2. FOCOS DE CONFLITO NA ÁSIA
O chamado Grande Oriente Médio, região que se
estende de Israel até o Afeganistão e o Paquistão,
apresenta uma intensa instabilidade política.
Nessa área, os conflitos atravessaram o século
XX e permanecem no século XXI.
Além desse, existem diversos outros focos de
conflitos e guerras civis no continente asiático,
conforme veremos a seguir.
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5. A região da Palestina foi ocupada e conquistada por
muitos povos, entre eles os judeus e os árabes. No
século VI a.C., o povo judeu iniciou sua diáspora
(dispersão) pelo mundo, mas continuou considerando a
Palestina a sua terra de origem.
No contexto pós-Segunda Guerra Mundial, em 1947, a
ONU aprovou a criação de um Estado nacional para o
povo judeu. No ano seguinte, a Palestina seria dividida
em dois Estados:
Israel recebeu 56% do território
Enquanto a Palestina árabe ficou com os outros 44%
A cidade de Jerusalém permaneceu sob
administração internacional.
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6. Os povos que habitavam a região da Palestina,
reunidos na Liga Árabe, não aceitaram a decisão
da ONU.
Em 1948, Israel declarou sua independência,
dissolvendo o Estado árabe-palestino,
incorporando ao seu território as terras palestinas
que ia conquistando, e iniciou uma série de
guerras com os países vizinhos – Síria, Líbano,
Egito, Jordânia -, todas elas vencidas por Israel,
que contava com armamentos mais modernos.
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8. Por causa das guerras, uma grande parta dos
árabes-palestinos foi expulsa de seu território,
formando o maior contingente de refugiados do
mundo: são mais de 4 milhões de pessoas
espalhadas por vários territórios e países.
Enquanto isso, uma grande onda de imigrantes
judeus chegava a Israel, vindos de diversos
países da Europa, da África e da Ásia.
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9. Com a independência de Israel, a população
árabe-palestina passou a lutar pelo fim desse
Estado e pela construção de um Estado
palestino.
Em 1964, grupos exilados no Líbano fundaram
a Organização para a Libertação da
Palestina (OLP), que em sua origem, negava
a legitimidade da existência de Israel.
Em 1988, porém, os palestinos finalmente aceitaram a
soberania de Israel sobre parte da Palestina histórica,
nos termos propostos pela ONU. No mesmo ano,
proclamaram um Estado para os palestinos, ao qual
deram o nome Autoridade Nacional Palestina.
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10. Depois de muitas guerras e duas intifadas (rebeliões palestinas), os
acordos de paz assinados entre os países, desde 1993, afirmaram a
autonomia dos palestinos na Faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia.
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11. Apesar de ter sido considerado ilegal pela Assembleia
Geral da ONU, em 2007 Israel concluiu a construção de
um muro na Cisjordânia com mais de 9 metros de altura,
controlando a entrada dos palestinos em território
israelense.
Esse paredão restringe o direito de ir e vir das populações
árabes e incorpora áreas palestinas ao território de Israel.
Muro da vergonha
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12. O Estado palestino independente ainda não se
concretizou de fato, os territórios palestinos estão
separados, de Israel e entre si, em 21 enclaves.
Desde 2007, israelenses e árabes-palestinos
tentam um governo de união nacional, mas os
conflitos continuam.
Terrorista Palestino
Agressão Palestina
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13. Atualmente, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia apresentam
infraestrutura precárias, baixo dinamismo econômico e elevadas
taxas de pobreza, em grande parte por causa dos conflitos com
Israel.
Em dezembro de 2008, alegando ameaças à sua própria
segurança, Israel lançou um ataque devastador à Faixa de Gaza.
Cidades, vilas e até escolas tornaram-se alvos de bombardeio
aéreo. Mesmo abrigos e instalações humanitárias sob tutela da
ONU foram destruídos.
