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NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS
BENCHMARKING COMPETITIVO
AS MINAS KIMBERLITES NO MUNDO
JANEIRO 2015
DLS STRATEGIES | 44, Rue Louis Pétri 35000 – Rennes, France | SIRET : 802 896 191 00011
NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS
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Dls
NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS
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TABELA DE CONTEÚDO●
Sumário Executivo …..………………………………………………………........ Página 4
1. As Minas Kimberlites no mundo ……………..……………………………… Página 5
1. Minas Kimberlites – Zona África ………………..……………………. Página 7
2. Minas Kimberlites – Zona Eurásia ………………..………………….. Página 13
3. Minas Kimberlites – Zona Oceânia .…………..……………………. Página 16
4. Minas Kimberlites – Zona América do Norte …..…………………. Página 18
2. Histórico das Minas | Cronologia ……………..……………………………. Página 20
3. As Minas & Empresas……………………………..……………………………. Página 22
4. Os dados financeiros …………..………………………………..…………… Página 25
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SUMÁRIO EXECUTIVO●
Num esforço contínuo da melhoria do seu trabalho e
dos resultados com ele alcançados, a DLS STRATEGIES
pauta-se pela exigência relativamente às informações
prestadas. Tendo em conta o desenvolvimento dos
instrumentos de recolha de informação que tem ao
seu alcance, a DLS STRATEGIES procurou oferecer um
benchmarking competitivo (ou concorrencial) sucinto
e pertinente e fornecer informações valiosas sobre os
maiores rivais da indústria diamantífera.
Definição: o benchmarking competitivo é um
processo contínuo ou pontual de comparação dos
produtos, serviços ou práticas empresarias entre os
mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas
como líderes num mercado determinado.
Para realização deste trabalho, utilizou-se como fonte
de informação os dados disponíveis e acessíveis "no
domínio público". A agência, em resposta à sua
missão, tem dado um particular ênfase a veracidade
das informações recolhidas. E no sentido de garantir
uma comparação pertinente, todas informações
fornecidas abrangem o período entre o 2011 – 2014.
Como principais limitações encontradas salienta-se a
difícil recolha de informações e dados financeiros
que, na maior parte dos casos, são confidenciais; a
complexidade das estruturas das empresas mineiras,
a transparência e objectividade das informações; e,
ainda, a verificação cruzada das informações
recolhidas.
A metodologia utilizada consubstanciou-se
principalmente na pesquisa bibliográfica e
documental aprofundada e, sempre que possível,
estabeleceu-se contactos com informadores solidos.
O nosso gabinete de consultoria adotou uma
metodologia estruturada para assegurar a conclusão
com sucesso de investigações abrangentes. Seguimos
uma abordagem precisa com duplo objectivo de
identificar as maiores minas kimberlites e maiores
actores do mercado ao nível internacional mais
também apresentar um quadro claro da indústria dos
diamantes brutos.
Palavras-Chave: Minas Kimberlites | Quilate |
Empresas mineiras | dados financeiros | Mundo |
Este benchmarking realizado pelos cofundadores da
agência DLS STRATEGIES, Stéphanie De Lima &
Matthieu Hervé.
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1● Introdução
1. MINAS KIMBERLITES NO MUNDO
NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS
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As Minas Kimberlites são consideradas como as fontes mais ricas de diamantes extraídos. Elas são geralmente
em forma de uma cenoura e podem estender-se e atingir entre 1 a 2 km de profundidade. As minas Kimberlites
contêm uma grande variedade de micro diamantes de vários tamanhos pesando, em média, cerca de 1 mg até
os grandes diamantes que podem exceder várias centenas de quilates. Existem várias minas kimberlites no
mundo mas é difícil determinar com precisão o número exacto de minas existentes. Com base nas informações
disponíveis, são conhecidas mais de 100 minas Kimberlites activas. Para proceder ao benchmarking de forma
pertinente, centramos a nossa atenção sobre as maiores minas kimberlites. Baseamos o estudo comparativo no
mapa apresentado abaixo. Neste mapa de referência, descobrimos as 28 maiores minas kimberlites espalhadas
por 4 zonas geográficas.
Figura 1. Mapa das minas Kimberlite a nível internacional
Tabela 1. Maiores minas Kimberlites actualmente em funcionamento
1. Catoca 8. Mbuji Maye 15. Udachny 22. Nyurbinskaya
2. Orapa 9. Williamson 16. Jubilee 23. Argyle
3. Letlhakane 10. Murowa 17. Mir 24. Ellendale
4. Karowe 11. Venetia 18. International 25. Snap Lake
5. Jwaneng 12. Cullinan 19. Zarnitsa 26. Victor
6. Finsch 13. Koffiefontein 20. Komsomolskaya 27. Ekati
7. Kimberley Underground 14. Letseng 21. Aikhal 28. Diavik
Zona África Zona Oceânia
Zona Eurásia Zona América do Norte
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1.1 MINAS KIMBERLITES | ZONA ÁFRICA
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Neste subcapítulo procurou-se dar uma perspectiva global das minas kimberlites que existem no mundo.
Estudou-se de maneira profunda cada área geográfica e identificamos os países que a compõem. Esta fase
permitiu classificar com precisão todas minas kimberlites por país e por zona geográfica. As informações
recolhidas facilitaram a pesquisa das empresas mineiras das quais dependem as minas kimberlites (já
mencionadas na Figura.1). A nossa primeira observação mostrou que fora da Zona Eurásia, a exploração das
minas kimberlites dependiam de várias entidades ou de parcerias entre privados ou PPP (Parceria Público-
Privada). No próximo subcapítulo, procurou-se apresentar brevemente o perfil corporativo dessas empresas
mineiras e o histórico da aquisição das minas kimberlites.
Minas kimberlites na Zona África (Fora da mina Catoca)
Tabela 2. Minas & Empresas por cada país da zona África – África do Sul
PAÍS MINAS EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES
ÁFRICA
DO SUL
Cullinan
Petra Diamonds
Petra Diamonds (74%) + Petra Diamonds
Employee Share Trust (12%)+ Thembinkosi
Mining Investment (14%)
Finsch
Petra Diamonds (74%) + Petra Diamonds
Employee Share Trust (5%)+ Senakha Diamonds
Investments (Pty) Ltd (14%)
Kimberley
Underground
Petra Diamonds (74%) + Sedibeng Mining (Pty)
Ltd (26%)
Koffiefontein
Petra Diamonds (74%) + Re-Teng Diamonds (Pty)
Ltd (26%)
Venetia De Beers Consolidated Mines De Beers Group (74%) + Ponahalo Holdings (26%)
EM BREVE:
As informações expostas na tabela 2., acima, demonstrem que a maioria das minas em África do Sul pertencem
a Petra Diamonds. No que respeitou à mina Cullinan, verificou-se que a sua exploração teve início em 1903; um
ano após a sua descoberta. Em 2008, a De Beers vendeu a sua participação (37%) na Petra Diamonds. E em 2009,
a Petra Diamonds aumentou a sua participação através a aquisição das participações da Al Rajhi. Na totalidade,
a Petra Diamonds detém 74% da mina Cullinan. As informações sobre a Petra Diamonds Employee Share Trust
e a Thembinkosi Mining Investment são ainda limitadas.
A mina é especialmente conhecida como uma das principais fontes dos maiores diamantes em quilates e uma
das principais fontes de diamantes azuis no mundo. Foi a descoberta do maior diamante bruto já extraído em
1905 (3 106.75 quilates) que tornou a mina Cullinan famosa pelo mundo. Acresce referir que em 2014, um
diamante branco de 232 quilates foi extraído da mesma mina. O ciclo de vida potencial (LOM) da mina foi
estimado a mais de 50 anos. As informações encontradas indicam que a profundidade da mina é de 747 metros.
Além disso, a Petra Diamonds planeou a extensão da mina com vista de aumentar a produção 2.2 Milhões de
quilates.
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A mina a céu aberto Finsch foi descoberta em 1961 e foi em 1967 que as operações mineiras tiveram início. O
que se constata é que desde 1982, a De Beers iniciou a exploração subterrânea da mina, um projecto lançado
em 1978. As informações recolhidas indicam que em 2011, a De Beers cedeu a mina Finsch a Petra Diamonds
para o montante de 200 Milhões de dólares. Hoje, a mina pertence a Petra Diamonds (74%), a Petra Diamonds
Employee Share Trust (5%) e também a Senakha Diamonds Investments (21%). Verifica-se que a mina tornou-
se a segunda maior produção de diamantes em África do Sul. De fato, em 40 anos de existência, a mina produziu
mais de 120 milhões de quilates. Por outro lado, a Finsch dispõem de uma infraestrutura mineira avançada que
foi ainda modernizada recentemente. Trata-se de um investimento de 100 Milhões de dólares. Por último,
estima-se que o LOM (ciclo de vida da mina) é superior a 25 anos e indica-se que a sua profundidade é de 630
metros.
