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Curso 50a
- 1. PÉ DIABÉTICO ABORDAGEM CLÍNICA MANUEL ROCHA, MD CIRUGIÃO VASCULAR
- 2. PÉ DIABÉTICO DEFINIÇÃO: É A SITUAÇÃO DE INFECÇÃO, ULCERAÇÃO E/OU TAMBÉM A DESTRUIÇÃO DE TECIDOS PROFUNDOS DOS PÉS, ASSOCIADOS CCOM ANORMALIDADES NEUROLÓGICAS (PANNEUROPATIA) E VÁRIOS GRAUS DE DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA DO MEMBRO INFERIOR Definição da OMS
- 3. PÉ DIABÉTICO/INTRODUÇÃO Epidemiologia • • • • 380 milhões de diabéticos em 2025 2-5% desenvolvem úlcera de pé anualmente Prevalência de ulceração de 4 a 25% 50% das amputações não traumáticas dos pés são em diabéticos • 85% destas são precedidas de úlcera do pé • Risco de amputação é 15 vezes maior no diabético International consensus on the diabetic foot,IWWGDDF, IF,1999
- 4. PÉ DIABÉTICO/INTRODUÇÃO Fisiopatologia Factores de risco • Neuropatia periférica • Doença vascular periférica (micro ou macro) • Deformação do pé • Trauma • Infecção • Hiperglicemia • Idade do doente e duração do diabetes *se 2 ou mais factores é multifatorial
- 6. PÉ DIABÉTICO/INTRODUÇÃO Organização níveis de cuidados dos pés NIVEL 1: Clínico geral, enfermeiro especializado, podologista Objectivos: Reforço da educação dos doentes e familiares Cuidado das lesões não ulceradas Tratamento das úlceras superficiais Seguimento das úlceras já referênciadas
- 7. PÉ DIABÉTICO/INTRODUÇÃO Organização níveis de cuidados dos pés NIVEL 2: Diabetologista ou internista, cirurgião ou ortopedista, enfermeiro especializado, podologista Objectivos: Avaliação de doentes com patologia ulcerosa isquémica ou com infecção e ou necrose Necessidade de desbridamento ou internamento
- 8. PÉ DIABÉTICO/INTRODUÇÃO Organização níveis de cuidados dos pés ORGANIZAÇÃOI NIVEIS DE CUIDADOS DOS PÉS NIVEL 3: Centro especializado, cirurgião vascular, fisiatra, técnico de orteses Objectivos: Tratamento de infecção e úlceras graves, investigação vascular-
- 9. PÉ DIABÉTICO/INTRODUÇÃO Material de consulta do pé diabético • • • • • • • Monofilamento semmens weinstein Diapasão 128 Hz Esfigmomanómetros Doppler portátil Marquesa adaptada Carro de pensos Material cirúrgico
- 10. PÉ DIABÉTICO/AVALIAÇÃO CLÍNICA Como se faz o diagnóstico de pé diabético? • • • • • • Avaliação clínica Historia clinica exame físico dirigido Estado dos pés e faneras Musculo esquelético Deformações Flexibilidade articular
- 11. PÉ DIABÉTICO/AVALIAÇÃO CLÍNICA Testes de avaliação neurológicos e vasculares • Sensitivo vibratório e tendinoso Monofilamento e diapasão Reflexos tendinosos profundos • Vascular Pulsos, ITB, Doppler arterial Preenchimento capilar (<1, 1-3, 3s)
- 12. PÉ DIABÉTICO/AVALIAÇÃO CLÍNICA Anamnese Idade do doente, duração e tipo do diabetes Glicemia, Dislipidemia e HTA Retino e nefropatia diabética Doença cardio e cerebrovascular Estado nutricional (IMC) Hábitos tabágico e toxofílias Alergias Medicação corrente para diabetes e comorbidades Internamentos e cirurgias anteriores Escolaridade Autonomia motora e acuidade visual Antecedentes de lesão previa no pé
- 13. PÉ DIABÉTICO/AVALIAÇÃO CLÍNICA Exame objectivo • • • • • • • • • Hiperqueratoses, calos, fissuras Onicogrifose, onicomicose, onicocriptose Dermatomicose Temperatura cutânea, ingurgitamento venosos Cuidados ungueais Hidratação da pele Alterações estruturais, flexibilidade articular Calçado adequado ou não Amputação major ou minor
- 14. PÉ DIABÉTICO/AVALIAÇÃO CLÍNICA Neuropatia • • • • • • • • Sensibilidade pressão Sensibilidade vibratória Discriminatória Parestesias e disestesias Edema Deformidades osteoarticulares Calosidades Ulcera neuropática
