muito prazer.pptxLer e escrever%2c muito prazer.pptx
Ler e escrever%2c muito prazer.pptx
 
Sala de leitura 2012 e.e. messias freire.primeiro bimestre
Sala de leitura   2012  e.e. messias freire.primeiro bimestreSala de leitura   2012  e.e. messias freire.primeiro bimestre
Sala de leitura 2012 e.e. messias freire.primeiro bimestre
 
Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 50
Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 50Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 50
Folhetim do Estudante - Ano V - Núm. 50
 
Clube do Livro 2014: Ações Exitosas
Clube do Livro 2014: Ações ExitosasClube do Livro 2014: Ações Exitosas
Clube do Livro 2014: Ações Exitosas
 
3ªedição jornal
3ªedição jornal3ªedição jornal
3ªedição jornal
 
Jornal maroto oficial
Jornal maroto oficialJornal maroto oficial
Jornal maroto oficial
 
Saletinho 2013
Saletinho 2013    Saletinho 2013
Saletinho 2013
 
A importância da leitura - Sessão para pais e encarregados de educação
A importância da leitura - Sessão para pais e encarregados de educaçãoA importância da leitura - Sessão para pais e encarregados de educação
A importância da leitura - Sessão para pais e encarregados de educação
 
Jornal Francisco Lima
Jornal Francisco Lima  Jornal Francisco Lima
Jornal Francisco Lima
 
Jornal da Escola EMDFC
Jornal da Escola EMDFCJornal da Escola EMDFC
Jornal da Escola EMDFC
 
Saletinho 2013 agosto definitivo
Saletinho 2013    agosto  definitivoSaletinho 2013    agosto  definitivo
Saletinho 2013 agosto definitivo
 
O projeto “As maravilhas do Poema de Literatura de Cordel”, 2º EJA, Ens. Médio.
O projeto “As maravilhas do Poema de  Literatura de Cordel”, 2º EJA, Ens. Médio.O projeto “As maravilhas do Poema de  Literatura de Cordel”, 2º EJA, Ens. Médio.
O projeto “As maravilhas do Poema de Literatura de Cordel”, 2º EJA, Ens. Médio.
 
Versos livres - Alunos do 6o Anos - EE Prof. Joao Ferreira dos Santos - 2014 ...
Versos livres - Alunos do 6o Anos - EE Prof. Joao Ferreira dos Santos - 2014 ...Versos livres - Alunos do 6o Anos - EE Prof. Joao Ferreira dos Santos - 2014 ...
Versos livres - Alunos do 6o Anos - EE Prof. Joao Ferreira dos Santos - 2014 ...
 

More from Suzana Duraes

Revista Literária do Educandário Roberto Figueira Santos - Ano 02
Revista Literária do Educandário Roberto Figueira Santos - Ano 02 Revista Literária do Educandário Roberto Figueira Santos - Ano 02
Revista Literária do Educandário Roberto Figueira Santos - Ano 02 Suzana Duraes
 
Ser diferente é normal
Ser diferente  é normalSer diferente  é normal
Ser diferente é normalSuzana Duraes
 
Trabalho de L.P.L.B..(Barroco)
Trabalho de L.P.L.B..(Barroco)Trabalho de L.P.L.B..(Barroco)
Trabalho de L.P.L.B..(Barroco)Suzana Duraes
 
Seminário sobre inclusão social
Seminário sobre inclusão socialSeminário sobre inclusão social
Seminário sobre inclusão socialSuzana Duraes
 
A evolução do hino nacional brasileiro
A evolução do hino nacional brasileiroA evolução do hino nacional brasileiro
A evolução do hino nacional brasileiroSuzana Duraes
 
Conhecimento sobre a história do hino nacional brasileiro
Conhecimento sobre a história do hino nacional brasileiroConhecimento sobre a história do hino nacional brasileiro
Conhecimento sobre a história do hino nacional brasileiroSuzana Duraes
 

More from Suzana Duraes (11)

Revista Literária do Educandário Roberto Figueira Santos - Ano 02
Revista Literária do Educandário Roberto Figueira Santos - Ano 02 Revista Literária do Educandário Roberto Figueira Santos - Ano 02
Revista Literária do Educandário Roberto Figueira Santos - Ano 02
 
Ser diferente é normal
Ser diferente  é normalSer diferente  é normal
Ser diferente é normal
 
Trabalho de L.P.L.B..(Barroco)
Trabalho de L.P.L.B..(Barroco)Trabalho de L.P.L.B..(Barroco)
Trabalho de L.P.L.B..(Barroco)
 
Humanismo
HumanismoHumanismo
Humanismo
 
Seminário sobre inclusão social
Seminário sobre inclusão socialSeminário sobre inclusão social
Seminário sobre inclusão social
 
Azulão on line
Azulão on lineAzulão on line
Azulão on line
 
A evolução do hino nacional brasileiro
A evolução do hino nacional brasileiroA evolução do hino nacional brasileiro
A evolução do hino nacional brasileiro
 
Jeitinho brasileiro
Jeitinho brasileiroJeitinho brasileiro
Jeitinho brasileiro
 
Conhecimento sobre a história do hino nacional brasileiro
Conhecimento sobre a história do hino nacional brasileiroConhecimento sobre a história do hino nacional brasileiro
Conhecimento sobre a história do hino nacional brasileiro
 
Anti ética2
Anti ética2Anti ética2
Anti ética2
 
Moral e ética
Moral e éticaMoral e ética
Moral e ética
 

Recently uploaded

Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptAlineSilvaPotuk
 
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptxErivaldoLima15
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfangelicass1
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoCelianeOliveira8
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxkarinasantiago54
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfAnaGonalves804156
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdfCarlosRodrigues832670
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESpatriciasofiacunha18
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 anoAdelmaTorres2
 

Recently uploaded (20)

Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO5_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.pptTREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
TREINAMENTO - BOAS PRATICAS DE HIGIENE NA COZINHA.ppt
 
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
6°ano Uso de pontuação e acentuação.pptx
 
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdfMapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
Mapas Mentais - Português - Principais Tópicos.pdf
 
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e femininoGametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
Gametogênese, formação dos gametas masculino e feminino
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdfPPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
PPT _ Módulo 3_Direito Comercial_2023_2024.pdf
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdforganizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
organizaao-do-clube-de-lideres-ctd-aamar_compress.pdf
 
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕESPRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
PRÉ-MODERNISMO - GUERRA DE CANUDOS E OS SERTÕES
 
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
637743470-Mapa-Mental-Portugue-s-1.pdf 4 ano
 

