SlideShare a Scribd company logo
1 of 3
Um final feliz
  Era uma vez um menino chamado Martim, tinha 8 anos e
andava na escola primária. O Martim tinha uma amiga na sua
turma que todos os dias ia sozinha para a escola e raramente levava
o lanchinho da manhã. Ele achava estranho, mas não tinha
coragem de ir falar com a Ritinha até que, certo dia quando chegou
à escola reparou que a sua colega de turma estava a chorar.
Preocupado, Martim chega perto da Rita e pergunta-lhe:

  - Rita, o que tens? Estás triste?

  - Sim, estou doente e apanhei chuva. – respondeu-lhe, soluçando.

  - Mas porque é que vens sempre sozinha?

  - Porque a minha mãe não têm tempo de me trazer, por causa do
trabalho.

  - Oh… que pena. A minha mãe traz-me todos os dias e prepara-
me sempre um lanchinho. – disse o Martim, com um pequeno
sorriso nos lábios.

  - Que sorte que tu tens Martim. A minha mãe nunca me prepara
um lanchinho para eu trazer, só como quando vou para casa.

  - A sério? Então e se tiveres fome, não comes?
- Não… Não tenho dinheiro, nem comida.

  Depois da conversa entre eles, foram para a sala de aula. A
manhã passou e quando chegou a hora de almoço o Martim foi
para a fila da cantina e viu, de longe a Ritinha sozinha a andar.

  - “Onde será que vai ela?” – pensou ele.

  Martim almoçou e esperou pela hora de entrar na aula.
Chegaram as 14h e os meninos entraram na aula. Passaram-se duas
horas e as aulas tinham terminado. Rita foi a primeira a sair da
sala, eram quase 17h e estava muito frio. O Martim saiu e viu a
sua amiga sentada num banco à porta da escola, decidiu então ir
falar com ela.

  - Não vais para casa?

  - Não posso ir já, a minha mãe ainda não está em casa e só chega
quase a noite. – responde a Ritinha com uma tosse muito intensa.

  - E agora? Para onde vais? – questiona-lhe o Martim muito
espantado e preocupado.

  - Agora tenho que ficar à espera que a minha mãe me venha
buscar..
- Mas ficas sozinha aqui na rua ao frio? – perguntou o pequeno
Martim. – E ainda por cima estás doente. Porque não vem o teu
pai buscar-te?

  - O meu pai está sempre em casa, não tem trabalho e quando fala
comigo é só aos gritos. – responde a menina com o seu olhar triste.
– E a minha mãe está doente, mas não toma os remédios porque
não tem dinheiro para os comprar, são muito caros.

  - Oh… Mas não fiques triste, a tua mãe depois vai ficar boa. –
disse o Martim para tentar animar a amiga.

  Entretanto o Martim vai-se embora com a mãe e a pequena
Ritinha fica a espera da sua.

  A vida desta menina continuou na mesma durante algum tempo,
até que um dia o seu pai arranjou trabalho e as suas vidas
melhoraram. A mãe da Ritinha conseguiu curar a sua doença, o pai
começou a dar-lhe mais atenção e a menina já não ia sozinha para
a escola, e levava sempre o seu lanchinho.




                                                             Ana Teresa
                                                            Cátia Duarte
                                                       Miriam dos Santos

More Related Content

Viewers also liked

sistema Nervioso
sistema Nerviososistema Nervioso
sistema NerviosoAna María
 
Septiembre
SeptiembreSeptiembre
SeptiembreDAROZO
 
Slidershare geometria analitica
Slidershare geometria analiticaSlidershare geometria analitica
Slidershare geometria analiticasucreelvys
 
“Enseñar a Pensar es posible en la escuela”.
“Enseñar a Pensar es posible en la escuela”. “Enseñar a Pensar es posible en la escuela”.
“Enseñar a Pensar es posible en la escuela”. Florida Universitaria
 
League 0f legends
League 0f legendsLeague 0f legends
League 0f legendsAndresinfo
 
RESPONSABILIDAD SOCIAL EMPRESARIAL DE IAG
RESPONSABILIDAD SOCIAL EMPRESARIAL DE IAGRESPONSABILIDAD SOCIAL EMPRESARIAL DE IAG
RESPONSABILIDAD SOCIAL EMPRESARIAL DE IAGchinaliz
 
