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DESEJOS
OBSCUROS-
VOLUME V
O CHORO DE
LÁZARO- PARTE 1
2
2020. Raquel Alves
Todos os direitos reservados.
Produção, Diagramação e Capa: Raquel Alves
Imagem da Capa: Site Pixabay
Revisão: Raquel Alves
Catalogação na Publicação (CIP)
Ficha catalográfica feita pela autora
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização prévia do autor.
Todos os direitos estão devidamente registrados.
A474c Alves, Raquel.
O choro de Lázaro- parte 1/ Raquel Alves. – 1ª edição- Juazeiro
do Norte, CE: Edição do autor, 2020.
50 p. :il
1. Poesia. 2. Poesia Nacional.
1. Título - II Autor
CDD: B869.1
CDU: 82-1/47
3
dedicatória:
Este livro de poesias é dedicado a todos os
esquecidos, excluídos, marginalizados, aos “outros” que
não se encaixam em padrões tipicamente sociais. Que as
vozes não ouvidas de todos aqueles que não atuam como
protagonistas de sua própria história sejam “ouvidas”
nessas poesias que compõem o livro “O choro de Lázaro”-
parte 1.
Por fim, que sejamos mais sensíveis às dores
daqueles que, muitas vezes, não passam de sombras no
teatro da existência humana!
4
Sumário:
O choro de Lázaro- parte I.........................................pág. 05
5
O choro
de Lázaro-
parte I
“Chorar é diminuir a
profundidade da dor”.
William Shakespeare
6
01-O choro de Lázaro
Lázaro: Noite passada, trancafiado em meus pensamentos,
Sentindo-me afogado em águas do passado turbulento,
Um transeunte da montanha enfeitiçada de um choro
enjaulado.
Mulher: Pai, por que este desespero por chorar?
Lázaro: É porque a morte está aqui
Respirando o mesmo ar que todos nós
Mulher: Ela parece ser tão bela e justa, não é mesmo?
Lázaro: A razão de cair em pé,
É para cair novamente nos braços
Da Mãe-Acolhedora de novo!
Este é o choro de Lázaro
A quem fora dado uma nova vida
7
Para ver o sofrimento do mundo
Em uma sarjeta de amores e dores
Este é o choro de Lázaro
Suas mãos poderiam fechar meus olhos
Para sempre, para sempre reconfortado
Por sua misericordiosa voz!
Mulher: Pai, por que fostes deixado para morrer de novo?
Lázaro: Pagamos pelo preço do sangue dos outros,
querida...
Mulher: Voltaremos a nos ver ou se esquecerá de mim?
Lázaro: É bem provável que nossas mentes sejam
refeitas...
Este é o choro de Lázaro
Para sempre, para sempre reconfortado
Por sua misericordiosa voz!
8
Mulher: Uma lógica confusa, meu pai, me diga por que
ainda chora?
Não fostes curado de todas as dores do mundo?
Desculpe-me por minhas dúvidas infernais,
Pode ir em paz, meu velho pai, talvez na morte sejamos
livre!
Este é o choro de Lázaro
Para sempre, para sempre reconfortado
Por sua misericordiosa voz!
Ouviremos o ressoar de choro de Lázaro!
9
02-A dança da lua
“Segurado um livro de feitiços do passado
Estou invocando magias para resgatar
O elo perdido de sua dignidade
Qual o principal ingrediente que falta?”
Na floresta dos lobos, ela corre
Na direção errada, ela logo
Encontrará a pedra de lágrimas
Quando habitava antigos deuses
Na mente desordenada, ela procura
Na mentira que você construiu, ela dorme
Para ser despertada pela noite
Do céu estrelado e virtudes erradas
A dança da lua
Uma vez ouvi sua lenda em uma vila
Quando a sua dor atravessou o universo
10
E separada de seu precioso amante
Ela mutila seu corpo para pagar os pecados
O pergaminho da vitória estampada na tristeza de seu ser
Na separação de sua razão, ela corre
Na falência de espíritos, ela procria
Encontrará na maternidade sua existência
Quando a mística lua beijou a face ardente do sol...
11
03-Retorne para mim
Após eras de batalhas em prol da liberdade
O soldado deseja retornar ao lar
Despede-se dos amigos e da pátria amada
E busca novos horizontes a seguir
Após tantas mentiras simulando alianças
Ele finalmente repousará no seio querido
De seu próprio paraíso terreno e vivo
Largue suas armas, é hora de amar!
Mulher: Na ausência de teus beijos
Eu pus a meditar tamanho receio
Traindo sua confiança, permita-me afogar...
Afogar em outras guerras e desejos, A estátua da deusa
irada aponta
Para o rio de lamúrias e luxúrias, Uma vez, só mais uma
vez
Retorne para mim!
12
Atravessando os mares, sem bússola, sem lei
Há mistérios pelos quais eu não ouso nem pensar
Além do mais, meu peito clama suas carícias
Oh, que mentira bem construída!
Mulher: Eu não estarei mais aqui quando voltar
Toda essa saudade sufocante borbulha
No rio que eu me afoguei...
13
04-Danação
Nos tempos sodômicos de impurezas mentais
Os reis e seus escravos em festas bacanais
Bebiam o sangue de injúrias na condenação mortal
Envolvidos em prazeres infernais nas liras imorais
A danação do mundo se resume a você
A combinação eficaz de amor e rendição
Poupe-me do diálogo de cobranças indevidas
Poupe-me dos pecados do corpo!
Não há razão para os submissos, ordens são ordens
Bata, grite, pule, roube, seja um consorte na terra-sem-fim
Eles dizem: um crime grande não compensa,
Quando os amantes alcançam o máximo do prazer!
Danação do mundo
O pagamento final do contrato vencido
Juros, juros e mais juros, moedas, moedas e mais moedas
14
Quem vale mais no leilão do prazer?
A danação do mundo se resume a você
Liberte da ilusão de que há prazer
Poupe-me de mais escravidão e leve-me à terra prometida
Poupe-me de condenar as almas de outros inocentes!
15
05-Madalena
Sob a vigia de olhos patriarcais
(Fui condenada)
Sob a simbólica rede de vias mágicas
(Fui associada)
Sob a pele de mulher-celeste nasci
(Fui subjugada)
Sob a ganância vendi meu corpo
(Fui maltratada)
Fugindo do teu abraço, mais uma vez escapo das pedras
lançadas
Fugindo de tuas orgias, minha alma é pura alegria, preciso
encontrar
Uma criança chamada Madalena
A quem eu possa reconfortar minhas angústias
Para nunca mais sentir o peso de meus erros
Uma criança chamada Madalena
Crucificai minha ignorância
16
Para nunca mais permitir que eu seja apenas uma
propriedade...