REVISTA LITERÁRIA DO EDUCANDÁRIO ROBERTO SANTOS - ANO 01 - 2011

  • 1. 1 EDUCANDÁRIO ROBERTO FIGUEIRA SANTOS DISCIPLINA: PRODUÇÃO DE TEXTO REVISTA LITERÁRIA PRATA DA CASA IRAPORANGA 2011
  • 2. 2 SÉRIE: 1º ANO C – ENSINO MÉDIO PROFESSORA: SUZANA DURÃES VIANA REVISTA LITERÁRIA PRATA DA CASA IRAPORANGA 2011 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO Camila P. da Silva, Daniela A. dos Santos e Roberta B. Alves DOCE LOUCURA.................................................................................................07 Fernanda Pereira Lima SAUDADES DE SER AMADA...............................................................................09 Geisiane oliveira Souza
  • 3. 3 LEITURA..................................................................................................................... .10 Ilzalúcia Vieira de Oliveira O BRASIL E A LÍNGUA PORTUGUESA................................................................11 Izamara Oliveira Gomes AMOR ETERNO...............................................................................................13 Itamária Aquino Alves O ESTUDO E O FUTURO...................................................................................14 NUNCA DIGAS NADA SEM PENSAR..................................................................15 Jéssica Santos Farias O AMOR......................................................................................................17 VERSOS .....................................................................................................18 Juliana Araújo Oliveira A LEITURA...................................................................................................19 Laís Jesus de Souza e Micaele de Santana Santos AS GÊMEAS SAPEQUINHAS..............................................................................20 Maria das Graças Souza Araújo VERSOS.......................................................................................................22 Marciel de Jesus Lima A REALIDADE..................................................................................................23 EM BUSCA DA FELICIDADE................................................................................24 AMAR E VIVER..............................................................................................25 Marinez Bonfim Pereira AMAR É... ...................................................................................................26 Paloma Alves de Aquino AMIZADE.....................................................................................................27 Renato Mathias dos Santos BRASIL.......................................................................................................28 SUPREMO DEUS............................................................................................29
  • 4. 4 Roclécia das Neves Silva CANTINHO DO AMOR.....................................................................................31 Taynara Souza Vieira PAIXÃO OU ILUSÃO........................................................................................33 VOCÊ.........................................................................................................34 AMOR.........................................................................................................35 . Tainá de Sousa Santos TUDO COMEÇA.............................................................................................36 ESTRELAS...................................................................................................38 Antonio Gunes Viana ESTÁGIOS DA VIDA.........................................................................................39 MINHA TERRA...............................................................................................40 CHAPADA DIAMANTINA...................................................................................41 Maria Moreira de Souza Neta e Silva SAUDADE....................................................................................................42 Selma Magalhães de Souza Oliveira VALE DO CAPÃO – GRÃOS DE LUZ E GRIÔ SENTIMENTO OU SENSAÇÃO DE ESTAR AQUI.......................................................44 PEDAGOGIA GRIÔ-INESQUECÍVEL......................................................................46 Suzana Durães Viana PARNAÍBA...................................................................................................54 O CASAMENTO DE JOÃO PREGUIÇA ...................................................................58 SE TODO DIA FOSSE NATAL..............................................................................61 Tércio Bispo HISTÓRIAS E BELEZAS DA PACATA IRAPORANGA..................................................62 Valdetina Santana O Príncipe Encantado....................................................................................64 MENSAGEM..............................................................................................66
  • 5. 5 APRESENTAÇÃO "Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as ideias." (Pablo Neruda) “Sabe-se que um dos principais problemas na educação da atualidade é a dificuldade que os estudantes têm de ler e produzir textos. Essa é uma reclamação constante não só pelos professores da disciplina de Língua Portuguesa, mas de toda a categoria docente. A leitura proficiente tem infinitas possibilidades. Ela começa pelos olhos, mas vai além deles, pois necessita de um elemento fundamental para a compreensão, que é o conjunto de conhecimentos prévios relacionados ao assunto do texto lido. Por isso, a capacidade do ser humano de compreender os textos depende da relação entre o cérebro e os olhos.” É necessário envolver os alunos na produção de textos de diversos gêneros para que passem a compreender o processo de leitura de modo integral. E qualquer que seja o objetivo de uma leitura é importante levar em consideração que ninguém vai ler algo com atenção se não vê uma utilidade nessa leitura, pois lemos e escrevemos sempre para atender a uma necessidade pessoal. Por isso, no desenvolvimento do trabalho de Produção de Texto do nível médio de ensino, optou-se por trabalhar a montagem de uma revista, pois além de ser um dos suportes que carrega uma variedade de gêneros, é também um dos materiais de leitura mais apreciados pela maioria dos estudantes. Então, para este projeto, a tarefa principal é promover a produção escrita individual e pessoal de estudantes e professores do ERFS. Nosso principal objetivo é mostrar o que o estudante do Roberto produz. É também conscientizá-lo sobre o ato de ler; desenvolver amplamente o gosto por leituras e produções literárias.