- 16. PÉ DIABÉTICO/AVALIAÇÃO CLÍNICA Arteriopatia • • • • • • • • Claudicação intermitente e dor em repouso Perda de pelos Rubor, palidez, cianose Diminuição Pulsos periféricos e doppler portátil ITB Flictenas Bolhas Ulcera e gangrena isquémica
- 17. Técnica de palpação de pulso Aorta abdominal Femoral Pedioso Poplíteo Tibial Posterior
- 18. • DOPPLER ARTERIAL • ECOCOLLOR DOPPLER
- 19. •ITB = PRESSÃO ART. TIBIAL / PRESSÃO ART. BRAQUIAL • Normal • Claudicação • Dor em Repouso • Gangrena 1,11 +/- 0,10 0,60 +/- 0,15 0,26 +/- 0,13 0,05 +/- 0,08
- 21. PÉ DIABÉTICO/ABORDAGEM Prevenção • • • • • Inspecção do pé frequente Avaliação do grau de risco Educação da família e profissionais de saúde Utilização calçado adequado Tratamento da patologia não ulcerativa no doente de risco
- 23. PÉ DIABÉTICO/ABORDAGEM Prevenção • • • • • • Patologia não ulcerativa Calosidades Anidrose Onicogrifose, onicomicose, onicocriptose Dermatomicose Deformações ósseas
- 24. PÉ DIABÉTICO/ABORDAGEM Úlcera diabética • Neuropática • Isquémica • Descrever úlcera (coloração, profundidade, localização e classificação) • Infecção • Etiologia ou factor desencadeante • Mecânica • Traumática • Química
- 25. Classificação de wagner grau lesão 0 Lesão fechada, pode ter deformação ou celulite 1 Ulcera superficial 2 Ulcera profunda com envolvimento tendões 3 Ulcera profunda com abcesso 4 Gangrena localizada 5 Gangrena de todo o pé
- 26. PÉ DIABÉTICO/ABORDAGEM Tratamento Gold standard: encerramento da ulcera Controlo diabetes e comorbidades Avaliação estado arterial Medidas gerais ( fumo, peso, álcool) Avaliar mobilidade, calçado adequado Remoção ou alívio de pressão
- 27. PÉ DIABÉTICO/TRATAMENTO Úlcera isquémica • Tratar a causa (aterosclerose) • Evitar desbridamentos cirúrgico • Medicamentos (vasodilatadores, antiagregantes plaquetários) • Cirurgia vascular: By-pass, endovascular, simpatectomia lombar, amputações
- 28. PÉ DIABÉTICO/TRATAMENTO Úlcera neuropática Desbridamento • Cirúrgico • Hidrocirurgia • Enzimático (colagenase e papaverina) • Autolítico (hidrogel) • Larvas (lucilia sericata) • Penso em ambiente húmido
- 29. PÉ DIABÉTICO/TRATAMENTO Úlcera neuropática Tratamento avançado Factores de crescimento Plasma autólogo rico em plaquetas Tecidos de bioengenharia Matrizes extracelulares de derme celular
- 30. PÉ DIABÉTICO/TRATAMENTO Pensos locais • • • • • • Pensos Hidrofibras Peliculas Hidrocolóides Espumas Alginatos hidrogel Agentes • • • • Iodo Prata Acido hialurónico Inibidor da metaloproteinase • Colagénio liofilizado
- 31. PÉ DIABÉTICO/TRATAMENTO Tratamento adjuvante • • • • • Oxigénio hiperbárico Ultra som Pressão negativa Estimuladores eléctricos infravermelhos
- 32. PÉ DIABÉTICO/INFECÇÃO Factores que impedem a cicatrização • Pressão ou carga • Vascularizção • Infecção
- 33. PÉ DIABÉTICO/INFECÇÃO • • • • • • • • • Sinais sistémicos Presença de secreções purulentas Sinais clássicos de inflamação Calor Rubor Tumor dor Impotência funcional Falência de cicatrização Tecido de granulação anormal
- 34. PÉ DIABÉTICO/INFECÇÃO • • • • • Tecido friavel Cheiro fétido Produção prolongada de exsudado Aumento de dimensão da ulcera Presença de dor
- 35. PÉ DIABÉTICO/INFECÇÃO Exames complementares • Glicemia, hemograma, ionograma, função renal e hepática • Urina2 • Hemoculturas • Cultura do pus • • • • • Cintigrafia ossea TAC RMN Pet scan RX
- 36. PÉ DIABÉTICO/INFECÇÃO Tratamento infecção • • • • • • • Desbridamento cirúrgico Repouso Antibioterapia Pensos locais Controlo glicémico apertado Controlo de comorbidades Cultura
- 37. PÉ DIABÉTICO/INFECÇÃO • • • • • • • • • • Antibioterapia Cefalexina Cefoxitina Cefriaxona Amoxa + acid clavulanico Piperaciliina tazobatam Quinolonas Meropenem, imipenem Clndamicina Linezolide vancomicina
- 40. • Mais o que tratar o pé diabético há que cuidar dos pés dos diabéticos.