E foi andando que eu achei
Uma estrela nova a seguir
E foi buscando as respostas
Eu desafiei todo o sistema irracional
E foi aliviando suas dores
Uma estrela nova a seguir
E foi lançando os dados do destino
Eu desafiei o meu amor!
17
06-Por favor, não morra!
Estou vestida de fantasma, não com antigas roupas
brancas
Pareço-me mais com um espantalho do passado, resgatada
por você
Estou vestida para casar, e se eu disser “não”, eu sei o que
virá
Ardente em brasa, ira de trovão
Eu posso sentir você caindo em mim
Inconsequência transfigurada, sem controle
Eu posso ficar aqui sozinha?
Homem: Numa caverna escura chamada de lar, meu amor
agoniza
E ainda preenche seus pensamentos sonhando com você
E não há nada tão profético que possa imaginar como esse
fim
Espero que um dia retorne para mim...
Ardente em brasa, ira de trovão
18
Eu posso sentir você caindo em mim
Inconsequência transfigurada, sem controle
Eu posso ficar aqui sozinha?
Por favor, não morra! Por favor, não morra!
Eu preciso tocá-lo mais uma vez
Há uma necessidade de continuar
Por favor, não morra! Eu não poderia suportar
Há uma necessidade de continuar...
Eu estou vestida de fantasma, caçando borboletas
imagináveis
Pareço-me mais com uma louca, presa na janela do jardim
de infância
Eu estou vestida para casar com a morte, conseguimos
nosso plano?
Ardente em brasa, ira de trovão
Eu posso sentir você caindo em mim
Inconsequência transfigurada, sem controle
Eu posso ficar aqui sozinha?
19
Por favor, não morra! Por favor, não morra!
Eu preciso tocá-lo mais uma vez
Há uma necessidade de continuar
Por favor, não morra! Eu não poderia suportar
Há uma necessidade de continuar...
20
07-Tentação: A natureza que há em ti!
Repousa em mim, toda a decadência do mundo
Mutilada por palavras incompreendidas
E acusações malditas, eis-me a procurar
A chave exata para o fim de todo o enigma
Cuja chama eterna da tentação brinca há eras
Chame meu nome, entre os sonhos noturnos
E segure sua mente, que como uma nuvem voa sem asas
Chame meu nome, em alto tom, talvez eu escute
E entregue a você todos os prazeres mundanos que
prometestes
Tentação
A mais pura tentação é não tê-lo junto a mim
Penso demais, maltrato a mim mesma por julgar
Que eu esteja caminhando para o abismo da
Tentação
A mais pura tentação é não tê-lo junto a mim
21
Penso ter duas faces para o mesmo mundo pecador
Que em casa reprime os desejos pela manhã
E a noite libera suas condolências para a prostituta
Hipócritas moedas deste mundo
Hipócritas que me deixam sozinho nesta cama
Não há maior mentira do que negar
A natureza da tentação que há em ti!
22
08-Mares de provações e sofrimentos
Mulher: Levante sua cabeça, “Sem Nome”, e olhe para
mim
Não reconheces a sua Senhora em trajes de farrapos?
Levante sua cabeça, “Sem Nome”, o mundo foi cruel?
Não reconheces os mares de provações e sofrimentos?
O vigia de olhos de corvo retorna à Asgard com a notícia,
De que mais uma alma se perdeu diante do caos
Marcada pelo destino a sorver a taça das oito dores
Leva em teu corpo o sinal impuro do carma a você dado!
Homem: Senhora do Inverno
Sei que a neve são tuas lágrimas
Pois assim como eu, nascestes incompreendida
Senhora do Inverno
É verdade que sua aparição para mim é um chamado?
Entrego-me de corpo e alma
23
Para a deusa de trajes negros
Mulher: Levante sua cabeça, “Sem Nome”, e olhe para
mim
Há um equívoco em sua fala ou já não pensas mais?
Levante sua cabeça, “Sem Nome”, o mundo foi cruel com
você?
Já provastes a felicidade de sua alma inúmeras vezes!
Homem: Senhora do Inverno
Sei que o mundo arderá em fogo e este será o fim
Pois assim fora escrito, eu nasci incompreendido
Senhora do Inverno
Devo continuar a navegar nesses mares por você?
Quantas vezes devo provar que minha alma
É da deusa de trajes negros
Mulher: Fuja agora, antes que o corvo descubra
Homem: Nossa ruína!
Mulher: Não olhe para trás e saiba
24
Que tu és “Sem Nome” e eu ocultarei minha face
Fuja agora, antes que mais ira caía sob você
Homem: Eu suporto!
Mulher: Não olhe para minha imagem em decadência
Eu sou o seu mar de provação e sofrimento!
25
09-Minha Luz
Uma vez eu deixei você ir em paz
Enquanto chorava horrores em seu sepultamento
Eu carregarei nossas dores, em um específico calvário para
mim
Quem poderia jurar que eu, uma viúva de um mundo frio,
Poderia ser forte o bastante e não desejar morrer?
Quem poderia lançar injúrias, fora da realidade que vivo,
Quando você foi minha luz?
Salve-me agora, antes tarde do que nunca!
Não violarei seu túmulo e nem mandarei seu nome
Nossos filhos hão de saber que eu fui fiel
Respeite-me muito mais do que antes
A lâmina corre em meu pulso, deslizando suavemente
Agora estou em um portal de almas perdidas que
lamentam
26
Um mundo colorido e radiante de vida, quando você foi a
minha única luz
Salve agora, o que espera para me fazer acordar deste
pesadelo?
Não violarei seu túmulo e nem mandarei seu nome...
Coro: Volte! Seu mundo não é aqui
Respire! Mais alto e não perca
Fé! Mova a montanha e siga
Em frente! Achará outra luz
Salve-me agora, eu compreendo a atual morada
27
10-Penitência
Puxando o mundo pelas costas de um homem
(Tenho que testar a força de seu sofrimento)
Pois as linhas tortas escritas de mentiras
Podem provar a sua envolvente fraqueza
(oh! Ela ainda chora no barco de lamúrias por você)
Puxando a ignorância no chicote que lhe rasga
(Tenho que ser a marca mais real de seu corpo)
Pois a penitência começa com o seu rogo
Podem dizer que sou cruel contigo
(Oh! Ela ainda espera que o amor suporta tudo)
Uma mão pode lavar a face oculta tão imunda?
Uma mão pode segurar o mundo e ainda brincar comigo?