Em relação a Kimberley Underground é importante ressalvar
que ela integra três minas a céu aberto de diamantes
nomeadamente a Bultfontein, a Dutoitspan e a Wesselton.
Verificou-se que as operações mineiras das minas Bultfontein,
Dutoitspan e Wesselton tiveram início respectivamente em
1869, 1869 e 1892. Elas foram incorporadas (reunidas) na De
Beers em 1890. Na década de 1950, elas foram convertidas em
minas subterrâneas. Acresce que em 2005, a De Beers encerrou
as minas e foi em 2010 que a empresa cedeu integralmente as
minas a Petra Diamonds e Sedibeng Mining Ltd. As últimas informações sobre a Petra Diamonds revelam que a
empresa trabalha actualmente sobre um plano de expansão da Kimberley Underground com o objectivo de
aumentar a produção de 170 000 quilates por ano, a partir de 2016. Relativamente aos diamantes, nota-se que
o diamante Oppenheimer (253 quilates) é até hoje um dos diamantes mais conhecidos extraído da Kimberley
Underground.
No que diz respeito a Koffiefontein, considera-se que a mina é a maior mina em valor médio por quilate.
Constata-se que ela situa-se perto das minas da Kimberley Underground. A mina foi descoberta em 1870. Por
outro lado, verifica-se que a De Beers adquiriu integralmente a Koffiefontein Mine Ltd. em 1911. As operações
mineiras prosseguiram até a Grande Depressão de 1932. Foi apenas em 1970 que as operações recomeçaram.
Segundo as informações recolhidas, o desenvolvimento subterrâneo da mina teve início em 1974. No entanto,
a mina deixou de produzir em 1982 após a queda do mercado de 1981. As actividades recomeçaram em 1987.
No que se se refere a aquisição da mina, verifica-se que a De Beers cedeu a Koffiefontein a joint-venture
estabelecida entre a Petra Diamonds (70%) e a Re-Teng Diamonds (30%), em 2007. É também digno de nota
que a Petra Diamonds adquiriu participações adicionais de 4 % da Re-Teng Diamonds Ltd. E possível afirmar
que a Petra Diamonds desenvolveu um plano de expansão com vista ao aumento da produção.
No que se refere a Venetia, é importante ressalvar que existem poucas informações relativas a mina e o seu
histórico. Considera-se que a mina foi descoberta pela primeira vez em 1903. As informações disponíveis indicam
que em 1969, a De Beers lançou um programa de prospeção com o objectivo de localizar as fontes de depósitos
aluviais. E Finalmente, vários “pipes” kimberlitos foram descobertos em 1980. A construção da mina começou
em 1990 e as operações mineiras tiveram início em 1992/1993. A Venetia é actualmente o maior produtor de
diamantes da África do Sul. As operações mineiras tiveram início em 1992. No que diz respeito a aquisição da
mina, constata-se que a mina pertence maioritariamente a De Beers Consolidated Mines (DBCM). Em 2013, a De
Beers anunciou o início da construção subterrânea da mina Venetia. Estima-se que os custos do projecto
ascendem a 2 mil milhões de dólares, o que permitirá prolongar o LOM (ciclo de vida) da mina além de 2040.
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Tabela 3. Minas & Empresas por cada país da zona África – Botsuana
PAÍS MINAS EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES
BOTSUANA
Orapa
Debswana Diamond
Company Ltd.
De Beers Group (50%) + Governo do Botsuana
(50%)
Jwaneng
Letlhakane
Karowe Lucara Diamond Corp. Boteti Mining (Pty) Ltd
EM BREVE:
A exploração das Minas kimberlites no Botsuana depende maioritariamente da empresa Debswana Diamond
Company Ltd. A joint-venture Debswana foi fundada em 1968 entre a De Beers e o Governo Botsuano. Em 2006,
o grupo De Beers (DB) e o Governo do Botsuana celebraram um acordo relativo a formação da Diamond Trading
Company Botswana (DTCB), com vista a vender e comercializar os diamantes localmente e estender todas as
concessões de mineração por 25 anos.
Os geólogos da De Beers descobriam pela primeira vez os kimberlitos de Orapa em 1967, no quadro de uma
missão de prospeção de diamantes. A produção da mina teve início em 1971. Em 1982, a mina ficou totalmente
operacional. Considera-se que a mina Orapa é a maior mina a céu aberto a nível internacional. A Orapa é
igualmente a mais antiga das minas detidas pela Debswana Diamond Company Ltd. Em 1999, a mina foi alargada
com o objectivo de duplicar a sua capacidade de produção.
No que concerne a mina Jwaneng, considera-se que ela é uma das
maiores minas a céu aberto do mundo em valor. A mina entrou em
operação em 1972 e em plena produção em 1982. A De Beers trabalha
actualmente sobre um possível prolongamento do ciclo de vida da
mina (até 2032). Relativamente a sua profundidade, a mina atinge
uma profundidade de 350 metros e prevê-se que atinja 624 metros
dentro de dois anos (2017). Destaca-se que a mina Jwaneng contribui
cerca de 60-70% da receita total da Debswana.
Em relação a mina Letlhakane, as informações recolhidas revelam
que ela foi a segunda mina de diamantes operada pela Debswana (em
1975) e a mais profunda das minas exploradas pela empresa.
As informações expostas na tabela 3., acima, realçam a existência de
uma mina administrada pela Lucara Diamond Corp. Constata-se que a mina Karowe pertence integralmente a
Boteti Mining (Pty) Ltd, subsidiária da Lucara Diamond Corp. Originalmente a Karowe foi descoberta pela De
Beers em 1969. A sua produção foi iniciada em 2012. O ciclo de vida da mina foi estimada pela própria Lucara
Diamond Corp. a 13 anos. Importa referir que a Lucara Diamond Corp anunciou recentemente que a mina será
transformada em mina subterrânea nos próximos anos. Após uma pesquisa aprofundada, nenhuma informação
fiável relativa a Boteti Mining Boteti Mining (Pty) Ltd foi encontrada.
ORAPA
JWANENG
LETLHAKANE
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Tabela 4. Identificação das Minas & Empresas por cada país da zona África – Lesoto
PAÍS MINA EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES
LESOTO Letseng Gem Diamonds Gem Diamonds (70%) + Governo do Lesoto (30 %)
EM BREVE:
A Gem Diamonds foi criada em 2005 pelo Sr. Clifford Elphick. Em 2006,
a companhia adquiriu a mina Letseng e formou uma JV (Joint-Venture)
com o Governo do Lesoto que detém 30% da mina. Acresce que em
2007, a Gem Diamonds conclui a aquisição da Kimberley Diamond
Company na Austrália. No mesmo ano, o grupo que detinha 49,99 % da
empresa Kabongo Development Company (KDV), adquiriu os 50,01%
restantes que pertenciam a Almesta Holdings Limited. Permitindo
apenas à Gem Diamonds de realizar operações nas minas da República
Democrática do Congo: Mbelenge, Tshikapa, Lubembe e Longatshimo,
todas localizadas na província de Kasai Ocidental.
sd
A Gem Diamonds assinou igualmente um outro contrato com Almesta Holdings Limited relativo a venda e
comercialização dos diamantes. Com efeito, Almesta Holding Limited é parceira da Omega Diamonds, uma das
maiores empresas de negócio de diamantes, fora da rede de “Sightholders” da De Beers (DB). Gem Diamonds
opera no Botsuana através a sua filial Gem Diamonds Botswana que trabalha actualmente sobre o
desenvolvimento da mina Ghaghoo. Acresce referir que existem muito poucas informações sobre a mina
Letseng.
Tabela 5. Minas & Empresas por cada país da zona África – Republica Democrática do Congo
PAÍS MINA EMPRESA MAIORITÁRIA PARCERIAS – JOINT-VENTURES
RDC Mbuji Maye Sankuru River Diamond Mines Ltd.
Sankuru River Diamond Mines Ltd (51%) +
MIBA (49%)
EM BREVE:
É importante ressalvar que dispõe-se de muito poucas informações fiáveis sobre a mina Mbuji Maye. O que
se constata é que a mina pertence a joint-venture estabelecida entre a Sankuru River Diamond Mines Ltd. e a
empresa estatal MIBA (empresa criada em 1961).