  • 6. 6 CAMILA P. DA SILVA, DANIELA A. DOS SANTOS E ROBERTA B. ALVES Todas as alunas têm 13 anos e residem no Alto da Lagoa, em Iraporanga. Cursam o 7º ano do Ensino Fundamental, turma A, matutino. DOCE LOUCURA Visitei a vida para não sofrer... Já venci por coisa que nunca pensei que ia vencer... Já ultrapassei coisas que nunca pensei que fosse ultrapassar... Já passei por coisa que jamais pensei que ia passar. Visitei a morte para não morrer... Já calei na hora que jamais pensei que fosse calar... Já chorei na hora que jamais pensei que fosse chorar... Visitei a tristeza para não ficar triste... Mas apesar de tantas perdas e desafios, Alegrias e tristeza, acabei sofrendo. Sofrendo por um amor que viveu de engano e de muita dor. Mas acima de tudo sobrevivi. Estou aqui, Preparada e superada para entrar em outra. Espero que seja diferente. Hoje estou à procura de um amor, Que vive atrás da esperança. Uma esperança que cada dia cresce mais.
  • 7. 7 FERNANDA PEREIRA LIMA Estudante do Ensino Médio, 2º ano B. Reside em Olhos D’Água. Tem 16 anos. Gosta de escrever poesias. SAUDADES DE SER AMADA Ah que saudades tenho Do tempo em que era amada Tantas coisas boas vivia Porque estava apaixonada. Oh, como eu era feliz Mas eu estava enganada Com o tempo descobri Que havia outra amada. Perdi-me dentro de mim A minha alma ficou perdida Senti um ódio profundo Uma tremenda raiva da vida. Nunca pensei que um dia Pudesse ser enganada O meu grande amor partiu Com a sua outra amada. Ah que saudade que tenho Por aquele amor me machuquei Ai como tenho saudades Dos sonhos que não sonhei.
  • 8. 8 GEISIANE OLIVEIRA SOUZA Nasceu no dia 17 de fevereiro de 2000. Mora com os seus pais, Gerciano Conceição de Souza e Ediná Rosa Oliveira no bairro do Gato em Iraporanga. Tem dois irmãos, Eveni e Gustavo. Estudou no Grupo Escolar Odilon Torres, e este ano estuda o 6º ano do Ensino Fundamental no ERFS. Gosta dos professores. Brinca com suas amigas de futebol, baleado e outras coisas. Gosta de fazer poemas, de ler e escrever e de aprender artesanato. É muito alegre. LEITURA Saber ler e escrever é muito legal Só basta você gostar A leitura é especial Você vai se apaixonar. A leitura sempre foi boa Boa e legal Você gosta da leitura? Ela é muito especial!
  • 9. 9 ILZALÚCIA VIEIRA DE OLIVEIRA Natural de Riacho do Mel. Nasceu em 1º de março de 1968. Cursou-se o Magistério no ERFS. É graduada em Pedagogia e Pós-graduada em Psicopedagogia. Ex-aluna do Roberto Santos e Professora do Ensino Fundamental na Escola Jandira Pinheiro em Riacho do Mel. O BRASIL E A LÍNGUA PORTUGUESA Amo a Língua Portuguesa Com todo amor varonil Respeitando as diferenças culturais Entre países, e regiões do Brasil. Esse país tão imenso Com vinte e seis estados existentes Todos falam o mesmo idioma Mas com sotaque diferente. Angola, Moçambique, S. Tomé e S. Vicente São alguns dos países Onde o português é existente Sem esquecer que no Brasil Nosso sotaque é ainda mais atraente. A nossa língua, nosso idioma Com tantas palavras exuberantes Entre elas a palavra amor Que expressamos os sentimentos. Nosso Português veio de Portugal Algo importante para se lembrar Foi com a Reforma Pombalina
  • 10. 10 Que o Português no Brasil Pode se implantar.
  • 11. 11 IZAMARA OLIVEIRA GOMES Nasceu em 12 de abril de 1996. Mora em Riacho do Mel e estuda o 1º ano do Ensino Médio, turma A, turno matutino. Seu objetivo de vida é lutar por seu verdadeiro amor. AMOR ETERNO Já sofri por amor inconsequente na vida Eu pude encontrar o que é o amor Realmente o amor me encontrou Em cada lugar Em cada momento Em cada tempo. Foi numa amizade No beijo No telefone Agora eu estou aqui Fazendo juras de amor O amor encantado Que veio do tamanho de um destino De um conto de fadas. Não sei se vou realizar Mas sei que cada dia estou mais apaixonada E vou fazer o que todo mundo faz: Ser feliz com o meu amor eterno.
  • 12. 12 ITAMÁRIA AQUINO ALVES Itamária tem 18 anos, mora no Alto da Lagoa, em Iraporanga. Aluna do 9º ano do Ensino Fundamental, turma A, turno matutino. Gosta de ler e também adora escrever mensagens, versos e pensamentos. O ESTUDO E O FUTURO Quando você for à escola Uma coisa deve pensar Vai para escola aprender E não brincar e bagunçar. Cuide bem de sua escola Não quebre as cadeiras, não Hoje ela serve para você Amanha vai servir para seu irmão. O professor só quer nosso bem Então vamos respeitar Considerando o professor Ele vai nos considerar. Vamos todos estudar Vamos todos aprender Para ser alguém na vida Depois você vai agradecer. Pense no que estou falando Eu não estou brincando, não O estudo é a porta/ Para toda solução.
  • 13. 13 NUNCA DIGAS NADA SEM PENSAR Nunca digas que você não é ninguém Pois saiba que você é tudo para mim. Nunca digas que você está errado Pois para mim você sempre será a pessoa certa. Nunca digas que ninguém te ama Pois eu sou a pessoa que mais te ama nessa vida. Nunca digas que estás triste Pois eu estarei sempre aqui para te alegrar. Nunca digas que estás doente Pois eu serei a cura na sua precisão. Nunca digas nada de ruim Diga sempre coisas boas Saiba que eu lhe desejo tudo de bom.
  • 14. 14 JÉSSICA SANTOS FARIAS Estudante do 1º ano c. reside em Riacho do Mel. Tem 15 anos. Gosta de escrever versos e poesias. O AMOR Um sentimento Do qual não seria nada sem ele Quando estamos perto do verdadeiro amor Sentimos a diferença da paixão. Ele nos faz notar As pequenas diferenças E descobrimos que a maioria de todas as belezas São as menores de todas as raridades. Até mesmo seu desejo de ser família Para que a família desejasse ser você Nela se faz paz no ouvir, no falar e no amar O amargo vira mel. Versos Não sou coca Nem guaraná Mas faço sucesso Em todo lugar. Quando me vir sorrindo Nem sempre estarei contente
  • 15. 15 Pois nem tudo que a gente faz Traduz o que a gente sente. Ame quem te ama Esquece quem não te quis Pense no futuro E saiba ser feliz.
  • 16. 16 JULIANA ARAÚJO OLIVEIRA Tem 13 anos e mora no Schubert e estuda o 7º ano do ensino Fundamental, turma A, turno matutino. A LEITURA A leitura me enfeitiçou por quê? Para nunca mais te esquecer. A leitura entrou na minha vida E mudou tudo, me ensinou O verdadeiro caminho que me faz viver! Por isso eu digo que preciso dela. Escrevo para você ler Escrevo simplesmente para te dizer Que eu amo, amo a leitura. Força é ceder aos limites Do tempo que o livro dá para a vida De um filho de Deus. A leitura é a arte da vida! Eu amo a leitura!