Uma mão pode conduzir instrumentos torturantes
Mas eu não serei a única a participar
Uma mão pode ser suficiente para apontar um novo
caminho?
28
Uma mão pode castigar as criaturas em jubilas
demências?
Uma mão pode afagar minha cabeça neste eterno
repousar?
Mas eu não serei a única a participar,
De sua penitência!
29
11-A estrada
Fuja, fuja o mais rápido que puder
Discuta, discuta suas dúvidas e receios
Ouse, ouse agora que ainda respira
Viva, viva a busca de sua própria loucura...
Eu sei que estamos sempre escolhendo uma estrada
Em cada respirar ou suspiro
Eu sei que estamos aprendendo a construir nosso lar
Em cada canto, eu deixo uma marca
Lute, lute bravamente por suas crenças
Dance, dance a música do baile dos loucos
Lance, lance os dados e jogue o baralho, faça a aposta
Abandone, abandone tudo aquilo que você era antes de
mim...
Eu sei que estamos sempre rogando às estrelas
Em cada choro reprimido de ontem
30
Eu sei que estamos afogando as mentiras e máscaras
Em cada adeus que dizemos
Uma vez, eu encontrei um garoto
Não sei se era um drogado ou mendigo
Mesmo infeliz, ele ousou me ensinar
Que a estrada correta é aquela onde a bússola seja seu
coração
Pare, pare e apenas reflita a merda que você fez
Diga, diga se não somos culpados por cavar tão fundo?
Sente-se, sente-se e assista-me aos urros e decadências
Mas, por favor, não diga que a estrada fora uma escolha
errada
Quando eu avisei...
31
12-Mentiroso
Homem: Diga-me qual o motivo do exército estar
marchando?
Quando eu possuo a liberdade de ir e vir em seu corpo
Um dedo que levantar contra mim, já te condena
Pelo mundo, eu sou o teu deus, então obedeça!
Ria da sociedade hipócrita patriarcal,
Pois suas cicatrizes não irão curar o teu ego ferido
Como dói ser usada, não é mesmo?
Eu não sinto nada por você!
Continue ouvindo o meu chamado
Debruçada sob as lágrimas
Eu sou um mentiroso, um lábio mentiroso...
Que sussurra à noite por você, enquanto dorme
Perco-me em pensamentos pecaminosos, em gritos
escandalosos
Mulher: Mentiroso, mentiroso que rasteja na parede
32
Eu sou um mentiroso, um lábio mentiroso
Que sussurra coisas lindas, em liras infernais
Você apenas dorme e eu vigio
Eu me perco na realidade distópica que criei, em gritos
escandalosos
Mulher: Mentiroso, mentiroso que rasteja na parede
Eu sou um mentiroso, um lábio mentiroso
Homem: Eu apenas desejo que a ira em você cresça
majestosamente
E toda a sua inocência lhe condenará
Mulher: Eu agora sussurro a condenação mortal
Como uma língua de fogo apocalíptica
Perco-me em um julgamento e enforco
O mentiroso, o mentiroso que já não rasteja na parede
33
Mentiroso, mentiroso que nunca pensou que eu
aprenderia,
Como trair um coração quebrado e agora tão vivo?
Eu sou o novo mentiroso a usurpar seu trono!
34
13-Campos de Sangue
CORO: Negue três vezes o nome do seu amor
Não ouse segui-lo em seus infortúnios
A tarde chegará trazendo às trevas
Para todo aquele pecador arrependido
Homem: Culpa-me por todas as dores do mundo,
Quando eu fui somente um nome na lista?
Culpa-me pela ganância de querer sempre mais
Quando o pouco tornou-se o tudo ardente em desejo.
Eu não quero mais suas moedas
Eu escolhi o meu próprio castigo
Nas terras improdutivas desta vida
Terei meus Campos de Sangue
Negue três vezes o nome do seu amor...
35
Homem: Ah! Como a eternidade pode ser uma madrasta
impostora
Mesmo que eu corra o mais distante possível
A corda em meu pescoço e o riso do demônio
Assinam na ata final do trágico drama que vivi
Eu não quero mais suas moedas
Escolhi o meu próprio castigo
Nas terras improdutivas desta vida
Terei meus Campos de Sangue
Negue três vezes o nome do seu amor...
Mulher: Ah! Meu próprio traidor
Deixe-me beijá-lo, meu Judas!
CORO: Negue três vezes o nome do seu amor
Não ouse segui-lo em seus infortúnios
A tarde chegará trazendo às trevas
Para todo aquele pecador arrependido
36
14-A dama das espadas
A dama das espadas reluzentes desbravou o oceano por
mim
Resgatou-me da miséria na qual eu estava vivendo
Por você, por você eu procurei doar todo o meu amor!
Rios revoltosos e desejando uma vingança em seus lábios
Justo agora que sou livre, ela oferece sua espada!
Lute, lute agora
Não aceite o sofrimento
Eu sou a deusa que há em você
Se ele agride o seu ser
E inflama seu coração
Não se perca em lamentos
Este é o novo tempo
De sobreviver!
A dama das espadas reluzentes ensinou-me a arte da
guerra
37
Juntas salvamos vidas, desde as eras antigas
Por mim, por mim, sinta-se mais forte do que nunca
Rios que não hão de possuir o medo que me faz
estremecer
Justo agora que eu decidir ficar em terras firmes
Lute, lute agora
Não aceite o sofrimento
Eu sou a deusa que há em você
Se ele agride o seu ser
E inflama seu coração
Não se perca em lamentos
Este é o novo tempo
De sobreviver!
Rios, me diga se eu devo dizer adeus a você?
Justo agora quando estou erguida da ignorância, não ouso
mais morrer!
Lute, lute agora
38
Não aceite o sofrimento
Eu sou a deusa que há em você
Se ele agride o seu ser
E inflama seu coração
Não se perca em lamentos
Este é o novo tempo
De sobreviver!
39
15-Ópera metal
Elas estão vestidas de uniformes negros
Cada uma levando seu devido instrumento
O palco já está pronto para mais um show
O público espera, em delírios, o retorno triunfal
Caveiras cantantes, Caveiras cantantes
O que tens para mim além de lamentos?
Elas estão com suas partituras, esperando a hora
Cada sinfonia dos desesperados anuncia um novo ritmo
O palco para a dança das ordinárias almas
O público espera pelo milagre de ouvir
Não há encenação melhor do que atuar no palco da vida
Eu quero ouvir a ira de seu canto gutural me sufocar aos
pouquinhos
Diga que me ama, diga que me ama
40
Você faz o seu melhor quando canta minha Ópera Metal
Caveiras cantantes, Caveiras cantantes
O que tens para mim além de lamentos?