Letseng
LESOTO
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Tabela 6. Minas & Empresas por cada país da zona África – Tanzânia
PAÍS MINA EMPRESA MAIORITÁRIA PARCERIAS – JOINT-VENTURES
TANZANIA Williamson Petra Diamonds
Petra Diamonds (75%) + Governo da Tanzânia
(25%)
EM BREVE:
A mina Williamson é igualmente conhecida como a mina Mwadui. A
mina foi descoberta em 1940 pelo geólogo canadense, o Dr. John
Williamson que lhe deu o nome. O Dr. Williamson iniciou as operações
mineiras em 1940. Ele geriu a exploração da mina até ao seu
falecimento em 1958. A mina não cessou de operar desde 1940 e é
por esta razão que ela tornou-se uma das minas mais antigas em
actividade, a nível internacional. E importante ressalvar que em 1958,
a De Beers (50%) em parceria com o Governo da Tanganyika (50%)
adquiriram a mina. No que diz respeito a exploração da mina, verifica-
se que a De Beers administrava as actividades de mineração até 1973
e a STAMICO (Tanzanian State Mining Organisation) durante 20 anos.
Finalmente, a De Beers adquiriu 75% da mina em 1993. As
informações expostas na tabela 6., acima, demonstrem que a Williamson pertence agora maioritariamente a
empresa Petra Diamonds. Com efeito, em 2008, a De Beers cedeu as suas participações (75%) a Petra Diamonds.
Tabela 7. Minas & Empresas por cada país da zona África – Zimbabué
PAÍS MINA EMPRESA MAIORITÁRIA PARCERIAS – JOINT-VENTURES
ZIMBABUÉ Murowa Rio Tinto Diamonds
Murowa Diamonds Private Ltd ( Rio Tinto
78% + RioZim Limited 22%)
EM BREVE:
A mina a céu aberto Murowa situa-se perto de Zvishavane na província de Midlands (Zimbabué). A mina
Murowa foi descoberta em 1997 pelo líder mineiro Rio Tinto que possui 78% das quotas. Os outros 22 %
pertencem a RioZim Ltd. A empresa RioZim foi constituída em 1956 sob o nome “Rio Tinto Southern Rhodesia
Ltd”. Após a realização de um estudo de viabilidade entre 1998 e 2000, a joint-venture Murowa Diamonds Private
Ltd. iniciou a produção da mina (em 2004). Desde 2004, mais de um milhão de quilates foram produzidos e
vendidos internacionalmente. Cerca de 10 % da produção foi reservada a indústria de polimento do Zimbabué.
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1.2 MINAS KIMBERLITES | ZONA EURÁSIA
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Tabela 8. Minas & Empresas por cada país da zona Eurásia – Rússia
PAÍS MINAS EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES
RÚSSIA
Grib Grib Diamonds OAO Lukoil (100%)
Aikhal
Aikhal MPD* - AlrosaJubilee (Yubileinaya)
Komsomolskaya
International
Mirny MPD* - Alrosa
Mir
Nyurbinskaya Nyurba MPD* - Alrosa
Udachny
Udachnaya MPD* - Alrosa
Zarnitsa
* Mining & Processing Division
EM BREVE:
No que se refere a mina Grib, trata-se de uma mina de diamantes explorada pela Grib Diamonds, subsidiária
da OAO Lukoil (o maior produtor de petróleo privado na Rússia). Anteriormente, a mina Grib pertencia a joint-
venture estabelecida entre Arkhangelskgeoldobycha (AGD) e Archangel Diamond Corporation (ADC), que em si
mesma era detida pela De Beers.
Para além da mina referida acima, Alrosa (empresa estatal russa) detém a maioria das minas de diamantes no
país. Importa sublinhar que as minas da Alrosa são operadas por várias entidades internas: as MDP (Mining &
Processing Division). Considera-se que a Alrosa assegura 97% da produção de diamantes russos e ocupa uma
posição de liderança no mercado internacional, com aproximadamente 30 % das quotas do mercado mundial.
Aikhal Mining & Processing Division:
A mina Aikhal, bem como as minas Jubilee e Komsomolskaya são operadas pela Aikhal Mining & Processing
Division (MDP), formada em 1986. A mina foi descoberta em 1960 e a sua exploração teve início em 1961 até
1997, quando atingiu uma profundidade de mais de 320 metros. Acresce que a exploração da mina foi
posteriormente suspensa. Verificou-se que em 2005, Alrosa iniciou a primeira fase da mineração subterrânea e
concluí a segunda fase em 2009.
No que se refere a mina Jubilee (conhecida como a mina Yubileyny), a sua produção foi iniciada em 1986. As
informações disponíveis indicam que a mina é a maior mina kimberlita do mundo. Até hoje, a mina Jubilee
atingiu 320 metros de profundidade e espera-se atingir 720 metros nos próximos anos. A terceira mina da Aikhal
MPD, a Komsomolskaya, encontra-se a 15 km da mina Aikhal. Segundo as nossas informações, a mina produz
uma alta proporção de perfeitos diamantes octogonais. Localizada na região de Daldyn-Alakit, a mina foi
descoberta em 1970. Por último, a profundidade da Komsomolskaya deve atingir 460 metros e prevê-se que a
sua produção continuará até 2019.
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Mirny Mining & Processing division:
O programa lançado pela Alrosa que visa a construção de minas subterrâneas inclui igualmente a mina
International. A mineração a céu aberto da mina International foi iniciada em 1971. Em 1980, a mina atingiu
uma profundidade de 284 metros e foi ulteriormente encerrada. Ela foi novamente explorada em 2008. O ciclo
de vida da mina foi estimado a 27 anos. No que se refere a mina Mir, também conhecida por Mirny, ela é
operada pela unidade Mirny Mining & Processing division, bem como a mina International. Segundo as
informações recolhidas, a mina Mir é actualmente a terceira maior mina de diamantes no mundo. A produção
da mina a céu aberto começou em 1957. Considera-se que ela funcionou durante 44 anos até o seu
encerramento em 2001. Desde 2009, a mina entrou na fase de construção subterrânea. A sua profundidade é
hoje de 525 metros.
Nyurba Mining and Processing Division:
A Nyurbinskaya faz parte integrante da Nyurba Mining & Processing Division, estabelecida em 2000. A Nyurba
MPD tem a maior taxa de crescimento da produção de diamantes naturais entre todas as MPD da Alrosa. O
campo da mina Nyurbinskaya foi descoberto em 1996. Considera-se que a mina Nyurbinskaya é a mina mais
rentável da Alrosa.
Udachnaya Mining & Processing Division:
A mina Udachny foi descoberta nos anos 60, mais
precisamente em 1955. A exploração da mina a céu aberto
teve início em 1971. A mina faz parte integrante da divisão
da Udachnaya Mining & Processing Division (UMPD),
estabelecida em 1979. Com uma profundidade de mais de
630 metros, Udachny tornou-se uma das minas a céu
aberto mais profundas no mundo. Com o objectivo
estratégico de prosseguir as actividades mineiras e manter
a sua posição de liderança, Alrosa planeou a transformação
da mina Udachny em mina subterrânea, em 2014. As
informações recolhidas revelam que espera-se que a mina
Udachny seja a maior mina subterrânea explorada pela
Alrosa quando atingir as suas capacidades máximas em
2019. Quanto a Zarnitsa, verifica-se que a mina foi a
primeira mina de diamantes Kimberlite descoberta na
Rússia (em 1954).
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1.3 MINAS KIMBERLITES | ZONA OCEÂNIA
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Tabela 9. Minas & Empresas por cada país da zona Oceânia – Austrália
PAÍS MINA EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES
AUSTRALIA
Argyle Rio Tinto
Ellendale Kimberley Diamonds Ltd
EM BREVE:
Após verificação, não foi considerado neste benchmarking as minas
de diamantes Argyle e Ellendale tendo em conta que elas são minas
“Lamproite”. Porém, note-se que a mina Argyle (23°) é gerenciada e
explorada pelo grupo Rio Tinto. Desde o início da sua produção em
1983, mais de 791 milhões de quilates de diamantes foram
produzidos. A mina Argyle é um dos maiores fornecedores de
diamantes a nível internacional e é o maior produtor mundial de
diamantes coloridos naturais (principalmente cor de rosa). Rio Tinto
anunciou que a mina Argyle chegou ao fim do seu ciclo produtivo,
previsto em 2020.
A exploração da mina Ellandale (24°) depende da Kimberley Diamonds Ltd, antigamente a Goodrich
Resources Ltd. Localizada na região de Derby (Austrália), a mina foi descoberta nos anos 70 pela joint-venture
Ashton. Convém referir que a mina produz cerca de 50% dos diamantes amarelos a nível internacional.