  • 17. 17 LAÍS JESUS DE SOUZA e MICAELE DE SANTANA SANTOS Alunas de 13 e 14 anos. Moram no bairro do Gato em Iraporanga. Elas cursam o 8º ano do Ensino Fundamental, turma A, matutino. Gostam de ler, de escrever e de fazer artesanato. AS GÊMEAS SAPEQUINHAS Num dia de sábado Cosmina e Damiana levantaram bem cedo, tomaram o café da manhã e foram brincar. Eram duas irmãs gêmeas. Tinham seis anos de idade e eram muito sapecas. A mãe delas, dona Tereza costumava lavar roupas aos sábados. Ela colocou algumas peças de roupa na máquina, um pouco de sabão em pó, ligou o aparelho e depois foi arrumar os quartos. As meninas aproveitaram para aprontar. Foram até a cozinha, pegaram todos os pratos sujos da pia e jogaram dentro da máquina. Logo depois a lavadora começou a pipocar, fumaçando, com um forte cheiro de queimado. Dona Tereza ouvindo o barulho e sentindo o cheiro estranho, saiu correndo desesperada. - O que aconteceu, meninas? Pergunta a mãe. - Não foi nada, mãe! Respondeu Cosmina. - Como não foi nada? Olha só a máquina? - Ah, mãe, a gente só queria lavar os pratos. - Na máquina de lavar roupas?! - Sim, mamãe, a gente pensou que podia lavar prato nessa coisa que lava roupa! - Vão já para dentro as duas, agora! Vocês estão de castigo por dois dias! Dona Tereza foi à cozinha, trouxe um pouco de milho, despejou no chão e mandou que as meninas ajoelhassem em cima. Depois deixou as duas trancadas no quarto. Algum tempo depois as garotas saíram do castigo. Dona Tereza resolve tirar um cochilo, enquanto as meninas brincam no quintal. Às três horas da tarde elas param de brincar e vão até o quarto ver a mãe que estava num sono bem pesado. Fizeram a maior baderna e Dona Tereza não acordou. Bagunçaram o cabelo da mãe. Pegaram sua maquiagem, e enquanto Cosmina pintava o rosto da mãe, Damiana foi a casa dos vizinhos e chamou todo mundo. Disse que havia uma grande festa em sua casa. Quando todos chegaram Damiana pediu que se sentassem no sofá e esperassem um pouco. Cosmina também desceu do quarto e se sentou também. Logo depois dona Tereza levantou-se e foi para o banheiro. Ao se olhar no espelho, deu um grito. Desceu as escadas e deu de cara com um monte de gente no seu sofá. Todos caíram na gargalhada. Dona Tereza parecia uma palhaça.
  • 18. 18 -Cosmina! Damiana! O que está acontecendo aqui? Perguntou a mãe furiosa. - Nada, mãe! Disse a menina. - Eu não aguento mais! Vocês são muito sapecas! Vou me trancar no quarto e nunca mais eu vou sair, vocês que se cuidem sozinhas. A mãe saiu muito nervosa. - Nós não devíamos ter feito isso com a mamãe! – disse Cosmina. - Não mesmo – disse Damiana. Passaram-se alguns dias e a mãe das meninas realmente permanecia trancada no quarto sem comer e beber nada. As meninas preocupadas, todos os dias batiam na porta do quarto e pediam para a mãe sair, mas ela dizia sempre a mesma coisa. - Não vou sair por tão cedo! Mais um dia se passa e as garotas vão tentar mais uma vez convencer a mãe a sair do quarto. Só que dessa vez a mãe não respondia. As gêmeas ficaram preocupadas e chamaram os vizinhos. Eles arrombaram a porta do quarto e entraram. Dona Tereza estava morta. Cosmina e Damiana estavam agora sozinhas no mundo. Já não tinham pai e ficaram órfãs também da mãe. Sem parentes, as gêmeas sapecas foram internadas num orfanato. A família é o bem mais precioso do mundo, principalmente os pais. Trate bem seu pai e sua mãe, porque mais cedo ou mais tarde você pode perdê-los.
  • 19. 19 MARIA DAS GRAÇAS SOUZA ARAÚJO Tem 13 anos e estuda o 7º ano do Ensino Fundamental, turma A, turno matutino. Mora na localidade do Vitoriano. VERSOS Não tenha vergonha de suas lágrimas, Pois elas são iguais a uma chuva Para molhar nossos corações Que são muito ressecados.
  • 20. 20 MARCIEL DE JESUS LIMA Mais conhecido como Igor, reside em Iraporanga. Estuda o 3º ano do Ensino Médio, turma A. É considerado o poeta do ERFS, pois adora escrever poemas e mensagens. A REALIDADE O que é a realidade? Realidade é o que há em você, do que você não pode fugir o que você tem que viver, sem medo. Ser realista é ser eu mesmo, ser realista é ser você. Viva sempre a sua realidade porque ela está ali dentro de você. Não deixe sua realidade ir para o mundo invisível porque lá você não pode vê-la, E se você não ver a sua própria realidade, ninguém nunca verá por você. Não viver o que deve ser é ficar no mundo imaginário. Veja o que é real Viva o que é real Seja realmente você Encontre sua realidade.
  • 21. 21 EM BUSCA DA FELICIDADE Se um dia tudo se transformasse em brilho! Será a vida sorrindo a meu favor? Se um dia sentir realmente felicidade! Serão sonhos sendo realizados? Se na distância estiver perto! Será amor? Se por um só momento errar profundamente! Desistiria? Se um dia conseguir o que mais deseja! O que mais ter? Será o fim, um começo ou um recomeço? Se tiver que ultrapassar os limites! Continuaria? Viva buscando e nunca desista porque sempre chega o momento de encontrar. Se encontrar seja feliz porque a felicidade espera por você.
  • 22. 22 AMAR É VIVER Se o amor levasse-nos a riqueza, todos realizariam sonhos. Se o amor estivesse só no passado, nunca viveríamos o presente. Infelizmente a vida para mim é assim... Se eu vivesse no passado um grande amor, o presente na minha vida não existiria. Você deve está se perguntando como eu entendo tanto sobre o amor. Eu não achei, não encontrei,nem ganhei, eu descobri vivendo, gostando, buscando em mim. Esse é o verdadeiro significado da vida, Amor. Amar é ter uma completa felicidade.
  • 23. 23 MARINEZ BONFIM PEREIRA Nasceu em 27 de abril de 1993 em Iraporanga-Bahia. Estuda o 1º ano do Ensino Médio, turma C. Gosta de escrever mensagens. AMAR É... Amar é saber pedir mesmo quando não há nada a receber, É saber está perto mesmo quando está ausente, É sentir saudades mesmo presente. Amar é dar amor sem cobrar nada em troca, É saber dar carinho nos momentos decisivos É proteger de tudo e de todos. Amar é dar tudo de si, É confiar mesmo quando não é verdade, É respeitar mesmo quando o próximo quando respeito Amar é aceitar o sofrimento E fazer dele uma alegria.
  • 24. 24 PALOMA ALVES DE AQUINO Tem 13 anos e mora no Riacho do Mel. Estuda o 7º ano do Ensino Fundamental, turma B, turno matutino. AMIZADE Amizade não é simplesmente Uma palavra ou objeto É algo que se constrói E depende muito da pessoa para dar certo.
