O documento explica o que é um swap cambial, como funciona e quais são seus principais usos. Um swap cambial é um contrato derivativo onde duas partes trocam fluxos de caixa baseados em índices de taxas de câmbio e juros, sendo utilizado principalmente como hedge cambial. O documento também compara swaps cambiais com contratos futuros.
2. Swap cambial
Swap é um contrato derivativo onde duas partes trocam fluxo de caixas
baseados em seus indíces de reajustes, não havendo a troca efetiva do objeto
principal, seja ele um ativo financeiro ou moeda. Os swaps são instrumentos
financeiros bastante utilizados por empresas, bancos e instituições de investimento
que ajudam a diminuir os riscos de oscilações de preços.
Diante da incerteza dos acontecimentos na economia e da alta
competitividade do mercado, torna-se imprescindível que as organizações tenham
um processo de gestão empresarial cada vez mais eficiente. É necessário que façam
o uso de instrumentos financeiros como os derivativos, de forma consciente para
se proteger de riscos de volatilidade de preços no mercado, ainda mais com a
globalização que passa a exigir cada vez mais o aperfeiçoamento na hora de
planejar, avaliar e controlar seus processos para que se obtenha lucro e geração de
riqueza.
3. Swap cambial
O swap cambial é um contrato derivativo que troca a variação cambial por
taxa de juros, geralmente utilizado como hedge. Ele também é um dos principais
instrumentos financeiros de política monetária utilizado para controle da
desvalorização do câmbio é o swap cambial
O Banco Central realiza alguns leilões de swap cambial com objetivo de
promover hedge (cobertura de risco) e liquidez no mercado de câmbio.
Geralmente, esses leilões acontecem com maior frequência quando há uma grande
desvalorização cambial em um espaço curto de tempo.
Sua principal função é servir como um seguro ou hedge, onde uma empresa
troca a variação cambial por uma taxa de juros pós fixada. O swap cambial mais
comum utilizado no mercado financeiro é o que troca a variação do Dólar pela taxa
Selic.
4. Swap cambial
Para facilitar o compreendimento do uso do contrato de swap cambial,
podemos citar a necessidade de uma empresa exportadora, que tem suas dívidas
em reais corrigidas por juros pós-fixado e suas receitas em dólares. Esta empresa
pode querer trocar o risco de juros pós-fixado pelo cambial, ou seja, ela pode
utilizar o contrato de swap como proteção contra riscos relativos à variação da taxa
de juros. Do outro lado,
uma empresa varejista importadora, que tem suas dívidas atreladas ao dólar e
receitas em reais, pode querer exatamente o oposto da empresa exportadora,
onde ela poderá querer trocar seu risco cambial pelo risco da variação da taxa de
juros.
Este exemplo retrata claramente a função do contrato de swap cambial,
neste exemplo estas duas empresas podem realizar o contrato swap, utilizando
uma instituição financeira como intermediadora para realizar esta troca.
5. Swap cambial
Os contratos futuros são bastante utilizados como ferramenta de proteção
contra a volatidade de preços do mercado, do mesmo modo que os contratos de
swap. Porém, eles são negociados em bolsas de valores, no caso do Brasil na BM&F
Bovespa. Geralmente, as bolsas de valores padronizam estes contratos, como
forma de evitar a inadimplência. No caso da BM&F Bovespa, ela atua como
intermediadora e contraparte garantidora da operação entre as duas partes, assim
nenhuma das partes precisa conhecer a outra, tendo assim a garantia da Bolsa.
Mas estes contratos estão sujeitos a algumas obrigações que não ocorrem
nos swaps. As bolsas de valores exigem uma chamada de margem inicial, que é
uma parte do valor do contrato que deve ser paga no início do contrato para a
Bolsa, como forma de garantia. Essa margem requerida serve para cobrir a variação
diária esperada do contrato, além disso, ao longo da duração do contrato podem
ser requeridas margens adicionais, se houver uma oscilação maior do que estava
prevista.
6. Swap cambial
Diferente dos contratos de swaps, os contratos futuros sofrem um ajuste
diário, que serve como um mecanismo de evitar a inadimplência, isto pode ser um
inconveniente para uma empresa, pois deverá estar preparada para um fluxo de
caixa diário.
Já os contratos de swap têm a vantagem de serem personalizados,
atendendo exatamente às necessidades das partes interessadas, sem ter a
necessidade de atender às exigências de bolsas de valores. Porém, os contratos
futuros apresentam uma maior liquidez e podem ser negociados em ambiente de
pregão da bolsa de valores, assim a qualquer momento o contrato pode ser
liquidado, não havendo a necessidade de cumprir o vencimento do contrato.
7. Swap cambial
O contrato futuro pode ser inviável, quando a margem de garantia é muito
alta para uma empresa cobrir, fazendo com que o swap seja uma boa opção, pois
além de não precisar de margem, ele pode ser acordado livremente entre as partes
até mesmo a data de vencimento.
Então uma empresa deve analisar cuidadosamente qual o contrato irá
atender melhor as suas necessidades. Deve fazer uma escolha entre a flexibilidade
e custos versus liquidez e garantia.
8. Swap cambial
Existem outros contratos de swap além do swap cambial que são muito
usados no Brasil, como por exemplo: os contratos de swap de taxas de juros. Neste
tipo de contrato, uma das partes irá pagar uma taxa de juros pós-fixada referente
ao valor do nocional do contrato por um período determinado e outra parte irá
pagar uma taxa de juros pré-fixada sobre o mesmo valor nocional e período
determinado. O valor nocional do contrato pode ser acordado entre as partes,
assim como a taxa de juros pós-fixada que pode ser, dentre tantas, a taxa Selic ou
DI (Taxa de Depósitos Interfinanceiros de um dia).
9. Swap cambial
Este tipo de contrato de swap de taxas de juros, se aplica quando uma
empresa necessita organizar melhor suas dívidas, e não pode contar com a
flutuação de uma taxa pós-fixada. Neste caso, esse contrato é feito para proteger
suas operações de possíveis altas na taxa de juros, servindo como uma operação de
Hedge, assim evitando possíveis problemas financeiros para empresa. Em
contrapartida, a outra empresa pode estar numa situação financeira bem tranquila
e pode querer correr o risco da taxa de juros pós-fixada ter uma queda e se
beneficiar desse movimento.
No vencimento do contrato, a empresa que arriscou pagar a taxa de juros
pós-fixada pode ter que pagar menos juros que a empresa que escolheu a taxa pré-
fixada, se no período do contrato a taxa de juros oscilar mais para baixo que a taxa
pré-fixada. Porém a empresa que estava numa situação financeira mais complicada,
não poderia correr o risco da taxa de juros variar para cima, assim optando por fixar
a taxa de juros.