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1 A organização nacional do sector da água: pontos fortes e pontos fracos. Como pode a PPA contribuir para uma melhor consolidação. um contributo português para  o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
2 O que são e o que caracteriza os serviços de águas? um contributo português para  o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
O abastecimento público de água e o saneamento de águas residuais  O abastecimento público de água e o saneamento de águas residuais urbanas constituem: ,[object Object]
essenciais ao bem-estar dos cidadãos, à saúde pública e às actividades económicas.São componentes essenciais do desenvolvimento sustentável e devem obedecer a princípios de: ,[object Object]
adequação em quantidade e qualidade;
eficiência e equidade de preços.Estes serviços são prestados em regime de monopólio natural, de base local ou regional.
4 Quais os grandes desafios dos serviços de águas? um contributo português para  o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, aprovados pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2000, estabelecem objectivos para estes serviços em termos de cobertura da população.  Recentemente as Nações Unidas declararam o acesso à água como um “direito humano”. Contudo, a situação destes serviços em muitas regiões do mundo está ainda muito longe de atingir esses objectivos.  A nível europeu as exigências são naturalmente maiores. Uma das razões é a frequente  implementação de medidas isoladas e desenquadradas, em prejuízo de uma adequada organização global do sector.
6 Como respondeu Portugal a esses desafios a nível europeu dos serviços de águas? um contributo português para  o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
A reforma do sector em Portugal Em 1993 Portugal considerou essencial fazer uma reforma  do sector para garantir o desenvolvimento sustentável dos serviços de águas, compreendendo:  ,[object Object]
enquadramento institucional;
enquadramento legislativo;
modelos de governância;
organização territorial;
infra-estruturas;
recursos financeiros;
recursos humanos;
qualidade de serviço;
recuperação de custos;
protecção dos consumidores;
investigação e desenvolvimento;
quadro regulatório.Perspectiva holística da reforma!
8 Como implementou Portugal a reforma dos serviços de águas? um contributo português para  o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
A estratégia nacional Portugal passou a dispor de uma estratégia nacional materializada no Plano Estratégico de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais (PEAASAR). ,[object Object]
Essa estratégia tem tido grande estabilidade  ao longo das três gerações de Planos (1993-1999; 2000-2006; 2007-2013), contribuindo para a sua efectiva implementação;
Cada geração procura corrigir alguns aspectos menos conseguidos da geração anterior;,[object Object]
Clara definição dos titulares do serviço e das entidades gestoras;
Clara definição da regulação relevante para o sector:
Regulador dos serviços de águas;
Regulador de saúde pública;
Regulador da concorrência;
Regulador(es) dos recursos hídricos;
Regulador ambiental.Regulador dos serviços Entidade gestora do serviço Regulador da saúde pública Titular do serviço Autoridade da concorrência Reguladores dos recursos hídricos Recursos hídricos Regulador ambiental
O enquadramento legislativo  REGULAMENTO TARIFÁRIO (Recomendações IRAR n.º 1/2009, ERSAR n.º 1/2010 e P ERSAR n.º 2/2010) REGIME JURÍDICO DOS SERVIÇOS MUNICIPAIS OU INTERMUNICIPAIS (Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de Agosto, e Decreto-Lei n.º 90/2009, de 9 de Abril) Portugal dispõe de um enquadramento legislativo adequado, abrangente e moderno. ,[object Object]
Adequado enquadramento jurídico da regulação;
Adequado enquadramento jurídico ou orientador a nível tarifário, da qualidade de serviço, da qualidade da água e técnico.

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Organização nacional do sector da água em Portugal

  • 1. 1 A organização nacional do sector da água: pontos fortes e pontos fracos. Como pode a PPA contribuir para uma melhor consolidação. um contributo português para o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
  • 2. 2 O que são e o que caracteriza os serviços de águas? um contributo português para o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
  • 3.
  • 4.
  • 6. eficiência e equidade de preços.Estes serviços são prestados em regime de monopólio natural, de base local ou regional.
  • 7. 4 Quais os grandes desafios dos serviços de águas? um contributo português para o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
  • 8. Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, aprovados pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2000, estabelecem objectivos para estes serviços em termos de cobertura da população. Recentemente as Nações Unidas declararam o acesso à água como um “direito humano”. Contudo, a situação destes serviços em muitas regiões do mundo está ainda muito longe de atingir esses objectivos. A nível europeu as exigências são naturalmente maiores. Uma das razões é a frequente implementação de medidas isoladas e desenquadradas, em prejuízo de uma adequada organização global do sector.