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1.4 MINAS KIMBERLITES | ZONA AMÉRICA DO NORTE
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Tabela 10. Minas & Empresas por cada país da zona América do Norte - Canada
PAÍS MINAS EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES
CANADA
Diavik Rio Tinto Diamonds
Diavik Diamond Mines Inc. (Rio Tinto
Diamaonds 60% + Dominion Diamond
Corp. 40 %)
Ekati Dominion Diamond Corporation
Dominion Diamond Corporation (80%) +
Chuck Fipke (10%) + Stewart Blusson
(10%)
Snap Lake
De Beers Canada
Victor
EM BREVE:
Observou-se que as minas kimberlites da América do Norte eram todas localizadas no Canada. Verifica-se que
a exploração da mina Diavik depende integralmente da Diavik Diamond Mines Inc., uma joint-venture
estabelecida entre grupo Rio Tinto Diamonds e a Dominion Diamond Corporation (DDC). Constata-se também
que a Diavik foi convertida em mina subterrânea com objectivo de prolongar o LOM até 2020. Inicialmente a
produção da mina a céu aberto começou em 2003. No entanto, o projecto subterrâneo finalizou-se em 2012.
E igualmente observável que a Dominion Diamond Corporation efectua maioritariamente a exploração da mina
Ekati. A empresa adquiriu os interesses da BHP Billiton Canada Inc., em 2013 e formou uma joint-venture com
os geólogos Charles E.Fipke e o Stewart E Blusson que detêm cada um 10 % da mina. Historicamente, a mina foi
descoberta em 1991. No que diz respeito as minas de diamantes Snap Lake e Victor, elas foram as primeiras
minas operadas pela De Beers Canada (DB) fora do continente africano. Com base na informação disponível,
constata-se que foi a Winspear Resource que iniciou a exploração da Snap Lake, em 1955. A mina pertence a De
Beers somente desde dos anos 2000. Verificou-se que a produção comercial das duas minas Snap Lake e Victor
começaram respectivamente em Janeiro 2008 e Junho 2008.
Na Zona América do Norte, verificou-se, igualmente, a existência de duas outras minas de diamantes que
mereciam também uma atenção especial: a mina Jericho e a mina Gahcho Kué. As informações recolhidas
mostraram que até à data, a mina Jericho esteve inactiva. Em resumo, a Tahera Diamond Corp. anunciou o início
das operações de exploração em 2006 mas dois anos depois, a empresa entrou em falência. Em 2010, a Shear
Diamonds adquiriu a propriedade mas explorou a mina apenas 4 meses em 2012. Finalmente, a direção da Shear
Diamonds declarou a sua vontade de abandonar as operações da mina.
Por outro lado, relativamente a mina Gahcho Kué, trata-se de
um projecto de exploração da joint-venture entre a Mountain
Province Diamonds (49%) e a De Beers Canada (51%);
estabelecida em 2009. Gahcho Kue é actualmente um dos
maiores projectos diamantíferos em desenvolvimento em todo
o mundo. Segundo as estimações actuais, a produção da mina
Gahcho Kué permitirá a De Beers de recuperar quotas de
mercado na indústria dos diamantes brutos, em valor.
NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS
DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 20
2. HISTÓRICO DAS MINAS | CRONOLOGIA
NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS
DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 21
Descoberta & Exploração das Minas Kimberlites
Figura 2. Cronologia – A partir da década 1950
Neste capítulo pretende-se dar a conhecer uma breve cronologia das descobertas e explorações das minas
kimberlites no mundo. A cronologia inicia-se nos anos de 1950, com a descoberta da mina Zarnitsa (Rússia)
e ao longo de cinco décadas de explorações mineiras de diamantes que se seguiram.
 1970
Descoberta da Komsomolskaya
 1971
Início da produção da Udachny
 1971
Início da produção da International
 1972
Descoberta da mina Jwnaneng
 1974
Início da produção subterrânea
da Koffiefontein
 1975
Início da produção da Letlhakane
 1982
Início da produção subterrânea
da Finsch
 1980
Descoberta da kimberlites da
Venetia
 1983
Início da produção da Argyle
 1986
Início da produção da Jubilee
 1991
Descoberta da Ekati
 1996
Descoberta da Nyurbinskaya
 1997
Produção da mina Aikhal suspensa
 1997
Descoberta da Murowa
 1950
Transformação da Kimberley
Underground em mina
subterrânea
 1954
Descoberta da Zarnitsa
 1955
Início da exploração da Aikhal
 1955
Descoberta da Udachny
 1957
Início da produção da Mir
 1960
Descoberta da Aikhal
 1961
Início da produção da Aikhal
 1961
Descoberta da Finsch
 1967
Início da produção da Finsch
 1967
Descoberta dos kimberlitos da
Orapa
 1967
Descoberta da Karowe
 2001
Encerramento da Mir
 2003
Início da produção da Diavik
 2004
Início da produção da Murowa
 2009
Fase de construção subterrânea da Mir
 2008
Fim da transformação da Mir em mina
subterrânea Início da produção
comercial das minas Snap Lake e Victor
 2009
Fim da transformação da Mir em mina
subterrânea
 2014
Transformação da Udachny em mina
subterrânea

NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS
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3. MINAS KIMBERLITES & EMPRESAS
NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS
DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 23
Neste capítulo procurou-se evidenciar o Top 10 das maiores minas kimberlites e apresentar as suas perspectivas
para o futuro. Para possibilitar a comparabilidade, procedeu-se a várias classificações que permitem dispor de
um panorama global da concorrência.
No que diz respeito a classificação das minas por reservas mesuráveis (em milhões de quilates), a Rússia aparece
claramente como o país que detém de longe a maior reserva de diamantes a nível internacional. De fato,
constata-se que entre as 10 minas mencionadas (abaixo), cinco minas situam-se a Rússia: a Jubilee; Udachny;
Mir; Grib e a Botuobinskaya. Por outro lado, verificou-se o LOM (Life of Mine) dessas minas para obter
informações adicionais relativas a vida de cada mina kimberlite. Com base na informação recolhida, constata-se
que a estimação do LOM da mina Catoca é o mais elevado (cerca de 30 anos).
Figura 3. As 10 maiores minas de diamantes por reservas mesuráveis (Kimberlite & Lamproite)
Estimações 2013 – Milhões de quilates
Figura 4. LOM (Life Of Mine) das minas Kimberlites (em 2013)
NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS
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As informações expostas na figura 7., abaixo, realçam a produção de diamantes 2014 em volume (milhões de
quilates) e em valor (milhões de dólares). Verifica-se que o maior produtor de diamantes brutos é a mina Orapa,
localizada no Botsuana. Na segunda posição, aparece a mina Jubilee. De fato, considera-se que a mina Argyle é
uma mina lamproite. A mina Catoca ocupa o sexto lugar, em 2014.
Figura 5. Comparação da produção de diamantes estimada (em volume) - 2014
Figura 6. Comparação da produção de diamantes estimada (em valor) - 2014
0 2 4 6 8 10 12 14
Orapa
Argyle
Jubilee
Nyurbinskaya
Jwaneng
Catoca
Aikhal
Diavik
Udachny
International
Produção em volume (Milhões de quilate)
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
Orapa
Argyle
Jubilee
Nyurbinskaya
Jwaneng
Catoca
Aikhal
Diavik
Udachny
International
Produção em valor (Milhões de $)
NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS
DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 25
Nesta parte, pretendeu-se apresentar estaticamente as maiores empresas mineiras no mundo. As informações
recolhidas revelam que a De Beers continua a liderar o mercado dos diamantes a nível internacional. Os dados
2014 indicam claramente que a empresa possui 35% do mercado internacional, seguida pela Alrosa com 27%
do mercado. Segundo as ultimas informações, a Endiama E.P posiciona-se no quinto lugar, como pode-se
observar na figura 7.
Figura 7. Posicionamento das empresas mineiras no mercado internacional – 2014 (em %)
De Beers
35%
Alrosa
27%
Outros
10%
OAO Lukoil
1%
Trans Hex
1%
Lucara Diamond
1%
Dominion
7%
Rio Tinto
7%
Endiama E.P.
6%
Gem Diamonds
2%
Petra Diamonds
3%
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DLS STRATEGIES
DLS STRATEGIES is an independent consulting firm specialized in "Partner Marketing“ dedicated to African Businesses & Subsidiaries.