Todas as comunicações entre Gaza e o restante do mundo foram
bloqueadas pelo exército israelense.
Mais de 1 300 pessoas foram mortas, milhares ficaram feridas ou
perderam suas casas.
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15. Nações Unidas?
José Saramago, prêmio Nobel de Literatura, manifesta sua indignação
com as atrocidades cometidas em Gaza no texto abaixo. Leia-o com
atenção.
“A sigla ONU, toda a gente o sabe, significa Organização das Nações Unidas,
isto é, à luz da realidade, nada ou muito pouco. Que o digam os palestinos de
Gaza a quem se lhes estão esgotando os alimentos, ou que se esgotaram já,
porque assim o impôs o bloqueio israelense, decidido, pelos vistos, a condenar
à fome as 750 mil pessoas ali registradas como refugiados. Nem pão têm já, a
farinha acabou, e o azeite, as lentilhas e o açúcar vão pelo mesmo caminho.
Desde o dia 9 de dezembro os caminhões da agência das Nações Unidas,
carregados de alimentos, aguardam que o exército israelense lhes permita a
entrada na faixa de Gaza, uma autorização uma vez mais negada ou que será
retardada até ao último desespero e à última exasperação dos palestinos
famintos. Nações Unidas? Unidas? Contando com a cumplicidade ou a covardia
internacional, Israel ri-se de recomendações, decisões e protestos, faz o que
entende, quando o entende e como o entende. Vai ao ponto de impedir a entrada
de livros e instrumentos musicais como se tratasse de produtos que iriam pôr
em risco a segurança de Israel.”
SARAMAGO, José. Gaza e os vestígios de um deus rancoroso e feroz. Agência Carta JOSÉ
Maior, 31 dez. 2008. Disponível em: <www.cartamaior.com.br>. Acesso em: 8 set. 2012. SARAMAGO
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16. Responda em seu caderno.
Explique por que o escritor José Saramago
questiona o nome da Organização das Nações
Unidas.
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18. Na guerra que envolveu o Irã e o Iraque (1980-1988), países
que contam com expressivas reservas de petróleo e gás, os
Estados Unidos aliaram-se às facções políticas que
defendiam seus interesses estratégicos, presentes em
ambos os países.
Em 1990, o Iraque invadiu o Kuait por motivos expansionistas
e com o intuito de se apropriar de suas valiosas reservas
petrolíferas. A ONU instaurou um embargo contra o Iraque e
autorizou o uso da força para expulsar o invasor.
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19. Os Estados unidos e as forças aliadas invadiram novamente o
Iraque em 2003. A Segunda Guerra do Golfo foi deflagrada sob
a alegação de que o Iraque possuía armas químicas e, por isso,
constituía sério perigo para o mundo.
Entretanto, o Iraque foi ocupado e devastado pelos invasores, e
nenhuma arma química foi encontrada.
Portanto, a justificativa apenas encobria a necessidade de
aniquilar um rival econômico potencial.
Os protestos contra o domínio estrangeiro fazem com que as
tensões continuem no Iraque.
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20. Uma consequência da Guerra do Golfo foi a internacionalização da
questão curda. Os curdos, majoritariamente mulçumanos sunitas, são
a maior etnia sem Estado no mundo (por volta de 26 milhões de
pessoas).
A maioria dos curdos vive na Turquia, mas formam uma minoria no
Iraque. Com a derrota iraquiana, essa minoria curda rebelou-se. A
repressão que se seguiu provocou o êxodo em massa dessa população
para o Irã e para a Turquia.
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22. Índia e Paquistão são ex-colônias britânicas. Em 1947
conseguiram independência. Os ingleses repartiram a região
de acordo com a religião das maiorias. Assim surgiu a Índia,
de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana.
O controle sobre a região da Caxemira foi causa de duas
das três guerras (1948-1949, 1965 e 1971) já travadas entre
Índia e Paquistão desde 1947 - ano em que ambos os
países se tornaram independentes do Reino Unido.