  • 9. 6 Como respondeu Portugal a esses desafios a nível europeu dos serviços de águas? um contributo português para o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
  • 10.
  • 23. 8 Como implementou Portugal a reforma dos serviços de águas? um contributo português para o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
  • 24.
  • 25. Essa estratégia tem tido grande estabilidade ao longo das três gerações de Planos (1993-1999; 2000-2006; 2007-2013), contribuindo para a sua efectiva implementação;
  • 26.
  • 27. Clara definição dos titulares do serviço e das entidades gestoras;
  • 28. Clara definição da regulação relevante para o sector:
  • 33. Regulador ambiental.Regulador dos serviços Entidade gestora do serviço Regulador da saúde pública Titular do serviço Autoridade da concorrência Reguladores dos recursos hídricos Recursos hídricos Regulador ambiental
  • 34.
  • 36. Adequado enquadramento jurídico ou orientador a nível tarifário, da qualidade de serviço, da qualidade da água e técnico.
  • 37. Esse enquadramento assegura a existência de regras claras sobre o funcionamento do sector e relação entre as partes.
  • 38. Algumas orientações necessitam ainda de evoluir para legislação.REGULAMENTO DA QUALIDADE DE SERVIÇO (em preparação) REGIME JURÍDICO DOS SERVIÇOS MULTIMUNICIPAIS (Decreto-Lei n.º 195/2009, de 20 de Agosto) REGULAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA CONSUMO (Decreto-Lei n.º 306/2007) REGIME JURÍDICO DA REGULAÇÃO (Decreto-Lei n.º 277/2009, de 2 de Outubro) REGULAMENTO TÉCNICO (Decreto-Regulamentar n.º 23/95, Decreto-lei n.º 183/2009 e Decreto-lei n.º 85/2005)
  • 39.
  • 40. Possibilidade de participação do Estado, dos Municípios e de operadores privados na gestão dos serviços;
  • 41. Possibilidade de opção entre diversos modelos de governância, contemplando gestão directa, delegada e concessionada;
  • 42. Introdução de alguma concorrência;
  • 43. Contribuição para alguma dinamização do tecido empresarial privado.Serviços Estatais (em geral em alta) Serviços Municipais (em geral em baixa) Gestão directa Gestão directa Gestão delegada (>1998) Gestão delegada (>1998) Gestão concessionada (>1993) Gestão concessionada (>1993)
  • 44.
  • 45. Início de um processo de integração de alguns sistemas municipais com aproveitamento de economias de escala, em geral prestando serviço em “baixa”;
  • 46. Integração de águas/saneamento para aproveitamento de economias de gama;
  • 47. Criação de condições para uma gestão mais empresarial e eficiente.Sa neamento em alta Saneamento em baixa
  • 48.
  • 49. Elevado património de infra-estruturas:
  • 50. 5.449 captações + 8.500 km adutores + 24.500 km redes + 8.300 reservatórios + 423 estações de tratamento;
  • 51. 1.300 km emissários + 10.000 km redes de colectores + 1.617 estações de tratamento + 2.095 fossas públicas.
  • 52. Maior cumprimento da legislação de saúde pública e ambiental:
  • 53. na qualidade da água para consumo humano;
  • 54. na qualidade das águas balneares costeiras e de transição e das águas balneares interiores.
  • 55. Melhoria ainda insuficiente nas águas residuais.11
  • 56.
  • 57. Grandes investimentos efectuados na infra-estruturação do País:
  • 58. 5600 milhões de euros investidos entre 1993 a 2009;
  • 59. 4500 milhões de euros previstos para 2010-2013.
  • 60. Evolução da actual fase de “infra-estruturação” para uma fase de “exploração/renovação”;
  • 61.
  • 62. Bom conhecimento de procedimentos e tecnologias avançadas, nomeadamente em termos de práticas europeias;
  • 63. Experiência na construção e gestão de grande diversidade de sistemas de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais, urbanos e rurais;
  • 64.
  • 65. Foram introduzidos em 2004 os mecanismos de avaliação regular e de benchmarking no universo das entidades concessionárias, com valores de referência definidos pela entidade reguladora;
  • 66. Em 2012 serão alargados os mecanismos de avaliação regular e de benchmarking ao restante universo de entidades gestoras;
  • 67.