41
16-Perfeita estranha
Chega de discursos de gente hipócrita e mesquinha
Julgas por ser imensamente estúpida ou covarde?
Amordace minha boca e silencie os ecos de meu coração
No final, você como todos, ama enfiar espadas
Rasgar-me aos pedaços e rir
Eu sou sua perfeita estranha, por hoje...
Enquanto a jura tiver sido selada pelo sangue
No clarão da noite, nas trevas, os anjos não choram
Chega de sofrimentos armados para satisfazer seus desejos
Livre-se de mim, a perfeita estranha
Ardendo em fúria, eu jamais posso esquecer
Do toque que uma vez me fez reviver
Para bombardear dores e como hei de sobreviver?
Por favor, ame ou mate a sua perfeita estranha!
42
17-Esconda-se
Esconda-se de mim, tirano
Esconda-se de mim, malvado
Provastes o veneno
E mesmo assim continuas de pé?
Um caminho tortuoso e eterno lhe aguarda
Mesmo distante da ilha do farol dos sonhos
Ela segue buscando cumprir o destino
O carma do qual não pode negar
Abstrata pintura do que fora ontem
Cinzas cadavéricas escondem antigas lágrimas
Abstrata pintura que marcara a ascensão
De nunca mais pronunciar “eu te amo”
Esconda-se!
Eles irão refazer a cidade da Terra nova
Eliminarão a podridão de suas ruas decadentes
43
O conceito de belo é o deus a ser seguido por você
Não haverá manchas que ofusquem a luz
Abstrata pintura do que fora ontem
Entorpecida no cântico mais antigo dedicado a você
Abstrata pintura que marcara o “não” estampado em mim
Reme para o mar da toca do coelho
Esconda-se!
44
18-Eu quebrarei você
Por enquanto, eu estou de lábios selados
Sendo observado pelo dono das areias do tempo
Sufocada em cada vômito, eu engulo seu líquido, puro
gozo
Eu perco a dignidade em meu novo nome
Ah, ah! Eu quebrarei você
Tudo é uma questão de tempo
Até que seja anunciada a revolução
Pegue as ferramentas e quebre os cadeados
Eu ouço a leoa dentro de mim
Ira majestosa, Ira majestosa!
Ela tem uma feição bela para ser vendida
Observe-a pela TV, fajuta líder deste povo
O suor em nossos rostos anuncia o fim do prazer
Eu marco no calendário o dia da vingança
Ah, ah! Eu quebrarei você
45
No pelotão, eu sou a Medusa do time
No pelotão, em trajes de Salomé, eu danço
No pelotão, eu pareço ser Judas para você?
Portas arrombadas pela foice da morte
Insetos devorarão os guardas hoje!
No pelotão, eu sou Platão, pura filosofia
No pelotão, eu penso coisas sádicas, como o Marquês
No pelotão, eu escrevo versos tortos, como Poe
Portas arrombadas, meus olhos procuram você
Insetos sairão de suas tripas apodrecidas!
46
19-É tão doentio assim?
Suas palavras propagam uma doença
Como uma praga a dizimar meus sonhos
Suas palavras são feridas a brotar
Em meus mais puros pensamentos
Suas palavras prejudicam o pouco de sanidade,
Que ainda resta guardada em mim
Suas palavras não trazem a verdadeira cura...
Eu estou morrendo, eu estou morrendo,
Dia após dia por você!
É tão doentio assim?
Como eu não despertei antes minhas crenças
Havia um amanhã deixado para trás
Quando as tribos alegremente dançavam ao redor de meus
medos
É tão doentio assim?
Como eu decidi cortar-me por suas crenças
47
Havia uma esperança nas asas deste corvo,
Quando as tribos destruíram seus ídolos em ouro
Eu sinto que você talvez não seja a cura
Tarde demais, sangue demais
Medo demais, eu estou morrendo
Não posso permitir partir
Sem sonhar!
É tão doentio assim?
48
20-Caídos por amor
Acima das nuvens ou por dentro do olhar do mais velho
viajante do tempo
Há laços rompidos entre humanos e deuses, castigos e
perdas pelos erros
Acima de nossa ignorância, na mordida da sábia árvore do
fruto
Pelo qual, por amor, somente por amor, nos tornamos
caídos
Senhor, perdoa-nos agora
As lágrimas valem mais do que gestos ou palavras
Senhor, perdoa-nos agora
Por eras vivemos correndo em círculos
Diante do teu universo
Somos mais uma obra incompreendida
Diante do teu universo
Com esta triste cantoria, eu me disperso!
49
Sobre a autora
Escritora cearense, formada em Letras, Jornalismo e com
mestrado em Ciências das Religiões. Possui um blog
literário intitulado "Lady Black Raven", no qual foi o
primeiro espaço de divulgação de seus escritos.
Tem poesias publicadas em antologias de editoras
conhecidas e de forma independente semeia seus
romances sobrenaturais, histórias fantásticas e poesias
ultrarromânticas.
Prêmios e Participações em Antologias:
Certificado de Participação II Prêmio Licinho Campos de
Poesia de Amor 2013
III Prêmio Literário Cidade da Poesia (Antologia Poética)
2013- Nome da Poesia: Noite dos Corvos
Caderno Literário Pragmatha (poesias) contribuição com
poesias durante quase dois anos
101 Vira-latas (Antologia poética) 2014- Nome da Poesia:
Você e eu
Prêmio Literário Galinha Pulando 2014 (Antologia
poética)-Nome da Poesia: A Saída dessa miséria
Participação da X Bienal Internacional do Livro de
Pernambuco (2015) (lançamento do livro O Reino Mágico
de Mystic)
50
Certificado de Participação VI Concurso de Poesias
Roberto Tonellotti (2016)- Nome da poesia: O choro de
Lázaro
11º Concurso on-line "Sueli Bittencourt" de poesias- Tema
Paz (2016)- Nome da Poesia: Borboleta
5ª mostra BNB de Poesia- Abril para leitura 2016
(Antologia póetica)- Nome da Poesia: O romantismo
precoce do poeta das penas negras
1ª Coletânea de Poemas- projeto Apparere- 2017 Poema:
Por favor, não morra!
