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Brasil: 1945 - 1964
O Fim da Era Vargas
• Ao perceber que estava prestes a perder o
poder, em 1945, Getúlio Vargas patrocinou a
formação de dois partidos políticos: o Partido
Social Democrático (PSD), que representava
os interesses das oligarquias vinculadas aos
interventores getulistas; e o Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB), vinculado à
estrutura sindical trabalhista subordinada ao
Estado varguista.
• As manobras políticas de Getúlio foram mais
além, com a legalização do Partido Comunista
Brasileiro (PCB) que havia sido desarticulado e
perseguido durante seu governo ditatorial. O
PSB, o PTB e o PCB patrocinaram um amplo
movimento que pregava a "Constituinte com
Getúlio".
• Conhecido também como movimento
"queremista", a aliança entre essas forças
políticas em apoio a um governo de "União
nacional com Getúlio" alertou os chefes militares
para a possibilidade de Vargas vir a boicotar as
eleições, com objetivo de se manter no cargo.
Por conta disso, em 29 de outubro de 1945, um
golpe liderado pelos generais Góes Monteiro e
Eurico Gaspar Dutra depuseram Getúlio Vargas
da presidência da República.
As Eleições de 1945:
• Na disputa eleitoral para presidência da
República, a UDN que era representante dos
setores liberais conservadores lançou como
candidato o brigadeiro Eduardo Gomes; o PTB
em aliança com o PSD lançou o nome do
general Eurico Gaspar Dutra; e o PCB lançou
como candidato Yedo Fiuza.
Brigadeiro Eduardo Gomes:
• Brigadeiro, bonito e solteiro? Sim! Esse era o
slogan da campanha do Brigadeiro Eduardo
Gomes. Não levou o cargo, mas acabou
imortalizado pelo docinho de chocolate,
inventado durante a campanha.
Eurico Gaspar Dutra:
• O general Eurico Gaspar Dutra venceu as
eleições com 55%, enquanto Eduardo Gomes
alcançou 35% e Yedo Fiúza, 10%.
Yedo Fiúza:
• Vargas foi eleito senador por RS e SP e deputado
por Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito
Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e
Bahia em uma eleição consagradora totalizando
cerca de 1.150.000 votos.
As eleições, como a posse da presidência e a
instalação da constituinte foram passos decisivos
na redemocratização do Brasil.
Em 18 de setembro de 1946 a Constituição foi
promulgada.
Constituição de 1946:
• Durante o governo do presidente Dutra foi
elaborada a Constituição de 1946. De caráter
democrático, reafirmou as liberdades da
Constituição de 1934.
• Restabeleceu as eleições diretas para
presidente, governadores e prefeitos. Foram
mantidas as eleições diretas para senadores,
deputados federais, estaduais e vereadores;
• Garantiu a igualdade de todos os cidadãos
perante a lei;
• Estabeleceu a liberdade de manifestação de
pensamento. A censura só poderia ocorrer em
espetáculos voltados para a diversão pública;
• Liberdade de crença e de realização de cultos
e outras atividades religiosas;
• Determinou a separação e harmonia entre os
poderes ( o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário seriam independentes e
funcionariam em equilíbrio).
• Incorporou a CLT, elaborada durante o
governo Vargas.
• A Constituição de 1946, que apresentava uma
emenda proibindo o registro de partidos
políticos contrários ao regime representativo.
• Por isso, o Partido Comunista do Brasil foi
fechado em 1947 e cassados os mandatos de
seus representantes parlamentares.
• Quanto à política externa, a aliança com os
Estados Unidos foi reforçada. Em decorrência
disso, o Brasil foi um dos primeiros países
ocidentais a romper relações com a União
Soviética. Durante a época da Guerra Fria, o
país manteve-se aliado aos norte-americanos.
• O governo Dutra pregava a não intervenção
do Estado na economia e a liberdade de ação
para o capital estrangeiro. Sua política
econômica fez crescer a inflação e a dívida
externa. Em um ano de liberação cambial, o
presidente esgotou as nossas reservas
cambiais.
O Governo Dutra:
• Fechou sindicatos e prendeu sindicalistas que
faziam oposição ao governo;
• Criou a Escola Superior de Guerra voltada
para a formação de oficiais militares;
• Criou incentivos favorecendo a instalação de
grandes empresas estrangeiras no Brasil;
Companhia Hidrelétrica São Francisco:
• Criou o Plano SALTE (focado nas áreas de
Saúde, Alimentação, Transportes e Energia).
Com falta de recursos para investimentos,
poucas ações do plano viraram realidade;
• Construiu a rodovia ligando São Paulo ao Rio
de Janeiro (atual rodovia Presidente Dutra).
Eleições de 1950:
• A campanha eleitoral de Getúlio durou apenas
53 dias, nos quais ele, um homem então com
67 anos, visitou o Rio de Janeiro e vinte
Estados da Federação, pronunciando cerca de
oitenta discursos.
Getúlio em Cuiabá:
• O resultado eleitoral espelhou a grande
popularidade do velho político. Aos sessenta e
oito anos Getúlio era eleito com um número
de votos pouco menor do que a soma dos
votos de seus dois principais adversários, o
Brigadeiro Eduardo Gomes, da UDN e
Cristiano Machado, do PSD.
• Getúlio teve 3.849.040 votos, 48,7% do total
dos votos válidos, contra 2.342.384 votos de
Eduardo Gomes, 28,6% do total e 1.697.193
votos conferidos a Cristiano Machado, 21,5%
do total.
O 2º Governo de Getúlio Vargas:
• Vargas, logo ao entrar no poder, criou o Plano
Lafer (Plano Nacional de Reaparelhamento
Econômico), que tinha o objetivo de definir as
prioridades econômicas do governo;
• No primeiro ano de mandato, Vargas enviou
ao Congresso Nacional um projeto de criação
de uma empresa de petróleo do governo (que
viria a ser a Petrobrás).
• Além disso, liberou a organização sindical,
com o objetivo de estimular a sindicalização;
• Em 1952, foi criado o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico (BNDE) para o
ajudar no desenvolvimento industrial, com
planos técnicos e apoio financeiro;
• Em 1952, o sistema nacional de geração de
energia elétrica foi estatizado e foi criado um
decreto que limitou em 10% a remessa de
lucros às empresas estrangeiras que estavam
no país;
• Sob o lema “o petróleo é nosso”, reúnem-se
sindicatos, organizações estudantis, militares
nacionalistas, alguns empresários, grupos de
intelectuais e militantes comunistas.