A região da Caxemira continua dividida entre a Índia e o
Paquistão. Os dois países abrandaram a retórica dura
recentemente, mas nenhuma das partes parece estar pronta
para um acordo. Instabilidades político-econômicas no
Paquistão poderiam facilmente deflagrar um conflito.
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23. A Caxemira é uma região montanhosa ao
norte dos dois países. Grande parte da
população da região é muçulmana e quer
a anexação ao Paquistão, que a Índia
nega.
O Paquistão reivindica o controle total da
Caxemira sob o argumento de que lá vive
uma população de maioria islâmica - a
mesma do país. Já a Índia tem uma
população majoritariamente hindu.
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24. Nas lutas entre os grupos que envolvem os dois Exércitos e
guerrilheiros pró-Paquistão, desde 1989, mais de 40 mil
pessoas já morreram. Segundo o governo indiano, esses
grupos recebem o apoio financeiro do Paquistão, que diz
apenas ampará-los politicamente.
A rivalidade levou a uma corrida armamentista que culminou
com a entrada de Índia e Paquistão, em 1998, no clube dos
países detentores de armas nucleares. Ambos
desenvolveram ao máximo sua infraestrutura militar.
Desde então, as hostilidades na Caxemira passaram a ser
acompanhadas com mais atenção pela comunidade
internacional.
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25. O Afeganistão na rota
da ilegalidade
No Afeganistão os conflitos tiveram início quando
a União Soviética invadiu o país, em 1979. Nos
dez anos seguintes, diferentes facções étnicas
afegãs, apoiadas pelos Estados Unidos e seus
aliados, uniram-se na luta contra a invasão
soviética.
Após a expulsão das forças de ocupação,
começaram as divergências e a luta pelo poder
entre esses grupos étnicos armados, também
conhecidos como milícias.
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26. Em 1995, o talibã, milícia sunita da etnia patane
que havia sido aliada dos Estados Unidos durante
a invasão soviética, passou a dominar 90% do
Afeganistão, transformando-o em uma teocracia
fundamentalista islâmica.
O talibã luta pela instauração de um Estado
islâmico, isto é, a aplicação dos preceitos
islâmicos e dos ensinamentos de Maomé como
princípios fundamentais para o exercício do poder
do Estado.
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27. Atentados nos Estados Unidos...
Em 2001, os atentados nos Estados Unidos e o
suposto abrigo dado pelo Afeganistão a Osama
Bin Laden, líder da organização terrorista Al
Qaeda, motivaram uma invasão desse país pela
coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Mais uma vez, milhares de afegãos tiveram de
abandonar seus lares, dirigindo-se,
principalmente, para o Paquistão.
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28. A milícia talibã foi derrotada, mas o atual governo,
que se aliou aos Estados Unidos, não tem
conseguido estabilizar o país fragmentado, à beira
de uma guerra civil e marcado pelo contrabando e
pela corrupção.
Além disso, a guerrilha talibã continua a atuar,
graças ao apoio do Paquistão e a impopularidade
das tropas estadunidenses.
Nesse contexto caótico, o Afeganistão converteu-se em um
narcoestado, ou seja, um Estado no qual parte importante
da riqueza provém da produção ou distribuição de drogas
ilícitas, no caso, o ópio.
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29. FOCOS DE CONFLITOS NO LESTE
EUROPEU
Com o fim da Guerra Fria e a
derrocada do socialismo no Leste
Europeu, alguns países dessa região
mergulharam em conflitos étnicos e
turbulências políticas.