  • 25. 25 RENATO MATHIAS DOS SANTOS Nasceu em São Paulo em 18 de janeiro de 1985 e mora atualmente em Iraporanga. Cursa o 2º ano do Ensino Médio, turno noturno. BRASIL Oh! Bendita pátria de minh’alma Cuja grandeza supre nossas necessidades Ao soar-me ao ouvido tudo acalma E nos repleta de boas lembranças e saudades. Bandeira brasileira que representa a luz A ti honramos com fidelidade É o rumo certo que nos conduz Fiéis, fiéis por toda a eternidade. Tu és digna bandeira De uma pátria cheia de ternura És como forte videira Onde seu bom fruto se perdura. Oh! Brasil doce e terno Nossos corações se jubilam por ti Oh! Pátria de beleza e amor eterno Cuja paixão maior nunca senti.
  • 26. 26 SUPREMO DEUS Supremo Deus de infinita bondade, Poder e sabedoria. Imploramos que nos conceda o entendimento Da sua divina teoria. Em nome do teu filho amado que és bendito, Eterno e amigo, Para que não sejamos enganados Pelo perverso inimigo. Preencha os espaços vazios de nossos corações Como seu eterno amor. Nos proteja de toda malignidade E nos envolve com teu resplendor. Proteja teus pequeninos e livra-nos do mal Que o mundo proporciona. A tua benignidade, grandeza e infinito amor, Intensamente nos emociona. Glórias te damos divino Pai eterno Cuja tão quão ternura é suprema. Que a nossa fé em ti, Pai celestial Venha vencer qualquer problema. Que um breve futuro, o ser humano Venha conhecer este verdadeiro Deus. O Deus que nos ama, o Deus que nos salva,
  • 27. 27 O Deus que cuida dos filhos teus. Viemos agradecer por tudo, inclusive Pela saúde e forte perseverança, Pois acreditamos num novo mundo, Onde haverá pás, harmonia e esperança. DEUS SEJA LOUVADO.
  • 28. 28 ROCLÉCIA DAS NEVES SILVA Tem 19 anos e mora em Olhos D’Água. Estuda o 1º ano do Ensino Médio na turma C, turno noturno. CANTINHO DO AMOR O amor é cego O amor é mudo Mas pra quem ama O amor é tudo. Meu abc caiu no fogo Corri para pegar Peguei a letra J O resto pode queimar. Uma cor, teus olhos Uma alegria, te beijar Um medo, te perder Uma frase, amo você. Quando te beijei Não parei para pensar Foi com aquele beijo Que comecei a te amar. Cravo para ser cravo É preciso ter espinho Amor para ser amor Precisa de carinho.
  • 29. 29 Se você me ama Não diga a ninguém Diga somente para mim Que eu te amo também. Se um dia você dizer Que eu já te esqueci Chore, pois neste dia Com certeza já morri. Gosto de você Gostarei até o fim Gostaria de saber Se ainda gosta de mim. É triste um amor Um amor ter um fim É triste gostar de você E você não gostar de mim. Se sonhar comigo Não tente esquecer Sonho não é realidade Mas um dia pode ser. Gosto porque gosto Gosto porque sim Gosto também da sua mãe Que fez você para mim.
  • 30. 30 TAYNARA SOUZA VIEIRA Taynara tem 13 anos e mora no bairro do Gato em Iraporanga. Cursa o 7º ano do Ensino Fundamental, turma B, turno matutino. Gosta de ler e de escrever poesias. Também gosta de fazer artesanato. Ganhou a medalha de ouro na disciplina de Ciências nas Olimpíadas Estudantis de Iraquara. PAIXÃO OU ILUSÃO Você me fez acreditar Que era minha grande paixão Mas só era uma grande ilusão E em minha vida Fez grande destruição. Só me fez sofrer Nunca quis me defender Me fez chorar E não me deixou as lágrimas enxugar. Só quis comigo brincar Me machucar Me deixou a te esperar Sabendo que nunca vai voltar. Mas estou feliz Aqui sem você Meu coração encontrou / Uma nova paixão. VOCÊ Pelas estradas que andei
  • 31. 31 Pelas que encontrei Você é a pessoa Que nunca esquecerei. Você me ensinou o que é amor O que é amar Também aprendi com você O que é se apaixonar. Fico pensando Se eu não te encontrasse Quem me amaria Quem me ensinaria a amar. Mas a sorte surgiu E você encontrei E foi por você Que eu me apaixonei E é claro que eu sempre te amarei. AMOR Amável Incomparável Indispensável Inexplicável É o amor.
  • 32. 32 Às vezes se transforma em dor Às vezes se transforma numa grande paixão. Como uma rosa delicada E também perigosa Tem pétalas e tem espinhos. Você pode pisar em pétalas E caminhos lindos encontrar Ou em espinhos E sua vida completamente acabar.
  • 33. 33 TAINÁ DE SOUSA SANTOS Tainá tem 17 anos e mora no bairro do Gato em Iraporanga. Cursa o 2º ano do Ensino Médio, turma A, turno noturno. Adora ler e escrever. Participa do Projovem. É leitora assídua da Biblioteca Maria Torres. TUDO COMEÇA Tudo começa num encontro inesperado Num jeito impensado No sorriso apaixonado. Tudo começa Numa noite clara de luar Quando dois amigos resolvem passear. Tudo começa num beijo roubado No desejo incontrolável No pensar assustado De dois amigos que um dia Iriam ser namorados. Tudo começa quando algo Inexplicável abençoa Esse casal apaixonado. ESTRELAS Olho as estrelas e fico a pensar Como seria te reencontrar.
  • 34. 34 Olho as estrelas e fico a imaginar Como seria te conquistar. Olho as estrelas e fico a sonhar Como seria poder te olhar. Olho as estrelas e estou a pensar Como seria poder te falar Olho as estrelas e estou a pensar Como seria poder te abraçar Olho as estrelas e estou a pensar Como seria poder te beijar. Olho as estrelas e me ponho a sonhar Em um dia te amar Olho as estrelas e me ponho a pensar Um dia você e eu no altar.
  • 35. 35 ANTONIO GUNES VIANA Professor de Matemática. Atualmente é vice-diretor do ERFS. É compositor e poeta. Aprecia a música e gosta muito de cantar. Publicou seu primeiro livro, VERSOS METEOROLÓGICOS, em outubro de 2010. ESTÁGIOS DA VIDA 1º estágio: Os choros e as mamadeiras Os tombos e as brincadeiras. 2º estágio: As escolas e as namoradas As alegrias e as gargalhadas. 3º estágio: Os projetos e ambições Os sonhos e as realizações. 4º estágio: A família, os filhos e os netos As frustrações e os novos projetos. 5º estágio: O conhecimento adquirido E a certeza de ter vivido. 6º estágio: A velhice e as lamentações As doenças e as desilusões. 7º estágio: A fé, o espírito e a luz A confiança nas promessas de Jesus.
  • 36. 36 MINHA TERRA Iraquara! Iraquara! Minha terra, minha vida. Quero ver desenvolver, De Iraquara a Zabelê, Por toda terra tão querida. Em Iraquara vou viver. Tem café, tem mandioca E a Lagoa de Piroca. Tem Lapa doce, Pratinha e Torrinha. Tem mamona e tem feijão. Tem marro do Sobradão E as cachoeiras lá no Mel Tem pedras até sinais Muitas frutas nos quintais Tudo pode produzir. Iraquara! Iraquara! Minha cidade tão rara Vamos juntos progredir.