• Os setores contrários ao monopólio e
favoráveis à abertura ao capital estrangeiro
incluem parte do empresariado, políticos da
UDN e do PSD e grande imprensa.
• O debate toma conta dos país e a solução
nacionalista sai vitoriosa: em 3 de outubro de
1953 é criada a Petrobrás (lei 2004) empresa
estatal que monopoliza a exploração e refino
do petróleo. A decisão desagrada aos EUA,
que, em represália, cancelam acordos de
transferência de tecnologia e estabelecidos
com o Brasil.
• Empresas norte-americanas derrubam os
preços do café no mercado internacional.
• O nacionalismo de Vargas faz crescer a
oposição. Em 1954, políticos da UDN, boa
parte dos militares e da grande imprensa,
trabalham abertamente pela deposição do
presidente.
• Depois da entrada de Vargas à Presidência,
sindicatos buscaram recuperar perdas salariais
acumuladas no governo Dutra, com isso
ocorreram mais duas Greves Gerais, uma no
Rio de Janeiro e outra em São Paulo;
•
• Cedendo às pressões, Getúlio Vargas aceitou a
proposta de João Goulart, ministro do
Trabalho, de conceder 100% de aumento para
o salário mínimo. Com isso, os empresários
passou a atacar Vargas, acusando-o de
preparar um golpe de Estado;
• Ele teve que substituir o ministro do Trabalho.
• Jornais e emissoras de rádio passaram a servir
de meios de difusão de acusações e
pensamentos da UDN;
• Uma campanha difamatória foi criada por
Carlos Lacerda ( dono do jornal Tribuna da
Impresa). Outros grandes opositores foram o
jornal O Globo e O Estado de São Paulo;
Carlos Lacerda:
• A crise política chegou ao máximo em agosto
de 1954 quando Carlos Lacerda foi vítima de
um atentado na madrugada do dia 5 em que
saiu com ferimentos leves, mas seu amigo,
major Rubens Vaz, acabou morto.
Carlos Lacerda:
• Os militares provaram que os criminosos
cumpriam ordens de Gregório Fortunato,
Guarda Pessoal de Getúlio Vargas que era
cegamente leal a ele. Porém, Getúlio não
sabia da iniciativa de Gregório.
• Com isso, as forças de oposição passaram a se
organizar para exigir a renúncia ou a
deposição do presidente;
• No dia 24 de agosto, um ultimato dos
generais, assinado pelo ministro da Guerra,
Zenóbio da Costa, foi entregue a Vargas.
• Vargas surpreendeu a todos: na mesma
manhã de 24 de agosto, se matou com um tiro
no coração, deixando ao povo uma carta-
testamento denunciando seus inimigos.
• A notícia do suicídio causou uma grande
comoção e revolta na grande massa da
população, que passou a acusar a UDN e
outros setores internacionais como
causadores da morte do adorado presidente.
• No Rio de Janeiro a reação popular é violenta:
chorando, populares saem às suas,
empastelam vários jornais de oposição,
atacam a embaixada dos EUA e muitos
políticos udenistas, entre eles Lacerda, têm de
se esconder. Os conflitos são contidos pelas
Forças Armadas.
Carta Testamento:
• “Mais uma vez, a forças e os interesses contra
o povo coordenaram-se e novamente se
desencadeiam sobre mim. Não me acusam,
insultam; não me combatem, caluniam, e não
me dão o direito de defesa. Precisam sufocar
a minha voz e impedir a minha ação, para que
eu não continue a defender, como sempre
defendi, o povo e principalmente os humildes.
• Sigo o destino que me é imposto. Depois de
decênios de domínio e espoliação dos grupos
econômicos e financeiros internacionais, fiz-
me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o
trabalho de libertação e instaurei o regime de
liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao
governo nos braços do povo.
• A campanha subterrânea dos grupos
internacionais aliou-se à dos grupos nacionais
revoltados contra o regime de garantia do
trabalho. A lei de lucros extraordinários foi
detida no Congresso. Contra a justiça da
revisão do salário mínimo se desencadearam
os ódios.
• Quis criar liberdade nacional na
potencialização das nossas riquezas através da
Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a
onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi
obstaculada até o desespero. Não querem
que o trabalhador seja livre. Não querem que
o povo seja independente. Assumi o Governo
dentro da espiral inflacionária que destruía os
valores do trabalho.
• Os lucros das empresas estrangeiras
alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações
de valores do que importávamos existiam
fraudes constatadas de mais de 100 milhões
de dólares por ano. Veio a crise do café,
valorizou-se o nosso principal produto.
Tentamos defender seu preço e a resposta foi
uma violenta pressão sobre a nossa economia,
a ponto de sermos obrigados a ceder.
• Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a
hora, resistindo a uma pressão constante,
incessante, tudo suportando em silêncio, tudo
esquecendo, renunciando a mim mesmo, para
defender o povo, que agora se queda
desamparado. Nada mais vos posso dar, a não
ser meu sangue.
• Se as aves de rapina querem o sangue de
alguém, querem continuar sugando o povo
brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha
vida. Escolho este meio de estar sempre
convosco. Quando vos humilharem, sentireis
minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a
fome bater à vossa porta, sentireis em vosso
peito a energia para a luta por vós e vossos
filhos.
• Quando vos vilipendiarem, sentireis no
pensamento a força para a reação. Meu
sacrifício vos manterá unidos e meu nome
será a vossa bandeira de luta. Cada gota de
meu sangue será uma chama imortal na vossa
consciência e manterá a vibração sagrada para
a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
E aos que pensam que me derrotaram
respondo com a minha vitória.
• Era escravo do povo e hoje me liberto para a
vida eterna. Mas esse povo de quem fui
escravo não mais será escravo de ninguém.
Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma
e meu sangue será o preço do seu resgate.
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei
contra a espoliação do povo. Tenho lutado de
peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia
não abateram meu ânimo.
• Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a
minha morte. Nada receio. Serenamente dou
o primeiro passo no caminho da eternidade e
saio da vida para entrar na História.
• (Rio de Janeiro, 24/08/54 - Getúlio Vargas)
Palácio do Catete:
Quarto de Vargas:
Velório de Vargas:
Embarque para São Borja:
• Com a morte de Vargas, vice-presidente Café
Filho assumiu o governo e ficou encarregado
de completar o mandato até o fim de 1955. O
suicídio de Vargas, porém, acabou sendo
muito explorado, tanto por políticos que o
apoiavam, quanto pela oposição, nas eleições
de 1955.