A região dos Bálcãs, cadeia
montanhosa situada no sudeste da
Europa, foi ocupada durante séculos
por diversos povos de religiões
diferentes (católica, ortodoxa e
islâmica), que se enfrentaram em
diversas ocasiões. Região dos Bálcãs
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30. As hostilidades que serviram de estopim para o início da
Primeira Guerra Mundial ocorreram nessa região. Em 1908,
os sérvios, com o apoio da Rússia, entraram em conflito
com a Áustria, com a finalidade de conter o expansionismo
austríaco que havia anexado a Bósnia-Herzegovina. A
Sérvia, por sua vez, também pretendia se expandir e formar
a Grande Sérvia, Estado que reuniria os povos eslavos. O
assassinato do herdeiro do trono austríaco por um
nacionalista sérvio, em Saravejo, na Bósnia em 1914,
acirrou as tensões e deflagrou a Primeira Grande Guerra.
Arquiduque Francisco Ferdinando
momentos antes de ser assassinado
em Saravejo
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31. A dissolução da antiga Iugoslávia começou em 1991, depois
de uma violenta guerra civil entre os grupos étnicos que
disputavam os territórios do país.
A Iugoslávia foi formada em 1929 pela junção dos reinos
sérvio, croata e esloveno, reunindo muitas etnias.
O processo de fragmentação da Iugoslávia deu origem a
sete novos Estados: Bósnia-Herzegóvina, Croácia,
Eslovênia, Macedônia, Sérvia, Montenegro e Kosovo.
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32. Mapa da distribuição étnica e religiosa da região dos Bálcãs
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33. Conheça um pouco mais sobre esse processo de
fragmentação e sobre os países que dele resultaram:
Eslovênia: por apresentar composição étnica mais homogênea
(91% de eslovenos), foi o primeiro país a conseguir independência,
em 1991. Após a dissolução da Iugoslávia e de uma breve guerra, o
país estabilizou-se e, a partir de 2004, passou a integrar a União
Europeia.
Croácia: conseguiu a independência após uma guerra civil (1991-
1992) entre croatas e a minoria sérvia. Sua entrada na União
Europeia continua condicionada ao fim da intolerância étnica e da
corrupção.
Macedônia: embora existindo tensões étnicas entre cristãos,
ortodoxos e a minoria muçulmano-albanesa, conseguiu a
independência de forma pacífica em 1991.
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34. Bósnia-Herzegóvina: declarou sua independência em 1992.
Imediatamente, teve início uma violenta guerra civil, que terminou
em 1995 graças à intervenção da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan). Os conflitos entre croatas, sérvios e
muçulmanos causaram milhares de mortes e tornaram refugiados
2,5 milhões de pessoas. Até 2009, o país continuava sob
mediação internacional e vigilância de soldados da Força da
União Europeia, o que impedia negociações para a sua entrada
nessa comunidade.
Montenegro: manteve-se unido à Sérvia com o nome de
República Federal da Iugoslávia até 1992, quando passou a
chamar-se Sérvia-Montenegro. As tensões com os separatistas
de Kosovo cresceram em 1998. Montenegro se separou
pacificamente da Sérvia em 2006; no mesmo ano iniciou
conversações para ingresso na União Europeia.
Sérvia: unida até 2006 a Montenegro, foi palco de conflitos entre
bósnios, eslovenos, croatas e sérvios, entre 1991 e 1995.
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35. Kosovo: era inicialmente uma província autônoma da Sérvia,
possui uma população composta de 90% de albaneses
muçulmanos. Em 1998, os albaneses de Kosovo reivindicaram a
independência e foram reprimidos por tropas sérvias. Esse
massacre étnico deixou um saldo de muitos albaneses mortos. A
província administrada pela ONU desde então declarou sua
independência em fevereiro de 2008. A independência de Kosovo
foi reconhecida por muitos países, entre os quais os Estados
Unidos e a maior parte dos membros da União Europeia.
Entretanto, Espanha, Chipre, Romênia, Bulgária, Grécia e
Eslováquia não reconhecem Kosovo como Estado independente,
talvez temendo que ele se torne um exemplo para as minorias
étnicas de seus próprios países. Na América do Sul, Brasil,
Argentina, Bolívia, Uruguai e Venezuela também se posicionaram
contra a existência de Kosovo.
