O documento discute teorias clássicas e contemporâneas sobre movimentos sociais. Aborda o modelo clássico marxista focado em luta de classes e revolução, e teóricos como Touraine e Melucci que enfatizam a importância da ação direta, identidade e transformação cultural em sociedades pós-industriais.
2. • O Modelo Clássico
- Do pensamento marxiano às
principais correntes marxistas.
• Concepções contemporâneas
- Neomarxismo ou marxismo ocidental.
- Análise principalmente dos
movimentos que surgiram na Europa
a partir de 1960.
3. Superação das opressões de classes
Projeto de transformação radical
O Modelo Clássico
Projeto de transformação radical
das estruturas sociais
Práxis Revolucionária
5. Organização
da classe
trabalhadora
Partido Operário
O Modelo Clássico
Nesta concepção, as ações dos Movimentos
Sociais serviriam principalmente de
instrumentos para a efetivação do processo
revolucionário, o que diminui, desta forma,
o seu papel de protagonismo.
6. Duas correntes marxistas:
Ortodoxa
• Inspirada nos trabalhos de Marx
elaborados após 1850);
O Modelo Clássico
elaborados após 1850);
• Determinações dos fatores
macroestruturais da sociedade
(principalmente o econômico);
• Lênin e Trotsky.
7. Heterodoxa
• Inspirada nos estudos sobre alienação,
ideologia, consciência etc.;
• Críticas ao modelo ortodoxo;
• Insere uma visão histórico-humanista;
• Gramsci, Rosa Luxemburgo, Lukács etc.
8. Surgem no contexto de 1960, tanto
Os Movimentos Sociais
Contemporâneos
• Surgem no contexto de 1960, tanto
na Europa como no continente
americano;
9. • Seu referencial teórico busca
influência no marxismo heterodoxo
e sua crítica sobre a concepçãoe sua crítica sobre a concepção
da determinação preponderante da
macroestrutura nas ações humanas.
10. • Alain Touraine – Sociólogo francês,
nascido em 1925
• Alberto Melucci – Sociólogo italiano• Alberto Melucci – Sociólogo italiano
(1943-2001)
11. Alain Touraine
Define dois padrões de sociedade:
• Sociedade industrial Produção
(técnica) e Reprodução (cultura);(técnica) e Reprodução (cultura);
• Sociedade pós-industrial Controle
cultural por meio da informação
(tecnocracia).
13. • Num panorama em que a técnica
e a cultura estão interligadas e se
interpenetram, ocorre também o
enfraquecimento das delimitações do
mundo privado e do público, originandomundo privado e do público, originando
conflitos específicos de tal contexto
histórico.
• O conflito adquire dimensões simbólicas.
14. Alain Touraine
• Redefinição do Sujeito e seu papel
perante as mobilizações;
• Foco não só na esfera do trabalho,
mas principalmente na esfera da
vida cotidiana;
15. • Os “atores” de tal contexto não seriam
referenciados determinantemente por
sua classe social, mas pela sua interação
com a totalidade do jogo social, suascom a totalidade do jogo social, suas
influências e possibilidades de
intervenção nos padrões socioculturais.
16. Alain Touraine
• O foco dos movimentos sociais nesse
contexto migra dos objetivos decontexto migra dos objetivos de
transformações das macroestruturas
para o plano da vida cotidiana;
17. • Inserem um projeto de
transformação cultural que não
visa mais à tomada de poder, masvisa mais à tomada de poder, mas
a democratização do Estado e suas
estruturas, advindas do nível social;
18. • Para isso, se utilizam da “ação direta”
nas condições sociais que os oprimemnas condições sociais que os oprimem
e afetam cotidianamente.
19. Alberto Melucci
Empreende uma reavaliação das
ações coletivas dos anos 70.
As Sociedades Complexas
(capitalismos pós-industriais)
• Novas formas de associações;
20. • Novas formas de solidariedade
conflitual (fazer político);
Novas formas de ação (não• Novas formas de ação (não
adaptáveis aos canais antigos).
21. Alberto Melucci
“ (...) a concentração na análise do
como, sem negligenciar o porquê.”
“Os movimentos são sistemas de“Os movimentos são sistemas de
ação que operam num campo
sistêmico de possibilidades e limites.
22. É por isso que a organização se torna
um ponto crítico de observação, um
nível analítico que não pode ser
ignorado. O modo como os atoresignorado. O modo como os atores
constituem sua ação é a conexão
concreta entre orientações e
oportunidades e coerções sistêmicas.”