Café Filho:
• João Fernandes Campos Café Filho, ou
simplesmente Café Filho, como era mais
conhecido no meio político, teve um curto
mas agitado governo. Durante os pouco mais
de 14 meses em que ocupou a Presidência da
República,
• Café Filho teve que conciliar os problemas
econômicos herdados do governo anterior
com o acirramento político provocado pelo
cenário aberto com a morte de Getúlio
Vargas.
Eleições de 1955:
• No ano de 1955, Juscelino Kubitschek foi
eleito presidente, juntamente com o vice-
presidente João Goulart. Naquele período, as
eleições para presidente e vice eram
separadas. João Goulart recebeu mais votos
que Juscelino, que se consolidou como o
presidente mais votado naquela eleição, com
36% dos votos, seguido por Juarez Távora
30%.
A sucessão presidencial:
• Em 1955, durante a disputa presidencial, o
PSD, partido que Vargas fundara uma década
antes, lançou o nome de Juscelino
Kubitscheck à Presidência da República. Na
disputa para vice-presidente, que na época
ocorria em separado da corrida presidencial,
Juscelino Kubitschek:
João Goulart (Jango):
• Durante a campanha política partidária
Juscelino Kubitschek realizou duas principais
promessas: a primeira era transferir a capital
do Brasil para o Planalto Central (a construção
de Brasília)
• e a segunda, anunciar o Plano de Metas que
tinha como principal slogan o
desenvolvimentismo como modelo
econômico. O Plano de Metas tinha como
principal lema: fazer desenvolver o Brasil “50
anos em 5”.
• A pressão da UDN para que Café Filho
impedisse a posse dos novos eleitos
intensificou-se logo após a divulgação dos
resultados oficiais, que davam a vitória à
chapa PSD-PTB. De outro lado, entre os
militares, também surgiam divergências
quanto ao resultado das urnas.
• A principal delas ocorreu quando um coronel
declarou-se contrário à posse de JK e Jango,
numa clara insubordinação ao ministro da
Guerra, marechal Henrique Teixeira Lott, que
havia se posicionado a favor do resultado.
Henrique Teixeira Lott:
• A intenção de Lott em punir o coronel,
entretanto, dependia de autorização do
presidente da República, que em meio a
tantas pressões foi internado às pressas num
hospital do Rio de Janeiro.
• Afastado das atividades políticas, Café Filho
foi substituído, no dia 08 de novembro de
1955, pelo primeiro nome na linha de
sucessão, Carlos Luz, presidente da Câmara
dos Deputados.
Carlos Luz:
• Carlos Luz era ligado à UDN e decidiu não
autorizar o marechal Lott a seguir em frente
com a punição, o que provocou sua saída do
Ministério da Guerra.
Marechal Henrique Teixeira Lott:
• A partir de então, Henrique Lott iniciou uma
campanha contra o presidente em exercício,
que terminou na sua deposição, com apenas
três dias de governo.
• Acompanhado de auxiliares civis e militares,
Carlos Luz refugiou-se no prédio da Marinha e,
em seguida, partiu para a cidade de Santos, no
litoral paulista.
• Com a morte de Vargas, a internação de Café
Filho e a deposição de Carlos Luz, o próximo
na linha de sucessão seria o presidente o
Senado.
Nereu Ramos:
• Nereu Ramos, o presidente do senado,
assumiu a Presidência da República e
reconduziu Lott ao cargo de ministro da
Guerra. Subitamente, Café Filho tentou
reassumir o cargo, mas foi vetado por
Henrique Lott e outros generais que o
apoiavam. Café Filho era acusado de conspirar
contra a posse de JK e Jango.
• No dia 22 de novembro, o Congresso Nacional
aprovou o impedimento para que ele
reassumisse a Presidência da República. Em
seu lugar, permaneceu o senador Nereu
Ramos, que transmitiu, sob Estado de Sítio, o
governo ao presidente constitucionalmente
eleito: Juscelino Kubitscheck, o "presidente
bossa nova".
Nereu Ramos:
O governo de Juscelino Kubitschek
(1956-1961)
• Juscelino foi o último presidente da República
a assumir o cargo no Palácio do Catete. Foi
empossado em 31 de janeiro de 1956, e,
governou por 5 anos, até 31 de janeiro de
1961., seu vice-presidente foi João Goulart.
Com ele, o Brasil viveu anos de otimismo
embalados pelo sonho da construção de
Brasília, a nova capital do país.
• O mandato de Juscelino Kubitschek ficou
conhecido como o mais expressivo
crescimento da economia brasileira. O lema
usado foi "Cinquenta anos de progresso em
cinco anos de governo".
• Para cumprir as promessas, foi elaborado o
Plano de Metas, que tinha como objetivo um
acelerado crescimento econômico a partir da
expansão do setor industrial, com
investimentos na produção de: aço, alumínio,
metais não-ferrosos, cimento, papel e
celulose, borracha, construção naval,
máquinas pesadas e equipamento elétrico.
• Para isso dar certo, JK apoiou a entrada de
multinacionais e transnacionais para o Brasil.
Como consequência, houve um agravamento
na inflação, fazendo com que a abertura da
economia ao capital estrangeiro gerasse uma
• desnacionalização econômica, porque estas
empresas passaram a controlar setores
industriais da economia do Brasil.
• Ele construiu 20 mil km de estradas e
pavimentou mais 5 mil para atrair
multinacionais para o país.
• Mas, se por um lado o Plano de Metas
alcançou os resultados esperados, por outro,
foi responsável pela consolidação de um
capitalismo extremamente dependente que
sofreu muitas críticas.
• O presidente tratou também de atender
reivindicações específicas da corporação
militar, no plano dos vencimentos e de
equipamento. Tentou manter, tanto quanto
possível, o movimento sindical sob controle.
• O governo de JK estava mais voltado para o
incentivo à indústria automobilística do que
para as carências e necessidades da
população. A indústria automobilística foi a
grande alavanca que impulsionou a
industrialização brasileira nos anos 50 e 60.
• JK não contou com o fato de os bens
produzidos pelas indústrias eram acessíveis
apenas a uma pequena parte do país, já que a
maior parte era formada pro trabalhadores,
uma classe marginalizada, já que a riqueza era
concentrada nas mãos de poucos.
• O PIB brasileiro cresceu 7% e a renda per
capita aumentou, mas esse progresso gerou
muitas dívidas e as exportações não estavam
gerando lucros o suficiente para sanar o
problema, e desse modo o governo de
Juscelino não conseguiu controlar a inflação
que subia e desvalorizava a moeda brasileira.
