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Ah! minha infância




Ah! minha infância de tantas lembranças, dos cheiros, do
 pão assado em cima de folhas de bananeira no forno de
                         lenha,
     da grama cortada, da chuva molhando o chão.
Dos amigos,
da amiguina lourinha dos olhos azuis, como eram lindos seus
                           olhos,
       eu não cansava de olhar e me espelhar neles.
 Daquele menino apaixonado que me trazia flores do mato e
             junto um dente-de-leão pra soprar,
 depois saía correndo tímido, corado, sem nem esperar um
                         obrigada.
Do rio, da estradinha pra ir
   pra escola, longe, tão
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      "gatos do mato“,
     do canto da cigarra,
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      chegaria o Natal.
Ah! minha infância de medos,
das boiadas que encontrava
    pra caminho da escola
 dos fantasmas do sótão da
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  do homem mau que rouba
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    Dos medos de ficar só,
   dos bichos que adorava,
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(ou na bicicleta Monark) que
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Dos sabores sem igual, da
garapa, do pão de milho com
melado, da torta de maçã, da
batata doce assada no forno,
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Ah! minha infância
     da escola a dificuldade em
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  sanadas pela professora Dona
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Da fascinação pelo desenho, e as
 cores, as cores ma-ra-vilho-sas,
 não cansava de olhar o arco-íris,
    que lindas eram as cores da
           minha infância,
tão lindas que o meu maior sonho
   de consumo era ganhar uma
 caixa GrandE de lápis de cor só
   pensava o que faria com eles.
Ah! minha infância
 de tantos sonhos de
    casar e "ficar
juntinho pra sempre“
 de uma mesa cheia
de filhos barulhentos
 de um amor que não
   acabasse nunca.
Ah! minha infância de
   carinho, do falar
"tocando" do abraço,
  do olho no olho do
       sorriso,
   e da gargalhada
        franca.
Ah! minha infância de tantos outros
            outros sonhos,
  " quando eu for grande quero ser"
  bailarina (mas como doíam meus
            dedinhos) não!
       Poderia ser professora,
    ou talvez, jardineira, adoraria
plantar flores, vendedora de flores?
         Que linda profissão!
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  Ou artista? mexer com cores???
 Pintar, sim o cheiro das tintas me
 agradava sempre adorava mexer
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A arte sempre me fascinou ou serei
     escritora, poeta ou cantora
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Relembrando
   agora minha
infância de tantos
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 carinhos e flores
    descobri, o
quanto eu sou                          Música :
                      Yamandu Costa & Dominguinhos - Velho Realejo

   feliz.... !                       Formatação:
                            maricarusocunha@pranos.com.br

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Ah minha infancia

  • 1. Ah! minha infância Ah! minha infância de tantas lembranças, dos cheiros, do pão assado em cima de folhas de bananeira no forno de lenha, da grama cortada, da chuva molhando o chão.
  • 2. Dos amigos, da amiguina lourinha dos olhos azuis, como eram lindos seus olhos, eu não cansava de olhar e me espelhar neles. Daquele menino apaixonado que me trazia flores do mato e junto um dente-de-leão pra soprar, depois saía correndo tímido, corado, sem nem esperar um obrigada.
  • 3. Do rio, da estradinha pra ir pra escola, longe, tão longe, mas quanta beleza eu via no caminho. Aquelas borboletas azuis que me acompanhavam de um azul tão forte chegava a doer nos olhos. e dos bichinhos atravessando a rua, sem medo, os preás, coelhos, "gatos do mato“, do canto da cigarra, anunciando que logo chegaria o Natal.
  • 4. Ah! minha infância de medos, das boiadas que encontrava pra caminho da escola dos fantasmas do sótão da casa minha "nona“, do homem mau que rouba crianças. Dos medos de ficar só, dos bichos que adorava, minha cadela Suli, do meu cavalo dos meus cabelos ao vento, cavalgando, (ou na bicicleta Monark) que liberdade!
  • 5. Dos sabores sem igual, da garapa, do pão de milho com melado, da torta de maçã, da batata doce assada no forno, do macarrão secando na mesa, da sobremesa de carambola, (que lindas eram as estrelinhas de carambola) da polenta com queijo derretido da galinha recheada, do leite espumante, (da vaca da vizinha) do requeijão e das cucas de banana , humm que delícias...
  • 6. Ah! minha infância da escola a dificuldade em entender onde usar o p ou b, ou q, ou g, n ou m, dificuldades sanadas pela professora Dona Rosinha a professora dedicada. lembro ainda de como aprendi a ver as horas com a tabuada do 5. Da fascinação pelo desenho, e as cores, as cores ma-ra-vilho-sas, não cansava de olhar o arco-íris, que lindas eram as cores da minha infância, tão lindas que o meu maior sonho de consumo era ganhar uma caixa GrandE de lápis de cor só pensava o que faria com eles.
  • 7. Ah! minha infância de tantos sonhos de casar e "ficar juntinho pra sempre“ de uma mesa cheia de filhos barulhentos de um amor que não acabasse nunca. Ah! minha infância de carinho, do falar "tocando" do abraço, do olho no olho do sorriso, e da gargalhada franca.
  • 8. Ah! minha infância de tantos outros outros sonhos, " quando eu for grande quero ser" bailarina (mas como doíam meus dedinhos) não! Poderia ser professora, ou talvez, jardineira, adoraria plantar flores, vendedora de flores? Que linda profissão! Enfermeira, isso mesmo! Ou artista? mexer com cores??? Pintar, sim o cheiro das tintas me agradava sempre adorava mexer nas tintas, tantos artistas e artesãos na família que maravilha! A arte sempre me fascinou ou serei escritora, poeta ou cantora e um dia vou aprender tocar violão.
  • 9. Relembrando agora minha infância de tantos perfumes, sabores, amores, sons, carinhos e flores descobri, o quanto eu sou Música : Yamandu Costa & Dominguinhos - Velho Realejo feliz.... ! Formatação: maricarusocunha@pranos.com.br www.pranos.com.br Kate Weiss www.mensagensvirtuais.com.br