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Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa
16 de dezembro de 1990
• O Novo Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa está em vigor desde janeiro de
2009, mas passou a ser obrigatório em 2013.
• O objetivo da mudança é unificar a ortografia
oficial de oito países que tem o português
como idioma oficial – Brasil, Portugal, Angola,
Moçambique, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, São
Tomé e Príncipe e Timor Leste.
História: Do latim ao português atual
Celtas
Iberos
Púnico-fenício
Lígures
Gregos
Latim
• O latim era no início um idioma rude que
pertencia a agricultores e pastores.
Evolução da língua portuguesa:
• Latim lusitânico, língua falada na Lusitânia deste
a implantação do latim até o séc. V;
• Romance lusitânico, língua falada na Lusitânia do
séc. VI ao séc. IX;
• Português proto-histórico, língua falada na
Lusitânia do séc. IX ao final do séc. XII;
• Português arcaico, princípios do séc. XIII à
primeira metade do séc. XIV, a língua começa a
ser codificada gramaticalmente;
• Português moderno, se estende da segunda
metade do séc. XIV aos nossos dias.
Português Arcaico – Carta de Pero Vaz
de Caminha
O que é a reforma ortográfica?
• É um tratado internacional cujo objetivo é
unificar a ortografia do português para uso
dos 200 milhões de falantes nativos da língua
no mundo.
Por quê?
• Por causa disso:
"A adopção de uma única ortografia entre
países de língua portuguesa pode ser
óptima."
- Do ponto de vista da ortografia, existem diferenças
bastante relevantes na língua portuguesa. E não apenas
entre os dois países. Nas outras seis nações que falam e
escrevem o português (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) ocorre o
mesmo.
- Para acabar com essas diferenças, foi criado, em 1990,
um acordo.
"A existência de duas grafias oficiais acarreta problemas na
redação de documentos em tratados internacionais e na
publicação de obras de interesse público", defendia o
filólogo Antônio Houaiss, o principal responsável pelo
processo de unificação aqui no Brasil.
• É importante ressaltar que a pronúncia, o
vocabulário e a sintaxe permanecem
exatamente como estão. A novidade é a
unificação da grafia de algumas palavras.
Mas por que demorou tanto para se
colocar em prática o acordo?
• Originalmente, o combinado era que todos os
membros da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) deveriam ratificar o acordo para que
ele tivesse valor.
• Em 2004, porém, os chefes de Estado da CPLP
decidiram que bastava a aprovação de três nações para
a reforma ortográfica entrar em vigor.
• O Brasil, no entanto, definiu que mudaria o jeito de
escrever somente se Portugal também o fizesse (e o
"sim" de Lisboa às novas normas só veio no ano de
2007).
Países participantes do acordo em
Lisboa:
• Angola
• Brasil
• Cabo Verde
• Guiné-Bissau
• Moçambique
• Portugal
• São Tomé e Príncipe
Onde se fala português:
• O português é a língua oficial de Portugal,
Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-
Leste.
As mudanças:
Alfabeto
• O acréscimo das letras K, W e Y.
• O alfabeto passa a ter 26 letras, em vez das 23
que tinha antes.
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W Y Z
Exemplos:
• km (quilômetro),
• KLM (companhia aérea),
• K (potássio),
• W (watt),
• www (sigla de world wide web, expressão que é
sinônimo para a rede mundial de
computadores).
Em palavras estrangeiras incorporadas à língua.
Exemplo: sexy, show, download, megabyte.
Novo acordo ortográfico: acento
circunflexo
• Nada muda na acentuação dos
verbos ter, vir e seus derivados.
• Eles continuam com o acento circunflexo no
plural (eles têm, eles vêm)
O acento agudo desaparece das palavras da língua
portuguesa em três casos, como se pode ver a seguir:
Acento diferencial
• O acento diferencial é utilizado para permitir a identificação mais
fácil de palavras homófonas, ou seja, que têm a mesma pronúncia.