6ª mostra BNB de Poesia- Abril para leitura 2017
(Antologia poética)- Nome da Poesia: A não existência
Participação do I Prêmio Miau de Literatura: Editora
Costelas Felinas (2017)- Nome do livro de Poesias:
Desaparecendo
Participação na 1ª Coletânea de Poesias de Amor- Projeto
Apparere- 2018 Poesia: Adeus
9º lugar no concurso da Revista Inversos (4ª edição) em
homenagem ao Dia Internacional da Criança Africana –
2018 Poesia: Minha criança
Participação da 2ª Mostra de Poemas para a beata Maria
de Araújo. Poesia: Sangue Salvador- 2019
8ª mostra BNB de Poesia- Abril para leitura 2019
(Antologia poética)- Nome da Poesia: Medusa- 2019
51

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  • 1. 0
  • 3. 2 2020. Raquel Alves Todos os direitos reservados. Produção, Diagramação e Capa: Raquel Alves Imagem da Capa: Site Pixabay Revisão: Raquel Alves Catalogação na Publicação (CIP) Ficha catalográfica feita pela autora Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização prévia do autor. Todos os direitos estão devidamente registrados. A474c Alves, Raquel. O choro de Lázaro- parte 1/ Raquel Alves. – 1ª edição- Juazeiro do Norte, CE: Edição do autor, 2020. 50 p. :il 1. Poesia. 2. Poesia Nacional. 1. Título - II Autor CDD: B869.1 CDU: 82-1/47
  • 4. 3 dedicatória: Este livro de poesias é dedicado a todos os esquecidos, excluídos, marginalizados, aos “outros” que não se encaixam em padrões tipicamente sociais. Que as vozes não ouvidas de todos aqueles que não atuam como protagonistas de sua própria história sejam “ouvidas” nessas poesias que compõem o livro “O choro de Lázaro”- parte 1. Por fim, que sejamos mais sensíveis às dores daqueles que, muitas vezes, não passam de sombras no teatro da existência humana!
  • 5. 4 Sumário: O choro de Lázaro- parte I.........................................pág. 05
  • 6. 5 O choro de Lázaro- parte I “Chorar é diminuir a profundidade da dor”. William Shakespeare
  • 7. 6 01-O choro de Lázaro Lázaro: Noite passada, trancafiado em meus pensamentos, Sentindo-me afogado em águas do passado turbulento, Um transeunte da montanha enfeitiçada de um choro enjaulado. Mulher: Pai, por que este desespero por chorar? Lázaro: É porque a morte está aqui Respirando o mesmo ar que todos nós Mulher: Ela parece ser tão bela e justa, não é mesmo? Lázaro: A razão de cair em pé, É para cair novamente nos braços Da Mãe-Acolhedora de novo! Este é o choro de Lázaro A quem fora dado uma nova vida
  • 8. 7 Para ver o sofrimento do mundo Em uma sarjeta de amores e dores Este é o choro de Lázaro Suas mãos poderiam fechar meus olhos Para sempre, para sempre reconfortado Por sua misericordiosa voz! Mulher: Pai, por que fostes deixado para morrer de novo? Lázaro: Pagamos pelo preço do sangue dos outros, querida... Mulher: Voltaremos a nos ver ou se esquecerá de mim? Lázaro: É bem provável que nossas mentes sejam refeitas... Este é o choro de Lázaro Para sempre, para sempre reconfortado Por sua misericordiosa voz!
  • 9. 8 Mulher: Uma lógica confusa, meu pai, me diga por que ainda chora? Não fostes curado de todas as dores do mundo? Desculpe-me por minhas dúvidas infernais, Pode ir em paz, meu velho pai, talvez na morte sejamos livre! Este é o choro de Lázaro Para sempre, para sempre reconfortado Por sua misericordiosa voz! Ouviremos o ressoar de choro de Lázaro!
  • 10. 9 02-A dança da lua “Segurado um livro de feitiços do passado Estou invocando magias para resgatar O elo perdido de sua dignidade Qual o principal ingrediente que falta?” Na floresta dos lobos, ela corre Na direção errada, ela logo Encontrará a pedra de lágrimas Quando habitava antigos deuses Na mente desordenada, ela procura Na mentira que você construiu, ela dorme Para ser despertada pela noite Do céu estrelado e virtudes erradas A dança da lua Uma vez ouvi sua lenda em uma vila Quando a sua dor atravessou o universo
  • 11. 10 E separada de seu precioso amante Ela mutila seu corpo para pagar os pecados O pergaminho da vitória estampada na tristeza de seu ser Na separação de sua razão, ela corre Na falência de espíritos, ela procria Encontrará na maternidade sua existência Quando a mística lua beijou a face ardente do sol...
  • 12. 11 03-Retorne para mim Após eras de batalhas em prol da liberdade O soldado deseja retornar ao lar Despede-se dos amigos e da pátria amada E busca novos horizontes a seguir Após tantas mentiras simulando alianças Ele finalmente repousará no seio querido De seu próprio paraíso terreno e vivo Largue suas armas, é hora de amar! Mulher: Na ausência de teus beijos Eu pus a meditar tamanho receio Traindo sua confiança, permita-me afogar... Afogar em outras guerras e desejos, A estátua da deusa irada aponta Para o rio de lamúrias e luxúrias, Uma vez, só mais uma vez Retorne para mim!
  • 13. 12 Atravessando os mares, sem bússola, sem lei Há mistérios pelos quais eu não ouso nem pensar Além do mais, meu peito clama suas carícias Oh, que mentira bem construída! Mulher: Eu não estarei mais aqui quando voltar Toda essa saudade sufocante borbulha No rio que eu me afoguei...
  • 14. 13 04-Danação Nos tempos sodômicos de impurezas mentais Os reis e seus escravos em festas bacanais Bebiam o sangue de injúrias na condenação mortal Envolvidos em prazeres infernais nas liras imorais A danação do mundo se resume a você A combinação eficaz de amor e rendição Poupe-me do diálogo de cobranças indevidas Poupe-me dos pecados do corpo! Não há razão para os submissos, ordens são ordens Bata, grite, pule, roube, seja um consorte na terra-sem-fim Eles dizem: um crime grande não compensa, Quando os amantes alcançam o máximo do prazer! Danação do mundo O pagamento final do contrato vencido Juros, juros e mais juros, moedas, moedas e mais moedas
  • 15. 14 Quem vale mais no leilão do prazer? A danação do mundo se resume a você Liberte da ilusão de que há prazer Poupe-me de mais escravidão e leve-me à terra prometida Poupe-me de condenar as almas de outros inocentes!
