O documento discute a importância da educação sexual para jovens, abordando tópicos como a maturação física e emocional, influências sociais, e a transição para a vida adulta. Também destaca a relevância de ritos de iniciação e a necessidade de informação confiável nesse processo.
2. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
Uma vivência afectiva e
sexual plena é uma
condição fundamental
para o equilíbrio de
qualquer indivíduo. A
Educação Sexual
assume assim um papel
importante na
formação e informação
de todos os jovens
como forma de
fazermos nascer em
cada Ser a consciência
e a responsabilidade
perante as suas
escolhas.
3. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
Remontando à criação do homem, o
processo ritual da iniciação dos jovens na
vida sexual é acompanhado de uma
particular importância.
É um percurso individual, onde cabe o
amor, a insegurança, a expectativa, a
emoção e as sensações físicas. A
maturidade, tanto emocional como física,
passa por várias fases e as influências da
família, dos amigos, companheiros e
mesmo das mensagens implícitas ou
impostas pelos meios de comunicação e
grupos sociais podem originar reacções
muito diferenciadas, o que poderá afectar
a auto-estima do jovem.
4. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
Remontando à criação do homem, o
processo ritual da iniciação dos jovens na
vida sexual é acompanhado de uma
particular importância.
É um percurso individual, onde cabe o
amor, a insegurança, a expectativa, a
emoção e as sensações físicas. A
maturidade, tanto emocional como física,
passa por várias fases e as influências da
família, dos amigos, companheiros e
mesmo das mensagens implícitas ou
impostas pelos meios de comunicação e
grupos sociais podem originar reacções
muito diferenciadas, o que poderá afectar
a auto-estima do jovem.
5. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
A transição para a fase adulta e as
mudanças consequentes, podem
provocar tanto sensações de felicidade,
êxtase e orgulho, mas também, de
ansiedade, tensão, confusão e mesmo
de algum desespero. É ainda uma fase
de procura de informação fiável de
busca de resposta para muitas questões.
Neste processo de maturação, é decisiva
a liberdade de escolha, a
confidencialidade e o recurso a um
apoio compreensivo.
6. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
É importante salientar que o
jovem poderá não se sentir ou
não querer ser sempre
sexualmente activo.
Na maioria da sociedades, é um
momento marcante, para a
rapariga, a chegada da primeira
menstruação: a menarca. O seu
comportamento poderá sofrer
com as mudanças hormonais e as
adaptações do seu corpo, num
primeiro embate com a entrada
nas responsabilidades do mundo
adulto.
7. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
O ingresso neste mundo
está intimamente ligada a
ritos de iniciação, que se
diferenciam entre regiões
do mesmo país ou entre
países, mas constituem
uma importante parte da
cultura, tendo lugar na
puberdade e de formas
separadas para rapazes e
raparigas.
8. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
Esse momento pode ser traduzido
numa conversa entre um dos pais e o
filho(a), ou adquirir a dimensão uma
cerimónia comunitária, pretendendo-se
ensinar a lidar com a sexualidade e
outros aspectos da vida adulta,
ajudando a compreender um conjunto
de mudanças ocorridas no corpo. Numa
preparação para os desafios da vida em
sociedade, os ensinamentos são
transmitidos, consoante a tradição ou a
oportunidade, pelos pais, pela família,
por educadores, por pessoas mais
velhas e de experiência reconhecida...
9. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
Um dos aspectos mais importantes do rito de iniciação, em algumas
comunidades, é a circuncisão dos rapazes; um procedimento que deverá
ser executado em segurança numa clínica com condições higiénicas e
instrumentos esterilizados. É muito importante que os praticantes
estejam a par dos riscos para a saúde e da dor associada a este
procedimento.
10. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a
Sexualidade é uma energia que nos motiva
para encontrar amor, contacto, ternura e
intimidade. Integra-se no modo como nos
movemos, tocamos e somos tocados.
Influencia pensamentos, sentimentos, acções
e interacções e, por isso, influencia a nossa
saúde física e mental.