Atualmente, usamos o acento diferencial - agudo ou circunflexo -
em vocábulos como pára (forma verbal), a fim de não confundir
com para (a preposição), entre vários outros exemplos.
• Com a entrada em vigor do acordo, o acento diferencial não será
mais usado nesse caso e também nos que estão a seguir:
• péla (do verbo pelar) e pela (a união da preposição com o artigo);
• pólo (o substantivo) e polo (a união antiga e popular de por e lo);
• pélo (do verbo pelar) e pêlo (o substantivo);
• pêra (o substantivo) e péra (o substantivo arcaico que significa
pedra), em oposição a pera (a preposição arcaica que
significa para).
No entanto:
• duas palavras obrigatoriamente continuarão recebendo
o acento diferencial:
• pôr (verbo) mantém o circunflexo para que não seja
confundido com a preposição por;
• pôde (o verbo conjugado no passado) também
mantém o circunflexo para que não haja confusão com
pode (o mesmo verbo conjugado no presente).
Observação: já em fôrma/forma, o acento é
facultativo.
Uso do hífen:
• O hífen deixa de ser empregado nas seguintes
situações:
- quando o prefixo termina em vogal e o
segundo elemento começa com as
consoantes s ou r. Nesse caso, a consoante
obrigatoriamente passa a ser duplicada;
- quando o prefixo termina em vogal e o
segundo elemento começa com uma vogal
diferente.
No entanto:
• O hífen permanece quando o prefixo termina
com r (hiper, inter e super) e a primeira letra
do segundo elemento também é r.
Exemplos: hiper-requintado, super-resistente.
Trema, um sinal a menos
• O trema, sinal gráfico de dois pontos usado
em cima do u para indicar que essa letra, nos
grupos que, qui, gue e gui, é pronunciada,
será abolido.
• É simples assim: ele deixa de existir na língua
portuguesa. Vale lembrar, porém, que a
pronúncia continua a mesma.
No entanto:
• O acordo prevê que o trema seja mantido em
nomes próprios de origem estrangeira, bem
como em seus derivados.
Exemplos: Bündchen, Müller, mülleriano.
Uso de Vogais Átonas E e I
Sufixo (-ano) + i
• Havaí – havaiano (antes havaeano)
• Itália – italiano (antes italeano)
Sufixo (-ano) + e átono
• Acre – acriano (antes acreano)
• Açores – açoriano (antes açoreano)
Mudanças na acentuação e no uso do
trema
• Os ditongos abertos tônicos éi e ói perdem o
acento agudo quando caem na penúltima
sílaba (paroxítonas):
Idéia (s) - ideia (s)
Jóia (s) – joia (s)
Geléia (s) – geleia (s)
Apóia (s) – apoia (s)
E por que o acento agudo não saiu
dessas palavras?
• Anéis
• Herói (s)
• Fiéis
• Anzóis
Porque são oxítonas (acento tônico na última
sílaba)!
Cai o acento circunflexo de palavras
paroxítonas terminadas em ôo e em
êem.
• Vôo – voo
• Dêem – deem
• Enjôo – enjoo
• Vêem – veem
• Crêem – creem
• Abençôo – abençoo
• Lêem - leem
Atenção:
• As flexões dos verbos ter e vir na 3ª pessoa do
plural no presente do indicativo mantêm o
acento.
• Têm
• Vêm
Diferente da 3ª pessoa do singular: tem e vem.
Não se usa acento gráfico (´ou ^) em palavras
paroxítonas para diferenciá-las de outras palavras
com a mesma grafia (homógrafas).
• Pára (flexão de parar) e para (preposição) - PARA
• Péla (s) (subst. Fem), pelas (flexão de pelar) e pela (s) (contração
por + a(s)) – PELA (S)
• Pélo (flexão de pelar), pêlo (subst. Masc.) e pelo (contração por + o)
– PELO (S)
• Péra (s) (subst. Fem. = pedra), pêra (s) (subst. Fem.) e pera (prep.