  • 69. Resposta à preocupação com a sustentabilidade do sector, pois a recuperação de custos por via tarifária é ainda muito baixa:
  • 70. 84 % no abastecimento de água;
  • 71. 50 % no saneamento de águas residuais.
  • 72.
  • 73. Direito ao serviços, garantia de fornecimento e direito à continuidade do serviço.
  • 74. Direito de acesso económico aos serviços:
  • 75. Tarifas compatíveis com a capacidade económica das populações, indicadores de acessibilidade económica, tarifa volumétrica com escalões progressivos, extinção da cobrança autónoma da contratação e da ligação, tarifário social, tarifário familiar e proibição da exigência de caução.
  • 76. Direito à qualidade dos serviços;
  • 77. Direito à qualidade da água para consumo;
  • 78. Direito à informação sobre os serviços;
  • 79. Direito à reclamação sobre os serviços;
  • 80.
  • 81. Exemplo do projecto europeu Technau, com a duração de 6 anos e envolvendo uma centena de investigadores, nomeadamente portugueses (LNEC), e entidades gestoras (EPAL), que produziu o melhor conhecimento de ponta sobre qualidade da água nas redes de distribuição.
  • 82. Tem-se verificado um aumento de doutorados e de publicações científicas mas não de patentes.
  • 83.
  • 84. Tem sido possível promover a eficácia e eficiência das entidades gestoras e reduzir os riscos para os consumidores, com a melhoria da prestação serviços com qualidade e a preços socialmente aceitáveis;
  • 85. A regulação passou a ter recentemente poderes de intervenção universal a todas as entidades gestoras.Contribuição para uma melhor organização do sector Monitorização legal e contratual ao longo do ciclo de vida Regulação económica das entidades gestoras Contribuição para a clarificação das regras do sector Regulação da qualidade de serviço prestado Actividades regulatórias complementares: Elaboração e divulgação regular de informação Regulação da qualidade da água p/ consumo humano Apoio à capacitação técnica das entidades gestoras Análise de reclamações de consumidores
  • 86. 22 Que resultados obteve Portugal dessa reforma dos serviços de águas? um contributo português para o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
  • 87.
  • 88. Qualidade da água segura para consumo humano;
  • 89. Cobertura da população com saneamento de águas residuais incluindo tratamento;
  • 90. Qualidade das águas balneares costeiras e de transição;
  • 91.
  • 92. A evolução dos serviços de águas em Portugal (1993-2009) Estamos finalmente a atingir valores ao nível do melhor que se passa na Europa. Grande avanço nos parâmetros microbiológicos. Controlo de 50 parâmetros de qualidade, de acordo com a exigente legislação europeia
  • 93. A evolução dos serviços de águas em Portugal Meta 90% Evolução Ainda distante da meta do PEAASAR II Evolução da população servida com sistemas públicos de saneamento (1993/2008) Fonte: INSAAR, INAG
  • 94. A evolução dos serviços de águas em Portugal
  • 95. A evolução dos serviços de águas em Portugal
  • 96. 29 Quais os pontos fortes e fracos das capacidades de Portugal nos serviços de águas? um contributo português para o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY
  • 97.
  • 98. Os resultados são genericamente muito positivos;
  • 99. Há um reconhecimento internacional alargado desse sucesso (EU, OCDE, BEI, IWA, etc.);
  • 100.
  • 101.
  • 103.
  • 104. Empresas de construção, fabricantes e fornecedores de materiais e equipamentos;
  • 105. Empresas de fiscalização, laboratórios analíticos e de ensaios e empresas gestoras da qualidade;
  • 106.
  • 113. de gestão de recursos humanos;
  • 114. de qualidade de serviço;
  • 116. de protecção dos consumidores;
  • 117. de investigação e desenvolvimento;
  • 118.
  • 119.
  • 120. A abordagem de sucesso que desenvolveu e que é reconhecida internacionalmente;
  • 121. O bom conhecimento que tem de outras culturas.Pode apoiar uma evolução sustentável de serviços de águas noutros países, contribuindo para o acesso tendencialmente universal, continuidade e qualidade de serviço e eficiência e equidade de preços. Pode aproveitar o nova dinâmica do acesso à água como direito humano.
  • 122. 36 Fim um contributo português para o desenvolvimento do sector da Água no Mundo 24 de Setembro 2009 Whatever we possess becomes of double value when we have the opportunity of sharing it with others. BOILLY