Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Jornal do Professor MEC - Edição 109
1. JORNAL
Professor de história em escolas das redes estaduais de
educação de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, Rodolfo Alves
Pereira criou um blogue e um aplicativo para incentivar a leitura
de textos históricos pelos alunos. Ele garante que os
estudantes ganharam habilidade na leitura, capacidade de
articular ideias e argumentos de forma escrita e se tornaram
mais reflexivos.
As inovações fazem parte do projeto O Celular como
Ferramenta de Leitura e de Aprendizagem, iniciado há quatro
anos com alunos do nono ano do ensino fundamental da
Escola Estadual Luiz Salgado Lima, no município mineiro de
Leopoldina. Em agosto do ano passado ─ até então, era
usado apenas o telefone celular ─, o professor criou o
aplicativo Acrópole APP para facilitar o acesso dos alunos aos
textos e conteúdos por ele postados no blogue.
O Acrópole APP permite a postagem de textos de diversos
gêneros, com notícias, mapas e pinturas. “Todo tipo de
documento que sirva como fonte histórica de leitura e pesquisa
em nossas aulas”, ressalta o professor. As novidades
tornaram as aulas mais atrativas. Os estudantes passaram a
ler mais e a registrar reflexões sobre os textos. “Muitas
dessas reflexões são postadas no blogue e tornam os alunos
produtores do conhecimento, na medida em que se
posicionam e têm seus trabalhos publicados”, explica Rodolfo.
Segundo ele, o projeto atende diretamente cerca de 90
estudantes, mas todos os alunos podem baixar o aplicativo e
usá-lo em sala de aula.
Resultados ─ De acordo com o professor,
o blogue tem apresentado resultados expressivos, quantitativa
e qualitativamente. O trabalho deve ser intensificado este ano,
a partir das propostas de manter o blogue atualizado com
postagens de qualidade e de aumentar a participação dos
alunos nas atividades de manutenção. “Vamos dar
continuidade à metodologia aplicada, mesclando aulas
tradicionais com o uso das tecnologias da informação no
ensino-aprendizagem”, ressalta.
O projeto foi um dos finalistas da sétima edição do Prêmio
Vivaleitura, na categoria 2, destinada a escolas públicas e
particulares, o que deixou o professor orgulhoso. “Ficar entre
os finalistas significa um reconhecimento, a coroação de um
ano de trabalho muito feliz e produtivo”, afirma. Ele revela que
pretende dar prioridade ao desenvolvimento de habilidades e
competências fundamentais para formar alunos leitores,
reflexivos e capazes de exercer a cidadania em uma
sociedade democrática e plural. “Terei de fortalecer os planos
de aula para que os alunos tenham objetivos e metas claras e
exequíveis”, diz.
Graduado em história, com pós-graduado em ciências
humanas, Rodolfo cursa especialização em cultura e história
indígena na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
O Prêmio Vivaleitura é uma iniciativa dos ministérios da
Cultura e da Educação, coordenada pela Organização dos
Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura
(OEI). (Fátima Schenini)
Acesse o blogue do projeto Acrópole
Celular serve como ferramenta de leitura e aprendizagem de história
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