= para) – PERA (S)
• Pólo (s) (subst. Masc.) e polo (s) (combinação de por + lo (s)) –
POLO (S)
Atenção:
• O verbo pôr (infinitivo) e pôde (flexão na 3ª
pessoa do singular do pretérito perfeito do
verbo poder) mantêm o acento, diferente das
preposições por e da flexão da 3ª pessoa do
singular do presente do indicativo pode)
Perdem o acento agudo as vogais tônicas i e u
de palavras paroxítonas, quando antecedidas
de ditongos:
• Boiúno – boiuno
• Feiúra – feiura
• Baiúca – baiuca
• Alauíta – alauita
ATENÇÃO: Mantém o acento agudo quando a palavra é
proparoxítona (feiíssimo, bauínia) ou oxítona (tuiuiú, teiú,
teiús)
Verbos arguir e redarguir
• Nestes verbos, deixa-se de usar o acento agudo no u tônico quando na
flexão este acento cai em sílaba do seu radical (flexões rizotônicas).
Exemplo:
Argúo – arguo
Redargúo – redarguo
Argúis – arguis
Redargúis – redarguis
Argúi – argui
Redargúi – redargui
Argúem – arguem
Redargúem – redarguem
Argúa – argua
Redargúa – redargua
Argúa – argua
Redargúa – redargua
Argúas – arguas
Exceções
• Palavras que antes eram escritas com hífen, e
sofreram o processo de aglutinação:
Girassol
Madressilva
Mandachuva
Pontapé
Paraquedas
Paraquedistas
Passatempo
Os nomes de lugares geográficos
(topônimos) com prefixos Grão e Grã, ou
quando o primeiro elemento é verbal, e
quando os elementos estão ligados por
artigos, usa-se hífen:
• Grão-Pará
• Grã-Bretanha
• Passa-Quatro (primeiro elemento verbal)
• Trás-os-Montes (primeiro elemento verbal e
artigo de ligamento)
• Todos-os-Santos (elementos ligados por artigo)
Têm hífen palavras compostas que
designam espécies botânicas e
zoológicas:
• Couve-flor
• Erva-doce
• Andorinha-do-mar
• Bem-te-vi
• Leão-marinho
Usa-se hífen (não travessão) entre elementos
que formam não uma palavra, mas um
encadeamento vocabular:
• Ponte Rio-Niterói
• Liberdade-Igualdade-Fraternidade
Não se usa hífen:
• Locuções substantivas:
Café da manhã
Fim de semana
Cão de guarda
Locuções adjetivas
• Cor de açafrão
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• À vontade
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• A fim de
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sidos consagradas pelo uso:
• Água-de-colônia
• Arco-da-velha
• Cor-de-rosa
• Mais-que-perfeito
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Mudanças no uso do
hífen em palavras
compostas por
prefixação e
recomposição
Geralmente, palavras compostas com prefixos
ou falsos prefixos usa-se hífen se o segundo
elemento começa por h:
• Anti-histórico
• Super-homem
• Multi-horário
• Mini-habitação
Porém, quando se usam prefixos des-
e in- caem o h e o hífen:
• Desumano
• Inabitável
• Desonra
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Também com os prefixos co- e re-
caem o h e o hífen:
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• Coerdar
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elemento quando o prefixo termina na mesma
vogal pela qual começa o segundo elemento:
• Antiinflamatório -> anti-inflamatório
• Teleeducação -> tele-educação
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Nos prefixos terminados em a, já
era uso vigente, agora consolidado
pela regra:
• Contra-almirante
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• O prefixo co- se aglutina com segundo
elemento começado por o:
Cooptar
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palavras começadas por e.