Redes de comunicación de datos.
Redes de comunicación de datos.Redes de comunicación de datos.
Redes de comunicación de datos.Jahziel González
 
Inventos tecnologicos que han revolucionado el mundo.pptx
Inventos tecnologicos que han revolucionado el mundo.pptxInventos tecnologicos que han revolucionado el mundo.pptx
Inventos tecnologicos que han revolucionado el mundo.pptxrosaangelamoreno
 
Museo de ciencias.
Museo de ciencias.Museo de ciencias.
Museo de ciencias.LinaCL
 
Informativo n°1 juventud rm
Informativo n°1   juventud rmInformativo n°1   juventud rm
Informativo n°1 juventud rmjamplitudrm
 
Presentación1 lector rss.
Presentación1 lector rss.Presentación1 lector rss.
Presentación1 lector rss.Irlenadelgado06
 

Viewers also liked (15)

Asia8minutes
Asia8minutesAsia8minutes
Asia8minutes
 
sistema Nervioso
sistema Nerviososistema Nervioso
sistema Nervioso
 
Cesar juarez
Cesar juarezCesar juarez
Cesar juarez
 
Septiembre
SeptiembreSeptiembre
Septiembre
 
Netbeans ide 7.2(2)
Netbeans ide 7.2(2)Netbeans ide 7.2(2)
Netbeans ide 7.2(2)
 
Slidershare geometria analitica
Slidershare geometria analiticaSlidershare geometria analitica
Slidershare geometria analitica
 
“Enseñar a Pensar es posible en la escuela”.
“Enseñar a Pensar es posible en la escuela”. “Enseñar a Pensar es posible en la escuela”.
“Enseñar a Pensar es posible en la escuela”.
 
League 0f legends
League 0f legendsLeague 0f legends
League 0f legends
 
RESPONSABILIDAD SOCIAL EMPRESARIAL DE IAG
RESPONSABILIDAD SOCIAL EMPRESARIAL DE IAGRESPONSABILIDAD SOCIAL EMPRESARIAL DE IAG
RESPONSABILIDAD SOCIAL EMPRESARIAL DE IAG
 
Redes de comunicación de datos.
Redes de comunicación de datos.Redes de comunicación de datos.
Redes de comunicación de datos.
 
Inventos tecnologicos que han revolucionado el mundo.pptx
Inventos tecnologicos que han revolucionado el mundo.pptxInventos tecnologicos que han revolucionado el mundo.pptx
Inventos tecnologicos que han revolucionado el mundo.pptx
 
Virus y antivirus d3
Virus y antivirus d3Virus y antivirus d3
Virus y antivirus d3
 
Museo de ciencias.
Museo de ciencias.Museo de ciencias.
Museo de ciencias.
 
Informativo n°1 juventud rm
Informativo n°1   juventud rmInformativo n°1   juventud rm
Informativo n°1 juventud rm
 
Presentación1 lector rss.
Presentación1 lector rss.Presentación1 lector rss.
Presentación1 lector rss.
 

More from MiriamSantos123 (18)

O Rouxinol
O RouxinolO Rouxinol
O Rouxinol
 
Halloween
Halloween Halloween
Halloween
 
Trabalho de Saúde Infantil (Feito por mim) =)
Trabalho de Saúde Infantil (Feito por mim) =)Trabalho de Saúde Infantil (Feito por mim) =)
Trabalho de Saúde Infantil (Feito por mim) =)
 
Lengalengas
LengalengasLengalengas
Lengalengas
 
Trabalho de saude
Trabalho de saudeTrabalho de saude
Trabalho de saude
 
Rcr pediatrica.escola
Rcr pediatrica.escolaRcr pediatrica.escola
Rcr pediatrica.escola
 