With proven operational & strategic experience in various African countries, DLS STRATEGIES has focused its activity on the marketing
segment in which the needs of African businesses are the least covered by local players. We support Leaders of the African Economic
landscape in the development of an efficient business ecosystem that creates Value & Growth by designing a cutting-edge marketing
strategy. Copyright © 2015 DLS STRATEGIES. All rights reserved

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Benchmarking - Minas Kimberlites by DLS Strategies - 2015

  • 1. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS BENCHMARKING COMPETITIVO AS MINAS KIMBERLITES NO MUNDO JANEIRO 2015 DLS STRATEGIES | 44, Rue Louis Pétri 35000 – Rennes, France | SIRET : 802 896 191 00011
  • 2. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 2 Dls
  • 3. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 3 TABELA DE CONTEÚDO● Sumário Executivo …..………………………………………………………........ Página 4 1. As Minas Kimberlites no mundo ……………..……………………………… Página 5 1. Minas Kimberlites – Zona África ………………..……………………. Página 7 2. Minas Kimberlites – Zona Eurásia ………………..………………….. Página 13 3. Minas Kimberlites – Zona Oceânia .…………..……………………. Página 16 4. Minas Kimberlites – Zona América do Norte …..…………………. Página 18 2. Histórico das Minas | Cronologia ……………..……………………………. Página 20 3. As Minas & Empresas……………………………..……………………………. Página 22 4. Os dados financeiros …………..………………………………..…………… Página 25
  • 4. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 4 SUMÁRIO EXECUTIVO● Num esforço contínuo da melhoria do seu trabalho e dos resultados com ele alcançados, a DLS STRATEGIES pauta-se pela exigência relativamente às informações prestadas. Tendo em conta o desenvolvimento dos instrumentos de recolha de informação que tem ao seu alcance, a DLS STRATEGIES procurou oferecer um benchmarking competitivo (ou concorrencial) sucinto e pertinente e fornecer informações valiosas sobre os maiores rivais da indústria diamantífera. Definição: o benchmarking competitivo é um processo contínuo ou pontual de comparação dos produtos, serviços ou práticas empresarias entre os mais fortes concorrentes ou empresas reconhecidas como líderes num mercado determinado. Para realização deste trabalho, utilizou-se como fonte de informação os dados disponíveis e acessíveis "no domínio público". A agência, em resposta à sua missão, tem dado um particular ênfase a veracidade das informações recolhidas. E no sentido de garantir uma comparação pertinente, todas informações fornecidas abrangem o período entre o 2011 – 2014. Como principais limitações encontradas salienta-se a difícil recolha de informações e dados financeiros que, na maior parte dos casos, são confidenciais; a complexidade das estruturas das empresas mineiras, a transparência e objectividade das informações; e, ainda, a verificação cruzada das informações recolhidas. A metodologia utilizada consubstanciou-se principalmente na pesquisa bibliográfica e documental aprofundada e, sempre que possível, estabeleceu-se contactos com informadores solidos. O nosso gabinete de consultoria adotou uma metodologia estruturada para assegurar a conclusão com sucesso de investigações abrangentes. Seguimos uma abordagem precisa com duplo objectivo de identificar as maiores minas kimberlites e maiores actores do mercado ao nível internacional mais também apresentar um quadro claro da indústria dos diamantes brutos. Palavras-Chave: Minas Kimberlites | Quilate | Empresas mineiras | dados financeiros | Mundo | Este benchmarking realizado pelos cofundadores da agência DLS STRATEGIES, Stéphanie De Lima & Matthieu Hervé.
  • 5. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 5 1● Introdução 1. MINAS KIMBERLITES NO MUNDO
  • 6. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 6 As Minas Kimberlites são consideradas como as fontes mais ricas de diamantes extraídos. Elas são geralmente em forma de uma cenoura e podem estender-se e atingir entre 1 a 2 km de profundidade. As minas Kimberlites contêm uma grande variedade de micro diamantes de vários tamanhos pesando, em média, cerca de 1 mg até os grandes diamantes que podem exceder várias centenas de quilates. Existem várias minas kimberlites no mundo mas é difícil determinar com precisão o número exacto de minas existentes. Com base nas informações disponíveis, são conhecidas mais de 100 minas Kimberlites activas. Para proceder ao benchmarking de forma pertinente, centramos a nossa atenção sobre as maiores minas kimberlites. Baseamos o estudo comparativo no mapa apresentado abaixo. Neste mapa de referência, descobrimos as 28 maiores minas kimberlites espalhadas por 4 zonas geográficas. Figura 1. Mapa das minas Kimberlite a nível internacional Tabela 1. Maiores minas Kimberlites actualmente em funcionamento 1. Catoca 8. Mbuji Maye 15. Udachny 22. Nyurbinskaya 2. Orapa 9. Williamson 16. Jubilee 23. Argyle 3. Letlhakane 10. Murowa 17. Mir 24. Ellendale 4. Karowe 11. Venetia 18. International 25. Snap Lake 5. Jwaneng 12. Cullinan 19. Zarnitsa 26. Victor 6. Finsch 13. Koffiefontein 20. Komsomolskaya 27. Ekati 7. Kimberley Underground 14. Letseng 21. Aikhal 28. Diavik Zona África Zona Oceânia Zona Eurásia Zona América do Norte
  • 7. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 7 1.1 MINAS KIMBERLITES | ZONA ÁFRICA
  • 8. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 8 Neste subcapítulo procurou-se dar uma perspectiva global das minas kimberlites que existem no mundo. Estudou-se de maneira profunda cada área geográfica e identificamos os países que a compõem. Esta fase permitiu classificar com precisão todas minas kimberlites por país e por zona geográfica. As informações recolhidas facilitaram a pesquisa das empresas mineiras das quais dependem as minas kimberlites (já mencionadas na Figura.1). A nossa primeira observação mostrou que fora da Zona Eurásia, a exploração das minas kimberlites dependiam de várias entidades ou de parcerias entre privados ou PPP (Parceria Público- Privada). No próximo subcapítulo, procurou-se apresentar brevemente o perfil corporativo dessas empresas mineiras e o histórico da aquisição das minas kimberlites. Minas kimberlites na Zona África (Fora da mina Catoca) Tabela 2. Minas & Empresas por cada país da zona África – África do Sul PAÍS MINAS EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES ÁFRICA DO SUL Cullinan Petra Diamonds Petra Diamonds (74%) + Petra Diamonds Employee Share Trust (12%)+ Thembinkosi Mining Investment (14%) Finsch Petra Diamonds (74%) + Petra Diamonds Employee Share Trust (5%)+ Senakha Diamonds Investments (Pty) Ltd (14%) Kimberley Underground Petra Diamonds (74%) + Sedibeng Mining (Pty) Ltd (26%) Koffiefontein Petra Diamonds (74%) + Re-Teng Diamonds (Pty) Ltd (26%) Venetia De Beers Consolidated Mines De Beers Group (74%) + Ponahalo Holdings (26%) EM BREVE: As informações expostas na tabela 2., acima, demonstrem que a maioria das minas em África do Sul pertencem a Petra Diamonds. No que respeitou à mina Cullinan, verificou-se que a sua exploração teve início em 1903; um ano após a sua descoberta. Em 2008, a De Beers vendeu a sua participação (37%) na Petra Diamonds. E em 2009, a Petra Diamonds aumentou a sua participação através a aquisição das participações da Al Rajhi. Na totalidade, a Petra Diamonds detém 74% da mina Cullinan. As informações sobre a Petra Diamonds Employee Share Trust e a Thembinkosi Mining Investment são ainda limitadas. A mina é especialmente conhecida como uma das principais fontes dos maiores diamantes em quilates e uma das principais fontes de diamantes azuis no mundo. Foi a descoberta do maior diamante bruto já extraído em 1905 (3 106.75 quilates) que tornou a mina Cullinan famosa pelo mundo. Acresce referir que em 2014, um diamante branco de 232 quilates foi extraído da mesma mina. O ciclo de vida potencial (LOM) da mina foi estimado a mais de 50 anos. As informações encontradas indicam que a profundidade da mina é de 747 metros. Além disso, a Petra Diamonds planeou a extensão da mina com vista de aumentar a produção 2.2 Milhões de quilates.