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Usa-se hífen com circum- e pan- quando
seguidos de elemento que começa por vogal, m
e n, além do já citado h:
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Prefixos hiper-, inter-, super-, ciber- e nuper- com o
segundo elemento começando com letra r ou h:
• Hiper-requintado
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E não se usa hífen em outros casos nos quais o
prefixo termina em consoante e o segundo
elemento começa em vogal ou consoante
diferente de r ou h:
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• Superabundante
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Quando o prefixo ou falso prefixo termina em
vogal e o segundo elemento começa por r ou s
não se usa mais hífen e a consoante r ou s é
duplicada:
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Não se usa hífen quando o prefixo ou falso
prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por vogal diferente ou consoante (se
esta for r ou s, como visto antes, se duplica)
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• Supra-estrutura -> supraestrutura
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• Contra-ordem -> contraordem
Sempre se usa hífen com os seguintes
prefixos e falsos prefixos:
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• Vingá-lo
• Dizer-lhes
Atenção!
• Se a quebra de linha ocorre onde há um hífen
gramatical, recomenda-se repetir o hífen no
início da linha seguinte.
Fonte Bibliográfica
•CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova
Gramática do Português Contemporâneo. Rio de Janeiro:
Lexikon, 6ª ed..2013.
•SGARIONI, Mariana. Novo acordo ortográfico: mudanças no
jeito de escrever. Disponível em:
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-
pedagogica/novo-jeito-escrever-424059.shtml
•NOVA ESCOLA. Disponível em:
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Acordo ortográfico da língua portuguesa

  • 1. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa 16 de dezembro de 1990
  • 2. • O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa está em vigor desde janeiro de 2009, mas passou a ser obrigatório em 2013. • O objetivo da mudança é unificar a ortografia oficial de oito países que tem o português como idioma oficial – Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
  • 3.
  • 4. História: Do latim ao português atual Celtas Iberos Púnico-fenício Lígures Gregos
  • 5. Latim • O latim era no início um idioma rude que pertencia a agricultores e pastores.
  • 6. Evolução da língua portuguesa: • Latim lusitânico, língua falada na Lusitânia deste a implantação do latim até o séc. V; • Romance lusitânico, língua falada na Lusitânia do séc. VI ao séc. IX; • Português proto-histórico, língua falada na Lusitânia do séc. IX ao final do séc. XII; • Português arcaico, princípios do séc. XIII à primeira metade do séc. XIV, a língua começa a ser codificada gramaticalmente; • Português moderno, se estende da segunda metade do séc. XIV aos nossos dias.
  • 7. Português Arcaico – Carta de Pero Vaz de Caminha
  • 8. O que é a reforma ortográfica? • É um tratado internacional cujo objetivo é unificar a ortografia do português para uso dos 200 milhões de falantes nativos da língua no mundo.
  • 9. Por quê? • Por causa disso: "A adopção de uma única ortografia entre países de língua portuguesa pode ser óptima."
  • 10. - Do ponto de vista da ortografia, existem diferenças bastante relevantes na língua portuguesa. E não apenas entre os dois países. Nas outras seis nações que falam e escrevem o português (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) ocorre o mesmo. - Para acabar com essas diferenças, foi criado, em 1990, um acordo. "A existência de duas grafias oficiais acarreta problemas na redação de documentos em tratados internacionais e na publicação de obras de interesse público", defendia o filólogo Antônio Houaiss, o principal responsável pelo processo de unificação aqui no Brasil.
  • 11. • É importante ressaltar que a pronúncia, o vocabulário e a sintaxe permanecem exatamente como estão. A novidade é a unificação da grafia de algumas palavras.
  • 12. Mas por que demorou tanto para se colocar em prática o acordo? • Originalmente, o combinado era que todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) deveriam ratificar o acordo para que ele tivesse valor. • Em 2004, porém, os chefes de Estado da CPLP decidiram que bastava a aprovação de três nações para a reforma ortográfica entrar em vigor. • O Brasil, no entanto, definiu que mudaria o jeito de escrever somente se Portugal também o fizesse (e o "sim" de Lisboa às novas normas só veio no ano de 2007).
