1. Fusariose ou
Gomose do Abacaxizeiro
Ananas comosus (L.) Merrill var.
comosus Leal & Coppens
Marcelo Brito de Melo
Eng. Agrônomo
2. Introdução
• Doença - fusariose ou gomose do
abacaxizeiro.
• Agente causal - Fusarium subglutinans f. sp.
ananas.
• Prejuízos econômicos aos produtores, podendo
atingir até 100% da produção.
• Infecta mudas, plantas em desenvolvimento
vegetativo e frutos.
4. Período crítico para infecção
Após a indução floral:
conídios do fungo transportados pelo vento,
respingos de chuva e insetos.
São depositados na roseta foliar, infectando
a inflorescência no início.
Danos causados pela broca dos frutos.
5. Folhas
Amareladas, com o "olho"
aberto, mostrando as folhas
mais novas.
Redução no tamanho.
Gomose na base, próxima ao
caule.
Curvatura para um lado ("olho
torto“).
Ausência ou redução de raízes.
Até a morte da planta.
Sintomas
Exalam odor de bagaço de
cana fermentado.
11. Mudas dos tipos coroa,
filhote e rebentão, infectadas
aderidas à planta-mãe.
O plantio dessas mudas dá
origem a plantas doentes que
deverão ser arrancadas e
queimadas pelo produtor.
12. No início, os sintomas
são quase
imperceptíveis, levando
o agricultor a fazer seu
plantio com material
doente.
Frutilhos
Lesões e apodrecimento,
com ou sem exsudação
de goma.
13.
14. Como a fusariose se dissemina?
Através de mudas contaminadas de
uma propriedade para outra
e de uma região para outra, e
mediante insetos,
respingos de chuva e o vento, de uma
planta para a outra.
16. Esquema de um abacaxizeiro mostrando os diversos tipos de
mudas convencionais.
Coroa: brotação do ápice
(ponteiro)
do fruto: menos usado.
Filhote: mais utilizada em
plantios da cultivar Pérola.
Filhote-rebentão:
produção limitada por planta.
Rebentão (aéreo e subterrâneo):
desenvolvimento menos uniforme.
Plântula: muda formada em viveiro
a partir de gemas de seções do
caule.
17. Produção de mudas por seccionamento do talo,
sob condições de campo.
Talos preparados para o seccionamento.
Seccionamento longitudinal do talo por
meio de guilhotina manual.
Seleção de secções quanto aos problemas
fitossanitários.
Defensivos agrícolas
registrados (Agrofit).
18. Mudas proveniente de secção do talo.
Vantagem ser livre de
pragas e doenças, especialmente a
fusariose.
20. Muda micropropagada.
Obtida em laboratório com técnicas de cultura de tecidos.
Excelente sanidade, entretanto seu custo ainda é muito elevado com uso
limitado.
21. Prevenção e controle da infecção
- Uniformidade das plantas, com mudas robustas e
de tamanho homogêneo.
- Indução floral (carbureto de cálcio; Ethrel) em
períodos que permitam o desenvolvimento da
inflorescência em condições ambientais
desfavoráveis à ocorrência da doença.
22. Depois da indução floral
Controle químico, dependendo da época de indução e da
intensidade de plantas mortas durante
a fase de crescimento da cultura.
Aplicação de fungicida, quando as flores se fecharem, num
período de três meses da última aplicação
até a colheita do fruto.
Evitando resíduo no fruto quando for consumido.
Controle da broca-do-fruto.
23. Diminuição de inóculo
- Eliminação dos restos culturais
-Erradicação de todas as plantas
com sintomas da doença
- Escolha de áreas de plantio sem
histórico da doença
- Utilizar mudas sadias
- Durante o cultivo, identificar plantas doentes e eliminá-las
- Pulverizar as inflorescências desde o seu aparecimento no olho
da planta até o fechamento das últimas flores com fungicida
24. A maioria das mudas brasileiras de abacaxi estão
infectadas com a doença, tornando a compra de
mudas sadias muito difícil, o que reforça a
necessidade do plantio de variedades resistentes.
25. Variedades resistente à fusariose
Vitória não apresenta espinhos nas folhas.
Frutos de 1,5 quilo e coroa pequena.
Polpa doce e saborosa.
O Brasil dispõe de quatro:
• Imperial
• Vitória
• Ajubá
• IAC Fantástico
Imperial- Resistente a fusariose.