  • 9. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 9 A mina a céu aberto Finsch foi descoberta em 1961 e foi em 1967 que as operações mineiras tiveram início. O que se constata é que desde 1982, a De Beers iniciou a exploração subterrânea da mina, um projecto lançado em 1978. As informações recolhidas indicam que em 2011, a De Beers cedeu a mina Finsch a Petra Diamonds para o montante de 200 Milhões de dólares. Hoje, a mina pertence a Petra Diamonds (74%), a Petra Diamonds Employee Share Trust (5%) e também a Senakha Diamonds Investments (21%). Verifica-se que a mina tornou- se a segunda maior produção de diamantes em África do Sul. De fato, em 40 anos de existência, a mina produziu mais de 120 milhões de quilates. Por outro lado, a Finsch dispõem de uma infraestrutura mineira avançada que foi ainda modernizada recentemente. Trata-se de um investimento de 100 Milhões de dólares. Por último, estima-se que o LOM (ciclo de vida da mina) é superior a 25 anos e indica-se que a sua profundidade é de 630 metros. Em relação a Kimberley Underground é importante ressalvar que ela integra três minas a céu aberto de diamantes nomeadamente a Bultfontein, a Dutoitspan e a Wesselton. Verificou-se que as operações mineiras das minas Bultfontein, Dutoitspan e Wesselton tiveram início respectivamente em 1869, 1869 e 1892. Elas foram incorporadas (reunidas) na De Beers em 1890. Na década de 1950, elas foram convertidas em minas subterrâneas. Acresce que em 2005, a De Beers encerrou as minas e foi em 2010 que a empresa cedeu integralmente as minas a Petra Diamonds e Sedibeng Mining Ltd. As últimas informações sobre a Petra Diamonds revelam que a empresa trabalha actualmente sobre um plano de expansão da Kimberley Underground com o objectivo de aumentar a produção de 170 000 quilates por ano, a partir de 2016. Relativamente aos diamantes, nota-se que o diamante Oppenheimer (253 quilates) é até hoje um dos diamantes mais conhecidos extraído da Kimberley Underground. No que diz respeito a Koffiefontein, considera-se que a mina é a maior mina em valor médio por quilate. Constata-se que ela situa-se perto das minas da Kimberley Underground. A mina foi descoberta em 1870. Por outro lado, verifica-se que a De Beers adquiriu integralmente a Koffiefontein Mine Ltd. em 1911. As operações mineiras prosseguiram até a Grande Depressão de 1932. Foi apenas em 1970 que as operações recomeçaram. Segundo as informações recolhidas, o desenvolvimento subterrâneo da mina teve início em 1974. No entanto, a mina deixou de produzir em 1982 após a queda do mercado de 1981. As actividades recomeçaram em 1987. No que se se refere a aquisição da mina, verifica-se que a De Beers cedeu a Koffiefontein a joint-venture estabelecida entre a Petra Diamonds (70%) e a Re-Teng Diamonds (30%), em 2007. É também digno de nota que a Petra Diamonds adquiriu participações adicionais de 4 % da Re-Teng Diamonds Ltd. E possível afirmar que a Petra Diamonds desenvolveu um plano de expansão com vista ao aumento da produção. No que se refere a Venetia, é importante ressalvar que existem poucas informações relativas a mina e o seu histórico. Considera-se que a mina foi descoberta pela primeira vez em 1903. As informações disponíveis indicam que em 1969, a De Beers lançou um programa de prospeção com o objectivo de localizar as fontes de depósitos aluviais. E Finalmente, vários “pipes” kimberlitos foram descobertos em 1980. A construção da mina começou em 1990 e as operações mineiras tiveram início em 1992/1993. A Venetia é actualmente o maior produtor de diamantes da África do Sul. As operações mineiras tiveram início em 1992. No que diz respeito a aquisição da mina, constata-se que a mina pertence maioritariamente a De Beers Consolidated Mines (DBCM). Em 2013, a De Beers anunciou o início da construção subterrânea da mina Venetia. Estima-se que os custos do projecto ascendem a 2 mil milhões de dólares, o que permitirá prolongar o LOM (ciclo de vida) da mina além de 2040.
  • 10. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 10 Tabela 3. Minas & Empresas por cada país da zona África – Botsuana PAÍS MINAS EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES BOTSUANA Orapa Debswana Diamond Company Ltd. De Beers Group (50%) + Governo do Botsuana (50%) Jwaneng Letlhakane Karowe Lucara Diamond Corp. Boteti Mining (Pty) Ltd EM BREVE: A exploração das Minas kimberlites no Botsuana depende maioritariamente da empresa Debswana Diamond Company Ltd. A joint-venture Debswana foi fundada em 1968 entre a De Beers e o Governo Botsuano. Em 2006, o grupo De Beers (DB) e o Governo do Botsuana celebraram um acordo relativo a formação da Diamond Trading Company Botswana (DTCB), com vista a vender e comercializar os diamantes localmente e estender todas as concessões de mineração por 25 anos. Os geólogos da De Beers descobriam pela primeira vez os kimberlitos de Orapa em 1967, no quadro de uma missão de prospeção de diamantes. A produção da mina teve início em 1971. Em 1982, a mina ficou totalmente operacional. Considera-se que a mina Orapa é a maior mina a céu aberto a nível internacional. A Orapa é igualmente a mais antiga das minas detidas pela Debswana Diamond Company Ltd. Em 1999, a mina foi alargada com o objectivo de duplicar a sua capacidade de produção. No que concerne a mina Jwaneng, considera-se que ela é uma das maiores minas a céu aberto do mundo em valor. A mina entrou em operação em 1972 e em plena produção em 1982. A De Beers trabalha actualmente sobre um possível prolongamento do ciclo de vida da mina (até 2032). Relativamente a sua profundidade, a mina atinge uma profundidade de 350 metros e prevê-se que atinja 624 metros dentro de dois anos (2017). Destaca-se que a mina Jwaneng contribui cerca de 60-70% da receita total da Debswana. Em relação a mina Letlhakane, as informações recolhidas revelam que ela foi a segunda mina de diamantes operada pela Debswana (em 1975) e a mais profunda das minas exploradas pela empresa. As informações expostas na tabela 3., acima, realçam a existência de uma mina administrada pela Lucara Diamond Corp. Constata-se que a mina Karowe pertence integralmente a Boteti Mining (Pty) Ltd, subsidiária da Lucara Diamond Corp. Originalmente a Karowe foi descoberta pela De Beers em 1969. A sua produção foi iniciada em 2012. O ciclo de vida da mina foi estimada pela própria Lucara Diamond Corp. a 13 anos. Importa referir que a Lucara Diamond Corp anunciou recentemente que a mina será transformada em mina subterrânea nos próximos anos. Após uma pesquisa aprofundada, nenhuma informação fiável relativa a Boteti Mining Boteti Mining (Pty) Ltd foi encontrada. ORAPA JWANENG LETLHAKANE
  • 11. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 11 Tabela 4. Identificação das Minas & Empresas por cada país da zona África – Lesoto PAÍS MINA EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES LESOTO Letseng Gem Diamonds Gem Diamonds (70%) + Governo do Lesoto (30 %) EM BREVE: A Gem Diamonds foi criada em 2005 pelo Sr. Clifford Elphick. Em 2006, a companhia adquiriu a mina Letseng e formou uma JV (Joint-Venture) com o Governo do Lesoto que detém 30% da mina. Acresce que em 2007, a Gem Diamonds conclui a aquisição da Kimberley Diamond Company na Austrália. No mesmo ano, o grupo que detinha 49,99 % da empresa Kabongo Development Company (KDV), adquiriu os 50,01% restantes que pertenciam a Almesta Holdings Limited. Permitindo apenas à Gem Diamonds de realizar operações nas minas da República Democrática do Congo: Mbelenge, Tshikapa, Lubembe e Longatshimo, todas localizadas na província de Kasai Ocidental. sd A Gem Diamonds assinou igualmente um outro contrato com Almesta Holdings Limited relativo a venda e comercialização dos diamantes. Com efeito, Almesta Holding Limited é parceira da Omega Diamonds, uma das maiores empresas de negócio de diamantes, fora da rede de “Sightholders” da De Beers (DB). Gem Diamonds opera no Botsuana através a sua filial Gem Diamonds Botswana que trabalha actualmente sobre o desenvolvimento da mina Ghaghoo. Acresce referir que existem muito poucas informações sobre a mina Letseng. Tabela 5. Minas & Empresas por cada país da zona África – Republica Democrática do Congo PAÍS MINA EMPRESA MAIORITÁRIA PARCERIAS – JOINT-VENTURES RDC Mbuji Maye Sankuru River Diamond Mines Ltd. Sankuru River Diamond Mines Ltd (51%) + MIBA (49%) EM BREVE: É importante ressalvar que dispõe-se de muito poucas informações fiáveis sobre a mina Mbuji Maye. O que se constata é que a mina pertence a joint-venture estabelecida entre a Sankuru River Diamond Mines Ltd. e a empresa estatal MIBA (empresa criada em 1961). Letseng LESOTO
  • 12. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 12 Tabela 6. Minas & Empresas por cada país da zona África – Tanzânia PAÍS MINA EMPRESA MAIORITÁRIA PARCERIAS – JOINT-VENTURES TANZANIA Williamson Petra Diamonds Petra Diamonds (75%) + Governo da Tanzânia (25%) EM BREVE: A mina Williamson é igualmente conhecida como a mina Mwadui. A mina foi descoberta em 1940 pelo geólogo canadense, o Dr. John Williamson que lhe deu o nome. O Dr. Williamson iniciou as operações mineiras em 1940. Ele geriu a exploração da mina até ao seu falecimento em 1958. A mina não cessou de operar desde 1940 e é por esta razão que ela tornou-se uma das minas mais antigas em actividade, a nível internacional. E importante ressalvar que em 1958, a De Beers (50%) em parceria com o Governo da Tanganyika (50%) adquiriram a mina. No que diz respeito a exploração da mina, verifica- se que a De Beers administrava as actividades de mineração até 1973 e a STAMICO (Tanzanian State Mining Organisation) durante 20 anos. Finalmente, a De Beers adquiriu 75% da mina em 1993. As informações expostas na tabela 6., acima, demonstrem que a Williamson pertence agora maioritariamente a empresa Petra Diamonds. Com efeito, em 2008, a De Beers cedeu as suas participações (75%) a Petra Diamonds. Tabela 7. Minas & Empresas por cada país da zona África – Zimbabué PAÍS MINA EMPRESA MAIORITÁRIA PARCERIAS – JOINT-VENTURES ZIMBABUÉ Murowa Rio Tinto Diamonds Murowa Diamonds Private Ltd ( Rio Tinto 78% + RioZim Limited 22%) EM BREVE: A mina a céu aberto Murowa situa-se perto de Zvishavane na província de Midlands (Zimbabué). A mina Murowa foi descoberta em 1997 pelo líder mineiro Rio Tinto que possui 78% das quotas. Os outros 22 % pertencem a RioZim Ltd. A empresa RioZim foi constituída em 1956 sob o nome “Rio Tinto Southern Rhodesia Ltd”. Após a realização de um estudo de viabilidade entre 1998 e 2000, a joint-venture Murowa Diamonds Private Ltd. iniciou a produção da mina (em 2004). Desde 2004, mais de um milhão de quilates foram produzidos e vendidos internacionalmente. Cerca de 10 % da produção foi reservada a indústria de polimento do Zimbabué.