  • 13. Países participantes do acordo em Lisboa: • Angola • Brasil • Cabo Verde • Guiné-Bissau • Moçambique • Portugal • São Tomé e Príncipe
  • 14. Onde se fala português: • O português é a língua oficial de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor- Leste.
  • 16. Alfabeto • O acréscimo das letras K, W e Y. • O alfabeto passa a ter 26 letras, em vez das 23 que tinha antes. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W Y Z
  • 17. Exemplos: • km (quilômetro), • KLM (companhia aérea), • K (potássio), • W (watt), • www (sigla de world wide web, expressão que é sinônimo para a rede mundial de computadores). Em palavras estrangeiras incorporadas à língua. Exemplo: sexy, show, download, megabyte.
  • 18. Novo acordo ortográfico: acento circunflexo • Nada muda na acentuação dos verbos ter, vir e seus derivados. • Eles continuam com o acento circunflexo no plural (eles têm, eles vêm)
  • 19.
  • 20.
  • 21. O acento agudo desaparece das palavras da língua portuguesa em três casos, como se pode ver a seguir:
  • 22.
  • 23.
  • 24. Acento diferencial • O acento diferencial é utilizado para permitir a identificação mais fácil de palavras homófonas, ou seja, que têm a mesma pronúncia. Atualmente, usamos o acento diferencial - agudo ou circunflexo - em vocábulos como pára (forma verbal), a fim de não confundir com para (a preposição), entre vários outros exemplos. • Com a entrada em vigor do acordo, o acento diferencial não será mais usado nesse caso e também nos que estão a seguir: • péla (do verbo pelar) e pela (a união da preposição com o artigo); • pólo (o substantivo) e polo (a união antiga e popular de por e lo); • pélo (do verbo pelar) e pêlo (o substantivo); • pêra (o substantivo) e péra (o substantivo arcaico que significa pedra), em oposição a pera (a preposição arcaica que significa para).
  • 25. No entanto: • duas palavras obrigatoriamente continuarão recebendo o acento diferencial: • pôr (verbo) mantém o circunflexo para que não seja confundido com a preposição por; • pôde (o verbo conjugado no passado) também mantém o circunflexo para que não haja confusão com pode (o mesmo verbo conjugado no presente). Observação: já em fôrma/forma, o acento é facultativo.
  • 26. Uso do hífen: • O hífen deixa de ser empregado nas seguintes situações: - quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com as consoantes s ou r. Nesse caso, a consoante obrigatoriamente passa a ser duplicada; - quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente.
  • 27.
  • 28. No entanto: • O hífen permanece quando o prefixo termina com r (hiper, inter e super) e a primeira letra do segundo elemento também é r. Exemplos: hiper-requintado, super-resistente.
  • 29. Trema, um sinal a menos • O trema, sinal gráfico de dois pontos usado em cima do u para indicar que essa letra, nos grupos que, qui, gue e gui, é pronunciada, será abolido. • É simples assim: ele deixa de existir na língua portuguesa. Vale lembrar, porém, que a pronúncia continua a mesma.
  • 30.
  • 31.
  • 32. No entanto: • O acordo prevê que o trema seja mantido em nomes próprios de origem estrangeira, bem como em seus derivados. Exemplos: Bündchen, Müller, mülleriano.
  • 33.
  • 34. Uso de Vogais Átonas E e I Sufixo (-ano) + i • Havaí – havaiano (antes havaeano) • Itália – italiano (antes italeano) Sufixo (-ano) + e átono • Acre – acriano (antes acreano) • Açores – açoriano (antes açoreano)
  • 35. Mudanças na acentuação e no uso do trema • Os ditongos abertos tônicos éi e ói perdem o acento agudo quando caem na penúltima sílaba (paroxítonas): Idéia (s) - ideia (s) Jóia (s) – joia (s) Geléia (s) – geleia (s) Apóia (s) – apoia (s)
  • 36. E por que o acento agudo não saiu dessas palavras? • Anéis • Herói (s) • Fiéis • Anzóis Porque são oxítonas (acento tônico na última sílaba)!
