Sessão de slides da aula de ontologias digitais sobre a palestra baseada no artigo publicado no XII ENANCIB disponível aqui, recomenda-se a leitura:
http://rabci.org/rabci/node/284
Sendo que o artigo é uma introdução teórica ao texto estendido derivado do TCC "A informação e o Ser", também disponível neste link:
http://rabci.org/rabci/node/242
2. Q u e s tionam e ntos
• Inform ação
• S ocie d ad e
• F e nom e nologia
• Ser
• T écnica
• D ocu m e nto
• C iência
• O qu e é inform ação?
• O qu e é conce ito d e inform ação?
3. Ontologia e as ciências
- C rítica d e L úkacs
- C iência e m d ivórcio com a
m e tafís ica
Te oria C rítica – R az ão Ins tru m e ntal
Lu k ács e ontologia d o s e r s ocial
4. Ontologia e as ciências
• “ N ão p e rgu nte is a u m ge ólogo o qu e é o
te m p o: is to o u ltrap as s a; ne m a u m p rofis s ional
d a m e c ânica com o s ão p os s íve is açõe s e
re açõe s : e le n ão p od e rá tratar d e las . M u ito te m
a faze r u m p s ic ólogo s e m s e ocu p ar d a qu e s tão
d e s ab e r com o p od e e le e as cons ciências q u e
e le e s tu d a conh e ce re m u m m e s m o m u nd o
e xte rior. H á b as tante s p rob le m as qu e n ão
e xis te m d e b aixo d e ce rtos p ontos d e vis ta, s ão
p rob le m as e s s e nciais , e os qu e b ra-cab e ças d a
m e tafís ica s ão os p rob le m as m ais im p ortante s
qu e e xis te m p ara qu e m qu is e r p e ne trar a fu nd o
na íntim a cons titu ição d o u nive rs o vis u alizad o
5. Ontologia e as ciências
• C rítica à id e ologia nas ciências
• N e op os itivis m o – N e u tralid ad e
• “ Tanto d e s vane ce u o id e alis m o kantiano no cu rs o d o
s écu lo X IX qu e s u rgiu u m a corre nte id e alis ta no
p os itivis m o d irigid a n ão ap e nas contra o m ate rialis m o,
m as com a p re te ns ão d e criar u m m e io filos ófico qu e
e xtrad ita d o cam p o d o conh e cim e nto tod a vis ão d e
m u nd o, tod a ontologia e , igu alm e nte , cria u m - p re te ns o
- te rre no gnos iológico qu e ne m m ate rialis ta-ob j tivo e
e
qu e , j s tam e nte ne s ta ne u tralid ad e , p od e ofe re ce r
u
garantia d e u m conh e cim e nto cie ntífico p u ro. O s
m om e ntos iniciais d e s ta te nd ência re m ontam à M ach ,
Ave nariu s , P oincaré e tc...” (LU K ÁC S , 1 984, p . 6).
6. Henri Bergson – A evolução criadora
• “Nunca será demasiado insistir sobre o que há de artificial na
forma matemática de uma lei física e, por consequência, no
nosso conhecimento científico das coisas. As nossas unidades
de medida são convencionais e, se assim é lícito dizer, alheias
às intenções da natureza: como admitir que esta tenha feito
depender todas as modalidades de calor da dilatação de uma
mesma massa de mercúrio, ou das modificações de pressão de
uma mesma massa de ar mantida em um volume constante?
(...) medir é uma operação inteiramente humana, que implica
sobreporem-se realmente ou idealmente dois objetos um ao
outro, um certo número de vezes. A natureza não pensou em tal
sobreposição. Ela não mede, tampouco conta. Todavia, a física
conta, mede, relaciona umas com as outras variações
‘quantitativas’ para chegar assim a leis e acerta.” (BERGSON,
Henri; p.241)
7. Henri Bergson – A evolução criadora
• “ S e a ord e m m ate m ática fos s e cois a p os itiva, s e
e xis tis s e m im ane nte s à m atéria, le is com p aráve is
às d os nos s os c ód igos , o s u ce s s o d a nos s a
ciência s e ria m iracu los o” (BE R G S O N , H e nri;
p .241 )
• C om p re e nd e r-s e -à as s im qu e a nos s a ciência
s e j continge nte , re lativa às variáve is p or e la
a
e s colh id as , re lativa à ord e m e m qu e p ôs
s u ce s s ivam e nte os p rob le m as , e qu e n ão
ob s tante triu nfe .” (BE R G S O N , H e nri; p .242)
8. Henri Bergson – A evolução criadora
• “ S e j p os ição e m qu e s e coloqu e u m d e s s e s
a
b one cos d e cortiça com b as e d e ch u m b o, qu e r
d e ite m os d e cos tas , ou d e cab e ça p ara b aixo,
qu e r o lance m os ao ar, e le ficará s e m p re d e p é,
au tom aticam e nte . O m e s m o s e p as s a com a
m atéria: p od e m os p e g á-la p or qu alqu e r p onta e
m anip u lá-la s e j d e qu e m ane ira for, e la re cairá
a
s e m p re e m qu alqu e r d os nos s os qu ad ros
m ate m áticos , p orqu e te m u m las tro d e
ge om e tria”
9. Documento não é memória
• A m e m ória, conform e te ntam os p rovar, n ão é a facu ld ad e d e
clas s ificar re cord açõe s nu m a gave ta ou d e as ins cre ve r nu m
re gis tro. N ão h á re gis tro, n ão h á gave ta, n ão h á s e qu e r, aqu i,
p rop riam e nte u m a facu ld ad e , p orq u e u m a facu ld ad e age p or
inte rm itências , q u and o q u e r ou qu and o p od e , ao p as s o q u e o
am ontoar-s e d o p as s ad o s ob re o p as s ad o p ros s e gu e s e m trégu as .