• A sorte de Juscelino foi que esses problemas
só vieram à tona quando seu mandato estava
bem perto do fim, e isto não abalou a sua
imagem diante da população, que até hoje o
considera como um político visionário e de
grande responsabilidade pelo
desenvolvimento do país.
As eleições 1960:
• Jânio da Silva Quadros foi eleito presidente do
Brasil, através do voto direito, nas eleições
presidenciais de 1960. Jânio, que já havia sido
vereador, prefeito e governador do estado de
São Paulo, fez uma campanha eleitoral
baseada na identificação com as massas.
• Passou a ideia de um cidadão simples (homem
do povo) que tinha como objetivo moralizar o
país. Como símbolo da campanha usou uma
vassoura, pois dizia que ia varrer tudo que
havia de errado no Brasil (principalmente a
corrupção).
• Jânio afirmava também, durante a campanha,
que não tinha vínculo com os políticos
tradicionais e com as forças poderosas do
país. Faria se fosse eleito, um governo voltado
para os interesses populares. Mas, não
explicava a maneira pela qual iria resolver os
principais problemas nacionais.
• A campanha foi bem sucedida e Jânio venceu
as eleições de 1960 com cerca de seis milhões
de votos.
• Seu vice presidente era João Goulart.
A Posse de Jânio Quadros:
• Para superar o problema da inflação e o visível
déficit público, Jânio procurou reduzir a
concessão de crédito e congelou o valor do
salário mínimo. Além disso, aprovou uma
reforma da política cambial que atendia as
demandas dos credores internacionais.
• Jânio buscou afastar-se das tradicionais forças
políticas do país. Acredita que assim teria mais
liberdade para governar, pois não teria
compromissos com partidos políticos. Desta
forma, as negociações com o Congresso
Nacional ficaram difíceis e, muitas vezes,
conflituosas.
Algumas leis de Jânio Quadros:
• Proibição das brigas de galo;
• Proibição do uso de biquínis nas praias e de
maiôs nos desfiles de misses;
• Proibição do lança-perfume;
• Proibição de corrida de cavalo em dia de
semana.
• Na política externa, Jânio procurou romper
com a dependência dos Estados Unidos.
• Buscou reaproximar diplomaticamente o
Brasil da União Soviética (país socialista).
• Enviou o vice-presidente, João Goulart, em
missão oficial para a China (país que seguia o
socialismo).
• Criticou a política dos Estados Unidos com
relação a Cuba.
• Condecorou, com a ordem do Cruzeiro do Sul,
Che Guevara (uma das principais figuras
revolucionárias comunistas do período).
• Esta política externa desagradou muito os
setores conservadores da sociedade brasileira,
os políticos de direita e também as Forças
Armadas do Brasil.
• Com baixa popularidade, enfrentando uma
crise econômica, sem apoio de grande parte
do legislativo e com o descontentamento dos
militares, o governo Jânio Quadros entrou em
colapso sete meses após seu início.
• Em 25 de agosto de 1961, Jânio enviou uma
carta ao Congresso Nacional comunicando sua
renúncia. Deu poucas explicações dos
motivos, falando apenas que havia “forças
terríveis” contra ele.
• Especula-se que a renúncia foi mais um dos
atos espetaculares característicos do estilo de
Jânio. Com ela, o presidente pretenderia
causar uma grande comoção popular e o
Congresso seria forçado a pedir seu retorno
ao governo, o que lhe daria grandes poderes
sobre o Legislativo.
• Não foi o que aconteceu, porém. A renúncia
foi aceita e a população se manteve
indiferente.
O Governo de João Goulart:
• Após a renúncia de Jânio Quadros, em 25 de
agosto de 1961, os partidos da oposição,
como a UDN (União Democrática Nacional) e
vários militares, tentaram impedir a posse de
João Goulart, alegando que ele era comunista.
O Vice Presidente estava na China em visita
oficial.
• Imediatamente, o governador do Rio Grande
do Sul, Leonel Brizola (cunhado de Jango),
apoiado pelo comandante do III Exército, José
Machado Lopes, formou a Cadeia da
Legalidade, para lutar pela posse do vice-
presidente.
• Brizola foi às rádios falando à população para
que se manifestasse a favor de Jango. Ele
conseguiu o apoio do Comando Militar do Rio
Grande do Sul e também de líderes sindicais,
de movimentos estudantis e de intelectuais.
• A solução encontrada pelo Congresso
Nacional foi instaurar o
sistema Parlamentarista, no qual o poder do
Presidente fica limitado. O presidente pode
indicar os ministros, mas tem pouca
interferência nas ações deles.
• No dia 07 de setembro de 1961 Jango tomou
posse. O Primeiro Ministro indicado foi
Tancredo Neves, do PSD (Partido Social
Democrata) mineiro.
• Em janeiro de 1963 houve um plebiscito
(consulta popular), para o povo decidisse se
queria ou não que o Parlamentarismo
continuasse. Com 82% dos votos, o povo
optou pelo fim deste sistema de governo e
pela volta do Presidencialismo.
• Jango adotou uma política econômica
conservadora. Procurou diminuir a
participação de empresas estrangeiras em
setores estratégicos da economia, instituiu um
limite para a remessa de lucros das empresas
internacionais e seguiu as orientações
do FMI (Fundo Monetário Internacional).
• Mas, Jango sempre foi maleável com relação
às reivindicações sociais. Em Julho de 1962, os
trabalhadores organizaram o CGG (Comando
Geral de Greve), convocando uma greve geral.
Conquistaram com este movimento um antigo
sonho dos trabalhadores: o 13º salário.
• Com o fim do Parlamentarismo, ainda
restavam três anos de mandato para João
Goulart. O Presidente lançou o Plano Trienal,
feito pelo economista Celso Furtado, que
previa geração de emprego, diminuição da
inflação, entre outras medidas para acabar
com a crise econômica. Mas o plano não deu
certo.
Celso Furtado:
• Jango acreditava que só através das reformas
de base é que a economia voltaria a crescer e
diminuiria as desigualdades sociais. Estas
medidas incluíam as reformas agrária,
tributária, administrativa, bancária e
educacional.
• Em março de 1964, o presidente organizou
um grande comício na Central do Brasil (Rio
de Janeiro), no qual defendeu a urgência de
reformas políticas.