  • 37. Cai o acento circunflexo de palavras paroxítonas terminadas em ôo e em êem. • Vôo – voo • Dêem – deem • Enjôo – enjoo • Vêem – veem • Crêem – creem • Abençôo – abençoo • Lêem - leem
  • 38. Atenção: • As flexões dos verbos ter e vir na 3ª pessoa do plural no presente do indicativo mantêm o acento. • Têm • Vêm Diferente da 3ª pessoa do singular: tem e vem.
  • 39. Não se usa acento gráfico (´ou ^) em palavras paroxítonas para diferenciá-las de outras palavras com a mesma grafia (homógrafas). • Pára (flexão de parar) e para (preposição) - PARA • Péla (s) (subst. Fem), pelas (flexão de pelar) e pela (s) (contração por + a(s)) – PELA (S) • Pélo (flexão de pelar), pêlo (subst. Masc.) e pelo (contração por + o) – PELO (S) • Péra (s) (subst. Fem. = pedra), pêra (s) (subst. Fem.) e pera (prep. = para) – PERA (S) • Pólo (s) (subst. Masc.) e polo (s) (combinação de por + lo (s)) – POLO (S)
  • 40. Atenção: • O verbo pôr (infinitivo) e pôde (flexão na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do verbo poder) mantêm o acento, diferente das preposições por e da flexão da 3ª pessoa do singular do presente do indicativo pode)
  • 41. Perdem o acento agudo as vogais tônicas i e u de palavras paroxítonas, quando antecedidas de ditongos: • Boiúno – boiuno • Feiúra – feiura • Baiúca – baiuca • Alauíta – alauita ATENÇÃO: Mantém o acento agudo quando a palavra é proparoxítona (feiíssimo, bauínia) ou oxítona (tuiuiú, teiú, teiús)
  • 42. Verbos arguir e redarguir • Nestes verbos, deixa-se de usar o acento agudo no u tônico quando na flexão este acento cai em sílaba do seu radical (flexões rizotônicas). Exemplo: Argúo – arguo Redargúo – redarguo Argúis – arguis Redargúis – redarguis Argúi – argui Redargúi – redargui Argúem – arguem Redargúem – redarguem Argúa – argua Redargúa – redargua Argúa – argua Redargúa – redargua Argúas – arguas
  • 43. Exceções • Palavras que antes eram escritas com hífen, e sofreram o processo de aglutinação: Girassol Madressilva Mandachuva Pontapé Paraquedas Paraquedistas Passatempo
  • 44. Os nomes de lugares geográficos (topônimos) com prefixos Grão e Grã, ou quando o primeiro elemento é verbal, e quando os elementos estão ligados por artigos, usa-se hífen: • Grão-Pará • Grã-Bretanha • Passa-Quatro (primeiro elemento verbal) • Trás-os-Montes (primeiro elemento verbal e artigo de ligamento) • Todos-os-Santos (elementos ligados por artigo)
  • 45. Têm hífen palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas: • Couve-flor • Erva-doce • Andorinha-do-mar • Bem-te-vi • Leão-marinho
  • 46. Usa-se hífen (não travessão) entre elementos que formam não uma palavra, mas um encadeamento vocabular: • Ponte Rio-Niterói • Liberdade-Igualdade-Fraternidade
  • 47. Não se usa hífen: • Locuções substantivas: Café da manhã Fim de semana Cão de guarda
  • 48. Locuções adjetivas • Cor de açafrão • Cor de vinho
  • 49. Locuções Pronominais • Cada um • Ele mesmo • Quem quer que seja
  • 50. Locuções Adverbiais • À vontade • À parte • Depois de amanhã
  • 51. Locuções Prepositivas • A fim de • Acerca de • Por meio de • A par de
  • 52. Locuções Conjuncionais • Contanto que • No entanto • Logo que