23. Os Atores
• São motivados pela construção
de solidariedade e identidade,de solidariedade e identidade,
não apenas pelo cálculo do
custo-benefício da ação;
24. • Não são definidos apenas pelas
classes sociais ou grupos estáveis
(como a classe trabalhadora, durante
a industrialização capitalista);a industrialização capitalista);
• Lutam por projetos simbólicos
e culturais que intervenham
diretamente na vida cotidiana.
25. Dimensão analítica de Melucci
“Eu defino um movimento social
como uma forma de ação coletiva
(a) baseada na solidariedade, (b)(a) baseada na solidariedade, (b)
desenvolvendo um conflito, (c)
rompendo os limites do sistema
em que ocorre a ação.”
26. O Padrão Organizacional Atual
• Redes de Movimento ou Áreas
de Movimento
Características:Características:
a) Permitem associação múltipla;
b) A militância é apenas parcial
e de curta duração;
27. c)O envolvimento pessoal e a
solidariedade afetiva como umasolidariedade afetiva como uma
condição.
28. “A nova forma organizacional
dos movimentos contemporâneos
não é exatamente instrumental paranão é exatamente instrumental para
seus objetivos. É um objetivo em si
mesma.”
29. Visão geral:
• Contexto histórico: Sociedades
complexas, pós-industriais;
• Revisão teórica sobre a importância• Revisão teórica sobre a importância
de outras estruturas e bases
determinantes, como a estrutura
cultural;
30. • Forte intervenção nas relações
sociais, nos sistemas simbólicos,
nas identidades individuaisnas identidades individuais
e nas necessidades das pessoas.
31. Os Movimentos Sociais
Contemporâneos
• Importância dos sistemas informacionais
na esfera da vida cotidiana.
Indivíduo
Produz
Consome
Dissemina
Terminal efetivo da rede
32. Contextualizando as teorias
São Paulo
• A expansão da metrópole baseada na
lógica do automóvel, da especulaçãológica do automóvel, da especulação
imobiliária e dos grandes
empreendimentos (concentrados
no centro expandido).
33. Contextualizando as teorias
Problematização:
• O território como espaço para• O território como espaço para
o entendimento das desigualdades
e contradições;
• Explosão das periferias (década de 60).
35. Contextualizando as teorias
Novos atores e novas pautas:
• Os coletivos culturais das periferias;• Os coletivos culturais das periferias;
• O direito à cidade.
36. Articulação Curricular
Currículo de Sociologia do Estado
de São Paulo
O princípio pedagógico que orienta
essa proposta é o estabelecimentoessa proposta é o estabelecimento
de um diálogo entre o aluno, pensado
como recurso para superar os limites
de uma aula meramente expositiva.
37. O ponto de partida desse diálogo é o
conhecimento do senso comum que
o aluno tem a respeito da sociedade,
mas com objetivo de superá-lo,mas com objetivo de superá-lo,
ao fornecer-lhe o conhecimento
propiciado pela Sociologia enquanto
disciplina científica.
38. Articulação Curricular
O Diálogo em Freire:
Por isto, o diálogo é uma exigência
existencial. E, se ele é o encontro emexistencial. E, se ele é o encontro em
que se solidariza o refletir e o agir de
seus sujeitos endereçados ao mundo
a ser transformado e humanizado,...
39. ...não pode reduzir-se a um ato
de depositar ideias de um sujeito
no outro, nem tampouco tornar-se
simples troca de ideias a seremsimples troca de ideias a serem
consumidas pelos permutantes.
(FREIRE, 1987, p. 44)
41. Articulação Curricular
O Diálogo em Freire:
• Para um educador-educando,
dialógico, problematizador, o conteúdodialógico, problematizador, o conteúdo
programático da educação não é uma
doação ou uma imposição – um
conjunto de informes a ser depositados
nos educandos (...) (Ibid. p. 46);
42. • Nosso papel não é falar ao povo sobre
a nossa visão de mundo, ou tentar
impô-la a ele, mas dialogar com ele
sobre a sua e a nossa. Temos de estarsobre a sua e a nossa. Temos de estar
convencidos de que a sua visão do
mundo, que se manifesta nas várias
formas de sua ação,...
43. ...reflete a sua situação no mundo,
em que se constitui. A Ação
educativa e política não pode
prescindir do conhecimento críticoprescindir do conhecimento crítico
dessa situação, sob pena de se fazer
“bancária” ou de pregar no deserto.
(Ibid, p. 48)
44. Articulação Curricular
O Diálogo em Freire:
Não há também diálogo, se não há uma
intensa fé nos homens. Fé no seu poderintensa fé nos homens. Fé no seu poder
de fazer e refazer. De criar e recriar.
Fé na vocação de ser mais, que não é
privilégio de alguns eleitos, mas direito
dos homens. (Ibid, p. 45)