  • 16. 15 05-Madalena Sob a vigia de olhos patriarcais (Fui condenada) Sob a simbólica rede de vias mágicas (Fui associada) Sob a pele de mulher-celeste nasci (Fui subjugada) Sob a ganância vendi meu corpo (Fui maltratada) Fugindo do teu abraço, mais uma vez escapo das pedras lançadas Fugindo de tuas orgias, minha alma é pura alegria, preciso encontrar Uma criança chamada Madalena A quem eu possa reconfortar minhas angústias Para nunca mais sentir o peso de meus erros Uma criança chamada Madalena Crucificai minha ignorância
  • 17. 16 Para nunca mais permitir que eu seja apenas uma propriedade... E foi andando que eu achei Uma estrela nova a seguir E foi buscando as respostas Eu desafiei todo o sistema irracional E foi aliviando suas dores Uma estrela nova a seguir E foi lançando os dados do destino Eu desafiei o meu amor!
  • 18. 17 06-Por favor, não morra! Estou vestida de fantasma, não com antigas roupas brancas Pareço-me mais com um espantalho do passado, resgatada por você Estou vestida para casar, e se eu disser “não”, eu sei o que virá Ardente em brasa, ira de trovão Eu posso sentir você caindo em mim Inconsequência transfigurada, sem controle Eu posso ficar aqui sozinha? Homem: Numa caverna escura chamada de lar, meu amor agoniza E ainda preenche seus pensamentos sonhando com você E não há nada tão profético que possa imaginar como esse fim Espero que um dia retorne para mim... Ardente em brasa, ira de trovão
  • 19. 18 Eu posso sentir você caindo em mim Inconsequência transfigurada, sem controle Eu posso ficar aqui sozinha? Por favor, não morra! Por favor, não morra! Eu preciso tocá-lo mais uma vez Há uma necessidade de continuar Por favor, não morra! Eu não poderia suportar Há uma necessidade de continuar... Eu estou vestida de fantasma, caçando borboletas imagináveis Pareço-me mais com uma louca, presa na janela do jardim de infância Eu estou vestida para casar com a morte, conseguimos nosso plano? Ardente em brasa, ira de trovão Eu posso sentir você caindo em mim Inconsequência transfigurada, sem controle Eu posso ficar aqui sozinha?
  • 20. 19 Por favor, não morra! Por favor, não morra! Eu preciso tocá-lo mais uma vez Há uma necessidade de continuar Por favor, não morra! Eu não poderia suportar Há uma necessidade de continuar...
  • 21. 20 07-Tentação: A natureza que há em ti! Repousa em mim, toda a decadência do mundo Mutilada por palavras incompreendidas E acusações malditas, eis-me a procurar A chave exata para o fim de todo o enigma Cuja chama eterna da tentação brinca há eras Chame meu nome, entre os sonhos noturnos E segure sua mente, que como uma nuvem voa sem asas Chame meu nome, em alto tom, talvez eu escute E entregue a você todos os prazeres mundanos que prometestes Tentação A mais pura tentação é não tê-lo junto a mim Penso demais, maltrato a mim mesma por julgar Que eu esteja caminhando para o abismo da Tentação A mais pura tentação é não tê-lo junto a mim
  • 22. 21 Penso ter duas faces para o mesmo mundo pecador Que em casa reprime os desejos pela manhã E a noite libera suas condolências para a prostituta Hipócritas moedas deste mundo Hipócritas que me deixam sozinho nesta cama Não há maior mentira do que negar A natureza da tentação que há em ti!
  • 23. 22 08-Mares de provações e sofrimentos Mulher: Levante sua cabeça, “Sem Nome”, e olhe para mim Não reconheces a sua Senhora em trajes de farrapos? Levante sua cabeça, “Sem Nome”, o mundo foi cruel? Não reconheces os mares de provações e sofrimentos? O vigia de olhos de corvo retorna à Asgard com a notícia, De que mais uma alma se perdeu diante do caos Marcada pelo destino a sorver a taça das oito dores Leva em teu corpo o sinal impuro do carma a você dado! Homem: Senhora do Inverno Sei que a neve são tuas lágrimas Pois assim como eu, nascestes incompreendida Senhora do Inverno É verdade que sua aparição para mim é um chamado? Entrego-me de corpo e alma
  • 24. 23 Para a deusa de trajes negros Mulher: Levante sua cabeça, “Sem Nome”, e olhe para mim Há um equívoco em sua fala ou já não pensas mais? Levante sua cabeça, “Sem Nome”, o mundo foi cruel com você? Já provastes a felicidade de sua alma inúmeras vezes! Homem: Senhora do Inverno Sei que o mundo arderá em fogo e este será o fim Pois assim fora escrito, eu nasci incompreendido Senhora do Inverno Devo continuar a navegar nesses mares por você? Quantas vezes devo provar que minha alma É da deusa de trajes negros Mulher: Fuja agora, antes que o corvo descubra Homem: Nossa ruína! Mulher: Não olhe para trás e saiba
  • 25. 24 Que tu és “Sem Nome” e eu ocultarei minha face Fuja agora, antes que mais ira caía sob você Homem: Eu suporto! Mulher: Não olhe para minha imagem em decadência Eu sou o seu mar de provação e sofrimento!
  • 26. 25 09-Minha Luz Uma vez eu deixei você ir em paz Enquanto chorava horrores em seu sepultamento Eu carregarei nossas dores, em um específico calvário para mim Quem poderia jurar que eu, uma viúva de um mundo frio, Poderia ser forte o bastante e não desejar morrer? Quem poderia lançar injúrias, fora da realidade que vivo, Quando você foi minha luz? Salve-me agora, antes tarde do que nunca! Não violarei seu túmulo e nem mandarei seu nome Nossos filhos hão de saber que eu fui fiel Respeite-me muito mais do que antes A lâmina corre em meu pulso, deslizando suavemente Agora estou em um portal de almas perdidas que lamentam
  • 27. 26 Um mundo colorido e radiante de vida, quando você foi a minha única luz Salve agora, o que espera para me fazer acordar deste pesadelo? Não violarei seu túmulo e nem mandarei seu nome... Coro: Volte! Seu mundo não é aqui Respire! Mais alto e não perca Fé! Mova a montanha e siga Em frente! Achará outra luz Salve-me agora, eu compreendo a atual morada
  • 28. 27 10-Penitência Puxando o mundo pelas costas de um homem (Tenho que testar a força de seu sofrimento) Pois as linhas tortas escritas de mentiras Podem provar a sua envolvente fraqueza (oh! Ela ainda chora no barco de lamúrias por você) Puxando a ignorância no chicote que lhe rasga (Tenho que ser a marca mais real de seu corpo) Pois a penitência começa com o seu rogo Podem dizer que sou cruel contigo (Oh! Ela ainda espera que o amor suporta tudo) Uma mão pode lavar a face oculta tão imunda? Uma mão pode segurar o mundo e ainda brincar comigo? Uma mão pode conduzir instrumentos torturantes Mas eu não serei a única a participar Uma mão pode ser suficiente para apontar um novo caminho?