  • 37. 37 CHAPADA DIAMANTINA Chapada Diamantina, Linda menina Tu vais a brilhar No teu reino brilhante. Faça-me te amar Passando por lindos vales Tu nem me fales, Vou escutar O canto das cachoeiras. Tuas perambeiras Vou penetrar Por entre morros e rios Teus desafios Vou enfrentar. Morando lá nas cavernas, Lendas eternas Eu vou contar.
  • 38. 38 MARIA MOREIRA DE SOUZA NETA E SILVA Licenciada em Letras Vernáculas pela UNEB e pós-graduada em Língua e Sociedade pelo ISEGO. Tem 25 anos de docência. Foi diretora por 12 anos do ERFS, escola onde hoje leciona Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. SAUDADE O que é saudade? Quem tem saudade? Quem tem um amor ou quem é amado? Que bom amar! Amar é soltar, libertar amarras, apertos, dor. Que sentimento é esse? Que ora prende, ora liberta ora sofre, ora se alegra. Quanta dor e quanta alegria! Alegria por saber que existe um motivo pra sofrer e quanta dor por saber que alguém que está distante é o seu amor. que amor? Quantos amores? Tantos quanto o coração aguente dividir. Amor de amor, amor de filho amor de mãe, ha! Amor de mãe! Que amor é esse? Um amor tão sublime que se anula, que cresce, que sofre, que ama! Um amor tão grande que ultrapassa até os limites da eternidade. mas às vezes não suporta a distância do abraço, do beijo, do estar perto. e se sente preso / numa gaiola da saudade!!!.
  • 39. 39 SELMA MAGALHÃES DE SOUZA OLIVEIRA Natural de Afrânio Peixoto, Lençois-Bahia. Nasceu a 05 de maio de 1961. Filha de Miguel Alves de Souza e Isaudy Magalhães de Souza. Casada, mãe de cinco e avó de cinco netos. Professora e amante da literatura. Gosta de escrever poesias e narrar as histórias vividas em sua infância. VALE DO CAPÃO – GRÃOS DE LUZ E GRIÔ SENTIMENTO OU SENSAÇÃO DE ESTAR AQUI Depois de muitos dizeres estar aqui significa: Serenidade, curiosidade, Saudade, tranqüilidade, Ansiedade, paz, nervosismo Alegrias, muitas coisas Coisa gostosa, liberdade Parado demais, devagar Afobamento, contato com a natureza, Grandeza, magia e encantamento Conto de fadas, estar no paraíso Dor de cabeça sem estresse Amor e tudo isso Maravilha, confusão interessante Brincadeira de dar tchau Brincar de mamar e despedir E voltar pra mamar Sorte por estar aqui Viver o eu em harmonia com a natureza Encontrar comigo mesmo Aprender em parceria Apaixonar para aprender Ou aprender apaixonado
  • 40. 40 Mudança radical Silencio e tudo de bom Gente dentro da gente, sendo todos Ao mesmo tempo.
  • 41. 41 PEDAGOGIA GRIÔ - INESQUECÍVEL Nossa viagem começou Desde o primeiro encontro Vendo tudo diferente Foi tamanha a animação Ao ouvir que muito breve Em dias bem lá pra frente Teria outra reunião Para se sentir mais leve Pra trabalhar bem contente Mas nem passou por nossa mente Que seria aqui no Capão. Pois bem Pra continuar a história Vou contar da euforia Do grupo da minha escola Quando soube pra onde ia Começaram a lavar sacola E pensar no que cabia Para não esquecer nada Principalmente o que aquecia. Ao chegar o grande dia Oh que contentamento Arrumamos a cachorra Cuidamos das unhas e dos cabelos Ninguém quis ficar atrás
  • 42. 42 Dos meninos às meninas Cada qual se mostrava mais. Assim nesse clima gostoso Seguimos estrada afora Passando pontes e mata-burros Sem se preocupar com a hora. Muito menos com o calor Ou o dia de vir embora. Dentro do ônibus as brincadeiras O calor e as poeiras Terezinha com as bolachas A arrelia das bagagens E o animado dominó Da turma do fundão. Nesse clima de amizade Com o buzão a rodar As mulheres arrumadinhas Tal qual princesas a esperar A festa do príncipe encantado Que vivem sempre a sonhar As horas foram passando E nós na estrada a pensar Como seria a chegada! Quem estaria lá? Será que o velho Griô Estaria a nos esperar? Depois de muito rodar
  • 43. 43 Meu Deus que confusão A estrada não era aquela Volta de ré o buzão Como sempre a alegria Misturada a apreensão Depois, ai que alivio O motorista aplaudido Pela sua atuação. Voltamos à estrada Acertamos a entrada Que maravilha a chegada Foi aí que fiquei pasmada Por falar em princesa encantada A pousada tão esperada Alem de linda e alinhada Tem por nome “Castelar da Alvorada”. Lilian e Arita, que lindas Nos recebeu com um sorriso Não tive dúvida nenhuma Estamos no paraíso Que paz, que vida Pois tudo é tão bonito Que valeu o sacrificio De deixar as nossas casas Mulheres, maridos e filhos queridos. Entramos no Paraíso Conhecemos o alojamento
  • 44. 44 Chalé lindo, maravilhoso Depois de guardar a cachorra Tomamos um lanche gostoso Para tristeza de Barbara Carne nem pra guloso. Ao passear pelos arredores Tudo cuidado com amor Vimos coisas interessantes Cada um falou, falou Das construções diferentes Que objetos lembrou Esse parece um forninho De assar avoador Foi que Eliene pensou. Vou descrevendo os fatos Como tudo aconteceu O que cada um achou Do lugar que nos acolheu Depois de entrar no templo Foi que tudo começou Energia boa, confraternização Músicas e brincadeiras Coisas novas a conhecer Grãos de Luz e Griô, pedagogia diferente Gostosa de viver e de fazer. Na hora de socializar E expressar sentimentos
  • 45. 45 Todos puderam falar Daí surgiu brincadeiras Pra ninguém de fora ficar Mestre Luizinho passou mal Por falta de feijoada forte Sinelandia de touca e luvas Frio que Nemo dela Só lá no Pólo Norte. Na roda lá do templo Saudades de partir corações Dos filhos e dos maridos Que ficaram logo esquecidos Na hora das refeições. Deixando as saudades de lado Vamos lembrar os demais Não vai escapar um fato O que meus olhos alcançaram Deixarei neste relato A história de Sinelândia A burrinha de Pedro Sié O beijo de Lilian e Márcio A pombinha do nosso chalé. Aqui rolou de tudo Comparações movimentos Gestos com músicas Lembrando garimpeiros Lavadeira e pescador
  • 46. 46 O castelo de Aline Vieira A palhaçada de Nelson Deixando Aline Novaes Tremendo de medo e pavor As meninas no trapézio Que Didácia fotografou. Não posso terminar meu registro Deixando alguém esquecido Por isso o último verso Vai ficar um pouco comprido Citarei nome por nome Desse grupo tão unido Oi, meu Deus que distração Quase esqueço um acontecido A proposta de Alaíde Ao seu esposo querido Para uma segunda lua-de-mel Nesses chalés escondidos. Alaíde, Alines e Arita Ana Paula, Bárbara e Cleide Didácia, Eliene e Enilson Enoque, Graciema e Iolanda, Joanas, Lilian e Luiz Marlene, Marcia e Marias Marivaldo, Nilson, Nilza e Nivaci Raimundo, Paulo, Sinelandia e Silvana Sirleide, Terezinha e Tércio. Deixo a todos um abraço Aguardando o próximo encontro