N a re alid ad e , o p as s ad o cons e rva-s e p or s i p róp rio,
au tom aticam e nte . Acom p anh a-nos , s e m d úvid a, p or inte iro, a cad a
ins tante : aqu ilo qu e s e ntim os , p e ns am os e q u is e m os d e s d e a
nos s a p rim e ira infância ali e s tá, inclinad o s ob re o p re s e nte q u e s e
lh e vai j ntar, faze nd o p re s s ão s ob re a p orta d a cons ciência, q u e
u
p re te nd e ria d e ix á-lo lá fora. [...] P ois , o q u e s om os n ós , o q u e é o
nos s o carát , s e n ão a cond e ns ação d a h is tória qu e vive m os d e s d e
er
o nos s o nas cim e nto, e até ante s d e te rm os nas cid o, j qu e á
traze m os conos co d is p os içõe s p ré-natais ?
É com o nos s o p as s ad o inte iro, até m e s m o com a cu rvatu ra
p rim ord ial d a nos s a alm a, q u e d e s e j os , qu e re m os e agim os .
am
H e nri Be rgs on – A E volu ção C riad ora, p gs . 1 9-20
10. Conceito de Informação
• A inform ação é ante s u m a qu e s tão
• O p rob le m a d a d e finição – De-finire
• S ch rad e r, 1 983. M ais d e 700
d e finiçõe s
11. Conceito de Informação
• C once ito O ntológico-
F e nom e nológico
• O ntologia – S e r
• F e nom e nologia – H e id e gge r
• P roce s s o – “ P e ns ar inform ação é
u m a ação inform ativa qu e através
d o p róp rio cam inh o s e d e s cob re as
p os s ib ilid ad e s d e cam inh ar.”
12. Fenomenologia
• Método fenomenológico
• Fenomenologia como possibilidade
• Crítica
• Technè é antes um saber
• “[...] a transformação do mundo, exige antes,
que o pensamento se transforme, assim como já
se oculta uma modificação do pensamento atrás
da aludida exigência.” Martin Heidegger
• A questão da instrumentalização da Ciência
Moderna
13. • E tim ologia – BU E N O , 1 963; M AC H AD O ,
1 990; S AR AIVA, 1 924; S C H E LLE R , 1 835;
G LAR E , 1 982
• D ar form a / id e a, re p re s e ntation, to fram e
in th e m ind / d ar form a no e s p írito
• In – form are
• R e lação (s e p aração) S u j ito-O b j to
e e
(Ad orno)
• “ Q u antificar a inform ação é criar
e nu nciad os s e m u m fu nd am e nto
ontológico; é d e s titu ir d o conce ito d e
inform ação s u a e s s ência.”
14. Conceito de Informação
• Aris tóte le s
• P otência e Ato
• “ (...) a árvore , a p lanta qu e p rovém d a
s e m e nte . A s e m e nte é a m atéria, a p lanta, a
form a. E s s a form a é o ob j tivo, o fim qu e o
e
d e s e nvolvim e nto d a s e m e nte p e rs e gu e ; (...)
e s s e d e vir te m s u a cau s a na ne ce s s id ad e d e
re alizar a form a, na ne ce s s id ad e d e tornar-s e
p lanta, d e m od o qu e é a atração d a form a qu e
cau s a o m ovim e nto e a form a é re alm e nte
cau s a m otora, ao m e s m o te m p o e m qu e cau s a
final.” H e nri Be rgs on
15. Conceito de Informação
• M e io E lu cid ativo – E lu cid ativu s , tornar
lúcid o.
• A língu a
• A cu ltu ra
• A m oral
• A vivência
• A p s iqu é
16. Conceito de Informação
• Informar-se
• Contingências
• Conceito ontológico de Informação, o
informar-se
• Ser-no-mundo
• Je est un autre
“Eu é um outro” Rimbaud
17. Conceito de Informação
C om p re e nd e r – cu m p re h e nd e re –
“ cap tar com os co-variante s qu e s e
coord e nam nu m a coop e ração cap az d e
criar u m a re alid ad e .” M ário F e rre ira d os
S antos
C onh e ce r – co-gnos ce re – “ N as ce r
j nto”
u
Inform ar, C om u nicar, C onh e ce r,
Q u e s tionar, Trans form ar
18. Conceito de Informação
• Inform ação é e s s e ncialm e nte o
qu e s tionar-s e , é o vir-a-s e r d a
trans form ação.
19. • C om u nicação e fe tiva (p ráxis ) e ntre
as ciências
• C iência d a Inform ação?
• E s p e cialização
• A qu e m inte re s s a a “ Inform ação” ?
20. • A u nive rs id ad e e os p rob le m as d a
s ocie d ad e
• Ética
• C iência articu lad ora
– E d u cação
– Te cnologia
– C u ltu ra
21. • D is tanciam e nto ontológico d o conce ito
• M u d an ça d e vis ão d e m u nd o
• Welanschauung
t
• Inform ar – E d u car – C riticar –
Trans form ar
• Je e s t u n au tre
“ E u é u m ou tro” R im b au d
22. “ P e ns e m os Inform ação s ob a
crítica, analis and o s u a
trans form ação h is tórica a p artir d e
s e u s ignificad o e tim ológico, s e u s
u s os p e las ciências , e p od e nd o
as s im , p rop or ou tra ab ord age m a
p artir d e u m a m u d an ça d e vis ão d e
m u nd o p ara com a Inform ação no
m ovim e nto contrário ao
e s qu e cim e nto d o s e r.”
23. “ M as ond e h á p e rigo, cre s ce tam b ém a
s alvação”
F rie d rich H öld e rlin
rob s on.as h toffe n@ gm ail.com