  • 29. 28 Uma mão pode castigar as criaturas em jubilas demências? Uma mão pode afagar minha cabeça neste eterno repousar? Mas eu não serei a única a participar, De sua penitência!
  • 30. 29 11-A estrada Fuja, fuja o mais rápido que puder Discuta, discuta suas dúvidas e receios Ouse, ouse agora que ainda respira Viva, viva a busca de sua própria loucura... Eu sei que estamos sempre escolhendo uma estrada Em cada respirar ou suspiro Eu sei que estamos aprendendo a construir nosso lar Em cada canto, eu deixo uma marca Lute, lute bravamente por suas crenças Dance, dance a música do baile dos loucos Lance, lance os dados e jogue o baralho, faça a aposta Abandone, abandone tudo aquilo que você era antes de mim... Eu sei que estamos sempre rogando às estrelas Em cada choro reprimido de ontem
  • 31. 30 Eu sei que estamos afogando as mentiras e máscaras Em cada adeus que dizemos Uma vez, eu encontrei um garoto Não sei se era um drogado ou mendigo Mesmo infeliz, ele ousou me ensinar Que a estrada correta é aquela onde a bússola seja seu coração Pare, pare e apenas reflita a merda que você fez Diga, diga se não somos culpados por cavar tão fundo? Sente-se, sente-se e assista-me aos urros e decadências Mas, por favor, não diga que a estrada fora uma escolha errada Quando eu avisei...
  • 32. 31 12-Mentiroso Homem: Diga-me qual o motivo do exército estar marchando? Quando eu possuo a liberdade de ir e vir em seu corpo Um dedo que levantar contra mim, já te condena Pelo mundo, eu sou o teu deus, então obedeça! Ria da sociedade hipócrita patriarcal, Pois suas cicatrizes não irão curar o teu ego ferido Como dói ser usada, não é mesmo? Eu não sinto nada por você! Continue ouvindo o meu chamado Debruçada sob as lágrimas Eu sou um mentiroso, um lábio mentiroso... Que sussurra à noite por você, enquanto dorme Perco-me em pensamentos pecaminosos, em gritos escandalosos Mulher: Mentiroso, mentiroso que rasteja na parede
  • 33. 32 Eu sou um mentiroso, um lábio mentiroso Que sussurra coisas lindas, em liras infernais Você apenas dorme e eu vigio Eu me perco na realidade distópica que criei, em gritos escandalosos Mulher: Mentiroso, mentiroso que rasteja na parede Eu sou um mentiroso, um lábio mentiroso Homem: Eu apenas desejo que a ira em você cresça majestosamente E toda a sua inocência lhe condenará Mulher: Eu agora sussurro a condenação mortal Como uma língua de fogo apocalíptica Perco-me em um julgamento e enforco O mentiroso, o mentiroso que já não rasteja na parede
  • 34. 33 Mentiroso, mentiroso que nunca pensou que eu aprenderia, Como trair um coração quebrado e agora tão vivo? Eu sou o novo mentiroso a usurpar seu trono!
  • 35. 34 13-Campos de Sangue CORO: Negue três vezes o nome do seu amor Não ouse segui-lo em seus infortúnios A tarde chegará trazendo às trevas Para todo aquele pecador arrependido Homem: Culpa-me por todas as dores do mundo, Quando eu fui somente um nome na lista? Culpa-me pela ganância de querer sempre mais Quando o pouco tornou-se o tudo ardente em desejo. Eu não quero mais suas moedas Eu escolhi o meu próprio castigo Nas terras improdutivas desta vida Terei meus Campos de Sangue Negue três vezes o nome do seu amor...
  • 36. 35 Homem: Ah! Como a eternidade pode ser uma madrasta impostora Mesmo que eu corra o mais distante possível A corda em meu pescoço e o riso do demônio Assinam na ata final do trágico drama que vivi Eu não quero mais suas moedas Escolhi o meu próprio castigo Nas terras improdutivas desta vida Terei meus Campos de Sangue Negue três vezes o nome do seu amor... Mulher: Ah! Meu próprio traidor Deixe-me beijá-lo, meu Judas! CORO: Negue três vezes o nome do seu amor Não ouse segui-lo em seus infortúnios A tarde chegará trazendo às trevas Para todo aquele pecador arrependido
  • 37. 36 14-A dama das espadas A dama das espadas reluzentes desbravou o oceano por mim Resgatou-me da miséria na qual eu estava vivendo Por você, por você eu procurei doar todo o meu amor! Rios revoltosos e desejando uma vingança em seus lábios Justo agora que sou livre, ela oferece sua espada! Lute, lute agora Não aceite o sofrimento Eu sou a deusa que há em você Se ele agride o seu ser E inflama seu coração Não se perca em lamentos Este é o novo tempo De sobreviver! A dama das espadas reluzentes ensinou-me a arte da guerra
  • 38. 37 Juntas salvamos vidas, desde as eras antigas Por mim, por mim, sinta-se mais forte do que nunca Rios que não hão de possuir o medo que me faz estremecer Justo agora que eu decidir ficar em terras firmes Lute, lute agora Não aceite o sofrimento Eu sou a deusa que há em você Se ele agride o seu ser E inflama seu coração Não se perca em lamentos Este é o novo tempo De sobreviver! Rios, me diga se eu devo dizer adeus a você? Justo agora quando estou erguida da ignorância, não ouso mais morrer! Lute, lute agora
  • 39. 38 Não aceite o sofrimento Eu sou a deusa que há em você Se ele agride o seu ser E inflama seu coração Não se perca em lamentos Este é o novo tempo De sobreviver!
  • 40. 39 15-Ópera metal Elas estão vestidas de uniformes negros Cada uma levando seu devido instrumento O palco já está pronto para mais um show O público espera, em delírios, o retorno triunfal Caveiras cantantes, Caveiras cantantes O que tens para mim além de lamentos? Elas estão com suas partituras, esperando a hora Cada sinfonia dos desesperados anuncia um novo ritmo O palco para a dança das ordinárias almas O público espera pelo milagre de ouvir Não há encenação melhor do que atuar no palco da vida Eu quero ouvir a ira de seu canto gutural me sufocar aos pouquinhos Diga que me ama, diga que me ama
  • 41. 40 Você faz o seu melhor quando canta minha Ópera Metal Caveiras cantantes, Caveiras cantantes O que tens para mim além de lamentos?