  • 47. 47 Espero no mesmo espaço E mandar com todo amor Um abraço de todos nós/ Ao nosso querido velho Griô.
  • 48. 48 SUZANA DURÃES VIANA Natural da vila de Iraporanga, município de Iraquara-BA, onde reside. É graduada em Letras Vernáculas e pós-graduada em Língua, Sociedade e Educação pelo ISEGO e atua como professora de Língua Portuguesa e Produção Textual na rede pública. Apaixonada por livros e artesanato. Publicou na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos, pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Atualmente publica seus textos nos sites Recanto das Letras e O melhor da web. Gosta de escrever poemas e cordéis. PARNAÍBA Parnaíba, Parnaíba Minha vila capital És o berço de meu berço Um cantinho especial Onde vive gente amiga De carinho natural Parnaíba, minha terra Tens o brilho do cristal. Parnaíba, minha vila Tua história me seduz Fiz de ti, minha morada
  • 49. 49 Agradeço a Jesus Parnaibano sincero Não despreza a sua luz Vim cantar suas belezas A você eu faço jus. Em sua geografia És curioso lugar Parece cratera aberta Tipo faceta lunar E a lagoa encantada Desperta o nosso pensar Será lenda ou verdade O que aconteceu por lá? Tens clima especial Quente, leve e fagueiro Em meio à grande Chapada Daí o friozinho mineiro. Em cuja vegetação Vejo orquídea e coqueiros E na fauna, onça e tatu E muito passarinheiro. Outros nomes já te deram Parnaíba, minha flor Esconso, Iraporanga, Mas nenhum com tal fervor Como este encravado Proclamado com amor
  • 50. 50 Parnaíba é o preferido De teus filhos de valor. Oh, vila tão pequenina De distintas divisões Alto, Lobato e Gato Centro e aglomerações De gente simples e robusta Que honra suas tradições Ao garantir seu espaço Não aceita contradições. Parnaíba, vila minha Tua gente hospitaleira Acolhe quem a procura Com alma gentil e faceira Povo alegre e amoroso Que adora brincadeira Na defesa dos direitosLevanta firme a bandeira. Santo Antonio te proteja A Mãe Senhora há de guardar O Evangelho te guia Santos Reis há de amparar E que as Forças do Bem Sustentem o teu caminhar. São tantos os teus encantos Vila minha e de todos O meu maior desejo: Seu progresso sem engodo.
  • 51. 51 Que jamais falte o sossego Em cada canto envolto Parnaíba, Parnaíba És o brilhante do Poço.
  • 52. 52 O CASAMENTO DE JOÃO PREGUIÇA (Cordel) Preste atenção, minha gente No causo que vou contar É a história de um Cabra Sem gosto pra trabalhar O seu nome é João Preguiça Seus deslizes vou narrar. Deitado em bela rede Dia e noite a balançar Sem pressa nem adjunto Que o faça levantar Quem vê sua situação Passa logo a perguntar. Esse bicho não levanta Nem ao menos pra comer? Onde já se viu um homem Dormindo feito bebê? A preguiça vai matá-lo E isso nós vamos ver. Admire minha gente Do fato que sucedeu João Preguiça em sua rede Nada fazia de seu Noite e dia na madorna Muita sorte mereceu!
  • 53. 53 Apareceu uma Dona Rica e doida pra casar Decerto era a idade Já estava a passar Encantou-se por João E quis logo se noivar. O casamento se deu Com muita festa e folia Mas o noivo em sua rede Sem vontade não saía Foi preciso grande esforço E muita estripulia. Passado o casamento Pra rede João voltou E a malfadada esposa Pouco a pouco se cansou De ver faltar o marido Debaixo do cobertor. Pois a preguiça do Cabra Fazia perder a razão Deixava a mulher sozinha Sem afago e atenção Para não fazer esforço Ao usar a munição.
  • 54. 54 Tudo tem começo e fim Não seria diferente Com João e sua preguiça Que amolava tanta gente Sua mulher foi embora Nos braços de um Tenente. Será que João sofreu Com a traição merecida? Será que sentiu dor Ao ver a triste partida? Ou pouco se incomodou Pra ele não foi desdita? Na sua rede estava Na sua rede ficou Tudo que aconteceu Pra João pouco importou Ele queria sossego/ E isso ela deixou.
  • 55. 55 SE TODO DIA FOSSE NATAL... Haveria mais brilho no mundo Ensejo de novos rumos Energia mais salutar. Haveria mais irmandade Gestos de camaradagem Amor a compartilhar. Haveria mais esperança Cuidaríamos mais das crianças.
  • 56. 56 TÉRCIO BISPO Pedagogo, pós-graduado em Gestão Ambiental. Reside em Iraporanga. É professor no ERFS. Luta pelo uso consciente e responsável da natureza, para que possamos viver em condições dignas perante o meio ambiente. HISTÓRIAS E BELEZAS DA PACATA IRAPORANGA Apesar de pequenina, a antiga Vila de Iraporanga nascida por volta de 1730, pertencente ao município de Iraquara, cravada no coração da Chapada Diamantina-Bahia, é construída sobre pilares sólidos de crenças e culturas que fazem dessa terra um cartão de visitas, um atrativo pra quem ama "causos" e adora vislumbrar a natureza. A pacata vila possui uma história que parte do achado de um facão no qual continha uma inscrição "Parnahyba", dando assim início à formação de uma cultura riquíssima, à homogeneização das raças, dos costumes, da criação de lendas e crendices. A velha Parnahyba serviu para a travessia de tropeiros, altos comerciantes que espalhavam um pouco da moda e da cultura de países europeus como: França, Espanha, dentre outros. Situada há 470 km da sua capital (Salvador), a vila foi crescendo aos poucos, consolidando seu aspecto, influenciada muitas vezes pelo Brasil-Colônia, sendo construída também com traços africanos, pois nasceu em meio a todo processo escravista no país. Algum tempo depois, por questões políticas, passa a chamar-se Iraporanga, que do Tupi significa "cabaça de mel", mas pouquíssimos moradores se referem ao lugar pelo nome atual. Contam os antigos que um vilarejo fora inteiramente engolido pelas águas da chuva, dando origem ao que é hoje, uma grande lagoa coberta pela vegetação de taboas. Pessoas afirmam categoricamente que já viram ou que viveram situações horripilantes diante de um lobisomem. Outros dizem que o vilarejo está suspenso por três colunas rochosas... e assim por diante. Mas nem tudo se resume em causos e fantasias, pois as belezas estão estampadas nas fachadas dos casarios antigos, no calçamento da praça principal, no verde que ainda brota do chão, bem como os poços de água escura do rio Rochedo, fincado no meio da serra. O que mais marca é a expressão sertaneja presente no "aboiar", na música caipira ainda ouvida, no cantar dos passarinhos que celebram muitas vezes os períodos de chuva, nas cantigas de roda, no reisado e tantas outras manifestações.