  • 13. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 13 1.2 MINAS KIMBERLITES | ZONA EURÁSIA
  • 14. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 14 Tabela 8. Minas & Empresas por cada país da zona Eurásia – Rússia PAÍS MINAS EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES RÚSSIA Grib Grib Diamonds OAO Lukoil (100%) Aikhal Aikhal MPD* - AlrosaJubilee (Yubileinaya) Komsomolskaya International Mirny MPD* - Alrosa Mir Nyurbinskaya Nyurba MPD* - Alrosa Udachny Udachnaya MPD* - Alrosa Zarnitsa * Mining & Processing Division EM BREVE: No que se refere a mina Grib, trata-se de uma mina de diamantes explorada pela Grib Diamonds, subsidiária da OAO Lukoil (o maior produtor de petróleo privado na Rússia). Anteriormente, a mina Grib pertencia a joint- venture estabelecida entre Arkhangelskgeoldobycha (AGD) e Archangel Diamond Corporation (ADC), que em si mesma era detida pela De Beers. Para além da mina referida acima, Alrosa (empresa estatal russa) detém a maioria das minas de diamantes no país. Importa sublinhar que as minas da Alrosa são operadas por várias entidades internas: as MDP (Mining & Processing Division). Considera-se que a Alrosa assegura 97% da produção de diamantes russos e ocupa uma posição de liderança no mercado internacional, com aproximadamente 30 % das quotas do mercado mundial. Aikhal Mining & Processing Division: A mina Aikhal, bem como as minas Jubilee e Komsomolskaya são operadas pela Aikhal Mining & Processing Division (MDP), formada em 1986. A mina foi descoberta em 1960 e a sua exploração teve início em 1961 até 1997, quando atingiu uma profundidade de mais de 320 metros. Acresce que a exploração da mina foi posteriormente suspensa. Verificou-se que em 2005, Alrosa iniciou a primeira fase da mineração subterrânea e concluí a segunda fase em 2009. No que se refere a mina Jubilee (conhecida como a mina Yubileyny), a sua produção foi iniciada em 1986. As informações disponíveis indicam que a mina é a maior mina kimberlita do mundo. Até hoje, a mina Jubilee atingiu 320 metros de profundidade e espera-se atingir 720 metros nos próximos anos. A terceira mina da Aikhal MPD, a Komsomolskaya, encontra-se a 15 km da mina Aikhal. Segundo as nossas informações, a mina produz uma alta proporção de perfeitos diamantes octogonais. Localizada na região de Daldyn-Alakit, a mina foi descoberta em 1970. Por último, a profundidade da Komsomolskaya deve atingir 460 metros e prevê-se que a sua produção continuará até 2019.
  • 15. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 15 Mirny Mining & Processing division: O programa lançado pela Alrosa que visa a construção de minas subterrâneas inclui igualmente a mina International. A mineração a céu aberto da mina International foi iniciada em 1971. Em 1980, a mina atingiu uma profundidade de 284 metros e foi ulteriormente encerrada. Ela foi novamente explorada em 2008. O ciclo de vida da mina foi estimado a 27 anos. No que se refere a mina Mir, também conhecida por Mirny, ela é operada pela unidade Mirny Mining & Processing division, bem como a mina International. Segundo as informações recolhidas, a mina Mir é actualmente a terceira maior mina de diamantes no mundo. A produção da mina a céu aberto começou em 1957. Considera-se que ela funcionou durante 44 anos até o seu encerramento em 2001. Desde 2009, a mina entrou na fase de construção subterrânea. A sua profundidade é hoje de 525 metros. Nyurba Mining and Processing Division: A Nyurbinskaya faz parte integrante da Nyurba Mining & Processing Division, estabelecida em 2000. A Nyurba MPD tem a maior taxa de crescimento da produção de diamantes naturais entre todas as MPD da Alrosa. O campo da mina Nyurbinskaya foi descoberto em 1996. Considera-se que a mina Nyurbinskaya é a mina mais rentável da Alrosa. Udachnaya Mining & Processing Division: A mina Udachny foi descoberta nos anos 60, mais precisamente em 1955. A exploração da mina a céu aberto teve início em 1971. A mina faz parte integrante da divisão da Udachnaya Mining & Processing Division (UMPD), estabelecida em 1979. Com uma profundidade de mais de 630 metros, Udachny tornou-se uma das minas a céu aberto mais profundas no mundo. Com o objectivo estratégico de prosseguir as actividades mineiras e manter a sua posição de liderança, Alrosa planeou a transformação da mina Udachny em mina subterrânea, em 2014. As informações recolhidas revelam que espera-se que a mina Udachny seja a maior mina subterrânea explorada pela Alrosa quando atingir as suas capacidades máximas em 2019. Quanto a Zarnitsa, verifica-se que a mina foi a primeira mina de diamantes Kimberlite descoberta na Rússia (em 1954).
  • 16. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 16 1.3 MINAS KIMBERLITES | ZONA OCEÂNIA
  • 17. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 17 Tabela 9. Minas & Empresas por cada país da zona Oceânia – Austrália PAÍS MINA EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES AUSTRALIA Argyle Rio Tinto Ellendale Kimberley Diamonds Ltd EM BREVE: Após verificação, não foi considerado neste benchmarking as minas de diamantes Argyle e Ellendale tendo em conta que elas são minas “Lamproite”. Porém, note-se que a mina Argyle (23°) é gerenciada e explorada pelo grupo Rio Tinto. Desde o início da sua produção em 1983, mais de 791 milhões de quilates de diamantes foram produzidos. A mina Argyle é um dos maiores fornecedores de diamantes a nível internacional e é o maior produtor mundial de diamantes coloridos naturais (principalmente cor de rosa). Rio Tinto anunciou que a mina Argyle chegou ao fim do seu ciclo produtivo, previsto em 2020. A exploração da mina Ellandale (24°) depende da Kimberley Diamonds Ltd, antigamente a Goodrich Resources Ltd. Localizada na região de Derby (Austrália), a mina foi descoberta nos anos 70 pela joint-venture Ashton. Convém referir que a mina produz cerca de 50% dos diamantes amarelos a nível internacional.