• Nesse comício, 300 mil pessoas
compareceram, representando movimentos
populares que apoiavam incondicionalmente
a proposta do presidente: a União Nacional
dos Estudantes (UNE), as Ligas Camponesas
(defensoras da Reforma Agrária) e o Comando
Geral dos Trabalhadores (CGT).
• Este comício, foi mais um motivo para que a
oposição o acusasse de comunista. A partir daí
houve uma mobilização social contra João
Goulart.
• A classe média assustada deu apoio aos
militares. Alguns dias depois do comício, foi
organizada a Marcha da Família com Deus
pela Liberdade, com o objetivo de dar apoio
aos militares.
• A tensão política causada pelas manifestações
foi seguida pela rebelião de militares que
apoiavam o golpe imediato.
• Sob a liderança do general Olympio de
Mourão filho, tropas de Juiz de Fora (MG)
marcharam para o Rio de Janeiro com o
objetivo de depor o presidente. Logo, outras
unidades militares e os principais
governadores estaduais do Brasil apoiaram o
golpe militar.
General Olympio de Mourão filho:
• No dia 31 de março de 1964, os militares se
tomaram o poder, com apoio dos Estados
Unidos.
• Jango não resistiu. Deixou o governo e se
refugiou no Rio Grande do Sul. De lá, foi para
o exílio no Uruguai e na Argentina, onde
morreu aos 57 anos em 06 de dezembro de
1976, vítima de um infarto.
Getúlio Vargas: o fim da era Vargas e as eleições de 1945

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Getúlio Vargas: o fim da era Vargas e as eleições de 1945

  • 2. O Fim da Era Vargas • Ao perceber que estava prestes a perder o poder, em 1945, Getúlio Vargas patrocinou a formação de dois partidos políticos: o Partido Social Democrático (PSD), que representava os interesses das oligarquias vinculadas aos interventores getulistas; e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), vinculado à estrutura sindical trabalhista subordinada ao Estado varguista.
  • 3. • As manobras políticas de Getúlio foram mais além, com a legalização do Partido Comunista Brasileiro (PCB) que havia sido desarticulado e perseguido durante seu governo ditatorial. O PSB, o PTB e o PCB patrocinaram um amplo movimento que pregava a "Constituinte com Getúlio".
  • 4.
  • 5. • Conhecido também como movimento "queremista", a aliança entre essas forças políticas em apoio a um governo de "União nacional com Getúlio" alertou os chefes militares para a possibilidade de Vargas vir a boicotar as eleições, com objetivo de se manter no cargo. Por conta disso, em 29 de outubro de 1945, um golpe liderado pelos generais Góes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra depuseram Getúlio Vargas da presidência da República.
  • 6.
  • 7.
  • 8. As Eleições de 1945: • Na disputa eleitoral para presidência da República, a UDN que era representante dos setores liberais conservadores lançou como candidato o brigadeiro Eduardo Gomes; o PTB em aliança com o PSD lançou o nome do general Eurico Gaspar Dutra; e o PCB lançou como candidato Yedo Fiuza.
  • 10. • Brigadeiro, bonito e solteiro? Sim! Esse era o slogan da campanha do Brigadeiro Eduardo Gomes. Não levou o cargo, mas acabou imortalizado pelo docinho de chocolate, inventado durante a campanha.
  • 11.
  • 12.
  • 14. • O general Eurico Gaspar Dutra venceu as eleições com 55%, enquanto Eduardo Gomes alcançou 35% e Yedo Fiúza, 10%.
  • 16. • Vargas foi eleito senador por RS e SP e deputado por Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Bahia em uma eleição consagradora totalizando cerca de 1.150.000 votos. As eleições, como a posse da presidência e a instalação da constituinte foram passos decisivos na redemocratização do Brasil. Em 18 de setembro de 1946 a Constituição foi promulgada.
  • 17. Constituição de 1946: • Durante o governo do presidente Dutra foi elaborada a Constituição de 1946. De caráter democrático, reafirmou as liberdades da Constituição de 1934.
  • 18. • Restabeleceu as eleições diretas para presidente, governadores e prefeitos. Foram mantidas as eleições diretas para senadores, deputados federais, estaduais e vereadores; • Garantiu a igualdade de todos os cidadãos perante a lei;
  • 19. • Estabeleceu a liberdade de manifestação de pensamento. A censura só poderia ocorrer em espetáculos voltados para a diversão pública; • Liberdade de crença e de realização de cultos e outras atividades religiosas;
  • 20. • Determinou a separação e harmonia entre os poderes ( o Executivo, o Legislativo e o Judiciário seriam independentes e funcionariam em equilíbrio). • Incorporou a CLT, elaborada durante o governo Vargas.
  • 21. • A Constituição de 1946, que apresentava uma emenda proibindo o registro de partidos políticos contrários ao regime representativo. • Por isso, o Partido Comunista do Brasil foi fechado em 1947 e cassados os mandatos de seus representantes parlamentares.
  • 22. • Quanto à política externa, a aliança com os Estados Unidos foi reforçada. Em decorrência disso, o Brasil foi um dos primeiros países ocidentais a romper relações com a União Soviética. Durante a época da Guerra Fria, o país manteve-se aliado aos norte-americanos.
  • 23. • O governo Dutra pregava a não intervenção do Estado na economia e a liberdade de ação para o capital estrangeiro. Sua política econômica fez crescer a inflação e a dívida externa. Em um ano de liberação cambial, o presidente esgotou as nossas reservas cambiais.
  • 24. O Governo Dutra: • Fechou sindicatos e prendeu sindicalistas que faziam oposição ao governo; • Criou a Escola Superior de Guerra voltada para a formação de oficiais militares; • Criou incentivos favorecendo a instalação de grandes empresas estrangeiras no Brasil;
  • 26. • Criou o Plano SALTE (focado nas áreas de Saúde, Alimentação, Transportes e Energia). Com falta de recursos para investimentos, poucas ações do plano viraram realidade; • Construiu a rodovia ligando São Paulo ao Rio de Janeiro (atual rodovia Presidente Dutra).
  • 27.
  • 28.
  • 30.
  • 31.
  • 32. • A campanha eleitoral de Getúlio durou apenas 53 dias, nos quais ele, um homem então com 67 anos, visitou o Rio de Janeiro e vinte Estados da Federação, pronunciando cerca de oitenta discursos.
  • 34. • O resultado eleitoral espelhou a grande popularidade do velho político. Aos sessenta e oito anos Getúlio era eleito com um número de votos pouco menor do que a soma dos votos de seus dois principais adversários, o Brigadeiro Eduardo Gomes, da UDN e Cristiano Machado, do PSD.