  • 53. Locuções que usam hífen por terem sidos consagradas pelo uso: • Água-de-colônia • Arco-da-velha • Cor-de-rosa • Mais-que-perfeito • Pé-de-meia • Ao Deus-dará • À queima-roupa
  • 54. Mudanças no uso do hífen em palavras compostas por prefixação e recomposição
  • 55. Geralmente, palavras compostas com prefixos ou falsos prefixos usa-se hífen se o segundo elemento começa por h: • Anti-histórico • Super-homem • Multi-horário • Mini-habitação
  • 56. Porém, quando se usam prefixos des- e in- caem o h e o hífen: • Desumano • Inabitável • Desonra • Inábil
  • 57. Também com os prefixos co- e re- caem o h e o hífen: • Coabitar • Coerdar • Reabilitar • Reabitar
  • 58. Passa a se usar hífen entre o prefixo e o segundo elemento quando o prefixo termina na mesma vogal pela qual começa o segundo elemento: • Antiinflamatório -> anti-inflamatório • Teleeducação -> tele-educação • Neoortodoxia -> neo-ortodoxia
  • 59. Nos prefixos terminados em a, já era uso vigente, agora consolidado pela regra: • Contra-almirante • Extra-articular • Ultra-alto
  • 60. Exceção: • O prefixo co- se aglutina com segundo elemento começado por o: Cooptar Coobrigação
  • 61. Exceção: O prefixo re- se aglutina com palavras começadas por e. • Reeleição • Reestudar • Reerguer
  • 62. Usa-se hífen com circum- e pan- quando seguidos de elemento que começa por vogal, m e n, além do já citado h: • Circum-navegação • Circum-meridiano • Pan-africano
  • 63. Prefixos hiper-, inter-, super-, ciber- e nuper- com o segundo elemento começando com letra r ou h: • Hiper-requintado • Inter-resistente • Super-radical • Inter-hospitalar
  • 64. E não se usa hífen em outros casos nos quais o prefixo termina em consoante e o segundo elemento começa em vogal ou consoante diferente de r ou h: • Subsequência • Sublinear • Interativo • Hiperativo • Superabundante • Hiperacidez • interlocução
  • 65. Quando o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s não se usa mais hífen e a consoante r ou s é duplicada: • Ultra-som -> ultrassom • Eco-sistema -> ecossistema • Mini-saia -> minissaia • Contra-regra -> contrarregra • Co-seno -> cosseno • Semi-reta -> semirreta • Anti-semita -> antissemita
  • 66. Não se usa hífen quando o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente ou consoante (se esta for r ou s, como visto antes, se duplica) • Auto-escola-> autoescola • Extra-escolar -> extraescolar • Co-piloto -> copiloto • Supra-estrutura -> supraestrutura • Auto-imune -> autoimune • Contra-ordem -> contraordem
  • 67. Sempre se usa hífen com os seguintes prefixos e falsos prefixos: • Ex- • Sota- • Vice- • Vizo- • Pré- • Pró- • Pós-
  • 68. Usa-se hífen nas formas verbais com pronomes átonos: • Diga-me • Vestir-se • Vingá-lo • Dizer-lhes
  • 69. Atenção! • Se a quebra de linha ocorre onde há um hífen gramatical, recomenda-se repetir o hífen no início da linha seguinte.
  • 70. Fonte Bibliográfica •CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Rio de Janeiro: Lexikon, 6ª ed..2013. •SGARIONI, Mariana. Novo acordo ortográfico: mudanças no jeito de escrever. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica- pedagogica/novo-jeito-escrever-424059.shtml •NOVA ESCOLA. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/novo-acordo-ortografico/