  • 18. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 18 1.4 MINAS KIMBERLITES | ZONA AMÉRICA DO NORTE
  • 19. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 19 Tabela 10. Minas & Empresas por cada país da zona América do Norte - Canada PAÍS MINAS EMPRESAS MAIORITÁRIAS PARCERIAS – JOINT-VENTURES CANADA Diavik Rio Tinto Diamonds Diavik Diamond Mines Inc. (Rio Tinto Diamaonds 60% + Dominion Diamond Corp. 40 %) Ekati Dominion Diamond Corporation Dominion Diamond Corporation (80%) + Chuck Fipke (10%) + Stewart Blusson (10%) Snap Lake De Beers Canada Victor EM BREVE: Observou-se que as minas kimberlites da América do Norte eram todas localizadas no Canada. Verifica-se que a exploração da mina Diavik depende integralmente da Diavik Diamond Mines Inc., uma joint-venture estabelecida entre grupo Rio Tinto Diamonds e a Dominion Diamond Corporation (DDC). Constata-se também que a Diavik foi convertida em mina subterrânea com objectivo de prolongar o LOM até 2020. Inicialmente a produção da mina a céu aberto começou em 2003. No entanto, o projecto subterrâneo finalizou-se em 2012. E igualmente observável que a Dominion Diamond Corporation efectua maioritariamente a exploração da mina Ekati. A empresa adquiriu os interesses da BHP Billiton Canada Inc., em 2013 e formou uma joint-venture com os geólogos Charles E.Fipke e o Stewart E Blusson que detêm cada um 10 % da mina. Historicamente, a mina foi descoberta em 1991. No que diz respeito as minas de diamantes Snap Lake e Victor, elas foram as primeiras minas operadas pela De Beers Canada (DB) fora do continente africano. Com base na informação disponível, constata-se que foi a Winspear Resource que iniciou a exploração da Snap Lake, em 1955. A mina pertence a De Beers somente desde dos anos 2000. Verificou-se que a produção comercial das duas minas Snap Lake e Victor começaram respectivamente em Janeiro 2008 e Junho 2008. Na Zona América do Norte, verificou-se, igualmente, a existência de duas outras minas de diamantes que mereciam também uma atenção especial: a mina Jericho e a mina Gahcho Kué. As informações recolhidas mostraram que até à data, a mina Jericho esteve inactiva. Em resumo, a Tahera Diamond Corp. anunciou o início das operações de exploração em 2006 mas dois anos depois, a empresa entrou em falência. Em 2010, a Shear Diamonds adquiriu a propriedade mas explorou a mina apenas 4 meses em 2012. Finalmente, a direção da Shear Diamonds declarou a sua vontade de abandonar as operações da mina. Por outro lado, relativamente a mina Gahcho Kué, trata-se de um projecto de exploração da joint-venture entre a Mountain Province Diamonds (49%) e a De Beers Canada (51%); estabelecida em 2009. Gahcho Kue é actualmente um dos maiores projectos diamantíferos em desenvolvimento em todo o mundo. Segundo as estimações actuais, a produção da mina Gahcho Kué permitirá a De Beers de recuperar quotas de mercado na indústria dos diamantes brutos, em valor.
  • 20. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 20 2. HISTÓRICO DAS MINAS | CRONOLOGIA
  • 21. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 21 Descoberta & Exploração das Minas Kimberlites Figura 2. Cronologia – A partir da década 1950 Neste capítulo pretende-se dar a conhecer uma breve cronologia das descobertas e explorações das minas kimberlites no mundo. A cronologia inicia-se nos anos de 1950, com a descoberta da mina Zarnitsa (Rússia) e ao longo de cinco décadas de explorações mineiras de diamantes que se seguiram.  1970 Descoberta da Komsomolskaya  1971 Início da produção da Udachny  1971 Início da produção da International  1972 Descoberta da mina Jwnaneng  1974 Início da produção subterrânea da Koffiefontein  1975 Início da produção da Letlhakane  1982 Início da produção subterrânea da Finsch  1980 Descoberta da kimberlites da Venetia  1983 Início da produção da Argyle  1986 Início da produção da Jubilee  1991 Descoberta da Ekati  1996 Descoberta da Nyurbinskaya  1997 Produção da mina Aikhal suspensa  1997 Descoberta da Murowa  1950 Transformação da Kimberley Underground em mina subterrânea  1954 Descoberta da Zarnitsa  1955 Início da exploração da Aikhal  1955 Descoberta da Udachny  1957 Início da produção da Mir  1960 Descoberta da Aikhal  1961 Início da produção da Aikhal  1961 Descoberta da Finsch  1967 Início da produção da Finsch  1967 Descoberta dos kimberlitos da Orapa  1967 Descoberta da Karowe  2001 Encerramento da Mir  2003 Início da produção da Diavik  2004 Início da produção da Murowa  2009 Fase de construção subterrânea da Mir  2008 Fim da transformação da Mir em mina subterrânea Início da produção comercial das minas Snap Lake e Victor  2009 Fim da transformação da Mir em mina subterrânea  2014 Transformação da Udachny em mina subterrânea 
  • 22. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 22 3. MINAS KIMBERLITES & EMPRESAS
  • 23. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 23 Neste capítulo procurou-se evidenciar o Top 10 das maiores minas kimberlites e apresentar as suas perspectivas para o futuro. Para possibilitar a comparabilidade, procedeu-se a várias classificações que permitem dispor de um panorama global da concorrência. No que diz respeito a classificação das minas por reservas mesuráveis (em milhões de quilates), a Rússia aparece claramente como o país que detém de longe a maior reserva de diamantes a nível internacional. De fato, constata-se que entre as 10 minas mencionadas (abaixo), cinco minas situam-se a Rússia: a Jubilee; Udachny; Mir; Grib e a Botuobinskaya. Por outro lado, verificou-se o LOM (Life of Mine) dessas minas para obter informações adicionais relativas a vida de cada mina kimberlite. Com base na informação recolhida, constata-se que a estimação do LOM da mina Catoca é o mais elevado (cerca de 30 anos). Figura 3. As 10 maiores minas de diamantes por reservas mesuráveis (Kimberlite & Lamproite) Estimações 2013 – Milhões de quilates Figura 4. LOM (Life Of Mine) das minas Kimberlites (em 2013)
  • 24. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 24 As informações expostas na figura 7., abaixo, realçam a produção de diamantes 2014 em volume (milhões de quilates) e em valor (milhões de dólares). Verifica-se que o maior produtor de diamantes brutos é a mina Orapa, localizada no Botsuana. Na segunda posição, aparece a mina Jubilee. De fato, considera-se que a mina Argyle é uma mina lamproite. A mina Catoca ocupa o sexto lugar, em 2014. Figura 5. Comparação da produção de diamantes estimada (em volume) - 2014 Figura 6. Comparação da produção de diamantes estimada (em valor) - 2014 0 2 4 6 8 10 12 14 Orapa Argyle Jubilee Nyurbinskaya Jwaneng Catoca Aikhal Diavik Udachny International Produção em volume (Milhões de quilate) 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2 Orapa Argyle Jubilee Nyurbinskaya Jwaneng Catoca Aikhal Diavik Udachny International Produção em valor (Milhões de $)
  • 25. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 25 Nesta parte, pretendeu-se apresentar estaticamente as maiores empresas mineiras no mundo. As informações recolhidas revelam que a De Beers continua a liderar o mercado dos diamantes a nível internacional. Os dados 2014 indicam claramente que a empresa possui 35% do mercado internacional, seguida pela Alrosa com 27% do mercado. Segundo as ultimas informações, a Endiama E.P posiciona-se no quinto lugar, como pode-se observar na figura 7. Figura 7. Posicionamento das empresas mineiras no mercado internacional – 2014 (em %) De Beers 35% Alrosa 27% Outros 10% OAO Lukoil 1% Trans Hex 1% Lucara Diamond 1% Dominion 7% Rio Tinto 7% Endiama E.P. 6% Gem Diamonds 2% Petra Diamonds 3%
  • 26. NA ESFERA DOS DIAMANTES BRUTOS DLS STRATEGIES |BENCHMARKING COMPETITIVO 2015 26 DLS STRATEGIES DLS STRATEGIES is an independent consulting firm specialized in "Partner Marketing“ dedicated to African Businesses & Subsidiaries. With proven operational & strategic experience in various African countries, DLS STRATEGIES has focused its activity on the marketing segment in which the needs of African businesses are the least covered by local players. We support Leaders of the African Economic landscape in the development of an efficient business ecosystem that creates Value & Growth by designing a cutting-edge marketing strategy. Copyright © 2015 DLS STRATEGIES. All rights reserved