  • 35. • Getúlio teve 3.849.040 votos, 48,7% do total dos votos válidos, contra 2.342.384 votos de Eduardo Gomes, 28,6% do total e 1.697.193 votos conferidos a Cristiano Machado, 21,5% do total.
  • 36.
  • 37. O 2º Governo de Getúlio Vargas: • Vargas, logo ao entrar no poder, criou o Plano Lafer (Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico), que tinha o objetivo de definir as prioridades econômicas do governo; • No primeiro ano de mandato, Vargas enviou ao Congresso Nacional um projeto de criação de uma empresa de petróleo do governo (que viria a ser a Petrobrás).
  • 38. • Além disso, liberou a organização sindical, com o objetivo de estimular a sindicalização; • Em 1952, foi criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) para o ajudar no desenvolvimento industrial, com planos técnicos e apoio financeiro;
  • 39. • Em 1952, o sistema nacional de geração de energia elétrica foi estatizado e foi criado um decreto que limitou em 10% a remessa de lucros às empresas estrangeiras que estavam no país;
  • 40. • Sob o lema “o petróleo é nosso”, reúnem-se sindicatos, organizações estudantis, militares nacionalistas, alguns empresários, grupos de intelectuais e militantes comunistas.
  • 41. • Os setores contrários ao monopólio e favoráveis à abertura ao capital estrangeiro incluem parte do empresariado, políticos da UDN e do PSD e grande imprensa.
  • 42.
  • 43. • O debate toma conta dos país e a solução nacionalista sai vitoriosa: em 3 de outubro de 1953 é criada a Petrobrás (lei 2004) empresa estatal que monopoliza a exploração e refino do petróleo. A decisão desagrada aos EUA, que, em represália, cancelam acordos de transferência de tecnologia e estabelecidos com o Brasil.
  • 44.
  • 45.
  • 46. • Empresas norte-americanas derrubam os preços do café no mercado internacional. • O nacionalismo de Vargas faz crescer a oposição. Em 1954, políticos da UDN, boa parte dos militares e da grande imprensa, trabalham abertamente pela deposição do presidente.
  • 47. • Depois da entrada de Vargas à Presidência, sindicatos buscaram recuperar perdas salariais acumuladas no governo Dutra, com isso ocorreram mais duas Greves Gerais, uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo; •
  • 48.
  • 49. • Cedendo às pressões, Getúlio Vargas aceitou a proposta de João Goulart, ministro do Trabalho, de conceder 100% de aumento para o salário mínimo. Com isso, os empresários passou a atacar Vargas, acusando-o de preparar um golpe de Estado; • Ele teve que substituir o ministro do Trabalho.
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  • 51. • Jornais e emissoras de rádio passaram a servir de meios de difusão de acusações e pensamentos da UDN; • Uma campanha difamatória foi criada por Carlos Lacerda ( dono do jornal Tribuna da Impresa). Outros grandes opositores foram o jornal O Globo e O Estado de São Paulo;
  • 53. • A crise política chegou ao máximo em agosto de 1954 quando Carlos Lacerda foi vítima de um atentado na madrugada do dia 5 em que saiu com ferimentos leves, mas seu amigo, major Rubens Vaz, acabou morto.
  • 55.
  • 56. • Os militares provaram que os criminosos cumpriam ordens de Gregório Fortunato, Guarda Pessoal de Getúlio Vargas que era cegamente leal a ele. Porém, Getúlio não sabia da iniciativa de Gregório.
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  • 59. • Com isso, as forças de oposição passaram a se organizar para exigir a renúncia ou a deposição do presidente;
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  • 62. • No dia 24 de agosto, um ultimato dos generais, assinado pelo ministro da Guerra, Zenóbio da Costa, foi entregue a Vargas. • Vargas surpreendeu a todos: na mesma manhã de 24 de agosto, se matou com um tiro no coração, deixando ao povo uma carta- testamento denunciando seus inimigos.
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  • 66. • A notícia do suicídio causou uma grande comoção e revolta na grande massa da população, que passou a acusar a UDN e outros setores internacionais como causadores da morte do adorado presidente.
  • 67. • No Rio de Janeiro a reação popular é violenta: chorando, populares saem às suas, empastelam vários jornais de oposição, atacam a embaixada dos EUA e muitos políticos udenistas, entre eles Lacerda, têm de se esconder. Os conflitos são contidos pelas Forças Armadas.
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  • 70.
  • 71. Carta Testamento: • “Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
  • 72. • Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz- me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo.
  • 73. • A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios.
  • 74. • Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho.
  • 75. • Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
  • 76. • Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue.
  • 77. • Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos.
  • 78. • Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória.
  • 79. • Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo.
  • 80. • Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História. • (Rio de Janeiro, 24/08/54 - Getúlio Vargas)
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  • 92. • Com a morte de Vargas, vice-presidente Café Filho assumiu o governo e ficou encarregado de completar o mandato até o fim de 1955. O suicídio de Vargas, porém, acabou sendo muito explorado, tanto por políticos que o apoiavam, quanto pela oposição, nas eleições de 1955.
  • 94. • João Fernandes Campos Café Filho, ou simplesmente Café Filho, como era mais conhecido no meio político, teve um curto mas agitado governo. Durante os pouco mais de 14 meses em que ocupou a Presidência da República,
  • 95. • Café Filho teve que conciliar os problemas econômicos herdados do governo anterior com o acirramento político provocado pelo cenário aberto com a morte de Getúlio Vargas.
  • 96. Eleições de 1955: • No ano de 1955, Juscelino Kubitschek foi eleito presidente, juntamente com o vice- presidente João Goulart. Naquele período, as eleições para presidente e vice eram separadas. João Goulart recebeu mais votos que Juscelino, que se consolidou como o presidente mais votado naquela eleição, com 36% dos votos, seguido por Juarez Távora 30%.
  • 97. A sucessão presidencial: • Em 1955, durante a disputa presidencial, o PSD, partido que Vargas fundara uma década antes, lançou o nome de Juscelino Kubitscheck à Presidência da República. Na disputa para vice-presidente, que na época ocorria em separado da corrida presidencial,
  • 98.
  • 99.
  • 102. • Durante a campanha política partidária Juscelino Kubitschek realizou duas principais promessas: a primeira era transferir a capital do Brasil para o Planalto Central (a construção de Brasília)
  • 103. • e a segunda, anunciar o Plano de Metas que tinha como principal slogan o desenvolvimentismo como modelo econômico. O Plano de Metas tinha como principal lema: fazer desenvolver o Brasil “50 anos em 5”.