  • 57. 57 Hoje com pouco mais de 4.000 habitantes (IBGE 2010) Iraporanga busca sua emancipação, para assim conseguir recursos frente aos órgãos governamentais, para as tão sonhadas melhorias e o progresso do lugar. Se você quer paz de espírito, tranquilidade, respirar ar puro, e de deliciar com as belezas naturais deste lugar, venha conhecer Iraporanga e corra o risco de nunca mais querer ir embora.
  • 58. 58 VALDETINA SANTANA Mora em Iraporanga, ao lado do Educandário Roberto Santos onde é funcionária há-- anos. É grande apreciadora da leitura e ótima contadora de histórias. Uma colega de trabalho alegre, prestativa e que mantém um relacionamento muito saudável com os estudantes. Abaixo uma das tantas histórias que ela tem prazer em narrar. O PRÍNCIPE ENCANTADO Havia um pai que tinha três filhas. Ele era viajante. Certo dia se preparou para viajar mais uma vez. Perguntou às suas filhas o que queriam que ele trouxesse de presente. A mais velha disse que trouxesse um vestido da cor do mar, enfeitado de peixinhos. A do meio pediu um vestido da cor do céu salpicado de estrelas. O pai perguntou á mais nova o que ela queria. Ela respondeu: - Não quero nada não. - Vou trazer vestidos para suas irmãs e nada para você? – disse o pai. A menina então respondeu: - Quero uma flor. A primeira que o senhor avistar no caminho. O pai viajou. Durante a viagem comprou os presentes pedidos pelas filhas, mas não encontrou nenhuma flor para a mais nova. Na volta para casa, avistou um castelo. No jardim do palácio viu uma linda flor. Aproximou-se para colhê-la e levá-la para sua filhinha. Ao chegar perto da flor, ouviu uma voz: - Não lhe toque. O homem não sabia de quem era a voz, mas mesmo assim contou toda sua história e do pedido feito pela filha. A voz então falou: - Você pode levá-la para casa, mas com uma condição. A primeira pessoa que você encontrar tem que trazer para mim. Ele pensou: ”O primeiro que vejo é o meu cachorro que vem me encontrar.” E lá foi ele para casa. Ao chegar em sua casa, a primeira pessoa a encontrar foi sua filha mais nova. O pai então lhe deu a flor e contou toda a história da voz misteriosa. A menina entendeu e disse: - Eu vou ao castelo, meu pai. Pode me levar. Ao chegar ao castelo ouviram a voz: “-Pode deixar ela aqui e voltar.” Falou para a mocinha: - Entre! Ela entrou. A voz continuou falando: - Vá ao quarto, tome banho e ponha o vestido que está sobre a cama. Assim ela fez. Mais uma vez a Voz falou: - Vá agora à cozinha que o jantar está sobre mesa. A garota foi à cozinha, jantou e depois foi descansar. E assim passou a viver no castelo em companhia daquela voz que ela não sabia de quem era, pois nunca via ninguém. Com o passar do tempo ela sentiu saudades dos pais e das irmãs e pediu para ir fazer-lhes uma visita. A voz disse: - Pode ir, mas não traga nada de lá. Ela foi visitar a família. Chegando a casa contou toda a história. A irmã mais velha sugeriu: - Ele deve ser um príncipe encantado. Leve um pente e quando a Voz estiver jantando passe em sua cabeça que ele desencantará. A menina lembrou-se da recomendação que a Voz fez e não levou o pente quando voltou pro castelo. Mais uma vez ela voltou a casa do pai. Dessa vez a irmã do meio lhe falou:
  • 59. 59 -Leva uma vela e quando ele estiver jantando pingue três pingos sobre a sua cabeça e ele desencantará. Dessa vez ela resolveu seguir o conselho e levou a vela. Quando o príncipe jantava, ela pingou três pingos sobre sua cabeça e ele desencantou. Era realmente um príncipe. Ele então lhe diz: - Você traiu a minha confiança. Pra me encontrar agora você terá que caminhar bastante. E sumiu. A moça andou, andou, andou. Chegou à casa do Sol. Saiu uma velhinha. Ela contou toda sua história. A Velha respondeu: - Meu filho anda bastante, mas ele é bem quente. Não sei se você vai agüentar a quentura dele. O sol chegou e o tempo estava frio. A moça contou a historia. O Sol falou: -Eu só ando de dia, mas minha amiga Lua sabe onde fica o palácio. O príncipe está lá. O Sol levou a menina até a casa da Lua. Chegando lá uma velhinha atendeu. A garota contou toda sua historia. A Velha falou: -Minha filha é bastante fria, se você suportar... A lua chegou e ela repetiu a história. A Lua disse: -Vou te levar a quem sabe todas as coisas, um amigo que anda por todos os lugares. E a levou ate a casa do Vento. Uma velha a recebeu: - Meu filho é bastante forte, se você suportar... Ela disse: -Eu suporto. - E repetiu toda a história. O Vento falou: -O príncipe vai se casar daqui a dois dias. Vamos que eu te levo ao palácio. E assim fez. Chegando ao palácio, colocou a jovem num lago perto do palácio. Nesse lago havia uma negra que estava carregando água para o castelo. Ao abaixar para tirar água do lago a negra viu o reflexo da moça na água. Pensou que era o dela. - Olha como sou linda e carregando água para a ama?! Ah!, eu vou quebrar esse pote. Quebrou o pote e foi embora. No castelo a ama falou: - Você tem que carregar água, negra, pra preparar a festa do meu casamento. A negra voltou com a lata. Tornou ver o reflexo na água e falou: - Ah, sou tão linda e carregando água! – Amassou a lata. A jovem começou a dar risadas lá de cima da arvore. A negra disse, ao vê-la: - Ah, é você que tá aí , né. Desça. A jovem desceu. A negra então enfiou um alfinete em sua cabeça e ela imediatamente virou uma pomba. A pomba voou ate o quarto do príncipe e sentou-se em seu colo. Ele começou a alisar a sua cabecinha quando encontrou o alfinete. Puxou o alfinete e o encanto se desfez. - Ah, é você! – disse o príncipe vendo a jovem. -Sim, sou eu. Andei bastante para te encontrar. Era o dia do casamento do príncipe. Ele foi ate a janela do palácio e falou alto: - Minha gente, eu perdi uma chave velha e achei uma nova. E agora eu encontrei a velha. Com quem eu devo ficar?! Todos gritaram: -Fica com a velha!!!! Então o príncipe casou com a jovem princesa e foram felizes para sempre.
  • 60. 60 MENSAGEM Escrever o que pensamos e o que sentimos nos liberta, nos conforta e nos atrela àqueles que nos leem. Que a edição desta Revista Literária seja o primeiro passo para que tantos outros estudantes que apreciam não só a leitura, mas também a escrita, desenvolvam cada vez mais o seu potencial criativo e que sejam reconhecidos. O nosso objetivo é dar visibilidade a esses escritores anônimos do Educandário Roberto Santos. Agradecemos a todos e todas que colaboraram para que este trabalho acontecesse. Parabéns aos escritores e escritoras PRATA DA CASA presentes nesta 1ª edição. Organizadores: Estudantes do 1º ano C e Suzana Durães Viana. Iraporanga 2011
  • 61. 61