Ou ainda segundo Merleau Ponty (1975), a
sexualidade é todo o nosso ser, um ser
humano sem sistema sexual é tão
incompreensível quanto um ser humano sem
pensamento.
11. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
As atitudes e as crenças face à
sexualidade são predisposições que
vão sendo consolidadas, em particular
na adolescência, através das
experiências de vida ou da
aprendizagem com os pares. De
acordo com Félix López, esta
predisposição pode ser subdividida em
crenças (componente cognitiva da
atitude), sentimentos (componente
afectiva da atitude), e ainda numa
disposição para o comportamento
(componente comportamental).
12. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
Durante a adolescência a estrutura
valorativa entra muitas vezes em
ruptura, e as atitudes entram muitas
vezes em contradição com o sistema de
crenças. O comportamento nesta fase do
ciclo de vida contraria um sistema
valorativo muitas vezes imposto por pais
e educadores. A procura de um próprio
mapa valorativo conduz o jovem a
atitudes contraditórias e a uma
constante procura de harmonia entre
crenças e atitudes. A Educação Sexual
procura de certa forma capacitar para a
reflexão, responsabilização e para o
desenvolvimento de atitudes positivas
face à sexualidade.
13. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
As atitudes podem mudar ao longo da
vida e podem ir desde uma atitude
conservadora – erotofóbica - em que a
sexualidade é vista unicamente no sentido
da reprodução, até uma atitude liberal –
erotofílica -, na qual a sexualidade é
entendida como dimensão humana com
múltiplas possibilidades. A mudança num
ou noutro sentido depende de numerosos
factores, todavia, conhecendo-se a
estrutura de determinada atitude, é mais
fácil compreender certos
comportamentos sexuais e levar a cabo
intervenções que facilitem a mudança
(López, 1999).
14. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
A atitude de mudança social face à sexualidade afastou-nos de uma
perspectiva de negação, interdição, proibição e obsessão dominada
pela ideologia judaico-cristã. Esta perspectiva assentava num modelo
dualista de corpo (matéria impura) e alma (matéria pura), dando
origem ao modelo biomédico, a uma estrutura social e legislativa de
proibição e recriminação da sexualidade. Todavia, para muitos, as
atitudes socais face à sexualidade, confrontadas com um boom da
comercialização da imagem e do sexo, mudaram-se do campo da
interdição para o campo da permissividade. Aqui nasce uma certa
preocupação social face à importância do meio escolar como campo
propício à correcta e equilibrada Educação Sexual.
22. E.B. 2,3 Luís de Sttau Monteiro
•Federação Internacional para o Planeamento Familiar, BBC World Service
• Bennett, P., & Murphy, S. (1999) Psicologia e Promoção da Saúde (traduç. portuguesa). Lisboa: Climepsi
Editores.
•Equipa de Apoio Técnico sobre Educação Sexual (EATES) ao Centro Nacional da Rede de Escolas Promotoras
de Saúde (2000). A Educação Sexual em Meio Escolar – Linhas Orientadoras. Lisboa: Ministério da Educação
e Ministério da Saúde.
•López, F. (1995). Amor, Erotismo, Biologia e Educação Sexual. Sexualidade e Planeamento Familiar, S.2 (6), 8-
12.
•López, F., & Fuertes, A. (1999). Para Compreender a Sexualidade (traduç. portuguesa). Lisboa: APF.
•López, F.,García, C., Montero, M., Rodríguez, J. A., & Fuertes, A. (1986). Educacíon Sexual en la Adolescencia.
Salamanca: Edições Universidade de Salamanca.
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Jan/Jun 1998 ), 10-12.
•Vaz, J.M., Vilar, D., & Cardoso, S. (1996). Educação Sexual na Escola. Lisboa: Universidade Aberta.
•Vilar, D. (1987). Aprendizagem Sexual e Educação Sexual. In Sexologia em Portugal: sexualidade e cultura, II
Vol. (pp.165-180). Lisboa, Texto Editora.