O programa Mais Médicos, lançado pelo governo federal, ampliará a presença de médicos em regiões carentes como periferias de grandes cidades e municípios do interior, oferecendo bolsas de R$10 mil para médicos atuarem na atenção básica sob supervisão de instituições públicas. O programa também trará médicos estrangeiros caso as vagas não sejam preenchidas por médicos brasileiros.
Programa Mais Médicos levará profissionais a regiões carentes
1. Radar Saúde
Congresso
Ano 3 | nº 134
Julho 2013
Governo Federal lança ação para ampliar capacidade de atendimento da
atenção básica nas periferias de grandes cidades e nos municípios de interior
O programa Mais Médicos, lançado pelo Governo Federal, ampliará a presença desses profissionais
em regiões carentes, como os municípios do interior e as periferias das grandes cidades. Instituído por
Medida Provisória, o programa ofertará bolsa federal de R$ 10 mil a médicos que atuarão na atenção
básica da rede pública de saúde, sob a supervisão de instituições públicas de ensino.
As vagas que não forem preenchidas pelos profissionais graduados ou que tenham o diploma
revalidado no Brasil serão oferecidas a médicos estrangeiros. Moradia e alimentação serão
responsabilidades dos municípios. Para participar do programa, eles também terão de acessar
recursos do Ministério da Saúde para construção, reforma e ampliação das unidades básicas.
Levar profissionais para regiões carentes é apenas uma das vertentes do Mais Médicos. Em parceria
com o Ministério da Educação, serão abertas 11,5 mil vagas nos cursos de medicina e 12 mil vagas
para residência até 2017. Além disso, a partir de 1º de janeiro de 2015, os alunos que ingressarem
na graduação vão atuar por dois anos em unidades básicas e na urgência e emergência do SUS.
As medidas integram o Pacto pela Saúde, que prevê, também, a expansão e a aceleração de
investimentos por mais e melhores hospitais e unidades de saúde, totalizando R$ 15 bilhões até 2014.
PROGRAMA MAIS MÉDICOS LEVARÁ
PROFISSIONAIS A REGIÕES CARENTES
1.582
áreas prioritárias para receber
médicos do programa
R$ 7,4 bilhões
para construção de 818
hospitais,601 UPAs 24h e de
15.977 unidades básicas
R$ 5,5 bilhões
serão investidos em
unidades básicas e UPAs
R$ 2 bilhões
para construção e reforma de
14 hospitais universitários
Boletim informativo do
Ministério da Saúde
destinado aos parlamentares
2. Segundo ciclo:formação mais perto da populaçãoNovas vagas na graduação e residência médica
Alunos que ingressarem em faculdades públicas e privadas de
Medicina, a partir de 2015, atuarão por 2 anos no SUS;
Durante o segundo ciclo, estudantes de escolas particulares
serão isentos do pagamento de mensalidade e receberão bolsa
custeada pelo Governo Federal;
Só receberão o registro profissional aqueles que concluírem
os dois ciclos de formação: 6 anos na graduação e 2 anos na
atenção básica e urgência e emergência;
Forma de aprimorar a formação do profissional. Médicos
atuarão junto à população e desenvolverão habilidade no
cuidado integral das pessoas;
O modelo da nova grade curricular é inspirado em países
como Inglaterra e Suécia, onde os alunos passam por período
de treinamento em serviço para exercer a profissão com o
registro definitivo.
Nordeste
Graduação: 4.237
Residência: 4.132
Norte
Graduação: 1.231
Residência: 1.291
Sudeste
Graduação: 3.185
Residência: 5.177
Região Sul
Graduação: 1.520
Residência: 838
Centro-Oeste
Graduação: 1.274
Residência: 934