  • 104. • A pressão da UDN para que Café Filho impedisse a posse dos novos eleitos intensificou-se logo após a divulgação dos resultados oficiais, que davam a vitória à chapa PSD-PTB. De outro lado, entre os militares, também surgiam divergências quanto ao resultado das urnas.
  • 105. • A principal delas ocorreu quando um coronel declarou-se contrário à posse de JK e Jango, numa clara insubordinação ao ministro da Guerra, marechal Henrique Teixeira Lott, que havia se posicionado a favor do resultado.
  • 107. • A intenção de Lott em punir o coronel, entretanto, dependia de autorização do presidente da República, que em meio a tantas pressões foi internado às pressas num hospital do Rio de Janeiro.
  • 108. • Afastado das atividades políticas, Café Filho foi substituído, no dia 08 de novembro de 1955, pelo primeiro nome na linha de sucessão, Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados.
  • 110. • Carlos Luz era ligado à UDN e decidiu não autorizar o marechal Lott a seguir em frente com a punição, o que provocou sua saída do Ministério da Guerra.
  • 112. • A partir de então, Henrique Lott iniciou uma campanha contra o presidente em exercício, que terminou na sua deposição, com apenas três dias de governo.
  • 113. • Acompanhado de auxiliares civis e militares, Carlos Luz refugiou-se no prédio da Marinha e, em seguida, partiu para a cidade de Santos, no litoral paulista.
  • 114. • Com a morte de Vargas, a internação de Café Filho e a deposição de Carlos Luz, o próximo na linha de sucessão seria o presidente o Senado.
  • 116. • Nereu Ramos, o presidente do senado, assumiu a Presidência da República e reconduziu Lott ao cargo de ministro da Guerra. Subitamente, Café Filho tentou reassumir o cargo, mas foi vetado por Henrique Lott e outros generais que o apoiavam. Café Filho era acusado de conspirar contra a posse de JK e Jango.
  • 117. • No dia 22 de novembro, o Congresso Nacional aprovou o impedimento para que ele reassumisse a Presidência da República. Em seu lugar, permaneceu o senador Nereu Ramos, que transmitiu, sob Estado de Sítio, o governo ao presidente constitucionalmente eleito: Juscelino Kubitscheck, o "presidente bossa nova".
  • 119. O governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) • Juscelino foi o último presidente da República a assumir o cargo no Palácio do Catete. Foi empossado em 31 de janeiro de 1956, e, governou por 5 anos, até 31 de janeiro de 1961., seu vice-presidente foi João Goulart. Com ele, o Brasil viveu anos de otimismo embalados pelo sonho da construção de Brasília, a nova capital do país.
  • 120.
  • 121. • O mandato de Juscelino Kubitschek ficou conhecido como o mais expressivo crescimento da economia brasileira. O lema usado foi "Cinquenta anos de progresso em cinco anos de governo".
  • 122.
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  • 128. • Para cumprir as promessas, foi elaborado o Plano de Metas, que tinha como objetivo um acelerado crescimento econômico a partir da expansão do setor industrial, com investimentos na produção de: aço, alumínio, metais não-ferrosos, cimento, papel e celulose, borracha, construção naval, máquinas pesadas e equipamento elétrico.
  • 129.
  • 130. • Para isso dar certo, JK apoiou a entrada de multinacionais e transnacionais para o Brasil. Como consequência, houve um agravamento na inflação, fazendo com que a abertura da economia ao capital estrangeiro gerasse uma
  • 131.
  • 132. • desnacionalização econômica, porque estas empresas passaram a controlar setores industriais da economia do Brasil.
  • 133.
  • 134.
  • 135. • Ele construiu 20 mil km de estradas e pavimentou mais 5 mil para atrair multinacionais para o país.
  • 136.
  • 137.
  • 138. • Mas, se por um lado o Plano de Metas alcançou os resultados esperados, por outro, foi responsável pela consolidação de um capitalismo extremamente dependente que sofreu muitas críticas.
  • 139. • O presidente tratou também de atender reivindicações específicas da corporação militar, no plano dos vencimentos e de equipamento. Tentou manter, tanto quanto possível, o movimento sindical sob controle.
  • 140. • O governo de JK estava mais voltado para o incentivo à indústria automobilística do que para as carências e necessidades da população. A indústria automobilística foi a grande alavanca que impulsionou a industrialização brasileira nos anos 50 e 60.
  • 141.
  • 142. • JK não contou com o fato de os bens produzidos pelas indústrias eram acessíveis apenas a uma pequena parte do país, já que a maior parte era formada pro trabalhadores, uma classe marginalizada, já que a riqueza era concentrada nas mãos de poucos.
  • 143.
  • 144. • O PIB brasileiro cresceu 7% e a renda per capita aumentou, mas esse progresso gerou muitas dívidas e as exportações não estavam gerando lucros o suficiente para sanar o problema, e desse modo o governo de Juscelino não conseguiu controlar a inflação que subia e desvalorizava a moeda brasileira.
  • 145. • A sorte de Juscelino foi que esses problemas só vieram à tona quando seu mandato estava bem perto do fim, e isto não abalou a sua imagem diante da população, que até hoje o considera como um político visionário e de grande responsabilidade pelo desenvolvimento do país.
  • 146.
  • 148. • Jânio da Silva Quadros foi eleito presidente do Brasil, através do voto direito, nas eleições presidenciais de 1960. Jânio, que já havia sido vereador, prefeito e governador do estado de São Paulo, fez uma campanha eleitoral baseada na identificação com as massas.
  • 149.
  • 150.
  • 151. • Passou a ideia de um cidadão simples (homem do povo) que tinha como objetivo moralizar o país. Como símbolo da campanha usou uma vassoura, pois dizia que ia varrer tudo que havia de errado no Brasil (principalmente a corrupção).
  • 152.
  • 153. • Jânio afirmava também, durante a campanha, que não tinha vínculo com os políticos tradicionais e com as forças poderosas do país. Faria se fosse eleito, um governo voltado para os interesses populares. Mas, não explicava a maneira pela qual iria resolver os principais problemas nacionais.
  • 154.
  • 155. • A campanha foi bem sucedida e Jânio venceu as eleições de 1960 com cerca de seis milhões de votos. • Seu vice presidente era João Goulart.