Sbvadulto escola
Sbvadulto escolaSbvadulto escola
Sbvadulto escola
 
Hemo.escola
Hemo.escolaHemo.escola
Hemo.escola
 
Ex.vitima escola
Ex.vitima escolaEx.vitima escola
Ex.vitima escola
 
Ex.vitima escola
Ex.vitima escolaEx.vitima escola
Ex.vitima escola
 
Ex.crianca escola
Ex.crianca escolaEx.crianca escola
Ex.crianca escola
 
Des.via aerea pediatrica.escola
Des.via aerea pediatrica.escolaDes.via aerea pediatrica.escola
Des.via aerea pediatrica.escola
 
Trabalho de saude infantil
Trabalho de saude infantilTrabalho de saude infantil
Trabalho de saude infantil
 
Miriam tpie
Miriam tpieMiriam tpie
Miriam tpie
 
Trabalho de saude
Trabalho de saudeTrabalho de saude
Trabalho de saude
 
Pepita
PepitaPepita
Pepita
 
Margarida Botelho- Ilustradora
Margarida Botelho- IlustradoraMargarida Botelho- Ilustradora
Margarida Botelho- Ilustradora
 
1º socorros
1º socorros1º socorros
1º socorros
 

Uma amizade que trouxe um final feliz

  • 1. Um final feliz Era uma vez um menino chamado Martim, tinha 8 anos e andava na escola primária. O Martim tinha uma amiga na sua turma que todos os dias ia sozinha para a escola e raramente levava o lanchinho da manhã. Ele achava estranho, mas não tinha coragem de ir falar com a Ritinha até que, certo dia quando chegou à escola reparou que a sua colega de turma estava a chorar. Preocupado, Martim chega perto da Rita e pergunta-lhe: - Rita, o que tens? Estás triste? - Sim, estou doente e apanhei chuva. – respondeu-lhe, soluçando. - Mas porque é que vens sempre sozinha? - Porque a minha mãe não têm tempo de me trazer, por causa do trabalho. - Oh… que pena. A minha mãe traz-me todos os dias e prepara- me sempre um lanchinho. – disse o Martim, com um pequeno sorriso nos lábios. - Que sorte que tu tens Martim. A minha mãe nunca me prepara um lanchinho para eu trazer, só como quando vou para casa. - A sério? Então e se tiveres fome, não comes?
  • 2. - Não… Não tenho dinheiro, nem comida. Depois da conversa entre eles, foram para a sala de aula. A manhã passou e quando chegou a hora de almoço o Martim foi para a fila da cantina e viu, de longe a Ritinha sozinha a andar. - “Onde será que vai ela?” – pensou ele. Martim almoçou e esperou pela hora de entrar na aula. Chegaram as 14h e os meninos entraram na aula. Passaram-se duas horas e as aulas tinham terminado. Rita foi a primeira a sair da sala, eram quase 17h e estava muito frio. O Martim saiu e viu a sua amiga sentada num banco à porta da escola, decidiu então ir falar com ela. - Não vais para casa? - Não posso ir já, a minha mãe ainda não está em casa e só chega quase a noite. – responde a Ritinha com uma tosse muito intensa. - E agora? Para onde vais? – questiona-lhe o Martim muito espantado e preocupado. - Agora tenho que ficar à espera que a minha mãe me venha buscar..
  • 3. - Mas ficas sozinha aqui na rua ao frio? – perguntou o pequeno Martim. – E ainda por cima estás doente. Porque não vem o teu pai buscar-te? - O meu pai está sempre em casa, não tem trabalho e quando fala comigo é só aos gritos. – responde a menina com o seu olhar triste. – E a minha mãe está doente, mas não toma os remédios porque não tem dinheiro para os comprar, são muito caros. - Oh… Mas não fiques triste, a tua mãe depois vai ficar boa. – disse o Martim para tentar animar a amiga. Entretanto o Martim vai-se embora com a mãe e a pequena Ritinha fica a espera da sua. A vida desta menina continuou na mesma durante algum tempo, até que um dia o seu pai arranjou trabalho e as suas vidas melhoraram. A mãe da Ritinha conseguiu curar a sua doença, o pai começou a dar-lhe mais atenção e a menina já não ia sozinha para a escola, e levava sempre o seu lanchinho. Ana Teresa Cátia Duarte Miriam dos Santos