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36. Outros movimentos separatistas ainda
persistem na Europa. Os bascos, etnia
localizada entre a Espanha e a França,
continuam lutando para formar um país
independente. Na Irlanda do Norte
(também chamada de Ulster), a maioria
da população é protestante e pretende Região do País Basco
continuar sob o domínio do Reino Unido;
já a minoria católica, após 30 anos de
luta pela autonomia e integração com a
Irlanda (ou Eire, país de maioria
católica), aceitou um acordo de paz
iniciado em 1998 e concluído em 2007.
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37. FOCOS DE CONFLITOS NA COMUNIDADE
DOS ESTADOS INDEPENDENTES (CEI)
Situada entre o Mar Cáspio e o Mar Negro, a região do
Cáucaso, cadeia montanhosa a sudeste da Europa,
abriga diversas etnias de religião cristã ou islâmica, que
falam dezenas de línguas. Trata-se de uma área de
tensões: as guerras entre os impérios Russo, Turco-
Otomano e Persa e, mais recentemente, entre os
Estados nacionais duram mais de três séculos. Ao longo
da expansão russa, desde o século IX, mais de 80 etnias
foram subordinadas ao Império Russo e, posteriormente,
à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
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39. A Chechênia, uma unidade da Federação Russa de maioria
muçulmana, declarou-se independente em 1991. Em 1994, foi
invadia por tropas militares russas, o que deixou um saldo de 80
mil mortos. Apesar do acordo de paz de 1997, os conflitos entre
separatistas e o governo russo prosseguiram.
Em 1999, após a invasão do vizinho Daguestão por guerrilheiros
chechenos com a finalidade de criar um Estado islâmico, a
Chechênia sofreu um ciclo de violência, dessa vez precedida por
bombardeios aéreos intensos e culminando em um verdadeiro
massacre de civis pelo exército russo.
Os grupos separatistas perderam um pouco de sua força original,
mas, para o governo de Moscou, continuam a representar uma
séria ameaça, tanto na Chechênia quanto no Daguestão.
Os conflitos têm se espalhado por toda a região do Cáucaso,
abrangendo territórios da Federação Russa, da Geórgia, do
Azerbaijão, do Irã e da Armênia. A região conta com importantes
oleodutos e refinarias de petróleo.
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40. A Ossétia do Sul (maioria de origem persa e cristã)
pertence à Geórgia enquanto a Ossétia do Norte (onde
há cristãos e mulçumanos) é uma unidade da
Federação Russa. Com população e territórios divididos,
ambas lutam pela independência desde 1991. Os
ossetas do Sul, discriminados pelos georginos, buscam
a separação da Geórgia e a unificação com a Ossétia do
Norte.
Na Abkházia, os abecazes foram reduzidos a uma
minoria depois do deslocamento de milhares de
georginos para a região, na época da extinta União
Soviética. Separatistas abecazes (mulçumanos
ortodoxos) lutam contra georginos (cristãos), desde
1992, pela criação de uma república independente.
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41. Desde o início do século XX, Armênia e Azerbaijão
disputam a região de Nagorno-Karabakh, encravada no
território do Azerbaijão, país de origem mulçumana,
mas com 80% da população cristã e de origem
armênia.
Em 1991, essa região proclamou sua independência,
iniciando uma série de conflitos.
Em 1992, a Armênia conquistou o enclave e formou o
corredor de Latchine, ligando Nagorno-Karabakh e seu
território.
Apesar das conversações entre os governos da
Armênia e do Azerbaijão, os conflitos prosseguem.
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43. Bibliografia
Terra, Lygia. Conexões: estudos de geografia
geral e do Brasil / Lygia Terra, Regina Araújo, Raul
Borges Guimarães. 1. ed. - São Paulo: Moderna,
2010.
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