  • 156. A Posse de Jânio Quadros:
  • 157. • Para superar o problema da inflação e o visível déficit público, Jânio procurou reduzir a concessão de crédito e congelou o valor do salário mínimo. Além disso, aprovou uma reforma da política cambial que atendia as demandas dos credores internacionais.
  • 158.
  • 159. • Jânio buscou afastar-se das tradicionais forças políticas do país. Acredita que assim teria mais liberdade para governar, pois não teria compromissos com partidos políticos. Desta forma, as negociações com o Congresso Nacional ficaram difíceis e, muitas vezes, conflituosas.
  • 160. Algumas leis de Jânio Quadros: • Proibição das brigas de galo; • Proibição do uso de biquínis nas praias e de maiôs nos desfiles de misses; • Proibição do lança-perfume; • Proibição de corrida de cavalo em dia de semana.
  • 161.
  • 162.
  • 163.
  • 164.
  • 165. • Na política externa, Jânio procurou romper com a dependência dos Estados Unidos. • Buscou reaproximar diplomaticamente o Brasil da União Soviética (país socialista). • Enviou o vice-presidente, João Goulart, em missão oficial para a China (país que seguia o socialismo).
  • 166.
  • 167. • Criticou a política dos Estados Unidos com relação a Cuba. • Condecorou, com a ordem do Cruzeiro do Sul, Che Guevara (uma das principais figuras revolucionárias comunistas do período).
  • 168.
  • 169. • Esta política externa desagradou muito os setores conservadores da sociedade brasileira, os políticos de direita e também as Forças Armadas do Brasil.
  • 170. • Com baixa popularidade, enfrentando uma crise econômica, sem apoio de grande parte do legislativo e com o descontentamento dos militares, o governo Jânio Quadros entrou em colapso sete meses após seu início.
  • 171. • Em 25 de agosto de 1961, Jânio enviou uma carta ao Congresso Nacional comunicando sua renúncia. Deu poucas explicações dos motivos, falando apenas que havia “forças terríveis” contra ele.
  • 172.
  • 173.
  • 174. • Especula-se que a renúncia foi mais um dos atos espetaculares característicos do estilo de Jânio. Com ela, o presidente pretenderia causar uma grande comoção popular e o Congresso seria forçado a pedir seu retorno ao governo, o que lhe daria grandes poderes sobre o Legislativo.
  • 175. • Não foi o que aconteceu, porém. A renúncia foi aceita e a população se manteve indiferente.
  • 176. O Governo de João Goulart: • Após a renúncia de Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, os partidos da oposição, como a UDN (União Democrática Nacional) e vários militares, tentaram impedir a posse de João Goulart, alegando que ele era comunista. O Vice Presidente estava na China em visita oficial.
  • 177. • Imediatamente, o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola (cunhado de Jango), apoiado pelo comandante do III Exército, José Machado Lopes, formou a Cadeia da Legalidade, para lutar pela posse do vice- presidente.
  • 178.
  • 179. • Brizola foi às rádios falando à população para que se manifestasse a favor de Jango. Ele conseguiu o apoio do Comando Militar do Rio Grande do Sul e também de líderes sindicais, de movimentos estudantis e de intelectuais.
  • 180.
  • 181.
  • 182. • A solução encontrada pelo Congresso Nacional foi instaurar o sistema Parlamentarista, no qual o poder do Presidente fica limitado. O presidente pode indicar os ministros, mas tem pouca interferência nas ações deles.
  • 183. • No dia 07 de setembro de 1961 Jango tomou posse. O Primeiro Ministro indicado foi Tancredo Neves, do PSD (Partido Social Democrata) mineiro.
  • 184.
  • 185.
  • 186.
  • 187.
  • 188. • Em janeiro de 1963 houve um plebiscito (consulta popular), para o povo decidisse se queria ou não que o Parlamentarismo continuasse. Com 82% dos votos, o povo optou pelo fim deste sistema de governo e pela volta do Presidencialismo.
  • 189.
  • 190. • Jango adotou uma política econômica conservadora. Procurou diminuir a participação de empresas estrangeiras em setores estratégicos da economia, instituiu um limite para a remessa de lucros das empresas internacionais e seguiu as orientações do FMI (Fundo Monetário Internacional).
  • 191. • Mas, Jango sempre foi maleável com relação às reivindicações sociais. Em Julho de 1962, os trabalhadores organizaram o CGG (Comando Geral de Greve), convocando uma greve geral. Conquistaram com este movimento um antigo sonho dos trabalhadores: o 13º salário.
  • 192.
  • 193. • Com o fim do Parlamentarismo, ainda restavam três anos de mandato para João Goulart. O Presidente lançou o Plano Trienal, feito pelo economista Celso Furtado, que previa geração de emprego, diminuição da inflação, entre outras medidas para acabar com a crise econômica. Mas o plano não deu certo.
  • 195. • Jango acreditava que só através das reformas de base é que a economia voltaria a crescer e diminuiria as desigualdades sociais. Estas medidas incluíam as reformas agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional.
  • 196. • Em março de 1964, o presidente organizou um grande comício na Central do Brasil (Rio de Janeiro), no qual defendeu a urgência de reformas políticas.
  • 197.
  • 198. • Nesse comício, 300 mil pessoas compareceram, representando movimentos populares que apoiavam incondicionalmente a proposta do presidente: a União Nacional dos Estudantes (UNE), as Ligas Camponesas (defensoras da Reforma Agrária) e o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).
  • 199.
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  • 203. • Este comício, foi mais um motivo para que a oposição o acusasse de comunista. A partir daí houve uma mobilização social contra João Goulart.
  • 204.
  • 205. • A classe média assustada deu apoio aos militares. Alguns dias depois do comício, foi organizada a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, com o objetivo de dar apoio aos militares.
  • 206.
  • 207.
  • 208.
  • 209. • A tensão política causada pelas manifestações foi seguida pela rebelião de militares que apoiavam o golpe imediato.
  • 210. • Sob a liderança do general Olympio de Mourão filho, tropas de Juiz de Fora (MG) marcharam para o Rio de Janeiro com o objetivo de depor o presidente. Logo, outras unidades militares e os principais governadores estaduais do Brasil apoiaram o golpe militar.
  • 211. General Olympio de Mourão filho:
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  • 214.
  • 215. • No dia 31 de março de 1964, os militares se tomaram o poder, com apoio dos Estados Unidos. • Jango não resistiu. Deixou o governo e se refugiou no Rio Grande do Sul. De lá, foi para o exílio no Uruguai e na Argentina, onde morreu aos 57 anos em 06 de dezembro de 1976, vítima de um infarto.