  • 42. 41 16-Perfeita estranha Chega de discursos de gente hipócrita e mesquinha Julgas por ser imensamente estúpida ou covarde? Amordace minha boca e silencie os ecos de meu coração No final, você como todos, ama enfiar espadas Rasgar-me aos pedaços e rir Eu sou sua perfeita estranha, por hoje... Enquanto a jura tiver sido selada pelo sangue No clarão da noite, nas trevas, os anjos não choram Chega de sofrimentos armados para satisfazer seus desejos Livre-se de mim, a perfeita estranha Ardendo em fúria, eu jamais posso esquecer Do toque que uma vez me fez reviver Para bombardear dores e como hei de sobreviver? Por favor, ame ou mate a sua perfeita estranha!
  • 43. 42 17-Esconda-se Esconda-se de mim, tirano Esconda-se de mim, malvado Provastes o veneno E mesmo assim continuas de pé? Um caminho tortuoso e eterno lhe aguarda Mesmo distante da ilha do farol dos sonhos Ela segue buscando cumprir o destino O carma do qual não pode negar Abstrata pintura do que fora ontem Cinzas cadavéricas escondem antigas lágrimas Abstrata pintura que marcara a ascensão De nunca mais pronunciar “eu te amo” Esconda-se! Eles irão refazer a cidade da Terra nova Eliminarão a podridão de suas ruas decadentes
  • 44. 43 O conceito de belo é o deus a ser seguido por você Não haverá manchas que ofusquem a luz Abstrata pintura do que fora ontem Entorpecida no cântico mais antigo dedicado a você Abstrata pintura que marcara o “não” estampado em mim Reme para o mar da toca do coelho Esconda-se!
  • 45. 44 18-Eu quebrarei você Por enquanto, eu estou de lábios selados Sendo observado pelo dono das areias do tempo Sufocada em cada vômito, eu engulo seu líquido, puro gozo Eu perco a dignidade em meu novo nome Ah, ah! Eu quebrarei você Tudo é uma questão de tempo Até que seja anunciada a revolução Pegue as ferramentas e quebre os cadeados Eu ouço a leoa dentro de mim Ira majestosa, Ira majestosa! Ela tem uma feição bela para ser vendida Observe-a pela TV, fajuta líder deste povo O suor em nossos rostos anuncia o fim do prazer Eu marco no calendário o dia da vingança Ah, ah! Eu quebrarei você
  • 46. 45 No pelotão, eu sou a Medusa do time No pelotão, em trajes de Salomé, eu danço No pelotão, eu pareço ser Judas para você? Portas arrombadas pela foice da morte Insetos devorarão os guardas hoje! No pelotão, eu sou Platão, pura filosofia No pelotão, eu penso coisas sádicas, como o Marquês No pelotão, eu escrevo versos tortos, como Poe Portas arrombadas, meus olhos procuram você Insetos sairão de suas tripas apodrecidas!
  • 47. 46 19-É tão doentio assim? Suas palavras propagam uma doença Como uma praga a dizimar meus sonhos Suas palavras são feridas a brotar Em meus mais puros pensamentos Suas palavras prejudicam o pouco de sanidade, Que ainda resta guardada em mim Suas palavras não trazem a verdadeira cura... Eu estou morrendo, eu estou morrendo, Dia após dia por você! É tão doentio assim? Como eu não despertei antes minhas crenças Havia um amanhã deixado para trás Quando as tribos alegremente dançavam ao redor de meus medos É tão doentio assim? Como eu decidi cortar-me por suas crenças
  • 48. 47 Havia uma esperança nas asas deste corvo, Quando as tribos destruíram seus ídolos em ouro Eu sinto que você talvez não seja a cura Tarde demais, sangue demais Medo demais, eu estou morrendo Não posso permitir partir Sem sonhar! É tão doentio assim?
  • 49. 48 20-Caídos por amor Acima das nuvens ou por dentro do olhar do mais velho viajante do tempo Há laços rompidos entre humanos e deuses, castigos e perdas pelos erros Acima de nossa ignorância, na mordida da sábia árvore do fruto Pelo qual, por amor, somente por amor, nos tornamos caídos Senhor, perdoa-nos agora As lágrimas valem mais do que gestos ou palavras Senhor, perdoa-nos agora Por eras vivemos correndo em círculos Diante do teu universo Somos mais uma obra incompreendida Diante do teu universo Com esta triste cantoria, eu me disperso!
  • 50. 49 Sobre a autora Escritora cearense, formada em Letras, Jornalismo e com mestrado em Ciências das Religiões. Possui um blog literário intitulado "Lady Black Raven", no qual foi o primeiro espaço de divulgação de seus escritos. Tem poesias publicadas em antologias de editoras conhecidas e de forma independente semeia seus romances sobrenaturais, histórias fantásticas e poesias ultrarromânticas. Prêmios e Participações em Antologias: Certificado de Participação II Prêmio Licinho Campos de Poesia de Amor 2013 III Prêmio Literário Cidade da Poesia (Antologia Poética) 2013- Nome da Poesia: Noite dos Corvos Caderno Literário Pragmatha (poesias) contribuição com poesias durante quase dois anos 101 Vira-latas (Antologia poética) 2014- Nome da Poesia: Você e eu Prêmio Literário Galinha Pulando 2014 (Antologia poética)-Nome da Poesia: A Saída dessa miséria Participação da X Bienal Internacional do Livro de Pernambuco (2015) (lançamento do livro O Reino Mágico de Mystic)
  • 51. 50 Certificado de Participação VI Concurso de Poesias Roberto Tonellotti (2016)- Nome da poesia: O choro de Lázaro 11º Concurso on-line "Sueli Bittencourt" de poesias- Tema Paz (2016)- Nome da Poesia: Borboleta 5ª mostra BNB de Poesia- Abril para leitura 2016 (Antologia póetica)- Nome da Poesia: O romantismo precoce do poeta das penas negras 1ª Coletânea de Poemas- projeto Apparere- 2017 Poema: Por favor, não morra! 6ª mostra BNB de Poesia- Abril para leitura 2017 (Antologia poética)- Nome da Poesia: A não existência Participação do I Prêmio Miau de Literatura: Editora Costelas Felinas (2017)- Nome do livro de Poesias: Desaparecendo Participação na 1ª Coletânea de Poesias de Amor- Projeto Apparere- 2018 Poesia: Adeus 9º lugar no concurso da Revista Inversos (4ª edição) em homenagem ao Dia Internacional da Criança Africana – 2018 Poesia: Minha criança Participação da 2ª Mostra de Poemas para a beata Maria de Araújo. Poesia: Sangue Salvador- 2019 8ª mostra BNB de Poesia- Abril para leitura 2019 (Antologia poética)- Nome da Poesia: Medusa- 2019
  • 52. 51